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BELO HORIZONTE
CARACTERIZAÇÃO DA DISCIPLINA
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I O QUE É CIÊNCIA?
IINÍVEIS DE CONHECIMENTO: EMPÍRICO, TEOLÓGICO, FILOSÓFICO e
CIENTÍFICO.
III A HISTÓRIA DA CIÊNCIA ATRAVÉS DOS TEMPOS IV A CLASSIFICAÇÃO
DA CIÊNCIA V FERRAMENTAS DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DO
NÍVEL SUPERIOR VI MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA Objetivos
INTRODUÇÃO ............................................................................................... 04
1 O QUE É CIÊNCIA? .....................................................................................06
2 NÍVEIS DE CONHECIMENTO .................................................................... 10
2.1 Empírico ...................................................................................................10
2.2Teológico ..................................................................................................11
2.3 filosófico ...................................................................................................12
2.4 Científico .................................................................................................. 13
1 O QUE É CIÊNCIA?
Etimologicamente a palavra ciência vem do latim scientia, que quer dizer por
definição ampla, conhecimento ou reconhecimento. Podemos inferir também que ela
origina do verbo scire = saber. Num sentido mais restrito a palavra ciência nos leva a
um modo de adquirir conhecimento baseado no método científico, ou seja, é o esforço
que o ser humano faz para descobrir e aumentar o seu conhecimento de como
funciona a realidade.
Segundo Bello (2004) a evolução humana corresponde ao desenvolvimento
de sua inteligência. Sendo assim são definidos três níveis de desenvolvimento da
inteligência dos seres humanos desde o surgimento dos primeiros hominídeos: o
medo, o misticismo e a ciência.
a) O medo: os seres humanos pré-históricos não conseguiam entender os
fenômenos da natureza. Por este motivo, suas reações eram sempre de medo:
tinham medo das tempestades e do desconhecido. Como não conseguiam
compreender o que se passava diante deles, não lhes restava outra alternativa
senão o medo e o espanto daquilo que presenciavam.
b) O misticismo: num segundo momento, a inteligência humana evoluiu
do medo para a tentativa de explicação dos fenômenos através do pensamento
mágico, das crenças e das superstições. Era, sem dúvida, uma evolução já que
tentavam explicar o que viam. Assim, as tempestades podiam ser fruto de uma
É aquele adquirido pela própria pessoa na sua relação com o meio ambiente
ou com o meio social, obtido por meio da interação contínua na forma de ensaios e
tentativas que resultam em erros e em acertos (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007).
Do ponto de vista da utilização de métodos e técnicas científicas, esse tipo de
conhecimento, mesmo quando consolidado como convicção, como cultura ou como
tradição, é ametódico e assistemático. A característica de assistemático baseia-se
Acreditamos que todo conhecimento passa por uma evolução histórica, sendo
este um caminho interessante que nos situa no tempo, no espaço e nos mostra o
quanto podemos construir, modificar, aprender, enfim evoluir através dos tempos.
Podemos traçar a história da ciência de várias maneiras: apresentando os
principais nomes que fizeram o seu progresso, destacando os trabalhos e livros mais
importantes, estudando o progresso das teorias científicas, apontando as principais
invenções técnicas, acompanhando o desenvolvimento dos instrumentos utilizados
nas ciências, listando as descobertas científicas importantes, abordando a história dos
métodos científicos, centrando o estudo nas mudanças dos paradigmas científicos,
chamando a atenção para a continuidade ou descontinuidade no desenvolvimento das
ciências, ressaltando o contexto social, econômico ou outro das descobertas da
ciência, enfim, várias são as maneiras de vislumbrarmos os progressos da ciência.
Faremos uma síntese dos acontecimentos ao longo da evolução humana, mas
lembramos que aconteceu muito mais do que apresentamos aqui. Caso tenham
necessidade de aprofundar nessa história, uma dica é a leitura do livro “Metodologia
Científica na Era da Informática” de João Mattar que traz um capítulo dedicado à
evolução da ciência ao longo dos tempos.
3.1 Na Antiguidade
A Revolução Industrial, a partir do século XIX, foi marcada pela criação e pelo
uso da energia, assim, ciência e produção passaram a se influenciar mutuamente, ou
seja, a necessidade de meios mais eficientes de produção fez com que a ciência se
desenvolvesse. “Os problemas técnicas da indústria começam a gerar constantes
desafios às ciências, ao mesmo tempo em que a indústria torna-se dependente dos
progressos científicos” (MATTAR, 2008).
É inventado o primeiro termômetro de mercúrio; provou-se que os raios são
eletricidade; a indústria têxtil é desenvolvida a partir do aperfeiçoamento da primeira
máquina a vapor; a química avança mostrando que o ar não é uma substância
elementar, mas composto de vários gases, dentre eles o oxigênio é isolado pela
primeira vez; é instaurada a lei da conservação das massas (na natureza nada se
perde, nada se cria, tudo se transforma); a matemática também alcança progressos
principalmente no campo das equações diferenciais; a medicina entra na era da
prevenção com a introdução da técnica de vacinação.
O século XIX apresenta, sem dúvida, uma série de invenções importantes, é
também o século da invenção das ciências biológicas:
3.5 O século XX
4. A CLASSIFICAÇÃO DA CIÊNCIA
• Formais (matemática)
- ciências do espírito
Para Cervo, Bervian e Silva (2007) não se pode deixar de tratar dos conceitos,
leis, teorias e doutrinas quando estamos falando em Metodologia Científica, mesmo
porque o profissional do nível superior, principalmente das áreas de ciências humanas
e sociais, utiliza em seu trabalho, ferramentas teóricas e não ferramentas manuais
ou técnicas, como é característico dos níveis de formação de ensino médio e técnico.
“Ferramentas teóricas são um conjunto de ideias, códigos, símbolos e valores
que indicam uma série de operações realizáveis, física e/ou mentalmente, a partir da
manipulação de conceitos abstratos” (FERRARI, 1974, p. 98).
Desse modo, temos leis gerais para explicar o comportamento dos líquidos, dos
gases, da matéria, dos grandes números, do movimento etc., bem como presumimos
leis gerais para explicar a natalidade, a mortalidade, o movimento de populações ou o
desenvolvimento pessoal e social.
A teoria é e precisa ser parcial, pois não pode abrigar hipóteses ou proposições
antagônicas ou contraditórias nem estar contra as evidências observáveis e
conhecidas. O que é possível e salutar é a tentativa de unificação de teorias ou, pelo
menos, a busca pela conciliação de aspectos de teorias divergentes, que podem
significar importante indicativo para a investigação científica. Não admitimos
tranquilamente sermos descendentes dos macacos. Um ponto de intersecção possível
entre as duas teorias é a admissão de que Deus tenha criado o espírito do ser humano
e a natureza seja a responsável pela evolução de sua parte física (o corpo), suficiente
para estimular o surgimento de inúmeras correntes, teóricas e experimentais, que
visam a buscar meios para conciliar o espírito e a matéria, a mente e o corpo, a vida
física e a vida espiritual etc. (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007).
A ciência visa a explicar os fenômenos. Para isso observa, analisa, levanta
hipóteses e as verifica, em confronto com os fatos, pela experimentação, e induz a lei,
colocando-a em um contexto mais amplo, por meio de teorias. São operações que se
desenvolvem em um ambiente de objetividade, de indiferença e de neutralidade.
A doutrina, porém, propõe diretrizes para a ação. Em uma doutrina, há ideias
morais, posições filosóficas e políticas e atitudes psicológicas. Há, também,
subjacentes, interesses individuais, interesses de classes ou de nações. A doutrina é,
assim, um encadeamento de correntes, de pensamentos que não se limitam a
constatar e a explicar os fenômenos, mas os apreciam em função de determinadas
concepções éticas e, à luz desses juízos, preconizam certas medidas e proíbem outras
(CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007).
6.1 Métodos
Método em sentido geral quer dizer “Ordem que se deve impor aos diferentes
processos necessários para atingir um certo fim ou um resultado desejado”. Nas
ciências, entende-se como o conjunto de processos empregados na investigação e na
demonstração da verdade (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007).
“Caminho pelo qual se chega a determinado resultado, ainda que esse caminho
tenha sido fixado de antemão de modo refletido e deliberado”.
“Forma de proceder ao longo de um caminho”.
Segundo Cervo, Bervian e Silva (2007) o método não é inventado; ele depende
do objeto da pesquisa. Os cientistas cujas investigações foram coroadas de êxito
tiveram o cuidado de anotar os passos percorridos e os meios que os levaram aos
resultados. Mesmo que no começo tenha sido usado de maneira empírica,
gradativamente eles foram se transformando em métodos verdadeiramente
científicos.
O método científico quer descobrir a realidade dos fatos, e estes, ao serem
descobertos, devem por sua vez, guiar o uso do método. Entretanto, ele é apenas um
meio de acesso, pois é preciso inteligência e reflexão juntas para se descobrir o que
os fatos e os fenômenos realmente são.
O método científico segue o caminho da dúvida sistemática, metódica, que não
se confunde com a dúvida universal dos céticos, cuja solução e impossível. O
pesquisador que não tiver a evidência como arrimo precisa sempre questionar e
interrogar a realidade. Mesmo no campo das ciências sociais, deve ser aplicado de
modo positivo, e não de modo normativo, isto é, a pesquisa positiva deve preocupar-
se com o que é, e não com o que se pensa que deve ser (CERVO; BERVIAN; SILVA,
2007).
O método científico aproveita a observação, a descrição, a comparação, a
análise e a síntese, além dos processos mentais da dedução e da indução, comuns a
todo tipo de investigação, quer experimental, quer racional.
Quando falamos em método científico nos reportamos aos métodos indutivo,
dedutivo e hipotético-dedutivo. Todos possuem alguma variante ou ramificação e
evidentemente são criticados.
Numa acepção bem simples, a diferença fundamental entre o método dedutivo
e o método indutivo é que o primeiro aspira a demonstrar, mediante a lógica pura, a
conclusão na sua totalidade a partir de umas premissas, de maneira que se garante a
veracidade das conclusões, se não se invalida a lógica aplicada. Trata-se do modelo
axiomático proposto por Aristóteles como método científico ideal (MOLINA, 2007).
Pelo contrário, o método indutivo cria leis a partir da observação dos fatos,
mediante a generalização do comportamento observado; na realidade, o que realiza é
6.2 Técnicas
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2001.
D( )física e matemática
GABARITO
METODOLOGIA CIENTÍFICA
(Área Educação)
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6) 7) 8) 9) 10)