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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO TRIBUNAL DO JURI DA CIRCUNSCRIÇÃO

JUDICIÁRIA DE PLANALTINA

Processo n. ...

Romualdo Silva, já qualificado nos autos da ação penal em epígrafe, vem a presença de Vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado infra constituído, conforme instrumento
procuratório em anexo, com fulcro nos art. 406, §3º do Código de Processo Penal-CPP,
oferecer:

RESPOSTA A ACUSAÇÃO

pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:

I – SÍNTESE DA DEMANDA

Romualdo Silva, nascido em 11 de fevereiro de 1994, foi denunciado pelo Ministério Público
pela suposta prática do crime de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio, conforme art.
122 do CPP pela conduta praticada no dia 12 de março de 2014, quando seu amigo Pedroso
Maridélio (capaz, maior de 28 anos) o visitou e começou a lamuriar-se da vida. A denúncia foi
recebida por esse juízo no dia 15 de junho de 2018. Entretanto, tal tese não merece
prosperar, como será demonstrado em seguida.

II – DA TEMPESTIVIDADE DA PRESENTE RESPOSTA A ACUSAÇÃO

A citação aconteceu em 21 de junho de 2018. Logo o prazo de 10 dias começa a fluir no dia 22
de junho, findando-se no dia 1º de julho de 2018.

II – DO DIREITO

1. DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA

A presente denúncia foi recebida no dia 15 de junho de 2018 e a autoria dos fatos foi
conhecida no dia do acontecimento, ou seja, no dia 12 de março de 2014. Sendo que esse
prazo é material, temos que foi alcançado a prescrição da pretensão punitiva do Estado, eis
que o autor dos fatos era naquele tempo menor de 21 anos de idade e conforme art. 109,
inciso IV, c/c art. 115, ambos do CP, temos que decorrido mais que 4 anos do fato.

Conforme art. 107/CP, extingue-se a punibilidade: “IV pela prescrição, decadência ou


perempção.”. Logo, não há mais como o Estado exercer seu direito. Devendo a causa ser
extinta pelo art. 397, inciso IV/CPP, em razão da falta de justa causa para o exercício da ação
penal, eis que ocorreu a prescrição.

Segundo Capez, prescrição é a “perda do direito-poder-dever de punir pelo Estado em face do


não-exercício da pretensão punitiva (interesse em aplicar a pena) ou da pretensão executória
(interesse em executá-la) durante certo tempo”. (Curso de Direito Penal, p. 623).

Nesse caso, temos que a prescrição da pretensão punitiva ocorreu em 11 de março de 2018.

2. DO MÉRITO
2.1 DA ATIPICIDADE FORMAL –

Da narrativa exposta, resta claro que a vítima sofreu lesão corporal leve, uma vez que o
prontuário médico da vítima apontou apenas duas luxações que lhe retirariam a possibilidade
de exercer suas ocupações habituais por 23 dias, equimoses e hematomas nos braços, pernas
e rosto. Assim o fato é atípico, uma vez que a conduta prevista no art. 122/CP somente prevê
punição no caso de o resultado morte se concretizar ou se forem causadas lesões graves. Por
opção do legislador, as lesões de natureza leve não são puníveis no caso de instigação ao
suicídio. Além disso, não admite a forma tentada (art. 14, II do CP).

No Brasil adotamos a teoria triparte, para que um fato seja considerado crime, deve fato
típico, antijurídico (ilícito) e culpável. Assim, de acordo com o art. 397/CP, a ré deve ser
sumariamente absolvida nos termos do seu inciso III “que o fato narrado evidentemente não
constitui crime;”, pois se trata de conduta atípica.

Espera-se que todas as teses perfiladas pela defesa sejam acatadas por Vossa Excelência,
contudo, em homenagem ao princípio da eventualidade, por amor ao debate, caso Vossa
Excelência entenda de forma diversa, pugna-se:

III – DOS PEDIDOS

1) Dessa forma, requer o regular recebimento da resposta a acusação apresentada, com a


consequente juntada de documentos acostados a esta petição e:

 Preliminarmente, a declaração de nulidade no recebimento da denúncia por pelo art.


397, inciso III/CPP, em razão da falta de justa causa para o exercício da ação penal, eis
que ocorreu a prescrição.

2) Não entendendo Vossa Excelência dessa forma, requer no mérito:

 Que o acusado seja absolvido sumariamente ante a atipicidade do fato com base no
artigo 397, III do CPP, por analogia.

3) Se assim não entender Vossa Excelência, a defesa arrola como suas as testemunhas abaixo
indicadas, pugnando desde já pela regular oitiva das mesmas em audiência de instrução e
julgamento a ser designada por este Juízo.

Nestes termos, pede deferimento.

Planaltina, 1º de julho de 2018.

Advogado
OAB

IV - ROL DE TESTEMUNHAS

1 – Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, endereço.

2 – Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, endereço.

3 – (...)

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