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Cor te A'B
lar ou quadrarìa: quando as ligaçÓes são obtidas por solcladura designam-se por
redes electrossoÌdadas e têm grande aplicação em muitos elementos de betão :r tl
mado com panicular incidência nas lajes. Quanto às armaduras especrars' trata-se
de soluções não correntemente utilizadas e que devem a sua existência a certas
particularidades que lhe são impostas. Estão neste caso. por exemplo, as armaduras
Õ"
de aço tsi (tìg. 2) cnr quc pcla circunstância dc o aço que as constitui scr de murra
alta resistência. e ncccssano aumcntar substancialmentc a sua aderôncia ao betio:
tal conseguc-sc soldando a dois varões Iongitudinais pequenas barras transver:,ais
que constituerl processo cÍìcaz dc evitar o deslizamento das armaduras no interior
do betão.
De todos cstcs tipos dc naÌcrial paru arnuduras, Os varoes sao. como e evl-
dcnte. os que tem nraior aplicaçio (ató porque o:, outros são constituídos por Íìos
()u varOcs) pelo que. no quc sc \cgue. ó dcles que quase cxclusivamente se trata.
ro
c
o
Extensões
tensões
Ex €su
de
AI p€
I pc
rel
O comprimento lé identifìcado antes do ensaio através de duas marcas de referên- rur
cia apostas na superfície do provete, pelo que é designado por "comprimento pa
inicial entre referências". 0 aumento deste comprimento, Al, é obtido justapondo rir
convenientemente as duas partes em que ficou dividido o provete após a sua
rotura, e medindo o comprimento final entre as referências.
Observe-se que o valor da extensão após rotura é função da extensâo na rotura
e da deformação ocorrida durante o fenómeno da estricção. Com efeito, devido a
este fenómeno, depois de atingidâ a força máxima, as extensões deixam de ser
uniformes ao longo do provete, pelo que, se a extensão na rotura é independente
do comprimento inicial entre referências, a extensão após rotura já não o é, e,
como é evidente, aumenta com a diminuiçâo deste comprimento. Por esta razão as
normas de ensaio e os regulamentos fixam tal valor, sendo usual na Europa
considerar comprimentos iniciais entre referências iguais a 5 ou l0 vezes o diâme-
tro do provete. Em primeira aproximação poder-se-á dizer que a extensáo após
rotura medida em 5 diâmetros é 1,4 vezes maior que a extensáo após rotura
referida a l0 diâmetros; tal relação depende porém dos diâmetros em consideraçáo
e. da qualidade do aço pelo que, em cada caso, há que examinar devidamente o
problema.
Note-se que as extensões na rotura e após rotura são características que, de
certo modo, medem a ductilidade do aço e que vão ter consequências nas peças de
betão armado influenciando o seu comport:rmento dúctil ou frágil nas proximidades
da rotura.
a
Convém ainda salientar que o ensaio de tracção simples de que se tem estado a
tratar é um dos ensaios que serve para caracterizar o comportamento mecânico
dum dado aço. Por isso é um dos ensaios que se executa normaÌmente aquando da
recepção duma partida de aço, encontrando-se a técnica de ensaio fixada, em
Portugal, na noÍna portuguesa NP 105 "Metais, Ensaio de Tracção" (9).
(,
to
c
t-
o
(,
to
c
(1,,
Extensões
A não existência da tensão de cedência leva a considerar para estes aços como
parâmetro caÍacteístico a "tensão limite convencional de proporcionalidade a
O,2Vo", (f,s,) que se pode defrnir (fig. 6) como a tensão corresçnndente à inter-
secção do diagrama tensões-extensões com uma recta paÍalela ao troço rectilíneo
do diagrama e passando pela extensão de O,2Vo.
Faz-se notar que, aplicando a definição dada ao diagrama dum aço laminado a
quente, se é conduzido ao valor da tensão de cedência.
c
to
c
0,
0,2% Extensões
r- .Ì
^6
92
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t í2 +3 t I
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Fig. 8 Ensaio de dobÍagem-desdobragem II
iË
Os ensaios de dobragem e de dobragem-desdobragem, bem como as extensões
na rotura e aÉs rotura determinadas no ensaio de tracção, servem para avaliar da d
ductilidade do aço. Esta propriedade é extremamente ímportante, quer para o &
fabrico das armaduras dando possibilidade de dobragem fácil e sem fracturas, quer ú
pâra o compoÍamento das estruturas permitindo evitar roturas frágeis. IE
10
4 PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DOS VARÓES: VAROES LISOS
- E RUGOSOS
4,1 Diâmetro dos varóes
-
No que se segue trata-se do que se costuma designaÍ por propriedades geomé-
tricâs dos varões, ou seja, o diâmetro, o comprimento e a configuração da superfí-
cie, havendo ainda que fazer referência às tolerâncias admissíveis paÍa estes paÍâ-
metros.
Quanto aos diâmetros, as primeims noções a reter são as de "diâmeno nomi-
nal" e "diâmetro efectivo". O diâmetro nominal corresponde ao diâmetro teórico
dos varões, ao diâmetro que é considerado na determinação da resistência das
peças e que figura nos desenhos de construção e nas listas de varões; o diâmeno
efectivo é o que reaÌmente apresenta um certo varão e que pode ser determinado
por medição directa em várias secções, no caso de varões com superfície lisa, por
determinação do diâmetro durn cilindro de aço com a mesma massa por unidade
de comprimento que o varão em causa, no caso de varoes com superfície lisa ou
superficie rugosa. Neste último caso, se for M a mírssa em quilogramas do troço
de varão em referência, L o seu cornprimento em metÍos e Q o diâmetro em
milímetros, virá:
n62 .L.7,85.10r
M:
4
e poÍanto:
4.103M
Q = n.1a .'rm
em que m é a massa por unidade de comprimento do varão em causâ, expÍ€ssa
em quilogramas por metÍo. Para o caso dos varões nentrados, as normas inglesas
especificam ainda a particularidade de que, se a massa das nervuras repÍesentar
mais que 37o da massa do varão sem nervuras, a massa por unidade de compri-
mento que enüa na exprËssão anterior deve ser a miìssa do varao sem nerruas
aumentada de apenas 37o. A massa por unidade de comprimento do varão sem
nervuras teú, obviamente, que ser determinada num pÍovete em que são removidas
as neÍvuras.
Os valores dos diâmetros efectivos estão porém condicionados pelas tolerâncias
admitidas nos diâmetros nominais; a sua determinaçáo é fundamental na avaliaçáo
das caracteústicas de resistência dum aço, pois esta é feita por ensaios de tracção
simples de provetes desse aço e, consequentemente, as tensôes são calculadas em
relação às secções efectivas.
11
4.2 Comprimento dos varoes J.
-
As tentativas havidas para a normalização do comprimento dos varões não
-
foram ainda comadas de êxito, posto que, nos últimos anos, se registou uma nítida
preponderância de determinados comprimentos, variando apenas apreciavelmente
5.1
em função do tipo de transporte. No caso das redes, e quando não se trate de
casos especiais, elas são, como os fios, fomecidas em bobinas.
del
4.3 Configuração da superfrcie dos varoes dir
- esI
Aconfiguração da superfície dos varões pode ser lisa ou rugosa, correspon-
lin
get
dendo a primeira a uma superfície sem rugosidades aparentes e, a segunda, a uma
gar
supeÍfície em que existem reentrâncias superfície indentada ou saliências
- sob este aspecto varões
superfície nenrrrada. Há assim â distinguir - (ou fios) "li-
- s€j
sos" e "rugosos" e , dentre estes, "indentados" e "nenurados". a*
hoj
Os varões nervurados são presentemente os de maior utilização (os varões
indentados conferem, em regra, uma aderência menor que os varões nenurados e
dis
só são, em geral, utilizados em redes), podendo as nervuras ser descontínuas ou çãr
continuas. As nervuras descontínuas são saliências oblíquas ou perpendiculares ao red
eiÌo do varão, repetidas a intervalos regulares ao longo do seu comprimento (fig. 9).
dur
Ina
:üra
@
-I_-ll. em
OI
Fig. 9 Varão neÍvumdo com nervuras descontínuas e contínuas
vis
- artr
Podem ser de altura constante ou variável; as nervuras contínuas são nentras que
se estendem sem intemtpção ao longo dos varões podendo ser paralelas ao eixo das
(caso dos aços laminados a quente) ou formar com ele um certo ângulo (caso dos de
aços endurecidos a frio por torção). s€u
As superfícies com reentrâncias são normalmente obtidas por larninagem a frio fry
e encontram-se quase exclusivamente nos varões de pequeno diâmetro ou seja nos
fios.
tu
Pod
4.4 Tolerâncias criú
- oo
No que diz respeito às tolerâncias é conente exigi-las para os diâmefos (ou l
1)
5 ADERÉNCIA AO BETÁO. VARÕES DE ADERÊNCIA NORMAL
- E DE AI-TA ADERÉNCIA
13
5.2 Alta aderência; dimensões e configuração das nervuras
-
A DIN referida anteriormente estipula, parâ cada diâmetro dos varões, a aÌtura, m
largura e espaçamento das nervuras para que um varão possâ ser considerado de dt
alta aderência e, quando tais valores não sejam satisfeitos, possibilita ainda o ó1
emprego dum critério baseado na "área relativa das nervuras". Assim, se a área
relativa das nervuras c (defìnida como a área lateral das nervuras projectada no dz
plano perpendicular ao eixo do varão e referida ao perímetro nominal e ao valor
médio do espaçÍÌmento entre nervuras), dada por:
de
K.Fp .sen p
, I al
n'0 Cs JQ ne
Pa
em que os simbolos tem o signiticado indicado na fig. 10, for maior que 0,065 lar
para os varões de diâmetro igual ou superior a 12 mm e maior que 0,048, 0,050 e
far
0,060 para os varôes de diâmetros respectivamente iguais a 6, 8 e l0 mm, os
varóes ooderáo ser considerados de alta aderência. co
n
\ F R =:
I
(a.".Âl)
- área duma
+* nervura transveÍsal
14
A medição dos diversos parâmetros que definem as nervurâs deve ser feita ao
centésimo de milímetro e, como indicador da técnica a adoprar, exrsre uma reco-
mendação da RILEM (17) aconselhando, conforme a grandeza a medir, o uso de
deflectómetros ou craveiras. Em altemativa poder-se-á usar também um proiector
óptico de perfis.
Convém observar que o critério de classificar a aderência dos varões peÌo valor
da área relativa das suas nervuras, cr tem se mostrado bastante eficiente, pois os
ensaros evidenciam que varões com diferentes configurações da superfície (diferen-
tes aìturas das nervuras e diferentes distâncias entre elâs), mas com o mesmo valor
de o., revelam comportamentos idênticos.
No entanto, devido fundamentalmente a razões de fabrico, e ainda ao facto de
nervuras altas poderem conduzir ao fendimento do betão, é corrente não ultrapassar
para o o valor de 0,08 com aìturas de nervuras relativamente pequenas. por outro
ìado ainda, a experiência tem mostrado que as inclinações, tanto na direcção das
nervuras (ângulo entre a direcção das nervuras e o eixo dos varóes) como das suas
fàces laterais, desde que compreendidas entre 45o e 90", pouca influência têm no
comportamento dos varões.
+É
t5
Segundo o CEB (16) os varões poderão ser considerados de aìta aderência se 6-
se verificarem as seguintes condições:
ru.=Ë>8-0,12q atÍÍl
pÍo
de
a tensão de rotura da aderência, f6 obedecer a: con
-
çao
fb> 13 - 0,19 0 oPe
os
sendo Q o diâmeno do varão ensaiado expresso em nìm e 16 e f6 êxpressos €m pr€x
MPa. gen
O ensaio de arrancamento, por seu lado, é de mais fácil realização, pois
consiste em submeter um varão embebido num prisma de betão (fig. l2), num
comprimento definido, a uma força de tracção aplicada numa das extremidades,
ficando a outra livrc. A relação entre a força aplicada e o deslocamento rclativo
entre o aço e o betão, medido na ex[emidade oposta à da aplicação da força, é Notr
registado e constitui o resultado do ensaio. Tal processo não é considerado, poém, plo,
um afeÍidor absoluto da adeÉncia e assim na recomendação citada da RILEM é nonl
dito que o ensaio de arancamento se destina náo a determinar a ader€ncia mas veis
sim a "adesão" dos varões ao betão e pode servir para comparar entre si a resP
eficiência de vários tipos de superficies nervuradas. Esta opinião fundaÍnenta-se no (
facto de que neste ensaio o estado de tensão realizado no betão é bastante diferente elect
do que se verifica na reatidade, o que já não sucede, pxcém, no ensaio de viga. Nas
No entanto, e apesar disso, o ensaio tem sido utilizado, por vezes, como classifi- dadt
cador de varões de aìta aderência pnr comparação dos compoÍaÍnentos obsenados,
sem que daí tivessem resultado quaisquer inconvenientes.
6.2.
l
efeit
elev
"sol
Na
.,0
I'
Fig. 12 Esquema do ensaio de ,umncâmento para determinação da ader€ncia das armaduras
-
16
6 SOLDABILIDADE. TIPOS DE SOLDADURA E DE LIGACÕES.
- ENSAIOS
-lut-
Tron sío rrnodo I E ld. t rodo
:|:
_iLlt I FiS. ll - Esquema de soldadura por ponros
17
apenas utllizada nos cruzamentos de varões, estes são postos em contacto e atraves
deÌes faz-se passar uma corrente eléctrica de grande intensidade, realizando-se a va:
soldadura em consequência do caìor desenvolvido. cot
O processo de soldadura topo a topo com projecção de panículas é usado para vaJ
emendar varões e consiste resumidamente no seguinte (fig. l4).
S,t
na
se€
Os varoes sáo encaixados em maxilas, uma fixa e outra móvel, de modo a que
fiquem a.linhados mas com os topos não em contâcto. Seguidamente os varões são
ligados ao secundário dum transformador, cujo primário é posto em tensão.
A maxila móvel entra então em movimento de forma a aproximar os topos dos
varões e estes ao entríúem em contacto em alguns pontos fecham o circuito do
secundário, a temperatura eleva-se muito e há uma projecção de partículas do
material fundido que continua à medida que a maxila móveÌ avança. Acabada a
fase de projecção de partículas, a corrente é cortada e com um rápido movimento
da maxila móvel os topos dos varões são fortemente comprimidos um contra o
outro, operaçáo que corresponde a uma fase de forjagem.
Este processo de soldadura, em que, por vezes. os varoes são sujeitos, antes da
fase de projecção de panículas, a um aquecimento prévio, só conduz a bons
resultados quando as percentagens de silício, fósforo e enxofre são relativamente
baixas. O grande inconveniente, porém, deste tipo de soldadura é a grande potên-
cia eléctrica que exige, o que, se outras razões não houvesse, o toma proibitivo rev(
para ser utilizado nas obras. rev(
lico
ras
6.3 Soldadura topo a topo por gás sob pressáo eléc
- sold
Trata-se, como o anterior, dum processo autogéneo de soldadura e que, em
síntese, apenas se distingue dele pelo facto de a fusáo do metal não ser obtida por ú1
efeito de Joule, mas antes pelo calor proveniente de maçaricos oxi-acetilénicos con
concêntricos apontados paÍa os topos dos varões a soldar. Há também, na parte dun
final, e estando os maçaricos ainda acesos, uma fase de forjagem. rodr
18
A soldadura por gás. que tem sobre o processo da soldadura por resistência a
vrntagcm de não exigir montagens que não poderão ser t'eitas num estaleiro,
conduz. qualdo bem aplicada. a resultados totalmente satisfatórios sobretudo paÍa
varoes relativamente grossos (diàmetms superiorcs a l2 mm).
-l E léc t rodo
:
I
19
O arco eléctrico forma-se da mesma maneira que no processo anterior, bas_
tando no caso presente, para fazer o cordão de soÌdàdura, movlmentÍìr a prstola.
Gds inerte
----f
21
QUADRO I
Topo Resistència
Gás
Topo Arco
Sobreposição
Varões Arco
Cruzados Resistència
* Unicamente quando a ligaçáo for resistcnte como no caso dâs rcdes electrossoldadai (soldadura por resistência)
,| só f2omm+ 5ó +
22
7
- RESISTÉNCn À r,lnrcl. ENSAIoS
I ciclo
Ï--ï
íIméo o
> Íempo
N " número de ciclos
F ._ lrl EsqrÌcma dc âcçaro variiivel sìnusoidalmente no tempo
l,: en.,ritr: e possírel concluir que as condições de rotura dum provete sujeito
:::i::: Jetendem rle trés variáveis, a tensão máxima, a tensão mínima e o
-,:::r ,ra ;tiÌor. Em relação I este último parâmetro observa-se que, para um
-
--::r :: .ìara\ malLìr clue unt determinado, o fenómeno da fadiga toma-se em
-:.:. .t:::ia.<i or3ÌraÀÌìente independente do seu valor.
-:: .: :rr. que as condições de rotura por fadiga dependem de três variáveis
: : ì-: :a:r:!3:t.1çã.' terá que ser. portanto, efectuada num sistema de três eixos
- :,;::: -. -n pJra os ralores de omax, outro para os valores de omin e o
=.:=.' ::.: 1. ,';1..1g-. de \. A representâção plana só se conseguirá dando
-:: :, , , --:, lr. \Jid\els.
23
7.2 Diagramas de Wõhler e de RoY
-
Um dos processos de tãzer uma representação plana do fenómeno da fadiga é
considerar a tensão mínima iguai a determinado vaÌor e então a tensão máxima
virá apenas Íunção do número tle ciclos. E ume representação deste tipo que é
esquematizada na fig. 21 (diagrama de Wòhler), conespondendo um diagrama
diferente a cada valor de on,;n. Do diagrama apresentado vê-se que há um valor da
tensão máxima em que esta se torna praticamente inclependente do número de
ciclos. Tal valor costuma ser designado por "rensão limite de Íadiga", T.L.F., e
pode ser definido como a máxima tensão para a qual, por maior que seja o
número de ciclos, não há rotura da peça por fadiga. Esta tensão é, evidentemente,
referida a um dado ralor da lensào minima.
omox
tog. N
Os diagramas de Wôhler não são por vezes aconseÌháveis para efeitos práticos
e, por isso, outras representações se usam. como. por exemplo, a que toma como
parâmetro fi-ro o número de ciclos e como variáveis os vaÌores da-s tensoes márima
e mrnima que cí'ndu/em a roturl E uma repre\cnÌüçáo dc'te tipo que con.titui r
fig. 22 e que é geraÌmente designada por diagrama de Ro!. Neste diagrama estão
representados em ordenadas os valores de o.,'*, e em abcissas, à mesma escala,
os valores de o-;n. A curva ABCDE dá os vaÌores de o,''* e omin que conduzem
à rotura por fadiga quando são aplicados os N ciclos a que o diagrama diz
respeito. As distâncias CG medidas segundo o eixo dos o."r, entre a cuwa de
rotura e uma recta a 45o tirada pela origem, dão as diferenças entre o omur. e omrn
ou seja as variaçoes 2Ào da tensáo aplicada.
Como pontos paÍiculaÍes deste diagrama tem-se o ponto A que corresponde a
Õmin = - omax, o ponto B que é obtido parâ omin : 0, o ponto D para
o qual o-;n : 0,5 o max e o ponto E que conesponde à rotura estática pâra
o11n1 : õ6jn, não havendo variação de tensáo.
)Á
- F ----+ +
-
Fig. 22 Diagrama de Ro! para um dado valoÍ de N
-
o-o,
Ìenúo de c.dôncio
fsy
de
{F
txr
ort
poro L/min = 0 se N > 2'10-)
0 Omin
26
7.4 Ensaios
-
A fadiga é como se disse anteriormente um fenómeno dependente de muitos
parâmetros, pois, além das tensões mínima e máxima e do número de ciclos,
outros factores, tais como o estado de superfícìe dos varões, o seu comprimento, o
número de ciclos por segundo, exercem influência, por vezes determinante, nos
resultados dos ensaios-
Por tal facto não é fácil determinar, para um dado tipo de varões, o seu
comportamento em fadiga duma maneira completa, pois tal obriga à realização
dum grande número de ensaios, cujos resultados, devido à dispersão que apresen-
tam, terão que ser tratados por uma aníise estatística para definir a sua probabili-
dade de ocorrència e precisào
Como se viu, porém, para as aplicações correntes não será em geral necessário
dispor de um conhecimento tão completo, e assim bastará determinar algumas
características desse comportamento, como por exemplo a tensão limite de fadiga
paÍa um ou dois valores da tensão mínima (o que permite o traçado aproximado
dum diagrama de Rõs) ou então, o que é mais fácil, determinar o número de
ciclos que um varáo pode suportar sem rotura por fadiga quando sujeito a uma
variação de tensões especificada.
No entanto, mesmo para estas determinações, é necessário efectuar um número
de ensaios relativamente grande que convém que sejam normalizados. Assim, no
que se refere a provetes de ensaio na ftg- 25, reproduz-se um desenho retirado da
norma da RILEM já citada (23), referente ao assunto, constando dessa norma entre
outras as seguintes considerações:
se pretenda determinar a tensão limite de fadiga para dois vaìores
- Quando
da tensáo mínima estes devern ser escolhidos, um próximo de zero (o min -
:0 náo é em geral possível por o varão ficar livre nas garras) e outro paÌa
um valor suficientemente alto.
No controle duma determinada caracteística em fadiga devem realizar-se
- pelo menos 6 ensaios idênticos.
A frequência da tensão deve ser maior que duas vezes a frequência própria
- de vibração do provete e estar compreendida entre 80 e 600 ciclos por
minuto; uma maior frequência corresponderá, em principio. a um aumento
de resistência.
Não devem ser considerados como válidos os resultados de ensaios em que
- a rotura se deu dentro das garras ou a uma distância destas menor que 5
vezes o diâmetro do provete.
Zono Zono
Zono de Zono de
Comprimento do provêle
30 É ou 8r posso dô hélice dos nervuros
e moìor quê 50 cm
Fig. 25 Esquema de provete para ensaio de fadiga
-
27
E-MARCAçAO DOS VAROES
quaÌidade do aço -
Or
-
I nervura
2 neryuras
FeB400 r
FeB500 -c
pais de origem È
- :ú
I nervura Alemaúa gÍr
2nervuras Benelux tõ
3nervuras França aarl
4nervuras Iüília
5nervuras Inglaterra ir:
6nervuras Suécia, Noruega rry
7nervuras
8nervuras
Espaúa
Checoslováquia
r
=Ít
28
fábrica produtora
-
número de nervuras é o indicativo da fábrica em causa. Se tal número for
maior que l2 haverá duas séries entre nervuras reforçadas, indicando a
primeira o número de dezenas e o segundo o número de unidades.
Entre duas marcas completas deve haver um número de, pelo menos, 13
nervuras ordinárias mas não excedendo, em regrâ, I metro entre elas.
2 3 /,5 6 7 t1 1 2 3 4 5 6 /
Esponho // 10 * 6 (Ídbrico ì6 ) I <ì
'r: neru
metro
9 _ HOMOLOGAÇAO E CONTROLE
29
Finalmente o controle de conformidade corresponde a verificar se o produto
recebido está em condições de ser aceite para satisfazer os requisitos feitos quando
da encomenda.
De todas estas operações pode considerar-se que a homologação e o controle è
intemo de produção são as etapas fundamentais podendo as outras duas, controle
externo e controle de conformidade, serem extremamente aliviadas, se houver
um grau de confiança muito elevado na eficiência das duas primeiras. No limite
poderá mesmo dizer-se que o controle de conformidade deverá apenas consistir em
verificar se os restantes controles foram correctamente executados.
Estas operaçoes que se destinam a criar um sistema de garantia de qualidade
do material para armaduras, marca de qualidade ou certificação do produto, são
em gr:ral tidas em consideração nas noÌmas dos diversos países. Assim e consul- trEr
tando o CEB (6), as Euronormas (22), as normas inglesas Q0, Q5), (26\, as
normas francesas (28), (29), âs noÍÍnas alemãs (13), (27) e o REBAP (2) é possí-
vel resumir a situação existente da seguinte forma:
30
Unidade de controle
-
Os varões são apresentados no estado de fomecimento, agrupados por processos
de produção, qualidade do aço e diâmetros nominais, sendo a massa de cada lote:
Por unidade de controle são efectuadas 6 séries de ensaios, cada série com-
preendendo:
I ensaio de tracção
- I ensaio de dobragem simples
- I ensaio de dobragemdesdobragem.
-
Anulação do ensaio
-
Quando em consequência dum defeito de execuçáo, o ensaio não dá os resulta-
dos prescritos, ele deve ser anulado. Por defeito de execução entende-se uma
preparaçáo defeituosa, uma montagem incorrecta na máquina de ensaios, um mau
funcionamento desta ou qua.lquer outra anomalia análoga.
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33
QUADRO III 10.3 .
TIPOS DE AÇO
(Redes) o
corTel
Designações, tensões de cedência (f.rp - MPa) e extensões após rotura (€suk - 70)
c
cias
No que se refere às redes (Quadro III) vê-se que os fios ou vatÓes que as Contlr
- constituem são obtidos por endurecimento a frio, podendo ser de superfície ment
lisa ou rugosa e com tensfos limites convencionais de proporcionalidade a tamb
0,2Vo, em geraì, da ordem dos 500 MPa, podendo no entanto ter valores com
mais baixos como por exemplo em França em que existem fios em que neste
aquela tensáo é de 400 MPa. As extensões após rotura variam entre 8 se r€
e l2%a. lotes
Os diversos tipos de aço sáo designados, em geral' por um conjunto de Ì\
- símbolos que definem, de modo aproximado, as suas características. Tais 35-0
designações diferem porém de país para país toleri
34
10.3 Diâmetros, secçoes, comprimentos e tolerâncias
-
Os diâmetros nominais dos varôes ,são presentemente normalizados sendo
conente consitìerar, em mm. os seguintes:
6-8 - l0 - t2 - t6 - 20 - 25 - 32 -40 - 50
Esta série de valores tem a vantagem de ser possível, no estaleiro, fazer a distin-
ção, a olho nu, entre os varões de diferente diâmetro, além do que a secção de
cada um dos varões dum dado diâmetro corresponde, aproximadarnente, à soma
das secções dos dois varões imediatamente precedentes. o que facilita as diversas
combinaçoes possíveis. Por vezes varoes, ou fios com diâmetro de 5 e mesmo
4 mm sáo empregues em estribos ou constituem material para redes electrossolda-
das. Neste caso das redes, em geral, os diâmetros vão de 4 a 12 mrn, variando de
0,5 em 0,5 mm. No Anexo V figura um quadro com as áreas das secções trans-
versais dos varões com os diâmetros pretèrenciuis referidos.
No que se refere ao comprimento dos varões, são correntes dimensões de 12,
14, 16 e 18 metros r;uando o transporte é feito por estrada chegando-se aos
30 metros para transpone Íèito por caminho-de-Í'erro. Outros comprimentos são
em geral possíveis mas coÍrespondem, norrnalmente, ao pagamento dum adicional.
As redes, quando fomecidas em painéis, são-no, em geral com comprimentos de
4. 6 ou 12 metros.
No que diz respeito às tolerâncias, salienta-se em primeiro lugar que a sua
fixação é um assunto de muita importância, pois a verificação da segurança das
estruturas assenta na hipótese de que a dispersâo de valores dos parâmetros que a
condicionam não ultrapassa certos limites.
Em geral, todos os países se preocupam com tal matéria, e assim, reconendo
às normas já citadas, pode resumir-se a situação dizendo que normalmente são
exigidas tolerâncias para o diâmetro, para a massa por metro linear, para o com-
primento dos varões, para a massa por lote fornecido e para as dimensões das
nervuras quando se trata de varões nervurados.
Como exemplo, e apenâs pam se fazer ideia da ordem de grandeza das tolerân-
cias admitidas, transcrevem-se no Quadro IV as disposiçôes sobre este assunto
contidas nas norÍnas francesas NFA 35-015 e NFA 35-016, relativas, respectiva-
mente, a varôes lisos e vaóes de alta ader€ncia (nerrnrrados). Acrescente-se que
também são dadas tolerâncias paÍa o comprimento quando a encomenda é feita
com comprimento fixo dos varões e que tal tolerâhcia é de + 100 mm. Aliás, é
neste czrso, e só nele, que faz sentido fixaÍ tolerâncias para a massa dum lote, que
se refere, segundo as noÍnas francesas, a lotes com mais de 5 toneladas; para
lotes inferiores, a nonna prescÍeve que as tolerâncias sejam aumentadas dum terço.
No que se refere à nerrn:ras dos varões rugosos, as no[nas francesas (NFA
35-017) prescrevem mínimos sem tolerâncias para as suas dimensóes, fixando
tolerálcias de + 15 a + 2OVo para a distância entre neÍvuras.
35
QUADRO IV
r:sq
Tolerâncias das dimensões dos varões ri
segundo a NFA 35-015 e NFA 35 016 l
36
vista, devido a eles, nas suas utilizações, não serem soldados nem ficarem sujeitos
a fadiga.
Nos casos porém em que tal aconteça, já se viu anteriormente nos números 6 e
7, o tipo de ensaios que há a realizar.
Quanto à soldabilidade dos aços existentes nos diversos países, pode
dizer-se que, duma maneira geral, todos os varões devem ser soldáveis topo a topo
com projecção de partículas e que, páua os outros processos de soldadura, haverá,
em cada caso, que analisar devidamente a questão. Observe-se que as Euronormas
estipuÌam os símbolos SF a acrescentar à designação do aço quando este for
soldável por arco eléctrico.
No que se refere à resistência à fadiga, as norïnas relativas à verificaçâo da
segurança das estruturas de betão amado estabelecem, em geral, valores máximos
da variação da tensão admissível no dimensionamento.
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38
admitido na Europa, podendo-se distinguir três "nuances" a saber o A235,
o 4400 e o A500, correspondendo os números às respectivas tensôes de
cedência ou tensâo limite convencional de proporcionalidade a O,Z%, ex-
pressas em MPa.
O produtor não usa em geral esta linguagem, mas antes garante valores míni-
mos à sua produção; nesse caso tais valores mínimos devem ser considerados como
valores caracteísticos.
Para as redes o REBAP exige ainda que, quando elecFossoldadas, e pÍüa que
se possa contar com a contribuição dos varões transversais nas amaÍTações e
emendas, o valor característico da força de rotura ao corte das soldaduras não seja
inferior a três décimos da força de cedência exigida no Quadro V para os vaóes
loneitudinais.
39
11.2 Homologações e classificações concedidas pelo LNEC i .fìn
-
Os varões referidos no Quadro V sáo como se disse designados por varões de
tipo corrente e, para que determinados varões possam ser considerados como tal,
necessitam, com excepção do 4235 NL, da prévia "classificação" efectuada pelo
Laboratório Nacional de Engeúaria Civil, que constará dum documento onde, em \
funçáo das características apresentadas pelos varões em causa, é indicado o tipo a :lFl
que ele pertence. REB.
Esta forma de proceder deve-se, fundamentalmente, a que. a não ser para o u=:
4235 NL, é necessário asseguriu aos varões características de alta aderência o que :ir -r
é conveniente que seja verificado por uma entidade oficial, independente portanto E
do produtor. :.'n: -
O REBAP tem ainda em conta o emprego de varões que, pela sua geomeria
ou caracteísticas do aço, não possam ser classificados como de tipo corrente. --::.h
Estão neste caso os vârões de Aço Bi, referidos em 1, ou, por exemplo, varões :TE
: !Ì:_i:
obtidos por torção de barras de aço de secção quadrada. Para esta situação há que
proceder, segundo o REBAP, a uma "homologação" efectuada pelo Laboratório
Nacional de Engenharia Civil e que constârá dum documento que, em face das
características apresentadas pelos varóes em causa, define as suas condições de
utilização, que poderão, em certos casos,'diferir das estipuladas no REBAP. ll_r .
Aço SN 100 E Varões endurecidos a frio por torçâo, com superfície rugosa, E
- classificados como 4400 ER. F-.t.li -
lriÊ
-Ë]r8
Kari 400 ER Varões endurecidos a frio por laminagem a frio, com superfície --È*
- rugosa e classificados como A400 ER. \eÈ
,.JÍ:Il
\
f,u_Be
e da "nuance" A50O: :Èüs{ìt
ôt{rs
Aço SN 500 Varôes laminados a quente, com superfície rugosa, classificados dË_!l
- como 4500 NR. ,-uL,r ;
40
c ainda da 'nurnce A235:
,{qo .SN ?-ì-í rR -.- Vlroes Ìaminados iì quentc. com supcrfícic rul:osa. classitìcados
conro -423-5 NR.
11
Tensões, (
oiogaomos rcois
ürìl
do(
fsyk fiS
Ísyd :
0ìogromo corocteristìco
de cotcrrLo
4_
e.c
emi
Aço lominodo
o quenle
ExÌensões,€
-ì I
uma afinidade paralela à recta que define o componamento elástico. Assim (fig. 29)
o ponto Xsk de coordenadas o.1, €s do diagrama característico conduzirá ao ponto :sú
X.6 de coordenadas o.6, q6 do diagrama de cálculo tal que
O.L.
usd -
Y"
-
€sk-{l
.. l. o,r
td: --)
Y. -Ì1s
osk
E
s 0.2 l(
'
ot-d o2.
+
,s lãdo
0,2 d
!-qf
oun
Tensões,o
I
frio
cálo
eryÍ
Extensões , €
Fig. 29 Diagramas caracteístico e de cálculo dum aço endurecido a frio
-
42
O REBAP define, em consequência do que foi dito anteríormente e dos valores
caÍacterísticos das propriedades mecânicas dos diversos tipos de aços (constantes
do Quadro V), os diagramas tensões-extensões de cálculo que são representados na
fig. 30.
Note-se que não se faz diferenciação de diagramas em função da natureza do
aço, o que resulta de ter admitido que o ero que se comete em tomar paÍa um
diagrama de aço endurecido a frio um diagrama do tipo de aço laminado a quente
em que a tensão de cedência é a tensão limite convencionaÌ de proporcionalidade a
I syo
AÇ05
MPo
201
A 400 348
A 500 435
t)
()
Es:tgd:200oPo
Fìg 30 Diagr4ma de cálcuÌo tensoes extensões dos varões de tipo corrente segundo REBAP 83
-
0.2Vc (fig. 3l) é suportável pelos coeficientes de segurança tomados. Por outro
lado tal simplificação tem a grande vantagem de facilitar a resolução das situações
correntes em que o projectista não pode prever se na obra vai ser utilizado um ou
outro tipo de aço.
E possível no entanto, à face do REBAP, utilizar para os aços endurecidos a
frio diagramas menos simplificados, sugerindo-se nesse caso um diagrama de
cálculo constituído por um troço linear seguido dum troço curvo com a seguinte
expressão analítica:
Em tracção:
.:**9.323
E\
1-9'-e.71s
ts0.2d
43
Em compressão:
o"('
e=J-0,823(--r--0,7)5
Es Is0.2d
Õl
lsqzd *
dE
E!
Tensões,o I
o=
rrÕ
E xtensões. €
4Á
QUADRO VI
do Quadro VII. Neste quadro figuram também as tolerâncias das secções a que as
tolerâncias nos diâmetros conduzem e que podem servir para comparaÍ com outras
norrnas quando estas se refiram a tolerância pam as secções e não para os diâ-
metros..
Observe-se que as tolerâncias indicadas coincidem, excepto para o varão de
Q : 6 mm, com as que constam da norrna francesa coÍrespondente, e que foram
indicadas em 10.3.
QUADRO \1Ì
Tolerâncias nos diâmetros dos yarões
6 +|^ + tì ì
8 + o4 Í10
t0 +n5 tl0
t2 tl0
l6 +n7 + RA
20 +o7 !'1
25 +ôR
+ na
40 +tn t5
4t
No que se refere a tolerâncias na massa dos lotes fomecidos, a norÍna portu- o
guesa diz que se admite uma variação de 6Ea entÍe a massa encomendada e a baxo
massa fomecida, para lotes iguais ou superiores a 10 t. Há no entanto que chamar h{lar
a atenção que exigir tolerâncias pÍüa a massa de lotes só tem sentido quando a o
encomenda é feita estipulando varões de determinados comprimentos fixos, o que da fa
náo é o caso em questâo. Por outro lado, o valor citado,67c, é bastante elevado raD!=
em relaçâo aos números apresentados pelas normas estrangeiras. t-adisr
Diga-se finalmente que para varões neryurados, apesíìr de nâo existir normali-
zação nacional sobre o assunto. se poderão adoptar os mesmos critérios constantes
da norma portuguesa citada, referente a varões lisos. Esta orientação é aliás seguida,
por exemplo, peÌas normas francesas em que os valores atribuídos às tolerâncias
são os mesmos quer para varoes lisos quer para var6es nervurados.
Esra regra resulta das conclusões que figuram em 7.3 Diagramas simplifica-
dos em que se diz que não há perigo de rotura por- fadiga desde que, para
-
tensões máximas relativamente baixas em relação à tensão de cedência, a variação
máxima de tensões seja inferior à tensão limite de fadiga definida para uma tensão
mínima igual a zero.
No caso presente em que as tensões máximas sáo bastânte afastadas da tensâo
de cedência (a segurança em relação aos estados limites últimos a isso obriga), a
tensão limite de fadiga (omin = 0) com um coeficiente de segurança de 1,3 é da
ordem de 180 MPa, ou seja o valor prescrito pelo REBAp.
46
Os outros valores refercntes a varões com dobras ou com soldaduras são mais
baixos, pois, como anteriormente foi dito, em tais caos, a resistência à fadiga é
bastante menor.
Observe-se, finalmente, que pam o aço A235 não se põe, em regÌa, o problema
da fadiga pois a tensão a que fica submetido em serviço, por condiçóes de segu-
rança em relação ao estado limite último, é em geral inferior à tensão limite de
fadiga.
4l