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Universidade Federal de Roraima – UFRR

Centro de Comunicação Social, Letras e Artes Visuais


Coordenação do Curso de Letras
Psicologia da Educação – I
Felipe Thiago Cordeiro da Rocha1

Cão de Briga é um longa-metragem lançado em 2005, dirigido por Louis


Leterrier, que conta com Morgan Freeman e Jet Li na composição do elenco. O título em
inglês, Danny the Dog, dá ideia sobre o que transcorre no filme e ilustra o que passa-se
na vida do protagonista, pressupondo uma análise behaviorista.
O drama francês narra a história de Danny (Jet Li), um garoto orfão que fora,
supostamente, retirado das ruas por Bart, um influente mercenário. A sua mãe, na
verdade, fora brutalmente assassinada na sua frente. No entanto, tais memórias foram
condicionadamente postas fora de acesso através de punições. Desde sua infância Danny
recebera adestramento para tornar-se uma espécie de cão de briga, e assim como tal, usava
também uma coleira.
A forma como fora criado, exposto a estímulos negativos, privação de contatos
sociais saudáveis e repertório de verbalização limitado, dificultara o desenvolvimento de
algumas habilidades de socialização e prejudicara o amadurecimento de processos
cognitivos que possibilitassem o aprimoramento da comunicação pela falha exposição
aos inputs linguísticos.
Ao ser exposto a comportamentos coercitivos-punitivos, que antes não produziam
resposta, o protagonista começara a recear tais punições, adequando-se e condicionando-
se a seguir os comandos emitidos por seu “dono”. As novas interações com o meio
transformaram estímulos não-condicionados em estímulos condicionados, ou reflexos,
pois agora seu organismo responde a estímulos que originalmente não respondia. Danny
se tornara violento e reagia de forma agressiva assim que sua coleira fosse retirada,
espancando seu alvo até que fosse-lhe pedido para parar.
Os comportamentos agressivos regridem, após o encontro de Danny com a família
de Sam (Morgan Freeman), um afinador de pianos, cego, padrasto de Victoria. Por não
haver socializado o suficiente para o amadurecimento de suas capacidades interacionais,
Danny mostra-se arisco e arredio aos primeiros contatos, mas logo cede e se vê
pertencente à família. Ali, pelo uso de punições, tanto negativas quanto positivas, mas de
forma amorosa, seus comportamentos foram sendo extintos gradativamente.
Aos poucos, Victoria conquista confiança e retira a coleira, que antes causava
estímulos discriminatórios. E através da música, partes antes bloqueadas de sua memória,
puderam ser acessadas e Danny, então, pôde lembrar-se de sua mãe. Para Danny, o piano
era um estímulo discriminatório positivo, pois fazia-o lembrar-se de sua mãe,
contribuindo para extinção dos comportamentos ruins.

1
Acadêmico de Letras – Habilitação em Literatura

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