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UNIVERSIDADE PAULISTA

ANA CAROLINA TUCUNDUVA

LORENA TAVARES RAMALHO

LUIS FELIPE BORGES GOLDACKER

MATEUS AUGUSTO LIMA SILVA

TATIANE DE SOUSA GOMES

ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS NA ÁREA HOSPITALAR

SANTOS

2016
ANA CAROLINA TUCUNDUVA

LORENA TAVARES RAMALHO

LUIS FELIPE BORGES GOLDACKER

MATEUS AUGUSTO LIMA SILVA

TATIANE DE SOUSA GOMES

ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS NA ÁREA HOSPITALAR

Trabalho apresentado à disciplina de


Atividades Práticas Supervisionadas do 1º
semestre do curso de Farmácia, orientado
pela prof.ª Simone Ternes, na
Universidade Paulista

SANTOS

2016
RESUMO

O Centro de Material e Esterilização (CME) é parte fundamental de suporte à assistência


hospitalar, mas tem sido pouco estudado, em relação às questões de trabalho-saúde. Ele presta
assistência de forma indireta ao cliente, e é considerado o “coração do hospital” porque a
maioria dos procedimentos dos profissionais da área da saúde envolvem formas de
descontaminação dos materiais, desde a limpeza simples com água e sabão até a esterilização

A preocupação deste trabalho é mostrar a importância do controle, da manutenção e da


esterilização dos materiais no monitoramento regular e no registro de testes e da manutenção
das máquinas.

Palavra-chave: esterilização, desinfecção, material hospitalar.


ABSTRACT

The Material and Sterilization Center (WEC) is an essential part of supporting hospital
care, but has been little studied in relation to work-health issues. It provides customer indirect
assistance, and is considered the "heart hospital" because most procedures of health
professionals involve forms of decontamination of materials, from simple cleaning with soap
and water to sterilization

Consern of this paper is to show the importance of control, maintenance and sterilization
of materials in regular monitoring and recording of tests and maintenance of the machines.

Keyword: sterilization, disinfection, hospital supplies.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 7
2. ESTERILIZAÇÃO 8
3. CENTRAL DE MATERIAL DE ESTERILIZAÇÃO 8
4. SELEÇÃO E PREPARO DO MATERIAL PARA ESTERILIZAÇÃO 9
4.1.Artigos críticos 9
4.2. Artigo semi-criticos 9
4.3. Artigos não críticos 9
5. LIMPEZA DE MATERIAIS 10
5.1. Produtos Utilizados para Limpeza 11
5.2. Secagem de Materiais 11
5.3. Limpeza de Artigo em Serviço da Saúde 12
5.4. Limpeza Mecânica de Artigos em Serviço de Saúde 13
5.5. Limpeza Manual e Instrumento Cirúrgico 14
6. DESINFECÇÃO DE ARTIGOS HOSPITALARES 15
6.1. Princípios Ativos Utilizados para Desinfecção ou Esterilização Química 16
6.1.1. Aldeídos 16
6.1.1.1. Glutaraldeidos 16
6.1.1.2. Formaldeídos 17
6.1.1.3. Alcoóis 17
6.1.2. Compostos Inorgânicos Liberadores de Cloro Ativo 18
6.1.2.1. Hipoclorito de Sódio/Cálcio/Lítio 18
6.1.2.2. Hipoclorito de Sódio 18
6.1.2.3. Hipoclorito de Cálcio e Lítio 18
6.1.3. Compostos Orgânicos Liberadores de Cloro Ativo 18
6.1.3.1.Fenólico 19
6.1.3.2. lodo e Derivados 19
6.1.4. Biguanidas 19
6.1.4.1.Quaternário de Amônio 19
6.1.5. Ácido Peracético 19
7. ESTERELIZAÇÃO DE ARTIGOS HOSPITALARES 20
7.1.Métodos Físicos 20
7.1.1. Vapor Saturado sob Pressão (autoclavação) 21
7.1.1.1.Vapor saturado 21
7.1.1.2.Vapor Saturado Seco 21
7.1.1.3.Vapor Saturado Úmido (condensado) 21
7.1.1.4. Vapor Saturado Superaquecido 21
7.1.2. Esterilização por gravidade 22
7.1.3. Esterilização por alto-vácuo 22
7.1.4. Esterilização por vácuo pulsátil 22
7.1.5. Esterilização ultra-rápida 22
7.1.6. Calor seco (Estufas ou Fornos de Pasteur) 23
7.1.7. Radiação 24
7.2.Métodos Químicos 24
7.3. Métodos Físico-Químicos 25
7.3.1. Óxido de etileno (ETO) 25
7.3.2. Peróxido de Hidrogênio 25
7.4.Controle Esterilização 26
7.5.Prazo de Validade da Esterilização 26
8. CONDIÇÕES DE ESTOCAGEM 26
9. TRANSPORTE DE MATERIAL 28
10. CONCLUSÃO 29
REFERENCIAS 30
7

1. INTRODUÇÃO

O aumento de tecnologia na assistência a saúde vem sendo associado ao aumento da


expectativa de vida de indivíduos portadores de patologias mais graves e com maior
comprometimento imunológico o que requer por sua vez maior agressão terapêutica e maior
utilização de procedimentos invasivos. Este fator acarreta riscos reais e potenciais para a
aquisição de infecções.

As falhas no processamento adequado de artigos médico-hospitalares podem, na maior


parte das vezes, influenciar estes riscos ora atuando como fator determinante ora como
colaborador. De qualquer modo artigos de múltiplo uso inadequadamente limpos,
desinfetados ou esterilizados, se tornam fontes de contaminação e transmissão de agentes
infecciosos tanto para pacientes quanto para profissionais.

Os Centros de Material e Esterilização (CME) dos serviços de saúde tem a finalidade de


fornecer artigos médico-hospitalares reprocessados com segurança e garantia de qualidade. A
situação dos processos de trabalho desenvolvidos por estes setores deve ser avaliada
periodicamente e seus protocolos revisados buscando a uniformização de ações que garantam
tal qualidade, segurança e redução de custos dos serviços prestados. Parte fundamental do
sucesso do trabalho de reprocessamento é o envolvimento dos profissionais que participam do
processo por meio de capacitação para aplicação dos protocolos estabelecidos.
8

2. ESTERELIZAÇÃO

Esterilização é o processo que se utiliza de agentes químicos ou físicos para destruir


todas as formas de vida microbiana. Convencionalmente considera-se um artigo estéril
quando a probabilidade de sobrevivência dos microrganismos que os contamina é menor
do que 1: 1.000.000. Esse critério é o principio básico dos testes biológicos usualmente
utilizados para controlar o processo de esterilização. É preciso que se saiba que a
definição dos processos de esterilização inclui parâmetros para esterilização previamente
definidos em condições laboratoriais. Um destes parâmetros é a carga microbiana.

A sobrevivência de microrganismos ao processo de esterilização pode decorrer de


falhas humanas e mecânicas. As principais falhas humanas, além da limpeza deficiente,
são emprego de invólucros inadequados, confecção de pacotes demasiadamente grandes,
posicionamento incorreto na câmara de esterilização, tempo de exposição insuficiente ao
agente esterilizante, entre outras. Apenas o teste biológico negativo não garante a
esterilidade dos artigos.

3. CENTRAL DE MATERIAL DE ESTERILIZAÇÃO

A CME deve estar localizada próxima aos serviços que supre, em local distante da
circulação do público e que seja de uso restrito aos funcionários que atuam na área. As
paredes e pisos devem ser de material resistente, lavável, de fácil limpeza, liso, sem
frestas ou saliências que propiciem o acúmulo de sujidade. As janelas amplas, altas e
teladas. Recomenda-se um sistema adequado de exaustão, ventilação e iluminação.

A disposição dos equipamentos, das pias e das bancadas de trabalho, deve permitir um
fluxo contínuo sem retrocesso e sem cruzamento de material limpo com material
contaminado. As dimensões da CME devem ser proporcionais ao tamanho e
complexidade da unidade de saúde. Deve ser dividida em:

 Área Contaminada – Local destinado a receber os artigos contaminados e a


executar os procedimentos de limpeza e secagem do material.
9

 Área Limpa – Local destinado à execução dos procedimentos de preparo,


acondicionamento, esterilização, armazenamento e distribuição do material.

4. SELEÇÃO E PREPARO DO MATERIAL PARA A ESTERILIZAÇÃO

As medidas relativas à esterilização devem ser compreendidas e implementadas pela


categorização dos graus de risco de aquisição de infecção implicados com o uso destes
artigos pelos pacientes. Possibilita a aplicação correta e mais econômica dos meios de
limpeza, desinfecção e esterilização.

4.1. Artigos Críticos

São todos os artigos que entram em contato com tecidos sub epiteliais, sistema vascular e
em outros tecidos estéreis. Estes artigos devem ser esterilizados.

Ex.:cateteres cardíacos, artigos cirúrgicos.

4.2. Artigos Semi-Criticos

São todos os artigos que entram em contato com a mucosa e pele não intacta. A
desinfecção de alto nível é suficiente.

Ex.: tubo orotraqueal, equipamento respiratório.

4.3. Artigos Não Críticos

São todos os artigos que entram em contato com a pele íntegra. Dependendo da
particularidade do artigo e grau de contaminação, poderá ser apenas lavado com água e
sabão ou receber desinfecção de nível intermediário ou baixo.

Ex.: termômetro, comadres.


10

5. LIMPEZA DE MATERIAIS

Consiste na lavagem, enxágüe e secagem do material. Uma limpeza eficiente consiste na


retirada total de matéria orgânica e pirógenos depositados em diversas partes do material.
Pode ser:

 Manual – Utilizando-se instrumentos simples como escovas, estiletes.


 Mecânica – Utilizando-se outros equipamentos como máquinas lavadoras ou de ultra-
som.

Para a maioria dos artigos, quando utilizamos a limpeza mecânica é necessária uma
inspeção após a lavagem, verificando a presença de resíduos, funcionalidade e deterioração do
material.

Os produtos na linha de limpadores enzimáticos são recomendados como uma opção de


limpeza, facilitam a ação mecânica, reduzindo potencialmente os riscos ocupacionais. Além
de serem excelentes removedores de matéria orgânica, estes limpadores enzimáticos não
causam danos por corrosão aos instrumentais e artigos médicos cirúrgicos, são atóxicos,
biodegradáveis e de fácil manipulação.

É importante frisar que todo processo de desinfecção ou esterilização deve ser precedido
pela limpeza e secagem rigorosas dos artigos, devendo todo artigo sujo com sangue ou
secreções ser considerado contaminado.
A imersão de artigos sujos em soluções germicidas possui limitações; "é desconhecido o
nível de proteção oferecido por este processo, uma vez que todas estas soluções sofrem
redução de atividade, em maior ou menor grau em presença de matéria orgânica. Além desta,
outras desvantagens podem ser citadas, como: o alto custo envolvido, a impregnação da
matéria orgânica nos artigos, a toxicidade dos produtos e o aporte de grandes volumes de
desinfetantes na rede de esgoto, acarretando possíveis danos ambientais."
Falhas na limpeza dos artigos impedem a esterilização, pois sujeira e gordura atuam como
fatores de proteção para os microorganismos, agindo como barreira para o contato com
agentes esterilizantes químicos, físicos ou físico químicos.
A limpeza de artigos deve ser feita preferencialmente por equipamentos que utilizem
processos físicos, como lavadoras termo-desinfetadoras, pois promovem limpeza e descontam
inação simultâneas, reduzindo a manipulação do material contaminado.
11

Detergentes enzimáticos facilitam a ação mecânica, reduzindo potencialmente os riscos


ocupacionais. Agem removendo a matéria orgânica, são atóxicos e biodegradáveis.
Na ausência do detergente enzimático, os instrumentais deverão sofrer exposição à água
morna e corrente. Estes artigos deverão estar preferencialmente em cestos aramados para
minimizar a manipulação do material contaminado e reduzir a produção excessiva de
aerossóis.
Além das lavadoras que utilizam jatos de água quente existem no mercado lavadoras ultra-
sônicas nas quais a ação desencrostante do detergente enzimático é potencializado pelo ultra-
som.
Na impossibilidade de tais processos, efetuar lavagem manual por fricção, auxiliada por
escova ou esponja. Este método deve ser utilizado após a imersão do artigo em
desencrostantes, preferencialmente enzimáticos.
A água que abastece as Centrais de Esterilização deve ter qualidade diferenciada. Para
este setor não basta obedecer padrões de potabilidade, pois muitas vezes a água em uso é
potável, porém está impregnada com metais pesados e cloro, o que acelera a corrosão dos metais.

5.1. Produtos Utilizados para Limpeza

 Detergente enzimático -São detergentes compostos por enzimas, geralmente proteases,


lipases e amilases, que promovem simultaneamente a dispersão, solubilização e
emulsificação, removendo substâncias orgânicas das superfícies dos artigos. São
biodegradáveis, neutros concentrados, não oxidantes, com ação bacteriostática e
portanto não promovem desinfecção.
 Detergente não enzimático (Desencrostante) -Detergente de baixa alcalinidade a base
de tensoativo aniônico ou em associação de tensoativos aniônicos e não iônicos
(nonilfenois), cuja formulação coadjuvante é a base de polifosfato, agente
alcalinizante e agentes antioxidantes.

5.2.Secagem de Materiais

Outro passo importante é a secagem, pois a umidade interfere nos diferentes processos de
esterilização. Para tal processo é recomendável o uso de:
 Secadoras de ar quente ou frio;
12

 Estufas reguladas para este fim;


 Ar comprimido medicinal, principalmente para artigos que possuam lúmen;
 Pano limpo, absorvente e seco.
Após tal processo deverá ocorrer a inspeção rigorosa dos artigos, preferencialmente com
auxílio de lupa, no sentido de detectar presença de oxidações, secreções e umidade. Nesta fase
pode-se utilizar o álcool a 70% com fricção, que acelera a secagem do material.
Objetivando aumentar a vida útil dos instrumentais, principalmente os que possuem
articulações, cremalheiras ou ranhuras, estes devem ser lubrificados com produtos não-
tóxicos, que possuam ação anticorrosiva.

5.3. Limpeza de Artigos em Serviço de Saúde

É a remoção mecânica de sujidade. É executada através de fricção com escovas e uso


de soluções de limpeza. A limpeza de qualquer artigo deve ser feita de maneira rigorosa e
meticulosa.

O objetivo é reduzir a carga microbiana, remover sujidades, remover contaminantes


de natureza orgânica e inorgânica, manter a vida útil do artigo.

Preparação e materiais necessários:

 Local adequado para limpeza de materiais de acordo com a RDC 50/2002 ANVISA ou
outra que a substitua;
 EPI adequado: luva cano longo (tipo nitrílica), avental impermeável de manga longa,
calçados fechados impermeáveis e antiderrapantes, gorro, protetor facial ou máscara
cirúrgica, óculos de proteção e protetor auricular;
 Caixa plástica com tampa ou container rígido com tampa para transporte do artigo
contaminado;
 Soluções enzimáticas diluídas de acordo com recomendações do fabricante.
 Cálice graduado (dosador) • Recipiente plástico com tampa para imersão dos artigos
 Removedor de oxidação e solução lubrificante permeável ao vapor para instrumentais.
 Escovas não abrasivas (cerdas macias) e apropriadas para artigos com ranhuras e de
micro-cirurgia;
 Escovas tubulares para limpeza e revisão da limpeza de artigos canulados/lúmem de
diversos diâmetros;
13

 Tecidos absorventes de cor branca e compressas cirúrgicas limpas;


 Pistola de água/ar para artigos canulados e com cavidade oca;
 Cotonetes;
 Balcões ou bancadas.
 Torneiras com jato de água quente com termostato (regulado entre 40° e 45°C).
 Caixas rígidas para materiais pérfuro-cortantes;
 Lupa articulada de mesa com lente de aumento no mínimo de 4 vezes.

5.4. Limpeza Mecânica de Artigos em Serviço de Saúde

É a remoção mecânica de sujidade. É desenvolvida através de equipamentos tais como


lavadora ultrassônica, lavadoras esterilizadoras, lavadoras desinfetadoras e lavadoras de
descarga.
O objetivo é reduzir a carga microbiana, remover sujidades, remover contaminantes de
natureza orgânica e inorgânica, manter a vida útil do artigo.

Preparação e materiais necessários:


 Local adequado para limpeza de materiais de acordo com a RDC 50/2002 ANVISA ou
outra que a substitua;
 EPI adequado: luva cano longo (tipo nitrílica), avental impermeável de manga longa,
calçados fechados impermeáveis e antiderrapantes, gorro, protetor facial ou máscara
cirúrgica, óculos de proteção e protetor auricular;
 Caixa plástica com tampa ou container rígido com tampa para transporte do artigo
contaminado;
 Soluções enzimáticas diluídas de acordo com recomendações do fabricante.
 Cálice graduado (dosador)
 Recipiente plástico com tampa para imersão dos artigos
 Removedor de oxidação e solução lubrificante permeável ao vapor para instrumentais.
 Escovas não abrasivas (cerdas macias) e apropriadas para artigos com ranhuras e de
micro-cirurgia;
 Escovas tubulares para limpeza e revisão da limpeza de artigos canulados/lúmem de
diversos diâmetros;
14

 Tecidos absorventes de cor branca e compressas cirúrgicas limpas;


 Pistola de água/ar para artigos canulados e com cavidade oca;
 Cotonetes;
 Balcões ou bancadas.
 Torneiras com jato de água quente com termostato (regulado entre 40° e 45°C).
 Caixas rígidas para materiais pérfuro-cortantes
 Lupa articulada de mesa com lente de aumento de no mínimo 4 vezes.

5.5.Limpeza Manual de Instrumental Cirúrgico

É a limpeza de variados materiais que se classificam como artigos críticos e são utilizados
em procedimentos cirúrgicos. O objetivo é reduzir a carga microbiana, remover sujidades,
remover contaminantes de natureza orgânica e inorgânica, manter a vida útil do artigo.

Preparação e materiais necessários:

 Local adequado para limpeza de materiais de acordo com a RDC 50/2002 ANVISA ou
outra que a substitua;
 EPI adequado : luva cano longo (tipo nitrílica), avental impermeável de manga longa,
calçados fechados impermeáveis e antiderrapantes, gorro, protetor facial ou máscara
cirúrgica, óculos de proteção e protetor auricular;
 Caixa plástica com tampa ou container rígido com tampa para transporte do artigo
contaminado;
 Soluções enzimáticas diluídas de acordo com recomendações do fabricante.
 Cálice graduado (dosador)
 Recipiente plástico com tampa para imersão dos artigos
 Removedor de oxidação e solução lubrificante permeável ao vapor para instrumentais
 Escovas não abrasivas (cerdas macias) e apropriadas para artigos com ranhuras e de
micro-cirurgia;
 Tecidos absorventes de cor branca e compressas cirúrgicas limpas;
 Pistola de água/ar para artigos canulados e tubulares;
 Cotonetes;
 Balcões ou bancadas.
 Torneiras com jato de água quente com termostato (regulado entre 40° e 45°C).
 Torneiras com bico de pressão
 Pistolas injetoras de água
 Ar comprimido.
 Caixas rígidas para materiais pérfuro-cortantes
 Lupa articulada de mesa com lente de aumento de no mínimo 4 vezes
15

6. DESINFECÇÃO DE ARTIGOS HOSPITALARES

Este processo se subdivide em 3 níveis:

 Desinfecção de alto nível: destrói todas as bactérias vegetativas, micro bactérias,


fungos, vírus e parte dos esporos. O enxágüe deverá ser feito preferencialmente
com água estéril e manipulação asséptica.
 Desinfecção de nível intermediário: viruscida, bactericida para formas vegetativas,
inclusive contra o bacilo da tuberculose. Não destrói esporos.
 Desinfecção de baixo nível: é capaz de eliminar todas as bactérias na forma
vegetativa, não tem ação contra os esporos, vírus não lipídicos nem contra o bacilo
da tuberculose. Tem ação relativa contra os fungos.

O conhecimento adquirido sobre a transmissão de doenças e o estabelecimento de


precauções básicas fazem com que se considere potencialmente contaminado todo e qualquer
instrumento ou material que tenha tido contato com matéria orgânica, independente do seu
grau de sujidade aparente. A desinfecção de artigos pode ser feita por métodos físicos,
químicos e físico-químicos.

Agentes físicos pode ser feita imersão dos artigos em água a 100°C (ebulição) por 30
minutos. Preferencialmente utilizando sistemas automáticos, lavadoras termo-desinfetadoras,
com programas específicos, validados para cada grupo de artigos.

Já os agentes químicos exigem que todos os artigos estejam criteriosamente limpos e


secos antes de serem completamente imersos em solução desinfetante.

Como o desinfetante age por contato, o artigo deve ser colocado em recipiente
contendo solução suficiente para que tal artigo fique totalmente imerso. Quando o artigo tem
áreas ocas, a solução desinfetante deve preenchê-Ia totalmente.

O recipiente utilizado deve ser preferencialmente de plástico. Caso de metal, este deve
ser forrado com tecido (tipo compressa) para evitar que sua superfície entre em contato com
os instrumentos metálicos, evitando a formação de corrente galvânica e conseqüente desgaste
dos materiais.
16

Após a desinfecção, os artigos devem ser abundantemente enxaguados em água de


qualidade, conforme descrito posteriormente.

6.1. Princípios Ativos Utilizados para Desinfecção ou Esterilização Química

A fim de que os profissionais de saúde possam utilizar os artigos com segurança, a


Portaria 15/8 do MS estabelece os seguintes princípios ativos para os desinfetantes de artigos
hospitalares:

 Aldeídos (Formaldeído / Glutaraldeído) Fenólicos (Fenol Sintético) Quaternário de


Amônio;
 Compostos Orgânicos Liberadores de Cloro Ativo;
 Compostos Inorgânicos Liberadores de Cloro Ativo lodo e Derivados Álcool;
 Glicóis Biguanidas Peróxidos.

6.1.1. Aldeídos

6.1.1.1. Glutaraldeidos

Tem atividade bactericida, viruscida, fungicida e esporicida. A atividade biocida dá-se por
reação química de alquilação, alterando o DNA, RNA e a síntese protéica dos
microorganismos. Quanto aos esporos, age enrijecendo a parede celular. Sua ação dependerá
do tempo de exposição e condições do artigo, que deverá estar limpo e seco para facilitar a
penetração deste agente.

E indicado para desinfecção de alto nível em artigos termossensíveis com tempo de


exposição de 30 minutos em solução a 2%. Também é indicado como esterilizante, com o
tempo de exposição entre 8 e 10h.

O produto sofre alterações em temperaturas superiores a 25°C. A solução deve ser


trocada de acordo com orientação do fabricante, na ocorrência de alteração na cor e presença
de depósitos.
17

É tóxico, não biodegradável, portanto deve ser manipulado em local ventilado e com uso
de EPI. As soluções neutras ou alcalinas possuem ação microbicida e anti corrosiva superiores
quando comparadas às ácidas.

6.1.1.2. Formaldeídos

Tem o mesmo mecanismo de ação semelhante ao do Glutaraldeído. É pouco ativo a


temperaturas inferiores a 20°C, aumentando a atividade em temperaturas superiores a 40°C.
Em processo de desinfecção ou esterilização possui desvantagens, pois tem baixo poder de
penetração, distribuição não uniforme e alta toxicidade que restringem o seu uso.

O tempo de exposição deve. seguir orientações do fabricante: para desinfecção utiliza-se


solução 4% volume-volume (v/v) por trinta minutos. Para esterilização, tanto na solução
alcoólica a 8%, quanto para a solução aquosa a 10%, o tempo mínimo é de 18 horas.

Além da forma líquida, existem os polímeros sólidos do formaldeído, o paraformaldeído,


conhecidos como "pastilhas de formalina". Para se alcançar esterilização deste modo
necessita-se de concentração de 3%, estufa pré aquecida a 50°C, em tempo de 4 horas e
umidade relativa de 100%. Devido à dificuldade técnica de execução do processo em
condições ideais e de sua validação, não deve ser utilizado de rotina.

6.1.1.3. Alcoóis

Agem por desnaturação das proteínas dos microorganismos e sua ação bactericida
aumenta quando hidratado. É tuberculicida, fungicida, viruscida, porém não destroem esporos
bacterianos.

 Álcool isopropílico: tem ação seletiva para vírus, é mais tóxico e com menor poder
germicida que o etílico.
 Álcool etílico (70%): a concentração 7% (v/v) que corresponde a 70% em peso, tem
baixa toxicidade, é indicado para desinfecção de nível intermediário ou médio. Deve
ser utilizado por fricção, em três aplicações, com secagem espontânea e tempo total de
exposição de 10 minutos.
18

6.1.2. Compostos Inorgânicos Liberadores de Cloro Ativo

6.1.2.1. Hipoclorito de Sódio/Cálcio/Lítio

Produto instável, termossensível, fotossensível e inativado rapidamente em presença de


matéria orgânica (sangue, fezes e tecidos), que diminui sua atividade rapidamente em
recipientes claros ou em altas temperaturas. Por ser corrosivo seu uso é contra-indicado em
artigos metálicos. Na forma não diluído o tempo máximo de armazenamento é de seis meses.

6.1.2.2.Hipoclorito de Sódio

São formulações comercializadas na forma líquida. Devem ser utilizados nas seguintes
concentrações e tempo de contato:

 Desinfecção/descontaminação de superfícies;
 Desinfecção de lactários e utensílios de serviço de nutrição e dietética;
 Desinfecção de artigos de inaloterapia e oxigenoterapia não metálicos;
 Desinfecção de artigos semi críticos.

6.1.2.3. Hipoclorito de Cálcio e Lítio

São compostos sólidos comercializados na forma de pó. Os compostos inorgânicos


liberadores de cloro ativo são tóxicos, irritantes de pele, mucosa e árvore respiratória.

6.1.3. Compostos Orgânicos Líberadores de Cloro Ativo

São produzidos somente em forma de pó. Possuem vantagens em relação ao hipoclorito,


tais como: maior atividade microbicida, pH mais baixo, menos propenso a inativação por
matéria orgânica, ação corrosiva e tóxica mais baixas, maior estabilidade, podendo ser
armazenado por até 12 meses (e não 6 meses como o hipoclorito). Uma vez ativado mostra-se
muito mais instável, devendo ser diluído apenas no momento do uso.
19

6.1.3.1. Fenólicos

Desinfetante de nível médio tendendo ao desuso por sua toxicidade, sendo inclusive
contra-indicado para desinfecção de centros obstétricos e berçários devido a ocorrência de
hiperbilirrubinemia em neonatos.

6.1.3.2. lodo e Derivados

Não há no mercado nacional iodo para desinfecção de artigos e superfícies.

6.1.4. Biguanidas

Disponível no mercado brasileiro somente como anti-séptico.

6.1.4.1.Quaternário de Amônio

Disponível e indicado somente para desinfecção de superfícies, em áreas críticas e


semicríticas, especialmente superfícies e mobiliários em berçários, pediatria e SND por
possuir baixa toxicidade.

6.1.5. Ácido Peracético

É bactericida, fungicida, viruscida e esporicida. Promove a desnaturação de proteínas e


alteração na permeabilidade da parede celular. Possui como vantagens manter-se efetivo em
presença de matéria orgânica e não promover a formação de resíduos tóxicos. Como
desvantagem é corrosivo e instável após diluído.

Ácido peracético ou peroxiacético, em baixas concentrações (0,001 % a 0,02%) apresenta


rápida ação contra os microorganismos, incluindo os esporos:

 esporos bacterianos (bacillus subtilis, clostridium sporogenes);


 micobactérias (mycobacterium tuberculosis variedade boris);
 vírus não lipídicos ou pequenos (poliovírus, coxsackievirus, rhinovirus);
20

 fungos (trichophyton spp, cryptococcus spp, candida spp);


 bactérias vegetativas (pseudomonas aeruginosa, staphylococcus aureus, salmonella
choleraesuis);
 (herpes simples, citomegalovírus, vírus sincicial respiratório, vírus da hepatite b, vírus
da imunodeficiência humana).

7. ESTERALIZAÇÃO DE ARTIGOS HOSPITALARES

Convencionalmente considera-se um artigo estéril quando a probabilidade de


sobrevivência dos microorganismos contaminantes é menor do que 1: 1 0.0. A exposição de
um artigo a um agente esterilizante, não garante a segurança do processo, um vez que esta
depende de limpeza eficaz. A eleição do método de esterilização dependerá do tipo de artigo a
ser esterilizado. Estes métodos poderão ser físicos, químicos ou físico-químicos.

7.1.Métodos Físicos

Métodos físicos são aqueles que utilizam calor em diferentes formas e alguns tipos de
radiação para esterilizar artigos. Nas Centrais de Esterilização hospitalares o método mais
utilizado e factível é a autoclavação por vapor saturado sob pressão. Outro método igualmente
conhecido, porém tendendo ao desuso pelas dificuldades operacionais e pelo avanço da
tecnologia das autoclaves a vapor, é o calor seco (estufa).

A esterilização por radiação será tratada neste trabalho, devido ao uso cada dia maior do
processamento por tal método pelos produtores de materiais hospitalares descartáveis em uso
nas nossas instituições. No entanto a manipulação do método é restrita às industrias que
recebem a orientação/capacitação do CNEN (Conselho Nacional de Energia Nuclear).

7.1.1. Vapor Saturado sob Pressão (autoclavação)

Este é o processo de eleição nas unidades hospitalares, indicado para os artigos


termorresistentes. Destrói os microorganismos por coagulação das proteínas.
21

Dá-se o nome de vapor saturado porque sua temperatura equivale ao ponto de ebulição da
água, e produz-se pela combinação da energia que aquece a água com níveis de pressão
maiores que a pressão atmosférica, que aceleram o aquecimento levando ao alcance de
temperaturas próprias para esterilização em tempo mais rápido. Portanto as variáveis para
avaliação do método são tempo, temperatura e pressão.

Os aparelhos são programados com uma razão tempo/temperatura, isto é, aumentando a


temperatura, o tempo necessário para esterilização diminui ou vice-versa. A programação
deverá seguir os critérios estabelecidos na validação do equipamento e das cargas a serem
processadas pelas Instituições.

7.1.1.1.Vapor saturado

É um gás e está sujeito às leis da física, sendo assim, não se altera a temperatura do vapor
sem alterar a pressão e vice-versa. O vapor pode ser obtido em vários estados físicos, cada um
com um efeito na qualidade da esterilização.

7.1.1.2.Vapor Saturado Seco

Contém somente água no estado gasoso agregando tanta água quanto possível para sua
temperatura e pressão (100%UR). É a forma mais efetiva de vapor para esterilização.

7.1.1.3.Vapor Saturado Úmido (condensado)

É normalmente formado quando a água da caldeira ou condensador dos tubos são


carregados pelo vapor saturado ao ser injetado na câmara do autoclave, resultando em um
excesso de água que poderá comprometer a secagem da carga em processo.

7.1.1.4.Vapor Saturado Superaquecido

Formado a partir do vapor saturado, o qual é submetido a temperaturas mais elevadas. O


vapor torna-se deficiente em umidade e conseqüentemente, com maior dificuldade de
penetração.
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7.1.2. Esterilização por gravidade

Neste aparelho o vapor é injetado na câmara e o ar vai sendo expulso, na mesma


velocidade. O aquecimento da carga é feito de fora para dentro o que exige aumentos
elevados de tempo, para conseguir aquecimento necessário à esterilização.

A secagem é feita por venturi, conseguindo-se um vácuo de capacidade média. Quando


alonga-se o tempo de exposição, previamente determinado têm-se como o resultado serão
artigos secos e estéreis.

7.1.3. Esterilização por alto-vácuo

Neste tipo de equipamento o vapor introduz-se na câmara interna quando uma bomba de
alto-vácuo elimina o ar interno, o que reduz o tempo quando comparado com equipamento
por gravidade.

7.1.4. Esterilização por vácuo pulsátil

Neste sistema o ar é extraído da câmara por sucessivas injeções e retiradas de vapor. O


sistema mais eficiente é o de pulsos de pressurização pois existe grande dificuldade em obter-
se níveis adequados de vácuo num só pulso. O tempo da esterilização propriamente dito só
será contado após total remoção do ar dos pacotes. Após esta fase a bomba de vácuo irá fazer
a sucção do vapor promovendo assim a secagem dos pacotes.

Este sistema permite mais rapidez no processo total, pois com a rápida extração do ar e
conseqüente aumento da temperatura da carga, obtém-se o ciclo de esterilização e secagem
em tempo mais reduzido que nos processos descritos anteriormente.

7.1.5. Esterilização ultra-rápida

Equipamentos de pequeno porte programados para operar sem o ciclo de secagem e com
material desempacotado. Este método deve ser utilizado preferencialmente para resolver
problemas emergenciais, como a contaminação acidental de instrumentais utilizados em
cirurgias em curso. Neste sistema não devem ser esterilizados os implantes. Seu uso deve ser
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extremamente racionalizado e o material utilizado de imediato, devido às dificuldades de


controle deste processo.

Antes da aquisição de tais equipamentos devem ser verificadas, pela engenharia clínica ou
substituto, juntamente com o fabricante ou as revendedoras, as condições das redes elétricas e
hidráulicas, se estas ajustam-se ao equipamento a ser adquirido. Também deve ser avaliada a
qualidade da água que formará o vapor. Esta deve estar livre de contaminantes químicos em
concentrações que possam interferir no processo de esterilização, danificar o aparelho e/ou os
produtos a serem esterilizados.

A inobservância deste aspecto deverá interferir diretamente no produto final, isto é, na


esterilização, onde normalmente se encontrarão pacotes úmidos e/ou manchados, causando a
rápida deterioração dos artigos processados, assim como a possibilidade de contaminação dos
artigos. É importante ressaltar que, além dos ajustes do equipamento realizados na instalação
e manutenção, o artigo deve estar rigorosamente limpo e seco, o posicionamento dos pacotes
correto, bem como o tipo de embalagem adequada. Os pacotes não podem ocupar o volume
total da câmara interna das autoclaves, objetivando favorecer a circulação e penetração do
vapor nos pacotes centrais.

Para garantir a qualidade da esterilização deve-se ter a certeza de que o material encontra-
se seco ao término do processo e a estocagem em local e posição adequados. Encontra-se
anexado a este manual um quadro com informações referentes aos principais defeitos de
funcionamento das autoclaves.

7.1.6. Calor seco (Estufas ou Fornos de Pasteur)

São aparelhos elétricos equipados com resistência, termostato para regulagem de


temperatura, contactor, lâmpada piloto, termômetro e interruptor. O calor é irradiado das
paredes laterais e da base do equipamento. Este processo requer longo tempo de exposição
para que se atinjam altas temperaturas nos artigos e possa ocorrer a morte microbiana pelo
processo de oxidação das células.

Este processo só deverá ser utilizado para óleos e pós-recomendação feita por organismos
internacionais de controle de infecções hospitalares.
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7.1.7. Radiação

A radiação ionizante age como esterilizante por produzir modificações no DNA das
células, provocando lesões estruturais, o que acarreta alterações funcionais graves por difusão
de radicais livres no volume adjacente da célula microbiana.

A forma mais utilizada é a radiação gama, cujo elemento mais utilizado é o Cobalto 60,
que possui grande poder de penetração nos materiais. É utilizado principalmente em
implantes.

O tempo de permanência do material frente à bomba de Cobalto é calculado a partir da


distância do material à fonte, das condições de atividade da fonte e da natureza do material a
esterilizar. O processo é monitorado por painel eletromecânico que avalia os riscos, ou seja,
os níveis de radiação no equipamento. Cada lote de artigos é monitorado por dosímetros que
controlam a quantidade de radiação recebida.

7.2.Métodos Químicos

A utilização de agentes esterilizantes líquidos por imersão requer cuidados especiais, com
relação ao seu manuseio:

 Deve-se lavar rigorosamente o artigo e secar para evitar que a água altere a
concentração da solução;
 Utilizar equipamentos de proteção individual (EPI);
 Imergir completamente o artigo no recipiente com tampa contendo a solução;
 Marcar a hora de início e término do processo;
 Retirar o artigo da solução, utilizando luvas estéreis;
 Enxaguar abundantemente os artigos com água destilada ou deionizada estéril;
 Evitar o uso de soro fisiológico, pois este pode promover depósito e acelerar a
corrosão do metal;
 Secar o material com compressa estéril. Para artigos com lúmem, a secagem
deverá ser promovida com ar comprimido estéril;
 Utilizar imediatamente o artigo, sendo proibido o armazenamento;
 Desprezar a solução ao término do processo, ou de acordo com a recomendação do
fabricante.
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7.3.Métodos Físico-Químicos

7.3.1. Óxido de etileno (ETO)

É um gás incolor, de alto poder viruscida, esporicida, bactericida, micobactericida e


fungicida. A ação do ETO é atribuída à alquilação das proteínas dos microorganismos. Essa
ação depende dos parâmetros de concentração, temperatura, umidade relativa e tempo de
exposição ao gás. Sua indicação de uso é para os artigos termossensíveis.

É altamente explosivo e facilmente inflamável, devendo ser utilizado em equipamentos


especiais denominados autoclaves para óxido de etileno. A exposição ao gás pode resultar em
câncer, anomalias do sistema reprodutor, alterações genéticas e doenças neurológicas caso
não se respeitem as condições de segurança já estabelecidas.

O ciclo de esterilização ocorre em 5 fases:

 Pré-umidificação: umidade em torno de 40% admissão do gás;


 Tempo de exposição q:3 a 4 horas;
 Exaustão do gás;
 Aeração: tem por finalidade a remoção dos resíduos tóxicos e seus sub- produtos.[

7.3.2. Peróxido de Hidrogênio

O plasma, considerado um quarto estado da matéria, é definido como uma nuvem de íons,
elétrons e partículas neutras, altamente reativas. A geração de um campo eletromagnético pela
energia de radiofreqüência produz a formação do plasma.

Os radicais livres gerados no plasma de peróxido de hidrogênio apresentam-se com cargas


negativas e positivas, que excitados tendem a se reorganizar, interagindo com moléculas
essenciais ao metabolismo e reprodução microbianos, ligando-se de maneira específica às
enzimas, fosfolipídios, DNA e RNA.

Essa reação química é extremamente rápida, viabilizando o processo de esterilização em


curto espaço de tempo. É indicado para esterilização de artigos termossensíveis. O ciclo de
esterilização ocorre em torno de 1 hora. É compatível com a maioria dos metais, plásticos,
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vidros, borrachas, acrílicos e incompatível com celulose e ferro. O produto final é água e
oxigênio, não oferecendo portanto toxicidade para os profissionais e clientes.

O Equipamento é de fácil instalação e operação em que um cassete contendo 10 ampolas


de peróxido de hidrogênio é colocado na parte frontal externa, onde cada ciclo consome 1
ampola.

7.4. Controle Esterilização

Um programa de controle de esterilização, incluindo métodos físicos, químicos e


biológicos deve ser utilizado para demonstrar a eficiência do processo. Todos os itens
esterilizados devem conter o nome do material, identificação do esterilizador usado, o número
da carga, a data de validade da esterilização, horário da esterilização, nome do responsável
pelo empacotamento.

Devem ser registrados todos os testes realizados. A supervisão de todas as cargas por um
responsável é uma pratica obrigatória para que os materiais sejam liberados com maior
segurança.

7.5. Prazo de Validade da Esterilização

O prazo de validade deve ser estabelecido por cada serviço, de acordo com as
características do invólucro selecionado, do método de selagem das embalagens, do número e
condição de manipulação dos pacotes antes do uso e das condições de estocagem.

Consideramos condições ideais de estocagem: setor fechado, janelas vedadas, ambiente


limpo, com controle de temperatura e umidade por termohigrômetro e armários de fácil
visualização para controle dos lotes. Tolerável para estocagem, sem condições ideais: setor
fechado, com janelas fechadas ou teladas e ambiente limpo.

8. CONDIÇÕES DE ESTOCAGEM

O material estéril deve ser estocado separadamente dos materiais não estéreis, a fim de
reduzir o nível de contaminantes externos. A distância entre os pacotes deve ser
aproximadamente superior a 30cm do piso e inferior a 50cm do teto.
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É desejável que sejam estocados em ambientes com umidade relativa (30 a 60%) e
temperatura (25°C) controladas de modo a não favorecer o crescimento microbiano. O local
de armazenamento não deve exceder a 75% de umidade relativa, porém a baixa umidade é
também indesejável porque pode produzir danos nos tecidos por ressecamento.

Prateleiras com portas mantém por mais tempo a esterilidade do artigo, mas se isto não for
viável, é importante restringir o acesso e movimentação na sala de estocagem.

Preparação e materiais necessários:

 Local adequado para preparo para esterilização de materiais de acordo com a RDC
50/2002 ANVISA ou outra que a substitua;
 Utilizar uniforme privativo e gorro;
 Prateleiras: aço inoxidável, cestos aramados de ácido inoxidável, fórmica tratada;
 Armários com porta em aço;
 O local de armazenagem deve ser adjacente à área de esterilização, distantes de fonte
de água, janelas abertas, portas, tubulação;
 Transito limitado de pessoas, manipulação mínima e cuidadosa;
 O suporte dos cestos, armários fechados ou prateleiras devem apresentar distância de
no mínimo 20cm do piso, 5cm das paredes e 45cm do teto;
 Estocar os artigos em área que tenha condições de segurança patrimonial contra
extravio;
 Proteger os artigos de contaminação, danos físicos e perda durante o transporte,
utilizando recipiente rígido ou saco plástico impermeável;
 Considerar como contaminado os pacotes que caírem no chão ou que estiverem com
falhas na integridade da embalagem, comprimidos, torcidos ou úmidos;
 Guardar e distribuir os artigos do estoque obedecendo à ordem cronológica de seus
lotes de esterilização, ou seja, proceder à liberação dos lotes mais antigos antes dos
mais novos;
 Efetuar inspeção periódica dos artigos estocados para verificação de qualquer
degradação visível;
 Estabelecer freqüência de limpeza diária da área de estoque, dos carros ou das caixas
de transporte;
 Não utilizar artigos que apresentem as seguintes alterações: papel grau cirúrgico
amassado, invólucros com umidade ou com manchas, invólucro em não-tecido com
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desprendimento de partículas, suspeita de abertura do invólucro e presença de


sujidade;
 Observar atentamente o prazo de validade fornecido pelo fabricante da embalagem,
evitando ultrapassar este limite, uma vez tal orientação significa garantia assegurada
de sua utilização em perfeitas condições;
 Proteger os artigos de modo a evitar a contaminação durante o transporte;
 Adotar sistema de registro para controle de distribuição de artigos esterilizados.

9. TRANSPORTE DE MATERIAL

Materiais contaminados devem ser transportados em veículos limpos, os quais devem


sofrer desinfecção c/ álcool a 70% no final do dia. Devem ser protegidos com técnica de
duplo empacotamento ou ser transportado dentro de recipientes rígidos com tampa. Os
materiais esterilizados devem ser distribuídos de maneira a não contaminá-los.
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10. CONCLUSÃO

A esterilização é de extrema importância em razão do risco em contrair doenças por meio


de materiais contendo sujidades e nelas, microrganismos. Existem várias técnicas de
esterilização, que apresentam vantagens e desvantagens; contudo, a técnica usada mais
regularmente é a autoclavagem.

Deve-se conhecer esse equipamento e também saber como manuseá-lo para que o
resultado da esterilização seja seguro. Para isso existem métodos de esterilização, os quais
visam o correto manuseio dos artigos a serem esterilizados e da própria autoclave. Não se
deve excluir a importância do monitoramento rotineiro dos processos de esterilização.

São realizados testes para garantia de sucesso no resultado e após esterilização os


materiais vão para uma área de armazenamento e depois para a de distribuição dos artigos
processados.
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REFERENCIAS

REFERÊNCIAS FERREIRA, L.E. et al. Controle de Infecção e Biossegurança:


Procedimentos operacionais padrão. Curitiba, 2010.

NETO, J. L. KERN, R. SANTOS, E. B. Controle da Esterilização em Autoclave por meio de


Métodos Químicos e Biológicos. UEPG Biol. Health Sci., 2004.

APECIH. Limpeza, desinfecção de artigos e áreas hospitalares e anti-sepsia. 2ª Ed, revisada.


São Paulo:– Associação Paulista de estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2004, 55p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Controle de infecções e a prática odontológica em tempos de


AIDS: manual de condutas. Brasília: 2000.

POSSARI, J.F. Centro de Material de esterilização: planejamento e gestão. 2003, 56p.


JORGE, A. O. C. Princípios de Biossegurança em Odontologia. Rev. biociênc. Taubaté, v.8,
n.1, p.7-17, 2002.

MELLO, C. R. R. F.; BUENO, G. F.; POPOATZKI, A. M. Esterilização na UEPG. 2014.

MOURA M.L.P.A. Enfermagem em Centro de Material e Esterilização. São Paulo: SENAC,


1999.

NBR 12946. Papel Grau Cirúrgico para embalagem de produtos odonto-médico-hospitalares.

PERKINS, J.J. Principles and methodos of sterilization in health sciences. 2. Ed. Springhfield:
Charles Thomas, 1998.

PORTARIA N.° 485, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2005. Aprova Norma Regulamentadora


NR32 (Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde). Diário oficial [da]
Republica Federativa do Brasil, Brasília, 16 novembro 2005.

SÃO PAULO (ESTADO). Resolução SS-27, de 28 de fevereiro de 2007. Norma técnica que
institui medidas de controle sobre uso do glutaraldeído nos estabelecimentos assistenciais de
saúde. Diário Oficial do Estado de São Paulo, 18 de abril de 2007.

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