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FURTO - Art.155
Subtrair para si ou para outrem, coisa alheia móvel. Pena: Reclusão 1 a 4 anos + multa. Crime de maior incidência
no país.
Posse tranqüila: é usar a coisa furtada como se fosse sua de forma tranqüila, sem ser escondido ou fugindo.
IV- A – Emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. Pena de 4 a 10 anos e
multa.
§5° - Subtração de veículo automotor, que venha ser transportado para outro Estado ou para o exterior.
Pena de reclusão de 3 a 8 anos.
§6° - Subtração de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido e partes no local
da subtração. Furto de Gado – Abigeato. Art.180ª Pena: 2 a 5 anos.
§7° - Subtração de Substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem
sua fabricação, montagem ou emprego. Pena de 4 a 10 anos e multa.
Furto de Uso:
1- Uso (exclusivamente)
2- Restituição da coisa: logo após o uso.
3- Não pode ser por tempo prolongado.
Somente as coisas infungíveis serão passíveis de serem subtraídas para uso momentâneo do agente.
Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de
havê-la por qualquer meio, reduzindo á impossibilidade de resistência. Pena: Reclusão 4 a 10 anos + multa.
Consumação e Tentativa
EXTORSÃO – Art.158
Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida
vantagem econômica, a fazer tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa. Pena: Reclusão 4 a 10 anos +
multa.
Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do
resgate. Pena: Reclusão de 8 a 15 anos. Hediondo
BJ: patrimônio
OM: coisa danificada
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa
TO: destruir, inutilizar ou deteriorar
TS: dolo
Consumação: quando ocorrer a efetiva destruição, inutilização ou deteriorização da coisa.
Tentativa: admissível
Ação Penal: Pública incondicional
§ único: Dano Qualificado : Pena: detenção de 6 meses a 3 anos + multa, além da pena correspondente
á violência.
I- Com violência á pessoa ou grave ameaça.
II- Com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave.
III- Contra patrimônio da União, de Estado, do DF, Municípios ou de autarquias.
IV- Por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima.
BJ: propriedade
OM: coisa móvel
SA: qualquer pessoa com posse ou detenção.
SP: qualquer pessoa que seja dono da coisa
TO: apropriar
Posse: todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes á
propriedade.
Detenção: aquele que conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.
TS: dolo
Consumação: retenção, consumo, alheação / desvio (passar a coisa para alguém por venda, permuta,
doação)
Tentativa: admitida, porém de difícil visualização.
Ação Penal: Pública Incondicionada.
Causas de Aumento de Pena:
§1º - Quando o agente recebeu a coisa. A pena é aumentada 1/3.
I- Em depósito necessário
II- Na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário
judicial.
III- Em razão de ofício, emprego ou profissão.
ESTELIONATO – Art.171
Obter para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro,
mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. Pena: reclusão de 1 a 5 anos + multa.
BJ: Patrimônio
OM: coisa alheia móvel ou imóvel
SA: qualquer pessoa
SP: pessoa determinada com capacidade de discernimento
TO: obter (crime material) Fraude
Exemplo: Se “A” vende um bilhete premiado para “B” e ele paga par o “A” um valor e dinheiro.
Se “A” se arrepende antes do recebimento da denúncia é arrependimento posterior e se for após a
denúncia o juiz aplicará uma atenuante.
TS: dolo + especial a fim de agir. Não tem culposa.
Consumação: No momento em que se obtém a vantagem ilícita em prejuízo da vítima, ou seja, quando
recebe o dinheiro.
Tentativa: Admissível, pois sendo um crime material sempre será possível a tentativa, porque é possível
segmentar a ação.
Ação Penal: pública Incondicionada.
Exceção: 182,CP Condicionada a Representação.
Exceção da Exceção: volta a ser incondicionada.
§1º - Benefício: para criminoso primário, e o prejuízo é de pequeno valor, o juiz pode aplicar a pena
conforme o Art. 155, §2º.
§2º Modalidades especiais não tem aumento de pena, é aplicado à pena do caput. Todos os incisos têm a
finalidade de fraude.
I- Disposição de coisa alheia como própria: vender, deixar como permuta, dá em pagamento, em locação
ou em garantia coisa alheia como própria. Nesse caso o sujeito não é proprietário, e a coisa pode ser móvel
ou imóvel. Ex: Furtar um celular para vender. Responde por furto e estelionato.
II- Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria: vender, permuta, dá em pagamento ou em
garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante
pagamento em prestações, silenciando sobre as circunstâncias. Nesse caso aqui o sujeito é o proprietário,
e a coisa pode ser móvel ou imóvel.
III- Defraudação de penhor: pegar o bem penhorado e vender.
IV- Fraude na entrega da coisa: defraudar a substancia, mudar a qualidade ou quantidade de coisa que deve
entregar á alguém. Ex: Após ofertar um carro e fechar o negócio, alterar os pneus bons por uns velhos
antes da entrega. Se o produto for alimentício Art. 272,CP, se o produto for a fim medicinal ou terapêutico
aplica Art.273, CP. Nesses dois casos possuem leis próprias, então não se aplica o crime de estelionato.
V- Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro: quando a pessoa simula um acidente para
quebrar o carro para receber o seguro. Isso vale para o próprio corpo, em fazer algo contra si mesmo para
obter um seguro de vida.
VI- Fraude no pagamento por meio de cheque: dar cheque com dolo, sabendo que não vai ter o dinheiro
para pagar e dá mesmo assim, ou susta o cheque. Nesse caso a conta do sujeito tem que estar aberta no
banco.
Súmula 554 STF – se o dano é reparado até o recebimento da denúncia tem benefícios, mas a ação
continua.
§3º - Causa de Aumento de Pena: se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou
instituto de economia popular (cooperativas), assistência social ou beneficência (filantrópicas). Aumenta
de 1/3 a pena.
§4º - estelionato contra idoso: 60 anos ou mais. Aumenta o dobro da pena.
RECEPTAÇÃO – Art.180
Adquirir receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de
crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte. Pena: reclusão, de 1 a 4 anos + multa.
BJ: patrimônio
OM: coisa móvel (somente)
SA: qualquer pessoa
SP: qualquer pessoa
TO:
Receptação Própria: adquirir (de forma onerosa ou gratuita), receber (estar na posse e tirar proveito),
transportar, conduzir, ocultar.
Receptação Imprópria: influir
TS: Dolo
Consumação:
Receptação Própria: quando o agente efetivamente adquire, recebe, transporta, conduz ou oculta, em
proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime.
Receptação Imprópria: quando o agente pratica o comportamento de influir para que terceiro de boa-fé
adquira, receba ou oculte a coisa, ou seja, se consuma com a simples influencia exercida.
Tentativa: admissível.
Ação Penal: Pública Incondicionada.
Exceção: Condicionada a representação.
Receptação Qualificada:
§1º: exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime.
Pena: reclusão de 3 a 8 anos + multa.
§2º: qualquer forma de comércio irregular ou clandestino inclusive o exercício em residência.
Pena: reclusão de 3 a 8 anos + multa.
§3º: Adquirir ou receber coisa, que pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a
oferece, se presume ser obtida por meio criminoso. Pena: detenção de 1 mês a 1 ano ou multa, ou ambas
as penas.
§4º A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a
coisa.
§5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias,
deixar de aplicar à pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do art. 155.
§6º - Tratando-se de bens do patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município ou de
autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de
serviços públicos, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.