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CENFIM – Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

Módulo A2
Empregabilidade: Mudanças profissionais e mercado

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1. Alterações no mercado de trabalho

MUDANÇAS MUDANÇAS NO
TECNOLÓGICAS ESTILO DE VIDA

MUDANÇAS
MUDANÇAS
DEMOGRÁFICAS
SOCIAIS

MUDANÇAS MUDANÇAS
CULTURAIS POLÍTICAS

MUDANÇAS NA
MUDANÇAS
ESTRUTURA
ECONÓMICAS
FAMILIAR

1.1. Mercado de trabalho

 Entrada das mulheres no mercado  Rotação profissional;


de trabalho;  Grande desenvolvimento
 A globalização e a concorrência; tecnológico;
 A dependência da economia  As novas tecnologias de
internacional; informação e comunicação;
 Maior mobilidade profissional;  Valorização de trabalhos mais
 Flexibilidade nos horários; qualificados;
 Polivalência nas tarefas e funções;  Aposta na formação e qualificações
 Flexibilidade na forma da relação e profissionais;
local de trabalho;

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 Enriquecimento do posto de  Requalificação profissional;
trabalho;  Aumento da economia paralela;
 Novas formas de gestão do trabalho  Diminuição de trabalhadores nos
e dos recursos humanos; sectores primários e secundários;
 Significativo aumento do sector
 Livre circulação de pessoas e bens
terciário;
 Aumento do emprego precário;
 Alargamento da idade de reforma ;
 Diferenças salariais: salários muito
 Preocupação pela higiene e
elevados e baixos salários;
segurança no trabalho;
 Maior igualdade de oportunidades
 Exigência de novas competências
(mas ainda por concretizar);
dos trabalhadores: espírito de
 Surgiram novos empregos e foram
cooperação, trabalho em grupo,
extintos outros;
autonomia e responsabilidade
 Alteração dos processos e
individual.
conteúdos do trabalho;
1.2 Novas formas de organização do trabalho

 trabalho a tempo parcial;


 trabalho temporário;
 trabalho a termo;
 trabalho por conta própria;
 trabalho ao domicílio, o teletrabalho.

“ Os novos empregos são muito diferentes dos antigos e o problema é que a


adaptação a esses empregos pede competências que não são detidas precisamente
pelas pessoas que mais provavelmente perderão os seus empregos.
Os constrangimentos socioeconómicos e as mudanças constantes originaram uma
instabilidade no mercado de emprego o que deu lugar ao aumento do desemprego e
do emprego precário, que afecta sobretudo os mais jovens, e o aumento do
desemprego entre os jovens colocou em causa o ajustamento entre a formação obtida
e as competências requeridas pelo mercado de emprego”
(Azevedo et al. 2000:21).

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O trabalho é mais complexo e global, mais variado e criativo,


exigindo mais qualificações escolares e profissionais.

 ATIVIDADE 1: INTRODUÇÃO

As inovações tecnológicas em grande escala e a mundialização da economia têm contribuído


para desvalorizar o trabalho de alguns sectores da mão-de-obra dos países desenvolvidos.
Esse trabalho (ligado, geralmente, à produção em série) pode ser confiado a computadores e a
robots ou pode ser realizado noutros países do mundo, onde a mão-de-obra é mais barata.
Alguns autores falam hoje na Revolução da Inteligência, devido à crescente importância que
está a assumir o conhecimento na economia e na sociedade. A par dos recursos clássicos,
trabalho e capital, os economistas acrescentam hoje o termo informação e conhecimento.

1. Consegue recordar-se de alguma profissão que fosse bastante comum há uns anos,
mas que hoje em dia já não exista? Como explica esse facto?

2. Entretanto surgiram novas profissões. Quais?

3. Consegue lembrar-se de alguma profissão que seja bastante comum hoje em dia,
mas que já não será necessária dentro de vinte anos? Justifique a resposta.

 ATIVIDADE 2: TRABALHO, EMPREGO, EMPREGABILIDADE

A noção de trabalho
Na nossa sociedade, o termo trabalho parece ter um significado perfeitamente inequívoco.
Refere-se a um empreendimento especializado, claramente demarcado em relação a outras
actividades no espaço e no tempo. Trabalho é uma actividade que se exerce num escritório,
num mercado ou numa fábrica - em qualquer sítio... Em segundo lugar ocorre durante
períodos de tempo - «das nove às cinco», «o turno da noite», etc.- que estão assim bem
separados dos outros períodos de tempo. Mas embora o significado desta palavra pareça à
primeira vista perfeitamente claro, existem, de facto, certos problemas e contradições no
modo como o utilizamos. Assim, consideramos que uma pessoa que dispende uma

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considerável energia física no tratamento do seu jardim ou na decoração de uma sala não está
a trabalhar. Nas estatísticas oficiais, o trabalho doméstico não é, normalmente, considerado
como «trabalho», embora as actividades de dona de casa possam ser mais extenuantes que as
do marido no seu emprego. Também na nossa sociedade, um artista ou atleta podem
considerar que trabalham quando desenvolvem as actividades que os outros acham que não
são mais do que tempo livre... É evidente que o trabalho não é a mesma coisa que esforço
físico ou dispêndio de energia. O que constitui ou não trabalho é definido socialmente (…)
Adaptado de: P. Worsley (1983). Introdução à Sociologia. Publicações D.Quixote

Relação de emprego
A relação de emprego, também denominada como vínculo laboral, contrato de trabalho e
ainda contrato de emprego é o contrato celebrado entre um empregador e um empregado
visando a prestação continuada, numa carga horária definida, de um serviço, mediante o
pagamento de um salário.
Segundo os legisladores do Direito, a característica essencial da relação de emprego é a
existência da subordinação, segundo a qual o empregado está sujeito às ordens do
empregador, nos limites previstos no contrato e na lei.
Por outro lado, o reconhecimento do vínculo laboral garante ao empregado uma série de
direitos previstos na lei, como por exemplo, as férias, as remunerações correspondentes ao
período de férias e ao natalício (também chamadas de 13º e 14º mês), o aviso prévio, licença
maternidade, entre outros.

Uma questão crucial: a Empregabilidade


O termo empregabilidade remete à capacidade de um profissional estar empregado, mas muito
mais do que isso: à capacidade do profissional de ter a sua carreira protegida dos riscos
inerentes ao mercado de trabalho. Já não há empresas com um futuro garantido; já não há
emprego para a vida, sobretudo no mesmo local; já não há acomodação a um estilo de vida; e
já não existem sucessões monárquicas.
Num mundo globalizado a capacidade de inovação é determinante para o desenvolvimento
social e económico. E a inovação hoje faz-se com um enorme gap de competências: em 2010
estimasse que 80% da tecnologia terá menos de 10 anos, enquanto 80% da força de trabalho
adquiriu as suas qualificações há mais de 10 anos. Neste novo contexto o papel do
professor/investigador, como empreendedor social e criador de capital humano, tem que ser

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relevado. O conhecimento não é estático, mas inclusivo: da educação inicial para a vida, à
aprendizagem flexível ao longo da vida.
Começam então a distinguir-se dois conceitos hoje objecto de grande discussão: a
empregabilidade, que é um conjunto de competências que permitem mais fácil inserção no
trabalho, mesmo que em profissões não relacionadas com a formação específica; e a formação
profissional, mais estreita e sem essa flexibilidade, que prepara apenas para uma profissão. A
diferença essencial é que a empregabilidade não diz respeito a uma formação específica, mas
à aquisição de condições culturais e intelectuais que permitem uma mais fácil adaptação a um
posto de trabalho específico. Em todos os países desenvolvidos, há hoje milhares de
empregados em tarefas que não estamos habituados a considerar como de formação superior
(bancários, gerentes comerciais, administrativos, etc.) e que têm enormes vantagens
competitivas no emprego pela sua qualificação intelectual e cultural e pelas suas
características adquiridas de iniciativa, adaptação, flexibilidade, comunicação, etc.
Os dados portugueses comprovam-no: os licenciados ganham, em média, duas vezes mais do
que os que não possuem formação superior, são menos afectados pelos despedimentos
colectivos e, se no desemprego, conseguem reemprego em metade do tempo médio dos
restantes trabalhadores. Mas o que é importante notar é que, já entre nós, isto não está
directamente relacionado com o emprego na sua área específica.

Perfil profissional
O perfil profissional surge como o instrumento de identificação e conhecimento das
competências pessoais, relacionais, técnicas de uma determinada pessoa no desempenho da
sua actividade profissional. Tem uma dupla utilidade de reconhecimento de saberes para o
técnico e para o empregador.
Com efeito, constatamos que, nos nossos dias, a formação de base é cada vez menos
duradoura; a velocidade com que surgem novas tecnologias e novos perfis de formação
conduz ao aparecimento de uma nova filosofia assente em palavras de ordem como: formar
para o futuro, aprender a aprender, a desaprender e a voltar a aprender, pondo-se agora a
tónica nas competências, nas capacidades e nas atitudes e não tanto na mera habilidade para a
execução de tarefas. Fala-se hoje de sentido de cidadania e responsabilidade, de valores, de
capacidade de reflexão e de diálogo, de sentido crítico. Associa-se, desta maneira, uma
dimensão ética e filosófica – e não apenas técnica – ao desempenho do trabalho. Num mundo
problemático e em constante transformação, o importante é saber equacionar os problemas,

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avaliá-los, compreendê-los e saber viver com eles, ser capaz de negociar e imaginar as
eventuais soluções.

Balanço de Competências
Chegou agora o momento de elaborar o seu perfil profissional, isto é, de realizar uma síntese
dos seus conhecimentos de base, conhecimentos técnicos e aptidões pessoais. Nessa síntese,
tenha sobretudo em consideração os aspectos que considera que o caracterizam como
potencial trabalhador. Para a elaboração do seu perfil profissional tenha também em atenção a
sua formação escolar e profissional, bem como eventuais experiências profissionais.

O MEU PERFIL PROFISSIONAL

 Formação escolar e Profissional


 Experiência Profissional
 Conhecimentos de base e conhecimentos técnicos
 Aptidões Pessoais

 ATIVIDADE 3: DILEMAS

Como proposta final coloca-se este desafio: vamos apresentar alguns dos dilemas que
atualmente as pessoas que estudam ou trabalham poderão ser obrigadas a enfrentar.
Reflicta sobre eles e/ou discuta com os seus colegas/amigos as consequências das possíveis
alternativas em cada uma das situações específicas aqui descritas.

Primeiro dilema
Carlos é um jovem que tem sido sempre um óptimo aluno e cujo sonho é tirar um curso
superior. Durante a sua educação escolar esforçou-se muito para obter bons resultados.
Depois de acabar o ensino secundário, decidiu fazer um estágio de formação numa empresa
para adquirir mais contacto com o trabalho.
A sua experiência de trabalho foi muito interessante. O administrador da empresa gostou tanto
dele que decidiu convidá-lo para trabalhar a título permanente. O emprego é muito atractivo,
o ambiente de trabalho é amigável e o perfil do Carlos adequa-se perfeitamente à empresa.
Para além de um óptimo salário, a empresa oferece-lhe a possibilidade de progredir na
carreira.

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Considerando tudo isto, assim como o facto de que a sua situação financeira como estudante
não iria ser fácil, Carlos está hesitante entre aceitar o emprego (ele sabe como são raras essas
oportunidades hoje em dia, mesmo para aqueles que possuem cursos superiores) ou seguir o
seu sonho inicial de prosseguir os estudos e tirar um curso superior. Trata-se de uma decisão
bastante difícil porque ele e a namorada planeiam casar logo que possível.

Se estivesse no lugar dele, o que faria?


Que argumentos utilizaria se quisesse convencer o Carlos a seguir a sua opção?

Segundo dilema
Cláudia está a acabar a escolaridade obrigatória. Não gosta de estudar e preferia começar a
trabalhar para ficar financeiramente independente dos pais.
Contudo, ela tem o exemplo do irmão, que começou a trabalhar há dois anos, depois de acabar
a escolaridade obrigatória, e que acabou por ter de fazer algo de que não gosta. Tem também
amigos mais velhos que se encontram numa situação semelhante. Nenhum deles está satisfeito
com o seu salário, nem com o tipo de contrato de trabalho que lhe é oferecido pela maioria
dos empregadores. Tratam-se, normalmente, de contratos de trabalho a termo certo (3 ou 4
meses), sem garantia de renovação. Na situação deles, parece ser bastante difícil encontrar um
trabalho que os realize e lhes ofereça alguma estabilidade.
A alternativa que se coloca a Cláudia é a de continuar a estudar durante mais três anos, até
obter uma qualificação profissional e uma certificação. Isso permitir-lhe-ia aumentar as suas
hipóteses de arranjar um emprego melhor. Nesse caso, ela teria de continuar a estudar e de
momento, essa ideia não lhe agrada.

Se fosse a Cláudia, o que faria?


Que problemas envolveriam a escolha e como os conseguiria ultrapassar?

Terceiro dilema
O Sr. Silva tem 42 anos e trabalha na mesma fábrica - indústria automóvel - há cerca de 25
anos. Como não gostava muito da escola, começou a trabalhar muito novo. Faz o mesmo que
o seu pai fazia e sempre gostou muito do seu trabalho. Contudo, há outras coisas que ele
também aprecia, como, por exemplo, fazer reparações domésticas. Esse tem sido um dos seus
passatempos favoritos desde os seus tempos de rapazinho.

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Durante todos estes anos desempenhou sempre a mesma função: operador da linha de
montagem, trabalho em que é considerado um operário muito rápido.
Actualmente atravessa uma fase difícil porque a fábrica onde está empregado foi objecto de
reestruturação. Foram introduzidas novas tecnologias e ele já não faz falta – de ora em diante
as suas funções serão executadas por um computador.
O seu chefe acabou de lhe anunciar que no fim do mês será considerado excedentário e
despedido. Falou-lhe, igualmente, de uma outra fábrica onde poderia trabalhar e onde o seu
posto de trabalho ainda existia e continuaria a existir durante, pelo menos, cerca de dois anos.
Como tem de olhar pela sua família (a mulher e os três filhos dependem inteiramente dele), o
Senhor Silva questiona-se se deverá aceitar a oferta para trabalhar na outra fábrica (durante
mais dois anos) ou começar já a investir na formação para um novo trabalho.
Estas alternativas implicam diferentes problemas e terão sérias consequências na vida do Sr.
Silva.

Tente identificar os problemas e consequências ligados a cada alternativa.

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