Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
OTIMIZADO
santa
OTIMIZADO
2
ORIENTADORES:
Professores: Sandra Vedoato
Vilze Vidotti
Okçana Battini
Carlos Eduardo Gonçalves
Sandra Reis
Arapiraca
2014
MELO, Edielma dos Santos. A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS
3
RESUMO
SUMÁRIO
4
1.0 – INTRODUÇÃO
5
Brougére (1995 - 2001), Luckesi (2000), Piaget (1971), Vygotsky (1984), Carvalho
(2003), Campos (1986), além do RCNEI (1998), dentre outros, que abordam a
importância do lúdico na Educação Infantil. Em outro momento, serão realizadas
algumas observações às práticas de ensino dos professores da rede municipal do
município de Traipu/AL, direcionando a atenção para a Educação Infantil.
Assim, o projeto de ensino pretende apresentar reflexões acerca da importância
das atividades lúdicas no âmbito da Educação Infantil, além de oferecer aos
profissionais envolvidos com essa modalidade de ensino subsídios teórico-
metodológicos que permitam agregar conhecimento. Nesse caminho, o projeto se
apresenta direcionado a um público específico de professores das séries iniciais da
rede pública de ensino da rede pública de Traipu-AL e pretende contribuir com as
discussões em torno de necessidade de melhorar a qualidade do ensino público.
Para Brougére, a criança não nasce sabendo brincar, ela aprende a entrar no
universo da brincadeira a partir das relações que estabelece com o seu meio, mediadas
pelos adultos que possibilitam os recursos para tal.
interação com os objetos e no espaço com outras crianças que ela desenvolve suas
potencialidades, descobrindo várias habilidades. Para Brougére (1995, p. 59), “a
brincadeira é, entre outras coisas, um meio de a criança viver a cultura que a cerca, tal
como ela é verdadeiramente, e não como ela deveria ser”.
Assim, a brincadeira, além de proporcionar prazer e diversão, pode representar
um desafio e provocar o pensamento reflexivo da criança. Conhecer e compreender o
jeito particular que as crianças possuem e como elas compreendem os diversos
contextos sociais deve ser os grandes desafios da Educação Infantil.
crianças gregas, no século IV a.c, mostram que sua existência é bastante remota. No
Brasil muitas brincadeiras e brinquedos chegaram com as famílias europeias por
ocasião da colonização como; piões, bonecas, soldadinhos, canções de ninar. Os
africanos contribuíram com suas danças e criaturas extraordinárias e os indígenas
contribuíram com lendas, canções e danças. Cada povo que aportou no Brasil trouxe
suas tradições e cultura, a miscelânea das culturas compôs o jeito de brincar das
crianças brasileiras, que dependendo da região do Brasil, também, sofreu alterações
regionais.
Dentre as inúmeras maneiras de brincar, existem as brincadeiras cantadas. As
brincadeiras cantadas apresentam a mesma dificuldade das brincadeiras no que diz
respeito a precisar sua origem, isto é, não se sabe ao certo quando surgiram. Têm-se
noticias sobre a cantiga de roda desde o século XVII, segundo alguns estudiosos, as
mesmas resistem em sua forma original até os dias atuais.
As brincadeiras cantadas apresentam uma mescla de culturas de índios,
brancos e negros, e outras etnias que vão sendo incorporadas pelas pessoas e
transmitidas ao longo dos anos. Supõe-se que algumas brincadeiras de roda são
transformações de cerimônias que passaram a rituais de adultos e depois a
brincadeiras infantis. Segundo Melo (1985, p. 165).
3.2 - PÚBLICO-ALVO
Professores da Educação Infantil das escolas públicas do município de Traipu-
AL.
3.3 - JUSTIFICATIVA
A brincadeira, além de proporcionar prazer e diversão, pode representar um
desafio e provocar o pensamento reflexivo da criança. Conhecer e compreender o jeito
particular das crianças serem e estarem no mundo deve ser o grande desafio da
Educação Infantil.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil
(BRASIL, 1998, p. 27), “os jogos e as brincadeiras propiciam a ampliação dos
conhecimentos infantis por meio das atividades lúdicas”.
De acordo com Piaget (1971, p. 97), “quando brinca, a criança assimila o mundo
à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação com o objeto não
depende da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui”.
Vygotsky considera que o jogo é um elemento essencialmente socializado e,
13
3.4 - PROBLEMATIZAÇÃO
Qual a influência que os jogos e brincadeiras exercem no desenvolvimento da
aprendizagem e na formação da criança?
A formação de professores reconhece a importância pedagógica das atividades
lúdicas na Educação Infantil?
As escolas estão adaptadas para essa concepção de ensino com base em
atividades lúdicas?
3.5 - OBJETIVOS
GERAL
Oferecer aos profissionais de ensino subsídios para uma reflexão sobre a
importância das atividades lúdicas no processo psicológico das crianças, na promoção
do respeito pelas pessoas e pelas regras sociais e, sobretudo, no processo de
aprendizagem.
ESPECÍFICOS:
Estimular a leitura sobre os jogos e brincadeiras como ferramenta pedagógica;
3.6 - CONTEÚDOS
Esta etapa do projeto tem o propósito de apresentar uma seleção de atividades
14
lúdicas diversificadas, que será de grande valia para o professor em sala de aula. Antes
de expor os tipos de brincadeiras, faz-se necessário lançar mão dos estudos de
Brougère (1995), o qual apresenta uma sugestão de metodologia que traz grandes
benefícios para quem dela fizer uso.
A aplicação de jogos e brinquedos em diferentes situações organizacionais,
educacionais, sociais ou terapêuticas é um meio para estimular, analisar e avaliar
aprendizagens específicas, competências e potencialidades dos jogadores envolvidos.
Quando se registram as ações lúdicas desenvolvidas pelos participantes dentro
de um jogo espontâneo, a partir de observação, registro, análise e tratamento, pode-se
criar para cada ação um banco de dados sobre o mesmo, subsidiando de forma mais
eficiente e científica os seus resultados. É possível também fazer o mapeamento de
cada jogador na sua trajetória lúdica durante sua vivência dentro de um jogo, buscando
desta forma entender melhor suas ações e fazer intervenções e diagnósticos mais
seguros que ajudam tanto no aspecto individual quanto no coletivo.
Como tudo que se faz é preciso ter uma meta a atingir, no caso das oficinas
pedagógicas, o professor também deve ter bem claros quais os objetivos que ele quer
alcançar caso contrário, as atividades servirão apenas de mero passatempo.
Levando-se em consideração todos estes objetivos, não se pode deixar passar
despercebido que o jogo é uma atividade que tem valor educacional intrínseco. Cruz e
Santos (2002, p.11) dizem que “jogar educa, assim como viver educa: sempre sobra
alguma coisa”. Isso justifica porque os docentes recorrem ao jogo e a utilizá-lo como
recurso pedagógico no processo de ensino e aprendizagem.
Deste modo, é fácil perceber que o jogo corresponde a um impulso natural da
criança e, neste sentido, satisfaz uma necessidade interior em virtude do ser humano
apresentar uma tendência lúdica.
Admite-se assim que o jogo é prazer, pois sua principal característica é a
capacidade de absorver o jogador de forma intensa e total, criando um clima de
entusiasmo. Desta forma, Kishimoto aponta dois elementos que coexistem em situação
de jogo: “o prazer conduzindo ao esforço espontâneo e o esforço intensificando o
prazer” (1996, p. 45). Com base nisso, acredita-se ser o jogo uma atividade libertadora
da espontaneidade, pois impele à ação. A partir disso, pode-se afirmar que ele,
15
pensamento infantil.
Nesta época a criança adquire as informações basicamente através dos órgãos
do sentido e as suas respostas se caracterizam por ações motoras que vão se
aperfeiçoar com a maturação (Gardner, 1994).
Em duplas, tentar levantar com a testa uma bola grande, que está sobre a
mesa; as crianças poderão usar as mãos como instrumento de apoio para o seu corpo
e não para tocar na bola; a única parte do corpo a tocar na nela é a testa.
Esta atividade trabalha a coordenação motora ampla e a orientação espacial.
Em duplas ou trios, um atrás do outro e com as mãos no ombro do colega da
frente, salta seguidamente até chegar a um determinado ponto; girar o corpo, dando
meia-volta, colocar novamente uma das mãos no ombro do colega da frente e reiniciar
o percurso, pulando.
Formar duas colunas, uma em frente à outra, mantendo certa distância; uma
criança lança a bola para outra da coluna em frente, que deverá pegar e lançar para a
criança seguinte, da outra coluna.
As atividades de lançar e pegar trabalham a coordenação motora, a visomotora e
a orientação espacial.
Representação Simbólica
Ramos (2003) explica que o “faz-de-conta” dá oportunidade para a expressão e
elaboração em forma simbólica de desejos e conflitos, quanto mais rica for a fantasia e
a imaginação da criança, maiores serão suas chances de ajustamento ao mundo ao
seu redor.
Imaginar e relacionar outros usos, além do convencional para os objetos: pensar
no que se pode fazer com determinados objetos, além do seu uso normal, como, por
exemplo, com: caixinha de fósforo, lápis, tijolo, barbante, etc. Esta atividade desenvolve
a linguagem oral.
Jogos de Regras
Estes jogos são destinados para crianças de sete aos doze anos que já detêm
um bom domínio do raciocínio. Eles abrangem uma diversidade muito grande de
atividades.
Corrida do obstáculo
Passeio de bonde
Formação inicial: colocar cadeiras dispostas em duas fileiras, uma de frente para
a outras; deve haver uma cadeira a menos do que o número de participantes. Cada
19
jogador senta-se numa cadeira, com exceção de um, que permanece pé no meio das
duas fileiras.
Desenvolvimento: o passageiro que ficou em pé tenta conversar com os
passageiros que estão sentados, e no meio da conversa deve dizer a palavra “bonde”.
Quando esta palavra for pronunciada, todos os passageiros sentados trocam de lugar,
mudando de uma fileira para outra. O passageiro que estiver de pé procura sentar-se
numa das cadeiras.
Todas estas sugestões podem auxiliar o trabalho do professor que quer trabalhar
na perspectiva de estimular a aprendizagem por meio de jogos e brincadeiras, abrindo
também espaço para a inclusão de muitos outros. É também importante ressaltar que a
família é imprescindível para envolver crianças em atividades lúdicas, desde a primeira
infância, cabendo a escola fortalecer o contato com estes momentos como suporte ao
desenvolvimento da aprendizagem.
3.10 - CRONOGRAMA
2014
20
Pesquisa bibliográfica X
Elaboração do Projeto X
Entrega do Projeto X
confronto com o ponto de vista dos referenciais pesquisados, é possível acreditar que
os resultados obtidos por essa metodologia foram bastante significativos.
De acordo com as reflexões trazidas neste projeto, conclui-se que o ato de
brincar leva a criança a construir sua própria história, valoriza a afetividade e defende a
presença do ser-criança na sala de aula. Assim, ocorrerá um processo de ensino-
aprendizagem muito mais significativo e eficaz. Desta maneira, entende-se que
desenvolver atividades lúdicas não é jogar lições empacotadas para o educando
consumir passivamente. É um ato consciente e planejado, é tornar o indivíduo
consciente, engajado e feliz no mundo.
CARVALHO, A.M.C. et al. (Org.). Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que
brinca. Vol. 1 e 2. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.