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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS PALMAS

Bruno Souza Dias


Izabela Gonzaga da Silva
João César da Silva Júnior
Úrsula Monteiro da Silva

LABORATÓRIO DE PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS


AULA PRÁTICA Nº 02
Ensaios de Resistência Elétrica dos Terminais das Bobinas dos Transformadores de
Corrente

Palmas – TO, 21 de janeiro de 2019.


SUMÁRIO

1 TÍTULO ------------------------------------------------------------------------------------------------ 3
2 OBJETIVOS ------------------------------------------------------------------------------------------ 3
3 INTRODUÇÃO TEÓRICA ------------------------------------------------------------------------ 3
4 PREPARAÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------- 5
4.1 Materiais e Ferramentas-------------------------------------------------------------------------- 5
4.2 Montagem-------------------------------------------------------------------------------------------- 5
5 ANÁLISE DE SEGURANÇA --------------------------------------------------------------------- 6
6 CÁLCULOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS ---------------------------------------------- 7
7 QUESTÕES ------------------------------------------------------------------------------------------- 10
8 CONCLUSÕES --------------------------------------------------------------------------------------- 11
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ----------------------------------------------------------- 12
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1 TÍTULO

Ensaio de Resistência Elétrica dos Terminais das Bobinas dos Transformadores de Corrente.

2 OBJETIVOS

Determinar as resistências elétricas dos diversos terminais de um transformador de


corrente e analisar as condições de suas espiras (aberto, mau contato ou normal).

3 INTRODUÇÃO TEÓRICA

Segundo SPPEZAPRIA (2017) o transformador de corrente é um equipamento que tem


como objetivo a realizar a redução de correntes elevadas do sistema elétrico para valores
apropriados para conexão, funcionamento e operação de instrumentos de medição, proteção e
controle. Assim sendo, por ter essa propriedade, o transformador de corrente também se
caracteriza por ter a função de garantir a isolação dos equipamentos conectados no circuito
secundário, contra o circuito primário de alta corrente.
Além disso, o TC normalmente tem como característica o fornecimento de uma corrente
de 5[A] no lado de baixa corrente (enrolamento secundário), esse fato se dá pelo padrão
americano ser este.
Em relação as características construtivas têm-se que os transformadores de corrente
apresentam um enrolamento do primário com poucas espiras, enquanto o secundário possui um
número maior de espiras. Na Figura 01 tem-se a representação esquemática de um TC.
Temos que o transformador se baseia em duas leis básicas do eletromagnetismo que são:
a Lei de Lenz - “A corrente induzida em uma espira tem um sentido tal que o campo magnético
produzido pela corrente se opõe ao campo magnético que induz a corrente. ” (HALLIDAY,
2009) -, e a Lei de Faraday – que afirma que uma corrente elétrica é induzida em um circuito
se este estiver sob a ação de um campo magnético variável.
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Figura 01 – Representação Esquemática de um Transformador de Corrente

Fonte: Citisystems.

Ademais, temos que entre a corrente que passa na bobina e o número de espiras dessa é
diretamente proporcional e geram forças magnetomotrizes no primário e no secundário do
transformador. A força magnetomotriz no secundário (F2) costuma se opor a força
magnetomotriz do enrolamento primário (F1), fato justificado pela Lei de Lenz, e por isso tem
sinal contrário a F1.
Sabendo que o núcleo tem relutância ℛ e um fluxo magnético ∅ associado, obtém-se a
seguinte expressão para o cálculo da força magnetomotriz do transformador:
𝐹1 − 𝐹2 = ℛ ∙ ∅ (1)
Sendo a relutância de um circuito magnético inversamente proporcional a
permeabilidade magnética do material, considera-se que o núcleo possui alta permeabilidade e,
portanto, relutância próxima de zero. Assim, conclui-se que:
𝑁1 ∙ 𝐼1 − 𝑁2 ∙ 𝐼2 = 0 (2)
Com N1 sendo a quantidade de espiras no enrolamento primário, N2 a quantidade de
espiras do enrolamento secundário, I1 a corrente do circuito primário e I2 a corrente do circuito
secundário do TC.
Assim, ao isolar I1 temos:
𝑁
𝐼1 = 𝑁2 ∙ 𝐼2 (3)
1

Logo, RTC é definido como:


𝑁 𝐼
𝑅𝑇𝐶 = 𝑁2 = 𝐼1 (4)
1 2
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Sendo assim, pode-se afirmar que os TCs transformam, através do fenômeno de


conversão eletromagnética, correntes elevadas, que circulam no seu primário, em pequenas
correntes secundárias, segundo uma relação de transformação.
O ensaio de resistência elétrica dos terminais das bobinas dos transformadores de
corrente tem como objetivo detectar, identificar, diagnosticar e prevenir falhas de sua isolação.
Ele é feito aplicando uma tensão continua por determinado tempo nos terminais de suas bobinas
no lado de alta e baixa tensão, assim obtendo sua resistência, e comparando o valor medido
com o informado pelo fabricante, com isso é possível ver se suas espiras estão abertas, com
mau contato ou normal.

4 PREPARAÇÃO

4.1 Materiais e Ferramentas

Foram utilizados os seguintes materiais e ferramentas:


 Fonte de Corrente Contínua – Patrimônio: 61647;
 Multímetro Icel MD 6111 – Patrimônio: 76973;
 Multímetro Icel MD 6111 – Patrimônio: 76970;
 1 TC tipo Janela, TC1 – Patrimônio: 72656;
 1 TC tipo Janela, TC2 – Patrimônio: 72667;
 1 TC tipo Janela, TC 3 – Patrimônio: 72651;
 Cabos Banana-banana;
 Cabos Jacaré;
 Chave de Fenda;

4.2 Montagem

O primeiro passo para a montagem do ensaio foi regular a fonte de corrente contínua
em 1[A], com a mesma regulada mas bloqueada para a passagem de corrente (por questão de
segurança), conectou-se os cabos jacarés na fonte e nos terminais das bobinas como pedido, e
os outros cabos jacarés foram ligados entre o multímetro (o mesmo foi regulado em m[V]
contínuo) e os terminais de bobinas do transformador, como pode ser visto na imagem abaixo.
Depois de tudo montado e verificado, desbloqueou a passagem de corrente para ser possível
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fazer a medição da tensão. Esse procedimento se repetiu por todas as configurações possíveis
entre alta e baixa tensão do TC.

Figura 02 – Circuito do ensaio de resistência montado.

Fonte: Arquivo do Autor

5 ANÁLISE DE SEGURANÇA

O primeiro cuidado estabelecido para a realização da prática foi de que todos estivessem
com roupas adequadas e calçados fechados com uma boa isolação, para assim diminuir a chance
de choque elétricos. Em relação ao ambiente em que seria realizado o experimento, o chão do
laboratório é emborrachado, também para prevenir choques elétricos.
Além disso, os equipamentos foram verificados previamente enquanto desenergizados.
Conferimos se o varivolt estava no zero, se a bancada estava energizada ou desenergizada e,
antes de energizar o circuito do transformador, o professor foi chamado para conferir a
montagem do circuito.
Ademais, durante a prática foram tomados os cuidados de: verificar a escala do
multímetro em todas as medições para verificar se essa estava adequada com a grandeza a ser
medida; e o fornecimento de corrente para o circuito era interrompido toda vez que
precisávamos trocar o esquema de ligação das espiras do secundário.
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6 CÁLCULOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Com a realização da prática previamente descrita foram obtidos os seguintes resultados,


expostos nas tabelas a seguir.

Tabela 1 – Dados obtidos do TC 1.


Resistência (mΩ) Condição do
Ligação Medido (mV) Corrente (A)
[R=V/I] Enrolamento1
S1 – S2 30,8 1 30,8 Normal
S1 – S3 45,4 1 45,4 Normal
S1 – S4 121,9 1 121,9 Normal
S1 – S5 179,5 1 179,5 Normal
S2 – S3 15,2 1 15,2 Normal
S2 – S4 88,5 1 88,5 Normal
S2 – S5 146,5 1 146,5 Normal
S3 – S4 73,4 1 73,4 Normal
S3 – S5 131,2 1 131,2 Normal
S4 – S5 59,2 1 59,2 Normal
Fonte: Arquivo do Autor.

Tabela 2 – Dados obtidos do TC 2.


Resistência (mΩ)
Ligação Medido (mV) Corrente (A)
[R=V/I]
S1 – S2 29,3 1 29,3
S1 – S3 44,2 1 44,2
S1 – S4 117 1 117
S1 – S5 174,4 1 174,4
S2 – S3 14,9 1 14,9
S2 – S4 87,7 1 87,7
S2 – S5 145,2 1 145,2
S3 – S4 72,7 1 72,7
S3 – S5 130,3 1 130,3
S4 – S5 57,5 1 57,5
Fonte: Arquivo do Autor.

1
Transformador de Corrente de referência.
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Tabela 3 – Dados obtidos do TC 3.


Resistência (mΩ)
Ligação Medido (mV) Corrente (A)
[R=V/I]
S1 – S2 29,6 1 29,6
S1 – S3 44,6 1 44,6
S1 – S4 117,8 1 117,8
S1 – S5 172,6 1 172,6
S2 – S3 15 1 15
S2 – S4 91,2 1 91,2
S2 – S5 143,1 1 143,1
S3 – S4 73,2 1 73,2
S3 – S5 128,2 1 128,2
S4 – S5 56,4 1 56,4
Fonte: Arquivo do Autor.

Temos que os enrolamentos de um transformador de corrente podem ter três


classificações: normal, mau contato e aberto. Cada parâmetro é escolhido de acordo com a
divergência da resistência em relação aos parâmetros padrões do TC de referência. Abaixo são
exibidos os parâmetros de cada classificação.

Tabela 4 – Dados obtidos do TC 3.


Condição do
Parâmetro
Enrolamento
Normal Erro (%) ± 10%
Mau Contato Erro (%) >> 10%
Aberto Vmedido = Vfonte = 290 [mV]
Fonte: Arquivo do Autor.

A seguir os transformadores de corrente 2 e 3 serão comparados ao transformador de


corrente 1, tomado como sendo o de referência, e analisaremos os erros obtidos.
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Tabela 5 – Comparação do TC 1 com o TC 2.


Resistências do TC Resistências do TC Condição do
Ligação Erro (%)2
de referência (mΩ) 2 (mΩ) Enrolamento
S1 – S2 30,8 29,3 4,87 Normal
S1 – S3 45,4 44,2 2,64 Normal
S1 – S4 121,9 117 4,02 Normal
S1 – S5 179,5 174,4 2,84 Normal
S2 – S3 15,2 14,9 1,97 Normal
S2 – S4 88,5 87,7 0,90 Normal
S2 – S5 146,5 145,2 0,89 Normal
S3 – S4 73,4 72,7 0,95 Normal
S3 – S5 131,2 130,3 0,69 Normal
S4 – S5 59,2 57,5 2,87 Normal
Fonte: Arquivo do Autor.

Como pudemos ver os valores das resistências do transformador de corrente 2 estão


dentro do erro esperado, em relação ao TC 1, para que a condição deles seja considerada normal.
Logo, o TC 2, assim como indicado, não está com defeito.

Tabela 6 – Comparação do TC 1 com o TC 3.


Resistências do TC Resistências do TC Condição do
Ligação Erro (%)
de referência (mΩ) 3 (mΩ) Enrolamento
S1 – S2 30,8 29,6 3,90 Normal
S1 – S3 45,4 44,6 1,76 Normal
S1 – S4 121,9 117,8 3,36 Normal
S1 – S5 179,5 172,6 3,84 Normal
S2 – S3 15,2 15 1,33 Normal
S2 – S4 88,5 91,2 3,05 Normal
S2 – S5 146,5 143,1 2,32 Normal
S3 – S4 73,4 73,2 0,27 Normal
S3 – S5 131,2 128,2 2,29 Normal

𝑅𝑇𝐶1 −𝑅𝑇𝐶𝑥
2
𝐸𝑟𝑟𝑜(%) = | | × 100
𝑅𝑇𝐶1
10

S4 – S5 59,2 56,4 4,73 Normal


Fonte: Arquivo do Autor.

Na tabela de número seis pode-se notar que ver os valores das resistências do
transformador de corrente 3 também estão dentro do erro esperado, em relação ao TC 1, para
que a condição deles seja considerada normal. Contudo, o TC 3 está etiquetado como
defeituoso.
Dessa forma, podemos afirmar que com o ensaio de resistência dos enrolamentos não é
possível encontrar o defeito do TC. Ou seja, o problema de funcionamento do Trafo não é
causado pelos seus enrolamentos, mas provavelmente esse defeito seja ocasionado pelo seu
núcleo.
Com isso, caso o defeito esteja de fato no núcleo do Trafo, fica mais difícil identifica-
lo. Porém, em futuros ensaios será possível nota-lo.

7 QUESTÕES

7.1 Quais são os objetivos deste ensaio?


Analisar a integridade das espiras de um transformador através das resistências elétricas
obtidas através de medições realizadas em laboratório.

7.2 Quantos Terminais possui o secundário do transformador de corrente ensaiado?


Possui 5 terminais, sendo eles S1, S2, S3, S4 e S5.

7.3 Como analisar as condições das espiras através do ensaio de resistência de


enrolamento?
Para que seja possível obter resultados conclusivos com o ensaio de resistência de
enrolamento é necessário que se tenha em mãos os resultados de teste anteriores ou fornecidos
pelo fabricante, de modo que seja possível comparar os valores obtidos através das medições
com os valores de referência.
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8 CONCLUSÕES

Por meio deste ensaio realizado em laboratório, foi possível analisar um transformador
de corrente em sua estrutura construtiva. Onde, por meio da inserção de corrente unitária nos
terminais do secundário no transformador, era obtido um valor de tensão, o qual correspondia
ao valor da resistência dos enrolamentos para cada combinação possível de enrolamentos do
TC.
Assim, através dos valores obtidos, foi possível examinar a integridade de seus
enrolamentos. Onde o seu estado pode ser classificador em: Normal, Mau Contato, e Aberto.
Pelos dados experimentais, os enrolamentos estão em seu estado normal, ou seja, operando
dentro da faixa de erro de 10%. Tal ensaio proporcionou fazer uma análise de um TC com mau
funcionamento, levando a conclusão de que o seu defeito não estava nas espiras, e sim em seu
núcleo.
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9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SPPEZAPRIA, Filipe Belo da Rocha. Métodos de Ensaio Aplicados na Manutenção de


Transformadores de Corrente de Alta Tensão. 2017. 67 f. TCC (Graduação) - Curso de
Engenharia Elétrica, Departamento de Engenharia Elétrica, Universidade Federal da Paraíba,
s.l, 2017. Disponível em: <http://www.cear.ufpb.br/arquivos/cgee/TCC/TCC_-_Filipe_Belo_-
_vers%C3%A3o_final.pdf>. Acesso em: 22 jan. 2019.

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