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Sumário
Olá, pessoal.
Tributos federais previstos nos arts. 153, I e II. A eles não se aplica a
anterioridade anual (art. 150, III, "b" c/c § I o ) nem a nonagesimal (art.
150, III, V c/c § I o ) . Também não se aplica o princípio da legalidade,
mas exclusivamente no que tange a alíquotas, passíveis de alteração pelo Poder
Executivo (art. 153, § I o ) .
Tributo federal previsto no art. 153, IV. Criado pela União, aplicando-se a
anterioridade nonagesimal. Não se aplica a anterioridade anual nem o
princípio da legalidade, este em relação a alíquotas. Há imunidade de IPI nas
exportações de bens.
PIS/PASEP-Importacão e COFINS-Importacão
ICMS
Liziane afirma que, embora a CF/1988 tenha utilizado o termo mais amplo
("produtos"), este deve ser interpretado no sentido de incluir apenas aquilo que
possua valor econômico:
"Isso porque a Constituição tem de ser interpretada de modo
sistemático, e a instituição de imposto sobre a importação de
produto sem valor pecuniário implicaria dissonância entre a base de
cálculo, que teria de ser outro valor desligado da operação, e a
hipótese de incidência, com violação da regra constitucional da
capacidade contributiva."
A literalidade da CF/1988
Comentários
Letra A: incorreta. Esta questão cuidou do tópico "bens, produtos e
mercadorias". Vimos que a CF/1988 menciona que o imposto de importação
incide sobre PRODUTOS estrangeiros. O colega e também professor Rosaldo
Trevisan ("Anotações ao Regulamento Aduaneiro") aponta um erro diferente: à
União não compete instituir "impostos" de importação, mas imposto de
importação. Meu caro, você escolhe o erro que quiser ou pode ficar com os dois.
Comentários
Questão direta. Nacionalizadas são as mercadorias importadas a título
definitivo, independentemente do despacho para consumo. Gabarito: E.
Comentários
Questão direta. Gabarito: letra d.
4.13 Reimportação
4. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
4.2. Incidência
1
Art. 69. O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira.
Parágrafo único. O imposto de importação incide, inclusive, sobre bagagem de
viajante e sobre bens enviados como presente ou amostra, ou a título gratuito.
"Professor, isso é ilegal. Está ferindo o artigo 110 do Código Tributário
Nacional (CTN). A lei tributária não pode chegar e dizer que o nacional é
estrangeiro só para abocanhar mais imposto. Que absurdo!"
Meu caro, deixe para brigar depois de entrar na RFB (acho que você nem
vai querer saber disso depois rsrs). O fato é que a legislação diz que, para fins
de incidência do imposto, são consideradas estrangeiras as mercadorias
nacionais ou nacionalizadas que forem exportadas (há exceções):
Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do
imposto, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada,
que retorne ao país, salvo se:
I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado;
II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para
substituição;
III - por motivo de modificações na sistemática de importação por
parte do país importador;
IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou
V - por outros fatores alheios à vontade do exportador.
Parágrafo único. Serão ainda considerados estrangeiros, para os
fins previstos no caput, os equipamentos, as máquinas, os veículos,
os aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peças, os
acessórios e os componentes, de fabricação nacional, adquiridos no
mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e
exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na
hipótese de retornarem ao País.
Você quer voltar para a briga? Eu, particularmente, não vejo ilegalidade
nenhuma no caput do artigo 70. Afinal, se o produto foi exportado a título
definitivo, ele deixou de fazer parte do patrimônio brasileiro. Ele perdeu a
condição de nacional. Assim como as pessoas podem perder a nacionalidade
brasileira, também os bens podem se desnacionalizar (que palavreado, hein?
rs).
Para completar, veja que nem o STF derrubou essa cobrança de imposto
de importação sobre bens desnacionalizados, que surgiu no Decreto-Lei 2.472,
de 1988 !
Antes de olharmos os cinco incisos que excepcionam a regra, veja o
parágrafo único do artigo 70. Ele se refere aos benefícios fiscais criados pelo
Decreto-Lei no 1.418/1975 para a exportação de serviços. Um destes
o
benefícios, previsto no art. 2 , foi permitir que as empresas nacionais de
engenharia adquirissem máquinas e outros bens no mercado interno a um
preço mais baixo para que ganhassem competitividade nas licitações no
exterior. Para isso, as vendas internas para as empresas de engenharia
passaram a ser equiparadas a exportações. Significa que nesta venda não
incidem IPI, PIS/PASEP e COFINS e os demais tributos e contribuições
dispensados nas exportações.
No caso de uma empresa de engenharia usufruir tal benefício e sair com
os bens para prestar o serviço no exterior, tal saída não poderá ser considerada
temporária, visto que a exportação já "ocorreu" na venda interna. Tendo sido
as mercadorias "exportadas", elas serão tratadas como estrangeiras ao
retornarem ao país. É uma questão de opção: quando a empresa de engenharia
compra os bens no mercado interno, pode pedir a equiparação à exportação
definitiva para usufruir as imunidades tributárias, mas, no retorno, será
tributada pelo valor depreciado das máquinas, ou paga os tributos internos e
faz uma exportação temporária, não pagando tributos na reimportação.
Vejamos agora as cinco exceções previstas nos cinco incisos do artigo 70.
São casos em que as mercadorias são exportadas, mas não perdem a condição
de nacional.
O inciso I é mais do que óbvio. Mercadorias exportadas em consignação
não são exportadas a título definitivo. Logo, não se desnacionalizam na
exportação.
O inciso II trata de bens que nos são enviados para conserto. Nós
vendemos um bem no mês passado. Como deu defeito, ele virá para que o
consertemos. Apesar de ter saído a título definitivo, sua volta para o Brasil não
será tributada, até porque se presume que vai voltar para o exterior.
O inciso III trata de mudanças nas normas dos países importadores.
Considere que nós exportamos camisas para os EUA. No meio da viagem, os
EUA resolvem "endurecer" suas regras de importação. Com isso, se a entrada
dos bens exportados ficar inviabilizada, os bens voltarão para o Brasil. Com
base no inciso III, os bens retornados não serão considerados estrangeiros e
não serão tributados. Seria o fim do mundo, né? O exportador já se deu mal
com o cancelamento da venda. Ainda vai ter que pagar imposto de importação?
Não dá, né?
O inciso IV tem a mesma ideia do inciso III, só que o retorno não é em
virtude de mudança de norma, mas de guerra ou calamidade pública.
O inciso V resume todos, que poderiam ser dispensados. Bastaria que se
escrevesse: "Não se consideram estrangeiras as mercadorias que voltarem ao
Brasil por fatores alheios à vontade do exportador."
4.2.2. Não incidência
Guarde isso!
QUESTÃO
Comentários
O gabarito é a letra D. A questão é interessante porque aborda esta ideia
das duas metades, ao dizer que são condições cumulativas o elemento espacial
e o elemento temporal do fato gerador.
Veja, porém, que a resposta está imprecisa, pois existem quatro
elementos temporais do fato gerador e o gabarito só traz um ("registro de DI
para consumo").
GUARDE ISSO!
Mercadorias não estrangeiras Mercadorias (nacionais) que foram
(incisos do art. 70) exportadas, mas que voltaram ao país por
fatores alheios à vontade do exportador.
QUESTÕES
Comentários
Existem quatro elementos temporais (dia do registro da DI para consumo,
dia do lançamento, dia do vencimento do prazo de permanência, dia do registro
da DI para admissão temporária para utilização econômica).
A letra A está errada, pois é o próprio fato gerador do imposto. Eles estão
perguntando sobre o elemento temporal ("para efeito de cálculo, considera-se
ocorrido o FG"), não sobre o elemento material do fato gerador ("entrada").
A letra B está correta, pois o registro da DI consiste em sua numeração
(veremos isso escrito na aula de despacho aduaneiro).
A letra C está errada, pois o elemento temporal não é considerado
ocorrido no dia da apuração da falta, mas no dia do lançamento, que pode até
ser coincidentemente o mesmo dia da apuração. Às vezes, o AFRFB deixa para
fazer o lançamento no dia seguinte, pois a falta e o responsável só foram
descobertos no finzinho do expediente.
Em relação à letra D: se o regime é o de importação comum, o fato
gerador é considerado ocorrido no registro da DI, não no dia do lançamento.
Letra E: incorreta. Em primeiro lugar, a vistoria aduaneira foi extinta pela
Lei 12.350/2010. Em segundo lugar, a vistoria não era para comparar
manifesto com nada. Isso é coisa de conferência final de manifesto, estudada
na aula demonstrativa. Em terceiro lugar, se tiver sido detectada falta de
mercadoria, o fato gerador é considerado ocorrido no "dia do lançamento".
Comentários
Lembre que "momento de incidência" é sinônimo de "elemento temporal
do fato gerador".
Existem quatro momentos de incidência. Em resumo muito rápido:
registro da DI para consumo, dia do lançamento, dia do vencimento, registro
da DI de admissão temporária para utilização econômica.
A questão não está perfeita porque o gabarito (letra B) deveria dizer
registro da DI para CONSUMO ou para ADMISSÃO TEMPORÁRIA PARA
UTILIZAÇÃO ECONÔMICA. As DI podem ser registradas para vários regimes
aduaneiros (veremos isso em aula futura) e a previsão expressa de registro da
DI como momento de incidência é específica para os dois casos que citei.
A letra A está falando do fato gerador. Não se pode confundir: quando se
pergunta pelo momento de incidência ou "quando se considera ocorrido o fato
gerador", está se perguntando sobre o elemento temporal, ou seja, registro da
DI para consumo, dia do lançamento, dia do vencimento ou registro da
declaração para admissão temporária para utilização econômica.
Comentários
Lembra que são três tratamentos distintos? "não estrangeira", "não
incidência" e "não ocorrência do FG".
As não estrangeiras são "mercadorias NACIONAIS" exportadas e que
voltaram ao Brasil por fator alheio à vontade do exportador.
Os casos de não incidência se referem a "mercadorias ESTRANGEIRAS"
que não serão tributadas, pois serão, por exemplo, devolvidas ao exterior ou
destruídas. Aí entram também as embarcações. Guarde "estrangeiras" e
"embarcações".
Os casos de não ocorrência do FG dizem respeito aos casos "engraçados"
(pescado e retorno produto exportado temporariamente).
Se a questão fala sobre "mercadoria estrangeira", está falando de não
incidência. Gabarito: Letra C.
Comentários
Gabarito: D. É questão literal.
A letra A está errada porque fala que apreensão é caso de não incidência.
Isto é falso: perdimento não é sinônimo de apreensão ou abandono. O
perdimento só é declarado após um processo em que se assegure ampla defesa
e contraditório ao importador. A apreensão é apenas o primeiro ato do processo
que pode desaguar no perdimento.
Outro problema: "erro manifesto" foi mudado para "erro no manifesto [de
carga]". Com o jogo de palavras, o primeiro item da letra A ficou errado.
Letra B: se a mercadoria foi submetida ao regime de exportação
temporária, o seu retorno é caso de "não ocorrência do FG" e não o caso de
"não incidência". Uma observação: descumprir o regime de exportação
temporária leva apenas ao pagamento de uma multa, pois a mercadoria não
deixa de ser mercadoria nacional só porque, em vez de voltar em 30 dias,
voltou em 40. Imposto não pode ser cobrado como punição, não é sanção de
ato ilícito, como definido no artigo 3 o do CTN.
A letra B também está errada no item III, pois a entrada de mercadoria
exportada a título definitivo (desnacionalizada) é hipótese de incidência do
imposto de importação.
Letra C: incorreta. O primeiro item fala de reexportação. Não é o caso.
Reexportar é devolver aquilo que entrou a título temporário. A coisa que chegou
ao Brasil nem era para cá. Portanto, não entrou para ficar algum tempo. O
segundo item fala de mercadorias idênticas e similares, enquanto a legislação
fala apenas de mercadorias idênticas. Fala de descarga, quando a legislação
menciona despacho. O terceiro item menciona apreendida/abandonada/
alienada, quando deveria ter dito "objeto da pena de perdimento".
Letra E: incorreta. O primeiro item é todo embaralhado. Não dá nem para
entender direito o que eles estão querendo dizer. O segundo item falou
"similar", "conferência aduaneira", "obsoleta" e "termo de responsabilidade",
coisas que não existem na norma. O terceiro item é invenção.
Comentários
Esta questão é capciosa. Em primeiro lugar, pelo duplo "não" no
enunciado. Por isso, temos que procurar a opção em que haverá incidência do
imposto. Como vimos, os bens adquiridos pelas empresas nacionais de
engenharia, se trazidos de volta, são tratados como estrangeiros e há
incidência. Gabarito: B.
O segundo problema da questão é que a única opção onde há literalmente
uma situação de "não incidência" (RA, art. 71) é a letra E. As letras A, C e D
tratam de situações de "não estrangeira" (RA, art. 70). Estes casos são de
mercadorias nacionais que voltam para o país por fatores alheios à vontade
do exportador. Se fosse pela vontade do exportador, estas mercadorias não
voltariam. São "não estrangeiras" e, portanto, também não há incidência do
imposto.
Note que a letra D trata de mercadorias voltando para o Brasil após o
prazo autorizado. Por exemplo, foi dado um prazo de 90 dias e a mercadoria
volta depois deste prazo. Haverá, por conta deste descumprimento, incidência
do imposto de importação? Não, já vimos na resolução de questão anterior que
um descumprimento de norma ou um ato ilícito nunca podem ser motivo para
se cobrar tributo, pois tributo não é sanção de ato ilícito.
Comentários
Questão literal. Gabarito: b.
Comentários
Questão literal. Gabarito: c.
13 - (Inédita) Considerando que o imposto de importação incide sobre
mercadoria estrangeira, avalie as afirmações abaixo. Atribua V para a
verdadeira e F para a falsa. Em seguida, marque a opção que contenha
a sequência correta.
( ) Não serão considerados estrangeiros, para os fins de incidência do imposto,
os equipamentos, as máquinas, os veículos, os aparelhos e os instrumentos,
bem como as partes, as peças, os acessórios e os componentes, de fabricação
nacional, adquiridos no mercado interno pelas empresas nacionais de
engenharia, e exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na
hipótese de retornarem ao País.
( ) Não incide o imposto de importação sobre a mercadoria que, corretamente
descrita nos documentos de transporte, chegar ao país por erro inequívoco ou
comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior.
( ) O imposto não incide sobre mercadoria estrangeira extraviada.
a) V, V, V b) F, V, V c) F, F, V d) V, F, F e) F, V, F
Comentários
Primeiro item: falso. Vimos que os bens adquiridos por empresas
nacionais de engenharia para a prestação de serviços no exterior são
considerados estrangeiros ao voltarem para o país. (RA, art. 70, par. único)
Segundo item: correto. É caso de não incidência, visto no artigo 71, I, do
RA.
Terceiro item: falso. Há incidência, com base no fato gerador presumido,
previsto no RA, art. 72, § I o .
Gabarito: letra E.
Comentários
Primeiro item: falso. O FG do imposto é a entrada no território nacional.
(RA, art. 72)
Segundo item: falso. O FG presumido aplica-se apenas às mercadorias
extraviadas. (RA, art. 72, § I o )
Terceiro item: falso. O limite é 1% (RA, art. 72, § 3 o ).
Gabarito: E.
4.1.1. Contribuintes
QUESTÕES
Comentários
Muitos tendem a marcar a letra A como resposta, mas a correta é a letra
B, pois o consignatário somente será o contribuinte do imposto se registrar a
Declaração de Importação e promover o despacho aduaneiro. Não é porque o
consignatário importa as mercadorias em consignação que ele será sempre o
contribuinte, pois aquelas poderão ser nacionalizadas pelo adquirente (ao se
transformar a entrada não definitiva em definitiva, a mercadoria é
nacionalizada, analogamente à naturalização de pessoas). Em suma, o
consignatário somente será o contribuinte do imposto caso nacionalize e
registre a DI para consumo. Caso seja o adquirente de mercadoria entrepostada
a fazer isso, este será o contribuinte do imposto.
4.1.2. Responsáveis
Guarde isso!
Contribuintes 1) Importador
2) Destinatário de RPI
3) Adquirente de mercadoria entrepostada
Responsáveis 1) Transportador
2) Depositário
Responsáveis 1) o adquirente ou cessionário de mercadoria
Solidários beneficiada com isenção ou redução do imposto;
2) o representante no país do transportador
estrangeiro;
3) o adquirente de mercadoria de procedência
estrangeira, no caso de importação realizada por sua
conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica
importadora;
4) o encomendante predeterminado que adquire
mercadoria de procedência estrangeira de pessoa
jurídica importadora;
5) o expedidor, o operador de transporte multimodal
ou qualquer subcontratado para a realização do
transporte multimodal;
6) o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo
destinado à industrialização para exportação, no caso
de admissão de mercadoria no regime por outro
beneficiário, mediante sua anuência, com vistas à
execução de etapa da cadeia industrial do produto a
ser exportado; e
7) qualquer outra pessoa que a lei assim designar.
QUESTÕES
Comentários
Letra A: correta. Tratamos do artigo 71, VII, do Regulamento Aduaneiro
(RA), que tem a redação nos mesmos termos da letra A.
Letra B: correta. Tratamos do artigo 73, I, do RA, literalmente copiado
para a alternativa.
Letra C: correta. Tratamos do parágrafo único do art. 73 do RA,
literalmente copiado para a alternativa.
Letra D: correta. Tratamos do artigo 104 do RA, que dispõe sobre os
contribuintes.
Letra E: incorreta. No estudo do artigo 106 do RA, vimos que o
representante no país do transportador estrangeiro é responsável SOLIDÁRIO.
Não existe na legislação aduaneira casos de responsabilidade SUBSIDIÁRIA no
imposto de importação.
Comentários
Gabarito: letra A, copiada do artigo 104 do RA.
Letra B: incorreta. Permissionário de entreposto aduaneiro não existe. O
que existe são permissionários de porto seco, que ganharam, mediante
licitação, o direito de explorar o serviço de armazenagem e movimentação de
mercadorias destinadas à conferência aduaneira. São os depositários, os quais
são responsáveis pelo imposto e não contribuintes.
Letras C e D: incorretas. Transportador e depositário são responsáveis e
não contribuintes.
Letra E: incorreta. O adquirente ou cessionário de mercadoria beneficiada
com isenção ou redução do imposto é responsável solidário. (RA, art. 106, I)
Comentários
Gabarito: Letra A. Copiada do RA, art. 106, V.
A Letra B está errada porque trata apenas da responsabilidade sem tratar
da solidariedade. E, na legislação aduaneira, há uma clara distinção entre os
responsáveis e os responsáveis solidários.
A Letra C trata de sujeição direta. Os responsáveis não têm relação direta
com o fato gerador do imposto. Além disso, não há proporcionalidade na
solidariedade tributária. Todos respondem pelo valor integral.
Não são contribuintes substitutos e não há proporcionalidade na
solidariedade. Todos os solidários respondem pelo crédito integral, como
aprendemos em Direito Tributário. Por isso, as letras D e E são falsas.
Comentários
O depositário é contribuinte, responsável ou responsável solidário?
Responsável. Gabarito: letra A.
Comentários
Letra A: incorreta. Arrematação em leilão não é FG do imposto de
importação (II).
Letra B: incorreta. O fato gerador do II não é a saída da mercadoria.
Letra C: incorreta. O fato gerador do II não é o desembaraço da
mercadoria.
Letra E: incorreta. O fato gerador do II não é a entrada da mercadoria no
estabelecimento, mas a entrada no país.
Gabarito: Letra D.
22 - (AFRF/2000) A responsabilidade do Operador de Transporte
Multimodal de cargas, no transporte internacional:
a) perante o contratante, cobre o período compreendido entre o instante do
recebimento da carga e a ocasião de sua entrega ao destinatário, e, perante os
órgãos fazendários, permanece desde a concessão do regime de trânsito
aduaneiro até o momento da entrega da mercadoria ou carga em recinto
alfandegado de destino;
b) com relação ao contratante, inicia-se desde sua inclusão no manifesto do
veículo transportador até a sua descarga no local alfandegado de destino e,
perante os órgãos fazendários, permanece desde a autorização para embarque
no veículo até sua descarga no recinto alfandegado de destino;
c) perante o contratante, cobre o período compreendido entre o instante da
colocação da carga a bordo do veículo e a ocasião da sua chegada ao destino,
e, perante os órgãos fazendários, desde o recebimento da carga na origem até
o seu desembaraço aduaneiro;
d) relativamente ao contratante do transporte, inicia-se com a entrega da carga
no local de origem e cessa quando da chegada do veículo ao local de destino e,
relativamente à Alfândega, inicia-se desde o recebimento dos documentos
relativos à carga até o desembaraço aduaneiro na importação ou averbação de
embarque na exportação;
e) perante o contratante na importação, inicia-se desde a disponibilização da
carga pelo importador na condição FOB até a entrega do conhecimento de
transporte à autoridade do local de descarga para instruir o despacho aduaneiro
e, no tocante aos tributos, inicia-se desde a lavratura do Termo de Visita
Aduaneira até o desembaraço aduaneiro da carga.
Comentários
Perante a Fazenda, o OTM é responsável pelo pagamento dos tributos das
cargas por ele transportadas, caso haja falta de mercadoria. No entanto, não
podemos esquecer que essa responsabilidade é solidária com o expedidor e com
os demais transportadores subcontratados. E essa responsabilidade não diz
respeito apenas ao trecho internacional da viagem, mas também aos trechos
internos se estiver transportando mercadoria sob controle aduaneiro. É o caso,
por exemplo, de ele fazer o trânsito aduaneiro da carga do porto do Rio de
Janeiro até um porto seco em Minas Gerais.
Perante o contratante, o OTM é responsável pela carga desde o momento
em que a pega até o momento em que a entrega ao destinatário.
Gabarito: letra A.
23 - (AFRF/2002-1) Transporte multimodal de cargas é aquele que,
regido por:
a) dois ou mais contratos, utiliza duas ou mais modalidades de transporte,
desde a origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de
um Operador de Transporte Multimodal;
b) um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a
origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade de mais de um
Operador de Transporte Multimodal;
c) dois ou mais contratos, utiliza uma única modalidade de transporte, desde a
origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de um
Operador de Transporte Multimodal;
d) um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a
origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de um
Operador de Transporte Multimodal;
e) um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a
origem até o porto de descarga no destino, e é executado sob a
responsabilidade única de mais de um Operador de Transporte Multimodal.
Comentários
O conceito de transporte multimodal está na Lei 9.611/1998:
Art. 2o Transporte Multimodal de Cargas é aquele que, regido por
um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte,
desde a origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade
única de um Operador de Transporte Multimodal.
Gabarito: Letra D.
Comentários
Responsabilidade tributária é e sempre será objeto da legislação
tributária. Gabarito: D.
26- (Ajudante de Despachante Aduaneiro / 2012 - ESAF) Sobre o
imposto de importação, analise as proposições abaixo e assinale a
opção correta.
a) O adquirente de mercadoria entrepostada é contribuinte do imposto de
importação.
b) O transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou
sob controle aduaneiro, é responsável solidário pelo imposto de importação.
c) O depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de
mercadoria sob controle aduaneiro, é contribuinte do imposto de importação.
d) O destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo
remetente é responsável solidário pelo imposto de importação.
e) O expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer
subcontratado para a realização do transporte multimodal são contribuintes do
imposto de importação.
Comentários
Letra A: correta, como vimos.
Letra B: errada. O transportador é simplesmente responsável.
Letra C: errada. O depositário é responsável.
Letra D: errada. O destinatário de RPI é contribuinte.
Letra E: errada. São responsáveis solidários.
Gabarito: letra A.
Comentários
Os sujeitos passivos se dividem em: contribuintes (art. 104, RA),
responsáveis (art. 105, RA) e responsáveis solidários (art. 106).
Art. 104. É contribuinte do imposto:
I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a
entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro;
II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo
respectivo remetente; e
III - o adquirente de mercadoria entrepostada.
Art. 105. É responsável pelo imposto:
I - o transportador, quando transportar mercadoria procedente do
exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno;
II - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da
custódia de mercadoria sob controle aduaneiro; ou
III - qualquer outra pessoa que a lei assim designar.
Art. 106. É responsável solidário:
I - o adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com
isenção ou redução do imposto;
II - o representante, no País, do transportador estrangeiro;
III - o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no
caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio
de pessoa jurídica importadora;
IV - o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de
procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora;
V - o expedidor> o operador de transporte multimodal ou qualquer
subcontratado para a realização do transporte multimodal;
VI - o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo destinado á
industrialização para exportação, no caso de admissão de
mercadoria no regime por outro beneficiário, mediante sua
anuência, com vistas á execução de etapa da cadeia industrial do
produto a ser exportado; e
VII - qualquer outra pessoa que a lei assim designar.
Gabarito: letra E.
Um grande abraço,
Rodrigo Luz
RESUMINHO
GABARITOS
01 - A incorreta 15 - B
02 - E 16 - C
03 - D 17 - E
04 - D 18 - A
05 - A 19 - A
06 - B 20 - A
07 - B 21 - D
08 - C 22 - A
09 - D 23 - D
10 - B 24 - A
11 - B 25 - D
12 - C 26 - A
13 - E 27 - E
14 - E