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Barragem: Estrutura permanente destinada a obstruir um rio ou vale para criar

um desnível. Uma barragem está sujeita permanentemente a um desnível de


água.

O uso da água, além de ser fonte da vida e necessária à sobrevivência, pelo


ser humano tem sido feito há muito tempo. Para que seja facilitado o uso dos
potenciais da água, o abastecimento de casas, a geração de energia, entre
outros, constrói-se barragens. Devem atender alguns objetivos, que são:

- Abastecimento de água para pequenas comunidades rurais, proporcionando o


bem-estar da comunidade local.

- Intensificação da produção agrícola, pois a água represada poderá ser


utilizada nas irrigações das lavouras, inclusive na entressafra, possibilitando ao
produtor obter melhores preços para os produtos, além de aumento na
produtividade.

- Produção de proteína animal, pois permite a criação


de peixes (principalmente com as técnicas de produção em tanques-rede) e o
abastecimento regularizado de água nas atividades
agropecuárias (bovinocultura, avicultura, suinocultura, entre outros).

- Geração de Energia

A energia hidrelétrica é a obtenção de energia elétrica através do


aproveitamento do potencial hidráulico de um rio. Para que esse processo seja
realizado é necessária a construção de usinas em rios que possuam elevado
volume de água e que apresentem desníveis em seu curso.

A força da água em movimento é conhecida como energia potencial, essa água


passa por tubulações da usina com muita força e velocidade, realizando a
movimentação das turbinas. Nesse processo, ocorre a transformação de
energia potencial (energia da água) em energia mecânica (movimento das
turbinas). As turbinas em movimento estão conectadas a um gerador, que é
responsável pela transformação da energia mecânica em energia elétrica.
- Controle de enchentes, uma vez que a barragem poderá ser utilizada para
acumular as águas das chuvas e impedir que áreas planas à jusante,
habitadas, cultivadas ou utilizadas com instalações agropecuárias sejam
inundadas na época das chuvas.

Tipos de barragens:

Gravidade: Este tipo de barragem é constituído por um paredão de betão que


resiste pelo próprio peso à impulsão da água e transmite todas as forças
sentidas pelo mesmo ao solo. A utilização de contrafortes a jusante permite
aligeirar o paredão da barragem. Esse tipo de barragem é a mais usada.

– Convencional

– Alvenaria

Exemplo barragens à gravidade concreto:

 Peixoto
 Tupiá
 Divisa
 Jurumirim

Aterro:

– Terra: As barragens do tipo terra são formadas pela deposição de


grandes quantidades de terra sobre os cursos de água, sendo posteriormente
compactada por equipamentos mecânicos específicos. Porém, também podem
ser o resultado de escavações junto aos cursos de água.

Exemplo barragens de terra:

• Capivari-Chachoeira

• Água Vermelha

• Ilha Solteira

•Guarapiranga

• Balbina

• Samuel

• Porto Primavera

– Enrocamento: Este tipo de barragem é formado através da deposição de


blocos de rocha de tamanho variado, sendo a sua consolidação obtida através
de um cimento impermeável de origem sedimentar.

• Núcleo de argila

• Núcleo concreto

• Face concreto
• Face asfalto

Exemplo de barragens de enrocamento:

• Salto Osório (Rio Iguaçu)

• Salto Santiago (Rio Iguaçu)

• Itaúba

• Furnas

• Foz do Areia

• Segredo (Rio Iguaçu)

• Estreito

• Jaguara

Arco: A barragem em arco é construída em vales mais apertados, podendo


desta forma a altura ser maior que a largura. A curvatura horizontal permite que
a força de impulsão da água seja transmitida no sentido albufeira-margens. O
uso da forma de arco é porque assim o concreto ficará submetido a
compressão, resistindo melhor, já que a resistência à tração do concreto é
baixa.

– Concreto/Alvenaria

Exemplo de barragem de arco:

 Funil

Contrafortes: A barragem contraforte ou barragem é uma barragem oco com


um sólido, com o lado a montante, estanque à água, que é suportado em
intervalos no lado a jusante de uma série de contrafortes ou suporte.
A Parede da barragem podem ser planas ou curvas. A maioria dos Contraforte
barragens São feitas de concreto armado e são pesados, empurrando a
barragem no chão. Água empurra contra a barragem, mas os contrafortes são
inflexíveis e prevenir a represa cair. Contraforte barragens foram construídos
originalmente Para reter água para irrigação ou mineração em áreas de
recursos escassos ou caros, mas mão de obra Barata. Uma barragem
contraforte é uma boa escolha em vales largos onde a rocha sólida é raro.
Esse tipo de barragem são as menos usadas.

– Ambursen

– Arco múltiplo

– Semi-maciço

Exemplo barragens contraforte:

 Itaipu
 Edgard de Souza
 Salto Grande

Outros:

– Madeira

– Aço

A escolha do tipo mais adequado de barragem, para um determinado local de


um curso d’água, depende dos seguintes aspectos:

1) Segurança da Obra - ligada às características inerentes do próprio local:


condições geológicas, configuração do vale e dimensões da obra.

2) Custo da obra - em função do preço e disponibilidade do material. A


ausência, por exemplo, de rocha resistente do tipo granito, gnaisse, basalto ou
diabásio, para ser usada como agregado para concreto, “rip-rap” ou
enrocamento, ou de cascalho, para os mesmos fins, pode causar alterações
profundas no custo da obra.

Além desses critérios, deve ser considerada uma série de fatores físicos que
governam a seleção do tipo de barragem.
Na seleção do melhor tipo de barragem para um determinado local, devem ser
consideradas as características físicas do local, o objetivo da obra, fatores
econômicos, de segurança, etc. Normalmente, o maior fator individual que
determina a escolha final é o custo da construção. Os fatores físicos, expostos
a seguir, são também importantes.

 Topografia

À primeira vista, a topografia determina as primeiras alternativas para o tipo de


barragem. É claro que, se o local estudado estiver localizado num vale estreito
com paredes rochosas, a sugestão será de uma barragem de concreto. É o
caso da barragem do Funil, no Rio Paraíba. Porém, em áreas de topografia
aplainada e vales bastante abertos, indica-se normalmente a barragem de
terra. É o exemplo das barragens de Jupiá e Ilha Solteira, no Rio Paraná ou de
Promissão, no Rio Tietê. Existem, é claro, os casos intermediários.

 Geologia e Condições das Fundações

As condições das fundações dependem da espessura e características físicas,


químicas e mineralógicas da rocha, que suportará o peso da barragem.
Aquelas características incluem a permeabilidade, a presença ou não de
determinadas estruturas, como acamamento, xistosidade, dobras, fraturas, etc.
As condições estão diretamente ligadas com a altura da barragem, isto é, as
considerações diferem para uma barragem baixa e uma alta. Normalmente,
são encontradas as seguintes condições de fundações:

1) - Rocha Sã e Sólida - normalmente aceita qualquer tipo de barragem. Inclui,


via de regra, a escavação da camada superficial quando alterada (mesmo
sendo rocha) e tratamento eventual por injeção, para consolidação.

2) - Sedimentos (Aluviões) - incluem os cascalhos, areias, siltes e argilas. Os


cascalhos estão sujeitos à intensa percolação, os siltes e as areias ocasionam
recalques e percolação, e as argilas sofrem recalques, principalmente quando
saturadas de água. Dependendo do tipo de barragem, da sua altura e com
aplicação de tratamentos adequados, qualquer desses materiais poderá ser
utilizado.

 Materiais de Construção

Os materiais necessários para a construção de uma barragem são vários e


devem estar localizados o mais próximo possível do local da barragem. Esses
materiais são os seguintes:

a) solos, para os diques de terra.

b) rocha, para os diques de enrocamento e proteção dos taludes.


c) agregado, para concreto, que inclui areia, cascalho natural e pedra britada.
d) areia, para filtros e concretos.

Fases Gerais no Estudo de Barragens

A implantação de uma barragem em determinado curso d’água envolve sempre


uma sequência natural de trabalho. Toda obra de vulto agrupa diferentes
turmas especializadas de técnicos, com a finalidade de seguirem, à medida do
possível, os seguintes itens:

 Levantamento Topográfico

Analisa as características geográficas e topográficas do curso a ser estudado.


A função desse levantamento é a de preparar plantas topográficas que
permitam verificar as secções transversais mais favoráveis para uma
barragem, calcular a área de inundação das secções escolhidas e obter o perfil
longitudinal do curso d’água.

O método mais moderno para a obtenção de mapas topográficos é o uso da


aerofotogrametria, com o levantamento de mapas por meio de fotografias
aéreas e de pontos de controle altimétrico de campo.

 Dados Hidrológicos

Um grupo de técnicos especializados se encarrega de definir as características


hidrológicas da bacia hidrográfica do curso d’água estudado.

Trata da obtenção direta de valores de vazão através de leituras diárias, que


permitem calcular as vazões médias, diárias, mensais e anuais. Lembrando
que a potência de uma barragem é função da vazão do curso na secção da
barragem e do seu desnível, pode-se perceber a importância dos cálculos de
vazão. Alguns exemplos típicos de vazões médias são fornecidos pelo Rio
Sapucaí Paulista que, no período de 1931 a 1962, apresentou nas suas
cabeceiras (São Joaquim da Barra), para uma bacia de 3.880 Km2, uma vazão
média de 67 m3/seg. Na sua parte baixa (São Domingos), a bacia desse rio
abrange uma área de 6.070 Km2, e a vazão passa para 100 m3/seg.

O Rio Pardo, messe mesmo período (1931 - 1962), apresentou vazão média
nas cabeceiras (São José do Rio Pardo) de 83 m3 por segundo, para uma
bacia de 3.850 Km2. Na parte média (portanto, sem receber ainda seu afluente
Mogi-Guaçu) e nas proximidades de Ribeirão Preto, para uma bacia de 10.500
Km2, a vazão é 161 m3/seg, e na sua parte baixa (São Bartolomeu, Viradouro),
a vazão passa a 420 m3/seg.

No Rio Tietê, para o qual uma série de aproveitamentos hidrelétricos estão


sendo desenvolvidos, podemos considerar como vazões média as seguintes:

 Mapeamento e Estudo geológico


Os trabalhos de geologia, realizados numa área onde se pretende implantar
uma barragem, se apoiam no desenvolvimento de itens fundamentais:

1) - Mapeamento geológico da área

2) - Estudo da rocha de fundação

3) - Estudo dos materiais de construção

Para o esclarecimento desses três itens, é normal a separação dos trabalhos


geológicos em duas etapas distintas, que se resumem nos trabalhos
preliminares e nos de detalhe. No primeiro caso, os trabalhos são de caráter
apenas estimativo, uma vez que a geologia da área, o tipo da rocha de
fundação e os materiais de construção disponíveis são determinados com a
finalidade de reconhecimento apenas. Os dados colhidos nos trabalhos
preliminares, e no caso dos mesmos serem favoráveis para a localização de
uma barragem, irão servir apenas de base para os trabalhos de detalhe.

 Planejamento

As informações obtidas nos itens anteriores pelo levantamento topográfico


(perfil longitudinal do rio, secção transversal, área a ser inundada), pela
hidrologia (vazão do curso nas alternativas propostas), pelo mapeamento
geológico (mapa dos tipos de rochas e solos existentes na área, tipo da rocha
de fundação, estudo dos materiais de construção, etc.), irão permitir aos
projetistas do setor de planejamento escolherem o tipo de barragem mais
adequado e suas dimensões.

 Orçamento

Este grupo analisa posteriormente os projetos propostos pelo grupo de


planejamento. Estimando a quantidade e respectivo preço dos materiais de
construção a serem utilizados na obra, as escavações de terra e rocha a serem
utilizadas, as indenizações das propriedades e terras a serem inundadas, etc.,
é possível calcular-se o preço do kW a ser obtido e em função do seu valor,
escolher e aprovar, ou não, os projetos sugeridos.

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