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Aula 01 - Tributos Incidentes sobre o Comércio Exterior

Sumário

3. TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE O COMÉRCIO EXTERIOR 2


3.1. Regramento Constitucional e Legislação Específica 2
3.2. Produtos, Bens e Mercadorias 4
3.3. Produtos Estrangeiros, Produtos Nacionais, Nacionalizados e
Desnacionalizados 10
4.13 Reimportação 13
4. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO 14
4.2. Incidência 14
4.3. Fato Gerador 20
4.1. Sujeitos Ativo e Passivo 39
RESUMINHO 59
QUESTÕES ANALISADAS NESTA AULA 61

Olá, pessoal.

Nesta aula estudaremos as disposições gerais dos tributos incidentes


sobre o comércio exterior (tópico 3). Além disso, veremos as primeiras
disposições específicas sobre o imposto de importação (tópico 4). Na próxima
aula, concluiremos as demais regras acerca do imposto.
Veja que o sumário não segue a sequência normal. Sua numeração se
refere aos tópicos do edital da RFB. Para melhorar a explicação, eu coloquei,
por exemplo, o tópico 4.1 (Sujeitos Ativo e Passivo) depois de 4.3 (Fato
Gerador). Tal inversão também ocorrerá nas demais aulas para facilitar a
exposição dos assuntos.
Vamos à aula.
3. TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE O COMÉRCIO EXTERIOR

3.1. Regramento Constitucional e Legislação Específica

Bem, vocês já sabem tudo sobre o regramento constitucional acerca dos


tributos. Afinal, o professor de Tributário já maceteou todo o Sistema Tributário
Nacional, inserido na Constituição Federal (CF) (arts. 145 a 169). O que mais
eu teria aqui para explicar além do que os mestres especialistas em Tributário
já explicaram? Nada. Eu não sei metade do que eles sabem. Mas, para não
dizerem que eu estou fugindo do tema (rsrs), vamos relembrar o que diz a
CF/1988 sobre os tributos que incidem no comércio exterior brasileiro e que são
pedidos no edital.

Impostos de importação e de exportação

Tributos federais previstos nos arts. 153, I e II. A eles não se aplica a
anterioridade anual (art. 150, III, "b" c/c § I o ) nem a nonagesimal (art.
150, III, V c/c § I o ) . Também não se aplica o princípio da legalidade,
mas exclusivamente no que tange a alíquotas, passíveis de alteração pelo Poder
Executivo (art. 153, § I o ) .

Imposto sobre Produtos Industrializados ÍIPI)

Tributo federal previsto no art. 153, IV. Criado pela União, aplicando-se a
anterioridade nonagesimal. Não se aplica a anterioridade anual nem o
princípio da legalidade, este em relação a alíquotas. Há imunidade de IPI nas
exportações de bens.

PIS/PASEP-Importacão e COFINS-Importacão

Contribuições sociais cuja instituição é permitida pelo artigo 149 da


CF/1988. Como seus nomes indicam, elas incidem somente nas importações,
não nas exportações. Também não incidem nas operações internas, havendo
para isso o PIS/PASEP e a COFINS (estes são tributos distintos, como se vê
pelos seus próprios nomes, faltando-lhes o termo "Importação").
Criadas pela Lei 10.865/2004, submetem-se aos princípios da legalidade e
da anterioridade nonagesimal. Não se aplica a anterioridade anual (CF, art.
195, § 6°).
CIDE-Combustíveis e AFRMM

A CIDE-Combustíveis e o Adicional ao Frete para Renovação da Marinha


Mercante (AFRMM) são contribuições de intervenção no domínio econômico,
chamadas genericamente de CIDE. A instituição desse gênero de contribuições
é permitida também pelo artigo 149 da CF/1988.
A CIDE-Combustíveis é expressamente mencionada no artigo 177 da
CF/1988. Já o AFRMM não é citado. As duas contribuições incidem nas
importações e também no comércio interno, mas não nas exportações.
Pelo artigo 149, vemos que, em regra, as contribuições interventivas se
submetem aos princípios da legalidade, da anterioridade nonagesimal e
também da anterioridade anual.
Exceção: Especificamente em relação à CIDE-Combustíveis, o artigo 177
da CF/1988 define que não há necessidade de se cumprir o princípio da
legalidade nem o da anterioridade para se reduzir ou restabelecer a alíquota da
contribuição.
Art. 177, § 4° (...)
I - a alíquota da contribuição poderá ser:
(...)
b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe
aplicando o disposto no art. 150, III, b [anterioridade];

ICMS

Tributo instituído pelos Estados e Distrito Federal (DF) e previsto na CF,


art. 155, II. Em regra, obedece aos princípios da legalidade e da anterioridade
(anual e nonagesimal).
Exceção: Especificamente em relação ao ICMS cobrado de forma
monofásica sobre combustíveis e lubrificantes, a CF/1988, art. 155, § 4 o , IV
define o não cumprimento do princípio da legalidade (as alíquotas são fixadas
por deliberação dos Estados e do DF) e, para se reduzir ou restabelecer a
alíquota do imposto, não há a necessidade de se cumprir o princípio da
anterioridade.
Art. 155', § 4o: Na hipótese do inciso XII, h, ["combustíveis e
lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez"]
observar-se-á o seguinte:
(...)
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação
dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2o, XII, g,
observando-se o seguinte:
(...)
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o
disposto no art. 150; III, b [anterioridade].

Note que as exceções mencionadas para o ICMS-monofásico e para a


CIDE-Combustíveis não são idênticas:
1) No caso do ICMS-monofásico, o princípio da legalidade não é atendido,
já que a fixação não é por lei, mas por deliberação dos Estados e do
DF. No caso da CIDE-Combustíveis, a fixação é por lei, mas o Poder
Executivo pode mexer na alíquota; e
2) No caso do ICMS-monofásico, a deliberação dos Estados e do DF é
para aumentar ou para diminuir a alíquota. No caso da CIDE-
Combustíveis, o Poder Executivo só pode mexer na alíquota para reduzi-la
ou restabelecê-la para o valor originalmente fixado na lei. Não pode
aumentá-la.

Ao abordarmos os tópicos 4 a 10 do edital da RFB, estudaremos a


legislação específica dos tributos citados.

3.2, Produtos, Bens e Mercadorias

Os conceitos NÃO estão definidos na legislação

Todos os conceitos que usaremos neste tópico são oriundos da doutrina,


pois não há nenhuma norma que defina "produtos", "bens" ou "mercadorias".
Aliás, há o Código Aduaneiro do Mercosul (CAM) (Decisão CMC 27/2010), mas
cuja vigência ainda depende da incorporação aos ordenamentos jurídicos dos
países do Mercosul (sobre as normas do Mercosul e sua entrada em vigor,
estudaremos o tópico 28 na aula 14).
O CAM, art. 3 o , definiu o conceito (ainda não vigente) de mercadoria:
"Mercadoria: todo bem suscetível de um destino aduaneiro."

Consta no CAM que os destinos aduaneiros são quatro.


"1. A mercadoria ingressada no território aduaneiro deverá receber um
dos seguintes destinos aduaneiros:
a) inclusão em um regime aduaneiro de importação;
b) retorno ao exterior;
c) abandono; ou
d) destruição."
Enfim, quando (e se) o CAM entrar em vigor, poderemos dizer que as
mercadorias são "os bens suscetíveis de serem incluídos em um regime
aduaneiro de importação, devolvidos ao exterior, abandonados ou destruídos/'

Conceitos definidos pela doutrina

Para a explicação dos conceitos, vou trazer algumas citações do excelente


texto "Imposto sobre a Importação", de Liziane Angelotti Meira, constante do
livro "Temas Atuais de Direito Aduaneiro", organizado por Rosaldo Trevisan.
A Constituição Federal, ao autorizar o legislador federal a instituir o
imposto de importação, dispôs: "Compete à União instituir imposto sobre
importação de produtos estrangeiros/' (artigo 153, I, CF/1988).
Já o Decreto-Lei 37/66, principal base legal do Regulamento Aduaneiro,
faz referência aos termos mercadorias (artigo I o ) , bagagem (art. 13) e bens
(por exemplo, artigos 12, 14 e 26).
"Art.Io - O imposto sobre a importação incide sobre mercadoria
estrangeira e tem como fato gerador sua entrada no território
nacional.
Art. 12 - A isenção ou redução, quando vinculada à destinação dos
bens, ficará condicionada ao cumprimento das exigências
regulamentares; e, quando for o caso, à comprovação posterior do
seu efetivo emprego nas finalidades que motivarem a concessão.
Art. 13 - É concedida isenção do imposto de importação, nos
termos e condições estabelecidos no regulamento, à bagagem
constituída de (...)"

Observa-se que não há, na legislação, um rigor técnico na utilização dos


termos, restando à doutrina a tarefa de conceituá-los. Se partirmos do conceito
mais amplo para o mais restrito, teremos a seguinte ordem:
1) Produto - "Toda coisa ou toda utilidade que se extraiu de outra coisa,
reduzindo-lhe a utilidade" (Pedro Nunes, José Náufel, Plácido e Silva e Rubens
Limongi França, citados por José Roberto Vieira).
Em suma, produto é tudo que provém de outra coisa.
2) Bem - "O termo 'bens' indica coisas, corpóreas e incorpóreas, e indica
qualquer utilidade econômica ou riqueza incorporada ao patrimônio de alguém e
passível de apreciação pecuniária, ao passo que 'produto' identifica-se com toda
e qualquer coisa ou utilidade que se extraiu de outra. A diferença é que o termo
'produto' é mais abrangente, pois compreende também coisas não passíveis de
apreciação econômica." (Liziane Meira)
Um exemplo pode facilitar o entendimento: a fumaça é produto da
queima do combustível, mas não pode ser chamado de bem, já que não possui
valor pecuniário.
3) Mercadoria - "Bem corpóreo ou incorpóreo (ex. energia elétrica) da
atividade empresarial do produtor, industrial e comerciante, tendo por objeto a
sua distribuição para consumo, compreendendo-se no estoque da empresa,
distinguindo-se das coisas que tenham qualificação diversa, segundo a ciência
contábil, como é o caso do ativo permanente e bens de uso e consumo." (José
Eduardo Soares de Mello)
"Todas as mercadorias são coisas, mas nem todas as coisas são
mercadorias. O que caracteriza uma coisa como mercadoria é a destinação.
Mercadorias são coisas móveis destinadas ao comércio." (Hugo de Brito
Machado)
"Mercadoria tem uma acepção mais limitada que as duas expressões
anteriores, consistindo nas coisas que servem como objeto de operações
comerciais." (Liziane Meira)
"Mercadoria é o bem econômico que alguém, com propósito deliberado de
lucro, produz para vender ou compra para revender." (Aliomar Baleeiro)

Análise do termo "produtos" utilizado na CF/1988

"Compete á União instituir imposto sobre importação de produtos


estrangeiros/' (artigo 153, I, CF/1988).

Liziane afirma que, embora a CF/1988 tenha utilizado o termo mais amplo
("produtos"), este deve ser interpretado no sentido de incluir apenas aquilo que
possua valor econômico:
"Isso porque a Constituição tem de ser interpretada de modo
sistemático, e a instituição de imposto sobre a importação de
produto sem valor pecuniário implicaria dissonância entre a base de
cálculo, que teria de ser outro valor desligado da operação, e a
hipótese de incidência, com violação da regra constitucional da
capacidade contributiva."

Em suma, pela CF/1988, o imposto de importação não poderá ser


instituído em relação a todos os produtos, mas apenas ao subconjunto "com
valor econômico". Significa que o termo "produtos" deve ser interpretado
restritivamente, no sentido de "bens".
Análise do termo "mercadorias" utilizado no Decreto-Lei 37/1966

A norma legal que criou as hipóteses de incidência do imposto de


o
importação é o Decreto-Lei 37/1966. Em seu artigo I , é utilizado o termo
"mercadorias".
"Art.Io - O imposto sobre a importação incide sobre mercadoria
estrangeira e tem como fato gerador sua entrada no território
nacional.

"Portanto, à primeira vista, seria de pensar que o legislador exerceu


apenas uma parcela restrita de sua competência. Contudo, ao determinar
requisitos para isenção das bagagens (acompanhadas e desacompanhadas),
estendeu a incidência à bagagem que não cumpra as condições da regra
isentiva." (Liziane Meira)
Trocando em miúdos o parágrafo anterior: ao usar o termo
"mercadorias", pode parecer que o Decreto-Lei só está querendo que se
tributem os bens destinados ao comércio, pois este é o conceito de
"mercadorias". Porém, com dois exemplos, podemos ver que a incidência
o
definida no artigo I não deve ser interpretada apenas sobre os bens
destinados a comércio:
I o ) Pela legislação, a bagagem nunca se destina a comércio. Logo, se a
incidência do imposto fosse apenas sobre bens destinados ao comércio, nunca
se poderia cobrar imposto de importação sobre bagagem. E, como todos sabem
(e veremos neste curso), os bens importados como bagagem são tributados, no
caso de a quota de isenção do viajante ser ultrapassada.
Observação: na aula 14, sobre bagagem, estudaremos em detalhes
a Instrução Normativa 1.059/2010, que dispõe:
II - bagagem: os bens novos ou usados que um viajante, em
compatibilidade com as circunstâncias de sua viagem, puder
destinar para seu uso ou consumo pessoal, bem como para
presentear, sempre que, pela sua quantidade, natureza ou
variedade, não permitirem presumir importação ou
exportação com fins comerciais ou industriais;

2 o ) O artigo 79 da Lei 9.430/1996 prevê a cobrança do imposto na


importação de bens sob os contratos de arrendamento, aluguel e comodato.
Ora, tais importações não são destinadas a comércio, mas mesmo assim são
tributadas. Isso só é possível se considerarmos que o termo mercadorias deva
ser interpretado de forma mais ampla que "bens destinados ao comércio".
Concluindo...

O termo "produtos" usado na CF/1988 deve ser interpretado de forma


restritiva para englobar apenas os "bens" (produtos com valor econômico). Já o
termo "mercadorias" deve ser alargado para englobar também os bens que não
se prestam a comércio (tais como a bagagem e os bens alugados). Estas
interpretações dadas aos termos acaba fazendo com que os três sejam usados
pela legislação de forma indistinta, como sinônimos para fins de tributação.
Este tratamento paritário pode ser confirmado na legislação tributária,
comparando-se, por exemplo, a Constituição Federal e o Regulamento
Aduaneiro:
CF, art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros; (...)
RA, art. 72. O fato gerador do imposto de importação é a entrada de
mercadoria estrangeira no território aduaneiro.

Se você fizer a mesma comparação em relação ao imposto de exportação


(CF vs. RA) e ao imposto sobre produtos industrializados (CF vs. Lei
4.502/1964), verá que os termos "produtos", "mercadorias" e "bens" são
usados sem cuidados de terminologia.

A literalidade da CF/1988

Na literalidade, a CF/1988 faz as seguintes referências aos tributos:


1) o imposto de importação incide sobre produtos.
2) o imposto de exportação incide sobre produtos.
3) o imposto sobre produtos industrializados (IPI) incide sobre produtos.
4) o ICMS incide sobre mercadorias.
5) A CIDE-Combustíveis incide sobre produtos, (art. 177, § 4 o )

Em relação às contribuições sociais (PIS/PASEP-Importação e COFINS-


Importação), elas possuem algumas particularidades:
Ia) Elas não incidem apenas sobre bens, mas também sobre serviços
importados.
2 a ) o artigo 195, IV, faz expressa menção à importação de bens. Por
outro lado, o artigo 149, II, menciona a importação de produtos.
Veja que não há muito critério na CF/1988 para se diferenciarem os três
termos. Por isso, eles acabam sendo usados como sinônimos.
Observação: como mencionei antes, a CF/1988 não cita o AFRMM
expressamente. Por isso, não há, em relação a tal tributo, nenhuma referência
a produtos, bens ou mercadorias.

O termo utilizado nas normas de bagagem

Por fim, uma importante observação ocorre em relação às bagagens: um


dos cuidados que sempre temos ao discutirmos novas normas sobre bagagens é
a utilização do termo. A RFB sempre se preocupa em não usar o termo
"mercadorias" para falar das coisas trazidas pelos viajantes. Isso poderia dar
margem a eles entrarem na Justiça, invocando o conceito doutrinário, já que
não há um conceito aduaneiro em vigor.
Sempre que a RFB define normas sobre bagagens, ela escreve "os bens
trazidos por viajantes blábláblá". Esse cuidado é importante, pois, como
estudaremos, se o viajante estiver trazendo bens destinados à revenda, a pena
é a apreensão e o perdimento do bem, tendo em vista que as pessoas físicas
não podem trazer bens com destinação comercial (Portaria Secex 23/2011, art.
11). Por isso, todo cuidado é pouco: se escrevêssemos "mercadorias", isso
poderia dar margem a permitir a entrada de "bens destinados à revenda" como
bagagem, ainda que a Portaria Secex vede isso expressamente.
"Mas, professor, se a Portaria Secex veda, a RFB não precisa se preocupar
com o termo..."
Não é bem assim, né? Na Justiça, vigora o "/n dúbio pro reo" ("na dúvida,
a favor do réu"). Não se pode arriscar e perder o direito de apreender os bens
dos sacoleiros. Eles iriam "fazer a festa".

Guarde isso! 1) A legislação não se preocupa em diferenciar os


termos "produtos", "bens" e "mercadorias".
Apenas a doutrina o faz.

2) Somente "mercadoria" possui um conceito na


legislação aduaneira, apesar de ainda não estar
em vigor. "Produtos" e "bens" não foram
conceituados.
QUESTÃO

01 - (ATRFB/2012) Sobre as disposições constitucionais relativas aos


tributos incidentes sobre comércio exterior, e sobre a Zona Franca de
Manaus, assinale a opção correta.
a) Ao dispor sobre o Imposto de Importação, o art. 153, I, da Constituição
Federal, reza que compete à União instituir impostos sobre importação de bens
estrangeiros.
(...)

Comentários
Letra A: incorreta. Esta questão cuidou do tópico "bens, produtos e
mercadorias". Vimos que a CF/1988 menciona que o imposto de importação
incide sobre PRODUTOS estrangeiros. O colega e também professor Rosaldo
Trevisan ("Anotações ao Regulamento Aduaneiro") aponta um erro diferente: à
União não compete instituir "impostos" de importação, mas imposto de
importação. Meu caro, você escolhe o erro que quiser ou pode ficar com os dois.

As demais alternativas da questão se referem a outros assuntos, e, por


isso, serão apresentadas em momento futuro.

3.3. Produtos Estrangeiros, Produtos Nacionais, Nacionalizados e


Desnacionalizados.

A conceituação de produtos estrangeiros e nacionais depende da


verificação do país de origem do produto. Aí não há muito mistério. Se o Brasil
for o país de origem, o produto é considerado nacional. Caso contrário, é
considerado estrangeiro.
Onde está a definição de país de origem? No Regulamento Aduaneiro
(RA):
Art. 557. A fatura comercial deverá conter as seguintes indicações:
VIII - país de origem, como tal entendido aquele onde houver sido
produzida a mercadoria ou onde tiver ocorrido a última
transformação substancial;

Em suma, se o país tiver produzido integralmente determinado bem, é


claro que ele será chamado "país de origem". Por outro lado, se o país tiver
produzido apenas uma parte do bem, mas realizado uma transformação
substancial, ele também será considerado o "país de origem". Por exemplo, se a
Argentina compra madeira do Uruguai e produz um armário para exportar para
o Brasil, então ela será considerada o "país de origem" do armário, pois realizou
uma transformação substancial.
Observação: "Entende-se por processo de transformação
substancial o que conferir nova individualidade à mercadoria/'
o
(Regulamento Aduaneiro, art. 117, § 2 )

Nacionalizada é a mercadoria importada a título definitivo (RA, art. 212,


o
§ I ) . Desnacionalizada é a mercadoria exportada a título definitivo.
Sobre o conceito de "mercadoria nacionalizada", há ainda um comentário
super importante até porque já foi algumas vezes objeto de prova da Esaf,
como veremos a seguir. Toda mercadoria importada sofre o procedimento de
despacho aduaneiro (a ser estudado com o Missagia), que consiste na
verificação da regularidade fiscal da importação. Por conta disso, há autores
que consideram que a nacionalização de uma mercadoria somente se efetiva
após a conclusão do procedimento. Afinal, a mercadoria poderia não ser
liberada pela RFB e aí não caberia dizer "mercadoria nacionalizada". É bastante
razoável esta ideia, tanto que o Banco Central do Brasil a seguia, nos termos da
Circular Bacen n° 3.325/2006:
6 - Para fins e efeitos do disposto neste Capítulo, a mercadoria
proveniente do exterior, inicialmente admitida em regime aduaneiro
especial ou atípico, é considerada nacionalizada após a
conclusão do respectivo despacho aduaneiro de importação
para consumo.

Tal circular foi revogada pela de n° 3.401/2008 e o Banco Central não


mais definiu um conceito de mercadoria nacionalizada.
Apesar de alguns seguirem essa ideia da nacionalização "pós despacho",
esta é uma posição minoritária que a Esaf NÃO aceita. Para a maioria dos
autores (e para a Esaf), a mercadoria é considerada nacionalizada quando,
importada a título definitivo, embarca com destino ao Brasil. Veja as palavras
de Ângelo Oswaldo Melhorança, negociador do Brasil no GATT:
Destarte, tem-se que: (a) se se tratar da importação de uma
mercadoria a título definitivo, o ato final de sua nacionalização
será o seu embarque, vez que com este ocorre a tradição (no
caso, indireta) da coisa adquirida, consubstanciada no conhecimento
de transporte; (b) se se tratar de importação temporária
(admissão temporária ou entreposto aduaneiro) ulteriormente
convertida, o ato final da transferência da propriedade, em outras
palavras, a sua tradição, vale dizer, a sua nacionalização ocorre em
data de identificação imprecisa, posto não ser instrumentada em
documento qualquer de efeito probante perante os órgãos oficiais.

Quando a mercadoria é importada a título definitivo, a nacionalização


acontece com o embarque, pois, com isto, ocorreu a tradição (a entrega) do
bem. A mercadoria foi entregue e já não pertence mais ao exportador, mas ao
destinatário.
Há os casos em que a mercadoria, tendo entrado no país de forma não
definitiva, tenha a sua situação transformada para a permanência definitiva. É o
caso de mercadoria que esteja no Brasil sob um regime aduaneiro especial,
como, por exemplo, admissão temporária (a ser estudada na aula 11). Digamos
que foi importado um bem para exposição no Brasil e retorno ao exterior
marcado para daqui a 30 dias. Caso, no decorrer do prazo, haja a decisão de se
manter a mercadoria no país definitivamente, a nacionalização se dará, pela
corrente majoritária, quando ficar acordado entre as partes que a mercadoria
não volta mais para o exterior. Para a Receita Federal, este momento é
impreciso, mas também é pouco relevante já que o fato gerador, para efeito de
cálculo do imposto de importação, será o registro da Declaração de Importação,
como vamos estudar nesta aula.
Portanto, em ambos os casos, seja na entrada definitiva, seja na entrada
temporária transformada em definitiva, a nacionalização não depende do
despacho aduaneiro para consumo.

1) A nacionalização da mercadoria importada a título


definitivo ocorre com o embarque.
Guarde isso!
2) A nacionalização de mercadoria que tem a entrada
temporária transformada em definitiva ocorre no
momento em que as partes acertam que o bem não
voltará mais para o exterior.

3) Em ambos os casos, a nacionalização independe


do despacho para consumo.
QUESTÕES

02 - (TRF/2000) Consideram-se nacionalizadas:


a) as mercadorias estrangeiras importadas a título não definitivo em regime
comum de importação, somente após o regular despacho para consumo,
tributadas, ou isentas do imposto de importação;
b) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo, desde que tenham
sido despachadas para consumo;
c) as mercadorias estrangeiras adquiridas no exterior, excluídas as doações, e
tributadas pelo imposto de importação;
d) somente as mercadorias estrangeiras despachadas para consumo, tenham
ou não sido pagas ao exportador estrangeiro;
e) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo,
independentemente de serem despachadas para consumo.

Comentários
Questão direta. Nacionalizadas são as mercadorias importadas a título
definitivo, independentemente do despacho para consumo. Gabarito: E.

03 - (AFRF/2002-2) No sistema aduaneiro brasileiro a nacionalização


de uma mercadoria:
a) é condicionada ao seu despacho para consumo;
b) ocorre quando se importa uma mercadoria a título definitivo ou não;
c) é condicionada ao prévio pagamento dos tributos ou ao reconhecimento de
sua dispensa pela autoridade aduaneira;
d) implica a sua importação a título definitivo independente de seu despacho
para consumo;
e) ocorre para a mercadoria importada a título não definitivo, no momento em
que é submetida a despacho aduaneiro de admissão a um regime especial.

Comentários
Questão direta. Gabarito: letra d.

4.13 Reimportação

O conceito de reimportação é: "importar de volta aquilo que foi exportado


temporariamente". Não há cobrança de imposto na reimportação, salvo no caso
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
PARA O CONCURSO DA RECEITAFEEDERAL - 2015
Aula 01 - Tributos Incidentes no Comércio Exterior
Profs. Rodrigo Luz e Luiz Missagia

de o produto sofrer industrialização no exterior, conforme o Missagia explicará


na aula 11, sobre Regimes Aduaneiros Especiais (se você não gosta de esperar,
veja os artigos 449 e 456 do Regulamento Aduaneiro).

1) Desnacionalização é a exportação a título definitivo.


2) Nacionalização é a importação a título definitivo.
Guarde isso! 3) Reimportação é a entrada no Brasil de algo que saíra a
título temporário.
4) Reexportação é a saída de algo que fora importado a
título temporário.
Pelo amor de Deus, "reimportar" não é "importar duas
vezes", nem "reexportar" é "exportar duas vezes".

4. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO

Já relembramos que o imposto de importação não obedece ao princípio da


anterioridade nem ao princípio da legalidade, visto que tem função extrafiscal
ou econômica. Sua função não é arrecadatória, ao contrário do que ocorre com
o imposto de renda ou o IPTU.
É justamente por ter uma função regulatória que o Poder Executivo pode
alterar suas alíquotas, sendo dispensado o processo legislativo. E a majoração
do imposto, seja pelo Poder Executivo, seja pelo Poder Legislativo, pode ser
aplicada nas importações efetuadas no mesmo exercício financeiro e sem
precisar cumprir a noventena.

4.2. Incidência

Ok, todos sabemos que o imposto de importação incide sobre mercadorias


estrangeiras. 1
O que muitos não sabem é que as mercadorias estrangeiras podem
"englobar" mercadorias produzidas aqui no Brasil. O artigo 70 do RA estende o
tratamento de estrangeiros para os bens nacionais e nacionalizados
exportados, como vemos a seguir.

1
Art. 69. O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira.
Parágrafo único. O imposto de importação incide, inclusive, sobre bagagem de
viajante e sobre bens enviados como presente ou amostra, ou a título gratuito.
"Professor, isso é ilegal. Está ferindo o artigo 110 do Código Tributário
Nacional (CTN). A lei tributária não pode chegar e dizer que o nacional é
estrangeiro só para abocanhar mais imposto. Que absurdo!"
Meu caro, deixe para brigar depois de entrar na RFB (acho que você nem
vai querer saber disso depois rsrs). O fato é que a legislação diz que, para fins
de incidência do imposto, são consideradas estrangeiras as mercadorias
nacionais ou nacionalizadas que forem exportadas (há exceções):
Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do
imposto, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada,
que retorne ao país, salvo se:
I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado;
II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para
substituição;
III - por motivo de modificações na sistemática de importação por
parte do país importador;
IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou
V - por outros fatores alheios à vontade do exportador.
Parágrafo único. Serão ainda considerados estrangeiros, para os
fins previstos no caput, os equipamentos, as máquinas, os veículos,
os aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peças, os
acessórios e os componentes, de fabricação nacional, adquiridos no
mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e
exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na
hipótese de retornarem ao País.

Você quer voltar para a briga? Eu, particularmente, não vejo ilegalidade
nenhuma no caput do artigo 70. Afinal, se o produto foi exportado a título
definitivo, ele deixou de fazer parte do patrimônio brasileiro. Ele perdeu a
condição de nacional. Assim como as pessoas podem perder a nacionalidade
brasileira, também os bens podem se desnacionalizar (que palavreado, hein?
rs).
Para completar, veja que nem o STF derrubou essa cobrança de imposto
de importação sobre bens desnacionalizados, que surgiu no Decreto-Lei 2.472,
de 1988 !
Antes de olharmos os cinco incisos que excepcionam a regra, veja o
parágrafo único do artigo 70. Ele se refere aos benefícios fiscais criados pelo
Decreto-Lei no 1.418/1975 para a exportação de serviços. Um destes
o
benefícios, previsto no art. 2 , foi permitir que as empresas nacionais de
engenharia adquirissem máquinas e outros bens no mercado interno a um
preço mais baixo para que ganhassem competitividade nas licitações no
exterior. Para isso, as vendas internas para as empresas de engenharia
passaram a ser equiparadas a exportações. Significa que nesta venda não
incidem IPI, PIS/PASEP e COFINS e os demais tributos e contribuições
dispensados nas exportações.
No caso de uma empresa de engenharia usufruir tal benefício e sair com
os bens para prestar o serviço no exterior, tal saída não poderá ser considerada
temporária, visto que a exportação já "ocorreu" na venda interna. Tendo sido
as mercadorias "exportadas", elas serão tratadas como estrangeiras ao
retornarem ao país. É uma questão de opção: quando a empresa de engenharia
compra os bens no mercado interno, pode pedir a equiparação à exportação
definitiva para usufruir as imunidades tributárias, mas, no retorno, será
tributada pelo valor depreciado das máquinas, ou paga os tributos internos e
faz uma exportação temporária, não pagando tributos na reimportação.

4.2.1. Exceções: mercadorias exportadas que não perdem a condição de


nacional

Vejamos agora as cinco exceções previstas nos cinco incisos do artigo 70.
São casos em que as mercadorias são exportadas, mas não perdem a condição
de nacional.
O inciso I é mais do que óbvio. Mercadorias exportadas em consignação
não são exportadas a título definitivo. Logo, não se desnacionalizam na
exportação.
O inciso II trata de bens que nos são enviados para conserto. Nós
vendemos um bem no mês passado. Como deu defeito, ele virá para que o
consertemos. Apesar de ter saído a título definitivo, sua volta para o Brasil não
será tributada, até porque se presume que vai voltar para o exterior.
O inciso III trata de mudanças nas normas dos países importadores.
Considere que nós exportamos camisas para os EUA. No meio da viagem, os
EUA resolvem "endurecer" suas regras de importação. Com isso, se a entrada
dos bens exportados ficar inviabilizada, os bens voltarão para o Brasil. Com
base no inciso III, os bens retornados não serão considerados estrangeiros e
não serão tributados. Seria o fim do mundo, né? O exportador já se deu mal
com o cancelamento da venda. Ainda vai ter que pagar imposto de importação?
Não dá, né?
O inciso IV tem a mesma ideia do inciso III, só que o retorno não é em
virtude de mudança de norma, mas de guerra ou calamidade pública.
O inciso V resume todos, que poderiam ser dispensados. Bastaria que se
escrevesse: "Não se consideram estrangeiras as mercadorias que voltarem ao
Brasil por fatores alheios à vontade do exportador."
4.2.2. Não incidência

Pessoal, a Esaf pede que estudemos "Incidência" no tópico 4.2 do edital


da Receita Federal. Assim também a Esaf pedia nos concursos antigos. Porém,
para estudar a incidência do imposto, é primordial ver também os casos de não
incidência. Você vai ver que a Esaf gosta muito de cobrar a lista de casos de
não incidência.
Art. 71. O imposto [de importação] não incide sobre:
I - mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos
documentos de transporte, chegar ao país por erro inequívoco ou
comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida
para o exterior;
II - mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e
que se destine à reposição de outra anteriormente importada que
se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou
imprestável para o fim a que se destinava, desde que observada a
regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda;
III - mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de
perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha
sido consumida ou revendida;
IV - mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do
registro da declaração de importação, observada a regulamentação
editada pelo Ministério da Fazenda;
V - embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de
empresa brasileira de navegação para subsidiária integral no
exterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedade da
mesma empresa nacional de origem;
VI - mercadoria estrangeira destruída, sob controle aduaneiro,
sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada; e (NR
dada pelo Decreto 8.010/2013)
VII - mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem,
acidentalmente destruída.

O primeiro inciso é o de mercadoria, por exemplo, que estava indo da


Europa para a Argentina, mas acabou sendo descarregada no Brasil por erro.
Não será cobrado o imposto se a mercadoria sair do país, seja para o destino
correto (redestinada), seja para a origem (devolvida ao exterior).
O segundo inciso é bastante lógico. Uma mercadoria foi importada e
todos os impostos foram pagos. Chegando ao estabelecimento do comprador, a
mercadoria apresentou defeito dentro do prazo de garantia e o vendedor irá
substituí-la. Ora, se é uma troca, não há porque cobrar imposto de novo, já que
este já foi pago na primeira entrada. Portanto, a entrada de mercadoria que
vem para substituir outra é situação de não incidência. Algumas condições são
inseridas neste inciso: a mercadoria substituta tem que ser "idêntica", não
serve "similar"; a detecção do defeito se deu após o desembaraço, ou seja, com
certeza o imposto foi pago. Com isso, não haverá nova cobrança de imposto
sobre o produto idêntico que entrar para substituir o defeituoso.
O terceiro inciso também é bastante lógico. Se o importador perdeu sua
mercadoria em favor da União, não há porque cobrar dele o imposto sobre a
mercadoria. Também não há lógica na cobrança do imposto daquele que hoje
possui a mercadoria: o governo. Porém, há exceções. Algumas vezes, a Receita
aplica a pena de perdimento à mercadoria, mas antes que ela seja apreendida,
o possuidor "some" com ela, consumindo, vendendo ou fazendo qualquer outra
coisa. Para desestimular estas fraudes, é prevista uma multa de 100% do valor
da mercadoria (que seria "equivalente" a apreender a mercadoria) e, além
disso, são cobrados os impostos incidentes, já que a mercadoria terá sido
efetivamente utilizada no país. Se a punição fosse apenas a multa, o "sumiço"
poderia ser muito vantajoso para o fraudador, em virtude do potencial lucro
obtido com a utilização ou a revenda da mercadoria.
Em suma, se a mercadoria for apreendida e se for aplicado o perdimento,
não precisa pagar nem a multa de 100% nem o imposto. Se sumir com a
mercadoria, cobra-se a multa e o imposto.
O quarto inciso se refere a uma devolução de mercadoria antes da
ocorrência do fato gerador do imposto. Ora, o registro da DI é considerado o
fato gerador para efeito de cálculo (como veremos adiante). Se a mercadoria é
devolvida antes deste momento, então o imposto não será cobrado por falta do
elemento temporal do fato gerador.
O quinto inciso é só para decorar, ok? Não incide o imposto de
importação no caso de embarcações produzidas no Brasil e transferidas por
empresa brasileira de navegação para subsidiária integral no exterior, no caso
de voltarem para a empresa brasileira.
Em relação ao sexto inciso, ele foi alterado pelo Decreto 8.010/2013.
Caso deseje, o importador pode solicitar à aduana a destruição dos bens
importados, sendo dispensado do pagamento do imposto de importação. Tal
destruição pode ser feita independentemente do estado das mercadorias, não
precisando que estejam estragadas.
O sétimo inciso trata do trânsito aduaneiro, que é um dos regimes
aduaneiros especiais que vamos estudar nas aulas 10 a 13. O trânsito
aduaneiro é aquele regime em que, por exemplo, transfere-se a mercadoria de
um ponto a outro para que neste outro ela seja conferida. Caso as empresas de
Minas Gerais importem mercadorias por navio, elas têm duas opções para a
carga que chega pelo Porto do Rio de Janeiro: enviam um funcionário (ou um
sócio ou um despachante aduaneiro) para apresentar os documentos para a
Receita no porto ou, em vez de ir ao porto, pedem que a mercadoria seja
transferida para um porto seco situado próximo ao seu estabelecimento. Este
último caso usa o regime de trânsito aduaneiro, em que as mercadorias são
normalmente lacradas no porto do Rio para se assegurar que não serão
violadas durante a viagem. Ao chegar ao porto seco em Minas Gerais, os lacres
são conferidos pelos servidores da Receita que lá trabalham. Esta modalidade
de trânsito aduaneiro é o trânsito de importação.
O sétimo inciso trata especificamente do trânsito aduaneiro de passagem,
ou seja, a mercadoria só está passando pelo Brasil. Por exemplo, está entrando
pelo Porto de Paranaguá (PR) para passar para o Paraguai, usando o nosso
território. Quando entra no Brasil, são lacradas as cargas e/ou os veículos. O
transportador assina um compromisso de sair do país com a carga. Caso não o
faça, os tributos serão cobrados com base no termo de responsabilidade
assinado. Quando chega à fronteira Brasil-Paraguai, verifica-se se tudo foi
cumprido conforme assumido. Qualquer inadimplemento do regime gera a
execução do termo de responsabilidade como veremos na aula 13.
"Tá, professor, mas o que diz o sétimo inciso?"
Bem, ele diz que se, no trânsito aduaneiro de passagem, houver um
acidente envolvendo as mercadorias, não haverá incidência do imposto de
importação. Isto porque o Brasil já não cobraria mesmo nenhum imposto sobre
esta mercadoria, pois ela está só passando pelo Brasil.
Interessante a conclusão que tirávamos a contrario senso. Considere,
por exemplo, que esteja havendo um trânsito do porto do Rio de Janeiro para a
empresa em Minas Gerais, não sendo, portanto, um trânsito de passagem. Se
houvesse um acidente, os tributos seriam exigidos se ficasse provado o dolo ou
a culpa. Isto porque a aduana deixaria de receber o tributo que seria pago pelo
importador no destino. Para não ficar "barato", o transportador seria cobrado do
imposto, salvo no caso de força maior ou caso fortuito (RA, art. 664). Só que
nem mesmo esta cobrança existe mais. Sabe por quê?
Ora, até a publicação do Decreto 8.010/2013, cobravam-se os tributos na
importação tanto no caso de mercadorias avariadas quanto extraviadas. Veja a
redação antiga do Regulamento Aduaneiro, art. 73, II, c:
Art. 73. Para efeito de cálculo do imposto> considera-se ocorrido o
fato gerador:
II - no dia do lançamento do correspondente crédito tributário>
quando se tratar de:
(REVOGADO) c) mercadoria constante de manifesto ou de outras
declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha
sido apurado pela autoridade aduaneira; ou

Veja a redação nova:


(VIGENTE) c) mercadoria constante de manifesto ou de outras
declarações de efeito equivalente, cujo extravio tenha sido
verificado pela autoridade aduaneira; ou

Se o transportador avariasse a mercadoria do importador, os tributos da


importação seriam cobrados dele, proporcionalmente à parte avariada. Porém,
a partir da publicação do decreto de 2013, passou a haver cobrança apenas no
caso de mercadorias extraviadas, não mais avariadas. Você pode verificar esta
lógica a partir da nova redação do artigo 73, II, c; do art. 238, par. I o ; do art.
252, II; dos arts. 660, 661, 662 e 663; do art. 665, par. 3 o ; tudo do
Regulamento Aduaneiro (Decreto 6.759/2009). Enfim, mercadorias avariadas
não são mais tributadas.
Se, desde maio de 2013, não se cobra mais imposto sobre mercadorias
avariadas, mas só extraviadas, aquela ressalva do inciso VII já não tem mais
razão de existir. Afinal, qualquer que seja a modalidade de trânsito, a
mercadoria acidentalmente destruída não será mais objeto de imposto
de importação. Antigamente, o inciso VII servia para reafirmar, na leitura a
contrario senso, que acidentes em outras modalidades de trânsito seriam
tributados. Hoje, porém, nem estes são tributados. O inciso VII não tem mais
necessidade de existir. Deveria ter sido revogado pelo Decreto 8.010/2013, já
que não serve para nada.

4,3. Fato Gerador

O fato gerador do imposto de importação é tratado nos artigos 72 a 74


do Regulamento Aduaneiro.
O art. 72 do RA dispõe que "o fato gerador do imposto de importação
é a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro".
Quanto a isso, não há nenhum mistério para quem já estudou Direito
Tributário. Na verdade, só existe um detalhezinho: o Regulamento Aduaneiro
menciona "território aduaneiro", enquanto o Decreto-Lei 37/1966, base legal do
imposto de importação, menciona "território nacional". Apesar de possuírem a
mesma extensão, o decreto não deveria modificar a definição de fato gerador
dada pelo Decreto-Lei, né? Discussões à parte, para a prova valem as duas
expressões, pois literais, ok?
A entrada física da mercadoria é considerada o fato gerador material ou
espacial. É também referida como o elemento material do fato gerador.
Lá em Direito Tributário, aprendemos que, para se proceder ao
lançamento do crédito tributário, é necessário aplicar a legislação vigente na
data da ocorrência do fato gerador. Logo, para calcular o imposto de
importação, necessário é saber quando efetivamente a mercadoria estrangeira
entrou no território aduaneiro, mas isso é complicadíssimo.
Por que complicado?
No Direito Administrativo, vemos que as águas territoriais e o espaço
aéreo também pertencem ao território nacional. Portanto, a entrada da
mercadoria no território aduaneiro se dá quando o avião entra no espaço aéreo
brasileiro ou quando o navio entra nas águas territoriais.
Você acha que a Receita Federal sabe o momento em que o avião entrou
no espaço aéreo? Não, né? Será que, pelo menos, a Aeronáutica sabe? Se tiver
vindo por navio, em que momento a mercadoria entrou em águas territoriais? A
Receita não sabe. Por via terrestre, é bem mais fácil, né? Aliás, é mais fácil se o
sujeito tiver entrado pela via legal. Se entrou por estradinha de terra (ou "a
estrada do contrabando") que a gente sempre vê no Jornal Nacional, aí
complicou.
Enfim, é bem complicadinho saber a hora em que a mercadoria entrou no
país. Por isso, para fins de cálculo do imposto, foi criado o chamado
"elemento temporal do fato gerador" e o momento ficou muito bem
determinado. Este elemento também é chamado "momento de incidência".
Na verdade, existem quatro momentos de incidência do imposto de
importação:
Art. 73. Para efeito de cálculo do imposto. considera-se
ocorrido o fato gerador:
I - na data do registro da declaração de importação de
mercadoria submetida a despacho para consumo;
II - no dia do lançamento do correspondente crédito tributário,
quando se tratar de:
a) bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos
ao regime de importação comum;
b) bens compreendidos no conceito de bagagem,
acompanhada ou desacompanhada;
c) mercadoria constante de manifesto ou de outras
declarações de efeito equivalente; cujo extravio tenha sido
verificado pela autoridade aduaneira; ou (NR dada pelo
decreto 8.010/2013)
d) mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de
declaração de importação, na hipótese em que tenha sido
consumida ou revendida, ou não seja localizada;
III - na data do vencimento do prazo de permanência da
mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo
despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da
mercadoria, na hipótese a que se refere o inciso XXI do art. 689;
IV - na data do registro da declaração de admissão
temporária para utilização econômica.
Parágrafo único. O disposto no inciso I aplica-se, inclusive, no caso
de despacho para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de
tributação, e de mercadoria contida em remessa postal internacional
ou conduzida por viajante, sujeita ao regime de importação
comum.

Guarde isso!

1) 0 fato gerador do 2) Para fins de cálculo, considera-se ocorrido o


imposto de importação é a fato gerador (elemento temporal do fato gerador
entrada da mercadoria ou momento de incidência):
estrangeira no território a) no registro da DI para consumo
aduaneiro. (elemento b) no dia do lançamento do crédito
material do fato gerador) tributário
c) no vencimento do prazo de permanência
em recinto alfandegado
d) no registro da DI para admissão
temporária para utilização econômica

Vamos ver os quatro elementos temporais?


O primeiro inciso está relacionado ao registro da Declaração de
Importação (DI) para consumo, sendo o imposto de importação calculado com
base na legislação vigente nessa data. Quando você estudar despacho
aduaneiro com o Missagia, verá que há três modalidades de despacho:
consumo, admissão e internação. Note que o fato gerador do imposto de
importação é expressamente mencionado apenas para o despacho de consumo.
Porém, na aula certa, você verá que também existe fato gerador nos demais
casos.
"Professor, que negócio é esse de despacho para consumo?"
Meu caro, submetem-se ao despacho para consumo aquelas mercadorias
que entram no país a título definitivo. Diz-se que elas vêm "para consumo".
Pelo amor de Deus, não confunda bens "despachados para consumo"
(conceito aduaneiro) com bens "consumíveis" (conceito do Direito Civil).
"Despachado para consumo" significa que o bem foi importado a título
definitivo. Já os bens "consumíveis" são aqueles que se destroem com o uso.
Um carro não é consumível (conceito de Direito Civil), mas, se estiver sendo
importado a título definitivo, será despachado "para consumo" (conceito
aduaneiro). Embananou tudo? Não, né?
Nas aulas sobre despacho aduaneiro e sobre regimes aduaneiros, você
verá que o despacho para consumo ocorre para as mercadorias importadas a
título definitivo; o despacho para admissão, para as mercadorias ingressadas
em um regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais; e o despacho
para internação, para as mercadorias que saem, por exemplo, da Zona Franca
de Manaus (ZFM) para o restante do território nacional. O controle de
internação é necessário para se evitar que as empresas do Brasil importem
bens utilizando os benefícios fiscais criados especificamente para a ZFM, como
veremos.

Atenção! 1) Despacho para consumo é para


Ainda não vimos mercadorias importadas a título definitivo, ou
despacho aduaneiro seja, importadas para o regime comum.
nem regimes 2) Despacho para admissão é para
aduaneiros, mas vamos mercadorias que vão entrar num reaime
bater muito nisso aqui aduaneiro especial ou aplicado em áreas
do lado! especiais.
3) Despacho para internação é para
mercadorias que saem de redimes aduaneiros
aplicados em áreas especiais, como a Zona
Franca de Manaus, para o restante do território.

O segundo inciso pode ser entendido como o momento de incidência


para aquelas situações em que se deve cobrar o imposto de importação, mas
sem que haja o registro de uma declaração de importação. É o caso, por
exemplo, dos bens trazidos como bagagem dos turistas que chegam dos EUA.
Sobre tais bens haverá cobrança do imposto, se o sujeito trouxer mais de US$
500.00 de bens novos. Para estes casos, o turista vai pagar o imposto, mas ele
não vai registrar uma DI. O turista nem sabe o que é uma DI. Ele só sabe o que
é Dior, Ralph Lauren, Lacoste, enfim isso tudo aí ele conhece muito bem, mas
de DI, que é bom, ele não sabe nada.
Para este caso e também para o caso das importações pelos correios, o
sujeito paga imposto, mas não registra nenhuma declaração. Para tais casos, o
fato gerador será considerado ocorrido no dia do lançamento do imposto ou,
para ser exato, "no dia do lançamento do crédito tributário".
As alínea a e b do segundo inciso dizem respeito às importações pelos
correios e pelos viajantes. O regime de tributação simplificada (tópico 4.7) e o
regime de tributação especial (tópico 4.8) serão estudados na próxima aula,
mas, para não ficarmos sem a explicação do fato gerador, vejamos um resumo
bem sucinto.

Resumo bem sucinto de importações pelos CORREIOS:


As remessas postais internacionais podem se submeter
ao regime de importação comum ou ao regime de
tributação simplificada. Se você comprar pela internet um
bem de até US$ 3,000.00 e mandar vir pelos correios, será
aplicado, em reqra, o reqime de tributação simplificada. Neste
caso, você pagará 60% de imposto de importação, mas não
vai precisar registrar uma Declaração de Importação (DI).
Acima daquele limite, aplica-se o reqime de importação
comum e tem que ser feita a DI.

Resumo bem sucinto de bens trazidos oor VIAJANTES:


Os bens estranaeiros trazidos pelos viaiantes residentes
no Brasil podem cair em um dos três tratamentos tributários:
isenção, regime de tributação especial e regime de
importação comum. Caso o valor total dos bens novos
adquiridos no exterior fique abaixo do limite de isenção (US$
500.00 ou US$ 300.00, dependendo do meio de transporte), o
sujeito não paga nada de imposto. Se passar do limite, mas,
se os bens puderem ser considerados bagagem, eles caem no
reqime de tributação especial e o viaiante só sai com suas
malas para casa se pagar o imposto de 50% sobre o valor que
excedeu o limite de isenção. Se o bem trazido não puder ser
considerado bagagem, por ser, por exemplo, um motor de
bicicleta, então ele será retido e vai cair no reqime de
importação comum r tendo que se reaistrar uma DI.
No caso do regime de importação comum, seja nas importações pelos
correios, seja em relação ao viajante, tem que ser feita a Declaração de
Importação, e o fato gerador do imposto é o registro desta. Nos casos do
regime de tributação simplificada e do regime de tributação especial,
não há Declaração de Importação. Logo, o fato gerador do imposto se considera
ocorrido no lançamento do crédito tributário. Veja tais regras nas alíneas a e b
e no final do parágrafo único do artigo 73.

GUARDE ISSO! 1) As importações pelos correios se submetem a um


dos dois regimes:
- Regime de Tributação Simplificada: o fato gerador
é considerado ocorrido no dia do lançamento.
- Regime de Importação Comum: o fato gerador é o
registro da DI.

2) Os bens estrangeiros trazidos por viajantes


residentes no Brasil se submetem a um dos três
tratamentos tributários:
- Isenção: o fato gerador não foi definido, já que não
haverá cobrança de imposto.
- Regime de Tributação Especial: o fato gerador é
considerado ocorrido no dia do lançamento.
- Regime de Importação Comum: o fato gerador é o
registro da DI.

A alínea c do artigo 73 trata do fato gerador presumido.


"O que é isso, professor? É o fato gerador presumido da CF/1988, art.
150, § 7 o ? "
Ah, você está afiado em Tributário, hein?
Só que a resposta é "não" (rsrsrs). O fato gerador presumido da
legislação aduaneira não se confunde com o previsto na CF/1988.
Você estudou em Tributário que o governo pode cobrar imposto ou
contribuição antes mesmo da ocorrência do fato gerador. É o fato gerador
presumido previsto na CF/1988:
"Art. 150, § 7o: A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação
tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga,
caso não se realize o fato gerador presumido."
No caso do imposto de importação, o fato gerador presumido é previsto
no Regulamento Aduaneiro, art. 72, § I o :
"Para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-se entrada no
território aduaneiro a mercadoria que conste como importada e cujo
extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira/' (NR dada
pelo Decreto 8.010/2013)

A diferença básica consiste em que a CF/1988 presume que o fato


gerador irá ocorrer e, por isso, já permite a cobrança antecipada. Já a
legislação aduaneira presume que ocorreu o fato gerador (a entrada do bem)
e, por isso, permite a cobrança do imposto de importação.
Um presume que algo irá ocorrer; o outro presume que algo ocorreu.
Já já trataremos dos responsáveis pelo pagamento do imposto de
importação. Ali vamos verificar que o transportador e o depositário são os
responsáveis pelo pagamento do imposto caso eles extraviem a mercadoria do
importador. Vamos imaginar o seguinte: durante a conferência da mercadoria lá
no aeroporto do Galeão, a Receita Federal detectou uma falta de bens. O que a
RFB faz? Até o ano de 2010, abria um processo de vistoria aduaneira (RA,
art. 650, revogado tacitamente pela Lei 12.350/2010 e expressamente pelo
Decreto 8.010/2013). Nomeava-se uma comissão de Auditores-Fiscais para se
descobrir quem fora o responsável pelo extravio. Atualmente, ao detectar um
extravio, o Auditor-Fiscal verifica quem foi o responsável e faz a lavratura do
auto de infração. Não existe mais o processo de vistoria, tendo sido substituído
pela atuação isolada e mais célere do próprio AFRFB que detectou o extravio.
Descoberto o responsável pela falta da mercadoria, a Receita irá cobrar
dele os tributos que serão restituídos ao importador. Se o importador pagou R$
1.000,00 de imposto de importação, ele tem direito à restituição deste valor.
Por quê?
Perceba o seguinte: o fato gerador do imposto de importação se divide
em duas "metades": o elemento material e o elemento temporal. O
elemento material é a entrada, e o elemento temporal é um dos quatro que
estamos analisando (registro da DI para consumo, dia do lançamento, dia do
vencimento ou dia do registro da declaração de admissão temporária). O fato
gerador somente se considera completo se as duas metades acontecerem. Não
adianta a mercadoria entrar no país, pois somente se considerará ocorrido o
fato gerador no dia do registro de uma declaração, no dia do lançamento ou no
dia do vencimento. Não adianta também registrar uma DI se não houver a
entrada. A restituição, no caso de extravio, ocorre porque, apesar de ter havido
o registro da DI, a mercadoria não entrou ou, pelo menos, não podemos
garantir que entrou. Como o elemento espacial não ocorreu (ou não se prova
que ocorreu), o imposto deve ser restituído ao importador.
"Peraí, se a entrada não ocorreu, por que então cobrar do responsável?"
Aí há uma grande "sacada" da legislação. O imposto só pode ser cobrado
se ocorrer o fato gerador. Como não posso afirmar que a entrada ocorreu, a
legislação, para não "deixar tudo por isso mesmo", criou uma presunção de
entrada da mercadoria. É o que dispõe o parágrafo I o do artigo 72 do
Regulamento Aduaneiro:
"§ Io - Para efeito de ocorrência do fato gerador [do II],
considera-se entrada no território aduaneiro a mercadoria que
conste como tendo sido importada e cujo extravio tenha sido
verificado pela administração aduaneira." (NR dada pelo Decreto
8.010/2013)

Portanto, a entrada não pode ser provada e, por isso, restituem-se os


tributos pagos pelo importador (II, IPI, PIS/PASEP-Importação e COFINS-
Importação). Mas se presume a entrada para se cobrarem do responsável pelo
extravio os tributos incidentes sobre a importação.
No caso de extravio de mercadoria, o fato gerador para a cobrança do
imposto em relação ao transportador ou ao depositário não é considerado
ocorrido no registro da DI. Afinal, a DI nem é registrada por eles, mas pelo
importador. O fato gerador presumido será considerado ocorrido no dia
do lançamento do crédito tributário. É exatamente o que diz a alínea c do
artigo 73.
Uma curiosidade: considerando que o importador tenha pago R$ 1.000,00
de imposto de importação e tenha este valor restituído por causa do extravio da
sua carga, será que o responsável (transportador ou depositário) irá pagar
exatos R$ 1.000,00 de imposto?
Talvez sim, talvez não.
A legislação aplicável ao lançamento sobre o responsável não é
necessariamente a mesma legislação do dia do registro da DI. Se, entre o
registro da DI e o lançamento dos tributos, tiver havido, por exemplo, alteração
na alíquota do imposto de importação, o responsável irá pagar um valor
diferente do originalmente pago pelo importador.
Só mais um detalhe acerca do FG presumido: no caso de mercadorias
transportadas a granel, ou seja, grãos, petróleo e outros bens vendidos a peso
transportados nos porões dos navios, há uma perda natural decorrente do tipo
de mercadoria. Se for comprada uma tonelada de soja, será um milagre se
chegar ao porto exatamente uma tonelada. Chegarão 999 kg ou 997,6 kg ou
qualquer número aproximado. Este extravio natural é tolerado até 1%
conforme dispõe o § 3o do artigo 72 do RA. E finge-se que não aconteceu nada.
Mas, se o extravio passar de 1%, será restituído o imposto ao importador e
cobrado do transportador o imposto relativo a toda a carga extraviada, sem
descontar a parcela de 1% (até o Decreto 8.010/2013, só se cobrava neste
caso o imposto sobre a parte que excedia o 1%).
A alínea d do artigo 73 está diretamente ligada ao inciso III do artigo 71,
visto anteriormente. Já tínhamos aprendido que o imposto de importação não
incide sobre os bens objeto da pena de perdimento, SALVO se os bens não
foram encontrados para a apreensão. Neste caso, haverá cobrança do imposto
e o fato gerador se considera ocorrido no dia do lançamento.

Sobre a questão das duas "metades" do fato gerador do imposto de


importação, veja a questão que caiu na prova de TTN/1997, quando os
Analistas Tributários da Receita Federal ainda eram chamados Técnicos do
Tesouro Nacional (TTN).

QUESTÃO

04 - (TTN/1997-Área Aduana) Para se configurar o fato gerador do


imposto de importação e o momento de sua ocorrência, para fins de
cálculo do imposto, são condições cumulativas
a) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o seu
licenciamento pelo órgão competente.
b) a entrada da mercadoria estrangeira nos recintos alfandegados de zona
primária e o seu registro no manifesto de carga do veículo transportador.
c) a chegada do veículo transportador ao porto, aeroporto ou ponto de
fronteira alfandegado e a entrega dos documentos relativos à importação
na repartição aduaneira jurisdicionante.
d) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o registro
no SISCOMEX da declaração de importação para consumo.
e) a entrada de mercadoria estrangeira na zona primária dos portos,
aeroportos e pontos de fronteira alfandegados e o registro da mercadoria
para qualquer regime aduaneiro especial.

Comentários
O gabarito é a letra D. A questão é interessante porque aborda esta ideia
das duas metades, ao dizer que são condições cumulativas o elemento espacial
e o elemento temporal do fato gerador.
Veja, porém, que a resposta está imprecisa, pois existem quatro
elementos temporais do fato gerador e o gabarito só traz um ("registro de DI
para consumo").

O terceiro inciso do artigo 73 traz o terceiro elemento temporal do fato


gerador do imposto de importação: a data do vencimento do prazo de
permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo
despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da mercadoria.
O que é isso?
Na legislação aduaneira, estão definidos vários prazos para que o
importador inicie o despacho aduaneiro. Por exemplo, estando a mercadoria
armazenada no aeroporto ou porto alfandegado de chegada, o importador tem
um prazo de 90 dias para registrar a DI. Caso não o faça, a mercadoria será
considerada abandonada e será aberto o processo de perdimento ("mercadoria
abandonada" é assunto da aula 14).
Neste processo, será dada ampla defesa ao importador para que ele,
inclusive, possa se "redimir" e registrar a DI, ainda que fora de prazo. A Receita
irá permitir este registro da DI, mas, para puni-lo pela sua inércia, considerará
ocorrido o fato gerador no dia do vencimento do prazo de permanência. Se não
tivesse sido criado este terceiro caso, o fato gerador para este "atrasildo" seria
o registro da DI. Então para desestimular a inércia dos importadores e se
ressarcir de processos de perdimento abertos e não encerrados, a lei definiu
que o fato gerador não será o registro da DI, mas o dia do vencimento do prazo
de permanência. No nosso exemplo, o fato gerador se considerará ocorrido no
90° dia da descarga, pois este era o último dia para ele registrar a DI. O efeito
prático disto é que, além do imposto, o importador terá que pagar juros e multa
por estar atrasado no pagamento, ou seja, em mora.
O quarto inciso trata do único regime aduaneiro especial em que se
cobram tributos no registro da Declaração de Importação (DI). O inciso só foi
inserido no Regulamento Aduaneiro no ano de 2010. Vejamos. Os regimes
aduaneiros especiais, a serem analisados nas aulas 10 a 13, caracterizam-se
pela suspensão no pagamento de tributos e pelo despacho aduaneiro de
admissão, não de consumo. Logo, à luz do RA, art. 73, I, o registro da DI de
mercadorias submetidas a regimes aduaneiros especiais não é, em princípio,
caracterizado como fato gerador do imposto.
No entanto, a admissão temporária para utilização econômica, apesar de
ser um regime aduaneiro especial, prevê um recolhimento parcial de tributos no
registro da DI. Aliás, é o único regime aduaneiro especial em que se cobram
tributos no registro da DL Como os bens submetidos a este regime se
submetem a despacho para admissão, o inciso IV do art. 73 definiu que, neste
caso, o registro da DI também se caracteriza como fato gerador do imposto.

4.3.1. Não ocorrência do fato gerador

O RA define duas situações de não ocorrência do FG:


Art. 74. Não constitui fato gerador do imposto a entrada no
território aduaneiro:
I - do pescado capturado fora das águas territoriais do País, por
empresa localizada no seu território, desde que satisfeitas as
exigências que regulam a atividade pesqueira; e
II - de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de
exportação temporária, ainda que descumprido o regime.

Os dois casos são engraçados.


O primeiro inciso é uma piada: a não ocorrência do FG na entrada do
pescado capturado em águas internacionais está condicionada ao cumprimento
da legislação pesqueira. Ora, imagine que o barco que chega trazendo peixes
esteja totalmente irregular. Considerando o descumprimento da condição
inserida no inciso I, a aduana vai ter que saber se o pescado foi capturado
dentro ou fora das águas territoriais para decidir se cobra o imposto ou não. Se
tiver sido pescado em águas territoriais, é peixe brasileiro e não se cobra
imposto. Se tiver sido pescado em águas internacionais, é peixe internacional e
cobra-se o imposto. Como saber onde o peixe foi capturado? Pergunta para
quem? Para o peixe? O pescador nunca irá assumir que pescou fora das águas
territoriais.
O segundo inciso trata de uma mercadoria que saiu do país
temporariamente, como, por exemplo, o veículo que vai passear na Argentina
ou os sapatos e roupas constantes da bagagem de um turista brasileiro que vai
passear na Disney. Como tais bens saíram temporariamente do país, eles não
perderam o vínculo com o Brasil, ou seja, não foram desnacionalizados e
continuaram sendo bens brasileiros. Precisava desta previsão de não ocorrência
do FG? É lógico que não, já que o imposto de importação somente incide sobre
mercadorias estrangeiras e sobre as nacionais que se tornaram estrangeiras por
terem saído a título definitivo.
A ESAF adora misturar os conceitos de "não estrangeira" (incisos do
artigo 70), "não ocorrência do fato gerador" (art. 74) e "não incidência" (art.
71). O efeito de todos é o mesmo, ou seja, não se cobra o imposto de
importação. Veja: se uma mercadoria não é estrangeira, há incidência do
imposto? Não. E ocorre o FG do imposto de importação na sua entrada no
Brasil? Também não.
Pois bem, mercadorias não estrangeiras são também situações de não
incidência e de não ocorrência do FG, ainda que não seja na literalidade do
Regulamento Aduaneiro. Mas, para efeito de prova, devemos guardar os
três grupos separadamente.

GUARDE ISSO!
Mercadorias não estrangeiras Mercadorias (nacionais) que foram
(incisos do art. 70) exportadas, mas que voltaram ao país por
fatores alheios à vontade do exportador.

Não ocorrência do FG (art. 74) 1) Retorno de exportação temporária


2) Pescado

Não incidência do imposto de 1) Casos de mercadorias estrangeiras


importação (art. 71) 2) Embarcações

QUESTÕES

05 - (AFTN/1989) No caso de falta de mercadoria constante de


documento de carga ou equivalente, apurada pela autoridade
aduaneira, considera-se ocorrido o fato gerador:
a) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data do lançamento
do crédito tributário correspondente;
b) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data da entrada do
veículo transportador no território aduaneiro;
c) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que o fato
foi comunicado à repartição fiscal;
d) na data em que a autoridade aduaneira tenha iniciado a apuração do fato,
ficando a mercadoria sujeita aos tributos então vigentes;
e) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que tenha
ocorrido o primeiro registro de declaração de importação de mercadoria
desembarcada do mesmo veículo transportador.
Comentários
Acabamos de ver que, se for detectada falta de mercadoria, a aduana vai
lançar o imposto de importação sobre o responsável. E, neste caso, a legislação
aplicável ao lançamento é a do dia do próprio lançamento, pois o fato gerador é
considerado ocorrido neste dia.
Portanto, o gabarito é a letra A.

06 - (AFTN/1991) Para efeito de cálculo do imposto de importação,


considera-se ocorrido o fato gerador na data:
a) da entrada da mercadoria estrangeira ou desnacionalizada no território
aduaneiro;
b) da numeração, pela repartição da Secretaria da Receita Federal, da
Declaração de Importação de mercadoria despachada para consumo;
c) da apuração da falta da mercadoria constante do Manifesto de Carga, ou
documento equivalente, apurada pela autoridade aduaneira;
d) do lançamento do imposto, quando se tratar de mercadoria contida em
remessa postal internacional ou conduzida por viajante, se aplicado ao caso o
regime de importação comum;
e) da vistoria aduaneira que verificar ocorrência de falta de mercadoria,
mediante o confronto do manifesto com os registros de descarga.

Comentários
Existem quatro elementos temporais (dia do registro da DI para consumo,
dia do lançamento, dia do vencimento do prazo de permanência, dia do registro
da DI para admissão temporária para utilização econômica).
A letra A está errada, pois é o próprio fato gerador do imposto. Eles estão
perguntando sobre o elemento temporal ("para efeito de cálculo, considera-se
ocorrido o FG"), não sobre o elemento material do fato gerador ("entrada").
A letra B está correta, pois o registro da DI consiste em sua numeração
(veremos isso escrito na aula de despacho aduaneiro).
A letra C está errada, pois o elemento temporal não é considerado
ocorrido no dia da apuração da falta, mas no dia do lançamento, que pode até
ser coincidentemente o mesmo dia da apuração. Às vezes, o AFRFB deixa para
fazer o lançamento no dia seguinte, pois a falta e o responsável só foram
descobertos no finzinho do expediente.
Em relação à letra D: se o regime é o de importação comum, o fato
gerador é considerado ocorrido no registro da DI, não no dia do lançamento.
Letra E: incorreta. Em primeiro lugar, a vistoria aduaneira foi extinta pela
Lei 12.350/2010. Em segundo lugar, a vistoria não era para comparar
manifesto com nada. Isso é coisa de conferência final de manifesto, estudada
na aula demonstrativa. Em terceiro lugar, se tiver sido detectada falta de
mercadoria, o fato gerador é considerado ocorrido no "dia do lançamento".

07 - (AFTN/1996) O momento de incidência do imposto de importação


sobre uma mercadoria estrangeira associa-se à(ao):
a) entrada da mercadoria no território nacional por via aérea, terrestre ou
marítima;
b) registro da declaração de importação;
c) emissão do conhecimento de embarque;
d) liquidação do contrato de câmbio;
e) expedição da licença de importação.

Comentários
Lembre que "momento de incidência" é sinônimo de "elemento temporal
do fato gerador".
Existem quatro momentos de incidência. Em resumo muito rápido:
registro da DI para consumo, dia do lançamento, dia do vencimento, registro
da DI de admissão temporária para utilização econômica.
A questão não está perfeita porque o gabarito (letra B) deveria dizer
registro da DI para CONSUMO ou para ADMISSÃO TEMPORÁRIA PARA
UTILIZAÇÃO ECONÔMICA. As DI podem ser registradas para vários regimes
aduaneiros (veremos isso em aula futura) e a previsão expressa de registro da
DI como momento de incidência é específica para os dois casos que citei.
A letra A está falando do fato gerador. Não se pode confundir: quando se
pergunta pelo momento de incidência ou "quando se considera ocorrido o fato
gerador", está se perguntando sobre o elemento temporal, ou seja, registro da
DI para consumo, dia do lançamento, dia do vencimento ou registro da
declaração para admissão temporária para utilização econômica.

08 - (AFRF/2002-2) A importação de mercadoria estrangeira idêntica,


em igual quantidade e valor, e que se destine à reposição de outra
anteriormente importada que se tenha revelado, após o despacho
aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava,
desde que satisfeitas as condições estabelecidas pelo Ministro da
Fazenda, configura relativamente ao imposto de importação uma
hipótese de
a) isenção condicionada.
b) regime suspensivo até o implemento das condições.
c) não incidência.
d) reimportação com não ocorrência do fato gerador.
e) isenção de natureza objetiva.

Comentários
Lembra que são três tratamentos distintos? "não estrangeira", "não
incidência" e "não ocorrência do FG".
As não estrangeiras são "mercadorias NACIONAIS" exportadas e que
voltaram ao Brasil por fator alheio à vontade do exportador.
Os casos de não incidência se referem a "mercadorias ESTRANGEIRAS"
que não serão tributadas, pois serão, por exemplo, devolvidas ao exterior ou
destruídas. Aí entram também as embarcações. Guarde "estrangeiras" e
"embarcações".
Os casos de não ocorrência do FG dizem respeito aos casos "engraçados"
(pescado e retorno produto exportado temporariamente).
Se a questão fala sobre "mercadoria estrangeira", está falando de não
incidência. Gabarito: Letra C.

09 - (AFTN/março de 1994) O imposto de importação não incide sobre


a) I - mercadoria estrangeira que, corretamente declarada, chegar ao País com
erro no manifesto e que, sendo comprovado, seja redestinada ao exterior,
II - mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se
destine a substituir outra anteriormente importada que se tenha revelado, após
o despacho aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava,
a critério do Ministério da Fazenda;
III - mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de apreensão na zona
secundária aduaneira.
b) I - mercadoria nacional ou nacionalizada, reimportada, quando
descumpridas as condições do regime de exportação temporária;
II - mercadoria estrangeira similar, em igual quantidade e valor, e que se
destine à reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado,
após o despacho aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se
destinava, desde que satisfeitas as condições estabelecidas pelo Ministro da
Fazenda;
III - mercadoria desnacionalizada que retorne ao País desde que tenha sido
exportada a título definitivo.
c) I - mercadoria estrangeira que, corretamente manifestada, chegar ao País
por erro evidente ou comprovado de expedição e que for reexportada para
outro país;
II - mercadoria estrangeira idêntica ou similar, em igual quantidade e valor, e
que se destine à reposição de outra anteriormente importada que se tenha
revelado, após a descarga, defeituosa ou imprestável para o fim a que se
destinava, desde que satisfeitas as condições estabelecidas pelo Ministro da
Fazenda;
III - mercadoria estrangeira, apreendida ou abandonada, que tenha sido objeto
de alienação ou qualquer outra destinação pelo poder público.
d) I - mercadoria estrangeira que, corretamente declarada, chegar ao País por
erro manifesto ou comprovado de expedição e que for redestinada para o
exterior,
II - mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se
destine a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado,
após o despacho aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se
destinava, desde que satisfeitas as condições estabelecidas pelo Ministro da
Fazenda;
III - mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento.
e) I - mercadoria desnacionalizada, que corretamente declarada chegar ao País
com defeito técnico que exija sua devolução para reparo ou substituição;
II - mercadoria estrangeira idêntica ou similar, em igual quantidade ou valor, e
que se destine a reposição de outra anteriormente importada, que se tenha
revelado, após a conferência aduaneira, defeituosa, imprestável ou obsoleta
para o fim a que se destinava, desde que o importador assine termo de
responsabilidade se comprometendo a reembarcá-la para o exterior;
III - mercadoria estrangeira ingressada no País em regime exonerativo de
tributação.

Comentários
Gabarito: D. É questão literal.
A letra A está errada porque fala que apreensão é caso de não incidência.
Isto é falso: perdimento não é sinônimo de apreensão ou abandono. O
perdimento só é declarado após um processo em que se assegure ampla defesa
e contraditório ao importador. A apreensão é apenas o primeiro ato do processo
que pode desaguar no perdimento.
Outro problema: "erro manifesto" foi mudado para "erro no manifesto [de
carga]". Com o jogo de palavras, o primeiro item da letra A ficou errado.
Letra B: se a mercadoria foi submetida ao regime de exportação
temporária, o seu retorno é caso de "não ocorrência do FG" e não o caso de
"não incidência". Uma observação: descumprir o regime de exportação
temporária leva apenas ao pagamento de uma multa, pois a mercadoria não
deixa de ser mercadoria nacional só porque, em vez de voltar em 30 dias,
voltou em 40. Imposto não pode ser cobrado como punição, não é sanção de
ato ilícito, como definido no artigo 3 o do CTN.
A letra B também está errada no item III, pois a entrada de mercadoria
exportada a título definitivo (desnacionalizada) é hipótese de incidência do
imposto de importação.
Letra C: incorreta. O primeiro item fala de reexportação. Não é o caso.
Reexportar é devolver aquilo que entrou a título temporário. A coisa que chegou
ao Brasil nem era para cá. Portanto, não entrou para ficar algum tempo. O
segundo item fala de mercadorias idênticas e similares, enquanto a legislação
fala apenas de mercadorias idênticas. Fala de descarga, quando a legislação
menciona despacho. O terceiro item menciona apreendida/abandonada/
alienada, quando deveria ter dito "objeto da pena de perdimento".
Letra E: incorreta. O primeiro item é todo embaralhado. Não dá nem para
entender direito o que eles estão querendo dizer. O segundo item falou
"similar", "conferência aduaneira", "obsoleta" e "termo de responsabilidade",
coisas que não existem na norma. O terceiro item é invenção.

10 - (TRF/2003) Não haverá incidência do imposto de importação nas


seguintes situações, exceto:
a) devolução de dois aparelhos de ultrassonografia nacionalizados, por motivo
de defeito técnico e que retornaram ao País para substituição.
b) retorno ao País de veículo de fabricação nacional, adquirido no mercado
interno, por empresa nacional de engenharia e exportado para execução de
obra contratada no exterior.
c) retorno ao Brasil de peças de artesanato, sob a alegação de que não
correspondia à amostra apresentada ao importador estrangeiro pelo
representante da cooperativa de artesãos.
d) retorno ao País de produtos nacionais, enviados em consignação e não
vendidos, imediatamente após o término do prazo autorizado.
e) redestinação ou devolução para o exterior de mercadoria estrangeira,
corretamente descrita e cujo erro de expedição foi comprovado.

Comentários
Esta questão é capciosa. Em primeiro lugar, pelo duplo "não" no
enunciado. Por isso, temos que procurar a opção em que haverá incidência do
imposto. Como vimos, os bens adquiridos pelas empresas nacionais de
engenharia, se trazidos de volta, são tratados como estrangeiros e há
incidência. Gabarito: B.
O segundo problema da questão é que a única opção onde há literalmente
uma situação de "não incidência" (RA, art. 71) é a letra E. As letras A, C e D
tratam de situações de "não estrangeira" (RA, art. 70). Estes casos são de
mercadorias nacionais que voltam para o país por fatores alheios à vontade
do exportador. Se fosse pela vontade do exportador, estas mercadorias não
voltariam. São "não estrangeiras" e, portanto, também não há incidência do
imposto.
Note que a letra D trata de mercadorias voltando para o Brasil após o
prazo autorizado. Por exemplo, foi dado um prazo de 90 dias e a mercadoria
volta depois deste prazo. Haverá, por conta deste descumprimento, incidência
do imposto de importação? Não, já vimos na resolução de questão anterior que
um descumprimento de norma ou um ato ilícito nunca podem ser motivo para
se cobrar tributo, pois tributo não é sanção de ato ilícito.

11 - (TRF/2002-1) Caso se trate de mercadoria constante de manifesto


ou documento equivalente, cuja falta for apurada pela autoridade
aduaneira, reputar-se-á como ocorrido o fato gerador:
a) no dia do registro do manifesto.
b) no dia do lançamento do crédito tributário.
c) no dia do registro da declaração de importação.
d) no primeiro dia útil do mês subsequente à apuração da falta.
e) no dia da atracação do veículo transportador.

Comentários
Questão literal. Gabarito: b.

12 - (TTN/1998) Para efeito de cálculo do imposto de importação,


considera-se ocorrido o fato gerador (adaptada)
a) na data do registro da declaração de importação para admissão nos regimes
aduaneiros especiais, exceto o de drawback.
b) na data da entrada da mercadoria no território nacional, assim considerada a
da descarga dos volumes para os recintos alfandegados de zona primária.
c) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar de mercadoria constante
de manifesto ou documento equivalente, cuja falta for verificada pela
autoridade aduaneira.
d) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar da entrada regular no
território aduaneiro de mercadoria contida em remessa postal à qual tenha sido
aplicado o regime de exportação temporária.
e) na data do registro da declaração de importação de mercadoria constante de
manifesto ou documento equivalente cuja falta for apurada pela autoridade
aduaneira em ato de revisão.

Comentários
Questão literal. Gabarito: c.
13 - (Inédita) Considerando que o imposto de importação incide sobre
mercadoria estrangeira, avalie as afirmações abaixo. Atribua V para a
verdadeira e F para a falsa. Em seguida, marque a opção que contenha
a sequência correta.
( ) Não serão considerados estrangeiros, para os fins de incidência do imposto,
os equipamentos, as máquinas, os veículos, os aparelhos e os instrumentos,
bem como as partes, as peças, os acessórios e os componentes, de fabricação
nacional, adquiridos no mercado interno pelas empresas nacionais de
engenharia, e exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na
hipótese de retornarem ao País.
( ) Não incide o imposto de importação sobre a mercadoria que, corretamente
descrita nos documentos de transporte, chegar ao país por erro inequívoco ou
comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior.
( ) O imposto não incide sobre mercadoria estrangeira extraviada.
a) V, V, V b) F, V, V c) F, F, V d) V, F, F e) F, V, F

Comentários
Primeiro item: falso. Vimos que os bens adquiridos por empresas
nacionais de engenharia para a prestação de serviços no exterior são
considerados estrangeiros ao voltarem para o país. (RA, art. 70, par. único)
Segundo item: correto. É caso de não incidência, visto no artigo 71, I, do
RA.
Terceiro item: falso. Há incidência, com base no fato gerador presumido,
previsto no RA, art. 72, § I o .
Gabarito: letra E.

14 - (Inédita) Considerando o tema fato gerador, avalie as afirmações


abaixo. Atribua V para a verdadeira e F para a falsa. Em seguida,
marque a opção que contenha a sequência correta.
( ) O fato gerador do imposto de importação é o registro da DI para consumo.
( ) O fato gerador presumido da legislação aduaneira aplica-se às mercadorias
avariadas e às extraviadas.
( ) As diferenças percentuais de mercadoria a granel, apuradas na verificação
da mercadoria, no curso do despacho aduaneiro, não serão consideradas para
efeitos de exigência do imposto até o limite de cinco por cento.
a) V, V, V b) F, V, V c) V, F, V d) F, F, V e) F, F, F

Comentários
Primeiro item: falso. O FG do imposto é a entrada no território nacional.
(RA, art. 72)
Segundo item: falso. O FG presumido aplica-se apenas às mercadorias
extraviadas. (RA, art. 72, § I o )
Terceiro item: falso. O limite é 1% (RA, art. 72, § 3 o ).
Gabarito: E.

4.1. Sujeitos Ativo e Passivo

O sujeito ativo é a União. Já os sujeitos passivos são divididos em três


grupos: contribuintes, responsáveis e responsáveis solidários.

4.1.1. Contribuintes

O artigo 104 do Regulamento Aduaneiro (RA) elenca três pessoas como


contribuintes do imposto:
1) o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a
entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro;
2) o destinatário de remessa postal internacional, indicado pelo
respectivo remetente; e
3) o adquirente de mercadoria entrepostada.

O RA define o importador como sendo aquele que promove a entrada da


mercadoria estrangeira no território nacional. Neste contexto, promover a
entrada deve ser entendido como mandar vir a mercadoria e não o de colocar a
mercadoria dentro do país ou entregá-la para embarque, que são
responsabilidades diretas do transportador e do exportador. Não fosse esse o
entendimento, raras seriam as pessoas que poderiam ser chamadas de
importadoras no Brasil, pois quase nunca o brasileiro vai ao exterior pegar a
mercadoria, seja para trazê-la em mãos, seja para providenciar o seu
embarque como carga.
Considerando-se equivalentes as expressões "promover a entrada do
bem" e "mandar vir o bem", surge um problema com as importações por via
postal. Afinal, quantas vezes recebemos em casa mercadorias que nem
esperávamos, como, por exemplo, brindes ou amostras grátis de algum
produto? Se esta amostra estivesse vindo do exterior, eu poderia tentar me
safar do pagamento do imposto de importação (II) se simplesmente alegasse
que não era o importador pois não havia sido eu a "promover a entrada do
bem" no território nacional. Esta "fuga" do pagamento do II seria mais comum
ainda para os agentes de venda dos exportadores estrangeiros que sempre
estão recebendo mercadorias para apresentarem para os potenciais
compradores no Brasil.
Se somente fosse cobrado o imposto daquele que tivesse de fato
promovido a entrada, já no sentido de encomendado a mercadoria ao exterior,
a "fuga" da tributação seria a tônica das importações via correio. Todos
alegariam que não haviam promovido a importação de nada. Aquela mercadoria
estaria chegando sem que eles estivessem esperando.
Para evitar isso, o segundo inciso dispõe que o destinatário de remessa
postal internacional sempre é contribuinte do imposto de importação, mesmo
que não promova a entrada da mercadoria no território nacional.
E o terceiro inciso trata do adquirente de mercadoria entrepostada. Para
falar dele é necessário inicialmente falar do regime de entreposto aduaneiro que
é um dos vários regimes aduaneiros especiais que nós vamos analisar neste
curso. O edital de 2014 para a Receita Federal não elencou os regimes
aduaneiros que temos que estudar. Por isso, vamos ter que olhar todos (ou
quase todos).
Vejamos o regime de entreposto aduaneiro. Os regimes aduaneiros
especiais, dentre eles o regime de entreposto aduaneiro, são regimes
suspensivos, em que os tributos ficam suspensos, não sendo cobrados por
algum motivo. No caso do regime de entreposto aduaneiro, isto ocorre porque
as mercadorias estão entrando no país não para consumo imediato. Pode ser
usado, por exemplo, para as mercadorias importadas em consignação, em que
se procurarão compradores no Brasil. O governo brasileiro retarda a cobrança
dos tributos incidentes sobre a importação para o momento próximo à utilização
no mercado interno. Assim, se para as mercadorias que entraram em
consignação for encontrado um comprador no Brasil, elas poderão sair do
recinto alfandegado onde estão armazenadas, mas somente depois do
pagamento dos tributos. Já se ninguém se interessar em comprá-las, a
mercadoria deve voltar ao exterior, ou seja, ser reexportada.
As mercadorias são trazidas, normalmente, por agentes de venda do
exportador estrangeiro, para que estejam disponíveis no país na hora em que
aparecer algum interessado aqui no Brasil. Sendo assim, já se economiza o
tempo da viagem da Europa para o Brasil, sendo muito usado para as
mercadorias que precisam de rápida reposição. Eu sempre dou o exemplo, por
ser a coisa que considero mais urgente no mundo, das máquinas que funcionam
nas unidades de tratamento intensivo (UTI) dos hospitais. Se uma dessas
máquinas quebrar, não se pode somente neste momento encomendar uma
nova ao exterior. É necessário que outras sobressalentes já estejam no Brasil
para a rápida reposição. É questão de vida ou morte.
Imagine então a situação em que a empresa estrangeira produtora das
máquinas mande algumas unidades para o Brasil. Estas mercadorias ficam em
alguma unidade aduaneira (porto, aeroporto ou outros locais que veremos
quando estudarmos especificamente o regime). Ficam sob controle da Receita
Federal, para que esta tenha certeza de que o bem não será usado enquanto os
tributos não forem pagos.
Esta máquina pode ser enviada em consignação para um hospital mantê-
la na unidade aduaneira ou, o que é mais comum, para um agente de venda
que passa a concentrar as máquinas para todos os potenciais clientes no Estado
do Rio de Janeiro, de São Paulo ou, por exemplo, da Região Sul do país.
Neste segundo caso, quando houver interesse de alguma empresa
brasileira em adquirir a mercadoria, ela se acerta com o exportador estrangeiro
ou com o agente de venda do exportador estrangeiro e celebram o contrato de
compra e venda. Feito isto, quem irá retirar a mercadoria do recinto
alfandegado, pagando os tributos?
São duas as possibilidades: o próprio consignatário, isto é, aquele que
trouxe em consignação, ou o adquirente da mercadoria entrepostada. O
Regulamento Aduaneiro define que os dois podem ser contribuintes do imposto:
o primeiro, o consignatário, é o importador visto que foi ele que promoveu a
entrada da mercadoria estrangeira no território nacional. O segundo está
previsto no inciso III: o adquirente de mercadoria entrepostada é contribuinte
do imposto de importação. Qualquer um dos dois poderá preencher a
declaração de importação para apresentar a mercadoria à Receita, pagando os
tributos incidentes sobre a importação. E, obviamente, o consignatário somente
será o contribuinte se promover o despacho aduaneiro.

QUESTÕES

15 - (TRF/2000) O consignatário de mercadoria submetida ao regime


de entreposto aduaneiro na importação: (adaptada)
a) é contribuinte do imposto de importação porque reveste a qualidade de
importador ao promover a entrada da mercadoria estrangeira no território
aduaneiro
b) é contribuinte do imposto de importação ao nacionalizar a mercadoria e
promover o despacho aduaneiro para consumo em seu nome
c) é contribuinte do imposto de importação porque tem relação pessoal e direta
com o procedimento de admissão de mercadoria no regime
d) é contribuinte do IPI no momento do desembaraço aduaneiro para admissão
no regime
e) é responsável pelo pagamento do imposto de importação apenas nas
hipóteses de extravio ou falta de mercadoria admitida no regime e declarada
abandonada pela ultrapassagem do prazo de entrepostamento

Comentários
Muitos tendem a marcar a letra A como resposta, mas a correta é a letra
B, pois o consignatário somente será o contribuinte do imposto se registrar a
Declaração de Importação e promover o despacho aduaneiro. Não é porque o
consignatário importa as mercadorias em consignação que ele será sempre o
contribuinte, pois aquelas poderão ser nacionalizadas pelo adquirente (ao se
transformar a entrada não definitiva em definitiva, a mercadoria é
nacionalizada, analogamente à naturalização de pessoas). Em suma, o
consignatário somente será o contribuinte do imposto caso nacionalize e
registre a DI para consumo. Caso seja o adquirente de mercadoria entrepostada
a fazer isso, este será o contribuinte do imposto.

16 - (AFTN/1989) Contribuinte do imposto de importação é:


(adaptada)
a) o importador ou quem a lei a ele equipara, bem como o adquirente de bens
apreendidos ou abandonados aos quais tenha sido aplicada a pena de
perdimento, e ainda o adquirente de bens entrepostados;
b) a pessoa em nome da qual é feito o contrato de câmbio, se operação cambial
houver e, em caso contrário, aquela em nome da qual é emitida a fatura
comercial, salvo se existir consignatário diferente do importador, na licença de
importação, hipótese em que o consignatário será o titular do despacho
aduaneiro para consumo;
c) o importador, assim considerado qualquer pessoa que promova a entrada de
mercadoria estrangeira no território nacional, bem como o adquirente de
mercadoria entrepostada e o destinatário de remessa postal internacional
indicado pelo respectivo remetente;
d) a pessoa que apresentar à repartição fiscal a Declaração de Importação e
aquela que receber remessa postal internacional, bem como o adquirente de
mercadoria entrepostada e o adquirente, em licitação, de mercadoria
estrangeira;
e) o detentor da mercadoria estrangeira em território nacional no momento da
ocorrência do fato gerador, ou a qualquer tempo, quando em situação irregular,
bem como o adquirente de mercadoria estrangeira entrepostada ou de
mercadoria apreendida ou abandonada, em relação à qual tenha sido aplicada a
pena de perdimento.
Comentários
Questão literal. Gabarito: c.
A letra A está errada ao mencionar bens apreendidos ou abandonados e
"equiparados ao importador".
A letra B menciona o contrato de câmbio e a fatura, que não aparecem na
legislação como definidores do contribuinte do imposto.
A letra D está errada, pois menciona licitação de mercadoria estrangeira.
A letra E está errada, pois o detentor não se encontra na lista de
contribuintes do artigo 104. Além disso, vimos que o perdimento é caso de não
incidência do imposto.

4.1.2. Responsáveis

O artigo 105 do Regulamento Aduaneiro nomeia dois responsáveis pelo


pagamento do imposto. Devemos inicialmente lembrar o conceito de
responsável no Código Tributário Nacional: é aquele que não tem uma relação
pessoal e direta com o respectivo fato gerador, mas a lei lhe atribui de forma
expressa a responsabilidade pelo pagamento do tributo.
Os responsáveis pelo imposto são, conforme o artigo:
"J - o transportador, quando transportar mercadoria procedente
do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso
interno;
II - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida
da custódia da mercadoria sob controle aduaneiro; e
III - qualquer outra pessoa que a lei assim designar."

Porque eles são nomeados responsáveis?


Por causa de bobagens que eles façam. Por exemplo, se a mercadoria for
extraviada pelo transportador, ele deve pagar o imposto relativo à parte
extraviada, sendo restituído pela RFB o que foi pago pelo importador. E se
houver extravio da mercadoria enquanto depositada no aeroporto do Galeão? O
depositário irá pagar pelo imposto relativo a esta mercadoria e será restituído o
imposto pago pelo importador.
Como ocorre tal cobrança?
Toda vez que a mercadoria chega ao Brasil, o importador deve registrar
uma DI (declaração de importação), descrevendo a mercadoria detalhadamente
para que a aduana proceda à conferência aduaneira. Este registro é pela
internet O importador, do seu escritório, envia a declaração de importação com
uma série de informações, tais como o valor da mercadoria, o valor do frete,
valor do seguro, o país de origem, o país de procedência, o peso líquido, a
moeda negociada, o nome do exportador, a classificação fiscal, o regime
aduaneiro, a quantidade, etc. O SISCOMEX, que é o sistema utilizado no
comércio exterior, faz algumas verificações sobre esta DI. Resumidamente,
podemos dizer que o SISCOMEX verifica: 1) se o CNPJ do importador está
ativo; 2) se a mercadoria já chegou ao país; 3) se a importação foi licenciada
pelos órgãos anuentes (por exemplo, se for importação de um animal vivo, é
obrigatória a autorização prévia do Ministério da Agricultura; se for importação
de remédio, o Ministério da Saúde tem que dar a autorização. Ambas as
autorizações devem ser concedidas antes mesmo do embarque da mercadoria
no exterior com destino ao Brasil); e 4) se há dinheiro na conta do importador
para o pagamento dos tributos devidos pela importação.
O pagamento dos tributos se dá da seguinte forma: o número da conta
corrente do importador, o número da agência e do banco são alguns campos a
serem informados pelo importador na DI. O SISCOMEX envia uma ordem de
débito para o banco para que este retire da conta indicada um determinado
valor que englobe o imposto de importação, o IPI, o PIS/Pasep-Importação e a
Cofins-Importação.
Se todos os quatro testes citados derem resultado positivo, a DI é
registrada e se inicia o despacho aduaneiro. Note que a modalidade de
lançamento do imposto de importação é por homologação, em que o
importador paga primeiro os tributos e só depois a Receita Federal confere se o
pagamento foi correto.
Voltando à DI: para que a Receita confira se os dados foram
perfeitamente informados, o importador deve apresentar alguns documentos,
como a fatura comercial, o conhecimento de carga (que é o documento que
representa o contrato do transporte, sendo emitido pelo transportador), entre
outros, que veremos em detalhes na aula de "despacho aduaneiro". Durante a
conferência, normalmente se descobrem as faltas de mercadoria. Caso a
mercadoria não seja encontrada pela aduana para a conferência, o AFRFB faz a
verificação necessária para descobrir quem foi o responsável pelo extravio. Ou
a Receita vai descobrir que o responsável foi o transportador durante a viagem
ou o depositário durante a armazenagem. Normalmente estes são os dois
responsáveis pela falta. Descoberto o responsável, o AFRFB lavra sobre ele um
auto de infração com tributos e penalidades. E a RFB restitui o imposto que
havia sido pago pelo importador via débito automático. Quando olharmos a
seguir os responsáveis solidários pelo pagamento do imposto, veremos que
também o exportador pode ser responsabilizado por uma falta.
Mais duas observações sobre os responsáveis pelo imposto: a primeira
é sobre a redação do inciso I que diz que o transportador será responsável
inclusive em percurso interno. O que se quer dizer com isso?
Muitas vezes, é solicitado pelo importador o regime de trânsito aduaneiro.
Como vimos na explicação dos casos de não incidência do imposto de
importação, o regime de trânsito é o que permite o transporte de mercadoria de
um ponto a outro do território nacional com suspensão dos tributos para que
somente no destino a mercadoria seja verificada. Isto é muito comum quando,
por exemplo, uma empresa do estado de Goiás importa mercadorias por navio.
A mercadoria entra pelo porto do Rio de Janeiro ou pelo porto de Santos, mas,
como a presença do importador ou de um representante é obrigatória na hora
da sua verificação, o importador prefere que a mercadoria seja transferida para
uma unidade aduaneira mais perto de sua sede, para não precisar viajar para o
Rio de Janeiro nem contratar um despachante aduaneiro. A mercadoria então é
transferida para um porto seco, utilizado para armazenagem e despacho
aduaneiro das mercadorias.
Caso uma mercadoria transportada do porto do Rio de Janeiro para um
porto seco em Goiás não chegue ao destino, o responsável, isto é, o
transportador, irá pagar os tributos relativos a ela. Por isso, ele é considerado
responsável também em percursos internos.
A segunda observação é que o artigo 105 traz o inciso III que diz que
também é responsável pelo imposto qualquer outra pessoa que a lei assim
designar. Não há nenhuma outra lei designando ninguém. Por isso, atualmente
só existem dois responsáveis pelo imposto.

4.1.3. Responsáveis Solidários

O artigo 106 do Regulamento Aduaneiro define que são responsáveis


solidários:
I) o adquirente ou cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou
redução do imposto;
II) o representante no país do transportador estrangeiro;
III) o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de
importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica
importadora;
IV) o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de
procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora;
V) o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer
subcontratado para a realização do transporte multimodal;
VI) o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo destinado à
industrialização para exportação, no caso de admissão de mercadoria no regime
por outro beneficiário, mediante sua anuência, com vistas à execução de etapa
da cadeia industrial do produto a ser exportado; e
VII) qualquer outra pessoa que a lei assim designar.

O primeiro caso trata do adquirente ou cessionário de mercadoria


beneficiada com isenção ou redução do imposto. Vejamos um benefício
existente atualmente: a isenção dada para as instituições científicas para as
importações de bens destinados à pesquisa científica. É amparada na Lei
8.010/90.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
por exemplo, pode importar bens para pesquisa e fará jus a esta isenção.
Imaginemos que uma importação desta ocorra e o CNPq desenvolva suas
pesquisas. Passado algum tempo, o CNPq pode não ter mais interesse em ficar
com a mercadoria já que fez todos os testes desejados. Ele não tem mais
interesse na mercadoria, mas pode ser que alguém no Brasil o tenha e,
portanto, o CNPq teoricamente tem a oportunidade de vender o bem. O
Regulamento Aduaneiro impõe uma condição para que esta transferência se
realize: que os impostos sejam pagos previamente. Se não houvesse esta
cobrança, todas as pessoas jurídicas iriam usar o CNPq e as demais instituições
científicas para intermediarem as compras dos bens que quisessem.
Para realizar a transferência do bem, o CNPq irá pagar previamente os
impostos, considerando uma escala de depreciação em que, passados cinco
anos, não há necessidade de pagar mais nada.
Passado um ano, há depreciação de 25%. Passados dois anos, a
depreciação é de 50%. Após 3 anos, 75%. Quatro anos, 90%. Após 5 anos,
100% de depreciação.
Além de esta situação de transferência após cinco anos não ser tributada,
também quando a mercadoria é transferida para outra pessoa que possua a
mesma qualidade do importador não há tributação. Por exemplo, se o CNPq
quiser transferir a mercadoria para outra instituição cientifica, não haverá
necessidade de pagar nada, visto que as duas pessoas têm a mesma qualidade
e os mesmos direitos.
Mas, se quiser transferir antes dos cinco anos e para alguém que não seja
uma instituição científica, os tributos devem ser pagos. O que acontece se o
CNPq não fizer o pagamento prévio à transferência da mercadoria? Transforma
em responsável solidário o adquirente ou cessionário da mercadoria que foi
beneficiada com isenção ou redução do imposto. É isso o que dispõe o primeiro
inciso do artigo 106. Ser responsável solidário significa dizer que a Receita vai
poder cobrar tais tributos tanto do CNPq quanto do adquirente ou cessionário.
O segundo caso é o do representante no país do transportador
estrangeiro. Os transportadores estrangeiros somente podem operar no
território nacional se nomearem um representante brasileiro. Isto porque,
muitas vezes, o extravio causado por ele, transportador, somente é descoberto
após sua saída do território. Se o avião da United Airlines descarrega a
mercadoria e depois segue viagem, e se só mais tarde a Receita descobrir uma
falta, não terá como cobrar da United os tributos relativos a isso. É por este
motivo que o representante é nomeado pelo transportador estrangeiro: ele será
cobrado toda vez que o transportador não estiver mais aqui. Mas, como o
transportador pode voltar um dia, a responsabilidade do representante é
solidária com o próprio transportador, que poderá, segundo o Regulamento
Aduaneiro (art. 64), ter o veículo apreendido como garantia dos seus débitos
fiscais, como vimos na aula anterior.
O terceiro caso trata da operação por conta e ordem. É muito comum
que as pessoas jurídicas, principalmente as micro e pequenas empresas, não
tenham o conhecimento, a estrutura ou interesse de fazer as importações
diretamente. É muito comum que elas usem uma empresa especializada em
importações e exportações, para agirem em seu nome. As empresas trading
são especialistas em compra e venda de mercadorias por conta e ordem de
terceiros. Imagine que uma empresa trading faça uma importação para uma
microempresa, pague os tributos e entregue a mercadoria a esta. Pode
acontecer de a Receita Federal descobrir, posteriormente ao despacho
aduaneiro, que houve insuficiência de recolhimento de tributos ou outra falha
no despacho, ensejando a cobrança de imposto complementar. Isso é possível
porque o despacho aduaneiro pode ser revisto em até cinco anos depois do fato
gerador, já que a modalidade de lançamento do imposto de importação é por
homologação (CTN, art. 150, § 4 o ). Se a Receita Federal descobre
insuficiência no recolhimento dos tributos, ela normalmente vai em cima da
pessoa do importador. Mas, neste caso, como a importação é para um terceiro,
há a previsão legal da solidariedade: o real adquirente responde solidariamente
com o importador.
O quarto caso trata das operações por encomenda. No caso de uma
pessoa importar um bem para terceiro, pode estar ocorrendo a "operação por
conta e ordem", vista logo acima, ou a "operação por encomenda". Qual é a
diferença entre os dois casos? Nas importações por conta e ordem, o bem
estrangeiro é comprado não pelo importador, mas diretamente pelo adquirente.
Já nas importações por encomenda, o bem é comprado pelo importador para
atender ao encomendante. Em termos de sujeição passiva do imposto de
importação, não haverá nenhuma diferença entre as duas operações. Em
ambos os casos, o importador é solidário com o terceiro, seja o
adquirente (nas operações por conta e ordem), seja o encomendante (nas
operações por encomenda).
O quinto caso trata do expedidor, do operador de transporte multimodal
ou de qualquer subcontratado para a realização do transporte multimodal.
O transporte multimodal se caracteriza por ser uma operação de
transporte que usa mais de uma modalidade, por exemplo, o terrestre e o
marítimo. Se a mercadoria vem do interior da Espanha para um porto no Brasil,
será usada a modalidade terrestre do interior da Espanha até o porto espanhol
e a modalidade marítima do porto espanhol até o porto do Rio de Janeiro. Se
esse transporte do interior da Espanha até o porto brasileiro for contratado com
uma única pessoa, o transporte é chamado multimodal e o transportador é
chamado operador de transporte multimodal (OTM). É emitido apenas um
conhecimento de carga para cobrir toda a viagem.
Caso o transporte terrestre seja contratado com uma pessoa e o
transporte marítimo, com outra, o transporte não é multimodal.
O operador de transporte multimodal (OTM) pode prestar os serviços
diretamente ou subcontratando. Imagine então que a mercadoria tenha
chegado faltando ao porto brasileiro. Será que a Receita Federal tem condições
de saber se a mercadoria foi extraviada pelo operador de transporte multimodal
ou pelo subcontratado dele?
Provavelmente não. E, por este motivo, eles são nomeados responsáveis
solidários no pagamento do imposto. A lei 9.611/1998 define que o operador de
transporte multimodal é responsável solidário preferencial. Portanto, a Receita
Federal pode optar por cobrar sempre do OTM e este, se for o caso, pode agir
regressivamente contra o seu subcontratado.
No inciso V vemos também que o expedidor é considerado responsável
solidário. Quem é o expedidor? É o exportador. Pode ocorrer de o extravio da
mercadoria ser causado pelo próprio exportador. Neste caso, a Receita Federal
tentará cobrar do exportador os tributos e devolver ao importador o que ele
eventualmente tenha pago. Mas novamente temos um problema: o exportador
é estrangeiro.
Como já disse anteriormente, o OTM é responsável solidário preferencial.
Portanto, ele será cobrado e, neste caso, pode agir regressivamente contra o
exportador.
O sexto inciso do artigo 106 definiu que o beneficiário de regime
aduaneiro suspensivo destinado à industrialização para exportação responde
solidariamente pelo tributo decorrente da admissão da mercadoria no regime
por outro beneficiário mediante sua anuência para execução de etapa da cadeia
industrial do produto a ser exportado. O que significa isso?
Vejamos um exemplo prático: vamos estudar os regimes aduaneiros
especiais em aula futura. No entanto, já falei superficialmente sobre dois: o
trânsito aduaneiro e o entreposto aduaneiro. Vou falar agora de um terceiro: o
RECOF, que tem o nome de entreposto industrial sob controle informatizado (eu
não sei como eles chegaram a esta sigla RECOF rs). Este regime prevê a
importação de matérias-primas com suspensão dos tributos para desonerar as
exportações. O governo avaliou que a dispensa de tributos na importação de
matérias-primas torna o produto brasileiro mais competitivo no exterior e, por
isso, desonera tais importações. Os tributos incidentes sobre as matérias-
primas não são cobrados, ficam suspensos. Esta suspensão fica condicionada à
posterior exportação. Caso esta ocorra, beleza! Caso não ocorra, os tributos
sobre as matérias-primas, que não foram cobrados na entrada no país, agora o
serão com juros e multas.
Neste regime, a empresa habilitada ao RECOF pode importar as matérias-
primas diretamente, mas pode também autorizar uma segunda empresa a
importar tais bens para promover a primeira ou as primeiras etapas da cadeia
industrial do produto. Posteriormente, a mercadoria é repassada para o
habilitado no RECOF, que continua com a industrialização e finalmente a
exporta. Caso, no futuro, a Receita verifique que a exportação não ocorreu, ela
poderá cobrar o imposto das matérias-primas tanto do importador, quanto
daquela indústria habilitada no RECOF que autorizou a importação pelo
primeiro.
O sétimo inciso deixa aberta a porta para que outras pessoas sejam
nomeadas pela lei como responsáveis solidários. No entanto, nenhuma lei usou
deste direito.

Guarde isso!

Contribuintes 1) Importador
2) Destinatário de RPI
3) Adquirente de mercadoria entrepostada

Responsáveis 1) Transportador
2) Depositário
Responsáveis 1) o adquirente ou cessionário de mercadoria
Solidários beneficiada com isenção ou redução do imposto;
2) o representante no país do transportador
estrangeiro;
3) o adquirente de mercadoria de procedência
estrangeira, no caso de importação realizada por sua
conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica
importadora;
4) o encomendante predeterminado que adquire
mercadoria de procedência estrangeira de pessoa
jurídica importadora;
5) o expedidor, o operador de transporte multimodal
ou qualquer subcontratado para a realização do
transporte multimodal;
6) o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo
destinado à industrialização para exportação, no caso
de admissão de mercadoria no regime por outro
beneficiário, mediante sua anuência, com vistas à
execução de etapa da cadeia industrial do produto a
ser exportado; e
7) qualquer outra pessoa que a lei assim designar.

QUESTÕES

17 - (ATRFB/2012) Sobre o Imposto de Importação, é incorreto


afirmar que:
a) o imposto não incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de
passagem, acidentalmente destruída.
b) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na
data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a
despacho para consumo.
c) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na
data do registro da declaração de importação, inclusive no caso de despacho
para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributação e de
mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante,
sujeita ao regime de importação comum.
d) são contribuintes do imposto o importador, assim considerada qualquer
pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no Território
Nacional, o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo
respectivo remetente e o adquirente de mercadoria entrepostada.
e) o representante, no País, do transportador estrangeiro é responsável
subsidiário pelo imposto.

Comentários
Letra A: correta. Tratamos do artigo 71, VII, do Regulamento Aduaneiro
(RA), que tem a redação nos mesmos termos da letra A.
Letra B: correta. Tratamos do artigo 73, I, do RA, literalmente copiado
para a alternativa.
Letra C: correta. Tratamos do parágrafo único do art. 73 do RA,
literalmente copiado para a alternativa.
Letra D: correta. Tratamos do artigo 104 do RA, que dispõe sobre os
contribuintes.
Letra E: incorreta. No estudo do artigo 106 do RA, vimos que o
representante no país do transportador estrangeiro é responsável SOLIDÁRIO.
Não existe na legislação aduaneira casos de responsabilidade SUBSIDIÁRIA no
imposto de importação.

18 - (AFTN/1994) É contribuinte do imposto de importação:


a) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no
território nacional, bem como o destinatário de remessa postal internacional
indicado pelo respectivo remetente, conforme estabeleçam os atos
internacionais pertinentes;
b) o permissionário de entreposto aduaneiro relativamente às mercadorias
estrangeiras depositadas;
c) qualquer pessoa que tenha relação com a entrada de mercadoria estrangeira
no território nacional, inclusive o transportador e o depositário, mesmo que a
mercadoria se destine a permanecer no país apenas por um tempo
determinado;
d) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira para
consumo no território nacional, bem como o transportador de mercadoria
procedente do exterior em percurso interno, sob controle aduaneiro;
e) o importador e o adquirente ou cessionário de mercadoria estrangeira
beneficiada com isenção ou redução do imposto vinculada à qualidade do
importador.

Comentários
Gabarito: letra A, copiada do artigo 104 do RA.
Letra B: incorreta. Permissionário de entreposto aduaneiro não existe. O
que existe são permissionários de porto seco, que ganharam, mediante
licitação, o direito de explorar o serviço de armazenagem e movimentação de
mercadorias destinadas à conferência aduaneira. São os depositários, os quais
são responsáveis pelo imposto e não contribuintes.
Letras C e D: incorretas. Transportador e depositário são responsáveis e
não contribuintes.
Letra E: incorreta. O adquirente ou cessionário de mercadoria beneficiada
com isenção ou redução do imposto é responsável solidário. (RA, art. 106, I)

19 - (AFRF/2002-1) O expedidor, o operador de transporte multimodal


ou qualquer subcontratado para a realização do transporte multimodal:
a) são responsáveis solidários, perante a Fazenda Nacional, pelo crédito
tributário exigível.
b) são responsáveis, por designação expressa, perante a Fazenda Nacional,
pelo crédito tributário exigível.
c) na qualidade de sujeitos passivos por sujeição direta, respondem perante a
Fazenda Nacional proporcionalmente ao crédito tributário exigível.
d) são contribuintes substitutos perante a Fazenda Nacional, respondendo
proporcionalmente pelo crédito tributário exigível.
e) são responsáveis solidários perante a Fazenda Nacional e nessa qualidade
respondem proporcional e equitativamente pelo crédito tributário exigível.

Comentários
Gabarito: Letra A. Copiada do RA, art. 106, V.
A Letra B está errada porque trata apenas da responsabilidade sem tratar
da solidariedade. E, na legislação aduaneira, há uma clara distinção entre os
responsáveis e os responsáveis solidários.
A Letra C trata de sujeição direta. Os responsáveis não têm relação direta
com o fato gerador do imposto. Além disso, não há proporcionalidade na
solidariedade tributária. Todos respondem pelo valor integral.
Não são contribuintes substitutos e não há proporcionalidade na
solidariedade. Todos os solidários respondem pelo crédito integral, como
aprendemos em Direito Tributário. Por isso, as letras D e E são falsas.

20 - (TTN/1997-Área Aduana) O depositário incumbido da custódia de


mercadoria de terceiros sob controle aduaneiro nos armazéns de zona
primária ou secundária:
a) é responsável pelo imposto de importação e multas cabíveis relativamente às
mercadorias sob sua guarda;
b) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria
beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à
qualidade do importador;
c) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria
beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à
destinação dos bens;
d) é contribuinte do imposto de importação relativamente às mercadorias a ele
consignadas;
e) pode ser contribuinte do imposto de importação desde que providencie o
despacho aduaneiro da mercadoria.

Comentários
O depositário é contribuinte, responsável ou responsável solidário?
Responsável. Gabarito: letra A.

21 - (TTN/1998) É contribuinte do imposto de importação


a) o adquirente, em licitação, de mercadoria estrangeira
b) o estabelecimento que exerce o comércio de produtos importados em relação
ao fato gerador decorrente da saída desses produtos para qualquer fim
c) o importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço
aduaneiro de produto, de procedência estrangeira
d) o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de
mercadoria estrangeira no território nacional
e) qualquer pessoa jurídica de direito público ou privado em relação ao fato
gerador da entrada de mercadoria importada do exterior no estabelecimento,
ainda que se trate de bem destinado a consumo ou a ativo fixo do mesmo

Comentários
Letra A: incorreta. Arrematação em leilão não é FG do imposto de
importação (II).
Letra B: incorreta. O fato gerador do II não é a saída da mercadoria.
Letra C: incorreta. O fato gerador do II não é o desembaraço da
mercadoria.
Letra E: incorreta. O fato gerador do II não é a entrada da mercadoria no
estabelecimento, mas a entrada no país.
Gabarito: Letra D.
22 - (AFRF/2000) A responsabilidade do Operador de Transporte
Multimodal de cargas, no transporte internacional:
a) perante o contratante, cobre o período compreendido entre o instante do
recebimento da carga e a ocasião de sua entrega ao destinatário, e, perante os
órgãos fazendários, permanece desde a concessão do regime de trânsito
aduaneiro até o momento da entrega da mercadoria ou carga em recinto
alfandegado de destino;
b) com relação ao contratante, inicia-se desde sua inclusão no manifesto do
veículo transportador até a sua descarga no local alfandegado de destino e,
perante os órgãos fazendários, permanece desde a autorização para embarque
no veículo até sua descarga no recinto alfandegado de destino;
c) perante o contratante, cobre o período compreendido entre o instante da
colocação da carga a bordo do veículo e a ocasião da sua chegada ao destino,
e, perante os órgãos fazendários, desde o recebimento da carga na origem até
o seu desembaraço aduaneiro;
d) relativamente ao contratante do transporte, inicia-se com a entrega da carga
no local de origem e cessa quando da chegada do veículo ao local de destino e,
relativamente à Alfândega, inicia-se desde o recebimento dos documentos
relativos à carga até o desembaraço aduaneiro na importação ou averbação de
embarque na exportação;
e) perante o contratante na importação, inicia-se desde a disponibilização da
carga pelo importador na condição FOB até a entrega do conhecimento de
transporte à autoridade do local de descarga para instruir o despacho aduaneiro
e, no tocante aos tributos, inicia-se desde a lavratura do Termo de Visita
Aduaneira até o desembaraço aduaneiro da carga.

Comentários
Perante a Fazenda, o OTM é responsável pelo pagamento dos tributos das
cargas por ele transportadas, caso haja falta de mercadoria. No entanto, não
podemos esquecer que essa responsabilidade é solidária com o expedidor e com
os demais transportadores subcontratados. E essa responsabilidade não diz
respeito apenas ao trecho internacional da viagem, mas também aos trechos
internos se estiver transportando mercadoria sob controle aduaneiro. É o caso,
por exemplo, de ele fazer o trânsito aduaneiro da carga do porto do Rio de
Janeiro até um porto seco em Minas Gerais.
Perante o contratante, o OTM é responsável pela carga desde o momento
em que a pega até o momento em que a entrega ao destinatário.
Gabarito: letra A.
23 - (AFRF/2002-1) Transporte multimodal de cargas é aquele que,
regido por:
a) dois ou mais contratos, utiliza duas ou mais modalidades de transporte,
desde a origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de
um Operador de Transporte Multimodal;
b) um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a
origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade de mais de um
Operador de Transporte Multimodal;
c) dois ou mais contratos, utiliza uma única modalidade de transporte, desde a
origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de um
Operador de Transporte Multimodal;
d) um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a
origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de um
Operador de Transporte Multimodal;
e) um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a
origem até o porto de descarga no destino, e é executado sob a
responsabilidade única de mais de um Operador de Transporte Multimodal.

Comentários
O conceito de transporte multimodal está na Lei 9.611/1998:
Art. 2o Transporte Multimodal de Cargas é aquele que, regido por
um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte,
desde a origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade
única de um Operador de Transporte Multimodal.
Gabarito: Letra D.

24 - (TRF/2002-2) Observe os quadros abaixo e relacione cada uma


das alíneas do primeiro quadro com as do segundo, (adaptada)
Atente para a possibilidade de haver mais de uma vinculação possível,
isto é, mais de uma alínea pode estar vinculada a um numeral,
v) Qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira
no território nacional.
w) O adquirente ou cessionário de mercadoria importada beneficiada
com isenção ou redução do imposto.
x) O destinatário de remessa postal internacional.
y) O adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de
importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa
jurídica importadora.
z) O transportador que der causa a falta de mercadoria importada.
1 - Contribuinte.
2 - Responsável.
3 - Responsável solidário.
A opção que contém as vinculações corretas

25 - (TRF/2002-2) A responsabilidade tributária pelas faltas ou


extravios de volumes ou de mercadorias importadas pode ser do
transportador ou do depositário, conforme normas contidas:
a) nos Incoterms;
b) no Direito Comercial;
c) nos acordos internacionais de transporte;
d) na legislação tributária;

e) nos contratos de transporte internacional e de armazenagem da carga.

Comentários
Responsabilidade tributária é e sempre será objeto da legislação
tributária. Gabarito: D.
26- (Ajudante de Despachante Aduaneiro / 2012 - ESAF) Sobre o
imposto de importação, analise as proposições abaixo e assinale a
opção correta.
a) O adquirente de mercadoria entrepostada é contribuinte do imposto de
importação.
b) O transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou
sob controle aduaneiro, é responsável solidário pelo imposto de importação.
c) O depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de
mercadoria sob controle aduaneiro, é contribuinte do imposto de importação.
d) O destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo
remetente é responsável solidário pelo imposto de importação.
e) O expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer
subcontratado para a realização do transporte multimodal são contribuintes do
imposto de importação.

Comentários
Letra A: correta, como vimos.
Letra B: errada. O transportador é simplesmente responsável.
Letra C: errada. O depositário é responsável.
Letra D: errada. O destinatário de RPI é contribuinte.
Letra E: errada. São responsáveis solidários.
Gabarito: letra A.

27 - (Inédita) Em relação ao tema sujeito passivo do imposto de


importação, marque a alternativa correta:
a) O destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo
remetente é responsável solidário com o remetente pelo imposto.
b) O adquirente de mercadoria entrepostada é responsável solidário com o
importador pelo pagamento do imposto.
c) O transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou
sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno, é contribuinte do
imposto.
d) O depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de
mercadoria sob controle aduaneiro, é contribuinte do imposto.
e) O encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedência
estrangeira de pessoa jurídica importadora é responsável solidário pelo
imposto.

Comentários
Os sujeitos passivos se dividem em: contribuintes (art. 104, RA),
responsáveis (art. 105, RA) e responsáveis solidários (art. 106).
Art. 104. É contribuinte do imposto:
I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a
entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro;
II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo
respectivo remetente; e
III - o adquirente de mercadoria entrepostada.
Art. 105. É responsável pelo imposto:
I - o transportador, quando transportar mercadoria procedente do
exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno;
II - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da
custódia de mercadoria sob controle aduaneiro; ou
III - qualquer outra pessoa que a lei assim designar.
Art. 106. É responsável solidário:
I - o adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com
isenção ou redução do imposto;
II - o representante, no País, do transportador estrangeiro;
III - o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no
caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio
de pessoa jurídica importadora;
IV - o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de
procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora;
V - o expedidor> o operador de transporte multimodal ou qualquer
subcontratado para a realização do transporte multimodal;
VI - o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo destinado á
industrialização para exportação, no caso de admissão de
mercadoria no regime por outro beneficiário, mediante sua
anuência, com vistas á execução de etapa da cadeia industrial do
produto a ser exportado; e
VII - qualquer outra pessoa que a lei assim designar.
Gabarito: letra E.

Por hoje é só.

Um grande abraço,
Rodrigo Luz
RESUMINHO

a) Na legislação aduaneira, os termos "bens", "produtos" e "mercadorias" têm


sido usados como sinônimos, apesar de a doutrina diferenciar seus
conceitos.
b) Conforme o Código Aduaneiro do Mercosul (CAM), mercadoria é todo bem
suscetível de um destino aduaneiro (inclusão em um regime aduaneiro de
importação, retorno ao exterior, abandono ou destruição), (conceito ainda
sem vigência)
c) Nacionalizadas são as mercadorias importadas a título definitivo,
independentemente do despacho para consumo.
d) Desnacionalização é a exportação a título definitivo. Reimportação é a
entrada no Brasil de algo que saíra a título temporário. Reexportação é a
saída de algo que fora importado a título temporário.
e) Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto de
importação, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne
ao país. No entanto, ela não é considerada estrangeira caso volte por fator
alheio à vontade do exportador.
f) O imposto de importação (II) não incide sobre mercadoria estrangeira que
tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto na hipótese em que não
seja localizada, tenha sido consumida ou revendida. O II também não incide
sobre mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da
DI. Os casos de não incidência tratam de mercadorias estrangeiras, além
do caso específico de embarcações.
g) O fato gerador (espacial) do II é a entrada da mercadoria estrangeira no
território aduaneiro.
h) Para fins de cálculo, considera-se ocorrido o fato gerador (elemento temporal
do fato gerador ou momento de incidência): a) no registro da DI para
consumo; b) no dia do lançamento do crédito tributário (bagagem,
remessa postal internacional, mercadoria não localizada ou no caso de
extravio); c) no vencimento do prazo de permanência em recinto
alfandegado; d) no registro da DI para admissão temporária para utilização
econômica.
i) No caso do regime de importação comum, inclusive nos bens importados
pelo correio ou como bens do viajante, o fato gerador do imposto é o
registro da declaração. Nos casos do regime de tributação simplificada e
do regime de tributação especial, não há Declaração de Importação.
Logo, o fato gerador do imposto se considera ocorrido no lançamento do
crédito tributário.
j) São contribuintes do imposto de importação: importador, adquirente de
mercadoria entrepostada e destinatário de remessa postal internacional,
k) São responsáveis pelo imposto de importação (quando extraviam os bens
importados): transportador e depositário.
I) São responsáveis solidários: adquirente ou cessionário de mercadorias
importadas com benefício fiscal; representante no Brasil do transportador
estrangeiro; os adquirentes e encomendantes nas importações terceirizadas;
o expedidor, o OTM e seus subcontratados no transporte multimodal; e os
beneficiários de regime aduaneiro suspensivo vinculado a posterior
exportação, no caso de fazerem parte da cadeia de industrialização.
QUESTÕES ANALISADAS NESTA AULA

01 - (ATRFB/2012) Sobre as disposições constitucionais relativas aos


tributos incidentes sobre comércio exterior, e sobre a Zona Franca de
Manaus, assinale a opção correta.
a) Ao dispor sobre o Imposto de Importação, o art. 153, I, da Constituição
Federal, reza que compete à União instituir impostos sobre importação de bens
estrangeiros.
(...)

02 - (TRF/2000) Consideram-se nacionalizadas:


a) as mercadorias estrangeiras importadas a título não definitivo em regime
comum de importação, somente após o regular despacho para consumo,
tributadas, ou isentas do imposto de importação;
b) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo, desde que tenham
sido despachadas para consumo;
c) as mercadorias estrangeiras adquiridas no exterior, excluídas as doações, e
tributadas pelo imposto de importação;
d) somente as mercadorias estrangeiras despachadas para consumo, tenham
ou não sido pagas ao exportador estrangeiro;
e) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo,
independentemente de serem despachadas para consumo.

03 - (AFRF/2002-2) No sistema aduaneiro brasileiro a nacionalização


de uma mercadoria:
a) é condicionada ao seu despacho para consumo;
b) ocorre quando se importa uma mercadoria a título definitivo ou não;
c) é condicionada ao prévio pagamento dos tributos ou ao reconhecimento de
sua dispensa pela autoridade aduaneira;
d) implica a sua importação a título definitivo independente de seu despacho
para consumo;
e) ocorre para a mercadoria importada a título não definitivo, no momento em
que é submetida a despacho aduaneiro de admissão a um regime especial.

04 - (TTN/1997-Área Aduana) Para se configurar o fato gerador do


imposto de importação e o momento de sua ocorrência, para fins de
cálculo do imposto, são condições cumulativas
a) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o seu
licenciamento pelo órgão competente.
b) a entrada da mercadoria estrangeira nos recintos alfandegados de zona
primária e o seu registro no manifesto de carga do veículo transportador.
c) a chegada do veículo transportador ao porto, aeroporto ou ponto de fronteira
alfandegado e a entrega dos documentos relativos à importação na repartição
aduaneira jurisdicionante.
d) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o registro no
SISCOMEX da declaração de importação para consumo.
e) a entrada de mercadoria estrangeira na zona primária dos portos, aeroportos
e pontos de fronteira alfandegados e o registro da mercadoria para qualquer
regime aduaneiro especial.

05 - (AFTN/1989) No caso de falta de mercadoria constante de


documento de carga ou equivalente, apurada pela autoridade
aduaneira, considera-se ocorrido o fato gerador:
a) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data do lançamento
do crédito tributário correspondente;
b) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data da entrada do
veículo transportador no território aduaneiro;
c) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que o fato
foi comunicado à repartição fiscal;
d) na data em que a autoridade aduaneira tenha iniciado a apuração do fato,
ficando a mercadoria sujeita aos tributos então vigentes;
e) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que tenha
ocorrido o primeiro registro de declaração de importação de mercadoria
desembarcada do mesmo veículo transportador.

06 - (AFTN/1991) Para efeito de cálculo do imposto de importação,


considera- se ocorrido o fato gerador na data:
a) da entrada da mercadoria estrangeira ou desnacionalizada no território
aduaneiro;
b) da numeração, pela repartição da Secretaria da Receita Federal, da
Declaração de Importação de mercadoria despachada para consumo;
c) da apuração da falta da mercadoria constante do Manifesto de Carga, ou
documento equivalente, apurada pela autoridade aduaneira;
d) do lançamento do imposto, quando se tratar de mercadoria contida em
remessa postal internacional ou conduzida por viajante, se aplicado ao caso o
regime de importação comum;
e) da vistoria aduaneira que verificar ocorrência de falta de mercadoria,
mediante o confronto do manifesto com os registros de descarga.
DOS CONCURSOS

07 - (AFTN/1996) O momento de incidência do imposto de importação


sobre uma mercadoria estrangeira associa-se à(ao):
a) entrada da mercadoria no território nacional por via aérea, terrestre ou
marítima;
b) registro da declaração de importação;
c) emissão do conhecimento de embarque;
d) liquidação do contrato de câmbio;
e) expedição da licença de importação.

08 - (AFRF/2002-2) A importação de mercadoria estrangeira idêntica,


em igual quantidade e valor, e que se destine à reposição de outra
anteriormente importada que se tenha revelado, após o despacho
aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava,
desde que satisfeitas as condições estabelecidas pelo Ministro da
Fazenda, configura relativamente ao imposto de importação uma
hipótese de
a) isenção condicionada.
b) regime suspensivo até o implemento das condições.
c) não incidência.
d) reimportação com não ocorrência do fato gerador.
e) isenção de natureza objetiva.

09 - (AFTN/março de 1994) O imposto de importação não incide sobre


a) I - mercadoria estrangeira que, corretamente declarada, chegar ao País com
erro no manifesto e que, sendo comprovado, seja redestinada ao exterior,
II - mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se
destine a substituir outra anteriormente importada que se tenha revelado, após
o despacho aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava,
a critério do Ministério da Fazenda;
III - mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de apreensão na zona
secundária aduaneira.
b) I - mercadoria nacional ou nacionalizada, reimportada, quando
descumpridas as condições do regime de exportação temporária;
II - mercadoria estrangeira similar, em igual quantidade e valor, e que se
destine à reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado,
após o despacho aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se
destinava, desde que satisfeitas as condições estabelecidas pelo Ministro da
Fazenda;
III - mercadoria desnacionalizada que retorne ao País desde que tenha sido
exportada a título definitivo.
c) I - mercadoria estrangeira que, corretamente manifestada, chegar ao País
por erro evidente ou comprovado de expedição e que for reexportada para
outro país;
II - mercadoria estrangeira idêntica ou similar, em igual quantidade e valor, e
que se destine à reposição de outra anteriormente importada que se tenha
revelado, após a descarga, defeituosa ou imprestável para o fim a que se
destinava, desde que satisfeitas as condições estabelecidas pelo Ministro da
Fazenda;
III - mercadoria estrangeira, apreendida ou abandonada, que tenha sido objeto
de alienação ou qualquer outra destinação pelo poder público.
d) I - mercadoria estrangeira que, corretamente declarada, chegar ao País por
erro manifesto ou comprovado de expedição e que for redestinada para o
exterior,
II - mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se
destine a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado,
após o despacho aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se
destinava, desde que satisfeitas as condições estabelecidas pelo Ministro da
Fazenda;
III - mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento.
e) I - mercadoria desnacionalizada, que corretamente declarada chegar ao País
com defeito técnico que exija sua devolução para reparo ou substituição;
II - mercadoria estrangeira idêntica ou similar, em igual quantidade ou valor, e
que se destine a reposição de outra anteriormente importada, que se tenha
revelado, após a conferência aduaneira, defeituosa, imprestável ou obsoleta
para o fim a que se destinava, desde que o importador assine termo de
responsabilidade se comprometendo a reembarcá-la para o exterior;
III - mercadoria estrangeira ingressada no País em regime exonerativo de
tributação.

10 - (TRF/2003) Não haverá incidência do imposto de importação nas


seguintes situações, exceto:
a) devolução de dois aparelhos de ultrassonografia nacionalizados, por motivo
de defeito técnico e que retornaram ao País para substituição.
b) retorno ao País de veículo de fabricação nacional, adquirido no mercado
interno, por empresa nacional de engenharia e exportado para execução de
obra contratada no exterior.
c) retorno ao Brasil de peças de artesanato, sob a alegação de que não
correspondia à amostra apresentada ao importador estrangeiro pelo
representante da cooperativa de artesãos.
d) retorno ao País de produtos nacionais, enviados em consignação e não
vendidos, imediatamente após o término do prazo autorizado.
e) redestinação ou devolução para o exterior de mercadoria estrangeira,
corretamente descrita e cujo erro de expedição foi comprovado.

11 - (TRF/2002-1) Caso se trate de mercadoria constante de manifesto


ou documento equivalente, cuja falta for apurada pela autoridade
aduaneira, reputar-se-á como ocorrido o fato gerador:
a) no dia do registro do manifesto.
b) no dia do lançamento do crédito tributário.
c) no dia do registro da declaração de importação.
d) no primeiro dia útil do mês subseqüente à apuração da falta.
e) no dia da atracação do veículo transportador.

12 - (TTN/1998) Para efeito de cálculo do imposto de importação,


considera-se ocorrido o fato gerador (adaptada)
a) na data do registro da declaração de importação para admissão nos regimes
aduaneiros especiais, exceto o de drawback.
b) na data da entrada da mercadoria no território nacional, assim considerada a
da descarga dos volumes para os recintos alfandegados de zona primária.
c) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar de mercadoria constante
de manifesto ou documento equivalente, cuja falta for verificada pela
autoridade aduaneira.
d) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar da entrada regular no
território aduaneiro de mercadoria contida em remessa postal à qual tenha sido
aplicado o regime de exportação temporária.
e) na data do registro da declaração de importação de mercadoria constante de
manifesto ou documento equivalente cuja falta for apurada pela autoridade
aduaneira em ato de revisão.

13 - (Inédita) Considerando que o imposto de importação incide sobre


mercadoria estrangeira, avalie as afirmações abaixo. Atribua V para a
verdadeira e F para a falsa. Em seguida, marque a opção que contenha
a sequência correta.
( ) Não serão considerados estrangeiros, para os fins de incidência do imposto,
os equipamentos, as máquinas, os veículos, os aparelhos e os instrumentos,
bem como as partes, as peças, os acessórios e os componentes, de fabricação
nacional, adquiridos no mercado interno pelas empresas nacionais de
engenharia, e exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na
hipótese de retornarem ao País.
( ) Não incide o imposto de importação sobre a mercadoria que,
corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao país por erro
inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida
para o exterior.
( ) O imposto não incide sobre mercadoria estrangeira extraviada.
a)V, V, V b) F, V, V c) F, F, V d) V, F, F e) F, V, F

14 - (Inédita) Considerando o tema fato gerador, avalie as afirmações


abaixo. Atribua V para a verdadeira e F para a falsa. Em seguida,
marque a opção que contenha a sequência correta.
( ) O fato gerador do imposto de importação é o registro da DI para consumo.
( ) O fato gerador presumido da legislação aduaneira aplica-se às mercadorias
avariadas e às extraviadas.
( ) As diferenças percentuais de mercadoria a granel, apuradas na verificação
da mercadoria, no curso do despacho aduaneiro, não serão consideradas para
efeitos de exigência do imposto até o limite de cinco por cento,
a) V, V, V b) F, V, V c) V, F, V d) F, F, V e) F, F, F

15 - (TRF/2000) O consignatário de mercadoria submetida ao regime


de entreposto aduaneiro na importação: (adaptada)
a) é contribuinte do imposto de importação porque reveste a qualidade de
importador ao promover a entrada da mercadoria estrangeira no território
aduaneiro
b) é contribuinte do imposto de importação ao nacionalizar a mercadoria e
promover o despacho aduaneiro para consumo em seu nome
c) é contribuinte do imposto de importação porque tem relação pessoal e direta
com o procedimento de admissão de mercadoria no regime
d) é contribuinte do IPI no momento do desembaraço aduaneiro para admissão
no regime
e) é responsável pelo pagamento do imposto de importação apenas nas
hipóteses de extravio ou falta de mercadoria admitida no regime e declarada
abandonada pela ultrapassagem do prazo de entrepostamento

16 - (AFTN/1989) Contribuinte do imposto de importação é:


(adaptada)
a) o importador ou quem a lei a ele equipara, bem como o adquirente de bens
apreendidos ou abandonados aos quais tenha sido aplicada a pena de
perdimento, e ainda o adquirente de bens entrepostados;
b) a pessoa em nome da qual é feito o contrato de câmbio, se operação cambial
houver e, em caso contrário, aquela em nome da qual é emitida a fatura
comercial, salvo se existir consignatário diferente do importador, na licença de
importação, hipótese em que o consignatário será o titular do despacho
aduaneiro para consumo;
c) o importador, assim considerado qualquer pessoa que promova a entrada de
mercadoria estrangeira no território nacional, bem como o adquirente de
mercadoria entrepostada e o destinatário de remessa postal internacional
indicado pelo respectivo remetente;
d) a pessoa que apresentar à repartição fiscal a Declaração de Importação e
aquela que receber remessa postal internacional, bem como o adquirente de
mercadoria entrepostada e o adquirente, em licitação, de mercadoria
estrangeira;
e) o detentor da mercadoria estrangeira em território nacional no momento da
ocorrência do fato gerador, ou a qualquer tempo, quando em situação irregular,
bem como o adquirente de mercadoria estrangeira entrepostada ou de
mercadoria apreendida ou abandonada, em relação à qual tenha sido aplicada a
pena de perdimento.

17 - (ATRFB/2012) Sobre o Imposto de Importação, é incorreto


afirmar que:
a) o imposto não incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de
passagem, acidentalmente destruída.
b) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na
data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a
despacho para consumo.
c) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na
data do registro da declaração de importação, inclusive no caso de despacho
para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributação e de
mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante,
sujeita ao regime de importação comum.
d) são contribuintes do imposto o importador, assim considerada qualquer
pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no Território
Nacional, o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo
respectivo remetente e o adquirente de mercadoria entrepostada.
e) o representante, no País, do transportador estrangeiro é responsável
subsidiário pelo imposto.

18 - (AFTN/1994) É contribuinte do imposto de importação:


a) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no
território nacional, bem como o destinatário de remessa postal internacional
indicado pelo respectivo remetente, conforme estabeleçam os atos
internacionais pertinentes;
b) o permissionário de entreposto aduaneiro relativamente às mercadorias
estrangeiras depositadas;
c) qualquer pessoa que tenha relação com a entrada de mercadoria estrangeira
no território nacional, inclusive o transportador e o depositário, mesmo que a
mercadoria se destine a permanecer no país apenas por um tempo
determinado;
d) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira para
consumo no território nacional, bem como o transportador de mercadoria
procedente do exterior em percurso interno, sob controle aduaneiro;
e) o importador e o adquirente ou cessionário de mercadoria estrangeira
beneficiada com isenção ou redução do imposto vinculada à qualidade do
importador.

19 - (AFRF/2002-1) O expedidor, o operador de transporte multimodal


ou qualquer subcontratado para a realização do transporte multimodal:
a) são responsáveis solidários, perante a Fazenda Nacional, pelo crédito
tributário exigível.
b) são responsáveis, por designação expressa, perante a Fazenda Nacional,
pelo crédito tributário exigível.
c) na qualidade de sujeitos passivos por sujeição direta, respondem perante a
Fazenda Nacional proporcionalmente ao crédito tributário exigível.
d) são contribuintes substitutos perante a Fazenda Nacional, respondendo
proporcionalmente pelo crédito tributário exigível.
e) são responsáveis solidários perante a Fazenda Nacional e nessa qualidade
respondem proporcional e equitativamente pelo crédito tributário exigível.

20 - (TTN/1997-Área Aduana) O depositário incumbido da custódia de


mercadoria de terceiros sob controle aduaneiro nos armazéns de zona
primária ou secundária:
a) é responsável pelo imposto de importação e multas cabíveis relativamente às
mercadorias sob sua guarda;
b) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria
beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à
qualidade do importador;
c) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria
beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à
destinação dos bens;
d) é contribuinte do imposto de importação relativamente às mercadorias a ele
consignadas;
e) pode ser contribuinte do imposto de importação desde que providencie o
despacho aduaneiro da mercadoria.

21 - (TTN/1998) É contribuinte do imposto de importação


a) o adquirente, em licitação, de mercadoria estrangeira
b) o estabelecimento que exerce o comércio de produtos importados em relação
ao fato gerador decorrente da saída desses produtos para qualquer fim
c) o importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço
aduaneiro de produto, de procedência estrangeira
d) o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de
mercadoria estrangeira no território nacional
e) qualquer pessoa jurídica de direito público ou privado em relação ao fato
gerador da entrada de mercadoria importada do exterior no estabelecimento,
ainda que se trate de bem destinado a consumo ou a ativo fixo do mesmo

22 - (AFRF/2000) A responsabilidade do Operador de Transporte


Multimodal de cargas, no transporte internacional:
a) perante o contratante, cobre o período compreendido entre o instante do
recebimento da carga e a ocasião de sua entrega ao destinatário, e, perante os
órgãos fazendários, permanece desde a concessão do regime de trânsito
aduaneiro até o momento da entrega da mercadoria ou carga em recinto
alfandegado de destino;
b) com relação ao contratante, inicia-se desde sua inclusão no manifesto do
veículo transportador até a sua descarga no local alfandegado de destino e,
perante os órgãos fazendários, permanece desde a autorização para embarque
no veículo até sua descarga no recinto alfandegado de destino;
c) perante o contratante, cobre o período compreendido entre o instante da
colocação da carga a bordo do veículo e a ocasião da sua chegada ao destino,
e, perante os órgãos fazendários, desde o recebimento da carga na origem até
o seu desembaraço aduaneiro;
d) relativamente ao contratante do transporte, inicia-se com a entrega da carga
no local de origem e cessa quando da chegada do veículo ao local de destino e,
relativamente à Alfândega, inicia-se desde o recebimento dos documentos
relativos à carga até o desembaraço aduaneiro na importação ou averbação de
embarque na exportação;
e) perante o contratante na importação, inicia-se desde a disponibilização da
carga pelo importador na condição FOB até a entrega do conhecimento de
transporte à autoridade do local de descarga para instruir o despacho aduaneiro
e, no tocante aos tributos, inicia-se desde a lavratura do Termo de Visita
Aduaneira até o desembaraço aduaneiro da carga.

23 - (AFRF/2002-1) Transporte multimodal de cargas é aquele que,


regido por:
a) dois ou mais contratos, utiliza duas ou mais modalidades de transporte,
desde a origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de
um Operador de Transporte Multimodal;
b) um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a
origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade de mais de um
Operador de Transporte Multimodal;
c) dois ou mais contratos, utiliza uma única modalidade de transporte, desde a
origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de um
Operador de Transporte Multimodal;
d) um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a
origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de um
Operador de Transporte Multimodal;
e) um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a
origem até o porto de descarga no destino, e é executado sob a
responsabilidade única de mais de um Operador de Transporte Multimodal.

24 - (TRF/2002-2) Observe os quadros abaixo e relacione cada uma


das alíneas do primeiro quadro com as do segundo, (adaptada)
Atente para a possibilidade de haver mais de uma vinculação possível,
isto é, mais de uma alínea pode estar vinculada a um numeral.
v) Qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira
no território nacional.
w) O adquirente ou cessionário de mercadoria importada beneficiada
com isenção ou redução do imposto.
x) O destinatário de remessa postal internacional.
y) O adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de
importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa
jurídica importadora.
z) O transportador que der causa a falta de mercadoria importada.
1 - Contribuinte.
2 - Responsável.
3 - Responsável solidário.
A opção que contém as vinculações corretas é:
a) v l w3 x l y3 z2;
b) v2 w2 x l y2 z3;
c) v3 w3 x2 y3 z l ;
d) v l w2 x3 y2 z3;
e) v3 w3 x2 y l z2.

25 - (TRF/2002-2) A responsabilidade tributária pelas faltas ou


extravios de volumes ou de mercadorias importadas pode ser do
transportador ou do depositário, conforme normas contidas:
a) nos Incoterms;
b) no Direito Comercial;
c) nos acordos internacionais de transporte;
d) na legislação tributária;
e) nos contratos de transporte internacional e de armazenagem da carga.

26- (Ajudante de Despachante Aduaneiro / 2012 - ESAF) Sobre o


imposto de importação, analise as proposições abaixo e assinale a
opção correta.
a) O adquirente de mercadoria entrepostada é contribuinte do imposto de
importação.
b) O transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou
sob controle aduaneiro, é responsável solidário pelo imposto de importação.
c) O depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de
mercadoria sob controle aduaneiro, é contribuinte do imposto de importação.
d) O destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo
remetente é responsável solidário pelo imposto de importação.
e) O expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer
subcontratado para a realização do transporte multimodal são contribuintes do
imposto de importação.

27 - (Inédita) Em relação ao tema sujeito passivo do imposto de


importação, marque a alternativa correta:
a) O destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo
remetente é responsável solidário com o remetente pelo imposto.
b) O adquirente de mercadoria entrepostada é responsável solidário com o
importador pelo pagamento do imposto.
c) O transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou
sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno, é contribuinte do
imposto.
d) O depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de
mercadoria sob controle aduaneiro, é contribuinte do imposto.
e) O encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedência
estrangeira de pessoa jurídica importadora é responsável solidário pelo
imposto.

GABARITOS

01 - A incorreta 15 - B
02 - E 16 - C
03 - D 17 - E
04 - D 18 - A
05 - A 19 - A
06 - B 20 - A
07 - B 21 - D
08 - C 22 - A
09 - D 23 - D
10 - B 24 - A
11 - B 25 - D
12 - C 26 - A
13 - E 27 - E
14 - E

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