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São Cristóvão – SE
2019.1
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRIA ......................................................................................... 4
3 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 12
4 METODOLOGIA EXPERIMETAL ................................................................................. 13
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 14
6 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 21
7 REFERÊNCIAS................................................................................................................ 21
2
RESUMO:
A adsorção é uma importante operação largamente utilizada nas indústrias químicas, a qual
estuda a habilidade de sólidos se concentrarem na sua superfície certas substâncias de
interesse. O mecanismo cinético está baseado nas diferentes difusividades das diversas
espécies nos poros adsorventes. Dependendo da natureza das forças envolvidas, a adsorção
pode ser classificada quanto a sua intensidade em dois tipos: adsorção física e adsorção
química. Cinética de adsorção é expressa como a taxa de remoção do adsorvato na fase fluida
em relação ao tempo, envolvendo a transferência de massa de um ou mais componentes
contidos em uma massa líquida externa para o interior da partícula do adsorvente, os quais
deverão migrar através dos macroporos até as regiões mais interiores desta partícula. O
objetivo deste trabalho foi o de estudar três aspectos fundamentais do processo de adsorção de
ácido acético em carvão ativado: plotar as curvas de equilíbrio, estudar a cinética de adsorção
e construir a curva de ruptura para uma coluna em leito fixo. Mediante a aplicação da
metodologia proposta foram obtidos resultados satisfatórios, obtendo-se uma curva de
equilíbrio condizente com os dados da literatura, a qual foi ajustada coerentemente pelo
Isoterma de Langmuir. Os valores obtidos no ajuste foram de 105±5 mg.g-1 para XS e
0,41±0,09 L.g-1 para KL com um coeficiente de correlação R2 igual a 0,9997. Com o intuito de
estudar a cinética de adsorção do ácido acética na superfície do carvão ativado foram
colocadas massa pré-determinadas de carvão em um volume fixo de ácido acético, retirou-se
alíquotas deste volume para verificar a concentração do ácido ao longo do tempo de vinte e
cinco minutos. Pôde-se perceber que de acordo com o que mostra a literatura, quanto maior o
tempo de contato, maior será essa adsorção na superfície do sólido. Por fim, ao plotar a curva
de ruptura da coluna de adsorção foi possível obter o tempo de ruptura tb = 100 min e a
concentração no tempo de ruptura Cb = 2,88x10-2 mol/L. Além disso, a partir da curva de
ruptura foram calculados o tempo total (99,96 min), tempo útil (110,85 min) e a altura útil da
coluna (41,44 cm), que representa mais de 90% da altura total da coluna, de 46 cm, mostrando
que a operação de adsorção em leito fixo foi eficiente.
1 INTRODUÇÃO
A adsorção é uma operação de transferência de massa, a qual estuda a habilidade de
certos sólidos em concentrar na sua superfície determinadas substâncias existentes em fluidos
líquidos ou gasosos, possibilitando a separação dos componentes desses fluidos. Uma vez que
os componentes adsorvidos, concentram-se sobre a superfície externa, quanto maior for esta
superfície externa por unidade de massa sólida, tanto mais favorável será a adsorção. Por isso,
geralmente os adsorventes são sólidos com partículas porosas (RUTHVEN, 1984). A espécie
que se acumula na interface do material é normalmente denominada de adsorvato ou
adsorbato; e a superfíce sólida na qual o adsorvato se acumula, de adsorvente ou adsorbente
(RUTHVEN, 1984).
Os processos de separação por adsorção estão baseados em três mecanismos distintos:
o mecanismo estérico, os mecanismos de equilíbrio e os mecanismos cinéticos. Para o
mecanismo estérico, os poros do material adsorvente possuem dimensões características, as
quais permitem que determinadas moléculas possam entrar, excluindo as demais. Para os
mecanismos de equilíbrio, têm-se as habilidades dos diferentes sólidos para acomodar
diferentes espécies de adsorvatos, que são adsorvidos, preferencialmente, a outros compostos.
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O mecanismo cinético está baseado nas diferentes difusividades das diversas espécies nos
poros adsorventes( DO,1998).
Dependendo da natureza das forças envolvidas, a adsorção pode ser classificada
quanto a sua intensidade em dois tipos: adsorção física e adsorção química. Os conceitos de
quimissorção e fisissorção são distintos, entretanto os dois mecanismos de adsorção não são
completamente independentes. A distinção quanto à espécie ser física ou quimicamente
adsorvida não é muito clara (ADAMSON; GAST, 1997).
Os fenômenos de adsorção são resultados de uma combinação entre os tipos de forças
envolvidas na adsorção física e química. Desta forma, são vários os fatores que influenciam o
processo de adsorção como a área superficial, as propriedades do adsorvente e do adsorvato, a
temperatura do sistema, natureza do solvente e o pH do meio. É um processo que depende de
vários fatores tais como: natureza do adsorvente, do adsorvato e das condições operacionais.
As características do adsorvente incluem: área superficial, tamanho do poro, densidade,
grupos funcionais presentes na superfície e hidrofobicidade do material. Por outro lado, a
natureza do adsorvato depende da polaridade, do tamanho da molécula, da solubilidade e da
acidez ou basicidade. As condições operacionais incluem, principalmente, temperatura, pH e
natureza do solvente (COONEY, 1999).
Cinética de adsorção é expressa como a taxa de remoção do adsorvato na fase fluida
em relação ao tempo, envolvendo a transferência de massa de um ou mais componentes
contidos em uma massa líquida externa para o interior da partícula do adsorvente, os quais
deverão migrar através dos macroporos até as regiões mais interiores desta partícula. Em
princípio, a cinética de adsorção pode ser conduzida por diferentes processos: a)
Transferência de massa externa: a qual corresponde a transferência de moléculas da fase
fluida para superfície externa da partícula adsorvente, por intermédio de uma camada de
fluido que envolve a partícula. b) Difusão no poro: a qual é ocasionada pela difusão de
moléculas no fluido para o interior dos poros. c) Difusão na superfície: a qual corresponde à
difusão das moléculas totalmente adsorvidas ao longo da superfície do poro.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRIA
A adsorção é um fenômeno de superfície, que pode ser explicado pelo fato de que o
balanço de forças nos átomos da superfície do sólido, é pobre, de modo que, ao serem
puxados para o centro os átomos da superfície sofrem um desequilíbrio eletrônico, este
desequilíbrio possibilita a estes átomos atrair e interagir com as moléculas do fluido.
Há dois tipos de adsorção, a adsorção física e a adsorção química. Adsorção física ou
fisissorção ocorre através de interações fracas do tipo de Van Der Waals (dipolos permanentes
ou induzidos), essas interações tornam as moléculas fisicamente presas ao sólido. O processo
é reversível e exotérmico e, a energia gerada é da mesma magnitude da entalpia de
condensação.
Já a adsorção química, ou quimissorção, resulta da interação química entre o
adsorvente e o adsorbato, geralmente por ligações covalentes, havendo uma troca de
densidade eletrônica. Ela ocorre em sítios ativos, é altamente seletiva e o calor gerado é da
ordem do calor de reação. A Tabela 1 apresenta outras características da adsorção física e
química.
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Como exemplificado na Figura 1, o processo de adsorção ocorre em três etapas. Na
primeira etapa, o soluto difunde do “bulk” fluido para a superfície exterior da partícula. Em
seguida, acontece a migração das moléculas de adsorbato para dentro dos poros do
adsorvente. Por fim, ocorre a adesão das partículas na superfície dos poros.
2.4 Adsorventes
Adsorventes sólidos são geralmente em forma de grãos, com diâmetros que variam de
50 μm a 12 mm e que possuem propriedades estritamente ligadas às suas aplicações. Por
exemplo, caso sejam usados em um leito fixo com a passagem de fluido, não devem
proporcionar uma grande queda de pressão, nem devem ser carregados facilmente pela
corrente. Além disso, os sólidos devem possuir resistência e dureza adequadas para que não
sejam pulverizados no manuseamento ou ao suportar o próprio peso numa coluna. Outra
propriedade importante é a capacidade de adsorção.
Apesar de a maioria dos sólidos serem capazes de adsorver gases e vapores, somente
alguns deles apresentam especificidade e capacidade suficientes para se tornarem úteis
industrialmente. Tal fator está relacionado não somente à natureza química do material, como
também ao seu método de fabricação. Uma característica essencial para qualquer adsorvente é
a área superficial por unidade de peso. Os adsorventes têm uma estrutura muito porosa com
poros finos e volume de poros de cerca 50% do volume total da partícula. o que gera uma
grande superfície para adsorção. O carvão usado em máscaras de gás, por exemplo, possui
uma superfície efetiva estimada em 1000000 m²/kg (TREYBAL, 1981).
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Alguns dos principais adsorventes comerciais são: carvão ativado, sílica gel, alumina
ativada, argilas, zeólitas (peneiras moleculares), polímeros e resinas sintéticas. Nesta prática,
utilizou-se o carvão ativado, adsorvente muito aplicado na remoção de compostos orgânicos,
o qual consiste em um material microcristalino oriundo da decomposição térmica da madeira,
do carvão ou de outros tipos de biomassa. Este possui áreas superficiais de 300 a 1200 m²/g e
um diâmetro médio de poro que varia entre 10 e 60 Å (GEANKOPLIS, 1993). Apesar de
possuir alta eficiência, o carbono ativado possui um tempo de vida limitado, logo, assim que
atinge sua capacidade máxima de adsorção, é descartado e substituído por um material novo.
Porém, este método não se mostra muito viável economicamente, além de
possivelmente prejudicial ao meio-ambiente. De tal modo, uma opção mais vantajosa é
regenerar o carvão, removendo os contaminantes acumulados em sua superfície, para que
possa ser usado por mais ciclos de adsorção. Entre as técnicas mais relatadas na indústria e
aplicadas industrialmente para regeneração do carvão ativado, estão os métodos térmicos,
químicos, microbiais e eletroquímicos, este último apresentando, em alguns casos, taxas de
regeneração de 95% e perda de 2% na capacidade adsorvente por ciclo (MCQUILLAN et al,
2018).
Segundo Kehl (2015), carvão ativado são materiais porosos que apresentam forma
microcristalina e que sofreram um processamento para aumentar a porosidade interna.
Quando ativado, o carvão possui porosidade interna semelhante a uma rede de túneis que se
bifurcam em canais menores. A princípio, qualquer material com alto teor de carbono (agente
precursor), pode ser transformado em carvão ativado.
Para gases e vapores, em geral, quanto maior o peso molecular e menor a temperatura
crítica, mais facilmente eles são adsorvidos, com a ressalva de que, em alguns casos, a
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extensão da insaturação na molécula pode influenciar no processo. Os gases permanentes ou
de difícil liquefação (como oxigênio, nitrogênio, metano, monóxido de carbono) são
dificilmente adsorvidos (TREYBAL, 1981).
Já para líquidos, quando um adsorvente é imerso num líquido puro, por exemplo, a
adsorção é evidenciada pela liberação de energia, porém não há variação apreciável de
volume. Nem a pesagem do sólido antes e depois da adsorção é útil para medir a quantidade
adsorvida, porque não se pode distinguir entre o líquido adsorvido e o que se encontra retido
mecanicamente. Para soluções diluídas, ocorre a adsorção de ambos soluto e solvente. Porém,
é satisfatório considerar uma adsorção aparente, em que se mede a concentração do soluto no
início e no fim, negligenciando qualquer mudança de volume na solução (TREYBAL, 1981).
Para quase todos os sistemas de adsorção verifica-se que o aumento da temperatura
leva a uma forte diminuição da quantidade adsorvida pelo adsorvente. Tal comportamento
mostra-se bastante útil, pois normalmente se procede à adsorção em temperatura ambiente,
enquanto a dessorção pode ser aplicada posteriormente, por elevação da temperatura
(GEANKOPLIS, 1993).
𝑞𝑒 = 𝐾𝐹 𝐶𝑒 1/𝑛 (1)
De base teórica, esta relação parte das seguintes hipóteses: (a) existe somente um
número fixo de sítios ativos disponíveis para adsorção; (b) apenas uma monocamada é
formada; (c) a adsorção é reversível e atinge uma condição de equilíbrio. Pode ser expressa
pela Equação (2):
𝑞max 𝐾𝐿 𝐶𝑒
𝑞= (2)
1+𝐾𝐿𝐶𝑒
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Em que q0 e K são constantes empíricas, expressas respectivamente em kg-adsorbato/kg-
adsorvente e em kg/m3. A partir de um gráfico 1/q X 1/c, a inclinação fornece K/q0 e a
interseção, 1/q0 (GEANKOPLIS, 1993).
2.5.4 Considerações
(3)
(4)
Em que Dm (cm2s-1) representa o coeficiente de difusão molecular, cujo valor pode ser
estimado pela correlação de Wilke-Chang, vide Equação (5):
(5)
● Difusão de Knudsen (Dk): ocorre ao haver colisões do soluto com as paredes dos poros
do adsorvente, sendo mais frequentes que as colisões entre as moléculas. Acontece
quando o diâmetro do adsorvato e do poro do adsorvente são próximos. É dado pela
Equação (6):
(6)
10
(7)
(8)
São vários os fatores que influenciam o processo de adsorção, tais como a natureza do
adsorvente, do adorvato e as condições operacionais. Dentre as características do adsorvente
pode-se citar a área superficial, tamanho do poro, densidade, grupos funcionais presentes e
hidrofobicidade do material. Em relação ao adsorvato, tem-se: polaridade, tamanho da
molécula, solubilidade e acidez ou basicidade. As condições operacionais incluem,
principalmente, temperatura, pH e natureza do solvente. (COONEY, 1999 apud
NASCIMENTO et al, 2014).
A velocidade de adsorção é bastante influenciada pela temperatura do sistema. Uma
elevação da temperatura pode ocasionar aumento da energia cinética, da mobilidade das
espécies do adsorvato e da taxa de difusão, afetando, principalmente, a constante de
velocidade de adsorção. (NASCIMENTO, 2014).
Além disso, para quase todos os sistemas de adsorção, verifica-se que o aumento da
temperatura leva a uma forte diminuição da quantidade adsorvida pelo adsorvente. Este
aspecto pode ser explorado realizando-se à adsorção em uma dada temperatura, podendo-se
efetuara a dessorção posterior por elevação da temperatura.O pH afeta a adsorção na medida
em que determina o grau de distribuição das espécies químicas. A intensidade desse efeito
pode ser maior ou menor conforme o adsorvente, uma vez que as cargas da superfície do
adsorvente dependem da sua composição e das características da superfície. Um índice
conveniente da tendência de uma superfície se tornar positiva ou negativamente carregada em
função do pH, é o valor do mesmo requerido para que a carga líquida do adsorvente seja nula,
o chamado ponto de carga zero (pHPZC). Para valores de pH inferiores ao pHPZC, a carga
superficial é positiva e a adsorção de ânions é favorecida; e para valores de pH superiores ao
pHPZC, a carga superficial é negativa e a adsorção de cátions é favorecida (APEEL, 2003 aput
NASCIMENTO, 2014).
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Segundo Silva Neto et al. (2018), para a utilização de uma coluna de adsorção em leito
fixo é necessário que ela apresente um bom desempenho, que é avaliado com os estudos da
curva de ruptura, onde é possível predizer a saturação da coluna de adsorção mediante a razão
de alimentação. A curva de ruptura é função da concentração de saída pela concentração de
alimentação e o tempo, como mostra a Figura 3:
Os parâmetros analisados em uma curva de ruptura são o tempo total (tempo para
atingir a capacidade máxima da coluna), tempo útil (definido como o instante percorrido até o
tempo de ruptura) e a altura útil, que é a altura utilizada até o ponto de ruptura de leito
(SILVA NETO et al., 2018). Estes parâmetros estão definidos nas equações abaixo:
∞
𝐶
𝑡𝑡 = ∫ (1 − ) 𝑑𝑡 (9)
0 𝐶0
𝑡𝑏
𝐶
𝑡𝑢 = ∫ (1 − ) 𝑑𝑡 (10)
0 𝐶0
𝑡𝑢
𝐻𝑢 = 𝐻 (11)
𝑡𝑡 𝑡
Sendo: 𝑡𝑡 o tempo total; 𝑡𝑢 o tempo útil; 𝑡𝑏 o tempo de ruptura; 𝐻𝑢 a altura útil e 𝐻𝑡 a altura
total do leito.
3 OBJETIVOS
A prática realizada teve como principal objetivo estudar a adsorção do ácido acético sobre
o carvão vegetal.
Obter a isoterma de adsorção para a mesma temperatura utilizada na obtenção da curva de
equilíbrio;
Traçar o gráfico da cinética de adsorção de ácido acético em carvão ativado ao longo do
tempo;
Traçar a curva de ruptura
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4 METODOLOGIA EXPERIMETAL
4.1 Materiais
Banho termostático de bandeja/suporte para agitação;
Elernmeyers de 125 ml;
Elernmeyer de 500 ml;
Pipeta Volumétrica de 100 ml;
Pipeta volumétrica de 10 ml;
pipeta graduada de 10 ml;
Bureta com suporte universal;
Espátula;
Funil e Papel filtro;
Pera de sucção;
Mini coluna para ensaio de adsorção contínua em leito fixo;
Reservatório de solução de ácido acético;
Reservatório para descarte de soluções residuais;
Bomba peristáltica;
Provetas;
Pisceta;
pHmetro;
Cronômetro;
Carvão ativo;
Solução aquosa de ácido acético;
Solução aquosa de Hidróxido de sódio;
Indicador (ácido/base) fenolftaleína;
Água destilada e reservatório de solução de ácido acético, para alimentação contínua da
mini-coluna de adsorção.
4.2 Procedimento Experimental
Foram pesados aproximadamente 0,5; 2,0; 3,5; 5,0; g de carvão ativado e colocados
em quatro Erlenmeyer diferentes. Após, foi adicionado a cada Erlenmeyer cerca de 50 mL de
ácido acético com auxílio da pipeta volumétrica; após, os Erlenmeyer foram para o para um
agitador para que a solução pudesse ser bem misturada com o adsorvente. Após a agitação de
cada Erlenmeyer; foram retiradas duas alíquotas de 10 mL cada (antes disso a solução foi
filtrada em papel filtro para evitar a presença de carvão a alíquota) e transferidas para outros
Erlenmeyer; após, cada volume de 10 mL foi titulado com uma solução de hidróxido de sódio
0,2M; usando-se como indicador a fenolftaleína. Os volumes gastos foram anotados para
posterior cálculo das concentrações de ácido acético em cada solução.
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Adicionou-se, rapidamente, em cada erlemneryer, 100 mL de solução aquosa de ácido
acético a 0,2N e começar a marcar, logo em seguida, o tempo individual para cada
elernmeyer; Colocou-se os erlemneyers sobre a bandeja, do Banho termostático, e regulou-se
a temperatura e agitação. A cada 5 minutos, tirou-se um erlemneyer do banho e, rapidamente,
filtrou-se e retirou-se duas alíquotas de 10 ml titulando-se cada uma com a solução de NaOH
(0,2N já fatorada) usando-se fenolftaleina como indicador, afim de determinar a fração
residual de ácido acético em solução.
Pesou-se 134,0673 g de carvão ativado para encher a mini coluna de 46 cm. O volume
total, que correspondeu a 960 mL, foi medido utilizando-se uma proveta de 500 mL. Ácido
acético foi alimentado continuamente pela coluna a 12,63 mL/min através da bomba
peristáltica. Um cronômetro foi acionado e um peagâmetro foi utilizado para analisar a queda
de pH ao longo do tempo, terminando ao atingir o pH 3,58.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Curva de Equilíbrio
14
7,6
3 7,6
7,6
6,6
4 6,7
6,8
Os dados da Tabela 3 estão de acordo com o esperado, uma vez que, ao se usar uma
quantidade maior de adsorvente, espera-se que a solução retirada do banho termostático
possua menos soluto (adsorbato), exigindo assim, um menor volume de NaOH na titulação
das mesmas. Este fato é melhor observado na Tabela 4, a qual apresenta as concentrações
residuais e quantidades de matéria de ácido acético obtidas em cada ensaio.
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Figura 4 – Isoterma de Langmuir para adsorção de ácido acético em carvão ativado
Além da análise por meio de ajuste não-linear dos dados, fez-se a regressão linear dos
dados obtidos utilizando a forma linearizada da isoterma de Langmuir, Equação (13). Assim,
foi construída a Tabela 6 com os dados das novas coordenadas e posteriormente o gráfico
exposto na Figura (LINEAR).
1 1 1 1
𝑋𝑎𝑑𝑠⁄ = ∙ + (13)
𝑊 𝑋𝑆 ∙𝐾𝐿 𝐶 𝑋𝑆
16
Figura 5 – Isoterma de Langmuir experimental na forma linear
𝑉𝑁𝑎𝑂𝐻
𝐶𝐻𝐴𝑐 = 𝐶𝑁𝑎𝑂𝐻 (14)
𝑉𝐻𝐴𝑐
17
A partir desta equação e do valor de concentração do NaOH de 0,2 N, dos volumes
fixos de 10ml de ácido acético e dos volumes médios de NaOH retirados da tabela 1, pode-se
determinar as concentrações de ácido acético de cada Erlenmeyer. Como pode ser visualizado
na Tabela 8 abaixo.
Já a quantidade de matéria adsorvida pode ser determinada com o auxílio da equação (16):
A partir dos dados expostos na Tabela 9 foi possível plotar um gráfico da quantidade
de matéria que foi adsorvida no tempo.
18
0,007
0,006
0,005
0,003
0,002
0,001
0
0 10 20 30 40 50
Tempo (min)
(10-pH )²
C= (17)
Ka
A partir da equação (17) foi possível calcular a concentração de ácido acético para
cada uma das medidas de pH ao longo do tempo. As medidas de C/C0, apresentando cada
concentração ao longo do tempo sobre a concentração inicial, estão da tabela abaixo:
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Tabela 11 – Valores da concentração de ácido acético sobre a concentração inicial ao
longo do tempo.
t (min) C/C0
0 2,51E-10
26 3,02E-10
30 3,16E-10
40 6,03E-10
50 1,05E-09
60 4,17E-09
70 7,24E-09
80 1,91E-08
90 4,57E-05
100 2,88E-02
110 4,57E-01
5,00E-01
4,50E-01
4,00E-01
3,50E-01
C/C0
3,00E-01
2,50E-01
2,00E-01
1,50E-01
1,00E-01
5,00E-02
0,00E+00
0 20 40 60 80 100 120
t (min)
Figura 7 – Curva de ruptura para a coluna de adsorção estudada.
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Tabela 12 – Parâmetros da coluna de leito fixo calculados.
Parâmetros Valores calculados
Tempo total 99,86 min
Tempo útil 110,85 min
Altura útil 41,44 cm
Pode-se notar que a altura útil da coluna é de 41,44 cm, pouco mais de 90% da altura
total da coluna, mostrando que a coluna adsorvedora foi eficiente.
6 CONCLUSÃO
A partir do desenvolvimento dos ensaios propostos foi possível obter resultados
satisfatórios que corroboraram para a compreensão e aprendizado das técnicas de adsorção,
sendo possível, vislumbrar sua importância e a sua grande aplicabilidade que alcança muitas
outras áreas além da indústria química.
A isoterma de Langmuir revelou-se como uma boa adaptação para os dados
experimentais obtidos, porém, faz-se necessária uma maior quantidade de pontos
experimentais. Conclui-se que massas maiores de carvão ativado vão levar a uma quantidade
maior de
Além disso, na cinética de adsorção, foi notado que concentração do ácido diminuiu
devido a adsorção à superfície do carvão ativado, estudos cinéticos corroboraram com o
encontrado também na literatura que o tempo de contato propicia melhores taxas de adsorção.
Por fim, ao plotar a curva de ruptura da coluna de adsorção foi possível obter o
tempo de ruptura tb = 100 min e a concentração no tempo de ruptura Cb = 2,88x10-2 mol/L.
Além disso, a partir da curva de ruptura foram calculados o tempo total (99,96 min), tempo
útil (110,85 min) e a altura útil da coluna (41,44 cm), que representa mais de 90% da altura
total da coluna, de 46 cm, mostrando que a operação de adsorção em leito fixo foi eficiente.
7 REFERÊNCIAS
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COONEY, D. O. Adsorption Design for Wastewater Treatment. Florida: CRC Press, 1999.
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