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154- O acréscimo de terra que se forma em razão do afastamento das águas que
descobrem parte do álveo do rio é conceito do que: explique este instituto
R: Aluvião (art. 1.250 do CC)
E o acréscimo paulatino de terras que o rio deixa naturalmente nos terrenos ribeirinhos (aluvião
própria) ou o acréscimo que se forma quando parte do álveo (superfície que as aguas cobrem -
leito do rio) descobre-se em razão do afastamento das aguas correntes (aluvião imprópria), muitas
vezes como consequência de lesões
ambientais.
155- Cabe aplicação do artigo 191 da CF/88 às áreas urbanas?
R: Não é cabível haja vista o artigo prever a modalidade apenas para os imóveis de zona rural.
156- “A” foi pescar em alto mar, quando observou algo boiando. Ao chegar perto viu
que era uma canoa, nela estava escrito, Ferreira II, notou que a muito estava a deriva,
pois havia muito limo. Pergunta-se: A adquire a propriedade? Explique.
R: “A” não adquire a propriedade. Descoberta é o fato jurídico que consiste em alguém encontrar
coisa alheia perdida (art. 1.233 do CC). A descoberta gera para o descobridor uma obrigação de
fazer consistente em entregar a coisa que saiu da esfera de proteção do titular. Cuida-se de
obrigação que não se origina de um ato jurídico ou de um ato ilícito, mas de ato-fato.
157- A acessão natural cabe indenização? Fundamente e justifique suas respostas.
R: Segundo os arts. 1.249 a 1.252 do CC, não há previsão de indenização.
158- Diferencie benfeitoria de acessão artificial. (duas diferenças)
R: Distinguem-se as benfeitorias das acessões artificiais. Explica Orlando Gomes que as
benfeitorias têm cunho complementar,104 pressupõem obras ou despesas realizadas, em virtude
da conservação, embelezamento ou, melhor aproveitamento de
coisa já existente. Propositadamente, são classificadas como bens acessórios (art. 92 do CC). A
seu turno, as acessões são as construções e plantações que têm caráter de novidade, pois não
procedem de algo já existente, uma vez que objetivam dar destinação econômica a um bem que
até então não tinha repercussão social. Por seu caráter inovador, são tratados com regras próprias,
entre os modos originários de aquisição da propriedade, seguindo as regras que lhe são peculiares
dos arts. 1.253 e segs.
159- Existindo ação possessória é possível ação petitória e vice versa? Explique.
R: O que o ordenamento proíbe é o ajuizamento da ação petitória pelo proprietário, na
concomitância com o possessório, visando prestigiar a função social da posse.
160- Explique ação possessória e petitória.
R: O jus possessionis (possessório) tutela o direito de possuir pelo simples fato de tuna posse
preexistente hostilizada por uma ofensa concreta, sem qualquer discussão no tocante ao fenômeno
jurídico da propriedade. Ao revés, no jus possidendi (petitório), pretende-se alcançar ó direito à
posse como um dos atributos conseqüentes a um direito de propriedade ou negócio jurídico
transmissivo de direito real ou obrigacional.
161- Defina domínio na posse.
R: O domínio na posse é a posse prolongada no tempo atendendo todos os requisitos da usucapião.
162- Defina domínio na propriedade.
R: Se a propriedade é observada pela lógica da relação jurídica nela edificada, a seu
turno o domínio repousa na relação material de submissão direta e imediata da coisa ao poder do
seu titular, mediante o senhorio, pelo exercício das faculdades de uso, gozo e disposição. O
proprietário exercita ingerência sobre coisas (domínio) e pede a colaboração de pessoas
(propriedade). Somente na propriedade plena é possível observar que o direito de propriedade e
todos os poderes do domínio se concentram em uma só pessoa.
163- No que diferencia domínio na propriedade e na posse?
R: Domínio, na propriedade, é ter a faculdade de reaver, direito de sequela, de seguir a coisa. A
reivindicatória deriva do domínio. Já na possa, o domínio é a posse prolongada no tempo,
satisfazendo todos os requisitos de uma espécie de usucapião.
164- O artigo 1237, parágrafo único do CC dispõe que, sendo de diminuto valor,
poderá o município ABANDONAR a coisa em favor de quem a achou. Porque o
município pode fazer isso, ou seja, abandonar a coisa?
R: Porque o município é como se fosse proprietário da coisa achada, tendo o poder de dispor desta.
165- Como você sabe o que pode ser averbado e o que pode ser registrado?
R: Esta especificado no artigo 167,I e II da Lei dos Registros Público (6015/73).
166- “A” é proprietário de um terreno, onde “B” plantou feijão com as sementes de
“C”. Ocorre que “B” não pagou as sementes para “C”. Quem adquirirá a propriedade
e como fica a situação de “C”?
R: Se estiver de boa-fé: “A” indeniza “B” ou “B” indeniza “A” se exceder consideravelmente o valor
do imóvel. Se estiver de má-fé: “B” perde tudo em favor de “A”. “C” ganhará indenização no valor
das sementes.
167- Explique as modalidades de tradição.
R: Forma real (simbólica): entrega da coisa
Longa Manu: indicando, apontando.
Breve Manu: quem exerce a posse em nome alheio, mas passa a exercer em nome próprio.
Constituto possessório: quem exerce a posse em nome próprio, mas passa a exercer em nome
alheio.
168- Em que consiste a característica do direito de propriedade denominada
exclusividade?
R: "A exclusividade é um princípio que se dirige ao domínio, pois não pode haver mais de um
domínio sobre o mesmo bem. Só uma pessoa pode usar, fruir e dispor o objeto, na medida em que
o domínio é uno e indivisível. Daí a inviabilidade de se estabelecer um direito real onde outro da
mesma natureza já esteja presente.
169- Em que consiste a característica de propriedade denominada perpetuidade?
R: A propriedade tem duração ilimitada, ela subsistirá enquanto dure a coisa que constitui o seu
objeto.
170- Quais são os direitos reais limitados? O que significa a limitação?
R: São todos os direitos reais menos o direito real da propriedade.
171- O previsto no artigo 1.225, II a X, são restrições a propriedade, pois são atos de
vontade do proprietário. Quais são as restrições legais?
R: Os bens pertencentes ao domínio público, compreendendo os bens públicos (bens de patrimônio
do Estado), bens particulares de interesse público e os bens de fruição geral que não podem ser
objeto de apropriação individual, mas seu uso se refere a uma coletividade recebendo um
tratamento diferenciado pela lei.
172- Propriedade plena, que sentido tem?
R: É quando o proprietário reúne todas as faculdades inclusive a exclusividade.
173- A acessão de posse pode ocorrer para o sucessor universal, isto é o herdeiro,
e, para o sucessor singular, que pode ser o legatário (causa mortis) ou cessionário
(inter vivos). Dado a afirmação, pergunta-se: a acessão da posse é obrigatória?
R: Só é facultativa na transmissão singular.
174- É originário o modo de aquisição quando é assumido por força exclusivo de ato
praticado pelo adquirente. No modo originário, o titular pratica uma ação para auto-
investir-se na propriedade, pouco importando que haja atuado sozinho ou com o
auxílio de companheiros e empregados. Derivado é um modo aquisitivo que supõe a
existência de proprietário anterior. Todas as aquisições provenientes de
transferência são derivadas. Ante essas explicações pergunta-se: há diferença
prática entre o modo originário e o derivado?
R: Sim, é vantagem a aquisição originária porque não existem vícios.
175- Quais os modos aquisitivos da propriedade imóvel? Quais são os modos
originários e quais os derivados?
R: Pela acessão, usucapião, registro, pelo direito hereditário. Originário: acessão, usucapião,
ocupação. Derivadas: registro de imóveis, sucessão imobiliária.
176- Quais as espécies de registro imobiliário? Em que lei e artigo as encontram?
R: São os atos praticados no Registro de Imóveis, dividindo-os em duas espécies: os registros e
as averbações. As atividades do Registro de Imóveis estão contempladas no artigo 167, I, II, da Lei
nº 6.015/73.
177- Explique 3 princípios dogmáticos que regem o registro imobiliário
R: Principio da publicidade, principio da fé pública, princípio da disponibilidade.
178- Posse ad interdicta e posse as usucapionem o que significam? Dê um exemplo
de cada
R: Ad interdictae que possibilita a utilização dos interditos para repelir ameaça, mantê-la ou
recupera-la. Ad usucapionem é a possibilidade de alcançar a propriedade pelo decurso de certo
tempo. Ex: Ad interdictae: é a posse do locador; Ad usucapionem: usucapião.
179- Do que se trata o artigo 1.228, parágrafos 4º e 5º
R: Existem 3 correntes: 1) Entendem ser usucapião; 2) entendem ser desapropriação; 3)
entendem ser apropriação judicial.
180- Todas as posses são usucapionem? Fundamente.
R: Não. Pois a posse injusta e clandestina caracteriza detenção.
181- Sequela o que significa?
R: É o direito de reaver a coisa do poder de quem quer que injustamente a detenha ou possua.
182- Na descoberta, agindo o descobridor com dolo, o que lhe acontece? Pode o
descobridor reter a coisa? em que situação?
R: Com dolo, ele responderá pelos prejuízos causados ao proprietário ou possuidor legítimo. Não
existe a possibilidade.
183- Diferencie aquisição a título singular e universal
R: Singular: quando individualiza o bem. Universal: quando transfere o patrimônio (num todo).
184- Dê duas características da obrigação propterrem
R: que se estende a coisa nasceope legis.
185- O extravio ou perda da coisa é modalidade de abandono?
R: Não.
186- Contrato transmite a propriedade?
R: Não, somente quando registrado no registro de imóveis.
187- Até que limite vai à extensão de propriedade? (móvel e imóvel)
R: A do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis
ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por
terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las.
Não abrangendo as minas, jazidas e outros recursos naturais, nem energia hidráulica e
monumentos.
188- Quais as ações do posseiro para reaver seu imóvel?
R: Ação de Reintegração de Posse – quando o indivíduo for esbulhado (perde a posse).
Ação de Manutenção de Posse – quando o indivíduo for turbado (é atacado para perder a posse,
mas não se consuma).
Ação de Interditas Proibitorias – quando o indivíduo for ameaçado de esbulho ou turbação.