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REFERÊNCIAS DA OBRA: SANTOS, Rafael José dos.

Antropologia para quem não vai


ser antropólogo. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2005 – (Série ‘’ Para quem não vai ser’’, 1).
80p.

1. CITAÇÕES DIRETAS REPRESENTATIVAS

Entretanto, podemos iniciar pensando a Antropologia como um conjunto de teorias


(nem sempre concordantes) e diferentes métodos e técnicas de pesquisa que buscam
explicar, compreender ou interpretar as mais diversas práticas dos homens e
mulheres em sociedade. Muitas dessas teorias baseiam-se em pesquisas de campo,
nas quais os antropólogos buscam conviver com as populações locais e aprender
seus hábitos, valores, modos de vida, crenças, relações de parentesco e outras
dimensões da vida social. (p.19)

Uma dificuldade enfrentada pela Antropologia - e pelos antropólogos em campo –


diz respeito a algo expresso pela palavra etnocentrismo. Em princípio ele consiste
em uma postura na qual tomamos a nossa sociedade e a nossa cultura, nossos
valores, práticas, crenças, como medida para julgar valores, práticas, crenças, enfim,
tudo que constitui culturas diferentes da nossa. Centrados em nossa etnia. (p. 34)

‘’Descobrir a relatividade das coisas da nossa cultura e da cultura dos outros é, portanto, um
passo importante para o estudo antropológico. ‘’ (p.35)
‘’A idéia (e a força) do etnocentrismo nos ajuda a entender a postura dos primeiros
antropólogos quando, por exemplo, falavam em civilização para referir-se à sua própria
sociedade, ou colocavam a ciência como algo superior à magia ou à religião. ‘’ (p.35)
‘’O trabalho etnográfico alterou as relações do antropólogo com as culturas estudadas. ’’
(p. 37)
‘’Do ponto de vista da Antropologia, uma das grandes contribuições de Durkheim foi
demonstrar que as idéias que temos a respeito das coisas, isto é, as representações que
fazemos da natureza e da cultura, são de origem coletiva, ou seja, são sociais. ‘’ (p. 48)
‘’Olhar o ‘’outro’’ é ver a si mesmo, não uma imagem refletida, mas uma imagem que, por
ser diferente, acaba por nos revelar aspectos nossos que até então não havíamos percebido. ’’
(p. 53)
Agora fica mais fácil compreender porque a Antropologia abrange uma área
temática tão extensa. Ela define-se entre outras coisas, como uma ciência de
interpretação das culturas como sistemas simbólicos: política, saúde, doença,
consumo, comunicação, parentesco, religião, mito, ritual, arte, enfim, todas as
dimensões do fazer humano podem ser pesquisadas, comparadas, analisadas e
interpretadas do ponto de vista antropológico. (p. 57)

A pesquisa antropológica caracteriza-se por ser ‘’qualitativa’’. Menos que os dados


de ‘’quantidade’’ – obtidos diretamente pelo emprego de questionários fechados ou
indiretamente através de consultas a bancos estatísticos, interessam ao antropólogo
as narrativas, as histórias de vida, os dados de observação direta do cotidiano. É bom
ressaltar que os dados quantitativos – mais utilizados pela sociologia – podem
cumprir um importante papel no momento em que o antropólogo senta-se à sua
escrivaninha, seja para planejar seu trabalho ou para analisar seu material de
pesquisa. (p. 64)
‘’A Antropologia não tem como objeto fatos sociais que possam ser completamente isolados
de outros. ’’ (p. 67)
‘’Independente do curso, da faculdade que você frequenta, um exercício de trabalho de campo
ser uma experiência e tanto. ‘’ (p. 68)

2. TEXTO CRÍTICO
Antropologia para quem não vai ser antropólogo é apenas uma das fabulosas obras do
autor Rafael José dos Santos, bacharel em Ciências Sociais, mestre em Antropologia Social e
Doutor em Ciências Sociais, ambas as formações pela Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP). Rafael, no decorrer de sua obra permite que o leitor explore a liberdade dada
pelo mesmo para que crie conceito do que seja antropologia fazendo com que o leitor, como
um gatilho, mantenha-se preso a leitura no decorrer das páginas.
Através de exemplos simples e fatos compreensíveis, o autor vai esmiuçando conceitos e
teorias por teorias da mais complexa a mais simples facilitando para quem ler compreender de
maneira clara e inteligente diante da infinidade que é a antropologia e a reflexão do que é
cultura e principalmente para familiarizar quem, de fato, não tem afinidade alguma com a
matéria independentemente do curso em questão ou para quem apenas quer conhecê-la um
pouco mais. A forma como o livro é escrito, a linguagem simples e de fácil compreensão
permite que qualquer estudante ou profissional de diversas áreas possam estudar e conhecer
um pouco da antropologia através da temática antropológica. Dividido em três partes,
Antropologia para quem não vai ser antropólogo norteia o leitor sobre a origem da
antropologia e como a surgiu no século XIX e as revolucionárias mudanças sociais, políticas e
econômicas que ocorreram naquela época, assim como as teorias evolucionistas que
permitiram e criaram os primeiros antropólogos iniciando uma série de estudos da sociedade.
Para a antropologia e suas dificuldades, o etnocentrismo é um deles trazendo consigo vários
conflitos e dificuldades através da forma como a sociedade se mantém enquanto cultura.
Rafael enfatiza o grande desafio enfrentado ao comparar os parâmetros culturais distintos na
qual uma cultura diante dos nossos princípios pode nos mostrar a determinado ponto de vista
ser mais importante do que a cultura do país vizinho, por exemplo. Tratando com desprezo e
menos valor do que a cultura do outro acarretando em conflitos políticos e metodológicos.
Compreende-se que a Antropologia não apresenta um conceito exato o que nos faz pensar
em um amontoado de conjuntos de idéias, pesquisas e estudos onde os antropólogos buscam
atender todas as áreas possíveis, sejam elas a política, a cultura, a ciência ou até mesmo a
educação, entre outras. Por conta dessa inquietação, surge uma nova antropologia baseada em
pesquisas e coletas de dados, a etnografia. Nota-se que o autor ressalta a importância da
etnografia e a sua relação com os antropólogos ao relacionar-se com as culturas estudadas e a
forma como a mesma toma um novo sentido para a sociedade. O que antes era apenas
estudada as culturas classificadas como exóticas e distantes, a nova era da antropologia
passou a estudar a sociedade como todo abrangendo também a população rural e os grupos
urbanos e as situações oferecidas pelo mesmo. A forma como a maneira de busca e pesquisa
mudou com o passar do tempo contribuiu para uma nova versão de pesquisa de campo, o que
antes não era visto hoje se torna algo comum ao antropólogo que deseja conhecer a fundo
algo ou algum lugar em especifico. É evidente que diferentemente dos tempos passado, para
coletas de dados é necessário que quem pesquisa permita-se a participar tanto da vida social
como a cultura do local escolhido através do respeito e da observação.
Dessa forma, compreende-se a importância da antropologia para a sociedade e entender
principalmente que no conceito geral, antropologia, norteia-se em conjunto como um todo e
não em fragmentos metódicos ao olharmos panoramicamente. O livro Antropologia para
quem não vai ser antropólogo encarrega-se de despertar e aguçar a curiosidade de quem lê
para o universo que a antropologia oferece e a oportunidade de estar sempre conectado com a
capacidade de compreender tudo aqui que acontece em nosso redor despertando o lado social
para repensar questões que até antemão passavam despercebidas.

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