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ANO 24 • 1ª QUINZENA • MARÇO DE 2019

PRIVATIZAÇÃO
DA PREVIDÊNCIA folhabancária
www.bancariosdecuritiba.org.br

Reformar para
FOLHA SOCIOECONÔMICA

melhorar
para quem?

Bancos acima de tudo.


Banqueiros acima de todos!
02 FS • Sindicato dos Bancários de Curitiba e região MARÇO • 2019

PREVIDÊNCIA SOCIAL
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SONHO DE BANQUEIROS É PESADELO DE MILHÕES DE BRASILEIROS

Governo FHC (1994-2002)


Emenda Constitucional 20/1998
• Substituição da aposentadoria por tempo de serviço pela aposentadoria por tempo de contribuição;
• Necessidade de 30 anos de contribuição para mulheres e 35 para homens;
• Limite de idade para aposentadoria integral dos servidores públicos (53 anos homens e 48 mulheres);
• Aumento da idade mínima para aposentadoria no setor privado (60 anos homens e 55 mulheres).

Em 1999, FHC instituiu o fator previdenciário: condicionou o valor da aposentadoria à sobrevida do tra-
balhador, dependendo da idade, do tempo de contribuição e da expectativa de vida.

Governo Lula (2003-2010)


Emenda Constitucional 41/2003
• Eliminou o direito dos servidores públicos à integralidade;
• Fim à paridade entre os reajustes dos servidores ativos e dos inativos;
• Teto para o valor dos benefícios para os servidores (novos ingressantes);
• Redutor para o valor das novas pensões;
• Taxação dos servidores inativos e dos pensionistas, com a mesma alíquota dos servidores ativos.
Com a Emenda Constitucional 43/2003, complementar à primeira, algumas mudanças foram flexibilizadas.

Governo Dilma (2011-2016)


Lei 13.183/2015: Regra 85/95 progressiva
• Permite aposentadoria integral (eliminando o fator previdenciário) quando a soma da idade e do tempo
de contribuição atinge a progressão estabelecida ano a ano;
• Impossibilita a desaposentação.
Medida Provisória 672
Vincula todos os benefícios da Previdência Social à política de valorização do salário mínimo.
Desde 2002, o salário mínimo teve aumento real de 77,18%.

Governo Temer (2016-2018)


PEC 241/55: Congelamento dos gastos públicos
• Congela as despesas do Governo Federal, com cifras corrigidas pela inflação, por até 20 anos;
• Prevê que, se o Estado não cumprir o teto de gastos, fica vetado a dar aumento acima da inflação
no salário mínimo e benefícios da Previdência.
Lei 13.467/2017: Reforma Trabalhista
• Institui a modalidade de Trabalho Intermitente, possibilitando que contribuições ao INSS sejam efe-
tuadas tomando-se por base de cálculo valores inferiores ao salário mínimo;
• Segundo estudos, a cada trabalhador que sai de um emprego com carteira assinada e passa a ser
Pessoa Jurídica (PJ), a Previdência Social perde, em média, R$3.727,06 de contribuição anual.

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MARÇO • 2019 Sindicato dos Bancários de Curitiba e região • FS 03

17 motivos que comprovam que a Reforma da Previdência é ruim para


os trabalhadores e ótima para os bancos

1. Homens só se aposentarão aos 65 cio, mas também reduz os valores iniciais pagos. Atu-
anos e mulheres aos 62 anos de idade. Atu- almente, o Benefício de Prestação Continuada (BPC)
almente, pode-se combinar idade e tempo é pago a partir de 65 anos, no valor de um salário mí-
de contribuição. nimo (R$ 998 em 2019). Na proposta, o BPC passaria
2. Para receber o benefício integral, se- a R$ 400 a quem tem 60 anos, chegando ao valor do
rão necessários 40 anos de contribuição ao salário mínimo somente para quem tiver 70 anos.
INSS, o que, na prática, acaba com a apo- 10. A pensão por morte vai diminuir, pois reduz
sentadoria integral. para até 60% o valor que atualmente é de 100%.
3. Os benefícios serão menores, pois o 11. Só terá direito ao PIS quem ganha até 1 salário
cálculo da média salarial levará em conta mínimo, o que exclui 94% dos trabalhadores que re-
100% das contribuições ao INSS. Atualmen- ceberam abono salarial em 2018.
te, só entram na média os 80% maiores sa- 12. Professores do magistério serão prejudicados pela
lários de contribuição, corrigidos pela infla- exigência de idade mínima e tempo de contribuição.
ção, e os 20% menores são descartados. 13. Privilégios continuam, pois até o momento ne-
4. Vai ser necessário trabalhar mais, pois nhum benefício dos militares foi retirado.
o tempo mínimo de contribuição será de 20 14. A proposta cobra um pedágio de 50% sobre o
anos. Atualmente, esse tempo é de 15 anos. tempo que falta para se aposentar dos trabalhadores
5. As mulheres serão as mais prejudica- que estão prestes a conseguir o benefício.
das, uma vez que a proposta despreza a re- 15. Retira temas fundamentais da Constituição e
alidade da dupla ou tripla jornada. joga o detalhamento para Projetos de Leis Comple-
6. A trabalhadora rural perde ainda mais, mentares que serão aprovadas futuramente.
pois a idade mínima de aposentadoria pas- 16. Os pobres pagarão a conta de R$ 1,72 trilhão,
sa para 60 anos. pois o dinheiro sairá no Regime Geral, do abono sala-
7. Acaba com o segurado especial rural e rial e do BPC.
obriga todo o agricultor a pagar INSS por 20 17. Por fim, obriga todos a entrarem no regime de
anos, independentemente de suas condições. Capitalização, acabando com o sistema solidário em
8. Aumenta a cobrança sobre os salários que contribuem trabalhador, empregador e Gover-
dos servidores públicos, com alíquotas que no. Na Capitalização, o trabalhador contribui exclu-
podem ser consideradas confisco de salário. sivamente e receberá o quanto conseguir poupar em
9. Idosos e miseráveis vão ganhar menos, fundo administrado e taxado pelos bancos. Quando a
pois a proposta antecipa a idade de benefí- poupança acabar, acaba a aposentadoria.

FONTE: DEPUTADO FEDERAL BOHN (PT/RS)

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04 FS • Sindicato dos Bancários de Curitiba e região MARÇO • 2019

Se temos problemas na Previdência


Social, é consequência da Reforma
Trabalhista e da Dívida Pública
Os debates sobre a Refor-
ma da Previdência têm dei-
xado de lado temas impor-
tantes: como o montante
do orçamento da União que
é destinado a pagar os juros
da dívida pública (conforme
gráfico ao lado); e também
os motivos da queda na ar-
recadação, sobretudo os
trabalhadores que dificil-
mente conseguem contri-
buir com o INSS.
Sobre esses últimos, vale
lembrar que a Reforma Tra-
balhista criou uma nova
categoria de emprego, que
vem crescendo muito rápi-
do: o “por conta própria”,
que já soma 23,9 milhões
das 92,5 milhões de pesso-
as ocupadas no Brasil. Des-
tes, 19,2 milhões não têm
CNPJ. Sobre os chamados
trabalhadores intermiten-
tes, não é possível saber se
de fato estão trabalhando,
quanto ganham ou como fi-
cam na Previdência (há um
vácuo jurídico).

RESULTADO
SEGURIDADE
SOCIAL
FONTE: ANFIP

O saldo negativo dos últimos anos observados decorre de um cenário em que a economia ficou próxima da estagnação em 2014 e caiu 7,6% pelo biênio seguinte. Com
isso, a arrecadação regrediu. Além disso, as altas taxas de desemprego levaram à queda de arrecadação de impostos vinculados à Seguridade Social.

A Folha Socioeconömica é um informativo produzido pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região • Av. Vicente Machado, 18 - 8º andar • Telefone: (41) 3015-0523 • Fax: (41) 3322-9867 • Presidente: Elias Jordão •
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