O Hype do momento agora é o tal de BlockChain, muita gente falando,
especulando, empresas postando noticias e bancos alardeando aos 4 ventos
que estão adotando a nova tecnologia. Conversando com um amigo que trabalha em uma grande instituição financeira do país, o assunto veio a tona, ele me disse que o banco já tinha várias POCs junto com empresas que oferecem a tecnologia. Como não consegui confirmar, não posso garantir que realmente exista, pois o mesmo ocorre com Big Data, várias empresas dizem que tem quando na realidade nem possuem ideia do que se trata. Mas o que todos me perguntam é o que exatamente é o Blockchain, de onde vem? o que come? do que vive? e eu dou uma resposta simples e objetiva, simplesmente é uma tecnologia onde utilizamos algorítimos que registram e confirmam todas as transações em total anonimato e compartilhando dentro de uma rede independente da localização no planeta, isto é, todos envolvidos possuem uma cópia idêntica e caso houver qualquer alteração na origem, automaticamente é espelhada em todas as cópias, isto em segundos, dependendo da velocidade do link em alguns países ou até mesmo estados tratando-se de Brasil. A maioria das dúvidas que chega até mim são com relação a que tipo de ativos esta tecnologia atua e eu respondo, estes ativos podem ser financeiros, legais (Jurídicos), físicos ou eletrônicos. Já no âmbito da moeda virtual Bitcoin, um blockchain é a estrutura de dados que representa uma entrada de contabilidade financeira ou um registro de uma transação. Cada transação é digitalmente assinada com o objetivo de garantir sua autenticidade e garantir que ninguém a adultere, de forma que o próprio registro e as transações existentes dentro dele sejam considerados de alta integridade. Mas o pulo do gato vem, contudo, através do fato dessas entradas digitais de registro serem distribuídas entre uma implantação ou infraestrutura. Esses nós e camadas adicionais na infraestrutura servem ao propósito de fornecer um consenso sobre o estado de uma transação a qualquer momento, pois todos esses nós e camadas têm cópias dos registros autenticados distribuídos entre eles. Quando uma nova transação ou uma correção de transação existente é recebida, geralmente grande parte dos nós dentro de uma implementação de blockchain deve executar alguns algoritmos e, essencialmente, avaliar e verificar o histórico do bloco do blockchain individual que é proposto e, assim, chegar ao consenso de que o histórico e a assinatura são válidos, para depois permitir que a nova transação seja aceita no registro e um novo bloco seja adicionado à cadeia de transações. Caso a maior parte dos nós não reconheça a adição ou modificação da entrada de registro, tal entrada é negada e não é adicionada à cadeia. Esse modelo de consenso distribuído é o que permite que o blockchain funcione como um registro distribuído sem a necessidade de que uma autoridade central diga quais transações são válidas e (talvez mais importante) quais não são. Para quem é familiarizado com computadores de bordo utilizados nas aeronaves modernas já deve ter visto este sistema, pois cada computador verifica o outro e se a maioria não entra em consenso, o computador discordante é eliminado e reinicializado, e logo após ser reintegrado, é rechecado novamente. Na realidade, o blockchain pode ser configurado para trabalhar de várias formas, utilizando mecanismos diferentes com o objetivo de alcançar um consenso sobre transações e, em particular, definir players conhecidos na cadeia e excluir todos os outros. O maior exemplo da utilização de blockchain, esse na área do Bitcoin, emprega um registro público anônimo no qual todos podem participar. Para utilizações mais privadas do blockchain entre um número menor de atuantes, muitas organizações estão empregando blockchains para controlar quem participa da transação. A falta de exigência de uma autoridade central o torna um registro ideal e uma solução de determinação ideal para relacionamentos de afiliados que são geralmente feitos em uma condição de 50/50 ou igualitária sem a provisão de um árbitro ou gerente. Realmente, faz com que computadores verifiquem transações e as definam elimina a necessidade de câmaras de compensação e outros agentes de compensação, fornecendo a exclusão do intermédio na organização de negócios e geralmente reduzindo custos, melhorando a velocidade com a qual transações podem ser feitas, verificadas, definidas e registradas. Neste momento entram em cena as assinaturas e verificações digitais que dificultam a visualização de um cenário onde um atuante mal intencionado possa causar uma fraude e introduz problemas que são caros de remover e sanar. A integridade criptográfica de toda a transação pendente, como também o exame de múltiplos nós da arquitetura do blockchain, protege contra ameaças e utilização mal intencionadas da tecnologia. É bom deixar claro que esta suposta proteção de segurança nunca ter sido amplamente testada no mercado, se alguém mencionou que já foi, duvide. Embora forte teoricamente, restam dúvidas sobre o quão bem as proteções funcionarão na realidade da economia digital que vivemos hoje. Em resumo, o conceito de blockchain funciona muito bem para o acompanhamento de como os recursos se movem através de uma cadeia de suprimento, através de certos fornecedores e fábricas até às linhas de transmissão e transporte para chegarem até suas localizações finais. Certo, mas o que dificulta a adoção do Blockchain? O maior problema com a tecnologia blockchain, atualmente, é que ela é complexa de aplicar, principalmente porque, como é típico em projetos de código aberto (Open Source), quer dizer, muita gente coloca a mão, nem todos documentam e sequer respondem quando questionados, existem vários projetos, cada um com suas próprias equipes, ideais e manias. Para você entender melhor, o Blockchain é desenvolvido por comunidades de desenvolvedores, não necessariamente especialistas em desenvolvimento de códigos, cada um com suas características, os famosos "Rogues", quer dizer, não se comportam como uma equipe de software, em resumo, não respondem a ninguém ou seguem qualquer padrão de desenvolvimento, e isto meu amigo, garanto que nenhuma empresa vai querer colocar suas fichas por enquanto. Para tentar colocar ordem na casa e visualizando negócios em um futuro próximo, a IBM lançou o projeto Hyperledger, que segundo eles, irá tentar, isto mesmo, tentar unificar as abordagens de código aberto do blockchain existentes hoje com a meta de desenvolver um framework de propósito geral que possa ser utilizado em vários setores da industria, financeira, varejo, fabricas, etc...Particularmente falando, acho mais provável termos a páz no oriente médio antes disto acontecer. Na página oficial, consta várias empresas e bancos como co-fundadores, mas perguntando para alguns conhecidos que trabalham nestas empresas, ninguém nunca ouviu falar ou ficou sabendo, muito estranho, mas vamos dar crédito mesmo não tendo um sistema blockchain para me proteger. A evolução: Blockchain 2.0 Enquanto as aplicações iniciais de Blockchain ficaram restritas a moeda digital, Blockchain 2.0 surgiu em 2014 uma blockchain programável. Esta tecnologia de segunda geração permite que o blockchain seja configurado para responder a certos gatilhos. Por exemplo, faturas poderia ser ajustado para pagar-se automaticamente quando as mercadorias são entregues, ou contratos inteligentes poderia desencadear pagamentos quando partes de um projeto fossem concluídas. Blockchain 2.0 tem o potencial de abrir a tecnologia para utilização em outras indústrias, além das finanças. No negócio da música, por exemplo, Blockchain 2.0 pode ser utilizado na gestão de direitos autorais e coleta de royalties a partir de streaming digital e downloads. Pode ser utilizado para registros de ativos, gerenciamento de coisas como imóveis, veículos ou de máquinas com a possibilidade de cobrar com precisão com base no uso. Porque o blockchain não pode ser adulterado que abre o caminho para contratos inteligentes. Isso permite que as empresas realizar contratos com a certeza de que eles não podem ser alterados. Isso também deve reduzir o custo de entrar em um contrato com vários terceiros, porque todos estarão sujeitos às mesmas condições. Por outro lado da moeda contratos inteligentes podem revelar-se menos flexível quando se trata de adaptar a condições variáveis e pode ser difícil e caro para rever. Preservar a privacidade do utilizador. Esta é uma das razões pelas quais Bitcoin é o método de pagamento de escolha para os criminosos cibernéticos como um nó de rede Bitcoin não tem de revelar a identidade da pessoa fazer ou receber pagamentos mas em cenários Blockchain 2,0 este é, obviamente, menos desejável pois é possível incluir detalhes do usuário na cadeia, mas isso seria visível a qualquer pessoa usando o aplicativo – e certamente criaria problemas ao cumprimento da legislação de proteção de dados. Isto é tanto um problema e uma oportunidade. Métodos terão de ser desenvolvidas para realizar operações de confiança, embora ainda mantendo uma trilha de auditoria. O departamento jurídico é provável que querem ter um interesse em como os contratos Blockchain 2.0 são codificados e haverá questões interessantes que cercam como um contrato inteligente pode ser contestada no tribunal. Não há dúvida de que a moeda digital deixou de ser uma novidade para algo que é agora aceita por muitas empresas tradicionais. O futuro da tecnologia blockchain, portanto, parece assegurada. e inevitável, futuramente, veremos vários serviços baseados em blockchain, carro autônomos poderão ser utilizados com um simples pagamento, efetuar pagamentos automáticos de suas contas básicas, como energia, água e internet, sem mesmo imprimir alguma fatura. Vamos ver como evoluem as coisas e vamos rezar para que não estraguem uma possível solução para agradar grandes players do mercado.
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