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Revista

VALTRA & VOCÊ


Valtra do Brasil | Edição 16 | Ano 6 | Agosto 2016

Tecnologia para
alcançar resultados
Utilização do pulverizador BS3020H
tem influência direta na produtividade
e qualidade da lavoura de soja dos
produtores Messias e Leandro Fernandes

Protagonista Rural Nossa Terra


Seis colhedoras BE1035e Tocantins atrai produtores
e cem tratores garantem do Sul do país que buscam
alto rendimento na crescimento e produtividade
Usina Moreno na lavoura de grãos
valtraglobal valtravideos

PULVERIZADOR BS3020H HiTech.


NO ANO DO TRABALHO ESCOLHA
ROBUSTEZ E ALTA TECNOLOGIA.
PROCURE A CONCESSIONÁRIA MAIS PRÓXIMA.
“Dou muito valor para o pós venda. O negócio não começa
quando você compra a máquina, mas sim quando recebe.
O produtor precisa se sentir seguro e a VALTRA sabe fazer
isso muito bem.”

ANTÔNIO FRANCO
CHASSI FLEX-FRAME
CLIENTE VALTRA - SÃO PAULO Tração e durabilidade incomparáveis
ECONOMIA
Menor consumo de combustível da categoria
TECNOLOGIA
Precisão e confiabilidade na aplicação de defensivos

SUA
valtra.com.br MÁQUINA.
VALTRA é uma marca mundial da AGCO. DE TRABALHO.
Sumário Expediente

04 Editorial
Alexandre Vinícius de Assis aborda 06 Protagonista Rural
utilização da tecnologia Valtra por Eficiência na produção
todo o Brasil de açúcar e álcool da
Usina Moreno conta com
10 Futuro do Agronegócio desempenho de colhedoras
Pesquisadores da Embrapa Florestas e tratores Valtra
esclarecem sobre silvicultura
de precisão

14 Tecnologias
Ferramenta Tech Connect desenvolvida
pela AGCO Service aperfeiçoa serviços
das concessionárias
12 Tecnologias
18 Produtividade em Alta BS3020H tem influência direta
Em Pium, 19 tratores Valtra colaboram na produtividade e qualidade
para crescimento da pecuária na da lavoura de grãos no
Fazenda Boa Fortuna Mato Grosso do Sul

22 Soluções GSI
Novas alternativas
para secagem de grãos

23 Gestão no Campo
Especialista prevê cenário positivo
para o agronegócio 15 Tecnologias
Performance dos tratores BT210,
25 Nossa Terra BH165, e do pulverizador
Vasta oferta de terras atrai produtores BS3020H, contribui para
para o Norte do Brasil produção de soja no Tocantins

32 Acontece
Novidades da Valtra
pela América Latina

34 Conhecimento
Confira sugestões de livros, 28 Conservação
aplicativo e vídeo Uso correto das
colheitadeiras axiais evita
paradas desnecessárias e
garante excelente colheita

Revista A revista Valtra & Você é Coordenação Técnica:


VALTRA & VOCÊ
Valtra do Brasil | Edição 16 | Ano 6 | Agosto 2016
uma publicação da Valtra Nicole Flesch
Tecnologia para do Brasil produzida pela
Rua Capitão Francisco de Almeida, 695 alcançar resultados
Fone: (51) 3023.4866 – (51) 8184.8199 Direção de Arte: Thiago Pinheiro
Stampa Comunicação Colaboradores:
Utilização do pulverizador BS3020H
tem influência direta na produtividade

Brás Cubas – CEP: 08740-300


e qualidade da lavoura de soja dos

www.stampacom.com.br Editoração: Mel Brendler


produtores Messias e Leandro Fernandes

e impressa em papel Amanda Vieira, Alexandre Vinicius de Assis,


Mogi das Cruzes – SP – Brasil Diego Pezzini, Edson Vieira, Fabrício Ferrari, www.facebook.com/stampacomunicacao Designer Assistente: Gustavo Ferreira
Couché Brilho 230g/m²
www.valtra.com.br Francisco Rogério da Silva Costa, Guilherme stampa@stampacom.com.br
(capa) e Couché Fosco
90g/m² (miolo) Gomes, José Renato Denadon, Leandro anúncios Valtra: Artéria Comunicação
Vice-Presidente Sênior AGCO das Américas: Machado, Marcos Morello, Marco Antônio Direção-Geral: Eliane Casassola Impressão: Gráfica Pallotti
Robert Crain Protagonista Rural
Seis colhedoras BE1035e
Nossa Terra
Tocantins atrai produtores Foto de capa: Gobesso, Niumar Aurélio, Olívia Moreira, Gerente de Redação: Tiragem: 6.718 exemplares
Vice-Presidente de Vendas e Marketing AGCO Vitor Kaminski, Wagner Quillfeldt, Winston Regina Cirne Lima Guedes
e cem tratores garantem do Sul do país que buscam
alto rendimento na crescimento e produtividade

Renan Costantin
Usina Moreno na lavoura de grãos

América do Sul: Werner Santos Chester Quintas (AGCO), Antônio Adão Ricci Coordenação: Natacha Portal A redação reserva-se o direito de publicar ou
Diretor de Marketing AGCO América do Sul: (Comagril), Cristiano Taufer (Shark Tratores), Reportagem: Jocélia Bortoli, Natacha não o material a ela enviado, bem como editá-lo
Cesar Stephanes (Comagril), Heberson Gomes para fins de publicação. Matérias assinadas não
Alfredo Jobke Portal e Tarcila Mendes
(Comagril), Nerci Frohlich (Shark Tratores), expressam necessariamente a opinião da redação
Gerente de Marketing e Comunicação AGCO Revisão: Eliane Casassola ou da administração da Valtra. O conteúdo da
América do Sul: Cristiane Masina Nilson Guareschi (Mercadão Tratores), Otacílio
revista Valtra & Você pode ser reproduzido, desde
Arantes (Comagril), Kátia Mansan e Simone
Atendimento ao Cliente: 0800 192 211 Fotografias: que mencionados o autor e a fonte.
Scherer (AGCO Finance) e Assessoria de
Serviço de atendimento ao leitor: Fagner de Almeida, Nilson Konrad e
Comunicação Embrapa Florestas.
revista.valtra@agcocorp.com Renan Costantin
(11) 4795-2000 Esta revista é impressa em papel com
a certificação FSC® (Forest Stewardship
Council), que garante o manejo
social, ambiental e economicamente
responsável da matéria-prima florestal.
Editorial Agosto de 2016

Tecnologia promove
desenvolvimento

A tecnologia Valtra participa da crescente expansão da milho. Já na região Sudeste, em São Paulo, o desempe-
atividade agrícola no Tocantins, que além de ser desta- nho dos tratores BT210 e da colhedora BE1035e eleva
que na pecuária, progride a largos passos na agricultura o rendimento da usina Moreno, um dos nomes mais im-
com a ampliação das lavouras de grãos. Muitos fatores portantes no setor sucroalcooleiro do país.
chamam a atenção para a região e, nesta edição, será
Na seção Futuro do Agronegócio, a silvicultura de pre-
mostrado que a Valtra faz parte do processo de cres-
cisão é apresentada como método de gerenciamento
cimento tocantinense. Em busca de mais rendimento,
mais indicado para propriedades florestais com maior
produtores de Abreulândia, Dois Irmãos do Tocantins e
variabilidade dos fatores de produção, atuando como
Pium compartilham suas experiências com a utilização
alternativa à silvicultura tradicional. Falando em tecno-
de tratores e do pulverizador da marca.
logia, a AGCO Service apresenta as funcionalidades do
Um pouco abaixo, no Centro-Oeste do Brasil, produ- Tech Connect, sistema voltado para o pós-venda das
tores de grãos também fazem uso das máquinas Val- concessionárias, que impacta na qualidade e agilidade
tra para elevar a rentabilidade da produção. Em Mara- das manutenções em máquinas Valtra.
caju, no Mato Grosso do Sul, a aplicação do pulveriza-
Desejo uma ótima leitura,
dor BS3020H, com o inovador chassi Flex-frame, tem in-
fluência diretamente na qualidade da lavoura de soja e Alexandre Vinicius de Assis – Gerente de Vendas Valtra

4 Revista Valtra & Você


Interatividade Leitor em destaque

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Correspondência
Valtra do Brasil
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Escreva para nós e apresente a sua sugestão sobre assuntos que A/C Revista Valtra & Você
Rua Capitão Francisco de Almeida, 695
gostaria de ler nas páginas da revista, seja sobre máquinas, culturas, CEP 08740-300 – Brás Cubas – Mogi das Cruzes (SP)
tecnologias, entre outros. Compartilhe as suas ideias, as suas
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Revista Valtra & Você 5


Protagonista Rural São Paulo

Desempenho de seis colhedoras BE1035e e de cem tratores Valtra como o


BT210 contribui na obtenção de alto rendimento com a cana-de-açúcar na
Usina Moreno desde o preparo de solo até a colheita

Produção de açúcar e álcool


com eficiência Jocélia Bortoli / Fotos Fagner Almeida

Cada máquina BE1035e colhe cerca de 120 mil toneladas de cana

O Grupo Moreno produz cana-de-açúcar em 100 mil hecta- Ribeirão Preto, ele é a terceira geração dedicada ao tra-
res de terras paulistas. Em um ano, cada máquina BE1035e balho de seus antepassados. Acumula ainda o aprendi-
colhe de 100 a 120 mil toneladas. Diariamente, são cerca de zado com a mãe Márcia Moreno e o pai Wagner Ferreira
550 toneladas colhidas com trabalho ininterrupto de 12 mil para ajudar a comandar 1.800 colaboradores envolvidos
colaboradores em três centrais. O jovem de 24 anos, Tia- no plantio e na colheita da cana-de-açúcar na área agríco-
go Moreno, é um dos integrantes da nova geração da famí- la da sede em Luís Antônio.
lia que dá continuidade ao trabalho iniciado pelo avô Gilber-
to Moreno. Em 1982, Gilberto com a ajuda do irmão José co-
meçou o plantio de cana-de-açúcar para produzir cachaça.
Eles fundaram uma destilaria, uma metalúrgica e uma indús-
tria. As iniciativas deram tão certo que hoje o Grupo Moreno
possui a sede em Luiz Antônio, e mais unidades em Monte
Aprazível e Planalto.

Na função de auxiliar de gerência agrícola, Tiago conhece


todos os processos da usina e sabe bem o quanto a tec-
nologia dos tratores Valtra faz diferença no resultado da
produção. Nascido em Sertãozinho, a 20 quilômetros de
Tiago é a terceira geração da família que se dedica à usina

6 Revista Valtra & Você


“Primeiramente, para ter sucesso na nossa atividade é Uma das maiores preocupações dos profissionais da Usi-
preciso formar uma boa equipe. Depois, você vai precisar na Moreno é com a preservação das soqueiras. Elas são
do acompanhamento de pessoas de fora – assessores e as raízes que sobram dentro e fora da terra em torno de um
consultoria – e novas tecnologias. É nelas que se percebe palmo acima do solo, após o corte da cana. Posterior à co-
o ganho na evolução dos tratores e da colhedora Valtra. A lheita da cana-planta, uma série de ciclos sucessivos são
gente investe bastante na tecnologia e ganha em inovação cultivados a partir da rebrota ou a chamada soqueira. A
e conforto dos produtos”, conta Tiago. cada nova soqueira que se desenvolve, as raízes mais ve-
lhas morrem e novas raízes são formadas.
A produção
Aparecido Donizete Marcate, auditor agrícola, lembra
O cultivo da cana-de-açúcar passa pelas etapas de pre- que para preservar o canavial é preciso evitar a com-
paro, plantio, tratos culturais e colheita. Cada safra é pla- pactação e o pisoteio na soqueira. “Se não preservar o
nejada durante um ano e na fase do plantio existem três canavial, a gente vai diminuir a produtividade e entregar
possibilidades de ciclos produtivos: plantio de 18 meses, menos cana. Queremos a longevidade da soqueira por-
de 12 meses de inverno e de 12 meses de ciclo anual. Ao que com menos falhas aumenta a tonelada de cana por
total são 100 mil hectares de cana-de-açúcar e 35 mil hectare e o rendimento das colhedoras, já que a eficiên-
hectares plantados somente na sede em Luís Antônio. cia da máquina é colher por hora”, declara.
Após a colheita, a cana passa pela moagem. De 53 mil
toneladas diárias moídas no Grupo Moreno, 16 mil pas-
sam por este processo na sede.
PRODUÇÃO EM NÚMEROS
Eduardo Belucci, gerente de corte, carregamento e trans-
porte (CCT), comanda a operação de qualidade do produ- Unidade Luís Antônio (SP)
to em todas essas etapas. “Existem metas diárias de en-
Moagem: 16.000 ton/dia
Açúcar: 35.000 sacas de 50 kg/dia
trega da cana, por isso possuímos frentes de trabalho de
Álcool: 1.200 m 3/dia
moagem. A gente faz também a gestão das colhedoras e
dos tratores. São três colhedoras em Luís Antônio e três Unidade Monte Aprazível (SP)
em Aprazível”, frisa. Moagem: 15.000 ton/dia
Açúcar: 25.000 sacas de 50 kg/dia
Depois da moagem, parte da cana vira açúcar ou álcool e Álcool: 1.100 m 3/dia
tem como destino o mercado interno. Parte da produção é
transformada em açúcar cristal e serve para adoçar refrige-
Unidade Planalto (SP)
Moagem: 24.000 ton/dia
rante. Outra parte vira ingrediente de doces como balas e
Açúcar: 45.000 sacas de 50 kg/dia
chocolates. Por fim, a cana-de-açúcar tem como destino a Álcool: 1.200 m 3/dia
transformação em etanol utilizado para locomover brasilei-
ros que usam esse combustível em seus veículos.
Rapidez na hora de colher a cana-de-açúcar

Revista Valtra & Você 7


Produtividade em Alta São Paulo

Vantagens
Na sede do Grupo Moreno em Luís Antônio as máquinas
Valtra são utilizadas desde a sua origem. Atualmente, o
Grupo conta com cem tratores. Entre as vantagens de ter
Valtra, Tiago destaca a disponibilidade de peças no mer-
cado e o atendimento das concessionárias. “Minha mãe,
Márcia Moreno, fica com as compras. Ela sabe que não é
só o preço, mas também pelo pós-venda e venda de pe-
ças – que temos um bom respaldo. Então, a Valtra conti-
nua dentro do nosso negócio no Grupo”, destaca o jovem.

Aparecido conta que a tecnologia Valtra faz parte da


história desde que começou a trabalhar no Grupo, há
22 anos. “Essa marca é muito forte não só pela dispo-
nibilidade, mas pela economia de combustível. A co-
lhedora faz 0,003 litros de óleo hidráulico por tonela- Tiago com parte da equipe que atua em Luís Antônio
da e 0,9 litros de óleo diesel por tonelada. É muito sa-
tisfatório. A performance é boa de operação e manu-
também avalia que o trator é de excelente performan-
tenção”, frisa.
ce, disponibilidade e consumo de combustível. “No
Em 2015, o Grupo Moreno adquiriu para a sede em Luís mesmo ano, adquirimos o BH210 para começar esta
Antônio o BT210 – trator que serve para preparar o solo safra e pretendemos adquirir novos no futuro para re-
e fazer carregamentos por meio de transbordo. Tiago novar a frota”, confirma.

Para ter sucesso na nossa atividade


é preciso formar uma boa equipe. Depois,
você vai precisar do acompanhamento de
pessoas de fora – assessores e consultoria
– e novas tecnologias

8 Revista Valtra & Você


Uma das preocupações do Grupo Moreno é com a preservação do canavial
Satisfação
Luís Rosa é supervisor da oficina na parte mecânica das Para melhor atender o Grupo Moreno que tem unida-
colhedoras. Ele recorda que antes tudo era manual. “Fazía- des em lugares diferentes, também atua a concessio-
mos o manejo com queima da cana-de-açúcar para depois nária Comper – que fica bem próxima à usina. “Por mo-
cortá-la. Aqui tinham outros equipamentos como carrega- tivos de economia e rapidez na assistência, quem aten-
doras de cana e guinchos, no início era Valmet, mas fomos de a unidade de Luís Antônio é a Comper de Araraqua-
evoluindo com as carregadeiras da marca Valtra”, detalha. ra”, explica Nilson.

Sobre a relação com a concessionária, Mercadão Tratores,


ATUAÇÃO EM CAMPO
Luís afirma que estão bem satisfeitos e destaca também o
atendimento: “Se necessitamos de alguma solução envol- Quem dirige a colhedora aprova a tecnologia, a rapi-
vendo colhedoras e tratores tudo é resolvido rápido. Sempre dez e a facilidade para trabalhar. “Essa máquina é mui-
nos pedem para avisar o quanto antes qualquer demanda to boa e segura”, opina Luciano Donizete Teodoro Pai-
para que solucionem o mais rápido possível”, complementa. va, que colhe cana-de-açúcar há 10 anos.

Os profissionais da Mercadão Tratores têm o hábito de rea- José Renato Donadon, coordenador de produto da
lizar visitas nas propriedades, residências ou escritórios AGCO Ribeirão Preto, ressalta que o atendimento à
dos clientes. “Em caso de grandes grupos como usinas Usina Moreno é ágil tanto da fábrica quanto da con-
sempre marcamos horários com os gestores e comprado- cessionária por causa do trabalho conjunto. “Nossos
res, além dos vendedores executarem os trabalhos de pon- produtos linha cana-de-açúcar contam com um traba-
ta, visitando os líderes na lavoura. Após a efetividade do lho ativo de atuação técnica em campo. Há um pós-
negócio, temos nosso pós-venda cuidando dos clientes via venda de fábrica e concessionária intenso, o que resul-
telemarketing, entrega técnica e manutenções programa- ta em maior segurança para o produtor, confiança na
das”, explica Nilson Guareschi, gerente comercial. máquina e disponibilidade do equipamento para horas
trabalhadas”, enfatiza.
O trabalho envolve os profissionais da concessionária
em conjunto com os da Valtra. “Primeiramente, enviamos Além disso, José Renato acrescenta que o suporte ao
nossos profissionais para o centro de treinamento da fá- cliente torna-se positivo e satisfatório porque o con-
brica, em Campinas, para capacitação e conhecimento cessionário passa por capacitação completa nos trei-
das melhorias dos produtos. Após essa captação de in- namentos de fábrica para os produtos da linha cana-
formações, as transmitimos aos clientes durante visitas, de-açúcar, o que lhe dá melhores condições para aten-
eventos técnicos e eventos comerciais”, relata. der ao produtor.

Revista Valtra & Você 9


Futuro do Agronegócio Novo Manejo

Silvicultura de precisão
para gerenciar florestas Jocélia Bortoli

Pesquisadores da Embrapa Florestas explicam a


nova prática de manejo e tecnologia aplicada para
a obtenção de produtividade florestal

Coleta e análise de dados georreferenciados permitem a


intervenção exata nas florestas
Tecnologia
A silvicultura de precisão tem como fundamento a coleta
A silvicultura de precisão é um método de gerenciamento
e análise de dados georreferenciados, possibilita interven-
das atividades referente ao cultivo, reprodução e desen-
ções localizadas na floresta, com a exatidão e a precisão
volvimento de árvores florestais, incluindo o estudo bo-
adequadas. O conceito é aplicável às florestas plantadas,
tânico das espécies. O método se baseia na coleta e na
às de ocorrência natural e às exploradas sob regime de ma-
análise de dados georreferenciados, viabilizando inter-
nejo sustentado. Nesse conceito se destaca a importância
venções exatas na floresta e conta com o apoio de tec-
das técnicas de geoprocessamento, como sensoriamento
nologias de última geração. Esse tipo de manejo é indica-
remoto, sistemas de informações geográficas e sistemas de
do para a propriedade florestal com variabilidade dos fa-
posicionamento por satélites.
tores de produção como fertilidade do solo, plantas dani-
nhas, pragas e doenças. A partir da adoção da nova prá- De acordo com Itamar Antonio Bognola, pesquisador da Em-
tica de manejo a relação custo-benefício será favorável. brapa Florestas, no Brasil, a elevada produtividade obtida nas
florestas plantadas para múltiplas finalidades, a maioria delas
Shizuo Maeda, pesquisador da Embrapa Florestas, ob-
com operações silviculturais – com destaque para a aduba-
serva que o crescimento da demanda por produtos flo-
ção – são realizadas com equipamentos adaptados, o que re-
restais está associado ao aumento dos custos de produ-
sulta em baixa qualidade do trabalho. “A exceção se verifica
ção, à redução da disponibilidade de áreas adequadas à
nas operações de colheita florestal que têm disponíveis equi-
exploração florestal e à exigência do mercado pela certi-
pamentos eficientes para realizar o corte, o descascamento,
ficação dos produtos. Isso requer dos produtores maior
a avaliação do volume colhido, concomitantemente, além de
eficiência no gerenciamento dos fatores de produção e
georreferenciar os locais trabalhados”, esclarece.
no uso de insumos para tornar a produção florestal sus-
tentável. “Para atendimento das exigências deste novo Os pesquisadores da Embrapa recordam que, antes da
mercado, a silvicultura de precisão vem sendo preconi- adoção do manejo silvicultural nos princípios da silvicul-
zada como alternativa à silvicultura tradicional. Um novo tura de precisão, devem ser melhorados todos os pro-
enfoque de manejo, sucede e complementa o enfoque cessos na produção florestal. Para isso é necessário que
de produção sustentável, racionaliza a gestão dos fato- as intervenções sejam executadas com precisão e exati-
res de produção para novos patamares”, explica Shizuo. dão desde o método convencional.

10 Revista Valtra & Você


Com essa nova forma de manejo
silvicultural objetiva-se tornar a atividade
mais sustentável do ponto de vista Evolução tecnológica
econômico, social e ambiental Na opinião dos dois pesquisadores, Shizuo e Itamar, o
desenvolvimento tecnológico nas áreas de informáti-
O controle de qualidade das operações florestais depen- ca e geoprocessamento permitem mudanças expres-
de de equipamentos que monitorem quantidades de insu- sivas na gestão da informação para a tomada de deci-
mos aplicadas em tempo real e permitam a variação auto- são no gerenciamento das atividades florestais. “Com
mática nas taxas de aplicação desses insumos, conforme essa nova forma de manejo silvicultural objetiva-se
a necessidade de cada local, viabilizando o manejo flores- tornar a atividade mais sustentável do ponto de vista
tal com base na silvicultura de precisão. Em muitos plan- econômico, social e ambiental. Pretende-se com isso
tios florestais, as operações silviculturais são manuais, ou atender aos requisitos para a certificação florestal e
parcialmente mecanizadas. as exigências de importantes mercados para os pro-
dutos florestais madeireiros. Sendo assim, é necessá-
Futuro do agronegócio rio o acompanhamento e gerenciamento de um volu-
Shizuo acrescenta que, além de contribuir para o melhor me significativo de informações que variam de acordo
uso de insumos, a adoção do manejo silvicultural de pre- com o espaço e o tempo”, ressalta Shizuo.
cisão possibilita àqueles que adotam o atendimento à le- Para finalizar, Itamar enfatiza que se trata de uma nova
gislação pertinente ao bom uso de suas terras serem con- área do setor florestal, com inédita concepção por-
templados em auditorias à Certificação Florestal. No Brasil que modifica o enfoque dado à silvicultura até então,
há dois programas voluntários de certificação, o Conselho pois, enquanto no sistema convencional a aborda-
de Gestão Florestal (FSC Brasil) e o Programa Brasileiro de gem da unidade florestal se dá de maneira uniforme,
Certificação Florestal (Cerflor). na silvicultura de precisão essa mesma área é tratada
“Os limites espaciais ao longo do território a serem utiliza- geograficamente ponto a ponto. “A área total é dividi-
dos para estabelecer o plantio florestal devem ser consi- da em frações de unidades diferenciadas, que pode
derados em um conceito mais amplo de silvicultura de pre- ser pelo índice de qualidade de sítio, pelas unidades
cisão. A delimitação das Áreas de Proteção Permanente e de manejo florestais, baseadas na integração do co-
da Reserva Legal, conforme estabelecido em lei, e o efeti- nhecimento em clima, solo, relevo, entre outras, bem
vo respeito aos limites, são medidas fundamentais para a como se integram às potencialidades e às limitações
produção florestal ser realizada dentro da legalidade vigen- do meio físico, a fim de obter maiores ganhos sem
te”, alerta o pesquisador. afetar o meio ambiente”, encerra o pesquisador.

Tratores finlandeses da Valtra usados na silvicultura

Revista Valtra & Você 11


Tecnologias Mato Grosso do Sul

Leandro Moreira Fernandes e o pai Messias Fernandes Neto,


na Fazenda Ventania, em Maracaju (MS)

A busca por mais eficiência e melhores resultados na la- tem capacidade de 3 mil litros – trabalhamos 100 litros por
voura levou os agricultores Messias Fernandes Neto e hectare, então estamos fazendo 30 hectares por tanque e
Leandro Moreira Fernandes, pai e filho, a adquirirem o fechando o dia com uma média de 160 hectares pulveriza-
BS3020H, pulverizador autopropelido da Valtra. Estabele- dos, porque como o plantio é bem escalonado, não preci-
cidos em Maracaju, Mato Grosso do Sul, o patriarca Fer- samos fazer toda a área de uma vez”, destaca.
nandes é cliente Valtra há mais de 20 anos e, consideran-
Com piloto automático Auto-Guide 3000, preparado para
do a qualidade dos tratores e outros implementos da mar-
sinal decimétrico com opção de sinal centimétrico, e tele-
ca utilizados nas seis propriedades da família, a escolha
metria AgCommand, o BS3020H é o modelo ideal para au-
pelo modelo Valtra foi inevitável.
mentar a capacidade produtiva da lavoura. Projetado para
“Utilizamos o pulverizador em 100% das áreas, tanto no manter a estabilidade das barras em diferentes tipos de to-
verão como no inverno. Logo na primeira aplicação, no in- pografia e solo, o chassi Flex-frame não possui nenhum
verno de 2015, percebemos a enorme diferença na produ- componente soldado, garantindo que o pulverizador man-
tividade”, conta Leandro. Técnico em agropecuária, ele é tenha a mesma qualidade de trabalho em qualquer tipo de
o mais novo, entre os filhos homens, e ajuda o pai na ad- terreno sem nenhuma perda de tração.
ministração das fazendas da família. Operador de todas
“O pulverizador é completo. Com piloto automático e des-
as máquinas, da pulverização à colheita, ele comenta que
ligamento das seções de barra você tem uma economia
o uso do pulverizador Valtra nos 900 hectares da família,
maior porque não tem acúmulo de produtos na cabeceira,
alternados entre os cultivos de soja e milho, trouxe inúme-
não arremonta e gera economia também no combustível”,
ros benefícios para a lavoura.
acrescenta. O modelo possui transmissão hidrostática 4x4
“A primeira melhoria que nós vimos foi na agilidade, gasta cruzada, barras de 28 m e vão livre de 1,65 m com diferen-
menos tempo para pulverizar. Tem também um impacto tes opções de rodado, permitindo o trabalho em diversos
muito grande na economia, com um tanque – o BS3020H tipos e portes de cultura.

Utilização do pulverizador
BS3020H tem impacto direto na
Escolha
certa
qualidade e produtividade nos
cultivos de soja e milho no
Mato Grosso do Sul

Natacha Portal, de Maracaju (MS) / Fotos Renan Costantin

12 Revista Valtra & Você


Melhor opção
Antes de adquirir o BS3020H, Leandro realizava pulveriza-
ção aérea na plantação de milho e por arrasto na de soja.
Além da agilidade, a utilização do autopropelido Valtra pro-
porcionou uma melhora significativa na sanidade da lavou-
ra. “Principalmente na lavoura de milho, a qualidade me-
lhorou muito”, enfatiza. Segundo Leandro, os resultados se
apresentaram tanto na qualidade do cultivo como na eco-
nomia gerada pelo pulverizador.

“Com o avião você não consegue aplicar em toda a área,


principalmente se tiver mato beirando. Sempre tem perdas
nas margens da lavoura. Se for aplicar 100% com o avião ar para as câmaras de combustão, gerando maior potência,
vai jogar no vizinho ou em cima do mato. Com a aplicação mais rendimento e menor consumo de combustível. O trator
terrestre você consegue pulverizar em 100% da área e de também está apto para operar com B100 – 100% Biodiesel –
maneira uniforme”, explica. que reduz o nível de emissão de gases poluentes.

“Equipamos um dos nossos BH com piloto automático e con-


Desempenho Valtra
tamos com uma ajuda extra na parte operacional. O sistema
Desde o tempo em que trabalhava na lavoura de café, em mantém o traçado correto e evita falhas no plantio. É só co-
Londrina, Messias já era habituado a operar máquinas da locar na regulagem que você quiser, qualquer um consegue
marca. “Nossos tratores são maioria Valtra. Desde quando operar, é muito simples”, complementa. Os tratores foram ad-
trabalhava no Paraná com o meu pai e ele comprou o pri- quiridos com financiamento AGCO Finance.
meiro Valmet 85id, eu trabalhei 20 anos em cima desse tra-
tor. Não escolho de outra marca”, afirma. Expansão ao norte
Junto ao Valmet 880, ano 87, primeiro trator comprado por Com cinco fazendas no Mato Grosso do Sul – duas áreas
Messias em terra sul-mato-grossense, isso em 1996, os próprias e três arrendamentos –, os agricultores investem
Fernandes também possuem mais dois modelos BH180 Ge- em expansão territorial, agora no Estado vizinho. Além dos
ração II. Utilizados na remoção e preparo do solo, os trato- 900 hectares no sul-mato-grossense, Leandro está prepa-
res foram adquiridos nos anos de 2013 e 2014. “O motor é rando o solo para a cultura de soja e arroz em 600 hecta-
o grande diferencial do BH180 e faz com que o trator acabe res arrendados no município de Tabaporã, no Mato Grosso.
sendo um dos mais econômicos”, ressalta Leandro.
Para realizar o trabalho de limpeza, ele conta com a potência
O modelo é equipado com motor AGCO Power 620DS de e robustez da linha pesada Valtra, com um BH180, ano 2003.
seis cilindros, quatro tempos, injeção direta e turbinado. O Na propriedade também está uma plantadora HiTech BP1307
motor turbinado funciona com o aproveitamento dos gases de 12 linhas, com espaçamento de 50 cm, pronta para come-
de escape dos cilindros. Assim, o gás força a entrada do çar o plantio da soja.

Revista Valtra & Você 13


Tecnologias Tech Connect
Aplicativo desenvolvido pela AGCO
Service promove mais agilidade e
Manutenção precisão ao serviço de pós-venda

rápida e eficiente
Em funcionamento desde o início deste ano, o Tech Con- cução do serviço prestado, o que é de extremo interesse do
nect, aplicativo para smartphone e tablet desenvolvi- cliente”, destaca Wagner Quillfeldt, gerente de suporte téc-
do pela AGCO Service, é mais uma ferramenta projetada nico de tratores.
para aperfeiçoar os serviços prestados pelas concessio-
A intenção é minimizar ao máximo qualquer dor de cabe-
nárias Valtra. Com o APP, a área de suporte técnico, res-
ça causada por uma máquina parada no momento errado.
ponsável pelo pós-venda, tem acesso rápido às informa-
Com mais velocidade no serviço, o cliente pode contar com
ções geradas pela fábrica, garantindo atendimento mais
eficácia nas respostas durante manutenções e eventuais in-
ágil e eficiente aos clientes.
tervenções corretivas no equipamento. “A utilização do apli-
Com o aplicativo os técnicos têm acesso aos boletins de cativo também pode evitar a necessidade de um retrabalho,
serviços e peças, manuais de oficina e operador, catálogos pois o serviço é feito com precisão”, acrescenta Wagner.
de peças, entre outras informações indispensáveis no dia a Para dinamizar ainda mais o serviço das concessionárias,
dia. “O técnico ganha em velocidade e qualidade de respos- os técnicos podem realizar o download do material disponi-
ta, que impacta diretamente no tempo que a máquina fica bilizado no aplicativo, assim terão em mãos todas as infor-
parada. A consulta dele se torna mais rápida e precisa, por- mações no local de atendimento, mesmo se não estiverem
que por meio do aplicativo ele acessa um banco de dados conectados à internet. O aplicativo está disponível para sis-
maior. Isso proporciona mais qualidade e agilidade na exe- temas iOS e Android e também na versão web.
Tecnologias Sojicultura no Tocantins

Sojicultor conta com Há três anos no Tocantins, Arlei Vagner, 43 anos, não tem dúvidas quanto
à capacidade produtiva do Estado. O produtor traz na bagagem 15 anos
tecnologia e alto
de experiência no cultivo de soja, em Rebouças, Paraná. Devido ao alto
desempenho dos produtos preço das terras na região Sul e a falta de espaço para crescer em volume
Valtra para elevar a produção de lavoura, Arlei e família viram no Tocantins a possibilidade de expansão.
em solo tocantinense
“Nós tivemos a informação que o Tocantins, Maranhão, Ceará e Pará eram
bons lugares para plantar. Nós viemos para cá e, quando estávamos indo em-
bora para conhecer outro lugar, vimos essa área em que estamos. Gostamos
daqui e resolvemos ficar", conta Arlei.

Diferencial
Sojicultor
Arlei Vagner
destaca benefícios
dos produtos Valtra
tecnológico
Natacha Portal, de Abreulândia (TO) / Fotos Renan Costantin

Quando vi tratores da Valtra


trabalhando foi que me apaixonei pela
marca. O BT210 é um trator grande, com alto
desempenho e que consome muito pouco

Revista Valtra & Você 15


Tecnologias Sojicultura no Tocantins

Arlesson Vagner (à esquerda),


filho de Arlei, e Elisson Wagner,
sobrinho do produtor, também
operam as máquinas

Alto desempenho com baixo consumo


Pouco se via lavouras de soja na região de Abreulân- Numa análise rápida, Arlei garante que as máquinas Valtra são
dia, município localizado a 173 quilômetros de Palmas, superiores em desempenho e muito mais econômicas em
quando Arlei chegou. Determinado a empreender na consumo. Com os tratores BT210, BH165 e o pulverizador
cultura do grão, o agricultor acreditou na própria expe- BS3020H, o produtor realiza o trabalho de preparo do solo,
riência e no potencial produtivo da terra. “Pensei que se passando pelo aleiramento de pedras e gradagem, plantio e
não desse soja iria mexer com gado. Mas vi que é mui- pulverização. “Quando vi tratores Valtra trabalhando foi que
to bom para lavoura aqui. Logo no primeiro ano me sur- me apaixonei pela marca. O BT210 é um trator grande, com
preendi, porque minha soja, embora não estivesse com alto desempenho e que consome muito pouco. O meu BT
uma aparência tão bonita, deu 41 sacas por hectare. trabalha muito, puxa implementos pesados e faz a média de
Em uma parte que utilizei outra cultivar colhi 61 sacas 22 litros/hora", argumenta.
por hectare”, comenta.
A máquina possui a exclusiva transmissão HiSix com Power-
Na safra 2014/2015, o produtor contava com 500 hecta- shuttle e Powershift integrada, com 24 velocidades à frente e
res plantados. Esse ano, a lavoura vai ocupar 650 hec- 24 velocidades à ré, permitindo fazer programações específi-
tares dos 1.430 que totalizam a Fazenda Paraná. “No cas para cada tipo de operação, conforme o implemento usado.
começo é assim, fazer a mudança que fizemos é apren- Mais versátil e moderna do mercado, a transmissão do BT210
der tudo de novo. A gente tem que acertar a variedade ainda permite realizar trocas de marchas de forma mais sim-
da cultivar e ir complementando com adubo, folhagem ples, sem o auxílio da embreagem e alavancas de câmbio.
e o que precisar. Aqui ainda tem muito espaço para
Equipado com piloto automático Auto-Guide 3000, sistema
crescer. No nosso primeiro ano usamos o mínimo de
avançado e completo da Valtra, o BT210 é operado por Ar-
maquinário e conseguimos bons resultados. Com in-
lei e o filho Arlesson Vagner, de 20 anos. Com a utilização da
vestimentos em máquinas mais modernas vamos con-
tecnologia é possível melhorar o planejamento das opera-
seguir resultados ainda melhores”, observa o produtor.
ções, diminuir os erros na lavoura, a compactação do solo e
ainda economizar combustível. O sistema opera com preci-
são de até 2,5 cm, correção integral de inclinação do terreno
e mapeamento de cobertura automático.
A gente gosta muito de
trabalhar à noite e com o piloto “A gente gosta muito de trabalhar à noite e com o piloto auto-
mático não precisamos nos preocupar, é só programar tudo
automático não precisamos nos que ele faz o serviço. A cabine do BT210 é confortável e silen-
preocupar, é só programar tudo ciosa, não se ouve quase nada do barulho de fora”, salienta Ar-
lei. Usado para preparação de solo e plantio, o BT210 puxa uma
que ele faz o serviço plantadeira de 20 linhas e faz 45 hectares em 12 horas de traba-
lho. “A gente podia fazer mais hectares, mas no plantio fazemos
tudo no nosso tempo. O trator tem capacidade para puxar uma
plantadeira maior, de 24 linhas, bem sossegado”, acrescenta.

16 Revista Valtra & Você


“A concessionária trouxe o pulverizador para demons-
Escolhi o pulverizador Valtra tração. Ele ficou três dias trabalhando aqui e não saiu
pelo chassi, pela suspensão eficiente e mais. A diferença é muito grande. Machuca menos a

pela tecnologia superior planta, a pressão e a qualidade dos bicos são muito
bons, sem falar nos sensores das barras e abrangên-
cia”, ressalta Arlei. Com 28 metros de barras, o pro-
Primeiro trator adquirido pelo produtor em solo tocantinen- dutor consegue pulverizar 280 hectares por dia, com
se, o BH165 é usado para fazer o serviço pesado e já tra- consumo de 12 litros/hora.
balhou 24 horas ininterruptas por quase um mês. “Cheguei
meio atrasado e, logo no começo, o BH165 foi usado por 24 Cliente da Comagril de Paraíso de Tocantins, Arlei re-
dias seguidos, dia e noite. É um trator muito bom, aguenta cebeu, na última safra, a demonstração de uma co-
bem o tranco”, enfatiza. Com o conceituado motor AGCO lheitadeira axial BC7800, Classe 7, com plataforma de
Power 620DS, com seis cilindros e turbinado, o BH165 aten- 35 pés, e está em negociação com a concessionária
de aos clientes mais exigentes que buscam o máximo de para a compra do equipamento.
desempenho e consideram o baixo custo operacional das
máquinas. Com sistemas simplificados e estrutura robusta,
o trator entrega alto rendimento em operações severas com
garantia de baixa manutenção. Pulverizador BS3020H
Versão HiTech
Tecnologia superior
A Valtra apresenta as inovações do pulverizador
Adquirido no final de 2015, o BS3020H foi resultado de uma ex-
BS3020H, que agora passa a se chamar
tensa pesquisa feita por Arlei. Acostumado a utilizar pulveriza-
BS3020H HiTech. Entre as características
dor de arrasto, o modelo Valtra é o primeiro autopropelido do
revistas, destacam-se o sistema "End-cap" e
produtor. “Vi muita informação antes de comprar o BS3020H.
a tubulação de pulverização em aço inoxidável,
Escolhi o pulverizador Valtra pelo chassi, pela suspensão efi-
que conferem melhor qualidade na aplicação.
ciente e pela tecnologia superior”, afirma.
Outras características aperfeiçoadas são a
Diferencial Valtra, o chassi Flex-frame não possui nenhum válvula de segurança do sistema de pulverização,
componente soldado, o que permite que o produtor traba- que evita danos ao sistema em caso de pressão
lhe nos mais variados tipos de solo e topografia sem perder excessiva; o novo redutor com maior torque,
tração. A suspensão pneumática ativa com barras estabiliza- que eleva a capacidade de rampa para 28% e
doras garante a estabilidade e o conforto operacional. O mo- permite o equipamento trabalhar em terrenos
tor AGCO Power 620 DS, de seis cilindros e com potência de com maiores inclinações. O novo modelo possui
200 cv, fica acima do rodado dianteiro enquanto o tanque, de também assento pneumático, o que garante
produto rotomoldado em polietileno e com capacidade para maior conforto e rendimento operacional.
três mil litros, fica acima do rodado traseiro, o que confere uma
melhor distribuição de peso no equipamento.

Satisfeito com o
desempenho Valtra, Arlei
pretende adquirir uma
colheitadeira axial BC7800

Revista Valtra & Você 17


Produtividade em Alta Pecuária

Investimentos em máquinas e Principal cadeia produtiva do Tocantins, a pecuária está presente


por todas as regiões do Estado. Conforme dados da Secretaria
implementos agrícolas integram
de Agricultura e Pecuária (Seagro-TO), atualmente, o rebanho
nova fase da pecuária no tocantinense conta com oito milhões de animais e destaca-se não
Cento-Oeste do Tocantins apenas pela quantidade, mas também pela qualidade dos animais
e da carne produzida.

Novos horizontes
para a pecuária
Natacha Portal, de Pium (TO) / Fotos Renan Costantin

18 Revista Valtra & Você


Na Fazenda Boa Fortuna, localizada em Pium, Centro
-Oeste do Tocantins, os benefícios do investimento em
máquinas agrícolas e novos procedimentos com o gado
são sentidos no volume do rebanho Nelore, que passou de
12 mil para 23 mil animais. Depois da inserção de pivôs de
irrigação, áreas de confinamento, integração lavoura-pe-
cuária e consequente ampliação da frota de tratores, a Fa-
zenda começou a vislumbrar novos horizontes.

Com 19 mil hectares destinados à criação de gado de cor-


te, a Boa Fortuna contabiliza 35 anos de atividades no To-
cantins. Por muitos anos, a fazenda manteve as atividades
na pecuária tradicional, porém desde 2012 as coisas co-
meçaram a mudar. Segundo Ronaldo Rabelo Alves, geren-
te da Boa Fortuna, a incorporação de novas tecnologias é
necessária para o desenvolvimento das atividades.

A integração lavoura-pecuária também é uma


forma de aumentar o giro da fazenda e alcançar o nosso
objetivo de levar um animal para abate com 18 ou,
no máximo, 22 meses de idade
Revista Valtra & Você 19
Produtividade em Alta Pecuária

Desempenho e praticidade
“A necessidade de incluir tecnologias no campo surgiu Atualmente, a Fazenda Boa Fortuna conta com 19 máquinas
com o crescimento da Fazenda. Hoje contamos com sete Valtra. Majoritariamente mecânicos, a frota de tratores é for-
pivôs centrais e 900 hectares de área irrigada. Estamos mada por cinco modelos A950 e um modelo A750, BM110,
na terceira safra colhida e, este ano, começamos a traba- BM125i, BH145 e modelos mais antigos Valtra/Valmet 985, 785,
lhar com confinamento. Isso tudo demandou investimento 685, 88 e 86. Os equipamentos são usados em todos os se-
em novas máquinas, mais modernas”, explica o gerente. tores da fazenda, desde a gradagem, roço de pasto, lâmina e
plantio. A escolha Valtra em 100% das operações é baseada
Lavoura-Pecuária em três fatores indispensáveis no maquinário destinado à pe-
cuária: fácil manutenção, simples operação e baixo consumo.
Desde o início, a Boa Fortuna trabalha apenas com pe-
cuária. Há três anos, a partir da necessidade de aprovei- “Nós sempre trabalhamos com Valtra. As peças são acessí-
tar melhor as áreas que outrora já formaram pasto para veis, as máquinas são fáceis de mexer e operar. Nenhum dos
o gado, foi iniciada a lavoura de milho com o único intui- nossos funcionários teve problemas com os tratores, são sim-
to de reforçar o volume para o rebanho. Em 130 hecta- ples e práticos”, pontua Ronaldo.
res, atualmente ocupados com girassol, toda a produção Todos os produtos foram adquiridos na concessionária
é destinada para a área de confinamento do gado. Comagril de Paraíso do Tocantins. Bastante usados no dia a
“Começamos agora na agricultura e ainda estamos apren- dia, os modelos A950 possuem um sistema de transmissão
dendo. Não tínhamos maquinário apropriado e estamos sincronizado ideal para atividade pecuária. “O jeito como
adquirindo. A integração Lavoura-Pecuária também é uma a embreagem do trator funciona é excelente para o nosso
forma de aumentar o giro da fazenda e alcançar o nosso serviço. É diferente dos outros tratores. Ela é mecânica e
objetivo de levar um animal para abate com 18 ou, no máxi- hidráulica e isso é favorável para não quebrar o cardan, o
mo, 22 meses de idade”, observa Ronaldo. Aproveitada por operador solta lentamente, é mais macia”, explica Arielton
inteira, a planta é transformada em silagem para o gado. Santiago, mecânico da Boa Fortuna.

Ele acrescenta que os tratores mais antigos Valtra/Valmet eram


os melhores da fazenda, mas agora estão sendo substituídos
pelos novos modelos da marca. “A economia de combustível
é outro ponto, com um tanque de 105 litros, nós trabalhamos
um dia e meio. São tratores que têm força e puxam qualquer
implemento. Nós temos uma roçadeira, feita aqui na fazenda,
com cinco facas, e precisa de um trator bem ‘valente’ para pu-
xar. As máquinas Valtra dão conta”, completa Arielton.

20 Revista Valtra & Você


Irrigação e confinamento no ciclo do gado
A Boa Fortuna contempla todo o ciclo do gado: cria, re- acrescenta que na área irrigada é possível colocar de oito
cria e engorda. Autossuficiente em todos os processos, a 10 animais, enquanto o mesmo espaço sequeiro com-
apenas os touros (PO) são comprados fora e o abate fica porta menos de dois.
por conta de frigoríficos regionais. Na fazenda, a estação
Cada pivô central cobre uma área de 127 hectares, divi-
de monta é contínua. Após o nascimento, o bezerro é ca-
dida em 16 piquetes de oito hectares cada. Diariamen-
dastrado no sistema da Boa Fortuna onde é gerado um
te, o gado ocupa um piquete, até repetir o ciclo e ser le-
número e uma data de nascimento. Com oito meses é fei-
vado para o confinamento, onde passa 90 dias antes de
ta a desmama, o macho vai direto para a área irrigada, lo-
ir para o abate.
cal em que fica para recria até atingir 360 quilos, e em se-
guida é levado para o confinamento. “O confinamento é a parte de ‘acabamento’ do gado. O
animal recebe ração e é bem tratado. A irrigação segui-
“A irrigação surgiu da necessidade de completarmos o ci-
da do confinamento nos evita inúmeras dificuldades com
clo do gado e graças aos nossos 900 hectares irrigados
os animais, não estraga capim, o boi não se machuca, de-
conseguimos dobrar a capacidade da fazenda. Se qui-
manda menos montaria e assim por diante”, complemen-
séssemos aumentar o volume de animais de 12 mil para
ta Ronaldo. O confinamento da Fazenda Boa Fortuna tem
23 mil sem os pivôs centrais, teríamos que ter compra-
capacidade para quatro mil animais estáticos.
do mais 19 mil hectares de terra”, destaca Ronaldo. Ele
A equipe da revista Valtra & Você esteve na região de Pium
no final de julho, alto verão, como é bem observado pelo
gerente: “A diferença com a irrigação é notável. Estamos
A irrigação surgiu da em julho e a fazenda está toda seca – é o nosso clima – e
necessidade de completarmos o a pastagem continua verde. Os animais estão entrando na
área irrigada e fazendo a rotação.”
ciclo do gado e graças aos nossos
900 hectares irrigados conseguimos
dobrar a capacidade da fazenda

Revista Valtra & Você 21


Soluções GSI Secagem e Armazenamento

GSI desenvolve fornalha com modelo


inovador para aperfeiçoar o processo de
secagem de grãos

Soluções para
um mercado promissor Tarcila Mendes

Durabilidade, eficiência energética e facilidade de instalação. São as premissas


que a GSI – líder mundial em soluções para o setor agrícola – utilizou para a cria-
ção da Block Velox, a fornalha foi projetada para otimizar o processo de seca-
gem de grãos e para atender a demanda crescente do mercado.

A nova proposta da fornalha reduz o tempo de montagem de 45 dias para 20 dias


– isso é possível porque a estrutura foi montada por peças de encaixe que se as-
semelham a um lego. Outro quesito aperfeiçoado foi o peso, que de 65 toneladas
diminuiu para 15. Essa é a única fornalha montável disponível no Brasil. O geren-
te de engenharia da empresa, Fabrício Ferrari, destaca que foram considerados o
custo de manutenção, a resistência ao impacto e as altas temperaturas.

A Sebben Indústria e Comércio de Cereais, com sede em Marau, no Rio Grande


do Sul, recebeu a primeira Block Velox. O proprietário da indústria, Zeferino Seb-
ben, afirma que o modelo otimiza a conservação do calor e agiliza o processo de
secagem. “A gente passa ao lado da fornalha e não sente o calor escapar, o que
traz segurança para o funcionário e o maior aproveitamento para a secagem”.

No período de safra a fornalha é utilizada na indústria de Zeferino todos os dias e nos


outros períodos duas vezes por semana durante 14 horas por dia para a secagem dos
grãos. “Produzimos 3.600 toneladas de farelo de soja e 500 toneladas de óleo por
mês ao longo da safra. Se o secador trabalha, a fornalha trabalha e, por isto, pode-
mos dizer que esses 10 anos de uso da Block Velox poderiam representar 30 anos”.

Novidade reconhecida
A Block Velox recebeu o prêmio Melhores da Terra,
promovido pela Gerdau, na categoria “Novidade
Agrishow”. A maior premiação para o setor de
máquinas e equipamentos agrícolas incentiva
a evolução tecnológica para contribuir com a
produtividade no campo e apontar inovações.

22 Revista Valtra & Você


Gestão no Campo Plano Safra

Cenário retoma
crescimento Jocélia Bortoli / Fotos Divulgação

Agricultores devem retomar investimentos com Moderfrota e Pronamp

Desde o início dos programas de investimentos em máquinas


agrícolas, em 2000, a expansão da frota possibilitou um aumento
expressivo de 53% na área plantada com grãos no país

O Programa de Modernização da Frota de Tratores Cenário mundial


Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadei-
Para o consultor, o segundo semestre deste ano marca o
ras (Moderfrota) terá R$ 5,05 bilhões no Plano Sa-
início do ano-safra no período 2016/2017, com a retoma-
fra 2016/2017. As taxas de juros ficarão entre 8,5% a
da das vendas de máquinas agrícolas no Brasil. “Com re-
10,5% ao ano. O limite de financiamento é de 90% do
cursos já disponíveis pelo Moderfrota e Pronamp, a juros
bem a ser adquirido, com prazo de até oito anos. Po-
ainda abaixo da inflação e da Selic, os agricultores devem
rém, máquinas e equipamentos agrícolas também po-
retomar os investimentos”, explica.
derão ser financiados por meio do Programa Nacional
de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que con- Além disso, o especialista observa que a área plantada e
ta com mais R$ 4,24 bilhões, com as mesmas taxas de a produção de grãos devem continuar crescendo. Cogo
juros do Moderfrota e o mesmo prazo. recorda que desde o início dos programas de investimen-
tos em máquinas agrícolas, entre 2000 e 2015, a expan-
“No total o setor de máquinas agrícolas poderá con-
são da frota possibilitou um aumento expressivo de 53%
tar com mais de R$ 9 bilhões em recursos para investi-
na área plantada com grãos no país, com a incorporação
mentos no Plano Safra 2016/2017. Além desses recur-
de mais 20 milhões de hectares – uma taxa média anual
sos, ainda há linhas específicas para a Agricultura Fa-
de incremento de 2,7% ao ano.
miliar, com taxas de juros de 2,5% ano, para financiar
máquinas e implementos agrícolas de até R$ 330 mil “O que mais chama a atenção é que, nesse período, a
por produtor, com prazo de 10 anos. No Plano anterior, produção de grãos do país deu um extraordinário salto de
o limite financiável era menor, de R$ 150 mil. Isso pode 150%, saindo de 83,3 milhões de toneladas, para 208,6
elevar a demanda de máquinas e implementos agríco- milhões de toneladas – uma taxa média anual de incre-
las pela Agricultura Familiar no Plano Safra 2016/2017”, mento de 5,9% ao ano. É hora de investir. Os preços das
avalia o consultor Carlos Cogo. commodities voltaram a subir no mercado internacional

Revista Valtra & Você 23


Gestão no Campo Plano Safra

Plano Safra 2016/2017


• Recursos: R$ 185 bilhões
• Juros a partir de 8,5% ao ano

O Brasil é hoje o maior Moderfrota


• Financia frotas a produtores rurais e cooperativas.
exportador mundial de soja, • Limite de financiamento de 90%.
açúcar, café, suco de laranja,
Pronamp
carne bovina e frango e o • Financia máquinas e implementos agrícolas
segundo maior de milho ao médio produtor rural.
• Utiliza as mesmas taxas e prazos do Moderfrota.

em 2016 e as exportações do agronegócio brasileiro es-


tão batendo recordes sucessivos. Com o desenvolvimen-
to de uma tecnologia agrícola adequada ao cultivo tropi-
cal, o Brasil saiu da posição de importador líquido de ali-
mentos e de desabastecimento que marcaram os anos de
1970, para tornar-se o segundo maior exportador agríco-
la global. O Brasil é hoje o maior exportador mundial de
soja, açúcar, café, suco de laranja, carne bovina e frango
e o segundo maior de milho”, ressalta.

Crédito
O novo Plano Safra traz boas perspectivas para financia-
mentos por meio do AGCO Finance. “O aumento de vo-
lume pelo Banco de fábrica ocorre, principalmente, pela
nossa agilidade em nos adequarmos às novas condi-
ções, e a nossa especialidade no segmento agrícola que
nos permite definir estratégias e condições especiais que
atendam à necessidade dos agricultores”, declara Simone
Scherer, gerente comercial do AGCO Finance.

Segundo Simone, o foco do AGCO Finance contribui


para que todas as etapas do processo sejam muito rá-
pidas, desde o recebimento da proposta, até a libera-
ção do recurso para a compra do equipamento. Para
ela, esse processo é facilitado porque todas as etapas
são realizadas na concessionária, que está bem próxi-
ma do cliente e possui domínio sobre as regras a se-
rem aplicadas.

O Banco de fábrica tem como objetivo facilitar a aquisição


de máquinas agrícolas, oferecendo as melhores condições
do mercado, totalmente adequadas às necessidades do
cliente, incluindo linhas de crédito e seguro para a proteção
dos equipamentos. “Por ser focado no segmento, não exi-
gimos do agricultor abertura de conta corrente, pagamento
de projetos e a reciprocidade normalmente exigida por ou-
tros agentes financeiros”, finaliza Simone. Em 15 anos, programas de investimentos
em máquinas agrícolas possibilitaram a
expansão da frota e crescimento de 53%
na área plantada com grãos
24 Revista Valtra & Você
Nossa Terra Tocantins

Promessa do agronegócio nacional, o Tocantins atrai pro- A tendência é que o crescimento permaneça. Muitos
dutores de todo o Brasil. Por onde se anda pelo Estado, é fatores contribuem para expansão da produção na re-
possível ver novas terras se abrindo, lavouras em desenvol- gião: o clima tropical semiúmido com períodos de chu-
vimento e, principalmente, muito potencial produtivo. Em- va e seca bem definidos, a topografia mais plana – favo-
bora a pecuária seja a principal atividade tocantinense, o rece o processo de mecanização agrícola – e a dispo-
crescimento da produção de grãos tem se intensificado nibilidade de recurso hídrico em abundância. O Estado
ano após ano. Segundo dados da Companhia Nacional de é cortado pela bacia de água doce formada pelos rios
Abastecimento (Conab), em 10 anos, o Tocantins apresen- Tocantins e Araguaia. Esses fatores somados às terras
tou elevação de mais de 200% na produção de soja. Na sa- fartas e com preços mais acessíveis, mostram o gran-
fra de 2005/2006, foram contabilizadas apenas 742 mil to- de potencial para agricultura no Tocantins – reconheci-
neladas de soja, número que deu um salto para 2,4 milhões do como o “novo polo agrícola do Brasil”.
de toneladas em 2014/2015.

Vocação
Tocantins é opção para produtores
agrícola
que buscam crescimento e Natacha Portal, de Dois Irmãos do Tocantins (TO) // Foto Renan Costantin

produtividade na lavoura

Pedro
Em 15 anos,
Henrique
programas
Rabito vai
de investimentos
em máquinas
para a segundaagrícolas,
safra empossibilitou a
expansão
solo tocantinense
da frota e crescimento de 53%
na área plantada com grãos

Revista Valtra & Você 25


Nossa Terra Tocantins

O acaso trouxe o engenheiro agrônomo Pedro Henrique


Bobato Rabito, 30 anos, ao Tocantins, mas certamente
Em termos de solo é tudo muito
não foi o que o fez ficar. Atraído pelo potencial agrícola,
o jovem produtor comanda a Fazenda Centenário, com diferente, a planta se comporta de uma
1.080 hectares, localizada na região de Dois Irmãos do maneira diferente, o clima é diferente.
Tocantins, Centro-Oeste do Estado.
Toda hora é um aprendizado
Paranaense, a família de Pedro já possui 300 hectares pro-
dutivos de soja e mais 1.500 hectares de pino de eucalipto
pensado. “A gente descobriu o Tocantins por acaso. Já es-
em Imbituva, Centro-Sul do Paraná. Lá, os negócios são li-
távamos com planos de expandir fora do Paraná. Conver-
derados pelos pais Edvaldo Rabito e Rita de Cássia Boba-
sando com um e outro, um amigo meu disse que estava
to Rabito, que mantêm uma laminadora e fábrica de com-
vindo para cá. Viemos pescar e aproveitamos para conhe-
cer também. Vimos o potencial do local e as oportunidades
Procedimento fundamental nas lavouras da região, o BM125i puxa de crescimento, resolvemos ficar”, explica Pedro Henrique.
um implemento enleirador de pedras, iniciando o preparo do solo
Há dois anos produzindo em terras tocantinenses, Pe-
dro prepara o solo para a safra 2016/2017, segunda pro-
dução no Norte. Com 700 hectares preparados para o
plantio de soja, o produtor comenta que a ideia é traba-
lhar também com milho safrinha e, mais adiante, fazer a
integração lavoura-pecuária. “Além da soja, tudo ainda é
plano. Como disse um amigo meu ‘a gente tem que es-
quecer tudo o que sabe ou acha que sabe, e vir para cá
com a cabeça vazia para começar a aprender’. Em ter-
mos de solo é tudo muito diferente, a planta se comporta
de uma maneira diferente, o clima é diferente. Toda hora
é um aprendizado”, reflete.

26 Revista Valtra & Você


Para elevar a fertilidade do solo,
Pedro Henrique emprega as técnicas de
calagem, gessagem, fosfatagem e adubação
de base para o plantio de soja

Com a plantadeira, o BT210 registra o consumo de 20 litros


por hectare. Com a grade, o trator faz 23 litros por hectare.
“É uma ótima média”, afirma Pedro. O BM125i foi o último
produto adquirido pelo empreendedor. Com alto desem-
penho e baixo custo operacional, o trator foi usado recen-
temente para puxar um pulverizador de arrasto de três mil
litros. O modelo também realiza o trabalho de nivelamento
de solo e puxa o implemento enleirador de pedras.

Valtra em 100% da lavoura O BM125i é o primeiro trator de categoria média com qua-
tro cilindros Turbo-Intercooler de 132 cv. Líder de vendas
Além dos processos empregados no solo, passando
no seu segmento, o modelo possui adequada distribuição
pelo aleiramento de pedras, gradagem, calagem, ges-
de pesos nos eixos, com proveito máximo da tração dian-
sagem, fosfatagem e adubação de base, o produtor
teira, que está diretamente ligada ao desempenho, à efi-
conta com um BT210 com rodado duplo e um BM125i
ciência e à produtividade do modelo. A transmissão Multi-
nova geração em todos os trabalhos na lavoura. Atual-
torque permite a troca de duas velocidades sem o uso da
mente, o BT210 puxa uma grade de 18 discos de 34 po-
embreagem e a capacidade de levante de 4.760 kg pro-
legadas, além e puxar uma plantadeira de 20 linhas. “O
porciona maior agilidade e velocidade nas operações. “A
BT210 me atende 100%. A cabine é espaçosa e confor-
gente tem planos de comprar uma colheitadeira e outros
tável, além de proporcionar uma ótima visibilidade. É
implementos da Valtra, mas primeiro temos que ‘engordar
um trator forte, puxa uma plantadeira de 20 linhas sem
a terra’ para então investir em tecnologia – que considero
problemas. Estou bastante satisfeito com ele", declara.
fundamental”, ressalta.

Revista Valtra & Você 27


Conservação Colheitadeiras axiais

A tecnologia desenvolvida nas colheitadeiras axiais possui maior


durabilidade e a orientação sobre o uso correto das máquinas
evita paradas desnecessárias e garante excelente colheita

Dicas técnicas aumentam


vida útil das máquinas
Para garantir a eficiência das máquinas é fundamental que o operador tenha
cuidados e siga orientações corretas de uso. As colheitadeiras axiais da clas-
se 8 como a BC8800, por exemplo, possuem a melhor relação custo-bene-
fício porque em condições ideais de colheita e logística a máquina colhe em
média 600 a 700 sacas de soja por hora, com picos de até 750 sacas.

28 Revista Valtra & Você


“No fluxo axial as plantas são trilhadas e sepa- de acionamento e a verificação periódica do tor-
radas por um mesmo rotor que está montado no que conforme indicado no manual. “Esses proce-
sentido do eixo longitudinal da colheitadeira. As dimentos elevam a vida útil do equipamento e dos
plantas fluem ao redor do eixo do rotor o que re- componentes, evitando, assim, paradas desneces-
flete direto numa boa colheita”, explica Leandro sárias de máquina”, esclarece.
Machado, supervisor de suporte técnico de co-
lheitadeiras da AGCO América do Sul.
Cuidado redobrado
Sobre os cuidados com as colheitadeiras axiais, Leandro comenta que componentes de desgas-

Leandro orienta que o primeiro passo do usuário te natural como facas, ou componentes de con-

antes de fazer o manejo, é a leitura do manual de tato direto com o material pela abrasividade do

operação do equipamento e acessório. Dessa for- produto são peças que passam por maior des-

ma, é garantida a segurança do operador e a rea- gaste e dependem de cuidado redobrado. Em

lização da operação adequadamente. Na sequên- caso de possível desbalanceamento, a princi-

cia, devem ser lidas as sugestões das etiquetas de pal dica é que esses itens sejam conferidos com

segurança encontradas nos manuais e as afixadas base no manual do operador.

na máquina e nos acessórios aprovados.


A tecnologia desenvolvida nas colheitadeiras
A respeito dos itens de manutenção e verificação axiais possui maior durabilidade. “A tecnolo-
de uma colheitadeira, o supervisor técnico atenta gia embarcada nos equipamentos proporciona
para a necessidade de lubrificação do equipamen- o monitoramento por sensores em tempo ins-
to, que aconteça dentro dos períodos especifica- tantâneo pelo operador do equipamento, bem
dos no manual do equipamento. Também é preci- como sistemas de monitoramento por telemetria
so fazer a verificação das correntes e das correias como o Fuse Technologies”, informa.

Revista Valtra & Você 29


Conservação Colheitadeiras axiais

Assistência técnica autorizada


A assistência técnica autorizada garante o diag-
nóstico mais rápido e preciso. Além disso, Lean-
dro destaca que os profissionais das concessio-
nárias passam por treinamentos direcionados a
cada sistema das máquinas produzidas pela Val-
tra. “As peças originais, o uso de ferramentas es- DICAS PARA MELHORAR VIDA ÚTIL
peciais e o suporte via ferramentas com sistemas DAS COLHEITADEIRAS AXIAIS
padronizados de fábrica que agilizam a solução
ao cliente”, complementa. • Ler atentamente o manual.
• A dotar as orientações de segurança nas
A utilização de peças genuínas é outro elemento etiquetas das máquinas e dos acessórios.
considerado importante pelo supervisor. “As pe-
• F azer a lubrificação do equipamento
ças originais AGCO Parts são produzidas com a nos períodos especificados.
mesma qualidade aplicada na fabricação de com-
• U tilizar os serviços da assistência técnica
ponentes utilizados na linha de montagem da fá- da concessionária.
brica. O uso de componentes originais tem a im-
• Usar peças e componentes originais.
portância vital na manutenção da originalidade e
precisão do equipamento”, enfatiza. C

CM

MY

CY

CMY

Lucrando com Vendas

Estoque e Emissão de
Reserva de Contratos e
Veículos Recibos

Gestão de Pessoas
Acontece Ações e eventos do período

AGCO Service disponibiliza


dinamômetro para diagnóstico
Com o objetivo de mapear as condições da máquina
e buscar soluções eficientes, a AGCO desenvolveu
o dinamômetro móvel. O equipamento é acoplado à
tomada de potência do trator para fazer uma leitura
na potência, no torque e no consumo de combustível.
A partir disso, se faz uma leitura das condições do
trator, o que facilita a tomada de decisões. O aparelho
é deslocado para concessionárias e propriedades,
otimizando o tempo para resolução. As visitas do
dinamômetro ocorrem por meio de agendamento com
o suporte técnico da AGCO.

Valtra participa da Feacoop


No início de agosto, a Valtra esteve presente na 17a edição da
Feira de Agronegócios da Coopercitrus (Feacoop), promovida
pela concessionária Coopercitrus. O evento, realizado na Estação
Experimental de Citricultura de Bebedouro (SP), apresentou tecnologias
do setor. A Valtra, referência no setor sucroalcooleiro, apresentou os
principais produtos voltados para o canavieiro, com máquinas de médio
e grande porte, como os tratores Série A Geração II e Série S, além das
linhas BM, BH, e BT, a colheitadeira BC6800, a plantadora Frontier CFS,
a nova colhedora BE1035e, o pulverizador BS3020H e a enfardadora
Challenger 2270XD. Os visitantes da feira puderam operar algumas
das máquinas expostas, além de conhecer a estratégia Fuse, solução
desenvolvida para a área de Agricultura de Precisão. O destaque do
estande ficou com o trator da Série N, reconhecido com os prêmios
“Machine of the year 2016” e “Tractor of the year – Golden tractor for
design”. Estima-se que 15 mil pessoas tenham passado pela feira.

Valtra na Agroactiva
Realizada na província de Monje em Santa Fé,
na Argentina, a 22a Agroactiva, reuniu empresas,
produtores, distribuidores, autoridades, imprensa
e público em geral. A Valtra apresentou tratores de
média e alta potência (BM Series e BT Series) e,
entre os destaques, a linha Série A Geração II e o
trator S293, de origem europeia.

32 Revista Valtra & Você


Portas + Abertas em Ibirubá
Em julho, a Valtra realizou uma edição especial do
Portas + Abertas, ocorrida na fábrica da AGCO em Ibirubá (RS).
O evento reuniu mais de 300 clientes do Rio Grande do Sul
e Santa Catarina que puderam conhecer a fábrica e apreciar
a exposição de diversos produtos da Valtra, entre tratores,
colheitadeiras, pulverizadores e implementos. As concessionárias
Stella, JS Máquinas, Guarita, Mazzarollo, Volkweis, Polisul,
Razera, Tritec, Dresch, Dresch Tratorvale, Donini e Valfertil
participaram do evento, que também contou com apresentações
musicais, venda de produtos da Valtra Store, participação de
um caricaturista e da Escola do Chimarrão – com aulas sobre o
preparo correto da bebida.

Concessionária Rieder realiza


Dia de Negócios no Paraguai
Com a proposta de fechar negócios com preços mais
atrativos, a Valtra, em parceria com a concessionária
Rieder realizou um dia de negócios no Paraguai. O
evento foi realizado nas sucursais de Katuete, Santa
Rita e Encarnación, no Paraguai. Com o objetivo de
fechar negócios por preços especiais, a Valtra subsidiou
produtos para a Rieder e ofereceu preços mais atraentes
para os clientes. Estima-se que 24 negócios tenham sido
concluídos nos três dias de feira.

Concessionária Polisul
comemora 30 anos
Concessionária Valtra há 17 anos, a Polisul de Pelotas (RS)
comemorou seus 30 anos no 16o Dia de Negócios. O evento
ofereceu churrasco e coffee break aos 450 clientes, além
de presenteá-los com um eco copo como lembrança da
data. Na ocasião, Paulo Ronaldo da Costa, primeiro cliente a
adquirir um trator Valtra na concessionária, e os colaboradores
mais antigos foram homenageados. Rodas de chimarrão,
apresentação de produtos Valtra e show com o tradicionalista
Cristiano Quevedo foram destaques no dia.

Revista Valtra & Você 33


Conhecimento Livros, sites e aplicativos

Brasil de Carne e Osso


O livro lançado pela Associação Brasileira das Indústrias
Exportadoras de Carne (ABIEC) documenta e resgata a história da
indústria com imagens e depoimentos de figuras ilustres da cadeia
pecuária brasileira. A proposta é contribuir para que as pessoas
entendam como o Brasil se tornou o segundo maior produtor e o
maior exportador de carne bovina no mundo. A obra, escrita em
português e inglês, pode ser adquirida diretamente na Associação
pelo e-mail abiec@abiec.com.br ou pelo telefone (11) 3531.7888.

Café na Amazônia Fox Bayer


O aplicativo para aparelhos
O livro Café na Amazônia
móveis que facilita a
contém diversas
identificação de doenças
informações quanto
e pragas nas culturas
ao cultivo do café a
de soja, algodão, milho
fim de instruir e ajudar
e feijão. O Fox Bayer
cafeicultores. Considerado
também recomenda
"a bíblia do café na
tratamentos para atacar
Amazônia”, a obra de 21
os problemas na lavoura.
capítulos é distribuída
O programa, desenvolvido
de forma gratuita pelo
pela Bayer, pode ser
Portal Embrapa. Para
baixado gratuitamente e
download do PDF,
está disponível para
acesse: www.goo.gl/s7S10V
iOS e Android.

Composto 100% vegetal


O vídeo Aprenda a fazer compostagem 100% vegetal, desenvolvido
pela Embrapa Agrobiologia, ensina a produção de adubos e substratos
orgânicos de origem 100% vegetal. O tutorial de 15 minutos apresenta
as matérias-primas que podem ser utilizadas, a proporção de materiais
e a maneira ideal para montar a pilha de composto. Detalhes como a
escolha do local, a formação e mistura das camadas, assim como o
tempo necessário para cada etapa também são mostrados. Para assistir
ao tutorial, acesse: www.goo.gl/UhDJzN

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blogs e perfis em redes sociais que tratem sobre
o mundo do agronegócio para o e-mail:

DA REVISTA VALTRA & VOCÊ. revista.valtra@agcocorp.com

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