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22/03/2019 Disciplina Portal

Estrutura de Madeira

Aula 4 - Introdução ao Cálculo de Peças de


Madeira Segundo a NBR 7190/1997
INTRODUÇÃO

Certo garoto, lho de um engenheiro, perguntou, com muita curiosidade, como é que os engenheiros tinham certeza
que o prédio aguentaria todo aquele peso. O pai, como bom calculista (engenheiro que faz projetos estruturais),
ensinou ao lho que “os engenheiros calculavam as cargas como se fossem dois ou três prédios a mais”. Esta
resposta satisfez o garoto.

Entretanto, o conhecimento dos fatores e itens normativos considerados nos cálculos estruturais é primordial no
projeto de estruturas de maneira geral. As estruturas de madeira apresentam coe cientes especí cos que consideram
defeitos e interferências externas nas suas resistências e nós trataremos destes defeitos nesta aula, aprendendo a
considerá-los conforme a norma NBR 7190/1997.

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OBJETIVOS

Reconhecer os parâmetros técnicos normativos utilizados para o cálculo das estruturas de madeira.

Identi car como obter os valores característicos e de dimensionamento das peças de madeira.

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Fonte: Hazem.m.kamal / Shutterstock

O ajuste dos valores de corpos-de-prova ensaiados fora dessas condições, com umidade “U” variando entre 10 e 20%,
deve ser realizado conforme as equações a seguir e, por m, com a umidade acima de 20% em temperaturas entre
10°C e 60°C, consideram-se insigni cantes as alterações nas suas propriedades:

Ainda, a de nição das propriedades mecânicas da madeira (resistência) pode ser realizada de maneira simpli cada,
para madeiras usuais e com as propriedades já conhecidas, fazendo uma correlação entre as suas propriedades. Para
madeiras pouco conhecidas, deve ser feita, ao menos, a caracterização mínima a qual propõe que sejam conhecidas as

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resistências paralelas às bras de compressão, tração e cisalhamento, além das densidades básica e aparente. Por
m, temos a classi cação completa, utilizada para madeiras com propriedades desconhecidas.

Para a caracterização da rigidez da madeira serrada, utiliza-se de metodologia semelhante. Na caracterização


simpli cada, por exemplo, consideramos o módulo de elasticidade à compressão transversal como 5,0% do módulo de
elasticidade a compressão axial.

Fonte: Lina_R / Shutterstock

A secagem prévia da madeira é importante para eliminar a água livre. Ao ser eliminada toda a água livre, dizemos que a
madeira atingiu o seu ponto de saturação, o que a NBR 7190/1997 considera como 25% (normalmente situa-se entre
20% e 30%).

Desta forma, antes de aparelhar a madeira, conseguiremos reduzir a movimentação dimensional, melhoramos a
absorção de produtos super ciais e preservativos, aumentando os seus desempenhos e a sua durabilidade, além de
melhorarmos as suas propriedades mecânicas.

Assim como para as propriedades mecânicas, a retração (glossário) na madeira também varia conforme a direção que
é considerada. Esta variação pode originar torções, empenamentos e defeitos nas peças de madeira.

Fonte: iiiphevgeniy / Shutterstock

CLASSES DE RESISTÊNCIA
A NBR 7190/1997 categoriza as resistências das madeiras e diferencia tais categorias entre as coníferas e as
dicotiledôneas. A Tabela 1, apresenta as classes de resistência para as coníferas e a Tabela 2, para as dicotiledôneas.

Tabela 1 – Classes de resistência das coníferas. Valores na condição-padrão de referência U = 12%.

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Adaptado de CALIL Jr. e DIAS, (1997), apud CALIL et al (2003).

Onde:

Fonte da Imagem:

Resistência característica à compressão paralela às bras;

Fonte da Imagem:

Resistência característica ao cisalhamento;

Fonte da Imagem:

Módulo de elasticidade médio à compressão paralela às bras.

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Fonte da Imagem:

Densidade básica média.

Fonte da Imagem:

Densidade aparente média.

Tabela 2 – Classes de resistência das dicotiledôneas. Valores na condição-padrão de referência U=12%.

Adaptado de CALIL Jr. e DIAS, (1997), apud CALIL et al (2003).

VALORES DE CÁLCULO DAS RESISTÊNCIAS DA MADEIRA


Os valores característicos das propriedades da madeira permitem que se obtenham os valores de cálculo Xd com o
emprego do coe ciente de modi cação (Kmod) e o coe ciente de minoração das propriedades da madeira (γw),
conforme a equação a seguir:

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Coe cientes de Modi cação (Kmod)

O Kmod (glossário) se subdivide em outros três coe cientes de modi cação que afetam os valores de cálculo das
propriedades das madeiras, em função da classe de carregamento da estrutura, da classe de umidade e da qualidade
da madeira utilizada.

Os coe cientes de modi cação são propostos para ajustar as propriedades das madeiras em função das variações as
quais essas peças podem sofrer considerando o ambiente no qual elas estarão inseridas.

Os valores dos Kmod,1 e Kmod,2 são de nidos em tabelas demonstradas a seguir:

Tabela 3 – Classes de umidade de madeiras segundo a Norma NBR 7190/1997 (Tabela 7).

Tabela 4 – Valores de Kmod,1 segundo a Norma NBR 7190/1997 (Tabela 10).

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Tabela 5 - Valores de Kmod,2 segundo a Norma NBR 7190/1997 (Tabela 11).

A nal, qual a nalidade das classes de umidade?

Ajustar as propriedades de resistência e de rigidez da madeira em função das condições ambientais onde
permanecerão as estruturas.

No caso especí co em que a estrutura esteja submersa, o valor do Kmod,2 será igual a 0,65.

O Kmod,3 leva em conta a categoria da madeira utilizada. Vejamos:

Se é de primeira categoria, ou seja, passou por uma classi cação visual para garantir que esteja isenta de defeitos e
ainda uma análise mecânica que garanta a sua rigidez, o valor de Kmod,3 é igual a 1,0.

Caso a madeira seja considerada de segunda categoria, este coe ciente de modi cação será igual a 0,80. Para as
coníferas, deve-se sempre utilizar o Kmod,3 como 0,80 para considerar a presença de nós que não puderam ser
identi cados pela inspeção visual, segundo a Tabela 6.

Tabela 6 - Valores de Kmod,3 segundo a Norma NBR 7190/1997.

Coe cientes de Ponderação (γw)

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Após considerar os defeitos e a situação ambiental, nas quais a peça de madeira pode estar submetida, a Norma NBR
7190/1997 especi ca valores de coe cientes de ponderação conforme o efeito das ações nas bras segundo a Tabela
7 a seguir, considerando as peças nos estados limites últimos: (glossário)

Tabela 7 – De nição dos Coe cientes de Ponderação (γw) segundo a Norma NBR 7190/1997.

O ensaio de compressão axial dos corpos-de-prova é o mais realizado, sendo que as demais características são
obtidas através de correlações com o valor obtido. Assim, o conhecimento desta resistência à compressão axial é mais
conhecido e, de certa forma, mais seguro, justi cando o coe ciente de ponderação menor.

Quando se consideram os estados-limites de utilização ou serviço, não ponderamos o coe ciente de ponderação,
sendo, então, γw = 1,0.

O cálculo das resistências das madeiras é realizado tomando-se por base os valores característicos.

Pode-se obtê-los das seguintes formas (CALIL et al, 2003):

  Pelos valores estabelecidos para a classe de resistência estipulada para o projeto;

  Pelos resultados de ensaios já conhecidos para a espécie de madeira que será utilizada;

  Pelos valores experimentais obtidos em ensaios de amostra do lote que será utilizado.

Na maioria das vezes, quando estamos projetando uma estrutura de madeira, o comum é utilizarmos das classes de
resistência de nidas na NBR 7190/97, pois, assim, deixamos a espécie da árvore livre, à escolha do
construtor/proprietário para combinação com qualquer outra característica pretendida, como a estética, por exemplo.

A este valor de resistência (da classe), aplicamos os coe cientes de modi cação (Kmod) e o de ponderação (γw) para
obtermos as resistências características.

O valor de cálculo para a rigidez é determinado pelo valor médio da propriedade e pela aplicação do coe ciente de
modi cação Kmod, considerando o γw = 1 (CALIL et al, 2003).

Devem ser avaliadas as condições gerais de dimensionamento de nidas no item 7 da NBR 7190/97, o qual trata do
dimensionamento de peças de madeira.

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Quanto à tração normal às bras, a NBR 7190/97 não permite que qualquer peça de madeira esteja submetida a
valores limites últimos por tração normal, devendo ser utilizado algum dispositivo que atenue essa ação até o ponto no
qual a ação deixa de ser limitante, fazendo com que a peça não depende diretamente desta resistência.

Exemplo
, Antes de encerrar seus estudos, veja dois exemplos (galeria/aula4/docs/exemplos.pdf) que ilustram a obtenção dos valores de
cálculo das madeiras, segundo Calil et al (2003).

ATIVIDADE
1 - Selecione três palitos de dentes ou de fósforo para obtenção de uma média e ensaie-os à exão pendurando, em
cada um deles, um peso especí co, até que ele sofra uma ruptura (pode ser um o segurando um balde de água).
Tome cuidado ao realizar o ensaio, para que o peso caia em superfície apropriada e não dani que nada e nem atinja
alguém.

Alternativamente, pode-se utilizar de uma balança e realizar o ensaio a seguir (Figura 1), porém, com mais di culdades
de obtenção de valores exatos. Com o auxílio de uma régua (melhor seria utilizarmos um paquímetro), estabeleça a
área transversal de cada palito e obtenha a sua tensão de ruptura ao carregamento transversal. Após isto, utilizando o
receitado pela NBR 7190/97, Item 6.4.8, calcule a resistência característica da madeira do seu palito e, por m,
classi que conforme as classes de resistências de nidas na norma.

Esquema de ruptura/ensaio previsto utilizando-se uma balança.

Dica:

Para o cálculo das tensões, utilize as seguintes formulações:

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Onde:

P = carga obtida no ensaio, em Kg.


L = vão entre os apoios, em milímetros.
y = distância da linha neutra da seção até a bra mais comprimida/tracionada (consideraremos que “y” seja a metade
da altura/diâmetro da seção).
I = momento de inércia da seção.

Resposta Correta

2 - Assinale a opção correta:

A umidade das madeiras altera substancialmente suas propriedades mecânicas somente quando ela variar de 25 a 30%.
O módulo de elasticidade das madeiras também varia proporcionalmente com a umidade.
A madeira foi dividida em classes de resistência, independentemente da sua espécie, família e classe.
Isotropia signi ca que a madeira apresenta diferentes propriedades consoantes à direção em que se consideram tais
propriedades.
Para madeiras pouco conhecidas, pode-se aplicar a caracterização simpli cada quanto às suas propriedades mecânicas,
segundo a NBR 7190/1997.

Justi cativa

3 - Assinale a opção correta:

As categorias de resistência independem da classe das madeiras.


As madeiras dicotiledôneas, segundo as tabelas de classes da NBR 7190/97, geralmente possuem densidades maiores que as
coníferas, para o mesmo nível de resistência.
A NBR 7190/1997 de ne coe cientes de modi cação das propriedades da madeira em função da sua qualidade, unicamente.
O Kmod,1 pode ser obtido apenas com a informação do tipo de carregamento.
Para obtenção do Kmod,2, basta conhecer a classe de umidade da madeira.

Justi cativa

4 - Assinale a opção INCORRETA:

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Os valores característicos das propriedades da madeira permitem que se obtenham os valores de cálculo Xd com o emprego
do coe ciente de modi cação (Kmod) e o coe ciente de minoração das propriedades da madeira (γw).
O módulo de elasticidade das madeiras varia em função da espécie, da direção considerada e da umidade da madeira.
O coe ciente de modi cação das propriedades da madeira é subdividido em três, segundo a NBR 7190/1997.
A NBR 7190/1997 determina que o Kmod,3 varie em função da qualidade da madeira (1ª e 2ª qualidades) e da classe das
madeiras, em coníferas e dicotiledôneas, sendo que para estas não há variação em função da sua qualidade.
O Kmod é uma multiplicação de três outros coe cientes que modi cam as propriedades em função do tipo de madeira, do seu
carregamento, da sua umidade etc.

Justi cativa

5 - Quanto aos coe cientes de ponderação, assinale a opção correta:

Para os Estados Limites de serviço é importante considerarmos os coe cientes de ponderação das ações.
Os coe cientes de ponderação variam conforme o tipo de ação que a peça estará submetida, sendo o maior possível para as
peças submetidas à compressão axial, uma vez que elas se rompem de maneira brusca.
Ao dimensionarmos uma estrutura de madeira sujeita à ruptura mecânica por tração, não devemos considerar os coe cientes
de ponderação, pois caso os consideremos, teremos re exos negativos nos custos da estrutura.
Na maioria das vezes, quando estamos projetando uma estrutura de madeira, o comum é utilizarmos das classes de
resistência de nidas na NBR 7190/97, pois assim deixamos a espécie da árvore livre, à escolha do construtor/proprietário para
combinação com qualquer outra característica pretendida, como a estética, por exemplo.
A norma brasileira para cálculo de estruturas de madeira admite que as peças sejam dimensionadas à tração normal às bras,
desde que usemos um dispositivo especí co para evitar o arranchamento das bras.

Justi cativa

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Glossário
RETRAÇÃO

Refere-se à capacidade de um material reduzir o seu volume ao perder água. Quanto mais esse material reduz de volume, maior a
sua retração.

KMOD

Coe cientes de modi cação de propriedades da madeira que também consideram as situações ambientais. Para mais
detalhamentos, veri que o texto-base.

ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS

Situação de projeto na qual a estrutura ou peça será solicitada ao seu máximo (ruptura), considerando análises probabilísticas de
ações e coe cientes. No seu item 4.2.1, a Norma NBR 7190/1997 de ne como: “estados a partir dos quais a estrutura apresenta
desempenhos inadequados às nalidades da construção”.

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