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CENTRO UNIVERITÁRIO DO TRIÂNGULO

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

PROJETO DE INTERIORES

Prof. CLAYTON FRANÇA CARILI

2º Semestre/2007
SUMÁRIO

Introdução 05
Definição de Bar 05

Histórico
05

Tipos de Bares

Elementos Composicionais e Plasticidade do Mobiliário e do Ambiente

Linhas
Cores
Texturas
Proporção, Equilíbrio, Ritmo e Harmonia

Interação entre materiais na Composição do Mobiliário e do Ambiente

Composição de Materiais e Classificação de Ambientes


Acabamentos e Revestimentos – manutenção e durabilidade

Design e Funcionalidade
Antropometria e Circulação
Acessibilidade
Ergonomia Aplicada ao Desenvolvimento do Móvel Funcional

Iluminação

Anexos
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

INTRODUÇÃO

Certa vez, o arquiteto Mário Botta colocou que nenhum projeto é satisfatório se não
o for em seus três tempos: o primeiro é quando ele é avistado na paisagem e
quando assim, inicia-se uma relação entre o observador e o objeto construído. O
segundo é aquele em que o observador explora visualmente o objeto, relacionando-se
com o edifício
em sua forma, dimensão, peso, caráter, transparência, cor, solidez, etc. E o terceiro
momento é aquele em que o observador entra no objeto, vivenciando seu espaço. Este
último é o único momento no qual são exercitados outros sentidos além da visão, como o
olfato, a audição e principalmente o tato. É quando, na verdade, as sensações
são exploradas e conforto, acolhimento, aconchego, frieza, irritação e etc. geram
então a percepção do ambiente enquanto espaço vivenciado, enquanto lugar.
Neste contexto, trabalharemos o tema BAR a partir da integração dos conteúdos
de diversas disciplinas de Plástica e Decoração desenvolvendo uma prática
projetual consciente e crítica, em seus diferentes aspectos inter-relacionados
como: forma, funcionalidade e ergonomia, entre outros, potencializando a criatividade e
a originalidade.

DEFINIÇÃO DE BAR

Em termos residenciais, um bar caracteriza-se por um mobiliário onde se guardam


bedidas a serem consumidas ou oferecidas a visitas eventualmente.
Em termos comerciais, conforme o Dicionário Aurélio, bar é um local onde
se guarda e se vende bebidas. Nos conceitos de CASTELLI (2000), bar é um local
público onde se vendem bebidas alcoólicas, às vezes acompanhadas de petiscos. Já
PACHECO (1999) complementa que além de um local de venda de bebidas um bar é
composto de
um balcão e pode possuir ambientes com pequenas mesas, cadeiras e poltronas.
Percebemos que de um simples local para venda e estocagem de bebidas o bar
é também um local de encontros onde as pessoas, atualmente, permanecem por
longas horas conversando, paquerando, divertindo-se e até dançando.

HISTÓRICO

Em meados do séc. XVIII, dois jovens americanos da Califórnia que estudavam em


Paris e freqüentavam diversas tabernas de lá, perceberam que era comum a existência
de uma barra (bar, em inglês) estendida ao longo de todo o comprimento do balcão. Tal
barra tinha finalidade de evitar que os clientes se encostassem demais no balcão
e também serviam de apoio para aqueles que se embriagavam.
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Quando de volta à sua terra natal, os estudantes levaram consigo essa novidade e
instalaram lá na Califórnia um novo estabelecimento com o nome de bar, inspirado nos
moldes franceses. Logo, esta nova casa comercial tornou-se moda por todo o mundo.
TIPOS DE BARES

No Brasil, o tipo mais conhecido de bar é o popular botequim – pequeno


estabelecimento onde se vendem bebidas. Em sua maioria, os clientes são servidos em
pé e as bebidas mais consumidas são a cerveja e a cachaça, além do tradicional
cafezinho.
Dentre os tipos mais tradicionais de bares podemos citar:
a) American bar: instalações confortáveis de serviços de alta qualidade,
geralmente localizadas em hotéis ou restaurantes de primeira linha.
b) Roof bar: como o próprio nome diz, (roof = telhado) este bar
caracteriza-se pela localização nos últimos andares de edifícios, quase
sempre de hotéis ou empresariais.
c) Lobby bar: local aberto, conhecido como bar de saguão com estrutura simples.
Situado em hall de hotéis de luxo, servindo como ponto de encontro para
os hóspedes ou visitantes.
d) Bares de Piscina: ambientes descontraídos onde os clientes são atendidos em
trajes de banho e os drinques tropicais são a principal bebida. Às vezes,
localiza-se dentro da piscina.
e) Pubs: (do inglês: public-house) Típicos da Inglaterra estes bares tiveram
seu estilo difundido em vários países. Oferecem como diferencial jogos de
sinuca, dardo, entre outros.
f) Uisqueria / Cachaçaria: pequenas áreas fechadas, de pouca iluminação com
mesinhas e bancos de canto além de grandes marcas relacionadas. Nas
uisquerias, as mesas podem contornar uma pequeno espaço de dança e som
característico é o jazz, o blues e clássicos do rock.
g) Discotecas: só funcionam à noite e direcionam-se ao público jovem.
Música alta de batidas fortes e ritimadas. Intensa iluminação artística junto às
pistas de dança.
h) Sport bar: decoração temática referencial a um determinado esporte. Oferece
cerveja e petiscos aos clientes além da possibilidade de acompanhar
transmissões de jogos em telões ou de praticar o esporte em quadras anexas.
i) Cyber bar: tem como diferencial computadores conectados à internet para que
os clientes possam receber e-mails ou se divertir com jogos eletrônicos.
j) Tabacaria: bar de pequena dimensão e ambiente bem diferente, destinado aos
apreciadores de bons charutos. São servidos principalmente licores e café.
k) Café’s ou casas de chá: bares aconchegantes em pequenos espaços
direcionados ao café ou chá da tarde.

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l) Snack Bar: apesar do bar no nome, este tipo encaixa-se melhor na categoria
pequenos restaurantes – lanchonetes. Seu carro chefe é o lanche rápido,
ficando a bebida alcoólica em segundo plano.
ELEMENTOS COMPOSICIONAIS E PLASTICIDADE DO MOBILIÁRIO E DO
AMBIENTE

Linha

É o traço que determina a extensão da peça ou do espaço, em


comprimento, largura e altura, determinando o caráter da decoração. Por meio
delas conseguimos alterar o aspecto do ambiente. Classificam-se em:

Linha Reta: simples, forte, firme e traz


sobriedade e masculinidade
ao ambiente. Dependendo
do modo de sua aplicação
expressa sensações
diferentes, impressionando
particularmente cada
indivíduo. Em geral é
predominante em
escritórios. Elas podem ser:

- Vertical: é severa, rígida e formal. Sugere altura, imponência e


grandiosidade.

- Horizontal:sugere repouso, calma, estabilidade, largura e maior espaço.

- Inclinada: para frente é forte, energética, sugere movimento e


velocidade; para trás sugere insegurança. Quando inclinada
em ambos os sentidos, cria uma sensação de movimento
ordenado e completo.

- Divergentes: inspiram glória.

- Convergentes: sugerem movimento, graça, concentração e aconchego.

- Quebrada: provoca atenção, conflito e instabilidade. Pode ser:

 Regular: sugere ritmo

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 Irregular: sugere conflito e desconforto.

- Paralelas: proporcionam sensação agradável e tranqüila.

Linha Curva: suave e feminina, sugere movimento, graça e beleza.


Quanto mais fechada a curva, maior é a impressão de
feminilidade. O círculo é muito usado para produzir
contrastes e variedades. Expressa opulência e plenitude. Os
sofás circulares usados como forma dominante, são
agradáveis e aumentam a sensação de intimidade.

Linhas Mistas: A reta e a curva juntas


sugerem equilíbrio, por
isso são as mais
usadas. É
importante que uma delas
seja predominante para
marcar o caráter da peça ou
do ambiente.

ESTUDO DAS CORES

O mundo é composto por formas e cores. E devem ser classificadas no


mesmo patamar de grandeza. Afinal, uma escolha equivocada de cor pode arruinar
os belos contornos de uma determinada peça ou, pelo contrário se a escolha for
feliz, pode valorizar a beleza da forma.
A cor preenche um ambiente com os mais variados sentimentos e sensações!
Usadas corretamente, podem mudar a temperatura psicológica do ambiente, pode
unir os móveis, disfarçar defeitos construtivos ou valorizar pontos marcantes
na arquitetura, criar atmosferas de calor, vida, amplitude e beleza sendo,
portanto, o instrumento mais versátil do qual o decorador deve tirar partido.
A cor transmite a primeira e a última impressão!

Percepção da cor

A cor parece um atributo inerente a todas as coisas que o homem vê. Entretanto
ela não está no objeto e sim na luz que incide sobre ele.
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A origem da cor está ligada à LUZ (artificial ou solar). Se há luz, há cor, afinal, no
escuro não conseguimos defini-la.
Podemos perceber aqui a inter-relação de três elementos:
• a luz, fonte de calor
• a matéria, com sua absorção da luz
• o olho do observador que percebe a cor
Sendo assim, percebemos que a cor é a sensação provocada pela luz sobre
o órgão da visão.
Quando um objeto refletir toda a luz que incide sobre ele, nós o veremos branco.
Ao contrário, se ele absorve toda luz incidente sobre ele, o veremos preto.
Objetos que absorvem parte da luz incidente, poderá ser visto de várias cores,
dependendo dos raios luminosos que ele absorve.
O primeiro cientista moderno a estudar a natureza e as propriedades da luz
foi Isaac Newton, que fazendo incidir luz sobre um prisma descobriu a
decomposição em raios luminosos.
Os raios de luz se irradiam em ondas de três comprimentos: longas, médias
e curtas. De acordo com o comprimento das ondas são determinadas as
variações cromáticas.
As ondas mais longas produzem em nós a sensação da luz vermelha
e gradativamente, com a diminuição da onda, nosso organismo visual é impressionado
pela sensação de luz laranja, amarela, verde, azul, anil e violeta. Esta última
possui o mais curto comprimento de onda.

Características da Cor: Matiz, Saturação, Luminosidade e Valor

O matiz é a cor pura propriamente dita. Se ela é misturada, o matiz indica qual é a
cro predominante.

Saturação é o grau de pureza do matiz. Quanto mais pura, mais saturada ou viva
é uma cor. As cítricas, por exemplo, são muito saturadas, provocando cansaço e por isso,
devem ser evitadas em ambientes de longa permanência. Já os tons pastéis têm pouca
saturação o que os tornam mais apropriados para este uso.

A luminosidade indica o quanto de branco existe em uma cor. Quanto mais


branco tiver, mais luminosa ela será.

Valor é o grau de luminosidade que a cor reflete, ou seja, é o grau de claridade e


obscuridade numa tonalidade cromática ou acromática. Há cores que retêm mais luz e por
isso são mais escuras ou de valor mais baixo. Aquelas que refletem menos luz são mais
claras e têm valor mais alto.

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Ex: O rosa é o valor mais alto do vermelho, enquanto o vinho é o mais baixo.

VALOR BAIXO = MAIS PRETO NA COR / VALOR ALTO = MAIS BRANCO NA


COR

As cores de valor baixo reduzem o tamanho ao contrário daquelas de valor alto que
aumentam.
A adição de cinza na cor não altera seu valor e sim seu grau de saturação!

Círculo Cromático: Cores Primárias, Secundárias e Terciárias

O Círculo Cromático é também conhecido como Estrela das Cores e representa as


cores do espectro na acepção pigmentaria.

Todas as cores do Círculo são chamadas de matiz.

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Cores Primárias

As cores primárias também são chamadas de cores puras, básicas ou


fundamentais, pois não se formam pela mistura de outras cores, mas é a partir delas que
todas as cores são formadas.
As tintas escolares e para artesanato existentes no mercado,
dificilmente obedecem a exata tonalidade e intensidade das cores primárias, o que, às
vezes, faz com que o estudo das cores pareça ser algo complicado. Mas você
deve trabalhar com as cores de tintas que possui, pois aprenderá a misturá-las.
Para aprender mais sobre as cores experimente misturá-las no computador
que trabalha com tonalidades exatas. Mas as cores que você vai ver no monitor
podem ser diferentes das cores após a impressão. Por isso, é necessário imprimir os
resultados e observar com atenção essas diferenças para poder trabalhar corretamente.
Existem muitos programas para trabalhar com as cores, mas nem todos
possibilitam fazermos as misturas de acordo com nosso próprio critério.
Quando colocadas em composição juntas, resultam em puro contraste.

CORES PRIMÁRIAS:

Magenta
Ciano (azul) Amarelo
(vermelho)
(A) (B) (C)

Cores Secundárias

As cores secundárias são formadas a através de combinações duas a duas


das
primárias em partes iguais. Quando trabalhadas em composição juntas ou duas a duas,,
resultam em uma combinação harmônica porem, vibrante.

CORES SECUNDÁRIAS:

Magenta (A) + Ciano (B) = Violeta (D)

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Ciano (B) + Amarelo (C) = Verde (E)

Magenta (A) + Amarelo (C) = Laranja (F)

Cores Terciárias

Podemos dizer que as cores terciárias são todas as outras cores, isto é, quando
uma cor não é primária nem secundária, então é terciária.
Obtemos uma cor terciária através da mistura de uma secundária e uma primária
que deu origem a ela.
Podemos também obter uma cor terciária quando misturamos duas primárias em
proporções diferentes, isto é, uma em maior quantidade que a outra; ou quando
misturamos as três cores primárias, seja em proporções iguais ou não.
A cor MARROM, por exemplo, é uma cor terciária obtida da mistura das três
primárias. Em artes gráficas, o marrom pode ser obtido com a mistura do amarelo
ou
vermelho alaranjado com um pouco de preto.

CORES TERCIÁRIAS:

Violeta Avermelhado
Violeta (D) + Magenta (A) =
(G)

Violeta
Violeta (D) + Ciano (B) =
Azulado (H)

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Verde (E) + Ciano (B) = Verde Azulado (I)

Verde
Verde (E) + Amarelo (C) =
Amarelado (J)

Laranja
Laranja (F) + Amarelo (C) =
Amarelado (L)

Laranja
Laranja (F) + Magenta (A) =
Avermelhado (M)

Quando misturamos as três cores primáriasem proporções exatamente iguais o


resultado é o PRETO CROMÁTICO. Portanto, o preto não é uma cor, mas a mistura de
todas elas.

Temperatura, peso, dimensão e proximidade da cor

As cores tem temperatura conforme as emoções que ela nos transmite. Assim
podemos dividi-las em:

Cores Quentes

As cores quentes tendem para o amarelo e suas matizes com os alaranjados


e
avermelhados.

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São mais brilhantes, mais vibrantes e em certas circunstâncias, estimulam a
hipertensão, alteram a circulação do observador, causando um ligeiro aumento na
temperatura do corpo.
O amarelo é uma cor alegre, é a cor do verão; o vermelho é o sangue, é vida.

Cores Frias

As cores frias tendem para o azul e as matizes entre o verde, azul e violeta.
Ao contrário das cores quentes, agradam pela situação de quietude, silêncio,
calma, frescor, diminuem a circulação do observador, causando uma ligeira queda na
temperatura do corpo podendo, em excesso, levar à depressão.
O azul é a calma, a harmonia, a paz, mas também é tristeza e melancolia.

Cores Neutras

Nas Artes Plásticas as cores neutras são: preto, branco e cinza (branco+preto).
Na Decoração as cores neutras são: branco, preto, cinza, bege e marrom. E têm a
função de ‘escravos’, devem servir.
Numa primeira impressão podemos julgar que estas cores traduzem efeitos de
“falta de vida” mas, se bem empregadas podem ser excitantes e sofisticadas.

Peso da Cor

As cores escuras sugerem concentração, densidade e tornam os objetos


visualmente mais pesados do que os de cores claras.
Em espaços pequenos com pouca iluminação natural deve-se evitar o uso de cores
escuras em revestimentos ou peças fundamentais.

Dimensão da Cor

É fundamental que se perceba esta sensação nas cores. Portanto, devido suas
particularidades analisaremos as famílias separadamente e apontaremos maisadiante
essa característica.
Exemplos:
• Um corredor comprido parecerá ainda maior se tiver piso claro;
• uma cadeira vermelha, nos parece maior do que uma outra idêntica porém,
verde;
• o preto sugere distância e afastamento;
• pisos preto e branco só devem ser atribuídos a ambientes espaçosos.

Proximidade de Cores

Quando dispostas uma ao lado, debaixo, acima ou sobre a outra, uma cor sofre
influência da vizinha em contraste. O vermelho aumenta o seu brilho quando sobreposto
ao preto que foi aplicado a um fundo branco.

Composições Harmônicas Cromáticas

 Monocromática
É a combinação vários valores de uma mesma cor. Numa escala
monocromática, a chave alta é composta por cores de valores altos, ou que foram
adicionadas gradativamente de branco. A chave baixa é composta por cores de valores
baixos ou aquelas que receberam preto gradativamente. A chave média é composta por
cores que contém luz média.
Esta combinação permite um resultado simples e sóbrio.

chave alta chave baixa


chave média

 Complementares

Cores que estão diretamente opostas no círculo


cromático, ou seja, traçando-se uma linha reta, partindo de
uma cor, passando pelo centro do
círculo, encontraremos sua complementar.
Proporciona uma idéia de movimento.
 Contraste

Utilização de mais de um par de cores complementares


para causar contraste, variedade e animação.

 Analogia
Combinação de no mínimo três cores vizinhas no
círculo cromático, ou seja, que participam da formação umas das
outras. Cria um clima alegre e descontraído.

 Tríade Eqüidistante
Consiste no emprego de três cores que tenham a
mesma relação entre si. São as cores que estão
o
situadas eqüidistantes umas das outras no círculo por 120 . Essa
harmonia apresenta belas composições de cores.

o
 Alternada de 60
Consiste na utilização de quatro cores, sendo que entre
o
três delas existe um afastamento de 60 , a partir da complementar
escolhida.

o
 Alternada de 90
Quatro cores que apresentam-se distantes entre si por
o
um ângulo de 90 no círculo cromático.
 Complementar dividida simples
É a utilização de três cores. A partir de uma cor
escolhida do círculo pegamos as vizinhas de sua complementar
direta. Esse esquema foi criado para usar em decoração e seu
resultado é sempre satisfatório.

 Complementar dividida dupla


Utilização de quatro cores. Escolha uma cor,
encontre sua complementar direta. Salte uma cor do círculo,
em sentido horário, e pegue a próxima e a sua complementar.

Texturas

É a característica suave ou rugosa, lisa ou decorada, fosca ou brilhante, macia ou


dura, etc. de uma superfície, produzindo uma impressão própria. Para sua aplicação ideal
é importante uma completa análise de caráter, forma e função do ambiente ou da peça.
As superfícies lisas fazem com que as cores pareçam mais claras; as rugosas,
mais escuras. As ásperas e rugosas são masculinas e informais; as suaves e lisas são
delicadas e femininas.
As texturas podem ser classificadas em duas importantes categorias:

1) Textura Visual – estritamente bidimensional. É a textura percebida


preferencialmente através da visão mesmo que possa evocar leves
sensações táteis. Pode ser:
a) decorativa: decora uma superfície, podendo ser regular ou irregular,
mantendo um grau de uniformidade.

b) espontânea: não decora a superfície, mas é parte do processo de


criação visual. As marcas da textura na superfície são ao mesmo
tempo as que definem a figura.
c) mecânica: obtida com auxílio de instrumentos mecânicos de impressão
ou desenho como tipografia ou gráficos de computadores.

2) Textura Tátil – desenvolve-se em superfície bidimensional, porém, criam


relevo tridimensional. É facilmente captada pelos olhos, mas, é evidenciada,
principalmente pela sensação do tato.
a) natural assegurada: as particularidades de cada material são
mantidas. Ex: pedras, madeiras rústicas, concreto.

b) natural modificada: os materiais sofrem intervenções que os


modificam. Ex: madeira envernizada, parede pintada.

c) organizada: os materiais são divididos em pequenos pedaços e


reorganizados para formarem nova superfície. Ex: parede de pedras.

Padrão

É o dado aos desenhos da textura decorativa, estampados em tecidos


nome ou
qualquer outra superfície, como azulejos, papel de parede, plásticos, aglomerados, etc.
Os motivos podem ser geométricos, floridos, figurativos e sua aplicação depende de
cuidadosa análise do todo para que haja uma perfeita harmonia do conjunto. Afinal,
quando falamos em padrão alegre, delicado, clássico... estamos nos referindo ao
sentimento do observador em relação ao motivo apresentado e estes sentimentos se
transmitem ao ambiente.

Proporção, Equilíbrio, Ritmo e Harmonia

Proporção – é a relação que estabelece a melhor disposição ou correspondência


entre as partes de um mesmo elemento ou entre um elemento e seu contexto. Faz-
se
necessário que todos os elementos da composição estejam relacionados conforme o
tamanho. Ex: sala pequena = móveis pequenos.
Equilíbrio – condição básica para uma decoração harmoniosa, responsável pela
sensação de bem estar e conforto. Nas Artes, aqui se enlevando a Decoração, o equilíbrio
se refere à compensação harmônica entre:

1. as partes de uma massa;


2. a massa e o conjunto;
3. alturas de mobiliário;
4. janelas, portas, lareiras, nichos, frisos e painéis;
5. paredes do ambiente;
6. cores e texturas.

O princípio do equilíbrio baseia-se nas gangorras infantis em que dois pesos


iguais equilibram-se bem quando estão à mesma distância do eixo central. E que
dois pesos diferentes equilibram-se bem quando o maior está mais próximo
do eixo central. Ressaltamos apenas uma diferença: não trataremos de peso e
sim de volume e de potência de atração exercida pelo objeto.
Tipos de Equilíbrio:

Simétrico

Também chamado de Clássico Formal ou Simétrico Rígido. Objetos


iguais,
idênticos, distribuídos em lados opostos e à mesma distância do eixo central.

Ótico

Também chamado Clássico Informal ou Simétrico Variável. Mesmo princípio do


Simétrico Rígido, porém, utiliza-se de objetos diferentes que possuam o mesmo peso e
volume.
Assimétrico

Objetos diferentes em tamanho, peso, volume, etc. Equilibrados pelo princípio da


gangorra: Quanto maior mais próximo do eixo central. Quanto menor mais afastado
do eixo central.

Ritmo – é a sucessão harmônica de objetos, linhas, cores e detalhes com a


finalidade de dar unidade de leitura ao conjunto.

Harmonia – é o resultado de um casamento perfeito entre a proporção, o ritmo e o


equilíbrio.
INTERAÇÃO ENTRE MATERIAIS NA COMPOSICÃO DO AMBIENTE E DO
MOBILIÁRIO

A composição de ambientes refere-se à organização dos móveis, cortinas,


acabamentos, etc. no espaço compositivo (ambiente), imprimindo caráter e significado ao
lugar através da harmonia entre formas, cores e materiais entre texturas e
contrastes variados.
Um ambiente composto apenas pela semelhança tende à monotonia, sendo
repetitivo e cansativo, uma vez que não oferece variedade. Já um ambiente composto por
contrastes excessivos pode tornar-se agressivo e também cansativo. Percebe-
se, portanto, que a semelhança e o contraste são complementares na
composição decorativa, devendo ser usados de forma equilibrada.
A harmonia e equilíbrio do ambiente são conseguidos pela correta disposição dos
elementos decorativos, de modo que o peso visual de cada um seja equivalente
ao espaço em que está inserido. Tanto a dimensão do objeto quanto sua forma, cor,
textura
e outras variáveis influenciam o peso visual do ambiente.
Dessa forma, semelhança, repetição, texturas e contrastes devem ser dosados de
acordo com o tamanho do ambiente, com a mensagem que se deseja transmitir, com
a necessidade de criar elementos ou áreas dominantes, mas principalmente pelo
bom senso.
Considerando os mais variados conceitos de projetos, os ambientes podem
ser classificados, de forma geral, conforme a da composição de materiais em luxuoso,
semi- luxuoso, rústico , rústico luxuoso, rústico urbano, simples, sofisticado, sofisticado
luxuoso, eclético, temático, clean, high –tech, etc.

Possibilidades de Composição de materiais e classificação de ambientes

Luxuoso

 Ambiente bem espaçoso de característica rígida em equilíbrio simétrico ou


clássico formal
 Quadros de autores consagrados. Evitar ao máximo as gravuras,
principalmente as de tiragens altas. Dê preferência às P.A. ‘s = prova
do artista (a primeira que ele faz). Reproduções industriais NÃO.
 Acabamentos e revestimentos de teto e piso devem ser de primeira linha
(granito, madeira, mármore) Cerâmica e papel de parede NUNCA!
 Molduras entalhadas folheadas a ouro
 Marchetaria, pátina, decapê,
 Peças autênticas e de design exclusivo
 Acessórios em ouro, prata de lei lavrada, cristais, porcelana, mármore, lacas
chinesas, espelhos venezianos trabalhados a ouro
 Cortinas: longas arrastando sobre o piso em tecidos nobres.
 Tecidos: veludos de seda, damascos de seda, brocados, couro legítimo
 Tapeçaria: de alta procedência
 Cor de contraste: dourado
 Iluminadores: cristal bacará, bronze dourado, porcelana, bronze, murano
 Cores: preferencialmente neutras e sóbrias, tons pastéis, preto e branco.
raramente cores puras.
 Não deve ser aplicado a casas de campo ou praia.
Semi-luxuoso

 Pode ser formal ou informal


 Revestimentos: fórmicas, laminados, cerâmicas, pátina (até no piso)
gravuras e mapas antigos
 Acabamentos finos e trabalhados
 Mobiliário: clássico. Pode-se usar móveis de época ou modernos desde
que sejam praticamente exclusivos. Madeiras finas, de lei, maciça:
jacarandá, caviúna, pau-marfim, pinho-de-riga (fazendas)
 Tecidos: Seda, algodão fino, linhos, veludos de lã e de algodão.
 Cortinas: linho, tergal, poliéster
 Paredes: lambri sem ser trabalhado, com madeira de boa qualidade, tecidos,
palha, couro, papel de parede.
 Tapetes: orientais ou não, feitos a mão
 Aceita réplicas, desde que explícitas.
 Molduras menos rebuscadas.
 Iluminação: cristais, bronze, metais, madeiras com dourado
 Acessórios: porcelanas, laca, madeira com tratamentos especiais, bronze,
cristais
 Espelhos com molduras trabalhadas de madeira ou metal.
Simples
 Cidade, campo ou praia
 Revestimentos: fórmicas, laminados, carpetes, cerâmicas e outros materiais
que não precisam ser de primeira.
 Acabamentos em pátina, envernizado, laqueado, texturas
 Mobiliário: madeira clara, tom médio ou escuro, enceradas ou envernizadas.
Móveis simples, porém, de bom gosto; modernos ou não; de estilo ou
de época.
 Tecidos: Variada gama com exceção dos de primeira linha. Jacar, algodão
ou mistos.
 Cores: livre
 Cortinas: linho, tergal, poliéster
 Paredes: qualquer tinta, papel de parede, desenho, lambri, madeira, etc.
 Tapetes: arraiolos, kilim, tecido acrílico, orientais ou belgas
 Quadros: Aquarelas, reproduções com molduras simples, sem exageros
 Iluminação: cerâmica, acrílico, madeira, pvc.
 Acessórios: vidro, cerâmica, ferro e metais menos nobres, madeira,
couro/curvim, sintético
 Espelhos com molduras trabalhadas de madeira ou metal.
Rústico Luxuoso
 Fazendas Seculares, Provençal Francês
 Peças originais antigas, uso de materiais de demolição
 Tapetes: orientais e sofisticados. Nos quartos podem ser mais simples.
 Acessórios e adornos de boa procedência: Estanho, cristais, bronze
 Paredes: cores claras e neutras
 Mobiliário de época, porém, simples com acabamentos em couro marrom ou
terroso.
 Tecidos: lãs, algodão e fibras vegetais com exceção do estar.
 Obras de arte e molduras mais clássicas. Modernas NÃO.
 Iluminação: cristal, estanho, cobre e madeira trabalhada.
Rústico Urbano
 Colonial Mineiro
 Assemelha-se ao Country Americano.
 Pisos: pedras, cerâmicas, madeira sem brilho. Podem receber leve camada
de cera.
 Mobiliário: móveis menores e de estilo (inspirados na época do colonial
mineiro)
 Tecidos: Xadrez
 Acabamentos: ferro batido, pintado, granito bruto
 Paredes: cores livres. Tons berrantes ou não. Pedra, tijolo. Vigas de madeira
aparentes.
 Tapetes: qualquer. Do artesanal ao sofisticado.
 Aceita quadros mais modernos
 Acessórios: livre
Rústico
 Casa de fazenda ou praia
 Revestimentos: fórmicas, laminados,
cerâmicas, pátina (até no piso) gravuras
e mapas antigos
 Acabamentos finos e trabalhados
 Mobiliário: linhas retas. Móveis do
colonial mineiro. Utilização de
dormentes e materiais de demolição.
 Tecidos: fibras vegetais, lãs e algodão
 Cores: claras. NÃO usar tons sóbrios
 Cortinas: linho, tergal, poliéster
 Parede: cerâmica pura, caiada, estuque
grosseiro
 Sem tapetes
 Acabamentos: cobre, madeira, ferro forjado, estanho, palha
 Iluminação: lampiões
 Sem espelho e outros brilhos.
Sofisticado
 Mistura inusitada de materiais, texturas e estilos. “Parece, mas não é.”
 Farsa: impressiona visualmente, mas não tem materiais de primeira. Mais
indicado para pontos comerciais.
 Obras de Arte: clássica, contemporânea, esculturas grandes e
extravagantes que devem ser cuidadosamente harmonizadas. PERIGO –
‘cafonice’
 Cores mais elegantes. Uso marcante do banco e preto.
 Móveis de estilo ou modernos com linhas mais retas. De prefer6encia claros
para disfarçar melhor as eventuais imperfeições.
 Tecidos: algodão, linho, organdi, seda (não muito caros)
 Iluminação: vidro, metais, latão, gesso, teto rebaixado, iluminação embutida.
 Acessórios: vidros, jateados, coloridos, cerâmicas, porcelanas, acrílicos,
alumínio
 Tapetes: qualquer
 Paredes: papéis de parede, texturas, tecidos, madeira, palha.
 Espelhos podem ser utilizados.
Sofisticado Luxuoso
 Mesmas características do luxuoso, porém, mais elegante e por isso, mais
indicado para residência.
 Peças extravagante, podendo usar as antigas pontualmente, desde que
tenham design atual e de artistas consagrados.
 Sem muita enganação.
 Móveis de escala industrial, porém, de boa qualidade.
Clean
 Essencialidade. O minimalista se enquadra aqui.
 Leve, limpo, sem excesso. Poucos móveis e muito espaço.
 Ambiente que gera frieza que deve
ser quebrada com
almofadas, xales e
tapetes.
 Ideal para halls, recepções, portarias,
corredores.
 Design elegante e de qualidade
 Pouquíssimas peças e grandes.
 Cores claras, pouco contraste.
 Acessórios que possam gerar leitura
leve e rápida. Os infláveis caem bem.
 Tecidos: seda, algodão, linho, mistos
e couro. Descarte os veludos e os
brocados.
 Cortina: qualquer estilo que se
harmonize com o restante. Painéis,
persianas.
 Tecidos: Leves com bom caimento. Ana
Ruga e Tactel
Eclético
 Mistura harmônica de Estilos. Harmonia de diferentes correntes.
 Arte popular com arte sacra, por exemplo.
 Barro com cristal
 Tudo é liberado desde que seja associado com bom gosto
 É o mais difícil de fazer... Você vê e acha diferente.
 Ele tem proporção, equilíbrio, ritmo, mas não tem dominância.
Temático
 Ambiente característico, de dominância japonesa, árabe, esotérica, chinesa,
indiana, mexicana, etc.
 A pesquisa é a alma dessa conquista.
Acabamentos e revestimentos – manutenção e durabilidade

Tintas e Vernizes

Conceito: Resinas + Aditivos + Pigmentos + Solventes

Classificamos os produtos utilizados em pintura em três categorias:

1) Fundos: Também chamados de primer ou selantes, são produtos que têm a


finalidade de preparar as superfícies, corrigindo defeitos que o
substrato apresenta e/ou uniformizando a absorção da
superfície, proporcionando durabilidade à pintura e economia
da tinta de acabamento. Devem ser aplicados com rolo de lã de
pelo alto.
2) Massas: Têm a finalidade de regularizar defeitos ou imperfeições
apresentados pela superfície. Boa parte da beleza e requinte
da pintura deve-se ao ótimo nivelamento proporcionado pelas
massas. Podem ser: massa corrida, massa acrílica ou Textura
Acrílica.
3) Acabamentos: Conferem à pintura as características de qualidade, proteção,
desempenho e beleza que esperamos. Parte visível da pintura.
Para preparação básica dos produtos, devemos partir do pressuposto que os
mesmos saem da fábrica em condições de uso, porém, para facilitar a aplicação e garantir
o resultado final são necessários:
- homogeneização: mexer todos os produtos antes de serem utilizados,
de maneira que fiquem perfeitamente uniformes. Utilizar
como ferramenta uma colher de pau, um pedaço de
madeira, ou misturadores próprios, evitando que o
produto do fundo da embalagem se mantenha estático;
- diluição: Cada produto traz na embalagem as proporções e os
diluentes próprios para facilitar a aplicação garantindo um
acabamento melhor. Água, Água Raz ou tinner.
- Catálise: exclusivo para linha epóxi.

Preparação das Superfícies

Partes soltas ou mal aderidas devem ser eliminadas, raspando, lixando ou


escovando a superfície; manchas de gordura ou graxa devem ser eliminadas com solução
de água e detergente, depois enxaguar e aguardar secagem; partes mofadas devem
ser tratadas com água sanitária ou solução de água e cloro, depois enxaguar e
aguardar secagem; imperfeições profundas devem ser corrigidas com argamassa de
cimento,
aguardando cura por 28 dias; imperfeições rasas podem ser corrigidas com massa
acrílica, para reboco interno e externo ou massa corrida para reboco interno. Nas paredes
com cal devem ser lixadas ou escovadas com escovas de aço, limpando posteriormente o
pó existente para aplicação de uma demão de Fundo Preparador para paredes diluído em
10% de água.
Em superfícies de madeira nova deve-se aplicar uma estopa embebida em
aguarrás ou thinner., após secagem deve ser promovido um lixamento dom lixa grana 180
a 240 para eliminar farpas, aplicar selador (superfícies internas) e após secagemlixar
com grana 360/400 e eliminar o pó para posteriormente envernizar. Para repintura
procede-se o segundo lixamento, limpeza e verniz. Para aplicar o esmalte as imperfeições
devem ser anteriormente corrigidas com massa óleo.
Em superfícies de ferro devem ser extraídas as partes soltas ou mal aderidas, o
brilho, partes mofadas, etc. Depois promover lixamento e aplicar em ferro novo –
uma
demão de fundo óxido deferro; em ferro com ferrugem – uma demão de zarcão; em
alumínio e galvanizado – fundo fosfatizante. Posteriormente aplicar os acabamentos
devidos – Sintéticos – Esmalte Sintético, Tinta Óleo, Esmalte Epóxi.

Escolha da Tinta Certa

Veja no quadro abaixo o tipo de superfície e acabamentos indicados:

ALVENARIA MADEIRA METAL

Látex PVA Esmalte sintético Esmalte sintético


Látex Acrílico Esmalte Epóxi Esmalte Epóxi
Esmalte Epóxi Tinta Óleo Tinta Óleo
Verniz

Látex PVA
Essa tinta à base de água, encontrada em acabamento fosco-aveludado, é
indicada para pintura de alvenaria interna ou externa.
A limpeza é simples: use pano úmido e sabão neutro. Mas atenção: as paredes
costumam apresentar manchas em locais que são limpos com maior freqüência.
A durabilidade média do látex PVA é de três anos em áreas internas e dois anos
em áreas externas.
Látex Acrílico
Como o PVA, é à base de água e pode ser limpo com pano úmido e
sabão neutro. Apresenta três tipos de acabamento: fosco, acetinado e semibrilho, para
alvenaria interna e externa. O fosco disfarça as imperfeições de uma parede que
não esteja em boas condições, mas mancha um pouco com a limpeza constante.
Já o semibrilho e o acetinado, embora ressaltem eventuais defeitos de nivelamento,
permitem uma limpeza sem marcas. Dura em média cinco anos em áreas internas
e quatro anos em áreas externas. É o mais cotado para resistir à maresia.

Resina acrílica, silicones e vernizes


Além dos componentes que lhes emprestam os nomes, esses produtos contêm
aditivos que repelem a água, evitando infiltrações, umidade e manchas em
interiores e exteriores. Devem ser aplicados sobre a superfície limpa e seca de
concreto, tijolos ou pedras aparentes. Para garantir maior eficiência, reaplique o produto
uma vez por ano.

Tinta para fachada


Já se encontra no mercado um tipo de tinta específico para áreas
externas, composto de resinas 100% acrílicas elásticas. Ou seja, a tinta acompanha
eventuais movimentações da construção. Por ser mais durável que as tintas
comuns, alguns
fabricantes dão garantia de até vinte anos. É bem possível que você enjoe da cor antes
que a garantia acabe.
Tinta para azulejos
À base de epóxi, é indicada exclusivamente para interiores. Depois de revisar os
rejuntes e verificar possíveis vazamentos, lave a superfície com água e detergente neutro
e aplique um removedor para eliminar qualquer tipo de sujeira ou resíduos de gordura. Só
então a parede estará pronta para receber a tinta, que leva no mínimo 72 horas
para
secar totalmente. Limpe com água e detergente neutro (evite produtos clorados, que
podem causar manchas). Se você é sensível, cuidado: essa tinta tem cheiro muito forte.

Texturas
As cores e os relevos das massas texturizadas invadiram as paredes
internas e externas. A maioria já vem pronta e os mais habilidosos até podem aplicar
sozinhos as massas industrializadas – basta dominar os
instrumentos necessários, como
desempenadeira e rolo de lã. Porém, uma boa dose de criatividade e de habilidade com
massa corrida ou massa acrílica servem de suporte para desenhos feitos
com uma vassoura de piaçava, uma colher e outros utensílios domésticos. Mas
não acredite que texturizar a parede é uma maneira de disfarçar problemas
como imperfeições e bolor. Ela deve estar limpa e com
o reboco.
Ao escolher o tipo de textura, veja se não é muito áspera e se a área não é muito
pequena (as pessoas podem se machucar). Também pode ficar mais agradável uma ou
duas paredes texturizadas que todo o ambiente. Destaque aquela que você quer
valorizar, assim como no uso das cores. Manter limpas essas superfícies vai
acarretar
um trabalhinho extra: as mais finas pedem apenas um pano úmido; nas que apresentam
fissuras mais profundas, recorra ao aspirador de pó ou a uma escova com cerdas macias.

Dicas:
- Se você acha monótono um ambiente com uma cor única, pinte uma ou duas
paredes. Para saber qual escolher, o ponto de partida pode ser um item que
você
queira destacar: uma peça do seu mobiliário, uma escultura, uma lareira.
O mercado dispõe de uma boa variedade de tons de branco. Prefira-os aos
brancos puros, que podem deixar a casa com um
aspecto hospitalar. Geralmente, o teto é branco (nunca puro,
você já sabe). Isso dá uma sensação de profundidade.
- Em ambientes menos tradicionais, com desníveis no pé-direito, por exemplo, é
preciso que haja uma unidade. Essa é uma das raras situações em que a cor de uma
das paredes pode se estender ao teto.
- Você adoraria usar um tom escuro, mas o espaço é pequeno, o que torna as cores
claras mais aconselháveis. Analise alguns fatores antes de descartar a idéia. Se
a iluminação natural é bastante eficiente e os móveis e objetos têm tons claros
ou vibrantes, pode apostar no mais escuro. E lembre-se: o metal sai valorizado em
frente
a uma parede de cor intensa.
- Sim, é possível adotar um tom vibrante em lugares reservados a atividades calmas,
como a leitura. Mas não em todo o espaço. As paredes (ou o ambiente) para onde
sofás, cadeiras ou poltronas estiverem voltados deverão ser claras.
- Evite surpresas desagradáveis, como descobrir que o tom não ficou lá muito
parecido com o que você imaginava. Faça um teste. Compre uma latinha pequena da
cor escolhida e pincele sobre dois pontos no cômodo que será pintado: um
trecho onde a luz incide mais diretamente e outro onde a parede fica na sombra.
- Observe a tonalidade durante o dia, à luz natural, e à noite, com as suas luminárias
acesas. Assim é mais fácil chegar à cor desejada. O mesmo teste pode ser feito com
a tinta escolhida para a fachada.
Tecidos
" Precisamos aprender a reconhecer adequação,
simplicidade e proporção e aplicar nossos conhecimentos
às nossas necessidades."
Elsie de Wolfe, decoradora americana

Tecido é a tecelagem de fibras: os fios que entram verticalmente formam a


urdidura, na altura do tecido e os que entram horizontalmente, na largura do tecido,
formam a trama.
Podem ser de fibras naturais – vegetal (algodão, paina, linho rami, sisal, juta),
mineral (amianto) ou animal (seda, lã, cashmere e alpaca); artificiais, obtidas da celulose
(rayon e viscose); e sintéticas, derivadas do petróleo (acrílico, poliéster, poliamida).
O que diferencia cada tecido inicialmente é o modo como se forma o seu desenho.
A textura, o brilho, o peso: qualidades diferenciais de tecido para cada tecido.
Basicamente, eles se enquadram em três grupos: ratier, jacquard e estampado.

Ratiers - são os trabalhados no tear de maneira simples: horizontal e vertical.


Incluem os lisos, os tramados (xadrezes e listrados) e os maquinetados (com formas
geométricas).

Estampado Xadrez Panamá Lonita


Embora possa se Junto com os Nome dado tanto ao O brim, a lonita (foto) e
estampar até listrados, compõe a tecido como à a lona formam o grupo
jacquards, a maioria família dos tramados: montagem. No panamá, dos panamás 100%
dos estampados tecidos geométricos trama e urdume são algodão. Levinho da
são ratiers 100% feitos no tear de dispostos com simetria turma, o brim vai bem
algodão (como ratier. Bastante (um fio de trama para em capas. Já a lonita e
na foto) ou mistos usados em um de urdume, ou dois a lona, mais
de algodão combinações, pois para dois, assim por encorpadas e rústicas,
com outras fibras. casam tanto com lisos diante), sempre são revestimentos
Bem dosados, dão como com formando ângulo de 90 resistentes para
personalidade aos estampados. Pode graus. Pode ser mais estofados.
ambientes haver cor na trama ou fechado, como nos
em poltronas, no urdume. brins, lonitas e lonas,
almofadas, cortinas ou mais aberto, como
e sofás. na foto.
Maquinetado Gorgorão Sarja Linho
Forma desenhos Todo canelado, o Faz sucesso nas Tecido feito
geométricos (o exemplo gorgorão era práticas capas de exclusivamente da fibra
clássico é o de originalmente composto estofados, por ser natural de linho, é
pequenos losangos), de seda, mas hoje pode maleável e quase usado em cortinas,
mas nada muito ser misto de algodão sempre 100% estofados, colchas e
elaborado, pois usa tear e viscose algodão, o que almofadas. Assim como
de ratier e não ou algodão e poliéster. O possibilita bom o algodão e a seda, o
de jacquard. efeito canelado é sempre caimento. A sarja linho pode ser rústico.
no sentido da trama, ou se caracteriza pelos Trata-se de fios com
seja, na largura do tecido. fios na diagonal. pequenas imperfeições,
Sua textura diferenciada como emendas e
pode ser uma ótima carocinhos.
aliada em misturas. O que, aliás, pode ser
muito charmoso.

Jacquards - desenhos complexos surgem da combinação dos fios no tear.

Jacquard Gobelim Matelassê Damasco


O tear de jacquard É o jacquard Ainda no grupo dos Exibe temas
consegue comandar encorpado, jacquards, o tradicionais (medalhões
de forma extremamente batido matelassê apresenta e flores) e alterna
independente cerca (chama-se batida cada partes acolchoadas, partes brilhantes e
de 1200 fios, o que vez que um fio de formadas de duas opacas. Comparado ao
gera uma variedade trama é incorporado camadas de tecido. gobelim, é mais leve,
incrível de ao tecido, amarrando Pode ser chamado usa menos cores e
composições. Para os fios de urdume). de piquê. forma desenhos mais
diferenciá-lo do Quanto mais finos e esfumaçados.
estampado, olhe o juntos os fios, há mais O termo adamascado é
avesso: só no nitidez nos desenhos, empregado tanto como
jacquard há o negativo geralmente clássicos – sinônimo como para se
do desenho. Seu uso cenas de corridas referir a qualquer tecido
mais clássico é em de cavalos, que alterne brilho e
estofados, mas há medalhões, folhagens opacidade.
quem adote sua e flores.
nobreza para forrar
paredes.

Tecidos brilhantes - mais uma variação dos ratiers

Seda Cetim Shantung Voal


Nobre e delicada, a Feito inicialmente de Caracteriza-se por ter Levíssimo, é a maior
seda pede uma seda pura, o cetim hoje um lado opaco e aposta de quem gosta
manutenção cuidadosa. pode levar algodão ou outro brilhante, mas de transparência em
Se usada em cortinas poliéster. É macio e é mais leve que o cortinas. Quando feito
sem forro, por exemplo, brilhante, com cetim. Pode ser apenas de poliéster,
esfarela-se por a trama bem fechada. formado pode ser lavado sem
completo. Uma dica Assim como acontece de diferentes fibras sofrer nenhuma
para não com a seda e o (naturais, artificiais e alteração. Há bonitos
ser enganado: quando o shantung, o brilho do sintéticas) modelos que
tecido é 100% seda, a cetim empresta requinte e costuma apresentar combinam o voal a
queima de um fio gera a alguns fios outras fibras, como o
cheiro de cabelo ou casa, seja no estofado, irregulares. rami e a juta.
pena queimados, pois na colcha ou em
todos têm origem detalhes, como
animal. almofadas.

Veludos - técnica especial para torná-los felpudos

Veludo Veludo cotelê Veludo flamê


Construído duplo e depois A variação mais Flamê é um tipo de fio com
cortado ao meio conhecida do veludo, o imperfeições
(horizontalmente), o veludo é cotelê é badalado tanto em alguns pedacinhos.
repleto de fios curtinhos, o que na moda como na Costuma
lhe dá decoração. Caracteriza- ser usado
o característico toque macio. se pelas listras no veludo, criando riscos
Pode ser de seda, poliéster ou em relevo. irregulares, mas também
algodão. Adotado em compõe outros tecidos.
elegantes estofados e também
em cortinas, quando se deseja
um tecido mais encorpado.

Supermacios - fio e tecnologia fazem a diferença

Chenile Buclê Camurça sintética


É um fio enroladinho Também pode se referir só ao Ela derrubou de vez a idéia
e macio, de algodão ou fibra fio ou ao tecido. O fio de de que os tecidos sintéticos
sintética. Como acontece buclê (formado de seda, tinham toque desagradável.
com outras matérias-primas rayon, poliéster ou algodão) Graças à tecnologia
(algodão, linho, seda etc.), tem trechos irregulares, em desenvolvida pela indústria
pode ser usado em que ele dá voltinhas em si têxtil, a camurça feita
jacquards – jacquard de mesmo. principalmente de poliéster
algodão, jacquard de seda, O tecido buclê, assim, ganha é macia e – ponto para a
jacquard de chenile, assim umas bolinhas, um apreciado praticidade – lavável. Ótima
por diante. Mas, quando o efeito rústico. pedida para estofados.
tecido é feito
exclusivamente do fio, leva
o mesmo nome.

A maioria dos acabamentos dos tecidos para decoração já vem de fábrica. Confira
sempre com o lojista ou o fabricante os casos em que é possível aplicar
depois o efeito desejado.
antichamas coenizado/ emborrachado
dublado/backing
Tratamento químico que Aplicação de tela ou forro no É a impermeabilização por
evita a propagação de avesso do tecido, estruturando- meio de um filme plástico
chamas, muito usual nos o principalmente para revestir que veda a respiração do
tecidos importados da estofados. tecido, conferindo um toque
Inglaterra, onde existe emborrachado. Usado
legislação a respeito. sobretudo em barcos e
áreas externas.

peletizado/ hidrorrepelentes gofrée


pré-encolhido/
washed
São processos de pré- Sem alterar a aparência ou o Comum em veludos, é um
lavagem que resultam em toque do tecido, um banho em acabamento original de
um toque mais macio e produtos químicos (como o fábrica em que o tecido
evitam encolhimento Teflon e o Scotchgard) impede passa por um cilindro com
posterior. Comum em a penetração de líquidos, desenho em relevo. O relevo
sarjas, brins e algodões aumentando a durabilidade do prensa áreas do tecido, que,
para capas, também revestimento. ao contrastar com as partes
podem ser usados para dar inalteradas, mais altas,
aspecto envelhecido aos formam desenhos.
tecidos

devorée chamalote chintz

Como no gofrée, o Depois de passar entre dois O uso de uma resina dá


desenho é formado pelo cilindros quentes, o tecido brilho e aumenta a
contraste entre os fios ganha ondas cintilantes vivacidade das cores no
originais e, neste caso, irregulares, mas que algodão. Após várias
áreas "devoradas" – em desaparecem ao contato com a lavagens, o lustro vai
vez de ser abaixada, parte água. esmaecendo.
do tecido é corroída.
Apenas tecidos à base de
poliéster aceitam o
devorée.

Papel de Parede e Border


Os Borders – faixas de papel muitas vezes autocolantes – deixam de ser
um
mero acabamento para o papel de parede tornando-se um revestimento prático para
quem quer mudar sem sofrer alterações radicais.
Hoje, servem de rodateto e rodameio em paredes de alvenaria comum.
Podem dispensar o colocador, mas não a fita métrica e o lápis. Para que não
fique torto, veja qual é a altura certa e marque a parede a cada 50 cm ou trace uma
linha.
Um lembrete: os papéis são resistentes, mas em regiões de clima úmido estão mais
sujeitos a escamação e mofo.

Fibra de Vidro

Agradável ao tato, a fibra de vidro tem a aparência da trama do tecido vista sob
uma lente de aumento. Sãovárias texturas, preparadas para receber qualquer tinta (o
látex é o mais indicado). Mas atenção: suas características antimofo e resistência à
umidade não são um passaporte para as paredes do banheiro e da cozinha. Nos
corredores caem bem; nos quartos pode ficar acolhedor. A colocação exige superfície lisa
e limpa e pessoal treinado.

Lambri

Os lambris de madeira são um clássico que atravessa os tempos e as fronteiras.


Originários das construções de madeira, como um acabamento mais fino para os espaços
internos, também funcionando como isolante térmico, eles aparecem hoje compostos por
outros materiais.
Por exemplo, o gesso. Porém, analise bem a sua viabilidade. O gesso é mais
quebradiço e, portanto, pode durar menos em lugares sujeitos a atritos (junto às cadeiras
da sala de jantar ou em corredores que servem de pista de boliche e outras
brincadeirinhas de crianças ativas, por exemplo). Entretanto, esse material dispensa
aplicação de massa corrida e aceita qualquer revestimento ou pintura.
Outra alternativa são as placas de PVC. Resistentes à umidade e à corrosão,
são fáceis de limpar,mas limitadas a poucas opções de
cores e padrões. Como não dá uma sensação de aconchego, os
decoradores, em geral, preferem o PVC apenas no teto.
Em áreas molhadas, são mais adequados os lambris de materiais cerâmicos.
Algumas questões precisam ser consideradas antes da escolha. É a espessura das
réguas que determina a finalidade, portanto, para manter os cômodos aquecidos, elas
devem ter entre 10 e 20 mm. Menos que isso, só para proteger a parede, ou por motivos
puramente estéticos.
Já a largura depende do gosto de cada um, enquanto a altura, também livre,
pode seguir certos padrões – entre 0,70 e 0,90 m, junto à mesa; entre 1,80 e 1,90 m, em
paredes em que a porta tem 2,10 m; entre 1,90 e 2 m, quando a porta é de 2,40 m.
No acabamento podem receber vernizes, tinta esmalte, pinturas especiais
(pátina, decapê, satinê) ou laqueação (processo de pintura automotiva, aplicada com
compressor).
Em ambientes que apresentam desníveis, os lambris podem dar uma sensação
de continuidade. Mas, em qualquer situação, cuidado com o tratamento que dará à parte
superior da parede, de alvenaria. Se optar por uma textura, zele pela harmonia com
o
lambri no que diz respeito à cor também.

Madeira em Pisos

Ninguém mais aceita imposições. Livres de modismos, escolhemos onde vamos


colocar os pés com base no nosso gosto e nas nossas necessidades. E ainda temos à
disposição uma vasta gama de pisos. Muitos foram resgatados. Um exemplo? O parquet
dos anos 50, que surgiu em tantos apartamentos quando se retirou o
carpete. Restaurados, ficaram à mostra. Os velhos sistemas de fixação, que faziam os
tacos se soltarem, deram lugar a métodos mais eficientes. Em vez de argamassa ou
pixe, usa-se uma cola à base de PVA, especialmente fabricada para esse fim.
Descobrimos que somar é mais interessante que subtrair, e adequar, melhor
do que forçar a barra. Não por acaso, cerâmicas, pedras e mármores, refratários ao
calor, são alguns dos materiais mais usados no Nordeste. Em regiões onde o inverno
costuma
ser mais rigoroso, são os assoalhos, o laminado, os carpetes de madeira e os têxteis que
fazem sucesso. Aconchegantes, funcionam como isolantes térmicos.
Ainda seguimos alguns critérios, ditados não pela moda, mas pelo bom
senso: espaços pequenos pedem pisos mais claros, que dão amplitude, enquanto
os escuros são mais formais e requerem uma boa iluminação; o rodapé, de preferência,
acompanha
o material do piso. E aquele prosaico capachinho na porta de entrada evita riscos, dando
a muitos materiais uma vida mais longa.
Os tacos e tábuas corridas fazem sucesso há tempos e começaram a dividir
espaço com materiais criados à sua imagem e semelhança.
Assoalhos – aconchegantes e resistentes, formam aquele nicho clássico que
combina com tudo: sustentam com elegância móveis tradicionais ou modernos e fazem
boa vizinhança com mármore, granito, ladrilho hidráulico, cimento queimado, tijolo e
cerâmica. Use-os sem medo em todas as áreas sociais ou íntimas, observando
que o contrapiso de cimento esteja liso, seco e nivelado e que as réguas de madeira
estejam completamente secas – o ideal é que elas descansem de quinze a vinte
dias no local onde serão instaladas. Depois da colocação, espere de vinte a trinta
dias para dar o
acabamento. E cheque se o material foi tratado contra cupins. Clique nos nomes
para
detalhes.
- Tacos: Com espessura de 2 cm, têm de 30 a 42 cm de comprimento e de 5 a
10 cm de largura. Ainda se encontram tacos com as medidas antigas, de 7 x
21 cm. A instalação é feita com cola à base de PVA (antigamente,
fixados com argamassa ou pixe, os tacos soltavam-se facilmente). A
madeira pode
ser pisada um dia após a instalação. Já os diferentes acabamentos
necessitam de períodos maiores de secagem. Se preferir deixar a madeira ao
natural, encere-a mensalmente para protegê-la. Madeira, lembre-se, não
combina com áreas molhadas. A água pode se infiltrar pelos vãos e danificar
o piso. A média para a aplicação é de um dia para cobrir de 40 a 50 m², sem
muitos detalhes. A vida útil é de cerca de 40 anos.

- Tábuas: É grande a variedade de madeiras para pisos, das mais


escuras, como o ipê, às mais claras, como o pau-marfim. Entre
essas duas tonalidades, há a sucupira e o angelim (escuros), o cumaru
(castanho), o jatobá (avermelhado), a perobinha e a grápia (caramelo), a
muiraquatiara (rajada), a tatajuba (clara, tendendo a ganhar um tom caramelo
com o tempo).
Ao contrário do pau-marfim, o ipê se movimenta menos, o que o torna
a madeira mais indicada para regiões com grandes variações de temperatura
e muita umidade. Normalmente, as tábuas têm largura de 10, 15 ou 20 cm.
A espessura nunca é menor que 2 cm (quando muito finas, podem
empenar).
Para perfazer 50 m², um bom instalador leva dois diase meio (no sentido
longitudinal) e de três a quatro dias (na diagonal).
Pode-se pisar sobre as tábuas assim que o trabalho estiver concluído.
Observe, é claro, o tempo indicadopara o acabamento escolhido.
Duram em média 40 anos.

- Parquet: É a técnica de compor desenhos com tacos. A disposição clássica


traz quatro tacos na vertical e quatro na horizontal, formando placas de 24 x
24 cm a 50 x 50 cm. O nome designa também um tipo específico de
taco: pequeno, com 1 cm de espessura por 3 cm de largura e 12
cm de comprimento. Na medida de 5 x 25 cm são chamados de
lamparquet..
O contrapiso deve estar pronto, e o desnível não pode ser superior a 1 cm.
Desenhos elaborados, feitos geralmente com dois tons de madeira, são mais
indicados para ambientes amplos. São colocados em média 40 m² por
dia.
A vida útil, tanto do parquet quanto do lamparquet, é de 25 a 30 anos.

* Manutenção: O principal cuidado é evitar a umidade (inimiga número um da


madeira, por dilatar e deformar a madeira). No máximo, use um pano ligeiramente úmido,
uma vez por semana. As juntas entre as tábuas e tacos, são essenciais para uma boa
durabilidade do piso, afinal elas permitem a dilatação e contração da madeira que se
fazem constantes quando há variação climática. Nesse caso, peças maiores necessitam
maiores juntas. Cera específica ou verniz; quando sintecados deve-se evitar exposição ao
Sol.

Pisos Flutuantes - ancorados por pressão dos rodapés, eles parecem flutuar
sobre a superfície original, forrada com mantas plásticas. Daí o nome.
Podem ser colocados em todos os cômodos, menos nas áreas molhadas. A instalação é
rápida: cerca de 50 m² por dia (com uma dupla de aplicadores), sobre um
contrapiso nivelado e impermeabilizado. Mas eles também são colocados sobre
revestimentos já existentes, como cimento, tacos, cerâmica ou pedra, desde que sem
irregularidades ou
peças soltas. Sujeitos a riscos por materiais pontiagudos.

- Laminado: Formado por camadas múltiplas derivadas da madeira, tem


superfície composta de celulose e resina melamínica; no miolo, compensado
ou HDF (uma fibra de alta densidade). Os padrões e os tamanhos são
variados.
Algumas marcas dão até 15 anos de garantia contra desgaste, manchas
e perda de cor.
- Carpete de Madeira: Composto normalmente de placas de MDF
recobertas com lâminas de madeira de diferentes espécies e tons, tem de 7
a 19 cm de largura, por 7 mm de espessura e 1,20 m de comprimento. Há
carpetes de madeira maciça, cortados em réguas de
2,4 mm de espessura.
Já vem envernizado e não permite outro tipo de acabamento.
A durabilidade média é de 5 anos.

Cerâmica e Porcelanato

Origem da Cerâmica:

Não se pode dizer ao certo quais foram as primeiras cerâmicas, pois elas sempre
estiveram presentes em todas as eras, retratando a conjuntura social e econômica de
cada povo, suas pretensões, capacidades e preferências. O termo árabe "al azuleija", que
significa pequena placa cintilante, tornou-se "azulejo" na Espanha e, ao longo dos termos,
fez uma história transformando terra em obra de arte.
Pré História • A cerâmica existe desde a idade da pedra, quando o homem, pela
necessidade de conforto, criou a primeira forma de moradia e utensílios domésticos. As
mulheres faziam as primeiras cerâmicas caseiras. Mais tarde, como o serviço foi
ganhando volume, passou a ser feito pelos homens.
Era dos Faraós• A olaria foi a base da construção dos farós.
Período Etrusco • A cerâmica etrusca, coríntia, cipriota, cretense, helênica e
romana trazia desenhos de ânforas, vasos, objetos de adorno e decoração,
faianças e estatuetas.
Egito A.C. • Eram produzidas azulejos em azul e verde.
Era do Rei Nabucodonosor • Azulejos eram utilizados para a construção da
Babilônia.
China 200 A.C. • Os azulejos eram esmaltados para o revestimento de
tumbas, sendo que as telhas eram esmaltadas para dar um grau hierárquico superior às
moradias que a utilizavam.
Século XI • A Itália começou a exportar grande quantidade de pisos maiólica, com
desenhos geométricos e florais nas cores violeta, azul, verde, marrom e laranja.
Século XIII • Na Igreja Superior de São Francisco de Assis foram encontrados os
primeiros registros de pisos maiólica.
Período da Renascença • Os pisos forma utilizados em larga escala, com
decorações de emblemas, atos heróicos e figuras místicas.
Época da II Guerra Mundial • O revestimento cerâmico foi usado na reconstrução
de toda Europa, sendo utilizado em todos os ambientes, já não apenas em cozinhas e
banheiros.
Década de 50 • A indústria cerâmica teve grande crescimento e
avanço
tecnológico.
Brasil • Os índios brasileiros foram grandes oleiros e deixaram muitas obras. Já
no período colonial e imperial, a cerâmica era pobre. O uso do azulejo difundiu-se com a
colonização portuguesa. A verdadeira industrialização se iniciou no século XIX,
principalmente no estado de São Paulo devido à proximidade dos elementos básicos à
fabricação, como caulim, argila, feldspato e quartzo. Hoje, a maioria das fábricas
brasileiras possuem um nível internacional de qualidade.

Porcelanato - tecnologia transformada em beleza que o tempo não apaga.

Em busca da perfeição, conciliou-se a tecnologia com os anseios dos clientes e


as tendências do mercado.
Porcelanato é um revestimento cerâmico desenvolvido com a utilização
de matérias-primas altamente selecionadas e com alta tecnologia para substituir as
pedras naturais e revestimentos cerâmicos tradicionais, pois, além da beleza,
melhores características técnicas.
Dentre as vantagens que ele apresenta estão a baixíssima absorção d'água,. alta
resistência, acabamento diferenciado, maior durabilidade.
Sua tecnologia de fabricação permite a criação de uma infinidade de efeitos
estéticos, conferindo ao ambiente beleza e arte inigualáveis.
Aço Inox

Conceito: Liga metálica que contem níquel, cromo, carbono e ferro. De acordo com
a composição química e características metalúrgicas podem ser: martensíticos, ferríticos
e austeníticos. Estes últimos não são magnéticos, não são endurecíveis por tratamento
químico e sua resistência aumenta quando trabalhado a frio (laminado e dobrado).
Sua resistência à abrasão e à corrosão varia de acordo com a sua
composição química. Aqueles que contém menos ferro e mais níquel, como o AISI 304
por exemplo, são mais resistentes à corrosão e às ranhuras, sendo mais indicados para
bancadas de pia. Se o aço contem mais ferro, sofre corrosão mais rápido e para tirar a
limpo, na hora
da compra, verifique aproximando um imã; se ele for atraído é porque o aço é AISI 430,
com mais ferro.
Tem sido utilizado em bancadas, cubas, escadas, corrimãos, elevadores, fachadas
de prédios, bancos, lixeiras, esculturas, painéis fotográficos, etc.
Ele é higiênico, por não apresentar porosidades e é bastante resistente ao calor.
Sua instalação depende da adequação e do projeto, portanto, é recomendável
recorrer à assistência técnica para buscar informações. Os parafusos também devem ser
de Aço.

Corian

Conceito: Material composto por mineral (alumina) e resina acrílica com 1% de


pigmentação.
Pode ser moldado em qualquer formato, com variedades de cores e texturas. Não
é poroso e as emendas são imperceptíveis.
Indicado para bancadas, cubas, mesas, balcões, revestimentos de paredes de Box,
degraus internos e etc. É higiênico podendo ser utilizado em ambientes
hospitalares, residenciais, industriais e comerciais.
Apesar de ser mais resistente que o mármore tem resistência média à
abrasão,
também sofre riscos. Resistente ao desgaste, impactos, produtos químicos, manchas
sujeiras. e
Para manutenção exige água e detergente. Riscos leves podem ser tirados
com espuma grossa; já os profundos ou partes quebradas podem ser reparados por
empresas especializadas.
Fabricante: Dupont
Alumínio e ACM

Conceito: Metal maleável que pode adotar formas complexas, podendo ser
dobrado, embutido ou laminado em chapas que atingem uma espessura extremamente
reduzida.
Possui alta refletividade de calor e luz e não produz reações tóxicas. É leve a tem
alta resistência à corrosão. E não é magnético.
Utilizado em utensílios domésticos, luminárias, esquadrias, reflexão de som, e
proteção de aparelhos (por não ser magnético).
Na instalação suas placas são colocadas sob uma base de manta de lã de vidro ou
forro pacote.
Apresenta-se em placas brilhantes dos dois lados, foscas dos dois lados e mistas.
Se exposto a muita umidade pode ocorrer corrosão. Perde parte de sua resistência
se exposto a elevadas temperaturas.

ACM – Aluminum Composite Material

Apresenta-se para o revestimento de fachadas, marquises, fechamentos,


coberturas, mobiliário, decoração de interiores e comunicação visual,
atendendo plenamente às exigências técnicas e estéticas da moderna arquitetura.
É um material composto, formado por uma camada de polietileno revestida em
ambas as faces por lâminas metálicas (alumínio ou aço inox), que resulta em um
grande painel plano de até 1,50 X 8,00 m, com espessura de 3, 4 e 6
mm, perfeitamente adaptável às mais diversas formas
de revestimento, recorte e conformações curvas e
angulares.
Apresenta uma gama variada de padrões lisos, metálicos
estampados, além de características únicas de resistência à vibrações, exposição
às intempéries, salinidade. atmosferas industriais e controle térmico/acústico. Sua
pintura especial em PVDF (fluor carbono/Kymar 500) ou
FPM (Fluorocarbon Precolor Metal), garantem a beleza e a robustez do
seu acabamento, facilidade de limpeza e manutenção, além da durabilidade da cor e
do brilho.
Possibilita a melhor qualidade de acabamento para grandes fachadas, devido à
sua planicidade, possibilidade de curvatura e diversas modalidades de fixação, ocultas
e aparentes, adaptáveis às características de qualquer projeto.
VANTAGENS:
Resistência superior à umidade: as características UV garantem a
permanência da cor, mesmo em aplicações ao ar livre por mais de 10 anos.
Resistência química: Ácido, base e atmosfera salina.
Resistência à poluição: com um mínimo de manutenção mantém-se o aspecto
de limpeza, mesmo na atmosfera poluída das grandes metrópoles.
Resistência à impactos: alta resistência e absorção à impactos,
perfeita
tolerância de curvatura e dobra, sem alteração do acabamento da cobertura.
Planicidade: ideal para a criação de grandes superfícies planas com excelente
acabamento se comparando com outros materiais de construção.
Consistência da pintura: o sistema de pintura bobinado garante excelente
consistência e uniformidade do revestimento pintado.
Estabilidade da planicidade: devido à sua fixação com suportes de alumínio, os
painéis mantém a sua perfeita planicidade, independente das oscilações de temperatura.
Resistência à impacto, quebra e vibração: as placas possuem alta resistência,
rigidez e baixa ressonância, um painel de 4 mm de ACM tem a mesma resistência que
uma placa de alumínio sólido de 3,3 mm ou uma de aço de 2,4 mm.
Isolamento termo-acústico: o material termoplástico da composição
proporciona excelente isolamento térmico e uma redução de 25 dB, que é mais que
o dobro de outros materiais de construção.
2
Facilidade de instalação e manutenção: os painéis pesam apenas 5,6 Kg/m ,
facilita o manuseio, proporciona economia no transporte, na instalação e rapidez na
execução dos projetos, significando economia de tempo e trabalho. Os painéis
podem ser lavados com água, detergente neutro e uma esponja ou escova macia.

Gesso

Conceito: Sulfato de cálcio di-hidratado extraído do minério de gipso ou gipsita.


É moldável, maleável, versátil, isolante térmico e acústico quando aplicado
sob técnica específica, possui baixo custo, aceita aderência de outros materiais
como tinta, tecido e papel de parede, absorve água em sua forma comum, mas quando
acartonado, não.
Apresenta-se em placas moldadas e acartonadas. As placas acartonadas
60x120cm se compõem de duas folhas de papel recheadas de gesso. Acrescenta-se
silicone à receita básica, para o produto resistir melhor à umidade (chapa verde), e fibra
de vidro para que suporte o fogo (chapa rosa). As moldadas são artesanais, podendo ser
encontradas em qualquer gessaria. Possuem, geralemnte, dimensão de 60x60cm e
perdem em rendimento de instalação para as acartonadas que por sua vez, são
produzidas com a tecnologia de grandes multinacionais como Kanauf, Lafarge e a Placo.
Utilizado para rebaixamento de tetos, molduras, sancas (peças ocas
para iluminação indireta), molduras, paredes e divisórias, escondendo fios,
lâmpadas e cortinas.
O forro de gesso, por deixar um espaço entre a laje e o ambiente, oferece
isolamento acústico, que pode ser melhorado com lã de vidro.
Em home theatre ou em ambientes que trabalham com sons e ruídos mais altos é
aconselhável a escolha do gesso acartonado para não ocasionar rachaduras nas juntas.
E atenção! Antes de atribuir um forro qualquer a um determinado ambiente é
imprescindível a verificação do pé-direito pós instalação, devendo este terno mínimo
2,60m.

Mármore

Conceito: Rocha composta basicamente por minerais carbonáticos (pouco


resistentes), entre eles calcita e dolomita.
Acabamentos: bruto, polido, flameado, apicoado, levigado.
Os brancos são menos porosos e têm granulação mais fina, portanto são mais
indicados para bancadas de pia.
Indicados para pisos, paredes, mobiliários, bancadas, cubas, divisórias, etc.
em ambientes residenciais, comerciais e alguns industriais. Nos hospitalares devem
ser consideradas as possibilidades de contaminação e ação corrosiva de produtos
químicos
de limpeza ou esterelização.
Poroso, o mármore absorve sujeira e pode apontar locais onde a água fique
parada. Os encaixes podem permitir o acúmulo de germes. Baixa resistência à abrasão.
Para manutenção utilize água, pano macio e detergente neutro. A cada seis meses
pode-se usas removedor para tirar a gordura e aplicar cera incolor à base de silicone.

Granito

Conceito: Rocha composta por minerais silicosos ou silicáticos (bastante


resistentes), entre eles o feldspato, o quartzo e a mica.
O bom granito não solta grãos ao ser riscado no seu verso.
Mantém seu brilho natural por um longo tempo, é muito resitente à riscos.
Indicações correspondentes às do mármore.
Apesar de menos poroso do que o mármore, também absorve óleo e restos
de alimentos. As emendas propiciam o acúmulo de germes.
A manutenção é a mesma do mármore.

Pedras

A natureza criou pedras de variadas cores, formas e texturas; o homem aprendeu a


explora-las em suas construções.
- Rústicas e Frias: para áreas externas
Quintais e jardins exigem pedras que podem ficar expostas ao Sol e à chuva,
não devendo esquentar demais nem ficar escorregadias ao serem molhadas.
Dê preferência àquelas que possuam superfície irregular. Nesse caso, não se
faz necessária a uniformidade de cor, afinal, ao ar livre a imperfeição das
pedras entram em harmonia com a natureza.
Exemplos: Arenito amarelo, vermelho Paraná, paralelepípedo, seixo natural,
Santa Izabel, São Tomé, Goiás, Pedra Madeira, Mosaico Português.
- Antiderrapantes e Refratárias: para bordas de piscinas
Devem ser antiderrapantes, porém, não muito ásperas para não esgarçar os
maiôs. As refratárias (que não esquentam) são as preferidas. Uma forma de
prevenir acidentes no entra-e-sai da piscina é encomendar ao fornecedor o
boleamento, um desgaste feito à máquina que deixa a quina da pedra
arredondada.
Exemplos: Goiás, São Tomé ou Quartzo Branco, Luminária Carranca, Pedra
sabão apicoada.
- De fácil manutenção: para garagens
Manchas de óleo e marcas de pneus podem comprometer a aparência de
pisos de garagem. Dê preferências às pedras escuras e não escorregadias.
Uma das mais indicadas é a ardósia, por sua baixa porosidade. Em rampas,
prefira a Miracema que produz bastante atrito em contato com pneus.
Outros exemplos: mosaico português, Santa Izabel, Paralelepípedo, Goiás.
- Aspecto uniformizado: para áreas internas
“Boa face”, ou seja, corte feito dentro de uma mesma camada sedimentar, e
padronização de cor e textura são as exigências para uma pedra ser aceita no
time dos revestimentos internos. Isso garante a uniformidade de cor para um
bom aspecto da pedra depois de assentada.
Como a limpeza dentro de casa é mais constante do que fora, escolha
os
tipos menos porosos e menos permeáveis à água. Quanto mais irregular
a
superfície, maior será o acúmulo de sujeira.
Exemplos: Ardósias, Quartzo Verde (Pedra Goiás), seixo rolado, pedra sabão
lisa.

Policarbonato

O Policarbonato é um termoplástico de engenharia composto de uma resina


resultante da reação entre derivados do Ácido Carbônico e o Bisfenol A. Possui
características de transparência, beleza e alta resistência mecânica e vantagens
como seu baixo peso, excelente isolamento termo-acústico e maior resistência ao fogo,
que o tem tornado muito conhecido e utilizado em aplicações diversas. É um
polímero que permite curvatura a frio.
Estas características têm proporcionado grande aplicação na construção civil,
como envidraçamento e coberturas translúcidas planas ou curvas, em substituição ao
vidro, pois as chapas de policarbonato podem ser curvadas a frio na própria obra, desde
que obedecidas as especificações dos fabricantes.
O Policarbonato é comercializado sob diversas formas, sendo as chapas planas
Alveolares e Compactas e as Telhas de Policarbonato as utilizadas na construção civil.

RESISTÊNCIA AO IMPACTO

O Policarbonato possui uma extraordinária resistência ao impacto. Chapas


compactas utilizadas isoladamente ou em sistemas compostos incorporando vidros
laminados constituem um dos mais avançados meios de segurança em envidraçamento.
Adequadamente especificadas podem resistir a impactos de projéteis disparados por
armas de grande potência, desde revólveres .38 super automáticos até rifles NATO 7.62
de alto poder de fogo.
O Policarbonato é classificado como material de segurança para envidraçamento
estrutural, pois é 250 vezes mais resistente do que o vidro e 30 vezes mais resistente do
que o acrílico. Com esta qualidade, as chapas de policarbonato oferecem alta segurança
contra os atos de vandalismo.

RAIO MÍNIMO DE CURVATURA A FRIO

Algumas literaturas indicam o raio mínimo de curvatura a frio das chapas planas de
policarbonato como o equivalente entre 100 e 150 vezes a espessura da chapa, outras
especificam que o raio mínimo deve ser de 175 vezes.

TRANSPARÊNCIA

No limite visível do espectro solar, as chapas de Policarbonato cristal possibilitam a


entrada de 71 a 82% de luz, dependendo da espessura . Este resultado permite um nível
de visibilidade adequado, comparável até ao do vidro, mas com uma vantagem muito
especial: a proteção contra a radiação Ultra-Violeta.

ISOLAMENTO TÉRMICO

A chapa de Policarbonato é um isolante térmico mais eficiente do que o vidro. O


uso de chapas em cores (bronze, cinza, branco, azul...) reduz a transmissão de luz e a
penetração de calor em aproximadamente 60%, dependendo da cor e da espessura
da chapa. Graças a essas características, o ambiente fica com uma atmosfera
agradável. Conseqüentemente, é menor a necessidade de ar condicionado no verão,
diminuindo os custos com energia elétrica.
No inverno, o aquecimento é mantido sem maiores problemas, uma vez que a
chapa de Policarbonato diminui consideravelmente a troca de temperatura com exterior.

MANUTENÇÃO E LIMPEZA

Depois da instalação das chapas de policarbonato, os resíduos dos elementos de


vedação bem como do filme protetor que eventualmente tenham ficado presos, podem ser
eliminados facilmente com um pano macio impregnado com nafta ou querosene, lavando-
se logo em seguida com bastante água e sabão neutro ou detergente doméstico. Para
respingos de tinta ou graxas, remover antes de totalmente secos com álcool isopropílico
ou Butil Celosolve. Não empregar gasolina, benzina, acetona ou thinner. Recomenda-
se uma limpeza periódica trimestral, seguindo os procedimentos abaixo, que assegurará
uma duração prolongada das chapas de policarbonato.
1. Molhar a chapa com água morna.
2. Lavar a chapa com uma solução de detergente neutro.
3. Usar um pano ou esponja macios para eliminar os restos de sujeira.
4. Repetir a lavagem e secar com um pano macio para evitar que a água
acumulada possa manchar a chapa.

PRECAUÇÕES:

Não usar elementos de limpeza abrasivos ou altamente alcalinos (Ex.: saponáceos


ou limpadores a base de amoníaco.
Não usar Butilo Celuloso nem Isopropanol na superfície protetora do policarbonato.
Não lavar as chapas de policarbonato sob sol forte ou temperatura elevada.
Não aplicar esforços físicos nas estruturas e chapas sem orientação prévia.

Placa de Policarbonato Alveolar


Trata-se de uma placa extrudada, com duas camadas de mais ou menos 0,8 mm
de policarbonato, interligados com alvéolos, formando um tipo de colméia para sua
rigidez.
Possui tratamento contra ataques de raios ultravioleta em um ou dois lados
e apresenta uma garantia de 10 anos contra o amarelamento, perda da
transmissão luminosa e perda das características mecânicas. Tem a aparência
visual de um vidro "canelado", com uma resistência à impacto muito superior à do vidro
com possibilidade de
ser curvada a frio, na própria obra. É recomendada para utilização em coberturas em
geral (planas ou curvas), passarelas, dômus, fechamentos laterais, sheds e divisórias.

VANTAGENS:
Muito mais leve que o vidro (10 %).
Possibilidade de ser curvado a frio.
Altíssima resistência a impacto: 200 vezes maior do que o vidro.
Material auto extinguível, não propaga a chama.
Economia de energia: aproveitamento muito maior da luz natural.
Facilidade no manuseio e instalação. Admite-se cortes na obra.

Placa de Policarbonato Compacto

Placa maciça, com tratamento contra os raios ultravioleta em um ou dois dos lados,
fato este que assegura aos clientesuma garantia de 10 anos contra o amarelamento,
perda da transmissão luminosa e perda das características mecânicas.
Por sua transparência o policarbonato compacto é muito semelhante a um vidro
temperado/laminado, porém com possibilidade de ser curvado a frioe com uma
resistência a impacto muito superior.(250 vezes) É recomendada para utilização em
coberturas em geral (planas ou curvadas), passarelas, dômus, fechamentos laterais,
luminosos e placas de sinalização.

VANTAGENS:
Leveza: 50 % mais leve que o vidro.
Possibilidade de ser curvado a frio.
Resistência a impacto: 250 vezes maior do que o vidro.
Material auto extinguível, não propaga a chama.
Economia de energia: aproveitamento muito maior da luz natural, criando sensação
de amplitude, mesmo em locais pequenos.
Facilidade no manuseio e instalação. Admite-se cortes na obra.
Vidro

Há milhares de anos antes de Cristo, mercadores fenícios acenderam uma fogueira


sobre a areia. Daí, surgiu um líquido transparente que solidificado, transformou-se no que
chamamos de vidro.
Com a evolução, através da fusão de óxidos, seus derivados e misturas,
tendo como matéria-prima a sílica (areia) criou-se a receita básica do vidro, porém,
ainda com distorção da imagem.
Hoje já se domina a técnica do cristal ou float, acrescentando-se o estanho
na composição. Assim conquistou-se a nitidez de imagem. O cristal, como matéria-
prima, permite uma melhor transparência para fabricação dos vidros decorativos e de
segurança, zelando pelo controle solar e o isolamento termoacústico.
No Brasil, os fabricantes são: Blindex, Santa Marina e União Brasileira de Vidros
em modelos diversos para cada tipo de aplicação:
- Segurança: aramados, temperados e laminados – oferecem proteção porque
quase nunca quebram e quando se parte, os pedaços são arredondados,
evitando ferimentos graves.
Os aramados retardam as chamas, em caso de incêndioe possuem uma
malha metálica interna que não permitem o desprendimento dos cacos, sendo
indicado para coberturas.

- Controle Solar: laminados e refletivo – para amenizar o efeito dos raios


solares.
Os laminados (sanduíche de vidros recheado com película plástica de polivinil
butiral - PVB) reduzem o calor e isolam o som. Além disso há modelos que
suportam até três tiros de rifle.
A cor do vidro ou da película controla a entrada se luz de duas formas: os tons
claros refletem os raios solares e os escuros, os absorvem.
Refletivo: possui uma camada metálica que ameniza a passagem do calor,
refletindo os raios solares. Em fachadas ele deve ser associado à película de
PVB usada no laminado. A camada metálica deve ficar voltada para o
lado
interno da construção.

- Isolamento Termoacústico: duplo envidraçamento (Climasom) ou os


laminados – mantém a temperatura interna da casa e o barulho lá fora.
Climasom – sanduíche de chapas de vidro com recheio de câmara de ar e
um perfil metálico com sílica gel que absorve a umidade. Só se torna sdeguro
se uma de suas placas for de vidro laminado ou temperado.
- Efeitos decorativos: impressos, desenhados, jateados, lapidados nas
bordas, etc.
Os desenhos em relevo deixam a luz passar, mas não permitem a visão total
do interior. Indicados para divisórias, áreas de serviço, banheiros e outros
locais que necessitam privacidade.

Ferragens

Peças complementares de mobiliário ou equipamentos que proporcionam seu


funcionamento físico.
Podem ser de ferro, latão e seus acabamentos, alumínio, acrílico, bronze, cobre,
etc.
Devem ser adequados ao mobiliário em geral, aparecendo em harmonia em peças
como maçanetas de portas, janelas, dobradiças, molas, puxadores, torneiras, etc.
Revistas de decoração sempre trazem idéias atuais e funcionais dos mais variados
tipos e fabricantes.

DESIGN E FUNCIONALIDADE

Antropometria e circulação

Antropometria é o estudo das medidas do corpo humano para uso em classificação


antropológica e comparação.
Acessibilidade

Classificação de Restrições

 Locomotora: impossibilidade de caminhar e exige utilização temporária ou


permanente da cadeira de rodas.
 Ambulatória: vulnerabilidade para caminhar, para a estabilidade e equilíbrio do
corpo. Necessário uso de apoios, aparelhos ortopédicos ou prótese.
 Visual: dificuldades de orientação e mobilidade no meio edificado. Necessária a
guia.
 Auditiva: dificuldade de comunicação, de interpretação da segurança e orientação
no meio.
 Mental: confusão de idéias e falhas de decisão. Falta de interpretação das
condições de segurança e de orientação no meio.
Podemos citar outras deficiências que compreendem, em parte, os aspectos
já citados. Deficiência de fala, visceral, por patologia (artrite, alergia, epilepsia, etc),
por estatura, por obesidade.
Alguns problemas gerados pela deficiência, de modo geral:
- falta de resistência física;
- dificuldade em realizar movimentos ágeis;
- dificuldade em passar por locais estreitos;, em carregar pesos;
- dificuldade de reação a perigos iminentes;
- dificuldade em passar por locais onde haja freqüente mudança de referencial;
- impossibilidade de utilização de equipamentos que exijam controle incessante;
- necessidade de constante ingestão de remédios;
- necessidade de constante higienização para uso ambiente;
- sensação de isolamento em relação ao entorno;
- necessidade de utilização de telefonia para emergências.
MÓDULO
Raio de Visão

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