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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ.
DIRETORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO.
Conforme podemos ver, o ciclo ativo nesta configuração nunca pode ser menor
do 50%, pois ele depende da soma dos valores de Ra e Rb que estão em série. De modo
a superar este problema fazendo o 555 operar com ciclo ativos numa faixa muito mais
ampla como a exigida para esta aplicação, usamos a configuração básica ilustrada na
figura 2.
Conforme veremos no diagrama completo, o potenciômetro oferece percursos
diferentes para a corrente de carga e descarga do capacitor que, justamente, determinam
o tempo em que a saída se mantém no nível alto e no nível baixo.
Assim, ajustando o potenciômetro, dividindo as correntes de carga e descarga
pelos diodos D1 e D2 podemos controlar o ciclo ativo do oscilador numa faixa muito
mais alta.
Na prática, esta faixa parte de perto de zero e vai até quase 100%. Apenas
precisamos incluir R3 de 1 kΩ, pois este é o valor mínimo de resistência que pode
aparecer neste circuito, representando menos de 1% do valor do ciclo ativo obtido.
Os sinais conseguidos na saída do circuito integrado 555 são aplicados
diretamente à comporta de um transistor de efeito de campo de potência, que é o elemento
principal de controle da corrente do motor.
Transistores de efeito de campo de potência comuns, que são amplamente usados
em fontes chaveadas e em muitos eletroeletrônicos, podem controlar correntes na faixa
de 2 a 100 ampères.
Este componente ao conduzir apresenta uma resistência entre o dreno e a fonte
que determina quanto de calor ele gera no processo.
Os MOSFETs de potência costumam ter esta Rds muito baixa, mas este valor
ainda é significativo quando o circuito opera com tensões baixas (abaixo de 10 V). Assim,
mesmo podendo controlar correntes muito elevadas nestas aplicações, temos a produção
de uma certa quantidade de calor que exige o uso de dissipadores neste componente.
A finalidade do diodo zenner na alimentação do circuito integrado é evitar que
os transientes gerados pela comutação do motor possam realimentar o circuito, afetando
o funcionamento do oscilador e até mesmo colocando em risco a integridade do circuito
integrado. O circuito pode funcionar com tensões de entrada de 6 a 25 V.
MONTAGEM
Na figura 3 temos o diagrama completo do controle PWM.
Os capacitores eletrolíticos devem ter tensões de trabalho pelo menos uns 50%
maiores que as tensões usadas na alimentação do módulo.
O diodo Z1 pode ser de 18 V para tensões de entrada até 15 V, e de 28 V a 30 V
para tensões de entrada maiores.
Os cabos de alimentação do circuito e para o motor devem ter espessura de
acordo com a corrente a ser controlada.
O transistor de efeito de campo pode ser qualquer tipo de potência com corrente
de acordo com o motor que vai ser controlado. Os tipos da série IRF como o IRF720,
IRF620, IRF640 são ideais para aplicações em que motores de correntes usam até uns 2
ou 3 ampères.
2 – Prova de uso.
Para a prova de funcionamento tanto pode ser colocado um pequeno motor de
corrente contínua, não importando a sua corrente, quanto uma lâmpada. Basta então ligar
na entrada do controle a tensão nominal do motor e verificar a atuação do controle dentro
da faixa esperada.
Eventualmente C4 pode ser alterado na faixa de 10 a 100 nF de modo a obter-se
um controle mais estável do motor, sem vibrações.
Para lâmpadas incandescentes ou aquecedores, este capacitor também poderá ser
alterado.
A comprovação da alteração do ciclo ativo poderá ser verificada também com o
uso de um osciloscópio ligado no pino 3 do circuito integrado.
3 - Lista de material
#Semicondutores:
CI-1 - 555 - circuito integrado, timer;
Z1 - 18 V x 1 W - diodo zenner;
D2, D3 - 1N4004 - diodos retificadores de silício;
Q1 - FET de potência - ver texto - IRF640, etc.;
#Resistores: (2 W, 5%):
R1, R2 - Ω;
R3 - 1 k Ω;
P1 - 100 k Ω - potenciômetro;
#Capacitores:
C1 - 1000 µF/35 – eletrolítico;
C2 - 100 µF/35 – eletrolítico;
C3 - 1 µF/35 V – eletrolítico;
C4 - 10 nF - cerâmico ou poliéster;
#Diversos:
Placa de circuito perfurada, dissipador de calor, fios, botão para o potenciômetro, solda,
etc.
Referencia.
Disponível em<http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/robotica/783-controle-dc-
pwm>, acessado em 05 de abril de 2019.