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Roteiro 3
Ausência e
impedimentos.
Participantes eventuais
Objetivo
1. INTRODUÇÃO
Emmanuel informa: “Médiuns e mediunidades poderão prestar-te grandes
favores, mas, para que atuem com segurança e correção, no serviço que te é ne-
cessário, precisam igualmente de segurança e correção na parte que te compete.” 11
“Todo compromisso que assumimos espontaneamente merece conside-
ração. No entanto, só um compromisso nos parece verdadeiro, irreversível: o
que temos para nós próprios, para com a nossa evolução. Esse é intransferível,
inderrogável.” 2 Significa dizer que é preciso revelar compromisso com a tarefa
que foi aceita, espontaneamente, uma vez que a freqüência irregular à reunião
mediúnica indica desinteresse para com a tarefa. André Luiz recorda que os
participantes que agem assim estão “[...] esquecidos de que toda a edificação
da alma requer disciplina, educação, esforço e perseverança.” 10
Segundo a orientação de Paulo, em sua primeira epístola dirigida a
Timóteo, percebemos que devemos estar atentos aos compromissos assumi-
dos em relação à tarefa mediúnica. A prática mediúnica exige perseverança
e espírito de continuidade. É preferível abster-se de frequentar um grupo
mediúnico do que participar dele ocasionalmente ou de forma irregular.
2. AUSÊNCIAS E IMPEDIMENTOS
E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não
houvermos desfalecido. Paulo (Gálatas, 6:9)
A questão das ausências e dos impedimentos representa um obstáculo à
qualidade do trabalho mediúnico, ainda que se considere ocorrência de situações
que são plenamente justificáveis. É importante, porém, que o participante se es-
force para superar as dificuldades, notificando ao dirigente a sua falta à reunião.
Programa II
Emmanuel compara esta problemática com fato similar ocorrido com Tomé
que não se encontrava presente quando Jesus apareceu aos demais Apóstolos,
após a crucificação. João, 20:24-25, assinala este acontecimento, assim: “Ora,
Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes:
Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos
cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.”
A interpretação de Emmanuel é a seguinte:
Tomé, descontente, reclamando provas, por não haver testemunhado a
primeira visita de Jesus, depois da morte, criou um símbolo para todos os
aprendizes despreocupados das suas obrigações. Ocorreu ao discípulo au-
sente o que acontece a qualquer trabalhador distante do dever que lhe cabe.
A edificação espiritual, com as suas bênçãos de luz, é igualmente um curso
educativo. O aluno matriculado na escola, sem assiduidade às lições, apenas
abusa do estabelecimento de ensino que o acolheu, porquanto a simples ficha
de entrada não soluciona o problema do aproveitamento. Sem o domínio do
alfabeto, não alcançará a silabação. Sem a posse das palavras, jamais chegará
à ciência da frase. Prevalece idêntico processo no aprimoramento do espírito.
Longe dos pequeninos deveres para com os irmãos mais próximos, como
habilitar-se o homem para a recepção da graça divina? Se evita o contacto
com as obrigações humildes de cada dia, como dilatar os sentimentos para
ajustar-se às glorias eternas? Tomé não estava com os amigos quando o Mestre
veio. Em seguida, formulou reclamações, criando o tipo do aprendiz suspei-
toso e exigente. Nos trabalhos espirituais de aperfeiçoamento, a questão é
análoga. Matricula-se o companheiro, na escola de vida superior, entretanto,
ao invés de consagrar-se ao serviço das lições de cada dia, revela-se apenas
mero candidato a vantagens imediatas. Em geral, nunca se encontra ao lado
dos demais servidores, quando Jesus vem; logo após, reclama e desespera. A
lógica, no entanto, jamais abandona o caminho reto. Quem desejar a benção
divina, trabalhe pela merecer. O aprendiz ausente da aula não pode reclamar
benefícios decorrentes da lição. 9
A vitória do bem, como afirma o apóstolo Paulo em sua carta aos gálatas,
requer perseverança. Jamais devemos desfalecer. Esta assertiva pode ser aplicada
em qualquer situação, inclusive na reunião mediúnica.
2.1 Tipos de impedimentos e soluções
• Chuva: “Necessário vencer os percalços que o tempo é capaz de oferecer.”3
O participante deve procurar encontrar soluções que viabilizem a sua
presença à reunião.
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Estudo e Prática da Mediunidade
3. PARTICIPANTES EVENTUAIS
Não vos esqueçais da hospitalidade, porque, por ela, alguns, não o sabendo,
hospedaram anjos. Paulo (Hebreus, 13:2)
Os companheiros de ideal espírita comprometidos seriamente com a ta-
refa, devem a exemplo do conselho apostolar, ser tratados com hospitalidade
em nossas reuniões.
3.1 Visitas programadas
André Luiz presta os esclarecimentos que se seguem, relativos às visitas
ou participantes eventuais do grupo mediúnico:
O serviço de desobsessão não é um departamento de trabalho para cortesias
sociais que, embora respeitáveis, não se compadecem com a enfermagem
espiritual a ser desenvolvida, a benefício de irmãos desencarnados que
amargas dificuldades atormentam.
Ainda assim, há casos em que companheiros da construção espírita-cristã,
quando solicitem permissão para isso, podem ter acesso ao serviço, em ca-
ráter de observação construtiva; entretanto, é forçoso preservar o cuidado
de não acolhê-los em grande número para que o clima vibratório da reunião
não venha a sofrer mudanças inoportunas.
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Programa II
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Estudo e Prática da Mediunidade
REFERÊNCIAS
1. KARDEC, Allan. Instrução prática sobre as manifestações dos Espíritos. Tradução
de Evandro Noleto Bezerra. 1. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 8 (Das relações
com os espíritos), item: Das reuniões, p. 164-165.
2. FRANCO, Divaldo P. Nos bastidores da obsessão. Pelo Espírito Manoel Philomeno
de Miranda. 12. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 14 ( O Cristo con- solador),
p. 254.
3. XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Desobsessão. Pelo Espírito André
Luiz. 26. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Cap. 5 (Superação de impedimentos:
chuva) p.37.
4. ___. Cap. 6 (Superação de impedimentos: visitas), p. 39.
5. ___. Cap. 7 (Superação de impedimentos: contratempos), p. 41-42.
6. ___. Cap. 8 (Impedimento natural), p. 45.
7. ___. Cap. 21 (Visitantes), p. 89-90.
8. ___. Cap. 23 (Chegada inesperada de doente), p. 95.
9. XAVIER, Francisco Cândido. Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 35. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 2006. Cap. 100 (Ausentes), p. 257-258.
10. ___. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. 41. ed. Rio de Janeiro: FEB,
2006. Cap. 3 (Desenvolvimento mediúnico), p. 33.
11. ___. Seara dos médiuns. Pelo Espírito Emmanuel. 18. ed. Rio de Janeiro: FEB,
2006. Item: Tua parte, p. 120.
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PROGRAMA II – MÓDULO II
Roteiro 4
Capacitação do
trabalhador da
mediunidade
Objetivos
1. INTRODUÇÃO
Allan Kardec, no Projeto 1868 destaca a importância de um curso regular
de Espiritismo, “[...] com o fim de desenvolver os princípios da Ciência e de
difundir o gosto pelos estudos sérios. Esse curso teria a vantagem de fundar
a unidade de princípios, de fazer adeptos esclarecidos, capazes de espalhar as
idéias espíritas e de desenvolver grande número de médiuns.” 1
A execução correta de qualquer trabalho requer preparo anterior. Assim
também ocorre na área mediúnica. Mediunidade com Jesus exige permanen-
te estudo evangélico-doutrinário, pois não é admissível participar de tarefas
nesta área, sem o devido preparo. A propósito, assinala Kardec: “Todos os dias
a experiência nos traz a confirmação de que as dificuldades e os desenganos,
com que muitos topam na prática do Espiritismo, se originam da ignorância
dos princípios desta ciência [...].” 2
Assim, é preciso estudar de forma metódica e sistemática a Doutrina Espírita,
à luz do Evangelho de Jesus, antes, durante e após o ingresso na tarefa mediúnica.
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Estudo e Prática da Mediunidade
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Programa II
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Estudo e Prática da Mediunidade
REFERÊNCIAS
1. KARDEC, Allan. Obras póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 39. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 2006. Segunda parte, Projeto 1868, item: Ensino espírita, p. 376.
2. ___. O livro dos médiuns. Tradução de Guillon Ribeiro. 78. ed. Rio de Janeiro:
FEB, 2006. Introdução, p. 13.
3. ___. p. 14.
4. ___. Segunda parte. Cap. 14, item 159, p. 211.
5. FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. Estudo e prática da mediunidade. Pro-
grama I. 3. ed. Brasília: 2005, p. 10.
6. XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Desobsessão. Pelo Espírito André
Luiz. 26. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Cap. 66 (Reuniões de estudos mediúnicos),
p. 229.
7. XAVIER, Francisco Cândido. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 26. ed. Rio
de Janeiro: FEB, 2006, questão 387, p. 215.
8. ___. Questão 388, p. 216.
9. ___. Questão 392, p. 218.
10. ___. Os mensageiros. Pelo Espírito André Luiz. 43. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006.
Cap. 3 (No centro de mensageiros), p. 26.
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