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Edia Texeira
Ernestina Napato
Fátima Abdulgafuro
Fernanda Sivite
Flora Felizardo
Nordino Alfredo
Universidade Rovuma
Campus de Nacala
2019
Ernestina Napato
Flora Felizardo
Fernanda Sivite
Nordino Alfredo
Celestina Romão
Fátima Abdulgafuro
Edia Texeira
Universidade Rovuma
Campus de Nacala
2019
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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 4
Conclusão ...................................................................................................................................... 14
Introdução
Com o intuito de proteger a integridade física e mental do trabalhador, existem normas e
procedimentos que chamamos de “higiene do trabalho”. Ela está directamente relacionada ao
diagnóstico e prevenção de doenças ocupacionais e para isso, observa e analisa o comportamento
humano em suas actuações no ambiente de trabalho.
A higiene do trabalho se preocupa também com as condições de trabalho que muito influenciam
no desenvolvimento e comportamento do homem no sector de trabalho onde desempenha sua
função.
A higiene do trabalho está ligada ao diagnóstico e à prevenção das doenças ocupacionais, a partir
do estudo e do controle do homem e seu ambiente de trabalho. Ela tem carácter preventivo por
promover a saúde e o conforto do funcionário, evitando que ele adoeça e se ausente do trabalho.
A motivação para o trabalho é um dos factores mais importantes a ser pontuado, pois impulsiona
o homem a trabalhar por prazer e desperta nele os mais valorosos sentimentos A higiene do
trabalho compreende normas e procedimentos adequados para proteger a integridade física e
mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerente às tarefas do cargo e ao
ambiente físico onde são executadas.
Daí que neste trabalho iremos abordar sobre os princípios que norteiam a Higiene e segurança no
trabalho bem como o Domínio da mesma
A Segurança do Trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas adoptadas, visando
minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a
capacidade de trabalho das pessoas envolvidas, (ARAUJO, 2008).
Uma das actividades da higiene do trabalho é a análise ergonómica do ambiente de trabalho, não
apenas para identificar factores que possam prejudicar a saúde do trabalhador e no pagamento de
adicional de insalubridade/periculosidade, mas para eliminação ou controlar esses riscos, e para a
redução do absenteísmo (doença). A capacidade analítica desenvolvida nesse esforço permite ir
além, na forma de identificação e proposição de mudanças no ambiente e organização do trabalho
que resultem também no aumento da produtividade, e da motivação e satisfação do trabalhador
que resultem na redução de outros tipos de absenteísmo que não relacionado às doenças
(Wikipédia, 2014).
A higiene no trabalho pode ser entendida como o conjunto de normas e procedimentos voltados
para a protecção da integridade física e mental do trabalhador, procurando resguardá-lo dos riscos
de saúde relacionados com o exercício de suas funções e com o ambiente físico onde o trabalho é
executado. Para (SOUZA et al., 2012). Os esforços nesta área buscam o reconhecimento, a
avaliação e o controle dos riscos à saúde dos empregados, visando a prevenção das doenças
ocupacionais, ou seja, aquelas relacionadas à profissão.
Diante dos conceitos acima, podemos afirmar que a segurança no trabalho é o conjunto de
medidas tomadas com o objectivo de prevenir acidentes. Suas principais estratégias de actuação
são a eliminação das condições inseguras do ambiente e o convencimento dos trabalhadores para
que adoptem práticas preventivas, (SOUZA et al., 2012).
O primeiro passo para o combate aos acidentes de trabalho é, naturalmente, a identificação dos
factores que proporcionam a sua ocorrência. Tais factores podem estar mais directamente
relacionados aos trabalhadores ou ao ambiente de trabalho, (SOUZA et al., 2012).
É cada vez mais frequente integrar a promoção da saúde em geral nos programas de Saúde
Segurança no Trabalho das empresas para a realização dos programas tradicionais de prevenção
de acidentes de trabalho e de doenças profissionais.
Ajudar os trabalhadores a gerirem as suas doenças crónicas, e a adoptarem uma atitude proactiva
relativamente à sua saúde, tornou-se uma estratégia reconhecida ao nível dos programas de
promoção da saúde no trabalho de muitos países desenvolvidos, (SOUZA et al., 2012).
Consta-se, além disso, que um grande número de actividades de promoção da saúde no local de
trabalho, com bons resultados, teve efeitos positivos na produtividade. Tais programas tenderão a
desenvolver-se à medida que a população activa for envelhecendo.
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Ainda em relação aos aspectos culturais vinculados à segurança e saúde do trabalhador, ao longo
dos anos em que se lidou com essa questão, constatou-se algo, de certa forma, paradoxal, porém
verdadeiro e importante: tão nefastas quanto as doenças e os acidentes do trabalho são as formas
escolhidas por algumas empresas para com eles lidar, (SOUZA et al., 2012).
O enfrentamento dessa questão, por sua complexidade e multicausalidade, não passa apenas pelo
treinamento específico de trabalhadores para fazer segurança, independentemente das condições
físicas onde o trabalho se realiza.
Acredita-se até que treinar trabalhadores para o estrito cumprimento de normas – em ambientes
agressivos, desfavoráveis à vida, onde a organização do trabalho em nada favorece o seu
exercício correto – sem lhes oferecer as condições necessárias e abertura para discutir, ponderar e
propor medidas de melhorias, tanto no ambiente quanto na organização do trabalho, é exacerbar o
estado de angústia que caracteriza a exposição, consciente, a riscos potencialmente capazes de
gerar danos à saúde, (SOUZA et al., 2012).
Isso porque, uma coisa é expor-se a uma situação de risco à saúde e/ou à integridade física, sem
saber o que isso significa; outra, bem diferente, é ter consciência do problema e ter que a ele
expor-se sem condições para agir. Nesse caso, o dano não se restringe apenas àquele provocado
pelo risco em questão, mas, também, pelo sofrimento de natureza mental de não poder proteger-
se.
Oferecer essa condição ao trabalhador, na expectativa de que ela seja um caminho alternativo
para a solução do problema acidentário, além de não representar solução alguma, aprofunda ainda
mais o fosso que separa os propósitos da empresa em relação ao tema do engajamento
voluntarioso e compromisso dos trabalhadores.
Nada mais danoso a qualquer programa de gestão de SST do que o constrangimento sofrido por
trabalhador submetido a treinamento específico de segurança promovido pela própria empresa,
mas que, ao tentar praticar as lições aprendidas, é impedido de fazê-lo, ora por decisão de suas
chefias imediatas, sem justificativas convincentes para tal, ora por impedimento das próprias
condições de trabalho, (SOUZA et al., 2012).
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Em todos os sentidos, a ocorrência desse fato pode ser debitada à desvinculação da SST dos
processos produtivos e da própria organização do trabalho. Iguais a isso, ou pior, são
determinadas posturas assumidas, de forma contundente, por alguns gerentes ao reivindicarem
direitos legalmente instituídos para proteger trabalhadores, habitual e permanentemente, expostos
a agentes nocivos à saúde, como os adicionais de insalubridade e periculosidade e, da mesma
forma, a aposentadoria especial, (SOUZA et al., 2012).
Em 1989 foi publicada pela Comissão Europeia a Directiva 89/ 391/ CEE, de 12 de Junho –
designada por Directiva Quadro – que veio introduzir e definir um quadro de execução de
medidas destinadas a promover a melhoria da Segurança e Saúde dos Trabalhadores.
Prevenir o acidente é mais barato do que corrigir as consequências possíveis de não o ter
feito;
A filosofia preventiva, prevista na lei sobre Higiene e Segurança no Trabalho, visa a
obtenção de níveis elevados de segurança, saúde e bem-estar dos trabalhadores em cada
local de trabalho, reduzindo ou eliminando os riscos de acidente, o mais possível.
Para o mesmo, a hierarquia dos Princípios Gerais de Higiene e Segurança no Trabalho é, pois, as
seguintes:
5º. Realizar todos estes objectivos tendo em conta o estado de evolução da técnica;
6º. Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou pelo que se assuma como menos
perigoso;
7º. Integrar a prevenção dos riscos num sistema coerente que abranja a produção, a organização,
as condições de trabalho e o diálogo social;
De acordo MIGUEL (1998), importância destes princípios na filosofia da prevenção justifica que
sobre eles se faça algum desenvolvimento nos pontos seguintes
Esta primeira atitude preventiva deve ter lugar não só na fase de laboração, mas, também, na fase
de concepção e projecto (Plano da concepção dos componentes do trabalho (como, por exemplo,
máquinas e produtos) e segurança em projecto (como, por exemplo, na definição do lay-out
industrial). Ora, toda esta acção só é possível num quadro de competências de gestão
desenvolvidas e de integração da prevenção nos momentos decisivos do projecto e do
planeamento.
2. Avaliar os riscos: O risco resulta de um perigo não eliminado que vai persistir na situação de
trabalho, contando potencialmente com a interacção de um ou de vários trabalhadores. Avaliar os
riscos significa desenvolver todo um processo que visa ter-se dos riscos o conhecimento
necessário à definição de uma estratégia preventiva (origem do risco, natureza do risco,
consequências do risco, trabalhadores expostos ao risco....).
Sobre esta problemática da avaliação dos riscos voltaremos adiante, com mais detalhe.
6. Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso: Vale para aqui
o que já se referiu no ponto anterior, ou seja, a evolução tecnológica resolve algumas situações de
perigo (eliminando-o ou reduzindo-o), devendo isso mesmo ser potenciado na melhoria dos
factores de trabalho.
7. Planificar a prevenção: Este princípio visa conferir à prevenção um sentido coerente. Com
efeito, ele pressupõe que as medidas de prevenção só produzem efeito duradouro e eficaz quando
se articulam coerentemente entre si (medidas técnicas sobre os componentes materiais do
trabalho articuladas com medidas de organização do trabalho e com medidas sobre os
trabalhadores) e com a lógica da produção e com a política de gestão da empresa.
8. Priorizar a protecção colectiva sobre a protecção individual: Este princípio faz a transição
da prevenção para a protecção. Esta última (a protecção) só deverá ter lugar quando a prevenção
estiver esgotada e não tiver produzido resultados suficientes de controlo do risco.
Para MIGUEL (1998), quanto aos sistemas de protecção colectiva deverão observar-se as
seguintes regras:
Quanto à protecção individual, refira-se que é o último reduto da protecção do trabalhador e, daí,
a sua colocação em último lugar no elenco dos princípios gerais de prevenção.
Face à protecção colectiva, a protecção individual deverá entrar quando/e se a protecção colectiva
for tecnicamente impossível ou insuficiente. A protecção individual assume, assim, um carácter
complementar e, quando utilizada, deve adequar-se:
Ao risco;
Ao trabalhador;
À situação de trabalho.
9. Formar e informar: Este princípio assume uma natureza especial, na medida em que tais
abordagens devem estar presentes na aplicação de qualquer um dos outros princípios. Com efeito,
a formação e a informação constituem, a partir da Directiva Quadro, a abordagem preventiva
central.
De toda a filosofia decorrente dos princípios gerais de prevenção resulta que as abordagens que
mais se destacam na segurança e saúde do trabalho giram em torno dos seguintes institutos:
ZOCCHIO (2001) salienta que não são somente estas áreas que dominam a área de higiene e
segurança no Trabalho, mas também contem outras áreas de domínio como:
Introdução à Segurança;
Higiene e Medicina do Trabalho;
Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas;
Equipamentos e Instalações;
Psicologia;
Comunicação e Treinamento;
Administração Aplicada ao Ambiente e às Doenças do Trabalho;
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Higiene do Trabalho;
Metodologia de Pesquisa;
Legislação,Normas Técnicas;
Responsabilidade Civil e Criminal;
Perícia;
Protecção do Meio Ambiente;
Ergonomia e Iluminação;
Protecção contra Incêndios e Explosões e
Gerência de Riscos.
Outros autores como PINTO (2005) afirmam que o escopo, ou área de abrangência, da higiene no
trabalho envolve três funções básicas:
1. Medicina Preventiva - Visa estabelecer a prevenção e o controle das principais doenças que
costumam se manifestar na população, evitando que os empregados da organização sejam por
elas atingidos. Os exames médicos periódicos são um exemplo deste tipo de acção.
Conclusão
Terminada esta pesquisa, verificamos que uma gestão eficaz da segurança e saúde no trabalho é
um dos principais factores de êxito duradouro de qualquer empresa. Líderes de segurança
também enfatizaram que essas acções são mais eficazes quando direccionadas a incidentes e
acidentes menores com alto potencial de perda futura.
Dai que é preciso mudar os hábitos e as condições de trabalho para que a higiene e a segurança
no ambiente de trabalho se tornem satisfatórios. Nessas mudanças se faz necessário resgatar o
valor humano.
Pois, a partir do momento que a organização está preocupada com a higiene e a segurança do
trabalhador, ele está sendo valorizado. E quando os colaboradores percebem o facto de serem
valorizados, reconhecidos, isso os torna mais motivados para o trabalho.
Pois, a partir do momento que a organização está preocupada com a higiene e a segurança do
trabalhador, ele está sendo valorizado. E quando os colaboradores percebem o fato de serem
valorizados, reconhecidos, isso os torna mais motivados para o trabalho.
Referências Bibliográficas
ZOCCHIO, Álvaro. Segurança e Saúde no Trabalho. São Paulo: LTR Editora, 2001.