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Especificação de Betão Estrutural
Data: 20-03-09
OBJECTIVO
Esta Instrução de Trabalho Técnica de Estruturas tem como objectivo definir uma metodologia para a
especificação de betão estrutural de acordo com as normas NP EN 206-1, NP ENV 13670-1 e o Decreto-lei n.º
301/2007.
UTILIZADORES
Os utilizadores deste documento são todos os Projectistas e Directores de Projecto de Estruturas.
RESPEONSABILIDADE
É da responsabilidade do Director de Projecto a especificação técnica do betão estrutural e a sua inclusão nos
documentos de projecto, nomeadamente nas Condições Técnicas, Memória Descritiva e Quadro de Materiais.
METODOLOGIA
Esta Instrução de Trabalho Técnica procura sintetizar a informação necessária para a especificação dos
requisitos do betão estrutural de acordo com a regulamentação em vigor. Apresenta ainda critérios para
especificação da vida útil da estrutura de betão, da sua classe de inspecção e do nível de prevenção quanto às
reacções álcalis-sílica.
No caso do betão leve estrutural deve-se ainda incluir a classe de massa volúmica antes da classe de
consistência:
Este formato deverá ser adoptado para especificação do betão nas Condições Técnicas. Na Memória Descritiva
e Quadro de Materiais poderá adoptar-se um formato mais abreviado, considerando a mesma designação,
mas apenas até à classe de exposição ambiental.
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Betão leve normal LC8/9 LC12/13 LC16/18 LC20/22 LC25/28 LC30/33 LC35/38
LC40/44 LC45/50 LC50/55
Betão leve de elevada resistência LC55/60 LC60/66 LC70/77 LC80/88
fck,cyl – resistência característica do betão aos 28 dias obtida a partir de provetes cilíndricos de 150mm de
diâmetro por 300mm de altura
fck,cube – resistência característica do betão aos 28 dias obtida a partir de provetes cúbicos de 150mm de aresta
Sem risco de corrosão ou ataque Para betão não armado e sem metais embebidos: todas as
exposições, excepto ao gelo/degelo, à abrasão ou ao
ataque químico. Para betão armado ou com metais
embebidos: ambiente muito seco
X0
Corrosão induzida por carbonatação Quando o betão, armado ou contendo metais embebidos,
se encontrar exposto ao ar e à humidade (acção do CO2)
XC1 XC2 XC3 XC4
Corrosão induzida por cloretos não provenientes Quando o betão, armado ou contendo metais embebidos,
da água do mar se encontrar em contacto com água, que não água do mar,
contendo cloretos, incluindo sais descongelantes
XD1 XD2 XD3
Corrosão induzida por cloretos da água do mar Quando o betão, armado ou contendo metais embebidos,
se encontrar em contacto com cloretos provenientes da
água do mar ou exposto ao ar transportando sais marinhos
XS1 XS2 XS3
Ataque gelo/degelo Quando o betão, enquanto húmido, se encontrar exposto a
um significativo ataque por ciclos gelo/degelo
XF1 XF2
Ataque químico Quando o betão se encontrar exposto ao ataque químico
proveniente de solos naturais e de águas subterrâneas;
Quadro 2 estabelece valores limite para a água (ião sulfato
SO42-, pH, dióxido de carbono agressivo CO2, ião amónio
NH4+ e ião magnésio Mg2+) e solos (ião sulfato SO42- e
acidez)
XA1 XA2 XA3
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XC2 Húmido, raramente seco − Betão armado enterrado em solo não agressivo (ex.: muitas
fundações)
− Betão armado sujeito a longos períodos de contacto com água não
agressiva
− Superfícies exteriores de betão armado protegidas da chuva
XC3 Moderadamente húmido
transportada pelo vento
− Betão armado no interior de estruturas com moderada ou elevada
húmida do ar (ex.: cozinhas e casas de banho)
− Betão armado exposto a ciclos molhagem/secagem
XC4 Ciclicamente húmido e seco
− Superfícies exteriores de betão armado expostas à chuva ou fora
do âmbito da XC2
XD2 Húmido, raramente seco − Betão armado imerso em água contendo cloretos (ex.: piscinas)
− Betão armado directamente afectado pelos sais descongelantes ou
XD3 Ciclicamente húmido e seco
pelos salpicos de água contendo cloretos (1)
− Betão armado em que uma das superfícies está imersa em água
contendo cloretos e a outra exposta ao ar (ex.: algumas piscinas ou
parte delas e reservatórios)
− Lajes de parques de estacionamento de automóveis e outros
pavimentos expostos a sais contendo cloretos(1)
(1) No nosso país estas situações poderão ser consideradas na classe XD1 (LNEC E 464)
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SO42- mg/l NP EN 196-2 ≥ 200 e ≤ 600 > 600 e ≤ 3000 > 3000 e ≤ 6000
pH ISO 4316 ≥ 5,5 e ≤ 6,5 ≥ 4,5 e < 5,5 ≥ 4,0 e < 4,5
> 100 até à
CO2 agressivo mg/l NP EN 13577 ≥ 15 e ≤ 40 >40 e ≤ 100
saturação
ISO 7150-1 ou
NH4+ mg/l ≥ 15 e ≤ 30 >30 e ≤ 60 > 60 e ≤ 100
ISO7150-2
> 3000 até à
Mg2+ mg/l ISO 7980 ≥ 300 e ≤ 1000 >1000 e ≤ 3000
saturação
Solos
SO42- total(1) mg/kg EN 196-2 ≥ 2000 e ≤ 3000(2) >3000(2) e ≤ 12000 > 12000 e ≤ 24000
> 200
Acidez ml/kg DIN 4030-2 Não encontrado na prática
Baumann Gully
(1) Os solos argilosos com uma permeabilidade abaixo de 10-5 m/s podem ser colocados numa classe mais baixa
(2) O limite de 3000 mg/kg deve ser reduzido para 2000 mg/kg, caso exista risco de acumulação de iões sulfato no betão devido a ciclos
de secagem e molhagem ou à absorção capilar
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Classe do teor de cloretos Cl “x” = Máximo teor de Cl- por massa de ligante igual a “x” %
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1.9. Valores limite para a composição do betão para uma vida útil de 50 anos
Classes de exposição
de corrosão
ou ataque
Sem risco
Corrosão induzida por
Ataque gelo / degelo Ataque químico
Carbonatação Cloretos
Mínimo
recobrimento - 25 35 35 40 25 35 35 40 45 50 55 45 50 55 - - - - - - - - - -
nominal (6)
(mm)
Máxima
razão A/C - 0,65 0,65 0,60 0,60 0,65 0,65 0,55 0,55 0,55 0,55 0,45 0,45 0,45 0,40 0,60 0,55 0,55 0,50 0,55 0,50 0,45 0,50 0,45 0,45
Mínima
dosagem de - 240 240 280 280 260 260 300 300 320 320 340 360 360 380 280 280 300 300 320 340 360 340 360 380
cimento(5)
(kg/m3)
Mínima
LC25/28
LC25/28
LC30/33
LC30/33
LC25/28
LC25/28
LC30/33
LC30/33
LC30/33
LC30/33
LC35/38
LC40/44
LC40/44
LC50/55
LC30/33
LC30/33
LC30/33
LC30/33
LC30/33
LC35/38
LC35/38
LC35/38
LC40/44
LC40/44
C12/15
C25/30
C25/30
C30/37
C30/37
C25/30
C25/30
C30/37
C30/37
C30/37
C30/37
C35/45
C40/50
C40/50
C50/60
C30/37
C30/37
C30/37
C30/37
C30/37
C35/45
C35/45
C35/45
C40/50
C40/50
classe de
resistência
Mínimo teor
- - - - - - - - - - - - - - - - 4,0 - 4,0 - - - - - -
de ar (%)
Cimento Cimento
Outros - - - - - - - - - - - - - - - Agregados com suficiente - resistente a - resistente a
requisitos resistência ao gelo/degelo sulfatos-E464 sulfatos-E464
(1) Não aplicável aos cimentos II/A-T e II/A-W e aos cimentos II/B-T e II/B-W, respectivamente
(2) Não aplicável aos cimentos com percentagem inferior a 50% de clínquer portland, em massa
(3) Não aplicável aos cimentos II-T, II-W, II/B-L e II/B-LL
(4) Quando a agressividade resultar da presença de sulfatos, o betão deve satisfazer as exigências estabelecidas neste quadro para o CEM IV e os cimentos os outros requisitos mencionados no quadro 10 da E464
(5) Se a dimensão máxima do agregado for menor que 20mm, as dosagens de cimento (C) terão que ser aumentadas para 1,10C se 20mm>Dmáx≥12,5mm e para 1,23C se 12,5mm>Dmáx≥4m
(6) O mínimo recobrimento nominal das armaduras de pré-esforço obtém-se somando 10mm aos valores indicados
1.10. Valores limite para a composição do betão para uma vida útil de 100 anos
Classes de exposição
de corrosão
ou ataque
Sem risco
Corrosão induzida por
Ataque gelo / degelo Ataque químico
Carbonatação Cloretos
Mínimo
recobrimento - 35 45 45 50 35 45 45 50 55 60 65 55 60 65 - - - - - - - - - -
nominal (6)
(mm)
Máxima
razão A/C - 0,65 0,65 0,60 0,60 0,65 0,65 0,55 0,55 0,55 0,55 0,45 0,45 0,45 0,40 0,55 0,50 0,50 0,45 0,50 0,45 0,40 0,45 0,40 0,40
Mínima
dosagem de - 240 240 280 280 260 260 300 300 320 320 340 360 360 380 300 300 320 320 340 360 380 360 380 400
cimento(5)
(kg/m3)
Mínima
LC25/28
LC25/28
LC30/33
LC30/33
LC25/28
LC25/28
LC30/33
LC30/33
LC30/33
LC30/33
LC35/38
LC40/44
LC40/44
LC50/55
LC40/44
LC40/44
LC40/44
LC40/44
LC40/44
LC45/50
LC45/50
LC45/50
LC50/55
LC50/55
C12/15
C25/30
C25/30
C30/37
C30/37
C25/30
C25/30
C30/37
C30/37
C30/37
C30/37
C35/45
C40/50
C40/50
C50/60
C40/50
C40/50
C40/50
C40/50
C40/50
C45/55
C45/55
C45/55
C50/60
C50/60
classe de
resistência
Mínimo teor
- - - - - - - - - - - - - - - - 4,0 - 4,0 - - - - - -
de ar (%)
Cimento Cimento
Outros - - - - - - - - - - - - - - - Agregados com suficiente - resistente a - resistente a
requisitos resistência ao gelo/degelo sulfatos-E464 sulfatos-E464
(1) Não aplicável aos cimentos II/A-T e II/A-W e aos cimentos II/B-T e II/B-W, respectivamente
(2) Não aplicável aos cimentos com percentagem inferior a 50% de clínquer portland, em massa
(3) Não aplicável aos cimentos II-T, II-W, II/B-L e II/B-LL
(4) Quando a agressividade resultar da presença de sulfatos, o betão deve satisfazer as exigências estabelecidas neste quadro para o CEM IV e os cimentos outros requisitos mencionados no quadro 10 da E464
(5) Se a dimensão máxima do agregado for menor que 20mm, as dosagens de cimento (C) terão que ser aumentadas para 1,10C se 20mm>Dmáx≥12,5mm e para 1,23C se 12,5mm>Dmáx≥4mm
(6) O mínimo recobrimento nominal das armaduras de pré-esforço obtém-se somando 10mm aos valores indicados
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Pilares e vigas exteriores à vista NP EN 206-1; C30/37; XC4 (Pt); Cl 0,40; D25; S3 40 mm
Lajes e paredes exteriores à vista NP EN 206-1; C30/37; XC4 (Pt); Cl 0,40; D25; S3 35 mm
Lajes (parques estacionamento) NP EN 206-1; C30/37; XC3 e XD1 (Pt); Cl 0,20; D25; S3 (*) 40 mm
Lajes mistas com betão leve NP EN 206-1; LC 30/33; XC3 (Pt); Cl 0,40; D20; D1,6; S3 30 mm
(*)
Com cimento CEM IV/A
Categoria Anos
1 10 Estruturas temporárias
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3. Classe de inspecção
A classe de inspecção da obra terá que ser especificada nas Cláusulas Técnicas no capítulo intitulado
“Especificações Específicas de Projecto”, tendo em conta o quadro seguinte:
Tipo de elementos Lajes e vigas em betão Lajes e vigas em betão Arcos e abóbadas em
estruturais armado com vãos < 10m armado com vãos > 10m betão armado
Pilares e paredes simples Pilares e paredes esbeltos Elementos fortemente
armados
Estruturas de fundações Maciços de
simples encabeçamento de Fundações delicadas e
estacas complicadas
Arcos < 10m Arcos > 10m
Tipo de construção / Estruturas com elementos Estruturas com elementos Estruturas com elementos
tecnologias usadas pré-fabricados pré-fabricados pré-fabricados
Tolerâncias especiais
Tipo de materiais em
obra – betão armado
conforme a NP EN 206:
− Classe de resistência Até C25/30 inclusive Qualquer classe de Qualquer classe de
resistência resistência
− Classe de exposição X0; XC1, XC2, XA1, XF1
Qualquer classe de Qualquer classe de
− Armaduras Passivas
exposição exposição
Passivas e de pré-esforço Passivas e de pré-esforço
Caso se justifique poderão ser atribuídas classes de inspecção distintas a diferentes elementos estruturais.
Quando o tempo de vida útil especificado para a estrutura for de 100 anos, deve obrigatoriamente utilizar-se a
classe de inspecção 3.
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Categoria ambiental
Categoria de risco
A1 A2 A3
R1 P1 P1 P1
R2 P1 P2 P2
R3 P2(1) P3 P3
(1) No caso de betão em grandes massas deve considerar-se o nível de prevenção P3
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Especificador: Projectista, que estabelece as propriedades do betão necessárias ao uso da obra e à sua
execução
ou
Empreiteiro, quando complementa a especificação do projectista estabelecendo, p.ex.,
propriedades ligadas à colocação em obra do betão.
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O DL regulamenta o que as diversas entidades são responsáveis por especificar para além do disposto nas
normas:
Dono de Obra ou Projectista: 1. Vida útil pretendida (NP EN 206-1- DNA 5.3.1)
2. Classe de Inspecção a aplicar a quem aplica o betão (NP ENV 13670-1
– Quadro G.1)
Empreiteiro Verificação da conformidade do betão e dos aços nas obras com as classes
de inspecção 2 ou 3, e também para classes de inspecção 1 quando
estabelecido nas especificações de projecto, no que respeita a:
Capítulos 1, 2 e 3 - Generalidades
Novidades em relação à antiga ENV 206:
1. Extensão na classificação do betão no que respeita às condições ambientais
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EN 12878: Pigmentos
A norma aplica-se a:
Estruturas betonadas no local Betão amassado no local Betão de massa volúmica normal
Estruturas pré-fabricadas Betão pronto Betão pesado
Produtos estruturais pré-fabricados Betão produzido numa fábrica de Betão leve
pré-fabricados
Não se aplica a: A norma especifica requisitos para:
• Betão celular • Materiais constituintes do betão
• Betão de espuma • Propriedades do betão fresco e endurecido e a
sua verificação
• Betão poroso (betão sem finos)
• Limitações à composição do betão
• Betão com massa volúmica inferior a 800 kg/m3
• Especificação do betão
• Entrega do betão fresco
• Procedimentos de controlo da produção
• Critérios de conformidade e avaliação da
conformidade
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Sem risco de corrosão ou ataque Para betão não armado e sem metais embebidos: todas as
exposições, excepto ao gelo/degelo, à abrasão ou ao
ataque químico. Para betão armado ou com metais
embebidos: ambiente muito seco
X0
Corrosão induzida por carbonatação Quando o betão, armado ou contendo metais embebidos,
se encontrar exposto ao ar e à humidade (acção do CO2)
Corrosão induzida por cloretos não provenientes Quando o betão, armado ou contendo metais embebidos,
da água do mar se encontrar em contacto com água, que não água do mar,
contendo cloretos, incluindo sais descongelantes
Corrosão induzida por cloretos da água do mar Quando o betão, armado ou contendo metais embebidos,
se encontrar em contacto com cloretos provenientes da
água do mar ou exposto ao ar transportando sais marinhos
XF1 XF2
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pH ISO 4316 ≥ 5,5 e ≤ 6,5 ≥ 4,5 e < 5,5 ≥ 4,0 e < 4,5
Mg2+ mg/l ISO 7980 ≥ 300 e ≤ 1000 >1000 e ≤ 3000 > 3000 até à
saturação
Solos
SO42- total(1) mg/kg EN 196-2 ≥ 2000 e ≤ 3000(2) >3000(2) e ≤ 12000 > 12000 e ≤ 24000
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A Especificação LNEC E 464 contém os requisitos que o betão armado deve satisfazer para as várias classes de
exposição ambiental. A Especificação é mencionada como informativa em DNA 4.1.
S1 10 a 40 V0 ≥ 31 C0 ≥ 1,46 F1 ≤ 340
F6 ≥ 630
Quando o betão for classificado em relação à máxima dimensão do agregado, usa-se como classificação a
máxima dimensão do agregado mais grosso (Dmax). Deve ser escolhida tendo em conta o recobrimento das
armaduras e a largura mínima da secção.
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fck,cyl – resistência característica do betão aos 28 dias obtida a partir de provetes cilíndricos de 150mm de
diâmetro por 300mm de altura
fck,cube – resistência característica do betão aos 28 dias obtida a partir de provetes cúbicos de 150mm de aresta
Resistência à reacção álcalis-sílica: − DNA 5.2.3.4 estabelece que deve ser respeitada a Especificação LNEC
E 461-2004
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Categoria ambiental
Categoria de risco
A1 A2 A3
R1 P1 P1 P1
R2 P1 P2 P2
R3 P2(1) P3 P3
(1) No caso de betão em grandes massas deve considerar-se o nível de prevenção P3
Medidas preventivas:
• Nível P1: não é necessário tomar medidas
• Nível P3: Aplicar, em geral, pelo menos duas das medidas indicadas no nível P2
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− Cimento CEM tipo I e A/C > 0,45: k=2,0 (excepto nas classes XC e XF,
onde k=1,0)
Conceito de desempenho equivalente do betão: é permitido alterar os requisitos da norma quanto à mínima
dosagem de cimento e à máxima razão A/C, desde que seja demonstrado que o betão resultante tem um
desempenho equivalente ao de um betão de referência para a classe de exposição relevante. A demonstração
terá que ser realizada através de ensaios em laboratório acreditado (Anexo E).
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DNA 5.3.2. estabelece que os valores-limite deverão ser os indicados na Especificação LNEC E 464-2007,
excepto para a classe de exposição X0, para a qual continuam a ser válidos os valores do Quadro F.1 do Anexo
F da norma.
O recobrimento poderá ser reduzido de 5mm caso as classes de resistência sejam as do quadro B.3 da LNEC
E464-2005.
XC0 / XC1 XC2 / XC3 XC4 XD1 / XD2 / XS1 XD3 / XS2 / XS3
Poderá também ser reduzido de 5mm no caso de lajes e paredes (LNEC E464-2007)
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Valores limite para a composição do betão para uma vida útil de 50 anos
Classes de exposição
de corrosão
ou ataque
Sem risco
Corrosão induzida por
Ataque gelo / degelo Ataque químico
Carbonatação Cloretos
Mínimo
recobrimento - 25 35 35 40 25 35 35 40 45 50 55 45 50 55 - - - - - - - - - -
nominal (6)
(mm)
Máxima
razão A/C - 0,65 0,65 0,60 0,60 0,65 0,65 0,55 0,55 0,55 0,55 0,45 0,45 0,45 0,40 0,60 0,55 0,55 0,50 0,55 0,50 0,45 0,50 0,45 0,45
Mínima
dosagem de - 240 240 280 280 260 260 300 300 320 320 340 360 360 380 280 280 300 300 320 340 360 340 360 380
cimento(5)
(kg/m3)
Mínima
LC25/28
LC25/28
LC30/33
LC30/33
LC25/28
LC25/28
LC30/33
LC30/33
LC30/33
LC30/33
LC35/38
LC40/44
LC40/44
LC50/55
LC30/33
LC30/33
LC30/33
LC30/33
LC30/33
LC35/38
LC35/38
LC35/38
LC40/44
LC40/44
C12/15
C25/30
C25/30
C30/37
C30/37
C25/30
C25/30
C30/37
C30/37
C30/37
C30/37
C35/45
C40/50
C40/50
C50/60
C30/37
C30/37
C30/37
C30/37
C30/37
C35/45
C35/45
C35/45
C40/50
C40/50
classe de
resistência
Mínimo teor
- - - - - - - - - - - - - - - - 4,0 - 4,0 - - - - - -
de ar (%)
Cimento Cimento
Outros - - - - - - - - - - - - - - - Agregados com suficiente - resistente a - resistente a
requisitos resistência ao gelo/degelo sulfatos-E464 sulfatos-E464
(1) Não aplicável aos cimentos II/A-T e II/A-W e aos cimentos II/B-T e II/B-W, respectivamente
(2) Não aplicável aos cimentos com percentagem inferior a 50% de clínquer portland, em massa
(3) Não aplicável aos cimentos II-T, II-W, II/B-L e II/B-LL
(4) Quando a agressividade resultar da presença de sulfatos, o betão deve satisfazer as exigências estabelecidas neste quadro para o CEM IV e os cimentos os outros requisitos mencionados no quadro 10 da E464
(5) Se a dimensão máxima do agregado for menor que 20mm, as dosagens de cimento (C) terão que ser aumentadas para 1,10C se 20mm>Dmáx≥12,5mm e para 1,23C se 12,5mm>Dmáx≥4m
(6) O mínimo recobrimento nominal das armaduras de pré-esforço obtém-se somando 10mm aos valores indicados
Valores limite para a composição do betão para uma vida útil de 100 anos
Classes de exposição
de corrosão
ou ataque
Sem risco
Corrosão induzida por
Ataque gelo / degelo Ataque químico
Carbonatação Cloretos
Mínimo
recobrimento - 35 45 45 50 35 45 45 50 55 60 65 55 60 65 - - - - - - - - - -
nominal (6)
(mm)
Máxima
razão A/C - 0,65 0,65 0,60 0,60 0,65 0,65 0,55 0,55 0,55 0,55 0,45 0,45 0,45 0,40 0,55 0,50 0,50 0,45 0,50 0,45 0,40 0,45 0,40 0,40
Mínima
dosagem de - 240 240 280 280 260 260 300 300 320 320 340 360 360 380 300 300 320 320 340 360 380 360 380 400
cimento(5)
(kg/m3)
Mínima
LC25/28
LC25/28
LC30/33
LC30/33
LC25/28
LC25/28
LC30/33
LC30/33
LC30/33
LC30/33
LC35/38
LC40/44
LC40/44
LC50/55
LC40/44
LC40/44
LC40/44
LC40/44
LC40/44
LC45/50
LC45/50
LC45/50
LC50/55
LC50/55
C12/15
C25/30
C25/30
C30/37
C30/37
C25/30
C25/30
C30/37
C30/37
C30/37
C30/37
C35/45
C40/50
C40/50
C50/60
C40/50
C40/50
C40/50
C40/50
C40/50
C45/55
C45/55
C45/55
C50/60
C50/60
classe de
resistência
Mínimo teor
- - - - - - - - - - - - - - - - 4,0 - 4,0 - - - - - -
de ar (%)
Cimento Cimento
Outros - - - - - - - - - - - - - - - Agregados com suficiente - resistente a - resistente a
requisitos resistência ao gelo/degelo sulfatos-E464 sulfatos-E464
(1) Não aplicável aos cimentos II/A-T e II/A-W e aos cimentos II/B-T e II/B-W, respectivamente
(2) Não aplicável aos cimentos com percentagem inferior a 50% de clínquer portland, em massa
(3) Não aplicável aos cimentos II-T, II-W, II/B-L e II/B-LL
(4) Quando a agressividade resultar da presença de sulfatos, o betão deve satisfazer as exigências estabelecidas neste quadro para o CEM IV e os cimentos outros requisitos mencionados no quadro 10 da E464
(5) Se a dimensão máxima do agregado for menor que 20mm, as dosagens de cimento (C) terão que ser aumentadas para 1,10C se 20mm>Dmáx≥12,5mm e para 1,23C se 12,5mm>Dmáx≥4mm
(6) O mínimo recobrimento nominal das armaduras de pré-esforço obtém-se somando 10mm aos valores indicados
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Especificação de Betão Estrutural
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Dosagem de cimento e razão − Quando necessário pode ser solicitada a determinação da dosagem
de cimento, dosagem de adição ou da razão A/C por análise.
água/cimento:
− A metodologia deverá ser acordada entre produtor e especificador
mas é recomendada a metodologia do relatório CEN CR 13902
Máxima dimensão do agregado − Quando for necessário determinar a máxima dimensão do agregado
mais grosso do betão fresco deve-se seguir a NP EN 933-1
(Dmáx):
− Dmáx nunca deve exceder o valor especificado
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Especificação de Betão Estrutural
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compressão diametral − Se não for especificado de outro modo, a resistência é avaliada aos
28 dias
− Betão normal: 2000 kg/m3 < massa volúmica seca ≤ 2600 kg/m3
Reacção ao fogo − Não é necessário determinar uma fez que o betão foi classificado
como sendo Euroclasse A
Betão de comportamento especificado: betão cujas propriedades são especificadas ao produtor, que se
obriga a produzi-lo satisfazendo essas propriedades
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Especificação de Betão Estrutural
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A ordem dos requisitos a seguir apresentada consta da especificação LNEC E477 e tem em conta os requisitos
introduzidos no DNA 5.3.2.
1. Tempo de vida útil: − Período em que o desempenho do betão na estrutura garante que
esta satisfaz a utilização pretendida sem grande manutenção
(definição das categorias em DNA 5.3.1)
3. Requisitos relacionados com a − Estabelecidos na LNEC E 464, prescrevendo, por tipos de cimento,
durabilidade alguns elementos da composição do betão, a classe de resistência à
compressão e o recobrimento das armadura (apenas para as classes
XC, XS e XD)
5. Máxima dimensão do − Deve ser tal que não provoque a segregação do betão durante a
agregado mais grosso colocação face à largura mínima da secção de betão, ao
recobrimento mínimo das armaduras e aos espaçamentos entre
armaduras ou grupo de armaduras
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Especificação de Betão Estrutural
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9. Massa volúmica (apenas para − Classes estabelecidas no quadro 9 para betão leve
betão leve ou pesado)
− Em alternativa à especificação da classe poderá ser indicado o valor
pretendido para a massa volúmica (útil p.ex. para o caso do betão
pesado)
a.1. Tipos ou classes especiais de − p.ex. cimentos de muito baixa relaxação (NP EN 14216) ou cimentos
cimentos: de baixas resistências iniciais (NP EN 197-4)
a.2. Tipos e categorias de − LNEC E461, E467 e E471 funcionam como guia para a escolha dos
agregados agregados
a.3. Resistências ao gelo/degelo − NP EN 1367-1/2 define os requisitos para agregados para betão em
estruturas sujeitas ao gelo-degelo
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Especificação de Betão Estrutural
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− Situações típicas:
b.1. Temperatura do betão fresco: − Temperatura mínima do betão fresco permitida pela norma é 5ºC
b.3. Desenvolvimento do calor de − O calor de hidratação não deve conduzir a temperaturas superiores a
hidratação 65ºC (LNEC E461), podendo, no caso de betão em grandes massas
ou peças de grande secção, ser necessário o recurso a medidas
preventivas (ver temperatura do betão fresco)
b.4. Endurecimento retardado − Necessário quando a temperatura ambiente é alta, para permitir
melhor dissipação do calor de hidratação do betão em grandes
massas ou quando há que fazer tratamentos superficiais
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Especificação de Betão Estrutural
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− Soluções:
• Cimento ou mistura com baixo calor de hidratação
b.6. Resistência à penetração de − Quando for necessário especificar resistente à penetração da água, a
água norma refere que o critério de conformidade deve ser acordado entre
especificador e produtor
b.7. Resistência à abrasão − Quando necessária resistência à abrasão exigir o seguinte (LNEC E
477):
b.8. Outros requisitos técnicos − Outros requisitos que não os definidos na norma:
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Especificação de Betão Estrutural
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Rápido ≥ 0,5
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− Abrange todas as composições individuais ou as famílias de betões até à classe C55/67 (ou LC 55/60)
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Especificação de Betão Estrutural
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− Critérios de identidade para a resistência à compressão (pelo utilizador do betão) – Realizar ensaios nos
seguintes casos:
• Obrigatório os ensaios por lotes para as classes de inspecção 2 e 3, e para a classe 1 se for
definido nas especificações de projecto (DL 301/07). Um lote é o que conduz ao menor volume nos
seguintes casos:
¾ Ou o volume de betão com a mesma composição fornecido para cada piso dum edifício
ou grupo de vigas, lajes ou pilares / paredes de um piso ou de um edifício ou partes
semelhantes de outras estruturas
¾ Ou o volume de betão com a mesma composição entregue no local da obra durante 3 dias
de betonagem consecutivos, mas não mais de 300m3
− Critérios de conformidade da resistência à tracção por compressão diametral (para o produtor do betão):
Critério 1 Critério 2
Número “n” de resultados no
Produção
grupo
Média dos “n” resultados (ftm) Qualquer resultado individual
MPa de ensaio (fti) MPa
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Massa volúmica EN 12390 -7 Como no quadro 13 para Quadro 19a - 30 kg/m3 Sem limite
do betão pesado resistência à compressão
Massa volúmica EN 12390-7 Como no quadro 13 para Quadro 19a - 30 kg/m3 + 30 kg/m3
do betão leve resistência à compressão
Razão A/C 5.4.2 1 determinação por dia Quadro 19a Sem limite + 0,02
Dosagem de 5.4.2 1 determinação por dia Quadro 19a - 10 kg/m3 Sem limite
cimento
Teor de ar no EN 12350- 7 para 1 amostra por dia produção Quadro 19a - 0,5% em valor + 1,0 % em valor
betão fresco betão normal e estabilizada absoluto absoluto
ASTM C173 para
leve
Teor de cloretos 5.2.7 A determinação deve ser 0 Sem limite Não são permitidos
do betão feita para cada composição valores superiores
e repetir-se no caso de
aumento do teor de cloretos
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Consistência
− Inclui:
• Selecção de materiais
• Formulação do betão
• Produção do betão
• Inspecções e ensaios
• Controlo da conformidade
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Especificação de Betão Estrutural
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Registos e outros documentos − Registo de todos os dados relevantes mantidos pelo menos 3 anos
Composição do betão e ensaios − Necessidade de ensaios iniciais nas novas composições para
iniciais verificação do desempenho, salvo experiência em betões da mesma
família que permitam interpolações ou extrapolações entre
composições existentes
− Tempos de mistura
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− Referência à EN 206-1; LNEC E 477 recomenda indicar NP EN 206-1 para ter em conta as alterações
impostas pelo DNA
− Classe de exposição seguida da abreviatura do nome do país que estabeleceu os valores limite da
classe
− Massa volúmica
− Consistência
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Generalidades
− REBAP:
Esta parte do REBAP corresponde à NP ENV 13670-1 no seu conjunto, podendo praticamente
seguir-se apenas esta norma por tratar aquelas matérias de forma mais exaustiva que o REBAP.
3 funções da norma:
1. Servir de lista de verificação ao projectista para este se assegurar que fornece ao construtor toda a
informação necessária à construção;
Objectivo:
− Fornece requisitos comuns para a execução de estruturas em betão. Em particular, para estruturas
projectadas de acordo com a ENV 1992-1 e com a ENV 1994-1 (as partes em betão)
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Campo de aplicação:
− Não aplicável a pequenas obras simples em betão e estruturas secundárias de importância menor
− Não engloba requisitos para elementos em betão para trabalhos geotécnicos (ex.: estacas de fundação,
ancoragens, paredes moldadas, etc.)
− Não cobre questões contratuais ou responsabilidades relacionadas com as acções nela identificadas
1. Requisitos básicos: − Resistência a qualquer acção a que fiquem submetidos durante a construção
2. Produtos descofrantes: − Devem ser escolhidos e aplicados de forma a não serem prejudiciais ao
betão, às armaduras ou às cofragens e não terem efeitos nocivos no meio
ambiente
− Não devem ter efeitos nocivos na qualidade da superfície, na sua cor ou nos
revestimentos subsequentes, a não ser que tal seja pretendido
3. Cimbres: − Quando requerido, deverão ser elaboradas instruções com os requisitos para
a montagem, ajuste, contra-flecha intencional, carregamento, desmontagem,
descofragem e desmantelamento dos cimbres
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Especificação de Betão Estrutural
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6. Inserções nas cofragens Requisitos para inserções, tais como barras, baínhas, chapas de ancoragem,
e elementos embebidos chumbadouros e espaçadores:
7. Remoção das − Os cimbres e cofragens não devem ser desmontados antes do betão ter
cofragens e dos adquirido resistência suficiente para:
cimbres
• As suas superfícies resistirem a eventuais danos devido à descofragem
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Especificação de Betão Estrutural
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− As cargas sobre os cimbres devem ser aliviadas com uma sequência que
garanta que outros elementos não ficam submetidos a cargas excessivas
Capítulo 6 – Armaduras
ITT 001/EST/20-03-09
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Capítulo 7 – Pré-esforço
Generalidades:
− Baínhas de outros materiais que não aço devem estar em conformidade com
disposições válidas no local da construção
3. Aço de pré-esforço − O aço das armaduras de pré-esforço deve estar em conformidade com:
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Especificação de Betão Estrutural
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6. Lubrificantes, ceras e − Devem estar de acordo com a Aprovação Técnica Europeia do sistema de
outros produtos pré-esforço e com a ENV 1992-1-5
Transporte e armazenamento:
− O cimento, adições e adjuvantes para as caldas devem ser protegidos da água e da humidade durante
o fornecimento e armazenamento no estaleiro
Colocação das armaduras de pré-esforço:
2. Armaduras de pré- − As zonas do aço de pré-esforço não aderentes devem ser adequadamente
esforço por pré-tensão: protegidas contra a corrosão
3. Armaduras de pré- − Devem ser previstas purgas em cada extremidade das baínhas e nos pontos
esforço por pós-tensão: onde se podem acumular água ou ar. No caso de baínhas compridas podem
ser necessárias purgas ou orifícios em posições intermédias
4. Armaduras interiores e − As armaduras não aderentes devem ser convenientemente seladas como
exteriores não protecção contra penetração de humidade
aderentes:
ITT 001/EST/20-03-09
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Especificação de Betão Estrutural
Data: 20-03-09
Aplicação do pré-esforço:
2. Armaduras de pré- − Se após aplicação do pré-esforço a betonagem não puder ser efectuada no
esforço por pré-tensão: prazo devido, devem ser tomadas medidas protectoras de carácter provisório
que não devem afectar a aderência ou ter um efeito prejudicial no aço ou no
betão
ITT 001/EST/20-03-09
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Pág: 47 de 62
Especificação de Betão Estrutural
Data: 20-03-09
2. Armaduras de pré- − As extremidades das armaduras devem estar protegidas contra a corrosão
esforço por pré-tensão:
3. Armaduras aderentes − A injecção de armaduras de pré-esforço por pós-tensão aderentes deve estar
de pré-esforço por pós- conforme a NP EN 446 e a NP EN 447
tensão:
ITT 001/EST/20-03-09
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Especificação de Betão Estrutural
Data: 20-03-09
4. Armaduras de pré- − Sempre que as armaduras exteriores tiverem de ser protegidas com calda, a
esforço interiores e calda e a injecção devem estar conformes com o ponto anterior
exteriores não
− Nos restantes casos as baínhas e as ancoragens das armaduras devem ser
aderentes:
preenchidas de acordo com o método especificado com um lubrificante ou
cera não corrosiva conforme com a ENV 1992-1-5. Os lubrificantes e ceras
para enchimento de baínhas e dispositivos de ancoragem devem estar em
conformidade com as Aprovações Técnicas Europeias dos sistemas de pré-
esforço a utilizar
5. Operações de injecção: − O processo de fabrico das caldas (amassadura, razão A/C, procedimento e
duração) deve assegurar as propriedades pretendidas em conformidade com
as NP EN 446 e NP EN 447, ou com disposições válidas no local da
construção
− Qualquer vazio nas baínhas deve ser expulso pela injecção da calda sob
vácuo ou por re-injecção
− No caso de injecção por vácuo, o volume livre nas baínhas deve ser medido.
A quantidade total de calda deve ser comparável com este volume
ITT 001/EST/20-03-09
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Especificação de Betão Estrutural
Data: 20-03-09
Capítulo 8 – BETONAGEM
− A segregação, exsudação ou perda de pasta devem ser minimizadas durante a carga, transporte e
descarga
− Se requerido, as amostras para os ensaios de identidade (ou de recepção) devem ser colhidas no local
de colocação ou, no caso do betão pronto, no local de descarga
Ensaios de identidade:
− Quando se pretender efectuar ensaios de identidade, deve ser definido o volume de betão em causa,
p.ex.:
• Betão fornecido para cada piso dum edifício ou grupo de vigas / lajes ou pilares / paredes de um
piso ou de um edifício ou partes semelhantes de outras estruturas
• Betão entregue num local durante uma semana, mas não mais de 400 m3
1e2 1 amostra por cada 100m3, com 1 amostra por cada 50m3, com
um mínimo de 1 amostra por um mínimo de 1 amostra por
dia de betonagem dia de betonagem
− São dadas regras gerais para proteger o betão de contaminações ou temperaturas baixas
− As armaduras devem ter o recobrimento previsto (A EN 206-1 obriga a utilizar espaçadores e a LNEC E
469 regula a utilização dos espaçadores)
ITT 001/EST/20-03-09
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Especificação de Betão Estrutural
Data: 20-03-09
Colocação e compactação:
• O ritmo de colocação deve ser tal que evite a formação de juntas frias ou assentamento plástico
excessivo
• Quando se usam apenas vibradores de superfície, a espessura da camada não deve ultrapassar
10cm
Protecção e cura:
− Se necessário a cura deve começar logo após a colocação, podendo aplicar cura temporária antes dos
acabamentos
− Compostos de cura não são permitidos em juntas de construção, em superfícies a tratar ou de colagem
de materiais
− A temperatura da superfície do betão não deve cair abaixo de 0ºC antes de o betão atingir certa
resistência (>5 MPa)
− A temperatura máxima no interior do betão não deve exceder 65 ºC, a não ser que sejam tomadas
medidas adequadas
ITT 001/EST/20-03-09
INSTRUÇÃO DE TRABALHO TÉCNICA ITT 001/EST
Pág: 51 de 62
Especificação de Betão Estrutural
Data: 20-03-09
− Manter as cofragens
− Cobrir a superfície do betão com capas impermeáveis ao vapor, fixas nos cantos e juntas
Duração da cura:
− A duração da cura deve ser função do desenvolvimento das propriedades do betão na zona superficial
− Para as outras classes o betão deve ser curado até atingir na superfície 50 % da tensão característica
− Para classes de exposição diferentes de X0 e XC1o período mínimo de cura é estabelecido no Quadro
E1, com as correcções do DNA 8.5.
Períodos mínimos de cura para classes de exposição diferentes de X0 e XC1
ITT 001/EST/20-03-09
INSTRUÇÃO DE TRABALHO TÉCNICA ITT 001/EST
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Especificação de Betão Estrutural
Data: 20-03-09
− As superfícies devem ser protegidas de danos durante a construção (betão à vista, betão branco)
− A eventual realização de ensaios “in situ” deve estar de acordo com as especificações de projecto
− Devem estar de acordo com as Normas Europeias de produto ou Aprovações Técnicas Europeias,
devendo estar de acordo com as disposições válidas no local da construção caso as outras não existam
− Deve estar disponível informação sobre os pontos de apoio e correspondentes forças, disposições do
sistema de elevação e indicação da massa total do produto
− Devem existir no estaleiro as especificações de montagem com definição, entre outros, de pontos de
apoio, escoramentos e travamentos provisórios
− A montagem deverá ser realizada de acordo com os planos e pormenores dos desenhos de montagem
e com a sequência de operações definida no programa de trabalhos
ITT 001/EST/20-03-09
INSTRUÇÃO DE TRABALHO TÉCNICA ITT 001/EST
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Especificação de Betão Estrutural
Data: 20-03-09
Fundações
Tipo de desvio Descrição Desvio permitido Δ (classe 1)
1 – Eixos da fundação
y – Linha secundária na direcção y
x – Linha secundária na direcção x
1 – Nível secundário
H – Distância pretendida
ITT 001/EST/20-03-09
INSTRUÇÃO DE TRABALHO TÉCNICA ITT 001/EST
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Especificação de Betão Estrutural
Data: 20-03-09
Pilares e Paredes
Tipo de desvio Descrição Desvio permitido Δ (classe 1)
Linha secundária
Posição em planta de uma
parede em relação à linha
secundária
± 25 mm
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Especificação de Betão Estrutural
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Vigas e lajes
Tipo de desvio Descrição Desvio permitido Δ (classe 1)
Nivelamento do andar
superior
H ≤ 20m ± 20mm
20m < H < 100mm ± 0,5 (H+20) mm
H ≥ 100m ± 0,52 (H+200) mm
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Especificação de Betão Estrutural
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Secções
Tipo de desvio Descrição Desvio permitido Δ (classe 1)
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Especificação de Betão Estrutural
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Desempeno superficial
Tipo de desvio Descrição Desvio permitido Δ (classe 1)
Desempeno
Face moldada ou alisada
global L = 2,0 m 9 mm
local L = 0,2m 4 mm
Face não moldada
global L = 2,0 m 15 mm
local L = 0,2m 6 mm
Capítulo 11 – Inspecção
− No capítulo 11 da Norma, relativo à Inspecção refere-se que esta deve assegurar que as obras são
executadas de acordo com a Norma e com as disposições (especiais) das especificações do projecto
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− 2 vertentes da inspecção:
− É obrigatório constar das especificações de projecto a Classe de Inspecção a utilizar (alínea b) do nº1 do
Art.º 7º do DL 301/2007)
− O Anexo G dá uma orientação sobre a Classe de Inspecção a definir em função de características diversas
da obra: tipo de construção, tipo de elementos estruturais, tecnologias usadas, tipo de materiais utilizados
Guia para selecção das classes de inspecção (*)
Item Classe de Inspecção 1 Classe de Inspecção 2 Classe de Inspecção 3
Tipo de construção / Estruturas com elementos Estruturas com elementos Estruturas com elementos
tecnologias usadas pré-fabricados pré-fabricados pré-fabricados
Tolerâncias especiais
Tipo de materiais em
obra – betão armado
conforme a NP EN 206:
Até C25/30 inclusive Qualquer classe de Qualquer classe de
− Classe de resistência
resistência resistência
X0; XC1, XC2, XA1, XF1
− Classe de exposição
Qualquer classe de Qualquer classe de
Passivas
− Armaduras exposição exposição
Passivas e de pré-esforço Passivas e de pré-esforço
(*) Quando o tempo de vida útil especificado para a estrutura for de 100 anos, deve obrigatoriamente utilizar-se a classe de inspecção 3
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Especificação de Betão Estrutural
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Regra geral: Produtos portadores de marcação CE ou certificados por entidade independente devem ser
controlados confrontando a guia de remessa e por inspecção visual. Em caso de dúvida,
deve ser levada a cabo uma inspecção ulterior para verificar a conformidade do produto
com a sua especificação
Excepções: As determinadas pelo Decreto-Lei n.º 301/2007 de 23 de Agosto, por exemplo ensaios de
recepção de armaduras certificadas para as Classes de Inspecção 2 e 3
Aço para armaduras De acordo com o DNA em conjunto com o DL nº 301/2007 (inspecção e ensaios de
passivas recepção)
Aço para armaduras de Não aplicável De acordo com o DNA em conjunto com o DL nº
pré-esforço 301/2007 (inspecção e ensaios de recepção)
Betão fresco, pronto ou De acordo com a NP EN 206-1 (ensaios de identidade) e em conjunto com o DL nº
fabricado no estaleiro 301/2007
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Armaduras Quando estabelecido nas Inspecção e ensaio de acordo com o DNA 11.2
especificações do projecto
Outras propriedades especificadas no projecto
ou em casos de dúvida
do utilizador ou do
supervisionador
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1. Com a guia de remessa de cada fornecimento entregue na obra devem ser apresentados: o
Documento de Classificação ou de Homologação das armaduras fornecidas bem como a Licença
para o uso da Marca produto certificado da Certif (os aços para armaduras ainda não são objecto
de marcação CE)
2. Dos fornecimentos devem ser constituídos lotes, dos quais são retiradas amostras para a realização
dos ensaios obrigatórios (tracção, geometria das nervuras, corte das soldaduras). Os resultados
obtidos devem satisfazer os valores prescritos nas Especificações LNEC aplicáveis;
Supervisão - Registos
− A supervisão da construção das estruturas de betão compete ao Director Técnico da Obra nos casos de
obras particulares, ou à entidade Fiscalizadora no caso de contratos públicos
− Devem ser registadas (no livro de obra pelo seu Director Técnico ou em documentos de aprovação pela
entidade Fiscalizadora) as seguintes confirmações:
1. Que o betão está conforme com a NP EN 206-1 e, para a Classe de Inspecção 3, tem o controlo
da sua produção certificado por um organismo acreditado, tendo sido emitido e evidenciado o
respectivo certificado;
2. Que os resultados dos ensaios de recepção do betão e das armaduras (obrigatórios e adicionais
quando especificado) satisfazem os critérios estabelecidos nas Normas ou nas especificações de
projecto.
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