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O Centro-cirúrgico (CC) pode ser considerado uma das unidades mais complexas do
hospital, pela constante presença de agente estressores, devido às possibilidades de risco à
saúde que os pacientes estão sujeitos ao serem submetidos à intervenção cirúrgica. Trata-se de
um setor de alto custo, tanto pela construção, que deve ser executada de acordo com normas
técnicas e assépticas. Nele são realizadas técnicas estéreis para garantir a segurança do cliente
quanto ao controle de infecção.
O centro cirúrgico é o local onde se realizam procedimentos cirúrgicos e anestésicos, com
o objetivo de prevenir, curar ou aliviar transtornos no sentido de melhorar a qualidade de vida
do paciente.
Conceitos
Ministério da Saúde – É o conjunto de elementos destinados às atividades cirúrgicas, bem
como a recuperação anestésica e pós operatória imediata.
OBJETIVOS
Sendo um setor de circulação restrita, destacam-se, entre suas finalidades:
➢ Realizar procedimentos cirúrgicos e devolver os pacientes às suas unidades de origem
nas melhores condições possíveis de integridade;
➢ Servir de campo de estágio para a formação, treinamento e desenvolvimento de
recursos humanos;
➢ Servir de local para desenvolver programas e projetos de pesquisa voltados para o
desenvolvimento científico e especialmente para o aprimoramento de novas técnicas
cirúrgicas e assépticas.
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O acesso ao C.C. deve estar interligado de acordo com os profissionais que fazem
parte dele, são eles:
➢ Pacientes: deve ter acesso pela porta/ entrada principal.
➢ Pessoal/equipe: deve ter acesso pela entrada dos vestuários que devem estar
interligadas ao C.C.
➢ Serviço de apoio: devem ter entradas auxiliares para roupas limpas, roupas sujas,
equipamentos, exames, material contaminados.
O acesso no Centro Cirúrgico é divide em áreas, essas áreas são classificadas como:
ÁREA RESTRITA: O profissional deve circular devidamente paramentado: roupa
apropriada, gorro, máscara (Sala de cirurgia e arsenal).
ÁREA SEMI-RESTRITA: O profissional deve estar com a roupa privativa do C.C e é
dispensável a máscara (corredores, copa, secretaria).
ÁREA IRRESTRITA: O profissional circula normalmente com a roupa branca (Vestiário e
corredores externos).
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Sala de estar: Deve ficar localizada próximo aos vestiários e à copa, sempre que possível,
servindo de área de descanso para a equipe do centro cirúrgico.
Área de baldeação ou troca-macas: Localizada à entrada do Centro Cirúrgico, onde se dá a
transferência do paciente da maca em que veio para a maca privativa do centro.
Sala de material cirúrgico ou de estocagem de material esterilizado: Destina-se à
recepção, guarda e redistribuição de todo o material limpo e esterilizado a ser usado no Centro
Cirúrgico.
Lavabos: Destinados à lavagem e anti-sepsia das mãos e ante-braços, antes da operação. Por
isso, devem ser equipados com recipientes para Antissépticos e torneiras que possam ser
manobradas sem o uso das mãos.
Sala de expurgo: Local equipado com tanque para o despejo de sangue, secreções e outros
líquidos provenientes da operação. Na sala de expurgo também de depositam, inicialmente,
instrumentos, roupas usadas e outros materiais, para posterior lavagem. É considerada,
portanto, área suja.
Sala de material de limpeza: Área para a reserva de materiais e de utensílios usados na
limpeza do Centro Cirúrgico.
Sala guarde equipamentos: área usada para guardar aparelhos como os de anestesia, bisturi
elétrico, aspiradores, focos portáteis, suportes de soro, mesas auxiliares e materiais que,
eventualmente, não estejam em uso. O aparelho de raio X móvel poderá também ser guardado
nessa sala, caso não haja local específico para ele.
Rouparia: Local destinado à guarda da roupa limpa não-estéril. Muitas vezes é representada
apenas por um armário.
Posto de enfermagem: Local destinado à chefia e à secretaria, que exercem o controle
administrativo da unidade.
Farmácia: A Farmácia Hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico-científica e
administrativa, onde se desenvolvem atividades ligadas à produção, armazenamento, controle,
dispensação e distribuição de medicamentos e correlatos às unidades hospitalares.
Sala de guarda de materiais estéreis e descartáveis: Local onde se armazenam materiais
descartáveis como seringas e agulhas, equipos de soro, fios de sutura, frasco de soro, entre
outros. Modelo atualizado de farmácia satélite.
Elementos de apoio técnico ADM.: O Centro-cirúrgico conta com o apoio imprescindível de
alguns setores ligados direta ou indiretamente a ele e que deve estar prontamente preparados
para atendê-lo para seu funcionamento, tais como: banco de sangue, raio-x, laboratório e
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anatomia patológica, serviço de engenharia clínica e de manutenção, farmácia, segurança e
secretaria, e agendamento.
Sala DML: Área para a reserva de materiais e de utensílios usados na limpeza do Centro
Cirúrgico.
Portas: As portas das salas de cirurgia devem ser largas para facilitar a passagem de macas e
equipamentos cirúrgicos. Devem possuir metal na altura da maca para evitar seu estrago, ser
lavável. É indicado o uso de portas do tipo vaivém que impeçam o uso das mãos para abrila.
Que tenha visor de separação dos ambientes.
Piso: Deve ser de superfície lisa, não porosa, resistentes a agentes químicos, sem fendas ou
fissuras, realçar a sujeira, não refletir a luz, impermeável.
Paredes: Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável, antiacústico e não refletor
de luz. É proibido o uso de cimento sem nenhum aditivo antiabsorvente para rejunte de peças
cerâmicas ou similares tanto nas paredes quanto nos pisos. Devem ser utilizados cantos
arredondados nas paredes.
Teto: Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não deve ser
poroso, para facilitar a limpeza e impedir a retenção de microorganismos. Deve ser contínuo,
não sendo permitido a utilização de forro falso-removível. É recomendado um espaço útil de
no mínimo 80 cm de altura livre entre a laje do forro e o piso do pavimento superior,
possibilitando assim a instalação de novos equipamentos e a entrada do pessoal do serviço de
manutenção.
Devido ao grande risco de incêndio, pelo elevado número de materiais de fácil
combustão, a sala cirúrgica, além de contar com os equipamentos de combate a incêndio do
centro-cirúrgico (extintores e mangueiras) a sala de cirurgia deve contar com um sistema de
segurança que, através da elevação da temperatura, produz fortes borrifos de água no
ambiente.
AMBIENTES DO C.C.
➢ SALA DE RECEPÇÃO E TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE;
➢ SALA DE GUARDA E PREPARO DE ANESTÉSICO;
➢ SALA PRÉ ANESTÉSICA;
➢ LAVABO (DEGERMAÇÃO DAS MÃOS);
➢ SALAS DE CIRURGIAS (PEQUENA, MÉDIA E GRANDE PORTE);
➢ ÁREA PARA PRESCRIÇÃO MÉDICA;
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➢ POSTO DE ENFERMAGEM;
➢ BANHEIROS E VESTUÁRIOS;
➢ SALA DE REPOUSO DOS PROFISSIONAIS;
➢ SALA DE ESPERA DA FAMÍLIA;
➢ COPA;
➢ SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICO;
➢ SALA PARA GUARDA DE PEÇAS ANATÔMICAS.
LOCALIZAÇÃO
O centro cirúrgico deve estar localizado em área de fácil acesso para pacientes críticos
e próximo às áreas de suporte, (unidades de internação cirúrgica, pronto socorro e UTI).
O local deve ter pouco ruído para reduzir os estímulos sonoros que possam interferir
na concentração da equipe cirúrgica e desencadear estresse do paciente.
O CC deve estar localizado em uma área do hospital que ofereça a segurança
necessária às técnicas assépticas, portanto distante de locais de grande circulação de pessoas,
de ruído e de poeira.
O principal e mais importante aspecto físico a ser considerado na localização do C.C.
não é o seu local, e sim, a circulação geral interna, que deve ser livre para pessoas internas e
totalmente bloqueada para pessoal de fora.
Deve ser independente da circulação geral, com o controle de trânsito de pessoas e
materiais estranhos, pouco de ruído e acesso livre e fácil de pacientes das Unidades de
internação, Pronto Socorro e UTI.
RECURSOS DO C.C.
RECURSOS HUMANOS
O centro cirúrgico é considerado o cume da medicina curativa e seu objetivo principal
é oferecer condições ideais para o perfeito funcionamento técnico e administrativo, para o
atendimento ao paciente.
A operacionalização no C.C. é regida por INSTRUMENTOS
ORGANIZACIONAIS, documentos que norteiam a prática dos profissionais no setor, esses
documentos são O REGIMENTO, O REGULAMENTO, AS NORMAS e AS ROTINAS.
Esses INSTRUMENTOS ORGANIZACIONAIS devem ser pautados nos princípios éticos e
profissionais e devem ter aprovação a nível de gerenciamento do serviço.
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O REGIMENTO: é um ato normativo, de caráter flexível, elaborado pelo coordenador de
enfermagem ou pela coordenação do gerente dos serviços de Enfermagem.
O REGULAMENTO: é um instrumento organizacional embora seja de acesso mais restrito
que os demais, é próprio da direção do serviço e se for um hospital escola ele tem como base
o regimento da universidade.
AS NORMAS: são instrumentos que determinam o que deve ser feito e como deve ser feito
constituindo-se parâmetros para as atividades de enfermagem. As normas do centro cirúrgico
destinam-se ao pessoal que deverá conhecer seu trabalho com detalhes.
AS ROTINAS: são descrições sistemáticas dos passos a serem desenvolvidos para a
realização das ações componentes de uma atividade, ou seja, estabelecem as tarefas de forma
sistemática na seqüência em que devem ser executadas.
Para um bom funcionamento do Centro Cirúrgico, a liderança das chefias é um
requisito indispensável no sentido de dar bom andamento ao funcionamento do setor,
respeitando sempre a hierarquia:
ENFERMEIRO CHEFE – ENFERMEIRO SUPERVISOR – TÉCNICOS DE
ENFERMAGEM – SERVIÇOS GERAIS.
As atividades de Enfermagem estão sujeitas a constantes mudanças pelas novas
descobertas da ciência, a exemplo das cirurgias videolaparoscópicas, em decorrência deste
dinamismo a equipe de enfermagem necessitam constantemente de atualização.
ORGANIZAÇÃO DE PESSOAL
O pessoal que atua na unidade pode ser dividido em 3 equipes: com suas respectivas
funções:
➢ Equipe de anestesia;
➢ Equipe de cirurgia;
➢ Equipe de enfermagem.
Estas três equipes prestam assistência direta através de um trabalho harmonioso, visando a
segurança do paciente e à eficiência do ato cirúrgico.
1º Equipe de anestesia: compõe-se de anestesiologista;
2º Equipe Cirúrgica: formada pelo cirurgião, assistente e instrumentador;
3º Equipe de Enfermagem: composta pelo enfermeiro, técnicos de enfermagem e auxiliares
de enfermagem.
ANESTESISTA: é de sua responsabilidade prescrever a medicação pré anestésica, planejar e
executar a anestesia, bem como controlar o paciente no trans e pós – operatório, até o
restabelecimento de seus reflexos.
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CIRURGIÃO: é da sua competência planejar e executar o ato cirúrgico, comandar e manter a
ordem no campo operatório.
1º ASSISTENTE: é sua função auxiliar no campo operatório e se necessário, substituir o
cirurgião.
INSTRUMENTADOR: é o integrante da equipe que se responsabiliza pelo preparo da mesa,
fornece instrumentais ao cirurgião e assistente, mantém a mesa em ordem desde o inicio até o
termino da cirurgia.
EMFERMEIROS: é o profissional habilitado para coordenar o desenvolvimento do ato
anestésico cirúrgico em todas as suas etapas. Pode ser o chefe do setor, o supervisor
dependendo da organização estrutural adotada.
TECNICO EM ENFERMAGEM: é o profissional habilitado para exercer a maioria das
atividades de enfermagem no Centro Cirúrgico como cuidado direto ao paciente, sendo
subordinado ao enfermeiro. Auxiliar o enfermeiro caso seja necessário;
AUXILIAR DE ENFERMAGEM: Exercer a função de circulante de sala e outras que foram
delegadas pela enfermeira. Revisar e repor diariamente o material da sala cirúrgica.
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➢ Banco giratório;
➢ Balde para lixo com suporte de rodinhas;
➢ Suporte de hamper;
➢ Foco auxiliar;
➢ Escadinha com dois degraus;
➢ Estrado;
➢ Aparelho de anestesia / monitores;
➢ Aspirador portátil;
➢ Eletrotermocauterio (Bisturi Elétrico);
➢ Coxins;
➢ Extensão.
CIRURGIA
Cirurgia (do grego χειρουργική "cheirourgikē" e latim chirurgiae, trabalho manual) é
quando o cirurgião realiza uma intervenção manual ou instrumental no corpo do paciente para
diagnosticar ou tratar doenças ou traumatismo, ou para melhorar a funcionalidade ou
aparência de parte do corpo.
Cirurgia: ramo da medicina que se propõe curar pelas mãos. Do grego: kheirourgia
(kheiros, mão e ergon, obra). O termo cheirourgos é encontrado em autores gregos clássicos
designando não só o médico que tratava doenças com as mãos, como também cozinheiros ou
tocadores de cítara. Esse termo vem sendo modificado através dos tempos: cirurgien, surgien
em francês arcaico e daí surgeon em inglês.
Cirurgia é ciência e arte. Como ciência, tem renovação dinâmica e constante de
preceitos e conceitos em função da sua própria evolução. Como arte exige um aprendizado
manual paciente e bem conduzido. Será aprendida mais facilmente por aqueles que nascem
com vocação e aptidão específicas, como acontece com todas as artes.
Em épocas passadas a cirurgia era considerada o último recurso aplicável a doentes
para os quais não havia mais remédios que lhe restabelecessem a normalidade. Com a
evolução dos conhecimentos, a cirurgia passou a ter lugar no tratamento de algumas doenças.
Hoje exige dos cirurgiões o conhecimento de anatomia e fisiologia, bioquímica, imunologia,
bacteriologia, metabolismo e, obviamente, de técnica cirúrgica.
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Sabe-se que a cirurgia é praticada desde a pré-história, através de procedimentos
de trepanação (operação que consiste em praticar uma abertura em um osso).
No entanto, a cirurgia teve seus primeiros desenvolvimentos científicos no século
XVI, com Ambroise Paré – “o pai da cirurgia moderna”, que, além de esclarecer inúmeras
questões de anatomia, fisiologia e terapêutica, substituiu a cauterização com ferro em brasa
pela ligadura das artérias depois de uma amputação de membro.
Mais tarde, a descoberta da anestesia e a criação da antissepsia marcaram, no final do
século XIX, o início da cirurgia moderna, cuja eficácia aumentou com a transfusão de sangue
e a neurocirurgia, desenvolvidas entre as duas grandes guerras. Nos anos 50, a descoberta dos
antibióticos também garantiu maior eficácia aos procedimentos cirúrgicos.
Atualmente, todos os órgãos são acessíveis à cirurgia e as técnicas recentes (a partir
dos anos 60) de transplantes de órgãos são uma vitória da cirurgia, embora ainda haja
problemas de rejeição.
A incrível aceleração do ciclo moderno nos permite afirmar que 90% dos cientistas
que a espécie humana produziu ainda estão vivos – 90%; dos procedimentos utilizados nas
cirurgias de um modo geral não existiam em 1970, 90% dos remédios de hoje não eram
conhecidos em 1960, ora, é tanta evolução que o homem vivencia que chega a nos angustiar.
E a evolução continua. Já se fala em Nanotecnologia, uso de micro-laparoscopios,
instrumentais do tamanho de 1,75 mm ou menos. A Bioengenharia já tem protótipos de robôs
sendo dirigidos à distancia pelos cirurgiões. O que disto tudo irá ficar só o tempo dirá.
Cirurgia eletiva: Tratamento cirúrgico proposto, mas cuja realização pode aguardar ocasião
mais propícia, ou seja, pode ser programado. Por exemplo: mamoplastia, gastrectomia.
Cirurgia de urgência: Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser realizado
dentro de 24 a 48 horas. Por exemplo: apendicectomia, brida intestinal.
Cirurgia de emergência: Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata por se tratar de
uma situação crítica. Por exemplo: Ferimento por arma de fogo em região pré- cordial,
hematoma subdural.
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CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A FINALIDADE DO TRATAMENTO
CIRÚRGICO
Cirurgia Curativa: Tem por objetivo extirpar ou corrigir a causa da doença, devolvendo a
saúde ao paciente. Para essa finalidade é necessário as vezes a retirada parcial ou total de um
órgão. Este tipo de cirurgia tem uma significação menos otimista quando se trata de câncer,
neste caso, a operação curativa é aquela que permite uma sobrevida de alguns anos.
Cirurgia Paliativa: Tem a finalidade de atenuar ou buscar uma alternativa para aliviar o mal,
mas não cura a doença.
Cirurgia Diagnóstica: Realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da doença.
Cirurgia Reparadora: Reconstitui artificialmente uma parte do corpo lesada por
enfermidade ou traumatismo.
Cirurgia Reconstrutora / cosmética / plástica: Realizada com objetivos estéticos ou
reparadores, para fins de embelezamento.
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estranhos e feridas de origem suja. Por exemplo: cirurgias de reto e ânus com secreção
purulenta.
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Essa terminologia é formada por prefixos, que designam a parte do corpo relacionada
à cirurgia, e por sufixos, que indicam o ato cirúrgico referente. Os principais objetivos da
terminologia cirúrgica são:
➢ Fornecer a definição do termo cirúrgico;
➢ Descrever os tipos de cirurgia;
➢ Facilitar o preparo dos instrumentais e equipamentos cirúrgicos apropriados para cada
tipo de cirurgia.
NOMENCLATURA CIRURGICA
Uma forma de facilitar o atendimento em casos de emergência e proporcionar o acesso
a áreas restritas com maior rapidez e consequentemente diminuir a morbidade e mortalidade
na instituição.
São termos formados por prefixos utilizados no dia-a-dia cirúrgico , indicando o órgão
e o ato cirúrgico a ser realizado.
Algumas palavras já constituem vernáculo técnico, portanto, mais conhecidas,
exemplos:
➢ Adeno – glândula;
➢ Cisto – bexiga;
➢ Cole – vesículas;
➢ Colo – colo;
➢ Colpo – vagina;
➢ Êntero – intestino;
➢ Gastro – estômago;
➢ Hístero – útero;
➢ Nefro – rim;
➢ Oftalmo – olhos;
➢ Oofor – ovários;
➢ Orqui – testículos;
➢ Ósteo – osso;
➢ Oto – ouvido;
➢ Procto – reto;
➢ Rino – nariz;
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➢ Salpinge – trompas;
➢ Tráqueo – traquéia;
➢ Ectomi - remoção de um órgão ou parte dele;
➢ Pexia – fixação de um órgão;
➢ Plastia – alteração de forma de um órgão;
➢ Ráfia – sutura;
➢ Scopia - olhar no interior;
➢ Somia – abertura de uma nova boca;
➢ Tomia – abertura de um órgão;
➢ Apendicectomia – apêndice;
➢ Cistectomia – bexiga;
➢ Colecistectomia – vesícula biliar;
➢ Esplenomegalia – baço;
➢ Hepatomegalia – fígado;
➢ Histerectomia – útero;
➢ Mastectomia – mama;
➢ Nefrectomia – rim;
➢ Pneumectomia – pulmão.
➢ Artromia – articulação;
➢ Duodenotomia – duodeno;
➢ Laparotomia – cavidade abdominal;
➢ Toracotomia – parede torácica.
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➢ Nefrostomia – colocação de sonda no rim para drenagem de urina.
➢ Adeno = glândula;
➢ Blefaro = pálpebra;
➢ Cisto = bexiga;
➢ Cole = vesícula;
➢ Colo = colon;
➢ Colpo = vagina
➢ Entero = intestino delgado;
➢ Gastro = estômago;
➢ Histero = útero;
➢ Nefro = rim;
➢ Oftalmo = olho;
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➢ Ooforo = ovário;
➢ Orqui = testículo;
➢ Osteo = osso;
➢ Oto = ouvido;
➢ Proto = reto;
➢ Rino = nariz;
➢ Salpingo = trompa;
➢ Traqueo = traqueia.
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Diérese: São os instrumentos utlizados para realização de cortes e incisões, como bisturis e
tesouras. São utilizados em diversos tipos de cirugias, tanto gerais como especiais.
Hemostasia: Por hemostasia entende-se o estancamento de sangue em vasos sanguíneos
expostos. Para essa função, são empregadas pinças, com uma infinidade de tamanhos e
nomenclaturas, não raro emprestadas dos seus inventores, como as pinças Rochester e Kelly.
As pinças para hemostasia podem ser classificadas como traumáticas e atraumáticas e pela sua
natureza ou duração, podendo ser temporária ou definitiva; corretiva ou preventiva.
De preensão: Nessa categoria, encontram-se as pinças destinadas a segurar ou manter
suspensos órgãos e vísceras. Como exemplos desse tipo de instrumento temos as pinças de
Allis, para preensão de intestinos; de Backaus ou as de Kocher, para preensão aponeurótica.
De separação: Sua função, como o próprio nome já sugere, é proporcionar melhor
visibilidade às reentrâncias onde se realizam as cirugias. São divididos em dinâmicos e
autoestáticos.
De síntese: Empregados para suturas, são as agulhas destinadas a dar pontos, grampos e
adesivos dermatológicos para recuperação de ferimentos.
De campo: São as pinças utilizadas para delimitar a área em que será realizada uma cirurgia,
compostos por equipamentos para laparoscopia e aspirador ou irrigador para manter “limpa” a
região a ser operada, livre de fluidos orgânicos.
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➢ Transportar o paciente à RPA ou à sua unidade de origem de acordo com a rotina do
CC.
ASSEPSIA CIRÚRGICA
Todo suprimento cirúrgico, como instrumentos, agulhas, luvas, campos e soluções que
entram em contato com a ferida cirúrgica devem ser esterilizados.
A assepsia cirúrgica previne contra infecção dos sítios cirúrgicos.
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No Brasil, as soluções degermantes anti-sépticas usadas para degermação das mãos
são:
➢ Solução detergente de polivinil-pirrolidona - iodo a 10% (PVPI) com 1% de iodo ativo
(possui 4 horas de ação residual);
➢ Solução de detergente de clorexidina a 4%, contendo 4% de álcool etílico (possui ação
residual de 6-8 horas), no caso de alergia ao iodo.
➢ Cabelos e cabeça cobertos com gorro;
➢ Máscara sobre nariz e boca;
➢ Utilizar capotes e luvas esterilizadas.
➢ Os capotes da equipe cirúrgica são considerados estéreis na frente do tórax até o nível
do campo esterilizado.
➢ As mangas são consideradas esterilizadas a partir de 5 cm do cotovelo até a borda
elástica;
➢ Depois de uma embalagem aberta as bordas são consideradas não estéreis;
➢ Pele do paciente deve ser limpa, recebendo a aplicação de um agente antimicrobiano;
➢ Remoção do pêlo imediatamente antes do procedimento para minimizar os riscos de
infecção;
➢ Cobrir o corpo do paciente com campos esterilizados, que devem colocados o mais
próximo possível da sua utilização;
➢ Todo material em contato com a ferida cirúrgica deve se manter esterilizado.
➢ Fluxo de ar laminar é desejado para cirurgias com mais possibilidade de infecção
como a de transplante de órgãos;
Restringir movimentos e pessoas na sala de cirurgia.
MÉTODOS
A escolha do método para eliminação ou inativação dos microrganismos das mãos
depende da flora em que se quer atuar e da situação em particular.
A flora residente não é facilmente removível por lavação e escovação mas pode ser
inativada por anti-sépticos.
A flora transitória por sua vez é facilmente removível pela limpeza com água e sabão ou
destruída pela aplicação de anti-sépticos
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A lavagem básica das mãos tem seu objetivo, a remoção da maioria da flora transitória
bem como de sujidades de células descamadas, oleosidades, suor, pelos e alguns
microrganismos.
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A anti-sepsia das mãos é feita em locais apropriado como lavabo que necessita de
técnicas adequada.
Em procedimentos que não precise de efeitos residual de anti-sépticos pode-se optar
pela lavagem das mãos com água e sabão seguida de anti-sépticos, exemplo: no preparo de
dieta, na instalação de diálise, na instrumentação de sondagem de orifício natural, em
punções, após tarefas de laboratórios, antes e após curativos.
A escolha entre lavagem simples das mãos, uso de anti-sépticos e seguida de anti-
séptico deve basear-se no grau de contaminação, no procedimento a ser realizado e na
importância de reduzir-se a flora transitória e/ou residente. O anti-séptico de escolha deve ser
aquele que melhor se adeque aos parâmetros de ação sobre a microbiota em questão,
tolerância do profissional e custo.
Os anti-sépticos mais indicados são: álcool glicerinado a 2%, PVPI e clorexidina.
MATERIAL NECESSÁRIO
➢ Água em pia com acionamento de pé, cotovelo ou joelho;
➢ Dispensador de sabão líquido e anti-séptico;
➢ Porta toalha com toalha descartável;
➢ Escova individual e estéreis;
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➢ Compressas estéreis;
➢ Solução alcoólicas (anti-séptico).
PROCEDIMENTO
1. Abra a escova deixando próximo;
2. Abra a torneira e molhe mãos e antebraços e cotovelo;
3. Faça a lavagem simples das mãos, antebraço e cotovelo;
4. Coloque o anti-séptico e espalhe nas mãos e antebraços;
5. Peque a escova esterilizada e escove as unhas, dedos, mãos e antebraços, nesta ordem
sem retorno, por cinco minutos, mantendo as mãos em altura superior aos cotovelos;
6. Use para antebraços o lado da escova não utilizado para as unhas (no caso da escova
ter um só lado, use duas escovas);
7. Detenha-se particularmente, nos sulcos, pregas e espaços interdigitais, articulações e
extremidades dos dedos com movimentos de fricções;
8. Enxágue os dedos, depois as mãos, deixando que a água caia por último nos
antebraços que devem estar afastados do tronco, de forma que a água escorra para os
cotovelos e mantendo as mãos em planos mais elevado;
9. Coloque uma luva química nas mão e antebraços usando a solução adequada;
10. Enxugue as mãos com compressas estéreis, seguindo uma lógica, dedos, mãos, punho,
antebraço e cotovelo, segue o mesmo no outro braço virando o lado da compressa,
logo em seguida despreza a compressa.
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA:
É o vestuário especifico de acordo com os procedimentos realizado no Centro
Cirúrgico. Tradicionalmente, inclui o uniforme privativo (calça e blusa), propé ou sapato
privativo, gorro, máscara, avental cirúrgico e luva cirúrgica.
Ressalta que a utilização do uniforme privativo deve ser restrita ao ambiente do Centro
Cirúrgico, com o objetivo de proteção dos profissionais envolvidos no cuidado ao paciente em
tal unidade critica. As roupas da rua nunca devem ser usadas em áreas semi-restritas ou
restritas do centro cirúrgico.
Deve haver um ponto de demarcação entre as áreas de circulação sem restrição e semi-
restritas que ninguém pode ir, a menos que esteja adequadamente paramentado, sendo que
este deve incluir gorro ou capuz, propés e máscara facial.
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OBJETIVOS DO UNIFORME:
Uma forma de facilitar o atendimento em casos de emergência e proporcionar o acesso a áreas
restritas com maior rapidez e consequentemente diminuir a morbidade e mortalidade na
instituição.
TEMPOS CIRURGICOS
De modo geral, as intervenções cirúrgicas são realizadas em quatro fases ou tempos
básicos e fundamentais: diérese, hemostasia, exérese e síntese.
1º TEMPO – DIÉRESE: é o rompimento da continuidade dos tecidos, ou planos anatômicos,
para atingir uma região ou órgão. Pode ser classificada em mecânica ou física. A diérese
mecânica possui alguns tipos, dentre eles estão:
Punção: realizada através da introdução de uma agulha ou trocarte nos tecidos, sem, contudo,
seccioná-los, com várias finalidades como drenagem de coleção líquida das cavidades ou do
interior dos órgãos, colheita de fragmentos de tecidos e de líquidos para exame diagnóstico,
injeção de contraste e medicamentos.
Secção: consiste na segmentação dos tecidos com o uso de material cortante, como tesouras,
serras, lâminas ou bisturi elétrico
Divulsão: realizada através do afastamento dos tecidos nos planos anatômicos com tesouras
de bordas rombas, tentacânulas ou afastadores.
Curetagem: consiste na raspagem de superfície de um órgão com auxílio de cureta.
Dilatação: realizada com a finalidade de aumentar a luz de um órgão tubular. Já a diérese
física pode ser classificada em:
Térmica: realizada com o uso de calor, cuja fonte é a energia elétrica, por intermédio do
bisturi elétrico.
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Urgência: hemostasia realizada quase sempre em condições não favoráveis e com material
muitas vezes improvisado, como, por exemplo, compressão digital.
Curativa: consiste na hemostasia realizada durante a intervenção cirúrgica e pode ser
medicamentosa (drogas que diminuem o sangramento por vasoconstrição), mecânica
(compressão e esponjas sintéticas), física (bisturi) ou biológica (absorventes).
4º TEMPO – SÍNTESE: É a união de tecidos, que será mais perfeita quanto mais anatômica
for a separação, para facilitar o processo de cicatrização e restabelecer a continuidade tecidual
por primeira intenção. Pode ser realizada da seguinte forma:
Cruenta: a união de tecidos é realizada por meio de instrumentos apropriados com agulhas de
sutura e fios cirúrgicos permanentes ou removíveis.
Incruenta: consiste na aproximação dos tecidos com auxílio de gesso, adesivos
(esparadrapos) ou ataduras.
Completa: a união ou aproximação dos tecidos, realizada em toda a extensa da incisão
cirúrgica.
Incompleta: consiste na aproximação incompleta em toda a extensão da ferida em
conseqüência da colocação de dreno em determinado local da incisão cirúrgica.
Imediata: ocorre imediatamente após a segmentação deles por traumatismos.
Mediata: consiste na união dos tecidos após algum tempo depois do rompimento da
continuidade ou contiguidade deles.
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2ª Etapa – Delimitação da área operatória: para delimitar a área operatória, usa-se campo
esterilizado, preso com pinças Backhaus. Esta pinça é a única que ao encaminhar o CME
permanece fechado.
3ª Etapa- Incisão cirúrgica: usa-se o bisturi com lâmina apoiada com pinça de dissecção com
dente.
4ª Etapa: HEMOSTASIA: após o corte ou incisão, é realizado a hemostasia com auxilio de
pinças (Kelly, Crille, Kocher, Halstead, etc.).
5ª Etapa: ABERTURA DA CAVIDADE: principal tempo, ocorre isolamento, secção e
revisão do órgão. São usados instrumentos especiais de acordo com o tipo de cirurgia e/ou
especialidade.
6ª Etapa – SUTURA DA INCISÃO: é o fechamento da incisão por planos, em ordem:
músculos, tecido subcutâneo e por ultimo a pele, é usado porta-agulha com agulha e fio
montado. Após a sintese da sequência a confecção do curativo.
25
Instrumentos da Síntese: São instrumentos utilizados para sutura da ferida operatória e
incluem os porta agulhas, os fios e as agulhas e a tesoura reta para cortar os fios cirúrgicos.
As agulhas: podem ser retas ou curvas.
Fios de sutura: São de natureza variada, classificados em absorvíveis e inabsorvível. Os fios
de sutura têm como finalidade, ligar os vasos sangüíneos para impedir o sangramento e
suturar os tecidos orgânicos, objetivando aproximar abertura da cirurgia.
Fios absorvíveis: São aqueles que sofrem ação enzimática do organismo e são absorvidos
depois de algum tempo.Dividem-se conforme sua origem, em naturais e artificiais.
Naturais: são de origem animal. Temos o categut e o fiagut.
Artificiais: são de origem sintética. Temos os de ácido poligliálico.
Categut - Este tipo de fio é fabricado a partir de fitas de tecido colágeno, extraído da serosa
da primeira porção do intestino delgado do carneiro. Pode ser:
Categut simples – sua absorção total se dá do 15 ° ao 18° dia.
Categut cromado – esse fio é impregnado por sal de cromo e sua absorção depende da
quantidade de sal.
Levemente cromado – absorvido de 10 a 20 dias.
Meio cromado – absorvido de 20 a 30 dias.
Fortemente cromado – absorvido de 30 a 40 dias.
Tanto simples como o cromado pode ser sertix (montado com agulha de ponta) ou
disposto sob forma de rolo.
Fitagut – Este fio tem origem no intestino delgado de animais bovinos sadios. É usado
sempre que se necessita de um suporte para uma grande superfície.
Diâmetro: A numeração varia de 0 a 7 (são os mais finos) e de 1 a 2 (são os mais grossos).
26
➢ Verificar se o paciente trouxe os exames;
➢ Anexar os exames no prontuário;
➢ Aferir SSVV e registrar;
➢ Encaminhar para banho de aspersão sem ou com auxilio;
➢ Colocar camisola, toca e propés;
➢ Retirar próteses dentário, esmalte nas unhas e jóias, e batom;
➢ Medicar pré anestésico CPM;
➢ Observar nível de consciência;
➢ Se prescrito realizar tricotomia;
➢ Transferir o paciente da maca para a cama ou mesa;
➢ Avaliar estado emocional do paciente e tentar diminuir as ansiedades;
➢ Realizar anotação de enfermagem.
Tipos de Curativos:
O Tipo de curativo a ser realizado varia de acordo com a natureza, a localização e o
tamanho da ferida.
Em alguns casos é necessária uma compressão, em outros lavagem exaustiva com
solução fisiológica e outros exigem imobilização com ataduras.
27
Nos curativos em orifícios de drenagem de fístulas entéricas a proteção da pele sã em
torno da lesão é o objetivo principal.
Curativo semi-oclusivo: Este tipo de curativo é absorvente, e comumente utilizado em
feridas cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o exsudato e isolando-o da pele
adjacente saudável.
Curativo oclusivo: não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira mecânica,
impede a perda de fluídos, promove isolamento térmico, veda a ferida, a fim de impedir
enfisema, e formação de crosta.
Curativo compressivo: Utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, promover a estase e ajudar
na aproximação das extremidades da lesão.
Curativos abertos: São realizados em ferimentos que não há necessidade de serem ocluídos.
Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes pequenos, suturas, escoriações, etc, são
exemplos deste tipo de curativo.
FINALIDADE:
Realizar a limpeza da ferida cirúrgica;
Favorecer a drenagem de exsudato da ferida cirúrgica;
Favorecer a cicatrização da ferida operatória prevenindo a infecção do sítio cirúrgico;
Prevenir complicações como infecção e reações ao fio de sutura.
INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES:
Indicação: Remover os pontos cirúrgicos da ferida operatória sem causar trauma no tecido
recém epitelizado e na pele adjacente.
Contraindicação: Remoção dos pontos cirúrgicos com menos que 7 dias da sutura cirúrgica.
Presença de alterações de coagulação sanguínea (discrasia), que possam oferecer risco de
sangramento ativo.
28
Médico, Enfermeiro
MATERIAL/EQUIPAMENTOS
DESCRIÇÃO TÉCNICA
29
13. Posicionar o paciente adequadamente, expondo apenas a área da ferida operatória;
14. Abrir o material a ser utilizado no carro de curativos ou superfície fixa com técnica
asséptica;
15. Retirar o curativo anterior (se houver);
16. Observar a ferida operatória, identificando a presença de áreas com afastamento de
bordas, exsudato, sinais flogísticos e pontos inclusos;
17. Realizar limpeza da ferida operatória com auxilio de uma pinça cirúrgica utilizando gaze
estéril embebida com SF0,9% ou clorexidina; ou calçar luva estéril e com a mão dominante
fazer uma trouxa com gaze estéril. Repetir este procedimento quantas vezes for necessário;
18. Retirar com gaze estéril seca o excesso de SF0,9% ou clorexidina da ferida operatória;
19. Manter uma gaze próxima a ferida operatória para a identificação dos pontos cirúrgicos
removidos;
20. Utilizando a pinça anatômica, e em sua ausência, a luva estéril, tracionar firmemente o
local de cruzamento do fio de sutura no primeiro ponto cirúrgico para inserir a ponta distal da
pinça ou da lâmina de bisturi na extensão do fio de sutura acima do nível da pele;
21. Cortar o fio de sutura unilateral com ponta romba da tesoura curva da lâmina de bisturi,
com o corte da lâmina voltado para cima, cortar logo abaixo do cruzamento do fio e tracioná-
lo;
22. Retirar o ponto cirúrgico com o auxílio da pinça;
23. Colocar os pontos cirúrgicos retirados sobre a gaze;
24. Após a remoção dos pontos da ferida operatória, realizar novamente limpeza local com
gaze estéril embebida com soro fisiológico a 0,9% ou clorexidina;
25. Retirar com gaze seca o excesso de soro fisiológico a 0,9% ou clorexidina;
26. Reposicionar e manter o paciente confortável;
27. Manter a organização da unidade do paciente;
28. Desprezar o material utilizado nos locais apropriados;
29. Realizar higienização das mãos com água e sabão;
30. Realizar o registro do procedimento no prontuário do paciente.
OBSERVAÇÕES:
Com relação aos tipos e tamanhos de lâminas cirúrgicas, observar o tipo de fio de
sutura, a incisão e o local.
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Deve-se compreender que as menores lâminas de bisturi apresentam ponta mais
afiladas, recomendadas para pequenas feridas operatórias.
Em geral para uma ferida operatória suficientemente cicatrizada, os fios de suturas são
removidos entre 7 a 10 dias de pós-operatório. Porém não é conveniente fixar prazos exatos,
uma vez que o processo de cicatrização tem influência de vários fatores como nutrição,
obesidade, oxigenação, diabetes, infecção, uso de corticosteroides, quimioterápicos
antineoplásicos e radiação.
Caso, durante a retirada de pontos ocorrer deiscência cirúrgica, recomenda-se
interromper o procedimento, proteger a área com curativo compressivo embebido em soro
fisiológico a 0,9% , fazer um curativo compressivo e contatar imediatamente o médico.
Sutura descontínua ou com pontos separados: Quando cada ponto do fio de sutura
corresponde a um nó, não há continuidade entre os pontos da ferida operatória.
Técnica de pontos simples interrompidos (sutura com ponto simples): Após o passo nº
25, alternar a retirada e manutenção do ponto cirúrgico ao longo da extensão da ferida
operatória e seguir os passos de nos. 26 a 30.
Técnica de pontos simples contínuos (sutura contínua tipo chuleio simples): Corte o
lado oposto do nó numa das extremidades distais da ferida operatória.
Em seguida, na outra extremidade da ferida operatória, corte o fio de sutura, logo após
o nó do ponto cirúrgico. Tracionar a o fio de sutura em direção oposta à pele do paciente, até a
saída total do fio de sutura.
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ANESTESIA
O QUE SE AVALIA
FORMAS DE AVALIAÇÃO
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ASA I – Nenhuma evidencia de distúrbio fisiológico, bioquímico ou psiquiátrico; o processo
patológico que necessita de cirurgia não é sistêmico. Braz e Castiglia (2000, p16) = paciente
sadio.
ASA 2 – presença de distúrbio sistêmico de grau leve ou moderado, resultante ou do
problema que requer a cirurgia ou de outros processos.
ASA 3 - presença de doença sistêmica graves.
ASA 4 – Presença de doenças sistêmicas graves com padrões já instalados de insuficiência e
que constituem ameaça a vida, não sendo, necessariamente, corrigidas com cirurgia.
ASA 5 – classificação para pacientes moribundos com probabilidade mínima de
sobrevivência. Braz e Castiglia (2000, p16).
ASA 6 - paciente com morte cerebral declarada cujos órgãos estão sendo removidos para
doação.
ASPECTOS DA AVALIAÇÃO
➢ Idade;
➢ Estado geral de consciência, nutricional e emocional;
➢ Deformidades ou limitações físicas;
➢ Histórico de doenças ou complicações anteriores;
➢ Obesidade: Obesidade IMC entre 26 e 29 estaria com excesso de peso; maior que 30
seriam obeso; acima obesidade mórbida.
No caso deste últimos tem-se alteração fisiológicas severas: pulmonares, cardíacas,
doenças associadas, acúmulo de tecido adiposo em determinadas regiões dificulta a intubação,
punções, etc.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
➢ Angina instável;
➢ Pacientes com Infarto do Miocárdio; não devem ser submetidos a cirurgia eletiva nos
6 meses;
➢ No caso de hipertensão não controlada, aumenta a flutuações da PA e de FC, com
risco de isquemia miocárdica ou acidente vascular cerebral;
SISTEMA RESPIRATÓRIO
➢ Acúmulo de secreções (atelectesias, pneumonias) e por espasmo brônquico e
bronquite podem levar a insuficiência respiratória;
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➢ A anestesia e a cirurgia vão diminuir os mecanismos de defesa orgânica e alterar a
dinâmica pulmonar;
➢ As cirurgias superiores e abdominais induzem mais as alterações;
➢ A posição supina e anestesia geral reduzem a capacidade residual funcional e
contribuem para o fechamento das VA;
➢ Tabagismo;
➢ Asma, doença obstrutiva crônica;
➢ Infecção do trato respiratório alto.
SISTEMA DIGESTIVO
SISTEMA URINÁRIO
SISTEMA NERVOSO
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➢ Aliviar a dor;
➢ Bloquear a consciência;
➢ Monitorizar o organismo;
➢ Manter as funções vitais principalmente a respiração;
➢ Manter a estabilidade cardíaca e vascular;
➢ Prover reposição de líquidos (soroterapia) e de sangue (transfusão);
➢ Manter a temperatura corporal;
➢ Diagnosticar problemas que podem acontecer durante a realização do procedimento e
tratar sempre que necessário.
ANESTESTESIA LOCAL
Esta anestesia é empregada para procedimentos menores nos quais o local cirúrgico é
infiltrado com um anestésico local como lidocaína ou bupivacaína. Este tipo de anestesia não
envolve perda da consciência e depressão das funções vitais, produzindo perda da
sensibilidade temporária, causada pela inibição da condução nervosa.
ANESTESIA REGIONAL
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Na epidural o anestésico é administrado no espaço peridural. Neste caso não há
perfuração da duramater e nem perda liquórica. O bloqueio segmentar é produzido nas fibras
sensoriais, espinhais e também nas fibras nervosas, podendo ser parcialmente bloqueadas.
Na raquianestesia é geralmente administrada ao nível da coluna lombar, obtida pelo
bloqueio dos nervos espinhais do espaço subaracnóide. O anestésico é depositado junto ao
líquor, ocorrendo perfuração da duramater.
As diferenças entre raqui e peridural, são as quantidades totais de anestésicos, o local
onde cada anestésico é administrado e o tipo de agulha utilizada.
CATETER EPIDURAL
A analgesia epidural é administração de fármacos, analgésicos / anestésicos, e que tem
por fim o tratamento da dor.
ANESTESIA GERAL
Esse tipo de anestesia é administrado em cirurgias de grande porte.
Cabeça, pescoço abdome superior, entre elas: Gastroplastia, Gastrectomia, Enterectomia,
Abdominoplastia, Mamoplastia, Crianças.
A anestesia geral é obtida pela combinação de quatro elementos: hipnose, analgesia,
relaxamento muscular e bloqueio das respostas reflexas do organismo ao estresse e ao trauma
cirúrgico.
Um dos objetivos fundamentais da anestesia geral é conferir ao paciente um estado de
inconsciência de instalação suave e rápida, de maneira adequada, durante o tempo necessário
e, a seguir, permitir uma recuperação rápida da consciência.
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Esse preparo exige tempo. Os equipamentos hoje utilizados para a realização da
anestesia são complexos e sofisticados.
Durante a cirurgia vários monitores e aparelhos eletrônicos são utilizados: o aparelho
de anestesia, máquina de uso específico pelo anestesiologista; monitores como o aparelho de
pressão (mede a pressão arterial); o estetoscópio (serve para auscultar as batidas do coração e
os sons dos pulmões); eletrocardiógrafo (faz eletrocardiograma de forma contínua); oxímetro
de pulso (mede a oxigenação do sangue); capnógrafo (mede a eliminação de gás carbônico
pelos pulmões), termômetros (para verificar a temperatura corporal); analisadores de gases
(para medir a concentração de anestésicos inalados).
VANTAGENS DA INTUBAÇÃO
➢ Vias aéreas livres e desobstruídas;
➢ Redução do espaço morto;
➢ Diminuição do esforço respiratório;
➢ Não aspiração de corpos estranhos;
➢ Possibilidade de aspiração;
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➢ Instalação de respiração artificial;
➢ Controle da pressão intrapulmonar;
➢ Prevenção de espasmos laríngeos;
➢ Maior êxito no caso de ressuscitação cardiopulmonar.
EXTUBAÇÃO
➢ Avaliar a respiração espontânea do paciente;
➢ Realizar uma boa oxigenação do paciente;
➢ Antes da extubação aspirar secreções;
➢ Retira-se a fixação do tubo;
➢ Desinsufla o balonete;
➢ Paciente deve respirar profundo;
➢ Tracionar a cânula ao final da inspiração –(favorecer a abertura das cordas vocais
evitando seu trauma).
COMPLICAÇÕES
Comumente são decorrentes do traumas e pressão:
Manobras da intubação: (traumatismos de dentes, língua, gengiva e lábios); faringite,
laringites, bronquites, etc.
Pressão do balonete sobre a traquéia (isquemia, necrose, estenose traqueal)
ORIENTAÇÕES GERAIS
➢ Não beba ou coma coisa alguma pelo menos oito horas antes da operação. = Jejum;
➢ Diga ao Anestesiologista os nomes de todos os remédios que você toma ou tomou
regularmente; em especial enumere aqueles a que você tem ALERGIA.
➢ Você deve remover de sua boca quaisquer trabalhos dentários como dentaduras, pivôs,
pontes, piercing.
➢ Não use cosméticos ou produtos de beleza no dia da operação, deixe-os em sua casa;
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➢ Não leve para o hospital e muito menos para a Sala de Operações, jóias pessoais como
anéis, pulseiras, relógios de pulso, brincos, como também piercing, grampos de
cabelo, perucas, cílios postiços e outros objetos desnecessários;
➢ Não mastigue chicletes ou goma de mascar antes da cirurgia, porque isso provoca
aumento de ar e de sucos no estômago, possibilitando maior incidência de vômitos
durante e após a anestesia;
➢ Não deixe de tomar os medicamentos que faz uso regularmente, a não ser por
orientação expressa do seu médico assistente ou do médico anestesiologista;
➢ Leve todos os exames, bem como a ficha de seu convênio autorizada.
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➢ Aparelho de PA não invasivo;
➢ Iluminação indireta;
➢ Material básico para higiene e conforto do paciente;
➢ Material de urgência, preferencialmente um “carrinho de emergência”;
➢ Medicamentos como analgésico e antitérmicos;
➢ Materiais descartáveis para uso nos procedimentos de enfermagem;
➢ Bandejas montadas: traqueostomia, dissecção venosa, curativos, passagem de
intracath, drenagens, cateterização e outros.
A SRPA deve ser silenciosa e seguir os mesmos parâmetros das salas de cirurgia, quanto a
paredes e pisos, e a temperatura ideal deve ser em torno de 20 a 22ºC, ter boa ventilação e
possuir luz própria.
Ao receber o paciente na SRPA, o auxiliar ou técnico de enfermagem deve acompanhar e
observar o seguinte:
➢ Diagnósticos médicos e tipo de cirurgia realizada;
➢ Histórico médico pregresso e alergias;
➢ Verificar a cirurgia realizada e a equipe que atuou;
➢ Idade e condição geral do paciente;
➢ Permeabilidade das vias aéreas;
➢ Anestésico e outros medicamentos empregados durante o procedimento;
➢ Quaisquer problemas que tenham ocorrido na sala de cirurgia que poderiam
influenciar o cuidado;
➢ Informações específicas sobre as quais o cirurgião ou anestesiologista desejam ser
notificados;
➢ Patologia encontrada;
➢ Líquidos administrados, perda sangüínea estimada e líquidos de reposição;
➢ Verificar nível de consciência;
➢ SSVV, = Avaliação dos sinais vitais de 15/15 minutos na primeira hora e 30 minutos
nas duas horas subsequentes. Depois disso, caso se mantenham estáveis, serão
verificados a cada 4 horas durante as primeiras 24 horas;
➢ Local de incisão cirúrgica;
➢ Tipo de curativo e aspecto;
➢ Locais de dreno e condições dele;
➢ Acesso venoso e tipo de medicamentos infundido;
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➢ Verificar sondas e drenos;
➢ Controlar diurese;
➢ Anotar as intercorrências;
➢ Seguir a prescrição e orientação do anestesista.
O paciente permanece na SRPA até passar o efeito anestésico, ou parte dele, de acordo
com a evolução de seu quadro e avaliação do anestesiologista. Cada hospital tem sua rotina
própria para liberação do paciente da SRPA, fazendo uso de anotações em impressos próprios
da SRPA ou mesmo na folha de anotação de enfermagem.
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➢ Cianose dos lábios, gengivas e língua;
➢ Pulso rápido, fraco e filiforme;
➢ Pressão arterial baixa e urina concentrada;
➢ Hipotermia e tremores pós-operatórios;
➢ Sangramentos e drenos;
ATENÇÃO!
Toda e qualquer intercorrência deve estar bem anotada, e comunicar imediatamente ao
anestesista, para avaliar o paciente e tomar as medidas necessárias.
ESCALA DE ALDRETE-KROULIK
A utilização de pontos de uma tabela para avaliar o estado físico do paciente teve sua
origem em 1953, quando Apgar começou a avaliar recém-nascidos e criou a sua sistemática.
Em 1970, Aldrete e Kroulik propuseram um sistema numérico de avaliação pós-
anestésica permitindo uma coleta de dados com critério definido realizada pela enfermeira da
SRPA.
A partir de então, muitas Salas de Recuperação Pós Anestésicas incorporaram esse
sistema de avaliação numérica no exame inicial de admissão do paciente na SRPA e em
intervalos regulares até o momento da alta, sendo o mais utilizado atualmente.
O sistema de Aldrete–Kroulik permite avaliação dos seguintes parâmetros: atividade
do paciente, respiração, circulação, consciência e saturação de oxigênio. Atribui-se uma
pontuação que varia de 0 a 2 para cada parâmetro, na qual o 0 indica condições de maior
gravidade, o 1 corresponde a um nível intermediário e o 2 representa a melhor função.
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➢ Cânula endotraqueal;
Aumento da secreção na arvore brônquica = AS complicações mais comuns são:
➢ Hipoventilação;
➢ obstruçãoVAS;
➢ broncoespasmo;
➢ pneumotórax;
➢ hemotórax;
➢ hipoxemia.
COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS:
AS ALTERAÇÕES DIGESTIVAS DURANTE A ANESTESIA INCLUEM:
43
➢ Acidose Metabólica, / Alcalose Metabólica;
➢ Acidose Respiratória / Alcalose. Respiratória.
ALTA DA SRPA:
O paciente permanece na SRPA até passar o efeito anestésico, ou parte dele, de acordo
com a evolução de seu quadro e avaliação do anestesiologista.
Só deve liberar o paciente da SRPA prescrita pelo anestesista; deve ser anotado o
horário de saída do paciente, bem como as condições em que ele se encontra, e também para
quem está sendo entregue.
Cada hospital tem sua rotina própria para liberação do paciente da SRPA, fazendo uso
de anotações em impressos próprios da SRPA ou mesmo na folha de anotação de
enfermagem. Independentemente do local, os critérios de avaliação são os seguintes:
➢ Atividade muscular;
➢ Respiração;
44
➢ Circulação;
➢ Consciência;
➢ Coloração da pele.
Pontos importantes
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➢ Avaliação do paciente no momento da recepção e comparação com os dados obtidos
no histórico do paciente pré-cirúrgico;
➢ Avaliação do local da incisão quanto a sinais de hemorragia visível;
➢ Aplicação imediata dos índices de Aldrete e Kroulik ou Stward (bromage ou Saraiva);
➢ Atenção para o relato cirúrgico quanto a complicações intra-operatórias;
➢ Controle rigoroso dos sinais vitais e da dor;
➢ Controle rigoroso dos débitos e permeabilidade dos drenos, caso existam;
➢ Controle rigoroso do débito urinário;
➢ Controle da entrada e saída de líquidos no paciente;
➢ Anotar o relato da estada do paciente no prontuário para informação dos profissionais
das unidades.
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Artigos em aço inoxidável, de vidro, de borracha, utilizados na cirurgia recebem
cuidados especiais. O conteúdo do frasco deve ser desprezado em local apropriado.
Os frascos devem ser descartados ou trocados e desinfetados, antes
do uso da próxima cirurgia.
As cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso.
As superfícies dos mobiliários e dos equipamentos existentes na SO devem ser limpas
com solução desinfetante, geralmente o álcool 70%.
Não usar hipoclorito de sódio em superfícies metálicas devido ao risco de corrosão dos
metais.
O chão deve ser limpo usando máquinas lavadoras e extratoras. Como isso nem
sempre é possível, recomenda-se o uso da um pano de chão seco e limpo a cada sala de
operação e para cada limpeza concorrente, e após isso deve ser mandado à lavanderia para ser
processado.
As paredes devem ser limpas somente se houver contaminação direta com material
orgânico (secreção, muco, sangue, etc.), assim com o teto.
A SO pode ser montada para outra cirurgia.
Limpeza terminal: diária e periódica.
A limpeza diária é realizada após a última cirurgia programada do dia. Envolve todos
os procedimentos da limpeza concorrente, acrescentados à limpeza de todos os equipamentos,
acessórios e mobiliários, pisos e paredes da SO.
As portas devem ser limpas diariamente, especialmente o local próximo maçaneta.
O chão deve ser lavado com água e sabão.
As macas e os carros de transporte também devem ser limpos.
Os lavabos devem ser limpos, trocar a solução anti-séptica.
TERMOS:
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Desinfetar: é destruir apenas os germes.
Desinfetante: substância química usada para esterilizar para realizar desinfecção.
Anti-séptico: substância química que impede a proliferação de bactérias.
Anti-sepsia: conjunto de medidas usadas para evitar a atividade e proliferação de
microorganismos.
Bactericidas: agentes que destroem, matam as bactérias.
Bacteriostáticos: agentes que inibem o crescimento das bactérias.
Degermação: é redução ou remoção das bactérias da pele, seja por meio da limpeza química
ou mecânica.
Esterilidade: resultado da esterilização
Viricida: agente que destruí os vírus.
LOCALIZAÇÃO
VANTAGENS:
RECEPÇÃO E EXPURGO: é área que recebe o material “sujo”, vindo do CC e das outras
unidades de interação, com o objetivo de fazer a limpeza, podendo ser por maquinas ou
material. O funcionário deve fazer uso de E.P.I.,bem como touca descartável.
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PREPARO DO MATERIAL: o material, após a lavagem, é passado para essa área para
secagem e preparo do seu acondicionamento, para ser encaminhado à esterilização. Os
pacotes são embalados em material próprio, como: tecido de algodão cru, papel grau cirúrgico
ou caixas metálicas. São identificados por clinica e tipo de procedimento.
ÁREAS DE ESTERILIZAÇÃO: é o local reservado para esterilização propriamente dita do
material, por processo físico ou químico, com o objetivo de destruir todas as formas de vida
microbiana. Esse local conta com equipamentos como as autoclaves a vapor.
ÁREA DE GUARDA E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS: é a área destinada ao
armazenamento/acondicionamento dos materiais que já sofreram o processo de esterilização,
é também a área responsável pela distribuição do material entre as demais unidades.
CRÍTICOS: são os materiais que entram em contato direto com a mucosa íntegra do
paciente. Exemplo: termômetro, endoscópio, material de vídeo. Devem ser desinfetados a alto
nível, ocorrendo a destruição dos germes.
NÃO- CRÍTICOS: são os materiais que entram em contato direto com a pele íntegra.
Exemplo: foco, telefone, mesa cirúrgica, pisos, paredes. Devem ser desinfetados a baixo
nível, inativando algumas formas de germes.
PROCESSO MECÂNICO
Lavar os materiais em maquinas próprias, de acordo com orientação do fabricante.
Material de vídeo:
➢ Colocar as pinças em solução desinfetante, abertas, por 15 minutos;
➢ Lavá-las em água corrente com escova;
➢ Seca-la com compressa.
Material de borracha:
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➢ Colocar as pinças em solução desinfetante, abertas, por 15 minutos;
➢ Lavá-las em água corrente com escova;
➢ Seca-la com compressa.
ESTERILIZAÇÃO
Esterilizar é a processo de destruição de todos os microorganismos patogênicos e não
patogênicos.
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO
➢ Calor úmido – vapor saturado sob pressão (autoclave);
➢ Calor Calor seco – ar quente (estufa);
➢ Físico Radiação Raio gama de cobalto 60;
➢ Óxido de etileno;
➢ Físico- Químico: Peróxido de hidrogênio, Glutaraldeido aquoso a 2%;
➢ Químico Líquidos: Formaldeido aquoso a 10%, Formaldeido alcoólico a 8%.
CONTROLE DE ESTERILIZAÇÃO
50
impermeáveis descartáveis e protetor auditivo, por conta da grande exposição a materiais
biológicos, a produtos químicos e pelo ruído das lavadoras.
Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os EPIs e as vestimentas
utilizadas em suas atividades.
Da área de Preparo e Esterilização (limpa): O funcionário que estiver alocado neste
ambiente deverá dirigir-se ao vestiário desta mesma área, paramentar-se com EPIs
preconizadas para este ambiente: (gorro, máscara, luva de procedimento, sapatos fechados,
luvas de amianto p/ carregamento das autoclaves).
Da área de Armazenamento (arsenal): Por este local ser exclusivo e de acesso restrito, o
funcionário que estiver alocado neste ambiente permanecerá na área de preparo durante sua
jornada de trabalho, somente tendo acesso a esta área nos horário de descarregamento das
autoclaves, guarda e distribuição de materiais. EPIs preconizadas para este ambiente: luvas de
amianto (risco queimaduras), avental de mangas longas e gorro, sapatos fechados.
Observações: A escala dos funcionários será em forma de rodizio de áreas, pré- determinado.
A escolha da utilização de paramentarão restrita ( pijama) será para limitar ou restringir o
acesso livre .
51
➢ 2 COMPRESSAS (P/ SECAR AS MÃOS).
INSTRUMENTOS CIRÚRGICO
Sabemos que a palavra cirurgia significa operação manual, pois deriva do grego cheir
(mão) e ergon (trabalho). É evidente que um ato cirúrgico requer também instrumentos para
aumentar a destreza do operador e possibilitar a realização de manobras impossíveis de serem
executadas apenas com as mãos.
Usamos os termos instrumento para denominar cada peça, em particular; e
instrumental para o conjunto destas peças. O número de instrumentos cirúrgicos é incontável;
ao longo dos tempos os cirurgiões vêm criando e modificando novos elementos, que vão são
incorporados aos já existentes.
Quase sempre levam o nome de seus idealizadores, muitas vezes diferindo apenas em
detalhes muito pequenos. No rotina da clínica cirúrgica veterinária utilizamos um universo
relativamente reduzido, destas peças, se comparado com a diversidade estampada nos
catálogos dos fabricantes. Estes instrumentos são divididos em suas diferentes categorias.
CLASSIFICAÇÃO
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Instrumentais de diérese: Constituído pelos bisturis e tesouras, serras, agulhas, trépano,
ruginas e outros, utilizados nas cirurgias gerais, assim como nas especiais.
Bisturi: é um instrumento cirúrgico, usado para fazer incisões, caracterizado por
possuir uma lâmina muito afiada. Há diversos tamanhos de cabo e tipos de lâminas, para
funções específicas.
Cabos: Os tipos mais comumente utilizados na dierése incisional são os de número 3 e
o 7, sendo este último mais longo e fino. São preparados para receber uma variedade de tipos
de lâminas por meio de sua fenda receptora.
Lâminas: Com relação aos tipos de lâminas podemos citar: lâmina no. 15 é pequena e
utilizada para incisões no mucoperiósteo; no. 10 tem formato semelhante á anterior, porém
um pouco mais longa e utilizada para incisões maiores na pele; no. 11 apresenta ponta bem
mais afiada indicada para pequenas incisões como as de abcessos e por último no. 12 a qual
apresenta ponta curva adequada para procedimentos mucogengivais.
Instrumentais para hemostasia: Esse grupo é constituído por todos aqueles destinados ao
pinçamento de vasos sangrantes. Representados por pinças nas formas retas e curvas, por
exemplo, as pinças Kelly, Halstead, Rochester, preferidas pelo cirurgião devido a
proporcionarem um manuseio mais fácil.
As pinças hemostáticas são usadas em situações que exigem instrumentos mais longos.
As pinças atraumáticas são usadas para hemostasia temporária.
A hemostasia pode ser temporária ou definitiva, preventiva ou corretiva. O método de
hemostasia por pinçamento é cruento e temporário, podendo tranformar-se em definitivo por
ligadura, cauterização ou angiotripsia.
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Em cirurgia vascular, utilizam- se pinças hemostáticas atraumáticas para que não se
produzam danos na parede dos vasos quando aplicados, não favorecendo a trombose. As
atraumáticas mais utilizadas são as de Buldogue e Satinsky.
As pinças hemostáticas traumáticas quando aplicadas são substituídas por ligadura ou
eletrocoagulação, sendo as mais utilizadas: Rochester, Kelly e a longa de Mixter.
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É de fundamental importância que os profissionais de saúde conheçam os termos
cirúrgicos para que não haja nenhum problema na interpretação de prontuários e prescrições
médicas.
As terminologias facilitam, principalmente, o trabalho dos profissionais de saúde que
trabalham: no centro de materiais esterilizados, e Centro Cirúrgico, pois eles podem preparar
os materiais necessários com mais agilidade e facilidade.
Nos setores, para realizar o preparo cirúrgico adequado. Cabe ao pessoal de
enfermagem entender os diversos aspectos que envolvem o procedimento cirúrgico, em
especial a terminologia pertinente.
Essa terminologia é formada por prefixos, que designam a parte do corpo relacionada
à cirurgia, e por sufixos, que indicam o ato cirúrgico referente. Os principais objetivos da
terminologia cirúrgica são:
➢ Fornecer a definição do termo cirúrgico;
➢ Descrever os tipos de cirurgia;
➢ Facilitar o preparo dos instrumentais e equipamentos cirúrgicos apropriados para cada
tipo de cirurgia.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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