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CONCRETO ARMADO
IMEC
1
1.1 Concreto armado
Informação histórica
Fig1.1 – a) Viga de concreto sem Aço;1. b) Viga de concreto Armado Armadura passiva
2
1.3 Vantagens do concreto armado
Economia:
Adaptação a qualquer tipo de forma ou fôrma e facilidade de execução:
Estrutura monolítica:
Manutenção e conservação praticamente nulas:
Resistência a efeitos térmico-atmosféricos e a desgaste mecânico:
3
inclinação da tangente à curva no ponto. De todos os módulos tangentes possíveis o seu valor
na origem tem grande interesse, uma vez que as tensões de serviço na estrutura são da ordem
de 40% da tensão de ruptura do concreto, e nesse trecho inicial o diagrama 𝜎 x ε é
praticamente linear.
De acordo com o item 8.2.8 da NBR-6118:2014 o módulo de elasticidade ou módulo
de deformação tangente inicial é dado por:
1.5.2.2 Fluência.
A fluência é uma deformação que depende do carregamento e é caracterizada pelo
aumento da deformação imediata ou inicial, mesmo quando se mantém constante a tensão
aplicada. Devido a essa deformação imediata ocorrerá uma redução de volume da peça,
provocando esse fato uma expulsão da água quimicamente inerte, de camadas mais internas
para regiões superficiais da peça, onde a mesma já tenha se evaporado. Isso desencadeia um
processo, ao longo do tempo, análogo ao da retração, verificando-se dessa forma um
crescimento da deformação inicial, até um valor máximo no tempo infinito.
5
1.5.2.3 Variação de temperatura
6
1.6 AÇO
1.6.1 Categoria
7
1.6.3 Massa específica e propriedades mecânicas
Para a massa específica do aço da armadura passiva pode ser adotado o valor γs =
7850 kg/m3. O valor do coeficiente de dilatação térmica, para intervalos de temperatura
entre -20 °C e 150 °C pode ser adotado como αs = 10-5/ °C. O módulo de elasticidade, na
falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, pode ser admitido igual a:
𝒌𝑵
𝑬𝒔 = 𝟐𝟏𝟎 𝑮𝑷𝒂 = 𝟐𝟏𝟎𝟎𝟎 𝒄𝒎𝟐 = 𝟐𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎².
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1.6.4 Diagrama tensão x deformação do aço
ENTRADAS.
APRESENTAÇÃO DO PROJETO.
ANÁLISE DO PROJETO.
LANÇAMENTO DA ESTRUTURA.
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL.
PROJETO ARQUITETÔNICO.
PROJETO TOPOGRÁFICO.
SONDAGEM DE PERCURSÃO RELATÓRIO SPT.
Segue abaixo as plantas do edifício a ser calculado, planta baixa do térreo, pavimento
tipo cobertura, cortes e fachada.
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Fig.2.1 – Planta baixa térreo com garagem.
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Fig.2.2 – Planta baixa térreo – Edificação.
12
Fig.2.3 – Planta baixa Pavimento Tipo.
13
Fig.2.4 – Planta baixa Cobertura.
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Fig.2.5 – Planta baixa Piso casa de máquinas e cobertura da casa de máquinas e reservatórios.
Nas figuras acima temos a representação da laje do elevador na cota de 70,8 metros, ou
seja, é a Laje onde está localizada a casa de máquinas do elevador, e na figura ao lado é a
laje de cobertura final da casa de máquinas e do reservatório de água, cota 72,0 metros.
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Fig.2.6 – Corte seção da escada e elevador.
16
Fig.2.7 – Fachada Frontal da Edificação.
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2.4 Análise do projeto arquitetônico
Simetria da edificação.
4 Pavimentos tipo.
1 Laje cobertura.
1 Laje da casa dos reservatórios.
1 Laje casa de máquinas.
A Arquitetura exige as lajes das varandas em balanço sem estrutura aparente.
Atenção na descida dos pilares na garagem, ÁREA DE MANOBRA DE
VEÍCULOS.
Altura de vigas na subida da escada.
Recomendações e limitações:
Seções dos pilares não poderão afetar a arquitetura, sempre que possível.
Os Pilares do pavimento térreo terão seção sempre maiores ou iguais as seções dos
pilares dos pavimentos superiores.
Medida mínima para dimensão de pilares é de 19cm segundo a NBR6118:2014 item
13.2.2.
Não se permite pilar com área de sua seção < 360cm².
Sempre iniciar o lançamento dos pilares por pilares de canto (recomendação pessoal).
Alinhar em cada eixo o centro dos pilares.
Vão entre pilares entre 4,5m a 5,5m máximo (fator de economia).
Conforme tabela 13.1 abaixo retirada da NBR6118:2014, é permitido pilares com dimensão
menor que 19cm porém será necessário multiplicar os esforços solicitantes por um fator de
majoração adicional 𝜸𝒏 , devemos evitar pilares com dimensões menores que 20cm para
edificações devido a execução de formas, arranjo de armaduras e lançamento do concreto,
pois a seção reduzida dificulta a trabalhabilidade, logo a qualidade da estrutura.
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DICAS PARA O LANÇAMENTO DOS PILARES:
Tentar lançar os pilares nos cantos de preferência atrás de portas, evitando interferir no
projeto arquitetônico conforme exemplo abaixo:
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Fig.2.8– Planta do Piso Pav. tipo com lançamento das posições dos pilares.
PILAR P3=P4
PILAR P7=P12
4,43 3,91 2,93
𝐴 = (( )+( )) 𝑥 ( ) = 6,11𝑚²
2 2 2
PILAR P8=P11
4,43 3,91 2,93 4,2
𝐴 = (( )+( )) 𝑥 ( + ) = 14,87𝑚²
2 2 2 2
20
PILAR P9=P10
4,43 3,91 2,70 4,2
𝐴 = (( )+( )) 𝑥 ( + ) = 14,39𝑚²
2 2 2 2
PILAR P13=P18
3,91 2,93
𝐴 = ( (1,45) + ( )) 𝑥 ( ) = 4,988𝑚²
2 2
PILAR P14=P17
3,91 2,93 3,91 (4,2)
𝐴 = ( (1,45) + ( )) 𝑥 ( )) + ( 𝑥 ) = 9,094𝑚²
2 2 2 2
PILAR P15=P16
Após encontrar as áreas de influência envolta de cada pilar devemos achar a área de concreto
da seção transversal de cada pilar de acordo com a tensão do concreto que iremos adotar no
projeto.
A tensão de compressão adotada no projeto será com 𝒇𝑪𝒌 = 𝟐𝟓 𝑴𝑷𝒂, em projetos de
edifícios em geral de pequeno à médio porte o 𝑓𝐶𝑘 adotado varia de 20Mpa a 30Mpa.
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Como visto no capítulo 1 – A tensão de cálculo utilizada segundo a NBR6118:2014 é dada
por:
𝑓𝐶𝑘 2,5
𝑓𝐶 = 0,85𝑓𝐶𝐷 = 0,85𝑥 = 0,85𝑥 ( ) = 1,518 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝛾𝑐 1,4
ÁREA DE
CARGA LAJE CARGA LAJE DIMENSÕES
INFLUÊNCIA NO CARGAS ÁREA ÁREA
COBERTURA PAV. TIPO PILARES
PILAR
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Os pilares recebem uma numeração sequencial: P01, P02, P03,..., PN (onde N é o número
do último pilar).
Esta numeração deve permanecer a mesma em todos os pavimentos.
Começa-se a numerar no canto superior esquerdo do prédio.
Daí, continua-se da esquerda para a direita e de cima para baixo, até o PN.
Junto do nome do pilar se escreve a sua seção transversal, por exemplo: P01 (20x40) ou P01
20/40
É necessário adotar uma convenção para designar os pilares que nascem, os que passam e os
que morrem neste pavimento.
Esta convenção deve ser indicada de forma clara na planta de formas, devendo ser mantida
em todos os pavimentos.
Fig.2.10 – Pilares que “morrem” na cobertura e que passam até a laje da cobertura casa de máquinas.
Recomendações e limitações.
Eixo central da viga com eixo central dos pilares, sempre que possível.
Lançar as vigas aproveitando as paredes da edificação para embutir as mesmas
nas paredes.
Tentar lançar a base da viga no máximo à espessura da parede.
Seções das vigas não devem apresentar largura menor que 12cm, pode ser menor apenas em
casos excepcionais Item13.2.2 NBR6118:2014, respeitando-se um mínimo absoluto de 10
cm em casos excepcionais, sendo obrigatoriamente respeitadas as seguintes condições:
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Estruturais, respeitando os espaçamentos e cobrimentos estabelecidos.
b) lançamento e vibração do concreto de acordo com a ABNT NBR 14931.
Utilizaremos nas paredes do projeto com espessura de 15cm, vigas com base de
12cm e nas paredes com espessura de 20cm utilizaremos vigas com base de
17cm, inicialmente.
Altura da viga será em relação ao seu vão, com 𝒉𝒎𝒊𝒏 = 𝟐𝟓𝒄𝒎, a relação da
𝒍
altura será 𝒉 = 𝟏𝟎 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑙 é 𝑜 𝑣ã𝑜 𝑑𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠.
Adotaremos o vão teórico que são entre os eixos dos pilares.
Verificando o pré-lançamento dos pilares verificamos a formação das vigas que geralmente
são lançadas para suportar as paredes do pavimento superior conforme figura:
24
Fig.2.12 – Pré-lançamento das Vigas – V1 até V11.
25
Fig.2.13– Esquema da viga embutida na parede com revestimento.
25 cm 20 ou 22 cm
20 cm 17 cm
15 cm 12 cm
26
Começa-se a numerar no canto superior esquerdo do prédio. Daí, continua-se da esquerda
para a direita e de cima para baixo, até a última viga. Se a viga for contínua, os vãos
recebem letras: V301a, V301b, V301c, etc.
Junto do nome da viga se escreve a sua seção transversal, por exemplo: V101 (12x40) ou
V101 12/40.
Segue abaixo o pré-lançamento da planta com pilares e vigas lançadas, inicialmente
Pavimento Tipo – nível -300.
Para o forro dos reservatórios iremos adotar uma altura para as vigas bi apoiadas de 35cm e
h=40cm para as vigas contínuas visto que estas vigas não estão sendo consideradas no
contraventamento da estrutura. A altura de 40cm se deve ao vão de 443cm/12 = 36,9cm.
Fig.2.14b – Vigas do forro dos reservatórios de água e casa de máquinas nível G900.
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Fig.2.14c – Vigas laje da casa de máquinas nível G800.
Recomendações e limitações.
Espessura mínima das lajes maciças
Segundo o item 13.2.4.1 da NBR-6118:2014, “nas lajes maciças devem ser
respeitados os seguintes limites mínimos para a espessura h:
7 cm para lajes de forro não em balanço;
8 cm para lajes de piso não em balanço;
10 cm para lajes em balanço;
10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 KN;
12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 KN;
Recomendado para edificações a espessura mínima de 9 a 10cm devido a
fabricação e montagem de formas e ainda altura de cobrimento.
Quando as lajes que têm de vencer vãos maiores que 6 m, pode-se pensar seria-
mente em não usar lajes maciças, mas sim lajes nervuradas. Quanto à limitação
de espessura de lajes maciças, dizem os especialistas que o máximo aceitável de
espessura é 15 cm. A partir daí, é aconselhável usar lajes nervuradas.
(Verificar o menor custo.)
Deve-se frisar ainda que as lajes dos edifícios necessitam de espessuras adequadas para
garantir um isolamento acústico mínimo entre pavimentos e evitar deformações
indesejáveis. BATLOUNI NETO (2005) recomenda espessuras mínimas maiores que 10cm
para as lajes, na tentativa de minimizar efeitos negativos com a falta de isolamento acústico
e com as deformações excessivas
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Fig.2.16-Lajes lançadas de acordo com os eixos das vigas- Pavimento tipo.
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Fig.2.18-Lajes lançadas de acordo com os eixos das vigas- piso casa de máquinas e forro dos reservatórios.
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2.5.1- Instabilidade e Análise de Primeira e Segunda Ordem
Efeitos de 2a ordem são aqueles que se somam aos obtidos numa análise de primeira
ordem (em que o equilíbrio da estrutura é estudado na configuração geométrica inicial),
quando a análise do equilíbrio passa a ser efetuada considerando a configuração deformada.
Os efeitos de 2a ordem, em cuja determinação deve ser considerado o
comportamento não-linear dos materiais, podem ser desprezados sempre que não
representem acréscimo superior a 10% nas reações e nas solicitações relevantes da estrutura.
As estruturas de nós móveis são aquelas onde os deslocamentos horizontais não são
pequenos e, em decorrência dos efeitos de 2ª ordem são importantes (superiores a 10%
dos respectivos esforços de 1a ordem). Nessas estruturas devem ser considerados tanto os
esforços de 2a ordem globais como os locais e localizados.
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2.6 – Verificação da indeslocabilidade da estrutura
Pórticos formados pelas estruturas com menor rigidez serão formados geralmente por
pórticos interno nas direções x,y cor laranja, a estrutura contraventada será formada pelos
pórticos:
DIREÇÃO X – (P7-P8-P9-P10-P11-P12).
DIREÇÃO Y – (P2-P8-P14), (P5-P11-P17).
Na próxima figura os pórticos marcados com um círculo serão os pórticos de
contraventamento, o restante serão porticos contraventados, nas direções x e y.
Geralmente escolhemos para contraventamento os pórticos externos e/ou centrais que
formam a estrutura do Edifício.
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Fig.2.20 – Estruturas de contraventamento e contraventadas direções x e y.
Uma estrutura reticulada simétrica pode ser considerada como sendo de nós fixos se seu
parâmetro 𝛼 for menor que α1 , 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒 𝑒𝑥𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜:
𝑁𝐾
𝛼 = 𝐻𝑡𝑜𝑡 √
𝐸𝐶𝑆 𝐼𝐶
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Pilar engastado na base e livre no topo da altura 𝑯𝒕𝒐𝒕 , sob ação do mesmo carregamento
sofra o mesmo deslocamento.
2.6.2.1 – MÓDULO DE RIGIDEZ EQUIVALENTE
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Foi adotado uma brita com valor de 𝛼𝐸 = 0,9 por motivo de ser à favor da segurança para
não aumentar o valor do módulo de Elasticidade dado que o projetista não conhece qual a
brita que o empreiteiro irá utilizar na obra, poderia ser utilizada qualquer outro valor a
critério do projetista, principalmente se ele conhece a brita que será utilizada na obra.
2.6.2.1 – ANÁLISE DA ESRTUTURA DE CONTRAVENTAMENTO LANÇADA
INICIALMENTE
Fig.2.22- Pórtico Plano Direção X com deslocamento horizontal calculado no Software FTOOL.
𝑁𝐾
𝛼 = 𝐻𝑡𝑜𝑡 √𝐸 onde α1 =0,2+0,1n se n≤ 3 ou α1 =0,6 se n≥ 4, quando só houver
𝐶𝑆 𝐼𝐶
𝑁𝐾 10276,21
𝛼 = 𝐻𝑡𝑜𝑡 √ = 14√ = 0,7942 > 0,5 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑛ó𝑠 𝑚ó𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑒𝑚 𝑥.
𝐸𝐶𝑆 𝐼𝐶 31,926𝑥105
Como a análise da edificação será uma análise onde os efeitos de 2ª ordem não serão
contabilizados, a estrutura deverá ser de nós fixos, para isto o parâmetro α deverá ser menor
que 0,5, logo é necessário aumentar a rigidez da estrutura que foi pré-lançada na direção X,
para considerar que a estrutura é suficientemente rígida e que seus deslocamentos não afetam
a segurança dos pilares contraventados, e quando temos isso a estrutura do contraventamento
é quase indeslocável, podemos dizer que ela garante a estabilidade da estrutura.
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Para aumentar a rigidez da Estrutura é necessário aumentar a seção transversal dos pilares e
vigas que compõem os pórticos de contraventamento do edifício, conforme abaixo:
P1=P6=P13=P18 = 20cm x 30cm.
P2=P3=P4=P5=20cmx35cm.
E as vigas iremos passar a seção para 17x45cm logo temos:
3
𝐹𝐻 𝑥𝐻𝑡𝑜𝑡 100𝑥143
𝐸𝐶𝑆 𝐼𝐶 = = = 47,15𝑥105
3𝑑 3𝑥0,0194
Como temos 2 pórticos 𝐸𝐶𝑆 𝐼𝐶 = 94,3x105
𝑁𝐾 10276,21
𝛼 = 𝐻𝑡𝑜𝑡 √ = 14√ = 0,462 < 0,5 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑛ó𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑋.
𝐸𝐶𝑆 𝐼𝐶 94,3𝑥105
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(P1-P7-P13) = P6-P12-P18) (P3-P9-P15) = (P4-P10-P16)
𝑁𝐾 10276,21
𝛼 = 𝐻𝑡𝑜𝑡 √ = 14√ = 0,66 > 0,5 𝐸𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑛ó𝑠 𝑚ó𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑌.
𝐸𝐶𝑆 𝐼𝐶 45,7𝑥105
Para garantirmos a estabilidade lateral da Estrutura temos que garantir que a mesma seja de
nós fixos nas duas direções, logo teremos que aumentar a seção das peças que compõem os
pórticos na direção Y.Iremos aumentar a área da seção do Pilar P7 e P13 para 20x35cm, e
os Pilares P9 e P10 para20cmx40cm e a seção das vigas V305-V310a,b e V307-308a,b dos
Pórticos para seção de 17cmx45cm e 12cmx45cm respectivamente.
Fig.2.25- Pórticos Planos Direção Y com deslocamento horizontal, seção aumentada das Peças dos pórticos.
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3
𝐹𝐻 𝑥𝐻𝑡𝑜𝑡 100𝑥143
𝐸𝐶𝑆 𝐼𝐶 = = = 19,46𝑥105 𝑝𝑎𝑟𝑎 2 𝑝ó𝑟𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠 𝐸𝐶𝑆 𝐼𝐶 = 38,92𝑥105
3𝑑 3𝑥0,047
3
𝐹𝐻 𝑥𝐻𝑡𝑜𝑡 100𝑥143
𝐸𝐶𝑆 𝐼𝐶 = = = 19,88𝑥105 𝑝𝑎𝑟𝑎 2 𝑝ó𝑟𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠 𝐸𝐶𝑆 𝐼𝐶 = 39,76𝑥105
3𝑑 3𝑥0,046
𝑁𝐾 10276,21
𝛼 = 𝐻𝑡𝑜𝑡 √ = 14√ = 0,50 𝛼1 = 0,5 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑛ó𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑌
𝐸𝐶𝑆 𝐼𝐶 78,7𝑥105
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Fig.2.27- Seções Finais das Vigas já considerando o contraventamento da Estrutura do Edifício.
CAPÍTULO 3 - AÇÕES.
A NBR 6118:2014 indica que na análise estrutural deve ser considerada a influência
de todas as ações que possam produzir efeitos significativos para a segurança da estrutura
em exame, levando-se em conta os possíveis estados limites últimos e os de serviço.
Estado limite último (ELU): Estado limite relacionado ao colapso, ou a
qualquer outra forma de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da
estrutura.
Estado limite de formação de fissuras (ELS-F): Estado em que se inicia a
formação de fissuras. Admite-se que este estado limite é atingido quando a
tensão de tração máxima na seção transversal for igual a fct,f.
Estado limite de abertura das fissuras (ELS-W): Estado em que as fissuras se
apresentam com aberturas iguais aos máximos especificados.
Estado limite de deformações excessivas (ELS-DEF): Estado em que as
deformações atingem os limites estabelecidos para a utilização normal.
As ações permanentes são aquelas que ocorrem nas estruturas com valores constantes
ou de pequena variação em torno de sua média, durante praticamente toda a vida da
construção. As ações permanentes podem ser diretas ou indiretas.
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Ações permanentes diretas
São assim consideradas aquelas oriundas dos pesos próprios dos elementos da
construção, incluindo-se o peso próprio da estrutura e de todos os elementos
construtivos permanentes, os pesos dos equipamentos fixos e os empuxos relativos ao
peso próprio de terras não removíveis e de outras ações permanentes sobre a estrutura
aplicadas.
Entre as ações permanentes diretas, no caso de estruturas de edifícios, podem ser
incluídos os pesos próprios dos elementos de concreto armado, os pesos próprios dos pisos
e revestimentos e das paredes divisórias que podem ser em alvenaria de tijolos.
São as que ocorrem nas estruturas com valores que apresentam variações
significativas em torno de sua média, durante a vida da construção. São as ações de uso
das construções (pessoas, móveis, materiais diversos, veículos), bem como seus efeitos
(forças de frenação, de impacto e centrífugas), efeitos do vento, das variações de
temperatura, do atrito nos aparelhos de apoio e das pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas.
Em função de sua probabilidade de ocorrência durante a vida da construção, as ações
variáveis são classificadas em normais ou especiais.
São aquelas com probabilidade de ocorrência suficientemente grande para que sejam
obrigatoriamente consideradas no projeto estrutural. Neste caso se incluem as ações
variáveis normais, também chamadas cargas acidentais, que atuam nas estruturas dos
edifícios, mais precisamente sobre as lajes dos pavimentos que são relativas ao uso por
pessoas que a utilizam, mobiliário, veículos, bibliotecas, etc.
A NBR 6120:1980 prescreve que este tipo de ação é constituído pelo peso próprio
da estrutura e todos os elementos construtivos fixos e instalações permanentes.
No caso de edifícios as ações permanentes são constituídas pelos pesos próprios
dos elementos estruturais - lajes, vigas, pilares, blocos ou sapatas de Fundações, dos
elementos de vedação, das paredes de alvenaria - com os vários tipos de tijolos que
podem ser usados na edificação, caixilhos com vidros ou divisórias de vidros.
Os elementos de revestimento de paredes, argamassas, azulejos, pedras decorativas,
madeiras e etc., também devem ter seu peso próprio considerado na avaliação das ações dos
revestimentos verticais.
Para os revestimentos horizontais devem ser considerados os revestimentos na
face inferior das lajes e os contrapisos e os pisos que podem ser de madeira, cerâmico,
pedras, carpetes, etc. Os contrapisos são feitos em argamassa de cimento e areia e têm
40
a finalidade de corrigir as imperfeições, com relação ao nível superior das lajes,
oriundas da concretagem.
A NBR 6120:1980 especifica que na falta de determinação experimental, o projetista de
estruturas pode adotar os pesos específicos aparentes dos materiais de construção indicados
na Tabela 2.1.
41
Exemplo 1 - Estimativa de carga de piso por metro quadrado utilizando a tabela acima:
Contrapiso com 2cm de argamassa de cimento e areia – 0,02m x 21 kN/m³ =0,42 kN/m²
Acabamento com granito com 1cm de espessura – 0,01 m x 28 kN/m³ = 0,28 kN/m²
Peso total estimado do piso acabado = 0,70 kN/m²
Lembrar que ainda possui a argamassa de assentamento do piso.
Usualmente, quando não há um detalhamento do piso que será utilizado no projeto estrutural
é utilizado o valor de 1,0 kN/m² ou 100 kg/m².
42
Tabela com os valores mínimos de Sobrecarga a serem utilizados em um projeto estrutural
43
3.5 – AÇÕES DE UM PROJETO EDIFÍCIOS:
No esquema abaixo uma estimativa dos tipos mais comuns de ações em edifícios no
Brasil, onde a ação devido a abalos sísmicos não é considerada geralmente.
Ações de
Projeto edifício
Permanentes(g) Variáveis(q)
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Combinações de ações (NBR 6118:2014)
Um carregamento é definido pela combinação das ações que têm probabilidades não
desprezíveis de atuarem simultaneamente sobre a estrutura, durante um período
preestabelecido.
Item - 1.8.6.1 – Combinações
Combinações últimas normais – Em cada combinação devem estar incluídas as
ações permanentes e a ação variável principal, com seus valores característicos e as
demais ações variáveis, consideradas secundárias, com seus valores reduzidos de
combinação, conforme NBR- 8681:2003.1.8.6.2 – Combinações de serviço.
São classificadas de acordo com sua permanência na estrutura como:
Quase permanente – podem atuar durante grande parte do período de vida da
estrutura e sua consideração pode ser necessária na verificação do estado limite de
deformações excessivas (ELS-DEF), flechas.
Frequentes – se repetem muitas vezes durante o período de vida da estrutura e sua
consideração pode ser necessária na verificação dos estados limites de formação de
45
Exemplo de Combinações:
46
3.7 - AÇÕES HORIZONTAIS NA SUBESTRUTURA DE CONTRAVENTAMENTO
48
Rugosidade do terreno, dimensões da edificação e altura sobre o terreno:
(Fator S2)
Rugosidade do terreno
Para os fins desta Norma, a rugosidade do terreno é classificada em cinco categorias(2):
Escolhida a categoria 4 – pois o terreno está no subúrbio, cidade densa.
49
Dimensões da edificação
Classe B: Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal
ou vertical da superfície frontal esteja entre 20 m e 50 m.
Classe C: Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal
ou vertical da superfície frontal exceda 50 m.
Categoria IV – Classe A:
Pela tabela 2 – fator 𝑆2 :
z ≤ 5𝑚 − 𝑆2 = 0,79
5m ≤ z ≤ 10m - 𝑆2 =0,86
10m ≤ z ≤ 15m - 𝑆2 =0,90
Atenção a edificação possui 5 pavimentos cada um com 2,80m de altura
totalizando 14,00m.
Fator estatístico S3
O fator estatístico S3 é baseado em conceitos estatísticos, e considera o grau de
segurança requerido e a vida útil da edificação.
Segundo a definição, a velocidade básica (Vo) é a velocidade do vento que apresenta um
período de recorrência médio de 50 anos. A probabilidade de que a velocidade (Vo) seja
igualada ou excedida neste período é de 63%.
50
Verificando a tabela abaixo o fator S3=1,00 grupo II, edificações residências.
51
COEFICIENTE DE ARRASTO - 𝐶𝑎
52
Fig.3.5– Determinação do coeficiente de arrasto de acordo com o gráfico caso 1 e caso 2.
FORÇA DE ARRASTO
𝐹𝐴 = 𝐶𝑎 . 𝑞. 𝐴𝑒
53
Fig.3.6– Representação da força de arrasto concentrada no centro de cada pavimento.
A força de arrasto deve ser aplicada no nível da laje de cada pavimento conforme esquema
abaixo:
54
3.8 PARTICIONAR AS FORÇAS DE VENTO PARA OS PÓRTICOS DE
CONTRAVENTAMENTO
NA DIREÇÃO X, temos a força (Fx) que será absorvida pelos pórticos 1 e 2, como os 2
pórticos possuem a mesma Rigidez e estão distantes igualmente do centro da estrutura 50%
das forças Horizontais serão aplicadas em cada pórtico.
NA DIREÇÃO Y, será particionado as ações horizontais de acordo com a rigidez de cada
pórtico e sua posição em relação ao centro de cisalhamento do edifício, Painéis de pórticos
de 3 a 6.
ESTUDO DE CASO – VENTO CENTRAL NA DIREÇÃO X
Como na direção X – os dois pórticos de números 1 e 2 possuem mesma rigidez e estão
equidistantes do centro de cisalhamento teremos 50% das forças concentradas de vento para
cada pórtico em X painéis 1, 2.
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NA DIREÇÃO Y:
Podemos calcular a porcentagem de força horizontal para cada pórtico, sem considerar a
excentricidade, logo a aplicação estará centrada na edificação e distribuída para cada pórtico
na direção Y.
Cálculo do centro de Cisalhamento do edifício:
Como se observa em Carvalho (2010) e Elliot (2002), tal porcentagem depende da rigidez
dos elementos de contraventamento presentes na estrutura (pórticos ou paredes de
cisalhamento) e o posicionamento de cada um deles em relação ao centro de
cisalhamento (X) da estrutura considerada. Este pode ser definido pela Equação:
∑𝐸𝑖 𝐼𝑖 𝑥𝑖
𝑋=
∑𝐸𝑖 𝐼𝑖
Cálculo do EI de cada pórtico na direção Y, já foi feito anteriormente no capítulo 2 item
2.6.2.2.
Como a rigidez dos pórticos são equivalentes iremos distribuir 25% da força de vento para
cada pórtico.
56
CAPÍTULO – 4 DIMENSIONAMENTO – Lajes Maciças
4.1-GENERALIDADES E CLASSIFICAÇÃO
4.1 - Introdução
As lajes são elementos estruturais laminares planos, solicitados predominantemente
por cargas normais ao seu plano médio. Elas constituem os pisos dos edifícios correntes de
concreto armado. Nas estruturas laminares planas, predominam duas dimensões,
comprimento e largura, sobre a terceira que é a espessura. De mesma forma, que as vigas
são representadas pelos seus eixos, as lajes são representadas pelo seu plano médio. As lajes
são diferenciadas pela sua forma, vinculação e relação entre os lados. Geralmente, nas
estruturas correntes, as lajes são retangulares, mas podem ter forma trapezoidal ou em L.
1.2 - Classificação das lajes quanto à relação entre os lados
As lajes retangulares são classificadas como:
• lajes armadas em uma só direção: são aquelas em que a relação entre o maior e o menor
vão é maior que 2, ou seja quando uma dimensão é no mínimo o dobro da outra.
• lajes armadas em duas direções ou armadas em cruz: em caso contrário.
Em função da vinculação das bordas da laje, a classificação acima apresenta exceções.
Se a laje for suportada continuamente somente ao longo de duas bordas paralelas (as outras
duas forem livres) ou quando tiver três bordas livres (laje em balanço), ela será também
armada em uma só direção, independentemente da relação entre os lados.
57
Apoiada: quando a borda da laje é continuamente suportada por vigas, paredes
de alvenaria de tijolos cerâmicos, de blocos de concreto ou de pedras.
Livre: quando a borda da laje não tiver nenhuma vinculação ao longo daquele
lado.
Engastada: quando a borda da laje tem continuidade além do apoio
correspondente daquele lado (laje adjacente).
58
Quando em um lado da laje ocorrerem duas situações de vínculo (apoiado e
engastado), a favor da segurança considera-se todo o lado apoiado; se o engaste for superior
a 85% do comprimento do lado, pode-se considerar como engastado.
Toda a laje que tiver um lado adjacente a uma laje rebaixada tem este lado apoiado;
toda a laje rebaixada deve ser considerada apoiada (salvo se tiver outros três lados livres).
Recomendações e limitações.
Espessura mínima das lajes maciças
Segundo o item 13.2.4.1 da NBR-6118:2014, “nas lajes maciças devem ser respeitados
os seguintes limites mínimos para a espessura h”:
a) 7 cm para lajes de forro não em balanço;
b) 8 cm para lajes de piso não em balanço;
c) 10 cm para lajes em balanço;
d) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 KN;
e) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 KN;
Recomendado para edificações a espessura mínima de 9 a 10cm devido a
fabricação e montagem de formas e ainda altura de cobrimento.
59
Tabela 4.1 – Cobrimentos mínimos adaptada da NBR6118:2014.
Os tipos possíveis de lajes retangulares estão mostrados na figura 3.3, onde “a” é o
vão cuja direção tem o maior número de engastes. Caso nas duas direções o número de
engastes seja o mesmo, “a” será considerado o menor vão. A partir dos ângulos definidos
acima é produzida a tabela 3.8 para os 6 tipos de lajes retangulares da figura, com relações
b/a dentro da faixa de validade das lajes armadas em cruz. Nessas tabelas a reação em cada
lado “a” ou “b” é obtida multiplicando-se os coeficientes tabelados pelo produto Pa.
Fig.4.8– Tipos de Lajes devido a vinculação e o lado a cuja a direção possui o maior número de engastes.
60
Fig.4.9– Reações de apoio – Momentos em uma laje maciça TIPO C.
61
4.2.6 TABELAS PARA CÁLCULO DAS REAÇÕES E MOMENTOS EM LAJES
MACIÇAS – Regime elástico
Tabela 4.2 – Coeficientes para o cálculo das Reações de apoios nas lajes.
62
Tabela 4.3.1 – Coeficientes para o cálculo dos Momentos fletores nas Lajes. Parte - 1
63
Tabela 4.3.2 – Coeficientes para o cálculo dos Momentos fletores nas Lajes. Parte - 2
Normalmente o valor da flecha imediata para essas lajes é obtido usando-se tabelas
para cálculo de flechas em lajes retangulares, baseadas em Bares (1972). Tepedino (1980),
por meio de regressão polinomial, ajustou para a flecha imediata fi,a seguinte expressão:
O cálculo da flecha em lajes retangulares deve naturalmente obedecer ao estado
Limite de serviço – ELS, nesse caso denominado ELS-DEF, ou seja, de deformações
excessivas, definido no item 3.2.4 da NBR-6118:2014.
64
As cargas para o cálculo em serviço devem ser afetadas pelo coeficiente de
ponderação, no caso minoração, das ações no ELS, correspondente às combinações
65
Tabela 4.4 – Coeficientes para o cálculo de flechas em lajes maciças retangulares.
66
4.2.8.1 DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO E COMPESAÇÃO DE MOMENTOS
NEGATIVOS
67
4.3 DIMENSIONAMENTO DAS LAJES DO PROJETO
Inicialmente iremos adotar uma espessura h=9cm para a laje da cobertura, que possui apenas
um telhado metálico embutido, é uma laje de forro.
L17-G8 – Dimensões 270cm x 443cm, 443⁄270= 1,638 < 2 logo a laje é armada em 2
direções. Iremos utilizar as tabelas para calcular a laje.
Condições de apoio da L17-G900 – LAJE TIPO B – onde a é o lado cuja direção possui
o maior número de engastes logo: 𝒂 = 𝟒𝟒𝟑𝒄𝒎
CARREGAMENTO NA L17-G900
𝑘𝑁 𝑘𝑁
Peso próprio da Laje L17-G8 𝑔𝑝𝑝 = 25 𝑥 0,09 (𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎) = 2,25
𝑚3 𝑚2
𝑘𝑁
Peso da estrutura metálica do telhado galvanizado + telhas = 𝑔𝑡𝑒𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜 = 1,5 𝑚2
Peso do revestimento manta asfáltica estimado revestimento finalizado
𝑘𝑁
𝑔𝑚𝑎𝑛𝑡𝑎 = 0,75 𝑚²
Sobrecarga forro sem acesso à pessoas
𝑞𝑆𝐶 = 0,5 𝑘𝑁/𝑚²
Total de carregamento Superficial na Laje L17-G900
𝑝 = 𝑔 + 𝑞 = 4,5 + 0,5 = 5,0 𝑘𝑁/𝑚²
Pela tabela de Reações e momentos temos os coeficientes para a relação b/a = 270/443=0,6
Utilizarmos a linha para a relação b/a =0,60 para as reações de apoio e a linha b/a=0,60
para momentos fletores:
68
RA = 𝑟𝑎 xpa =0,177x 22,15 =3,92kN/m
R’B=r’b x pa = 0,150x22,15=3,32 kN/m
R”B=r’’b xpa = 0,260x22,15=5,76 kN/m
𝑝𝑎2 98,13 𝑝𝑎2 98,13
𝑀𝑎 = = = 1,32 𝑘𝑁𝑚 𝑀𝑏 = = = 2,64 𝑘𝑁𝑚
𝑚𝑎 74,1 𝑚𝑏 37,2
𝑝𝑎2 98,13
𝑁𝑎 = = = 4,12 𝑘𝑁𝑚
𝑛𝑎 23,8
Para o cálculo das flechas em vigas é necessário a separação das Reações de apoio devido
as cargas permanentes das reações devido às cargas acidentais logo para a Laje L17-G900
temos as Reações de apoio e momentos devido apenas à carga permanente de 𝑔 =
4,5 𝑘𝑁/𝑚²
𝑘𝑁
𝑝𝑎 = 4,5𝑥4,43 = 19,94 ; 𝑝𝑎2 = 4,5𝑥4,432 = 88,31 𝑘𝑁
𝑚
𝑅𝐴 = 𝑟𝑎 xpa =0,177x 19,94 =3,53 N/m R’B=r’b x pa = 0,150x19,94=2,99 kN/m
𝑅𝐵 = 𝑟"𝑏 xpa= 0,260x19,94=5,18 kN/m
𝑘𝑁 𝑘𝑁
Peso próprio da Laje L18-G900 𝑔𝑝𝑝 = 25 𝑚3 𝑥 0,09 (𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎) = 2,25 𝑚2
𝑘𝑁
Peso da estrutura metálica do telhado galvanizado + telhas = 𝑔𝑡𝑒𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜 = 1,5 𝑚2
Peso do revestimento manta asfáltica estimado revestimento finalizado
𝑘𝑁
𝑔𝑚𝑎𝑛𝑡𝑎 = 0,75 𝑚²
Sobrecarga forro sem acesso à pessoas𝑞𝑆𝐶 = 0,5 𝑘𝑁/𝑚²
69
Cargas para uso das tabelas:
𝑘𝑁
𝑝𝑎 = 5𝑥3,91 = 19,55 ; 𝑝𝑎2 = 5𝑥3,912 = 76,44 𝑘𝑁
𝑚
Pela tabela de Reações e momentos temos os coeficientes para a relação b/a =
270/391=0,69, utilizaremos a linha para a relação b/a =0,70 para as reações de apoio e a
linha b/a=0,70 para momentos fletores:
Reações de apoio: ra=0,183;𝑟′𝑏 = 0,175; 𝑟"𝑏 = 0,302
Momentos fletores: 𝑚𝑎 = 52,1 ; 𝑚𝑏 = 34,1; 𝑛𝑎 = 18,6
𝑘𝑁
𝑝𝑎 = 4,5𝑥3,91 = 13,69 ;
𝑚
RA = 𝑟𝑎 xpa =0,183x17,6 =3,22kN/m
R’B=r’b x pa = 0,175x17,6=3,08 kN/m R”B=r’’b xpa = 0,302x17,6=5,32 kN/m
Compensação dos momentos fletores
70
Fig.4.14 – Representação das Reações de apoio e Momentos das lajes L18-L17- G900– Cobertura reservatórios.
71
LAJE TIPO A:
Reações de apoio: 𝑟𝑎 =0,250;
Momentos fletores: 𝑀𝑎 = 23,6 ; 𝑀𝑏 = 23,6
CÁLCULO REAÇÕES DE APOIO E MOMENTOS DA LAJE L1-G800
𝑝𝑎2 155,903
𝑅𝑎 = 𝑟𝑎 xpa = 0,25x79,95 = 19,99 kN/m 𝑀𝑎 = 𝑀𝑏 = = = 6,61 𝑘𝑁𝑚
𝑚𝑎 23,6
Devido apenas a carga Permanente 𝑔 = 33,5𝑘𝑁/𝑚².
𝑘𝑁
𝑝𝑎 = 33,5𝑥1,95 = 65,33 ; 𝑝𝑎2 = 33,5𝑥1,952 = 127,38 𝑘𝑁
𝑚
𝑝𝑎2 127,38
𝑅𝑎 = 𝑟𝑎 xpa = 0,25x65,33 = 16,33 kN/m 𝑀𝑎 = 𝑀𝑏 = = = 5,40 𝑘𝑁𝑚
𝑚𝑎 23,6
Fig.4.16 – Reações de Apoio e Momento Fletores devido à carga Total atuante na Laje.
72
Total de carregamento Superficial na Laje L9-G700
𝑝 = 𝑔 + 𝑞 = (3,5 + 9,0) + 2 = 14,5 𝑘𝑁/𝑚²
73
Pela tabela de Reações e momentos temos os coeficientes para a relação b/a = 1,44
utilizaremos a linha para a relação b/a =1,40 para as reações de apoio e a linha b/a=1,40 para
momentos fletores:
Reações de apoio: 𝑟′𝑎 =0,144; 𝑟′′𝑎 = 0,250; 𝑟𝑏 = 0,359
Momentos fletores: 𝑀𝑎 = 27,9 ; 𝑀𝑏 =68; 𝑛𝑎 = 12,8; 𝑛𝑏 =17,4
CÁLCULO REAÇÕES DE APOIO E MOMENTOSDA LAJE L12-G700( g+q)
R’A = 𝑟′𝑎 xp = 0,144x30,24 = 4,36 kN/m
R"A = 𝑟"𝑎 x p = 0,25x30,24 = 7,56 kN/m
R"B = 𝑟𝑏 x p = 0,359x30,24 = 10,86 kN/m
𝑝𝑎2 81,65
𝑀𝑎 = = = 2,93 𝑘𝑁𝑚
𝑚𝑎 27,9
𝑝𝑎2 81,65
𝑀𝑏 = = = 1,20 𝑘𝑁𝑚
𝑚𝑏 68
𝑝𝑎2 81,65
𝑁𝑎 = = = 6,38𝑘𝑁𝑚
𝑛𝑎 12,8
𝑝𝑎2 81,65
𝑁𝑏 = = = 4,69𝑘𝑁𝑚
𝑛𝑎 17,4
74
Fig.4.18 –Compensação dos momentos Negativos entre as Lajes L9-L12 dos reservatórios.
LAJES PAVIMENTO TIPO – Utiliza o mesmo processo das demais logo iremos
utilizar a planilha para o cálculo do restante das Lajes da Cobertura – Grupo G700.
LAJES DO PAVIMENTO TIPO – LAJE L5-G300
75
Altura h=10cm da Laje adotado para L5-G300
Dimensões 293cm x 443cm relação 443⁄293= 1,51 < 2 logo a laje é armada em 2
direções. Iremos utilizar as tabelas para calcular a laje.
Condições de apoio da L5-G300. LAJE TIPO C – Logo o Lado “a” é o lado de menor
dimensão 𝑎 = 293𝑐𝑚.
Carregamento da Laje:
Verificar se na Laje L5 possui alguma Parede apoiada diretamente nela, verificar o projeto
arquitetônico.
𝑘𝑁 𝑘𝑁
Peso próprio da Laje L5-G300 – 𝑔𝑝𝑝 = 25 𝑚3 𝑥 0,1 = 2,50 𝑚2
𝑘𝑁
Peso próprio revestimento para regularização do piso =𝑔𝑟𝑒𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 1 𝑚2
Sobrecarga para casa Edifícios residenciais 𝑞𝑆𝐶 = 2,0 𝑘𝑁/𝑚²
Parede de alvenaria de 15cm de espessura e comprimento de 1,16m e altura 2,80m.
𝑔𝑎𝑙𝑣𝑒𝑛𝑎𝑟𝑖𝑎 = 1,16𝑥0,15𝑥2,8𝑥13 = 6,33 𝑘𝑁
Distribuindo a carga de alvenaria por m² de Laje temos:
6,33
𝑔𝑎𝑙𝑣𝑒𝑛𝑎𝑟𝑖𝑎 = = 0,49𝑘𝑁/𝑚²
2,93𝑥4,43
𝑘𝑁
Carga total na Laje: 𝑝 = 𝑔 + 𝑞 = (3,5 + 0,49) + 2 = 5,99 𝑚2 = 6 𝑘𝑁/𝑚²
Fig.4.20– Reações de apoio e Momentos Fletores na Laje L5- Pavimento Tipo- Resultado Planilha.
76
Cálculo das Reações de Apoio devido apenas à carga Permanente (g), utilizando a
planilha:
𝑘𝑁 𝑘𝑁
Peso próprio da Laje L5-G300 – 𝑔𝑝𝑝 = 25 𝑚3 𝑥 0,1 = 2,50 𝑚2
𝑘𝑁
Peso próprio revestimento para regularização do piso =𝑔𝑟𝑒𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 1 𝑚2
Parede de alvenaria de 15cm de espessura e comprimento de 1,16m e altura 2,80m.
𝑔𝑎𝑙𝑣𝑒𝑛𝑎𝑟𝑖𝑎 = 1,16𝑥0,15𝑥2,8𝑥13 = 6,33 𝑘𝑁
Distribuindo a carga de alvenaria por m² de Laje temos:
6,33
𝑔𝑎𝑙𝑣𝑒𝑛𝑎𝑟𝑖𝑎 = = 0,49𝑘𝑁/𝑚²
2,93𝑥4,43
𝑝 = 𝑔 = 3,5 + 0,49 = 3,99𝑘𝑁/𝑚²
Fig.4.22– Reações de apoio e Momentos Fletores na Laje L6- Pavimento Tipo- Resultado Planilha.
77
Fig.4.23– Representação esforços na Laje L6-G300.
Fig.4.24– Reações de apoio e Momentos Fletores na Laje L10- Pavimento Tipo- Resultado Planilha.
78
Fig.4.26– Reações de apoio e Momentos Fletores na Laje L11- Pavimento Tipo- Resultado Planilha.
Fig.4.28– Reações de apoio e Momentos Fletores na Laje L9- Pavimento Tipo- Resultado Planilha.
79
Fig.4.29– Representação esforços na Laje L9-G300.
80
As lajes retangulares cuja relação entre os lados for maior que 2, ou menor que 0,5,
serão calculadas como laje armada em uma direção, no caso, a direção menor. Essas lajes
são calculadas supondo vigas de largura unitária, com o vão correspondente ao lado menor
da laje e com as condições de contorno iguais às do lado maior. Dessa forma as
configurações possíveis para lajes retangulares armadas em uma direção estão indicadas na
figura.
As reações RA (apoio), RE (engaste) e os momentos M (positivo), X (negativo) para
os três tipos de lajes da figura estão apresentados na tabela adiante, para o cálculo no regime
elástico, com a carga total p atuando na faixa unitária.
81
Para dimensionamento de uma laje em balanço, pode-se considerar uma viga em balanço
engastada com largura de 1,0metro, logo as reações e momentos fletores serão em unidade
Linear.
ESFORÇOS LAJE L1 – PAVIMENTO TIPO – G300
A laje L1 é uma Laje em balanço conforme o projeto arquitetônico e suporta um
parapeito de 1,20 metros de altura.
Para as lajes armada em uma direção com parede paralela a essa direção, basta considerar na
largura unitária onde a parede se apoia, o peso por metro linear dessa parede somado às
demais cargas da laje. Se a parede é normal à direção principal da laje deve-se considerá-la
no cálculo como uma carga concentrada igual ao seu peso por metro.
𝑘𝑁 𝑘𝑁
Peso próprio da Laje L1 – 𝑔𝑝𝑝 = 25 𝑚3 𝑥 0,1 = 2,50 𝑚2
𝑘𝑁
Peso próprio revestimento para regularização do piso= 𝑔𝑟𝑒𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 1 𝑚2
Sobrecarga para casa Edifícios residenciais𝑞𝑆𝐶 = 2,0 𝑘𝑁/𝑚²
𝑘𝑁
𝑝 = 𝑔 + 𝑞 = 5,50 𝑚2 𝑝𝑎𝑟𝑎 1𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑝 = 5,5 𝑘𝑁/𝑚
Carga alvenaria na laje L1-G300 – Temos 2 muretas laterais paralelas à direção da armadura,
em alvenaria de tijolos furados com 1,20 de altura 15 cm de espessura, iremos considerar o
peso por metro linear logo temos:
𝑘𝑁
2 𝑝𝑎𝑟𝑎 1,0 𝑚 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 = 2𝑘𝑁
𝑚
Peso próprio da alvenaria perpendicular à direção principal é
𝑘𝑁
2,34 𝑝𝑎𝑟𝑎 1,0 𝑚 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 = 2,34𝑘𝑁
𝑚
Carga concentrada Total = 2+2,34 = 4,34 kN
Temos uma carga de 0,8 kN no parapeito obrigatória de norma logo teremos um momento
concentrado de 0,8x1,20(altura do parapeito) =0,96kNm
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL DA LAJE L1 – G300
82
Fig.4.33– Concepção estrutural Laje em Balanço.
1,45
∑ 𝑀𝐴 = 0; − (7,84𝑥1,45)𝑥 ( ) − 4,34𝑥1,375 − 0,96 + 𝑋 = 0
2
; 𝑋 = 15,17 𝑘𝑁𝑚
1,45
∑ 𝑀𝐴 = 0; − (5,84𝑥1,45)𝑥 ( ) − 4,34𝑥1,375 − 0,96 + 𝑋 = 0
2
𝑋 = 13,07𝑘𝑁𝑚
Para todas as outras lajes em balanço a concepção e os resultados são os mesmos, pois
todas possuem um balanço de 145cm e possuem as mesmas cargas de alvenaria e piso, do
nível G300 ao nível G600.
Para o nível G700 a concepção é diferente pois neste nível a Laje não possuem Parapeito
lateral nem o parapeito frontal logo a concepção estrutural será:
83
Fig.4.34– Concepção estrutural Laje em Balanço nível G700.
∑ 𝐹𝑉 = 0; 𝑅 − (5,50𝑥1,45) = 0 ; 𝑅 = 7,98𝑘𝑁
1,45
∑ 𝑀𝐴 = 0; − (5,50𝑥1,45)𝑥 ( )+𝑋 =0
2
; 𝑋 = 5,78𝑘𝑁𝑚
∑ 𝐹𝑉 = 0; 𝑅 − (3,5𝑥1,45) = 0 ; 𝑅 = 5,08 𝑘𝑁
1,45
∑ 𝑀𝐴 = 0; − (3,5𝑥1,45)𝑥 ( )+𝑋 =0
2
𝑋 = 3,68𝑘𝑁𝑚
Logo Abaixo estão representados os esforços nas Lajes dos Pavimentos tipo nível 300-600
devido à carga total g+q (carga acidental + carga permanente) e devido apenas a carga
permanente g.
E representado também no nível G700 devido à carga total e devido à carga g (permanente)
84
Fig.4.35– Reações de apoio devido às lajes do Pavimento Tipo G300-600 carga total.
Fig.4.36a– Reações de apoio devido às lajes do Pavimento Tipo G300-600 carga permanente.
85
Fig.4.36b– Reações de apoio devido às lajes do Pavimento Tipo G300-600 carga acidental – Sobrecarga.
86
𝑘𝑁
Peso da estrutura metálica do telhado galvanizado + telhas = 𝑔𝑡𝑒𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜 = 1,5
𝑚2
Peso do revestimento manta asfáltica estimado revestimento finalizado
𝑘𝑁
𝑔𝑚𝑎𝑛𝑡𝑎 = 0,75 𝑚²
Sobrecarga forro sem acesso à pessoas𝑞𝑆𝐶 = 0,5 𝑘𝑁/𝑚²
87
Fig.4.39– Momentos Positivos e negativos nas Lajes da cobertura nível G700.
Fig.4.40- a– Reações de apoio nas lajes da cobertura G700 devido apenas à carga permanente g.
Fig.4.40- b– Reações de apoio nas lajes da cobertura G700 devido apenas à carga acidental – Sobrecarga.
88
DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS DAS LAJES – G900
Armadura mínima de Lajes Maciças Retangulares – Armada em duas direções.
Para melhorar o desempenho e a ductilidade à flexão, assim como controlar a fissuração, são
necessários valores mínimos de armadura passiva, dados na tabela 4.5. Essa armadura deve
ser constituída preferencialmente por barras com alta aderência ou por telas soldadas.
Tabela 4.5 – Taxa de armadura mínima por fck e a relação d/h, seções retangulares.
𝑘limite < 0,295 𝑐𝑟𝑖𝑡é𝑟𝑖𝑜 𝑵𝑩𝑹𝟔𝟏𝟏𝟖: 𝟐𝟎𝟏𝟒 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝑪𝒍𝒂𝒔𝒔𝒆 𝒂𝒕é 𝑪𝟓𝟎
2,5 𝑘𝑁
𝑓𝑐 = 0,85𝑓𝑐𝑑 = 0,85 = 1,518 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑗𝑒 𝑏 = 100𝑐𝑚
1,4 𝑐𝑚2
Classe de agressividade II – NBR6118:2014: cobrimento c=2,5cm e uma armação de
diâmetro de 5mm temos a altura útil d aproximada, para uma laje de 9cm de altura:
0,5
𝑑 = 9 − 2,5 + ( ) = 6,25 𝑐𝑚;
2
89
𝑓𝑦𝑑 60
𝐀ç𝐨 𝐂𝐀𝟔𝟎 – Tensão de cálculo no Aço = = 52,17 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
1,15 1,15
𝑓𝑦𝑑 50
𝐀ç𝐨 𝐂𝐀𝟓𝟎 – Tensão de cálculo no Aço = = 43,48 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
1,15 1,15
𝑑 6,25
Armadura mínima CA60 𝑓𝐶𝑘 = 25𝑀𝑃𝑎, = = 0,69 pela tabela 4.5, é 𝟎, 𝟏𝟓𝟎%𝑨𝒄.
ℎ 9
As armaduras positivas em lajes armadas em duas direções podem ser reduzidas para 0,67
=0,10%Ac.
Para a armadura negativa a armadura mínima é igual 0,150%Ac.
Adotar a altura útil (d) igual a 6,00cm favor da segurança.
Momento Positivo na Laje – Ma=1,32kNm = 132kNcm
𝑀𝑑 1,32𝑥100𝑥1,4
𝐾= = = 0,034 < 𝐾lim = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝐾` = 𝐾
𝑓𝑐 𝑏𝑑² 1,518𝑥100𝑥62
90
Laje L18-G900:
Momentos positivos Ma=2,24kNm.
𝑀𝑑 2,24𝑥100𝑥1,4
𝐾= = = 0,057 < 𝐾lim = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝐾` = 𝐾
𝑓𝑐 𝑏𝑑² 1,518𝑥100𝑥62
91
𝑓𝑐 𝑏𝑑 1,518𝑥100𝑥7
𝐴𝑠1 = (1 − √1 − 2𝐾) = (1 − (√1 − 2(0,033)
𝑓𝑦𝑑 52,17
= 0,81𝑐𝑚2 /𝑚 < 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 1,00 𝑐𝑚2 /𝑚
Mb=2,38kNm
𝑀𝑑 2,38𝑥100𝑥1,4
= = = 0,045 < 𝐾lim = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝐾` = 𝐾
𝑓𝑐 𝑏𝑑² 1,518𝑥100𝑥72
92
𝑓𝑐 𝑏𝑑 1,518𝑥100𝑥7
𝐴𝑠1 = (1 − √1 − 2𝐾) = (1 − (√1 − 2(0,055)
𝑓𝑦𝑑 52,17
= 1,07𝑐𝑚2 /𝑚 > 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 1,00 𝑐𝑚2 /𝑚
Mb=1,20kNm já calculado valores superiore anteriormente < Asmin =1,00cm²/m
Momento negativo:
X=10,86kNm
𝑀𝑑 10,86𝑥100𝑥1,4
𝐾= = = 0,204 < 𝐾lim = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝐾` = 𝐾
𝑓𝑐 𝑏𝑑² 1,518𝑥100𝑥72
Tabela 4.7 – Coeficiente para multiplicação adicional para os esforços em lajes balanço.
Para X=5,78kNm
𝑀𝑑 5,78𝑥100𝑥𝟏, 𝟒𝒙𝟏, 𝟒𝟓
𝐾= = = 0,158 < 𝐾lim = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝐾` = 𝐾
𝑓𝑐 𝑏𝑑² 1,518𝑥100𝑥7, 02
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 + 𝐴𝑠2 ; 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 + 0; 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1
𝑓𝑐 𝑏𝑑 1,518𝑥100𝑥7
𝐴𝑠1 = (1 − √1 − 2𝐾) = (1 − (√1 − 2(0,158) = 4,23 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑓𝑦𝑑 43,48
𝐴𝑠1 >𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 1,50 𝑐𝑚2 /𝑚
93
No dimensionamento das armaduras das lajes em balanço, os esforços solicitantes de cálculo
a serem considerados devem ser multiplicados por um coeficiente adicional 𝛾𝑛 de acordo
com o indicado na tabela 4.7;
X=15,17kNm valor da figura 4.37 deste capítulo.
𝑀𝑑 15,17 𝑥100𝑥1,4𝑥1,45
𝐾= = = 0,414 > 𝐾lim = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝐾` = 𝐾𝑙𝑖𝑚
𝑓𝑐 𝑏𝑑² 1,518𝑥100𝑥7, 02
Armadura dupla na laje maciça, E agora? Não é recomendável o uso de armadura dupla na
laje maciça, principalmente em balanço logo iremos aumentar a espessura para 12cm.
Como houve aumento da espessura ocorre um aumento no peso próprio e aumento na carga
permanente:
𝒌𝑵
𝒈𝒑𝒑 = 𝟎, 𝟏𝟐𝒙𝟐𝟓 = 𝟑, 𝟎 𝒎𝟐,
𝑘𝑁
Peso próprio revestimento para regularização do piso 𝑔𝑟𝑒𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 1 𝑚2
Sobrecarga para casa Edifícios residenciais 𝑞𝑆𝐶 = 2,0 𝑘𝑁/𝑚²
Carga alvenaria na laje L1-G300 – Temos 2 muretas laterais paralelas à direção da armadura,
em alvenaria de tijolos furados com 1,20 de altura 15 cm de espessura, iremos considerar o
peso por metro linear logo temos:
A carga obrigatória de Norma mais o peso próprio da mureta normal à direção principal da
armadura da laje será:
Carregamento Obrigatório de Norma para lajes balanço com parapeito:
𝑘𝑁
2 𝑝𝑎𝑟𝑎 1,0 𝑚 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 = 2𝑘𝑁
𝑚
Peso próprio da alvenaria perpendicular à direção principal é
𝑘𝑁
2,34 𝑝𝑎𝑟𝑎 1,0 𝑚 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 = 2,34𝑘𝑁
𝑚
Carga concentrada Total = 2+2,34 = 4,34 kN
Temos uma carga de 0,8 kN horizontal no topo do parapeito obrigatória de norma logo
teremos um momento concentrado de 0,8x1,20(altura do parapeito) =0,96kNm
94
𝑴𝒅 𝟏𝟓, 𝟔𝟗 𝒙𝟏𝟎𝟎𝒙𝟏, 𝟒𝒙𝟏, 𝟑𝟓
𝑲= = = 𝟎, 𝟐𝟒𝟏 < 𝑲𝐥𝐢𝐦 = 𝟎, 𝟐𝟗𝟓 𝒍𝒐𝒈𝒐 𝑲` = 𝑲 𝒐𝒌
𝒇𝒄 𝒃𝒅² 𝟏, 𝟓𝟏𝟖𝒙𝟏𝟎𝟎𝒙𝟗𝟐
𝑓𝑐 𝑏𝑑 1,518𝑥100𝑥9
𝐴𝑠1 = (1 − √1 − 2𝐾) = (1 − (√1 − 2(0,241) = 8,81 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑓𝑦𝑑 43,48
𝐴𝑠1 >𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 1,50 𝑐𝑚2 /𝑚.
Para o restante das lajes do edifício o processo é análogo, temos os esforços do
Pavimento tipo e cobertura.
95
CAPÍTULO - 5 - ELS- ESTADO LIMITE DE SERVIÇOS – DEF- deformações
excessivas- LAJES
96
• Se Momento de fissuração 𝑴𝒓 < 𝑴𝒔𝒆𝒓𝒗𝒊ç𝒐 – ESTÁDIO II – calcular a rigidez
equivalente da seção fissurada.
5 – No ESTÁDIO I – Consideramos a altura h da laje retangular conforme adotado.
No ESTÁDIO II – Calculamos a altura equivalente.
𝟑 𝟏𝟐𝑰
𝒆𝒒
𝒉𝒆𝒒 = √
𝟏𝟎𝟎
𝒑𝒊 𝒙 𝒂𝟒
5 − 𝒇𝒊 = 𝒇𝟏 𝒙
𝟑𝟖𝟒 (𝑬𝑰)𝒆𝒒
Com
𝜟𝝃 ′
𝑨′ 𝒔
α𝒇 = 𝑬 𝝆 = 𝝆′ =0 lajes s/ armadura dupla
𝟏 + 𝟓𝟎𝝆′ 𝒃𝒅
𝜟𝝃 = 𝝃(t)-𝝃(𝒕𝟎 )
𝝃 é um coeficiente função do tempo, que pode ser obtido diretamente na tabela:
𝒇𝒕𝒐𝒕 = 𝒇𝒊 + 𝜶𝒇 𝒇𝒊 = (𝟏 + 𝜶𝒇 )𝒇𝒊
97
Para cargas aplicadas após 14 dias, 0,5mês, com 𝝆′ =0 (sem armadura dupla) obtêm-se para
𝜶𝒇 :
𝜟𝝃 = 𝝃(t)-𝝃(𝒕𝟎 ) = 𝟐 − 𝟎, 𝟓𝟒 = 𝟏, 𝟒𝟔
𝒑 = 𝒈 + 𝒒 = 𝟒, 𝟓 + 𝟎, 𝟓 = 𝟓 𝒌𝑵/𝒎²
1. Combinação quase permanente para a L17-G900
98
2
𝑀𝑟 = 0,75 ℎ2 (𝑓𝑐𝐾 )2/3 = 0,75𝑥(92 )(25)3 = 519,41 𝑘𝑁𝑐𝑚
4. Comparar o Momento de Serviço com o Momento de Fissuração:
𝑘𝑁
𝑝𝑎 = 4,65𝑥4,43 = 20,6 ; 𝑝𝑎2 = 4,65𝑥4,432 = 91,26𝑘𝑁𝑚
𝑚
𝑝𝑎2 91,26
𝑀𝑎 = = = 1,23 𝑘𝑁𝑚 = 123 𝑘𝑁𝑐𝑚 < 𝑀𝑟 = 519,41 𝑘𝑁𝑐𝑚 − 𝐸𝑆𝑇Á𝐷𝐼𝑂 𝐼
𝑚𝑎 74,1
𝑝𝑎2 91,26
𝑀𝑏 = = = 2,45 𝑘𝑁𝑚 < 𝑀𝑟 = 519,41 𝑘𝑁𝑐𝑚 − 𝐸𝑆𝑇Á𝐷𝐼𝑂 𝐼
𝑚𝑏 37,2
𝑝𝑖 𝑎4 0,000465𝑥4434
𝑓𝑖 = 𝑓1 = 0,011 = 0,124𝑐𝑚
𝐸𝐶𝑆 ℎ3 2173,5𝑥93
𝑓𝑑𝑖𝑓 = α𝑓 𝑓𝑖 = 1, 𝟒𝟔𝒇𝒊 = 𝟏, 𝟒𝟔𝒙𝟎, 𝟏𝟐𝟒 = 𝟎, 𝟏𝟖𝟐𝒄𝒎
Flecha diferida no tempo de para cargas aplicadas após 14 dias, 0,5mês, com 𝝆′ =0 (sem
armadura dupla) obtêm-se para 𝜶𝒇 :
2. Momento de fissuração:
2
𝑀𝑟 = 0,75 ℎ2 (𝑓𝑐𝐾 )2/3 = 0,75𝑥(102 )(25)3 = 641,24 𝑘𝑁𝑐𝑚
𝑘𝑁
3. 𝑝𝑎 = 35,75𝑥1,95 = 69,71 ; 𝑝𝑎2 = 35,75𝑥1,952 = 135,94𝑘𝑁𝑚
𝑚
𝑝𝑎2 135,94
𝑀𝑎 = 𝑀𝑏 = = = 5,76 𝑘𝑁𝑚 < 𝑀𝑟 = 641,24 𝑘𝑁𝑐𝑚 − 𝑬𝑺𝑻Á𝑫𝑰𝑶 𝑰
𝑚𝑎 23,6
𝑝𝑖 𝑎4 0,003575𝑥1954
𝑓𝑖 = 𝑓1 = 0,048 = 0,1142𝑐𝑚
𝐸𝐶𝑆 ℎ3 2173,5𝑥103
𝑓𝑑𝑖𝑓 = α𝑓 𝑓𝑖 = 1,46𝑓𝑖 = 1,46𝑥0,1142 = 0,1667𝑐𝑚
99
195
𝐹𝑙𝑒𝑐ℎ𝑎 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙: = 0,78𝑐𝑚 > 0,281𝑐𝑚 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑜𝑘.
250
A Laje em balanço do Pavimento tipo teve sua espessura aumentada para 12cm como
𝒌𝑵
consequência temos um aumento do seu peso próprio 𝒈𝒑𝒑 = 𝟎, 𝟏𝟐𝒙𝟐𝟓 = 𝟑, 𝟎 𝒎𝟐 , logo os
esforços de cálculo serão:
Novo Carregamento na laje balanço devido à espessura de 12cm da laje.
𝒌𝑵
𝒈𝒑𝒑 = 𝟎, 𝟏𝟐𝒙𝟐𝟓 = 𝟑, 𝟎 𝒎𝟐,
𝑘𝑁
Peso próprio revestimento para regularização do piso 𝑔𝑟𝑒𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 1 𝑚2
Sobrecarga para casa Edifícios residenciais 𝑞𝑆𝐶 = 2,0 𝑘𝑁/𝑚²
Carga alvenaria na laje L1-G300 – Temos 2 muretas laterais paralelas à direção da armadura,
em alvenaria de tijolos furados com 1,20 de altura 15 cm de espessura, iremos considerar o
peso por metro linear logo temos:
100
A carga obrigatória de Norma mais o peso próprio da mureta normal à direção principal da
armadura da laje será:
𝑘𝑁
2 𝑝𝑎𝑟𝑎 1,0 𝑚 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 = 2𝑘𝑁
𝑚
Peso próprio da alvenaria perpendicular à direção principal é
𝑘𝑁
2,34 𝑝𝑎𝑟𝑎 1,0 𝑚 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 = 2,34𝑘𝑁
𝑚
Carga concentrada Total = 2+2,34 = 4,34 kN
Temos uma carga de 0,8 kN horizontal no topo do parapeito obrigatória de norma logo
teremos um momento concentrado de 0,8x1,20(altura do parapeito) =0,96kNm
pi= g+0,3q=6,34+0,3(2,00)=6,94kN/m² para 1,0m de largura pi=6,94kN/m
Fig. 5.3 – Concepção estrutural Laje em balanço com parapeito com 12cm de espessura e DMF.
O Momento Mr será:
2 2
𝑀𝑟 = 0,75𝑥(ℎ2 )𝑥 (𝑓𝑐𝑘 3 ) = 0,75𝑥(122 )𝑥 (253 ) = 923,4 𝑘𝑁𝑐𝑚
101
Onde n= Es/Ecs = 21000/2173,5=9,66
Es é o módulo de Elasticidade do Aço.
1 1
𝐴= (𝑛𝐴𝑠) = 𝑥(9,66𝑥8,81) = 0,85
𝑏 100
2 2
𝐵= (𝑑𝑛𝐴𝑠) = (9𝑥9,66𝑥8,81) = 15,32
𝑏 100
𝑏𝑓 𝑋𝐼𝐼3 100𝑥3,1553
𝐼𝑛 = 𝐼𝐼𝐼 = + 𝑛𝐴𝑠 (𝑑 − 𝑋𝐼𝐼 )2 = + 9,66𝑥8,81𝑥(9 − 3,16)2
3 3
𝐼𝑛 = 𝐼𝐼𝐼 = 3954,36 𝑐𝑚4
100𝑥123 3954,36
𝐼𝐶 = = 14400𝑐𝑚4 𝑥100 = 27%
12 14400
𝑀𝑟 3 𝑀𝑟 3
𝐸𝐼𝑒𝑞,𝑡0 = 𝐸𝐶𝑆 {( ) 𝐼𝐶 + [1 − ( ) ] 𝐼𝐼𝐼 }
𝑀𝑎 𝑀𝑎
923,4 3 923,4 3
𝐸𝐼𝑒𝑞,𝑡0 = 2143,5[( ) 14400 + ((1 − ( ) )𝑥 3954,36)]
1422 1422
1 7,23𝑥137,53
𝑓𝑖𝑛𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑜 = ( ) = 0,423𝑐𝑚
3 14812206,89
Flecha devido ao momento concentrado:
M infinito = 2,46x0,3x0,96 =0,708kNm
102
1 70,8𝑥137, 52
𝑓𝑖𝑛𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑜 = ( ) = 0,045𝑐𝑚
2 14812206,89
FLECHA TOTAL NO INFINITO:
𝒇𝒊𝒏𝒇𝒊𝒏𝒊𝒕𝒐 = 𝟎, 𝟓𝟐 + 𝟎, 𝟒𝟑 + 𝟎, 𝟎𝟒𝟓 = 𝟎, 𝟗𝟗𝟓𝒄𝒎
A flecha admissível,
𝒍 𝟏𝟑𝟕, 𝟓
= = 𝟏, 𝟏𝟎 𝒄𝒎 > 𝟎, 𝟗𝟗𝟓 𝒄𝒎 𝒍𝒐𝒈𝒐 𝒐𝑲
𝟏𝟐𝟓 𝟏𝟐𝟓
103
CAPÍTULO -5.1 –LAJES - DETALHAMENTO – NBR6118:2014
104
Fig.5.1.1 – esquema de armaduras e vista de corte no engaste.
105
igual a 1/5 do menor vão da laje, medida a partir das faces dos apoios. A armadura
inferior Pode ser substituída por uma malha composta por duas armaduras
perpendiculares como em geral as barras da armadura inferior são adotadas
constantes em toda a laje, não é necessária armadura adicional inferior de canto. Já a
armadura superior se faz necessária e, para facilitar a execução, recomenda-se adotar
malha ortogonal superior com seção transversal, em cada direção, não inferior a
As/2.
106
5.1.4 – DETALHANDO AS LAJES DO PROJETO
2- Maior dos menores lados: 443 >391>270 logo o comprimento mínimo da armadura
negativa para cada lado dos eixos será de 0,25x391 =97,75cm adotado C=100cm para cada
lado.
L17 – 4,43x2,70 - p = 4,5 + 0,5 = 5 kN/m onde a=4,43m e b=2,70m, pela Planilha temos:
Armaduras Positivas e Negativas:
107
𝑙𝑚𝑖𝑛 = 443 + 4 + 4 = 451𝑐𝑚
1,00
𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 − = 0,20𝑚 = 20𝑐𝑚
5
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑠 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎𝑠 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑏 = 270𝑐𝑚, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑙𝑚𝑖𝑛 = 270 + 4 + 4 = 278𝑐𝑚
1,00
𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 − = 0,14𝑚 = 14𝑐𝑚
7
Comprimento e espaçamento armadura negativa:
Comprimento armadura negativa 0,25x391 =97,75cm adotado C=100cm.
1,00
𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 − = 0,2𝑚 = 20𝑐𝑚
5
Comprimento da dobra:
𝑙𝑑 = ℎ − 2𝑐 = 9 − (2𝑥2,5) = 4𝑐𝑚.
Detalhar a laje L18 –G900:
2- Maior dos menores lados: 443 >391>270 logo o comprimento mínimo da armadura
negativa para cada lado dos eixos será de 0,25x391 =97,75cm adotado C=100cm.
L18 – 4,91x2,70 - p = 4,5 + 0,5 = 5 kN/m onde a=3,91m e b=2,70m, pela Planilha temos:
108
1,00
𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 − = 0,167𝑚 = 16𝑐𝑚
6
▪ Armadura de Canto:
Como na prática já se estende a armadura positiva até os cantos das lajes devemos apenas
acrescentar armadura de canto suspensa, logo a armadura suspensa nos cantos não contínuos
das lajes:
0,92
75% 𝑑𝑎 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 0,75𝑥1,22 = 0,92𝑐𝑚2 ; = 1,82𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠/𝑚 = 2,0
0,503
0,2𝑥443 = 88,6𝑐𝑚 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑟 90𝑐𝑚 𝑒 0,2𝑥2,70 = 0,54𝑐𝑚 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑟 55𝑐𝑚
Adotar o menor espaçamento no caso 14cm.
7 barras no espaçamento de 90cm e 4 barras no espaçamento de 55cm.
109
5.1.4.2 – LAJE CASA DE MÁQUINAS
Adotando barra de CA60-5mm para as armaduras positivas nas duas direções temos as
quantidades:
𝐴𝑠𝑐𝑎𝑙 2,71𝑐𝑚2 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
= 2
= 13,82 𝑑𝑒 𝐿𝑎𝑗𝑒 , 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 14 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 1 𝑎 𝑐𝑎𝑑𝑎 7𝑐𝑚.
𝐴5𝑚𝑚 0,196𝑐𝑚 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜
𝑙𝑚𝑖𝑛 = 195 + 4 + 4 = 203𝑐𝑚
Armadura de canto:
2,03 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑙𝑚𝑖𝑛 = 0,75𝑥2,71 = 2,03𝑐𝑚2 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 = 4,04 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠
0,503 𝑚
5 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 7𝑐𝑚
110
5.1.4.2 – LAJE COBERTURA –G700- RESERVATÓRIOS DE ÁGUA.
111
𝐴𝑠𝑐𝑎𝑙 4,36 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
= = 8,67𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑟 9 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑗𝑒.
𝐴8𝑚𝑚 0,503 𝑚
Comprimento 4,20>3,91>2,70
9φ8mm 1c/11cm C=0,25x3,91=0,97m adotar 100cm
Utilizando a planilha de cálculo de laje em duas direções podemos calcular automaticamente
as armaduras das lajes da cobertura, necessitando apenas de entrar com as medidas
geométricas das lajes e o carregamento fazendo isto temos as armaduras da laje da cobertura
conforme as figuras abaixo:
LAJES DA COBERTURA – G700 – Carregamento.
𝑘𝑁 𝑘𝑁
Peso próprio da Laje L9-G700 𝑔𝑝𝑝 = 25 𝑚3 𝑥 0,10 (𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎) = 2,50 𝑚2
𝑘𝑁
Peso da estrutura metálica do telhado galvanizado + telhas = 𝑔𝑡𝑒𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜 = 1,5 𝑚2
Peso do revestimento manta asfáltica estimado revestimento finalizado
𝑘𝑁
𝑔𝑚𝑎𝑛𝑡𝑎 = 0,75 𝑚²
Sobrecarga forro sem acesso à pessoas 𝑞𝑆𝐶 = 0,5 𝑘𝑁/𝑚²
112
Se compararmos as armaduras de todas as Lajes acima nas direções a e b, notamos os
valores da armadura mínima 1,00cm²/m com exceção do valor de 1,17cm²/m da Laje L6
logo temos:
𝐴𝑠𝑐𝑎𝑙 1,17𝑐𝑚2 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
= = 5,97 𝑑𝑒 𝐿𝑎𝑗𝑒 , 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 6 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 1 𝑎 𝑐𝑎𝑑𝑎 16𝑐𝑚.
𝐴5𝑚𝑚 0,196𝑐𝑚2 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜
113
Fig.5.1.13 – Projeto das armaduras Negativas na Laje da Cobertura – G700
114
Armadura secundária negativa:
A armadura secundária de flexão deve ser igual ou superior a 20% da armadura principal,
mantendo-se, ainda, um espaçamento entre barras de, no máximo, 33 cm. Vamos adotar
30% =0,3x4,23cm²/m =1,27cm²/m
Para As=1,27cm²/m iremos adotar φ10mm com A=0,785cm² logo 1,27/0,785 =1,62 barras
de φ10mm = adotaremos 2φ10mm por metro, porém espaçamento ficaria maior que 33cm
que é o máximo admissível logo iremos adotar 4φ10mm 1c/25cm C=303cm.
Armadura de distribuição
As=1,27cm²/m adotaremos CA60-5.0mm c/ A=0,196cm² =7φ5mm c/14 C=303cm.
E comprimento de C=150cm na direção do vão do balanço.
115
Fig.5.1.15 –Projeto armaduras positiva das Lajes do Pav. Tipo G300 até G600.
Fig.5.1.15 –Projeto armaduras Negativas das Lajes do Pav. Tipo G300 até G600.
116
𝑓𝑐 𝑏𝑑 1,518𝑥100𝑥9
𝐴𝑠1 = (1 − √1 − 2𝐾) = (1 − (√1 − 2(0,158) = 8,46 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑓𝑦𝑑 43,48
𝐴𝑠1 >𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 1,50 𝑐𝑚2 /𝑚.
Laje armada em uma direção teremos uma armadura de distribuição no sentido do maior
vão. A armadura secundária de flexão deve ser igual ou superior a 20% da armadura
principal, mantendo-se, ainda, um espaçamento entre barras de, no máximo, 33 cm. Vamos
utilizar 30% =0,3x8,46 =2,53cm²/m
- Para As=8,46cm²/m iremos adotar φ12,5mm com A=1,227cm² logo 8,46/1,227 =6,89φ12,5
=7φ12,5mmc/12cm C=148cm –
ATENÇÃO QUANDO A LAJE EM BALANÇO O COMPRIMENTO DA
ARMADURA NEGATIVA DEVE SER NO MÍNIMO DUAS VEZES O VÃO DO
BALANÇO !!!! Logo C= 2x145 =290cm >148cm!
Armadura Secundária Negativa:
Armadura As=2,53cm²/m adotaremos CA50-10mm c/ A=0,785cm²
Quantidade de barras para 1,0metro de largura de laje igual 2,53/0,785=3,23 barras de
10mm por metro adotaremos 4 barras de 10mm por metro 4φ10mm c/25cm C=303cm
Armadura de distribuição positiva
As=2,53cm²/m adotaremos CA60-5.0mm c/ A=0,196cm² =13φ5mm c/8 C=303cm e
C=150cm na outra direção.
117
Fig.5.1.16 – detalhamento Laje balanço Pavimento tipo G300 a G600.
É importante o Engenheiro Estrutural ter números básicos para comparar com os seus
resultados por isso temos sempre em mente a cubagem aproximada para lajes maciças de
edifícios residenciais sem cargas especiais.
Logo para o nosso projeto temos as quantidades abaixo para o pavimento tipo:
Pela tabela acima que soma a quantidade total de quilos de Aço de todo o pavimento tipo de
armaduras positivas e negativas calcula o volume total de concreto, temos a relação abaixo
entre a massa de aço (kg) pelo volume de concreto do pavimento tipo (m³):
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎𝑎ç𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 1109,98
= = 63,28 𝑘𝑔/𝑚³
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐 17,54
Um valor bem próximo do índice mínimo 65kg/m³ logo OK.
118
CAPÍTULO – 6 - Dimensionamento escada concreto armado
119
6.2 CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
CARGAS NO PATAMAR:
PERMANENTES:
𝑘𝑁
• 𝑔𝑝𝑝 = 2,50 𝑚2
𝑘𝑁
• Revestimento da escada = 𝑔𝑟𝑒𝑣𝑒𝑠𝑡 = 1 𝑚2
• Estrutura metálica de corrimão e proteção = 0,50 kN/m²
ACIDENTAL:
• Sobrecarga para escadas sem acesso ao público NBR6120 𝑞𝑆𝐶 = 2,5 𝑘𝑁/𝑚²
TOTAL:
• P= 4,0+2,5 = 6,50 kN/m²
120
Fig.6.4 – Concepção estrutural (a) ; DMF(b) –trecho1
121
momentos máximos dos tramos 1 2 são respectivamente, 21,23 kNm e 20,7kNm iremos
adotar para os 2 tramos M=21,23 kNm.
21,23𝑥100𝑥1,4
𝐾= = 0,242
1,518𝑥100𝑥9²
1,518𝑥100𝑥9
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 = 𝑥(1 − (√1 − 2𝑥(0,242) = 8,85 𝑐𝑚2 /𝑚
43,48
𝐴𝑠 𝑚𝑖𝑛 = 0,12𝑥0,15% = 1,8𝑐𝑚²
Logo 𝐴𝑠 > 𝐴𝑠 𝑚𝑖𝑛
6.4 - Armadura de distribuição
Na direção transversal ao eixo da escada deve-se dispor uma armadura de
distribuição com área dada pelo maior dos valores:
0,9𝑐𝑚2
𝐴𝑠 /5 = 8,85/5 =1,77 cm² 0,9 cm²/m 0,5𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,5𝑥1,8 = 𝑚
Fig.6.5 –DFV
𝑎𝑙
𝑅𝑠𝑑 = ( ) 𝑉𝑑 = 1,5𝑉𝑑
𝑑
Onde al=1,5d para lajes sem armadura de cisalhamento.
1,5𝑉𝑑 1,5𝑥1,4𝑥20,26
𝐴𝑠𝑐𝑎𝑙 = = = 0,98 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑓𝑦𝑑 43,48
122
6.5 DETALHAMENTO DA ESCADA
123
ARMADURA LONGITUDINAL
1,518𝑥100𝑥9
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 = 𝑥(1 − (√1 − 2𝑥(0,242) = 8,85 𝑐𝑚2 /𝑚
43,48
Adotaremos 𝞍12.5 – A =1,227cm² - 7,213 𝞍 – adotar 8 𝞍12,5mm.
A largura do trecho inclinado é de1,20m, logo 10x1,20m o espaçamento será para
10𝞍12,5mm, espaçamento 12cm – Logo:
124
125
CAPÍTUL7- PROJETO DAS VIGAS SUBESTRUTURA CONTRAVENTADA
126
Fig.7.3 – Figura de ruptura real de uma viga de concreto armado.
127
7.3 - Dimensionamento de Vigas de Seção retangular.
Dimensionar uma viga é fixar sua forma geométrica, calcular as armaduras positivas
e as armaduras negativas, eventualmente armadura dupla. Além disso prevemos os estribos
para dar resistência ao cisalhamento e dar condição construtiva à viga.
Assim Como nas lajes iremos utilizar o parâmetro adimensional K que mede a
intensidade do momento fletor externo solicitante de cálculo, comparar com o fator
adimensional que mede a intensidade do momento fletor interno K’.
Como iremos trabalhar com seções de concreto subarmadas ou normalmente armadas
o valor de K, será delimitado por um limite Klimite que irá definir a máxima profundidade
da linha neutra para que a seção sub ou normalmente armada, os valores limites para k e 𝝰
estão relacionados ao máximo comportamento dúctil do Aço e a categoria do concreto.
Como iremos trabalhar com concretos da classe até C50:
Fig.7.5 –Exemplo de viga com altura h=40cm, 30cm abaixo do piso da laje de 10cm (embutida na parede).
128
Exemplo de cálculo de carga de parede em cima de vigas de edifícios.
Ao verificarmos o projeto arquitetônico do pavimento tipo dos apartamentos verificamos as
paredes em cima das vigas que foram lançadas para ficarem embutidas nas mesmas
conforme os projetos abaixo:
Verificando as figuras 7.6 e 7.7 fazendo sobreposição das duas iremos calcular a carga de
parede como exemplo na Viga V305-a,b.
129
Temos uma parede de alvenaria com duas janelas de 1,50x1,50m logo devemos descontar
estas áreas.
Vão V305-a – Dados geométricos do Projeto:
Altura da parede 2,70 metros.
Viga embutida de h=0,45m, com 0,35m abaixo da laje.
Espessura da parede e=0,20m.
Comprimento da Parede de 3,91m.
𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 (𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑣𝑖𝑔𝑎) = 2,70 − 0,35 = 2,35 𝑚
Peso específico da alvenaria de tijolos furados = 13 kN/m.
Carga total sem considerar o desconto da janela na Parede:
0,20𝑥2,35𝑥13 = 6,11𝑘𝑁/𝑚
(1,5𝑥1,5)𝑥0,20𝑥13
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑎 𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎: = 1,5𝑘𝑁/𝑚
3,91
Logo a carga total a ser considerada com o desconto da janela deverá ser de:
6,11 − 1,50 = 4,61 𝑘𝑁/𝑚
Alguns projetistas não efetuam o desconto dos vãos de janelas e portas o que pode ser
considerado uma prática também aceitável se considerarmos que nestes vãos ainda existam
as estruturas de concreto armado de verga, contraverga marcos de madeira, aço, pedras de
pingadeiras e outros materiais.
Descontar ou não os vãos é uma escolha do projetista.
Na figura 7.8 apresentaremos as cargas totais nas vigas devido as paredes por metro linear
do edifício.
Exemplo 2 – Viga V306-b – 12x40cm – vão 4,43m.
Possui abertura de porta de 1,00x2,10 e espessura de parede 0,15metros.
Carga total sem considerar o desconto da Parede:
0,15𝑥2,40𝑥13 = 4,68𝑘𝑁/𝑚
(1,0𝑥2,1)𝑥0,15𝑥13
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑎 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎: = 0,92𝑘𝑁/𝑚
4,43
Logo a carga total a ser considerada com o desconto da janela deverá ser de:
4,68 − 0,92 = 3,76 𝑘𝑁/𝑚
Exemplo 3- Para a Viga V306a – 12x40cm – vão 3,91m:
A carga será de: 0,15𝑥2,40𝑥13 = 4,68𝑘𝑁/𝑚.
130
Fig.7.8 – Carregamentos nas vigas devido à alvenaria descontando os vãos de portas e janelas- Pav.Tipo.
131
𝑝𝑝𝑣𝑖𝑔𝑎 + 𝑃𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 + 𝑅𝑒𝑎çã𝑜 𝑙𝑎𝑗𝑒𝑠(𝑐𝑎𝑝. 4) = 1,913 + 3,13 + 15,71 + 3,21
= 23,96𝑘𝑁/𝑚
Viga V303-c:
𝑝𝑝𝑣𝑖𝑔𝑎 + 𝑅𝑒𝑎çã𝑜 𝑙𝑎𝑗𝑒𝑠(𝑐𝑎𝑝. 4) + 𝑅𝑒𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑑𝑎
132
Abaixo representado as cargas no nível G900.
133
Fig.7.12– Carregamento Total vigas no nível G700.
134
Fig.7.13– Concepção estrutural Pórtico Plano Subestrutura Contraventada.
135
Momentos Positivos por vãos, lembrando que a viga simétrica.
V303a – Momento Positivo M=4,23kNm
V303b – Momento Positivo M=17,11kNm
V303c – Momento Positivo M=5,47kNm
Momentos Negativos:
Apoios Externos:
X=8,27kNm
Apoios Internos:
X1=24,74kNm
X2=30,76kNm
7.11 DIMENSIONAMENTO DA V303-G300 (12x40cm) à Flexão.
DIMENSIONAMENTO. À FLEXÃO:
ESFORÇOS SOLICITANTES DE CÁLCULO:
Cobrimento c=3,0 cm devido à classe de agressividade II. Norma NBR6118:2014.
𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 ú𝑡𝑖𝑙 𝑑 = 40 − 3 − 0,5 − 0,5 = 36 𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜
Vão 1 - 293cm - M=4,23 kNm;
423𝑥1,4
𝑘= = 0,025 < 𝑘𝑙𝑖𝑚 = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑘 ′ = 𝑘 ; 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1
1,518𝑥12𝑥36²
1,518𝑥12𝑥36
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 = 𝑥(1 − √1 − 2(0,025) = 0,382𝑐𝑚²
43,48
𝑑 36
Armadura mínima de vigas fazer a relação = = 0,90 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑓𝑐𝑘 = 25𝑀𝑃𝑎
ℎ 40
Tabela 4.6 páginas 87.
𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,150%𝑥𝐴𝑐 = 0,15%(40𝑥12) = 0,72𝑐𝑚2 > 𝐴𝑠1 = 0,382𝑐𝑚2
Adotar a armadura mínima.
Vão 2 -420cm – M=17,11 kNm:
1711𝑥1,4
𝑘= = 0,1015 < 𝑘𝑙𝑖𝑚 = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑘 ′ = 𝑘 ; 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1
1,518𝑥12𝑥36²
1,518𝑥12𝑥36
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 = 𝑥(1 − √1 − 2(0,1015) = 1,62𝑐𝑚2 > 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,72𝑐𝑚²
43,48
Vão 3 -270cm – M=5,47 kNm:
547𝑥1,4
= = 0,032 < 𝑘𝑙𝑖𝑚 = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑘 ′ = 𝑘 ; 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1
1,518𝑥12𝑥36²
136
1,518𝑥12𝑥36
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 = 𝑥(1 − √1 − 2(0,032) = 0,49𝑐𝑚2 < 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,72𝑐𝑚²
43,48
Adotar armadura mínima.
Momento negativo no Apoio Extremo à esquerda: X=8,27 kNm;
827𝑥1,4
𝑘= = 0,049 < 𝑘𝑙𝑖𝑚 = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑘 ′ = 𝑘 ; 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1
1,518𝑥12𝑥36²
1,518𝑥12𝑥36
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 = 𝑥(1 − √1 − 2(0,049) = 0,76𝑐𝑚2 > 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,72𝑐𝑚²
43,48
Adotando o maior momento negativo para determinar uma armadura simétrica temos:
X=30,76 kNm
3076𝑥1,4
𝑘= = 0,182 < 𝑘𝑙𝑖𝑚 = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑘 ′ = 𝑘 ; 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1
1,518𝑥12𝑥36²
1,518𝑥12𝑥36
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 = 𝑥(1 − √1 − 2(0,182) = 3,06𝑐𝑚2 > 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,72𝑐𝑚²
43,48
7.12 - DIMENSIONAMENTO DA V303-G300 – CISALHAMENTO
O cálculo da armadura transversal (armadura de cisalhamento) das vigas de concreto armado
é feito assimilando-se a viga de concreto fissurada a uma treliça plana de banzos paralelos
(analogia de treliça). A alma desta treliça é constituída por diagonais comprimidas de
concreto (bielas) e diagonais ou montantes tracionados de aço. As bielas são inclinadas de θ
graus em relação ao eixo da viga e as diagonais tracionadas inclinadas de α graus em relação
ao mesmo eixo. A armadura longitudinal da viga e a sua região comprimida formam os
banzos paralelos da treliça. Figura abaixo.
137
O estudo da treliça com vistas ao cálculo da armadura transversal das vigas é dividido
em três partes. Na primeira parte verifica-se a biela comprimida com relação à sua ruptura.
Em seguida, na segunda parte, determinam-se a força cortante gerada pela armadura
transversal mínima e pelos mecanismos resistentes que se manifestam no interior do
concreto. Na terceira parte, calcula-se armadura transversal.
𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑2
𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑3 = 𝑉𝑐 + 𝑉𝑆𝑤
138
𝑉𝑑
𝜏𝑤𝑑2 é 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑒 𝜏𝑤𝑑 =
𝑏𝑑
Se
𝜏𝑤𝑑 ≤ 𝜏𝑤𝑑2 𝐴 𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒.
7.12.2 Cálculo da Armadura de Cisalhamento:
Calcular as parcelas:
𝑉𝑐 = 𝜏𝑐0 𝑏𝑑
A tensão convencional de cisalhamento devido aos mecanismos da treliça 𝜏𝑐0 depende de
fck pode ser tabelada:
𝑉𝑆𝑤
= 𝜏𝑆𝑤
𝑏𝑑
𝑉𝑆𝑑 𝑉𝑐 𝑉𝑆𝑤
≤ + ; 𝜏 ≤ 𝜏𝑐0 + 𝜏𝑆𝑤
𝑏𝑑 𝑏𝑑 𝑏𝑑 𝑤𝑑
Logo a taxa de armadura de cisalhamento para 1,00metro será dada pela equação
abaixo:
𝜏𝑤𝑑 − 𝜏𝑐0 𝑉𝑑
𝜌𝑊 = 100 𝜏𝑐0 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 7.2 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑓𝑐𝑘 𝑒 𝜏𝑤𝑑 =
39,15 𝑏𝑑
139
E a armadura é dada por 𝐴𝑠 = 𝜌𝑤 𝑏
E deverá ser comparada com a tensão mínima dado na tabela abaixo, na armadura para se
obter taxa mínima 𝜌𝑊𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑜 .
140
Primeiro calcular a tensão solicitante na biela comprimida:
𝑉𝑑 44,02𝑥1,4
𝜏𝑤𝑑 = = = 0,143 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑏𝑑 12𝑥36
Comparando com a tensão resistente da tabela 7.1 - 𝜏𝑤𝑑2 = 0,434 𝑘𝑁/𝑐𝑚2
𝜏𝑤𝑑 = 0,143 < 𝜏𝑤𝑑2 = 0,434
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑂𝑘 𝑛ã𝑜 𝑜𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑟á 𝑒𝑠𝑚𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜
Cálculo da Armadura de Cisalhamento:
Pela tabela 7.2 𝜏𝑐0 = 0,0769𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑘𝑁
𝜏𝑤𝑑 = 0,143 > 𝜏𝑤𝑑𝑚𝑖𝑛 = 0,117 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑐𝑚2
A taxa da armadura será:
𝜏𝑤𝑑 − 𝜏𝑐0 0,143 − 0,0769
𝜌𝑊 = 100 = 100 = 0,168𝑐𝑚2 /𝑚
39,15 39,15
DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO:
ESFORÇOS SOLICITANTES DE CÁLCULO:
Cobrimento c=3,0 cm devido à classe de agressividade II. Norma NBR6118:2014.
𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 ú𝑡𝑖𝑙 𝑑 = 40 − 3 − 0,5 − 0,5 = 36 𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜
Momento Positivo V703a - M=5,675 kNm;
141
567,5𝑥1,4
𝑘= = 0,034 < 𝑘𝑙𝑖𝑚 = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑘 ′ = 𝑘 ; 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1
1,518𝑥12𝑥36²
1,518𝑥12𝑥36
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 = 𝑥(1 − √1 − 2(0,034) = 0,522𝑐𝑚2 < 0,72𝑐𝑚2
43,48
V307 b -M=12,065 kNm:
1206,5𝑥1,4
𝑘= = 0,072 < 𝑘𝑙𝑖𝑚 = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑘 ′ = 𝑘 ; 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1
1,518𝑥12𝑥36²
1,518𝑥12𝑥36
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 = 𝑥(1 − √1 − 2(0,072) = 1,13𝑐𝑚2 > 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,72𝑐𝑚²
43,48
Dimensionamento à flexão dos Momentos Positivos – M=3,57 kNm:
357 < 567,5 𝑗á 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,72𝑐𝑚²
Para o momento negativo iremos adotar para simplificar a armação na obra e
economizar em cortes e mão de obra o maior momento negativo e adotar para todos os
vãos:
X=21,48 kNm
2148𝑥1,4
𝑘= = 0,127 < 𝑘𝑙𝑖𝑚 = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑘 ′ = 𝑘 ; 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1
1,518𝑥12𝑥36²
1,518𝑥12𝑥36
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 = 𝑥(1 − √1 − 2(0,127) = 2,06𝑐𝑚2 > 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,72𝑐𝑚²
43,48
Dimensionamento ao Cisalhamento da Viga V703:
𝑉𝑑 30,54𝑥1,4
𝜏𝑤𝑑 = = = 0,099𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑏𝑑 12𝑥36
Comparando com a tensão resistente da tabela 7.1 - 𝜏𝑤𝑑2 = 0,434 𝑘𝑁/𝑐𝑚2
142
𝜏𝑤𝑑 = 0,099𝑘𝑁/𝑐𝑚² < 𝜏𝑤𝑑2 = 0,434𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑂𝑘 𝑛ã𝑜 𝑜𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑟á 𝑒𝑠𝑚𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜
Cálculo da Armadura de Cisalhamento:
Pela tabela 7.2 𝜏𝑐0 = 0,0769𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑘𝑁
𝜏𝑤𝑑 = 0,099 𝑐𝑚2 < 𝜏𝑤𝑑𝑚𝑖𝑛 = 0,117 𝑘𝑁/𝑐𝑚² adotar o valor mínimo.
A viga V801a,b recebe o apoio da Viga 804a – 12x30 logo é necessário resolver a viga
V804a e encontrar as reações de apoio.
143
Cálculo da Armadura de Cisalhamento:
Pela tabela 7.2 𝜏𝑐0 = 0,0769𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑘𝑁
𝜏𝑤𝑑 = 0,0827 < 𝜏𝑤𝑑𝑚𝑖𝑛 = 0,117 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑐𝑚2
A taxa da armadura será:
𝜏𝑤𝑑 − 𝜏𝑐0 0,117 − 0,0769
𝜌𝑊 = 100 = 100 = 0,1024𝑐𝑚2 /𝑚
39,15 39,15
144
Cisalhamento:
𝑉𝑑 36,3𝑥1,4
𝜏𝑤𝑑 = = = 0,109𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑏𝑑 15𝑥31
Comparando com a tensão resistente da tabela 7.1 - 𝜏𝑤𝑑2 = 0,434 𝑘𝑁/𝑐𝑚2
𝜏𝑤𝑑 = 0,109𝑘𝑁/𝑐𝑚² < 𝜏𝑤𝑑2 = 0,434𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑂𝑘 𝑛ã𝑜 𝑜𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑟á 𝑒𝑠𝑚𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜
Cálculo da Armadura de Cisalhamento:
Pela tabela 7.2 𝜏𝑐0 = 0,0769𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑘𝑁
𝜏𝑤𝑑 = 0,109 < 𝜏𝑤𝑑𝑚𝑖𝑛 = 0,117 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑐𝑚2
A taxa da armadura será:
𝜏𝑤𝑑 − 𝜏𝑐0 0,117 − 0,0769
𝜌𝑊 = 100 = 100 = 0,1024𝑐𝑚2 /𝑚
39,15 39,15
𝑝0 = 𝑔 + 0,3(𝑝 − 𝑔) 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝒑𝟎 = 𝟎, 𝟕𝒈 + 𝟎, 𝟑𝒑
No cálculo das flechas das vigas, devem-se levar em conta a fissuração e a fluência
do concreto. Para essa intensidade do carregamento, a colaboração do concreto tracionado
entre fissuras pode ser muito importante, devendo ser incluída na análise.
No Cálculo da flecha é necessário separar as cargas permanentes das cargas acidentais
no caso da subestrutura contraventada as cargas acidentais são as sobrecargas de
utilização nas lajes, no capítulo 4 separamos as reações das lajes nas vigas
separadamente.
REAÇÕES DE APOIO COBERTURA Reações das lajes(g) + pp viga + platibanda
nas vigas exteriores – APENAS CARGA PERMANENTE
145
Fig.7.21 – Cargas na laje da cobertura G700 devido apenas as cargas permanentes (g) da laje.
Fig.7.22– Cargas totais nas vigas do Pav. Tipo G300a G600 devido às reações das lajes somente a carga
permanente g.
146
Para calcularmos as flechas devemos calcular as cargas da combinação quase
permanente para cada vão das vigas dos pórticos, depois encontrar o Momento fletor de
serviço para cada vão comparar com o Momento de Fissuração, e verificar se a seção está
fissurada ESTÁDIO II ou não ESTÁDIO I.
147
Fig.7.23 –Pórtico com as cargas de serviço – COMB. QUASE PERMANENTE.
Fig.7.24 – Diagrama de Momento Fletor do Pórtico com as cargas de Serviço – Combinação Quase permanente.
148
Momento de Fissuração:
2
𝑀𝑟 = 0,0075𝑏ℎ2 (𝑓𝐶𝐾 )3 = 0,0075(12)𝑥(402 )𝑥(25)2/3 = 1231,18𝑘𝑁𝑐𝑚
𝑀𝑟 = 1231,18>𝑀𝑝0 = 269𝑘𝑁𝑐𝑚 logo ESTÁDIO I
Verificação da fissuração:
Momento de fissuração:
2
𝑀𝑟 = 0,0075𝑏ℎ2 (𝑓𝐶𝐾 )3 = 0,0075(12)𝑥(402 )𝑥(25)2/3 = 1231,18𝑘𝑁𝑐𝑚
𝑴𝒓 > 𝑴𝒑𝟎 logo ESTÁDIO I
149
Fig.7.26– Representação do vão V703b – com Armadura calculada e efetiva colocada
12𝑥403
𝐼𝑐 = = 64000 𝑐𝑚4
12
𝐸𝐶𝑆 = 𝛼𝑖 𝐸𝐶𝑖 = 0,8625𝑥25200 = 21735𝑀𝑃𝑎 = 2173,5 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝐴′𝑠 2,36
𝜌’ = = = 0,0054
𝑏𝑑 12𝑥36
1,46
𝛼𝑓 = = 1,15
(1 + 50𝑥0,0054)
𝑝𝑖𝑛𝑓 = (1 + 𝛼𝑓 )𝑝𝑖 = (1 + 1,15)𝑥(12,87) = 27,67𝑘𝑁/𝑚
5𝑝𝑙 4 0,2767𝑥4204
𝑓𝑖𝑛𝑓 = = (5) ∗ ( ) = 0,80𝑐𝑚
384 𝐸𝐼 384𝑥2173,5𝑥64000)
420
𝑓𝑖𝑛𝑓 = = 1,68𝑐𝑚 > 0,80𝑐𝑚 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑜𝐾
250
Vão 3 – 270cm – Utilizando a planilha de cálculo a flecha foi de 0,174cm < 1,08cm.
M=357kNcm e X=2128kNcm página 139 cargas totais, g=15,85kNm e p=17,35kNm
ANALISANDO OS RESULTADOS DA VIGA V703-G700
A flecha do Vão de 4,20 metros da Viga V703b está abaixo da admissível em 48% e
a viga está no ESTÁDIO I, podemos diminuir a altura da Viga V703a,b,c e verificar a flecha
se a mesma irá se aproximar da admissível, é importante o Engenheiro aproveitar bem a
seção de concreto e aço ou seja dimensionar uma peça estrutural mais econômica.
Em relação ao dimensionamento à flexão os valores do parâmetro adimensional que mede a
intensidade do momento fletor de cálculo k estão muito abaixo do limite.
Logo iremos diminuir a seção da Viga V703 para 12x35cm²
Com esta alteração diminui o valor do peso próprio da viga para 1,05 kN/m, fazendo uma
nova concepção estrutural temos o modelo abaixo:
150
Fig.7.27– Pórtico com o novo carregamento na Viga V703a,b,c,d,e diminuiu o peso próprio.
Vamos analisar o vão de 4,20 metros com as novas cargas e esforços, se a verificação deste
vão for dentro do admissível os restantes dos vãos da viga estarão aprovados pois este é o
vão que apresentou maiores esforços e maior flecha.
M=11,84kNm e o Momento Negativo X=21,25 kNm
VÃO 1 –carga na Combinação quase permanente para edifícios.
𝑝0 = 0,7𝑔 + 0,3𝑝 = 0,7(9,87) + 0,3(10,81) = 10,15 𝑘𝑁/𝑚
Verificar o Vão 2 de 4,20 metros.
151
Fazendo a concepção estrutural do pórtico com as cargas de serviço temos o momento de
serviço para abaixo:
Fig.7.28– DMF da viga V703a,b,c,d,e seção 12x35cm – devido apenas as cargas de serviço – COMB. QUASE
PERMANENTE.
𝑀𝑝0 = 11,69𝑘𝑁𝑚 Momento de Serviço – Comb. Quase Permanente.
2
𝑀𝑟 = 0,0075𝑏ℎ2 (𝑓𝐶𝐾 )3 = 0,0075(12)𝑥(352 )𝑥(25)2/3 = 942,62𝑘𝑁𝑐𝑚
𝑴𝒓 = 𝟗𝟒𝟐, 𝟔𝟐 < 𝑴𝒑𝟎 = 𝟏𝟏𝟔𝟗 logo ESTÁDIO II
𝐸𝑠 21000
𝑛= = = 9,66 𝑛′ = 𝑛 − 1 = 8,66
𝐸𝑐𝑠 2173,5
1
𝐴= (9,66𝑥1,507 + 8,66𝑥2,5132) = 3,027
12
2
𝐵= (31𝑥9,66𝑥1,507 + 4𝑥8,66𝑥2,5132) = 89,72
12
152
1,46
𝛼𝑓 = = 1,091
(1 + 50𝑥0,006756)
𝑝𝑖𝑛𝑓 = (1 + 𝛼𝑓 )𝑝𝑖 = (1 + 1,091)𝑥(12,72) = 26,59𝑘𝑁/𝑚
5𝑝𝑙 4 0,2659𝑥4204
𝑓𝑖𝑛𝑓 = = (5)𝑥 ( ) = 1,82𝑐𝑚
384 𝐸𝐼 (384𝑥7,083𝑥107 )
420
𝑓𝑖𝑛𝑓 = = 1,68𝑐𝑚 < 1,82 𝑐𝑚 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑛ã𝑜 𝑜𝑘 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑓𝑙𝑒𝑐ℎ𝑎 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙.
250
ANALISANDO OS RESULTADOS DA VIGA V703-G700
A flecha do Vão de 4,20 metros está acima da permitida em Norma, este método de
cálculo da flecha é um método mais conservador, É uma avaliação aproximada pelo método
da rigidez equivalente.se aumentarmos a seção para 12x36cm² a flecha fica dentro do padrão
admissível.
153
Fig.7.28– DMF da viga V303a,b,c,d,e seção 12x40cm – devido apenas as cargas de serviço – COMB. QUASE
PERMANENTE.
Analisando a viga V303 do Pavimento tipo temos os resultados abaixo e vamos
aplicar na planilha.
Momento Positivo da carga total – página 133 M= 1710kNcm e Momento
Negativo=3076kNcm página 133 – devido à carga total, carga total p=20,25kNm.
Carga devido apenas a carga permanente g=14,88 kNm
Momento de Serviço de acordo com a figura 7.28 – Mpo=1384kNcm
Fig.7.30 – Resultado da Flecha Vão 420 metros Viga V303-G300 – Seção 12x40cm².
154
A flecha calculada foi de 1,25 cm Estádio II, verificamos que está próxima da flecha
admissível 1,68cm, foi considerado a situação crítica de carga máxima aplicada à 14 dias ou
0,5 mês, este processo de cálculo e avaliação aproximada é um processo conservador, porém
podemos ter em mente que para uma viga de pavimento tipo de edifício a altura de 40cm é
uma altura aceitável.
As ações abaixo poderam ser tomadas para diminuir a flecha:
Diminuir a flecha diferida – Ação – Carregar a estrutura num prazo após meses
inviável prever em projeto.
Aumentar a área de aço na Viga – Se percebermos a Viga 12x40 possui uma base
muito estreita para armar a viga se aumentarmos a área de aço teríamos que aumentar
a quantidade de barras no projeto de armação da viga não seria atendido os
espaçamentos mínimos e dificultaria o lançamento do concreto na Viga.
A melhor solução para combater flechas é aumentar as seções das vigas, neste caso
para aumentar o espaçamento para lançar o concreto e diminuir a flecha a melhor
solução seria aumentar a base para 15cm.
155
7.14.2 Viga V306 – Direção Y – Contraventada.
156
Analisando a viga V603a,b- 12x40cm²
Temos no Vão 1 – Momento Positivo - 𝑀 = 13,673𝑘𝑁𝑚
Temos no Vão 2 – Momento Positivo - 𝑀 = 19,232𝑘𝑁𝑚
Temos no Vão X=32,84Nm
Cortante máximo V=46,06kN
Cargas para cálculo das flechas:
Carga devido apenas à carga permanente (g) - Vão 1 -15,82kNm Vão2-14,99kNm
Iremos utilizar a planilha de cálculo para resolver esta viga.
Analisando a viga V607a,b:
Temos no Vão 1 – Momento Positivo - 𝑀 = 8,838𝑘𝑁𝑚
Temos no Vão 2 – Momento Positivo - 𝑀 = 16,498𝑘𝑁𝑚
Temos no Vão X=21,372kNm
Cortante máximo V=34,09kN
Carga devido apenas à carga permanente (g) - Vão 1 -12,24kNm Vão2-13,99kNm
157
7.15. –ABERTURA DE FISSURAS – ELS-W
Segundo o item 13.4.1 da NBR 6118:2014 a fissuração é um fenômeno inevitável no
concreto armado (não protendido), devido à sua baixa resistência à tração, normalmente
desprezada no projeto. Durante muito tempo a fissuração foi considerada uma desvantagem
do concreto armado, responsável por uma parcela importante na corrosão das armaduras. Os
estudos mais recentes atribuem à espessura e à qualidade do concreto de cobrimento, as
parcelas mais importantes contra a corrosão das armaduras, ficando a fissuração responsável
por uma corrosão localizada.
A baixa resistência à tração faz com que as estruturas de concreto funcionem fissuradas
já para baixos níveis de carregamento (ELS), reduzindo consideravelmente a rigidez da
estrutura (Estádio II). A partir do início da fissuração, a distribuição interna das tensões é
bastante modificada e o concreto começa a apresentar comportamento não-linear.
Visando um melhor desempenho na proteção das armaduras contra a corrosão e
uma aceitabilidade sensorial dos usuários a abertura das fissuras deve ser controlada
adequadamente.
De uma maneira geral, a presença de fissuras com aberturas que respeitem os limites
dados em 13.4.2,” ( “em estruturas bem projetadas, construídas e submetidas às cargas
previstas na normalização, não implicam em perda de durabilidade ou perda de segurança
quanto aos estados limites últimos.” “As fissuras podem ainda ocorrer por outras causas,
como retração plástica térmica ou devido a reações químicas internas do concreto nas
primeiras idades, devendo ser evitadas ou limitadas por cuidados tecnológicos,
especialmente na definição do traço e na cura do concreto”
158
da NBR 6118:2014). De uma maneira geral costumam-se aceitar valores estimados até 20%
superiores aos limites normatizados.
Fissuras produzidas por cargas:
159
Calcular a tensão 𝝈𝒔𝒊 de forma aproximada no ESTÁDIO II.
𝒇𝒚𝒅 𝑨𝒔,𝒄𝒂𝒍
𝝈𝒔𝒊 = ,
𝜸𝒇 𝑨𝒔𝒆
160
7.15.3- Formulário para verificar a Fissuração:
Primeiro: Calcular a Resistência à tração do Concreto NBR6118:2014 CLASSE I:
2 2
𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3(𝑓𝑐𝐾 )3 = 0,3(25)3 = 0,256 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
Segundo Calcular o nível de Tensão na armadura de tração:
𝑓𝑦𝑑 𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙
𝜎𝑠𝑖 =
𝛾𝑓 𝐴𝑠𝑒
161
Capitulo 7.1 – DETALHAMENTO DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO
O número de barras que poderão ocupar uma camada da seção transversal ou longitudinal
deverá atender ao requisito abaixo:
162
Figura 7.1.1– Seção transversal com a as legendas para detalhamento.
Armadura de Pele:
163
7.1.2 Cobrimento mínimo de acordo com agressividade ambiental:
164
7.1.2. Ancoragem e emendas por aderência:
165
Tabela 7.1.2 – Raios de curvatura ganchos.
166
Ancoragem de Estribos:
167
Fig.7.1.4 – Regiões de Boa e Má aderência Vigas de Concreto Armado.
168
Tabela 7.1.3 – Tabela da força resistente de aderência por fck.
169
Tabela 7.1.4 – Comprimentos de ancoragem básicos 𝒍𝒃 𝒑𝒐𝒓 𝒃𝒊𝒕𝒐𝒍𝒂 𝒆 𝒇𝒄𝒌 .
170
Fig.7.1.6 – Comprimento de Ancoragem necessário – Fenômeno físico.
171
Fig.7.1.7 – Diagrama decalado de Momento Fletor.
172
Fig.7.1.8 – Ancoragem no apoio.
173
174
RESUMO – FORMULÁRIO PARA DETALHAMENTO DAS VIGAS:
PRIMEIRO – DETALHAR A SEÇÃO TRANSVERSAL DA VIGA.
1.1- Calcular a armadura necessária de Tração 𝐴𝑠 e definir qual a bitola de aço
será utilizada e a quantidade.
1.2- Calcular a largura útil da viga, ou seja o espaço de largura possível para
alojara as barras da seção transversal:
175
SEGUNDO – DETALHAR A SEÇÃO LONGITUDINAL DA VIGA.
Ancoragem no vão:
2.1 – Calcular o comprimento de ancoragem básico 𝑙𝑏 valores tabelados.
2.2 – Calcular o comprimento de ancoragem necessário 𝑙𝑏𝑛𝑒𝑐 e comparar com o mínimo:
2.3 – Se for região de boa ancoragem adotar o valor de 𝑙𝑏𝑛𝑒𝑐 calculado, se for região de
má aderência dividir por 0,7.
Ancoragem nos apoios:
Calcular a armadura necessária no apoio:
176
7.1.7 - DETALHAMENTO DAS VIGAS – CONTRAVENTADAS.
7.1.7.1– Viga da cobertura V703 – G700 – 12x35cm²
A viga já foi Verificada e dimensionada à Flexão, cisalhamento e verificado à flecha.
A fissuração verificada em planilha.
Detalhamento:
Vamos detalhar para os esforços abaixo:
177
Fig.7.1.10– Detalhamento da seção transversal da Viga V703a.
𝑉𝑠𝑑 22,56𝑥1,4
𝑎𝑙 = 𝑑 ( ) = 31 ( ) = 0,91𝑥31 = 28,33 > 0,5𝑑;
2(𝑉𝑠𝑑 − 𝑉𝑐 )
2( )
(22,56𝑥1,4) − 28,61
Logo adotar 𝑎𝑙 = 28𝑐𝑚
𝑎𝑙 𝑉𝑠𝑑,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 28 22,56𝑥1,4
𝐴𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜
𝑠,𝑐𝑎𝑙 = = 𝑥( ) = 0,66𝑐𝑚2
𝑑 𝑓𝑦𝑑 31 43,48
178
Ancoragem apoio interno à direita:
𝜏𝑐0 = 0,0769 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 7.2 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑓𝑐𝑘 𝑑𝑒 25𝑀𝑃𝑎
𝑉𝑐 = 𝜏𝑐0 𝑏𝑑 = 0,0769𝑥12𝑥31 = 28,61𝑘𝑁
𝑉𝑠𝑑 27,31𝑥1,4
𝑎𝑙 = 𝑑 ( ) = 31 ( ) = 61,25𝑐𝑚 > 𝑑
2(𝑉𝑠𝑑 − 𝑉𝑐 ) 2((27,31𝑥1,4) − 28,61)
Logo adotar 𝑎𝑙 = 𝑑
𝑎𝑙 𝑉𝑠𝑑,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 31 27,31𝑥1,4
𝐴𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜
𝑠,𝑐𝑎𝑙 = = 𝑥( ) = 0,76𝑐𝑚2
𝑑 𝑓𝑦𝑑 36 43,48
Iremos levar 2 barras de 8mm e 2 barras de 12,5mm nos apoios obrigatoriamente logo
atenderemos a necessidade da área de aço nos apoios.
Detalhamento Estribo:
Calculado para o valor máximo do cortante a armadura calculada foi:
E a armadura é dada por 𝐴𝑠 = 𝜌𝑤 𝑏 = 0,1024𝑥12 = 1,23𝑐𝑚² calculado na página 143.
Adotando estribo de 5mm temos área de 0,196cm² teremos 7 estribos de 5mm por metro
logo um espaçamento de 14cm.
Comprimento dos ganchos:
𝐶𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜𝑠 = 8𝜑 + 5𝜑 = 8(0,8) + 5(0,8) = 10,4𝑐𝑚 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑟 10𝑐𝑚
179
Fig.7.1.11– Detalhamento da longitudinal da Viga V703a.
180
Adotaremos 2φ12,5mm 𝐴𝑠𝑒 = 2,356𝑐𝑚2
𝑏ú𝑡𝑖𝑙 = 𝑏 − 2(𝑐 + 𝜑𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜) = 12 − 2(3 + 0,5) = 5𝑐𝑚
Cálculo de número de barras por camada:
𝑏ú𝑡𝑖𝑙 + 𝑎ℎ 5+2
𝑛 𝜑 = = = 2,15 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑎𝑚𝑎𝑑𝑎
𝑐𝑎𝑚 𝑎ℎ + 𝜑𝐿 2 + 1,25
Logo as 2 barras de 12,5mm ficaram na primeira camada da seção transversal da viga.
181
Fig.7.1.13– Detalhamento longitudinal da Viga V703b.
Vão3 – V703c.
Momento Positivo M=4,022kNm armadura mínima de 0,72cm² adotado 2 barras de 8mm –
1,005cm².
Momento negativo nos apoios X=21,48kNm – 2,06cm² ultrapassando 2 barras de 12,5mm
temos 2,356cm².
O detalhamento da seção transversal idêntico do vão1 V703a.
182
Fig.7.1.14– Detalhamento longitudinal da Viga V703c.
Par os vãos V703d e V703e são simétricos aos vãos V703b e V703a respectivamente.
Logo para o detalhamento homogêneo foram gastos
3barras de 12,5mm de C=1200cm
3barras de 8mm de C=1200cm
Vamos agora trabalhar com a decalagem do diagrama de Momento Fletor e detalhar a viga
conforme este procedimento:
Primeiro passo calcular al=0,75d=27cm
Depois aplicar a 𝑙𝑏𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 dividir o diagrama do vão pelo número de barras dimensionadas
na flexão depois medir seus comprimentos.
183
Fig.7.1.15– Decalagem do diagrama de Momento Fletor.
184
Podemos notar que com o diagrama decalado ocorre uma diminuição nos comprimentos das
barras nos apoios devido o momento negativo, porém temos a adição de barras de 5mm no
vão da viga, no final este detalhamento leva a uma armadura com a área de aço muito
185
próxima ao detalhamento homogêneo, porém este detalhamento tem muitos cortes e
emendas de barras o que acarreta em perdas de barras por corte e aumento das horas de
produção dos armadores, e ainda aumenta o risco de ocorrer erros nas armações devido as
diferenças de comprimentos e tipos de barras.
Logo para projetos de pequeno porte o recomendável é trabalhar com o detalhamento mais
homogêneo possível para economizar em produção, diminuir erros e perdas de barras.
Detalhamento da Viga V303 – 12x35cm².
186
Vão1 – 2,93m -Ase=0,5026cm²x2=1,005cm² - 2𝞍8mm >0,63cm²
ARMADURA DE TRAÇÃO- boa aderência
Para o vão 1 – 293cm (eixos pilares) iremos simplificar o detalhamento visando a
praticidade da obra e ainda a economia de corte e dobra de aço.
187
Armadura calculada As=0,903cm² - armadura colocada de Ase=1,57075cm²
Região de má aderência:
37,67𝜙
𝑙𝑏 = = 53,81𝑐𝑚
0,7
𝐴𝑠𝑐𝑎𝑙 0,903
𝑙𝑏𝑛𝑒𝑐 = 𝛼𝑙𝑏 ( ) = 0,7𝑥(53,81) = 21,65𝑐𝑚
𝐴𝑆𝑒 1,57075
𝑎𝑙 = 0,75𝑑 = 0,75𝑥(31) = 23,25𝑐𝑚
O comprimento mínimo de ancoragem 𝑙 = 2𝑥(21,65) + 2𝑥(23,25) + 53 =
142,8𝑐𝑚 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑟
Iremos levar 2 barras até o apoio conforme mínimo de Norma.
Gancho de ancoragem no apoio extremo
Gancho a 90° - Raio =5 𝞍 +8 𝞍 = 13cm adotar 15cm <
03𝑙𝑏 = 16𝑐𝑚 > 10𝑥1,00 = 10𝑐𝑚
Comprimento final com gancho - 𝑙𝑏 = 142,8 + 16 = 158,8𝑐𝑚 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑟 160𝑐𝑚
188
Momento Negativo no apoio interno do Pilar P8.
X=25,143knm = 2514,3kNcm – Ascal=2,946cm² Asefetivo=3,1415cm²
Ase=(4x0,5026)=2,011cm² >1,8454cm² ok
7.1.2 – VERIFICAR A FISSURAÇÃO – Vão 2
2 2
𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3(𝑓𝑐𝐾 )3 = 0,3(25)3 = 0,256 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑑 𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙 43,48 1,8454 25,33𝑘𝑁
𝜎𝑠𝑖 = = =
𝛾𝑓 𝐴𝑠𝑒 1,4 2,011 𝑐𝑚2
189
𝜙 𝜎𝑠𝑖 3𝜎𝑠𝑖 0,8 25,33 3𝑥25,33
𝑊𝑘 = = 𝑥 𝑥 = 0,01𝑐𝑚 = 0,1𝑚𝑚
12,5𝜂1 𝐸𝑠𝑖 𝑓𝑐𝑡𝑚 12,5(2,25) 21000 0,256
< 0,3𝑚𝑚 𝑜𝑘
Para o vão 2 – 4,20 cm
190
Para o apoio intermediário à direita.
Temos um Momento negativo atuante > em módulo que Asvão logo ¼ Asvão deverá
ser levado ao apoio ¼ 1,005 cm² =0,251cm², temos apenas 2 𝞍8mm na armadura de tração
do vão e iremos levar as 2 barras nos apoios conforme o mínimo exigido na Norma
NBR6118:2014.
𝑎𝑙 𝑉𝑆𝑑 31,13 41,714𝑥1,4
𝐴𝑠𝑑,𝑐𝑎𝑙 = =( )𝑥 = 1,055𝑐𝑚²
𝑑 𝑓𝑦𝑑 41,5 43,48
𝐴𝑠𝑐𝑎𝑙 1,84
𝑙𝑏𝑛𝑒𝑐 = 𝞪𝑙𝑏 ( ) = (30,136) = 𝟐𝟕, 𝟓𝟕 = 𝟐𝟓 𝒄𝒎
𝐴𝑆𝑒 2,011
Para o momento negativo no Pilar P9 – X=3057kNcm
191
O comprimento mínimo de ancoragem 𝑙 = 2𝑥(50,75) + 2𝑥(23,25) + 152 = 300𝑐𝑚
Vão 3 – 270cm
Ascal = 0,81cm² a armadura colocada será de 8mm logo Ase=0,5026cm²x2=1,005cm²
>0,81cm²
As solicitações do Vão 3 são menores que de todos os vãos iremos passar as barras positivas
e negativas do vão 1 até ultrapassar o vão 3 conforme detalhamento abaixo:
Armadura Cisalhamento:
Armadura de cisalhamento – 𝐴𝑑𝑜𝑡𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑒 43,5 𝑘𝑁
Temos:
Armadura de 2,66cm²/m para os vãos teremos as seguintes quantidades de barras de 5mm:
1φ5mm a cada 7cm
192
CAPÍTULO 8 - AÇÕES HORIZONTAIS - CONTRAVENTAMENTO
8.1 - Análise dos pórticos de contraventamento sob ação combinada das cargas
verticais e cargas horizontais de forças de vento
Os pórticos de contraventamento deverão ser analisados, considerando as condições
últimas das ações conforme capítulo 3.
Ações Permanentes:
𝑔𝑘 = 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎𝑠 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑖𝑠 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑛𝑎𝑠 𝑣𝑖𝑔𝑎𝑠, 𝑎𝑙é𝑚 𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑝𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠.
Ações Variáveis:
193
𝐹𝑑 = 1,4𝑔𝑘 + 1,4𝑞𝑘 + 1,4𝑥0,6𝑥𝑊𝑘 Sabemos que P= 𝒈𝒌 + 𝒒𝒌
𝑃 é 𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑙𝑜𝑔𝑜:
𝑭𝒅 = 𝟏, 𝟒(𝑷 + 𝟎, 𝟔𝒙𝑾𝒌 )
Combinação 2 – Considerando as ações devido ao vento como ação principal.
𝐹𝑑 = 1,4𝑔𝑘 + 1,4𝑊𝑘 + 1,4𝑥0,5𝑥𝑞𝑘
8.2.1 – Combinação 1 – Esforços solicitantes nos Pórticos – cargas PAV. TIPO e
cobertura – Pórtico 1 – DIREÇÃO X
𝑭𝒅 = 𝟏, 𝟒(𝑃 + 𝟎, 𝟔𝒙𝑾𝒌 )
Para a combinação de ações pegamos os resultados de carregamentos totais somados carga
permanente somada à carga acidental que estão no capítulo 7, figuras 7.9 e 7.12 e
multiplicamos por 1,4 e as forças horizontais multiplicamos por 1,4x0,6 e temos a concepção
estrutural abaixo:
194
Fig. 8.3 –Esforços de Momento Fletor devido ao carregamento vertical e força horizontal.
Fig. 8.4 – Esforços de Momento Fletor devido apenas as ações do vento na estrutura.
195
8.2.2 – Combinação 2 – Esforços solicitantes nos Pórticos – cargas PAV. TIPO e
cobertura – Pórtico 1 𝑭𝒅 = 𝟏, 𝟒𝒈𝒌 + 𝟏, 𝟒𝑊𝒌 + 𝟏, 𝟒𝒙𝟎, 𝟓𝒙𝒒𝒌
Para a Combinação 2 de ações é necessário separar os carregamentos de vido à carga
permanente e devido à carga acidental.
No capítulo 7 é apresentado os carregamentos devido às cargas totais (permanente mais
acidental) nos pavimentos, e os carregamentos devido apenas à carga permanente e à carga
acidental na laje no capítulo 4.
196
Fig. 8.6 – Esforços solicitantes no pórtico devido combinação 2- DMF.
197
Fig. 8.7 – Esforços solicitantes no pórtico devido combinação 2 -DFV.
198
8.3.1 -CÁLCULO DA VIGA DO PAVIMENTO TIPO - CONTRAVENTAMENTO
DIREÇÃO X – COMBINAÇÃO 1.
Cálculo da Viga V301 –G300 – Grupo 3.
Vamos verificar o vão 2 crítico de 420cm, Pelo diagrama de Momento fletor temos:
Lembrete:
Como os esforços já foram multiplicados por 1,4 no cálculo do parâmetro admensional K
que mede a intensidade do Momento Fletor solicitante não multiplica novamente por 1,4.
M=32,478 kNm
X= 39,107 kNm
𝑀𝑑 3247,8
𝑘= = = 0,075 < 𝑘𝑙𝑖𝑚 = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑘 = 𝑘 ′
𝑓𝑐 𝑏𝑑² 1,518𝑥17𝑥41²
𝑓𝑐 𝑏𝑑 1,518𝑥17𝑥41
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 = 𝑥(1 − √1 − 2𝑘 ′ = (1 − √1 − 2(0,075) = 1,90 𝑐𝑚2
𝑓𝑦𝑑 43,48
> 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛
X= 39,107kNcm.
𝑀𝑑 3910,7
𝑘= = = 0,090 < 𝑘𝑙𝑖𝑚 = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑘 = 𝑘 ′
𝑓𝑐 𝑏𝑑² 1,518𝑥17𝑥41²
𝑓𝑐 𝑏𝑑 1,518𝑥17𝑥41
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 = 𝑥(1 − √1 − 2𝑘 ′ = (1 − √1 − 2(0,090) = 2,299𝑐𝑚2
𝑓𝑦𝑑 43,48
> 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛
Verificação da Flecha na viga:
Comb. Quase permanente:
Vão 1 - 0,7(23,96) +0,3(5,97)=18,56
Vão2-0,7(25,88)+0,3(6,44)=20,04kN/m
Vão 3 – 0,7(8,02)=5,61kNm
Fazendo novamente o pórtico com as cargas de serviço acima obtemos os momentos
máximos no Vão 2 – 18,43kNm
Vamos utilizar a planilha VIGAS com os dados acima.
Resultado na planilha abaixo indica que a flecha está dentro do limite aceitável.
Logo podemos manter a geometria da seção 17x45cm² adotado no capítulo 2 devido à
instabilidade lateral.
2
Notamos que a viga ESTÁDIO I– pois 𝑀𝑟 = 0,0075(17)(452 )(25)3 = 2207,47𝑘𝑁𝑚 >
1843𝑘𝑁𝑚. Não iremos diminuir a seção da viga pois a mesma faz parte do
contraventamento e foi determinado no capítulo 2 a geometria para estabilidade.
199
Detalhamento da Viga – V301 – G300.
Para o Vão 1
M=16,606kNm
𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,15%(17)(45) = 1,15𝑐𝑚²
𝐴𝑠 = 1,3411𝑐𝑚2 − 2𝟇𝟏𝟎𝒎𝒎 = 𝟏, 𝟓𝟕𝒄𝒎𝟐 > 𝟏, 𝟏𝟓 𝒄𝒎𝟐 𝒍𝒐𝒈𝒐 𝒐𝒌.
200
Adotar gancho de 15cm.
Para o apoio intermediário à direita.
Iremos ultrapassar com 2𝞍10mm em toda a seção da viga visto que o momento
máximo positivo adotado em todos os vãos.
Armadura adotada para o momento negativo:
X=39,10kNm As=2,29cm² adotado 2𝞍12,5mm –Ase=2,454cm²
Verificando o número de barras na camada da armadura negativa.
Cisalhamento:𝑉𝑑 = 81,6 𝑘𝑁
Tensão convencional de cisalhamento de cálculo, dada por
𝑉𝑑 81,6 𝑘𝑁
𝜏𝑤𝑑 = = = 0,117
𝑏𝑊 𝑑 17𝑥41 𝑐𝑚2
Pela tabela capítulo 7 comparando com a 𝜏wd2=0,434 kN/cm² > 0,117 kN/cm² ok diagonal
comprimida do concreto
𝑘𝑁
𝜌𝑤𝑑𝑚𝑖𝑛 = 0,103 𝑐𝑚2 pela tabela ao lado
(𝜏𝑤𝑑 -𝜏𝑐0 ) 100(0,117−0,0769)
𝐴𝑠𝑊 = 𝑏𝑊 𝜌𝑊 = 17𝑥0,103=1,75 cm²/m 𝜌𝑊 = 100 = =
39,15 39,15
0,102 < 𝜌𝑤𝑑𝑚𝑖𝑛 = 0,103
9𝜙5𝑚𝑚 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 1𝑒5𝑚𝑚 𝑐/9𝑐𝑚.– Detalhamento seção transversal Vão 1 .
201
Vão 2 – Como a armadura do vão 2 foi de Ascal=1,90cm² adotar 3𝜙10𝑚𝑚 na camada 1.
Vão 3 – adotar armadura mínima 2𝜙10𝑚𝑚.
202
8.4.1 – Combinação 1 – Esforços solicitantes nos Pórticos – cargas PAV. TIPO e
cobertura – Pórtico 3 – DIREÇÃO Y
𝑭𝒅 = 𝟏, 𝟒(𝑃 + 𝟎, 𝟔𝒙𝑾𝒌 )
203
Fig. 8.7 – Esforços solicitantes no pórtico 3 devido apenas ao vento.
204
Fig. 8.8– Pórtico com carregamento devido a combinação 1 os esforços de momento fletor devido ao carregamento
vertical.
𝑓𝑐 𝑏𝑑 1,518𝑥12𝑥41
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 = 𝑥(1 − √1 − 2𝑘 ′ = (1 − √1 − 2(0,120) = 2,20 𝑐𝑚2
𝑓𝑦𝑑 43,48
> 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛
X= 54,71kNcm.
𝑀𝑑 5471
𝑘= = = 0,179 < 𝑘𝑙𝑖𝑚 = 0,295 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑘 = 𝑘 ′
𝑓𝑐 𝑏𝑑² 1,518𝑥12𝑥41²
205
𝑓𝑐 𝑏𝑑 1,518𝑥12𝑥41
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 = 𝑥(1 − √1 − 2𝑘 ′ = (1 − √1 − 2(0,179) = 3,41𝑐𝑚2
𝑓𝑦𝑑 43,48
> 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛
Dimensionamento ao Cisalhamento:
Vsd=75,63kN
O esforço cortante no apoio do Pilar P9 apresenta valor elevado, com uso da Planilha temos
uma área de 3,87cm²/m se adotarmos uma armadura de 5mm teremos uma densa área de aço
pois com área de 0,196 teríamos 3,87/(2x0,196) = 9,87 barras de 5mm por metro logo com
10cm de espaçamento.
Verificação da flecha:
Cargas de serviço na cobertura:
Vão 1 - 0,7(23,96) +0,3(2,29)=17,46kN/m
Vão2-0,7(22,31)+0,3(1,94)=16,20kN/m
Cargas de serviço no pavimento tipo:
Vão 1 - 0,7(10,49) +0,3(1,43)=7,77kN/m
Vão2-0,7(15,62)+0,3(3,52)=11,99kN/m
O Momento de serviço no vão de 4,43m na viga da cobertura foi de 19,119 kNm conforme
diagrama abaixo:
206
Cálculo da flecha no vão:
207
CAP.9-CARGAS CONCENTRADAS NOS PILARES
9.1-PILARES CONTRAVENTADOS
Os esforços normais nos pilares contraventados são decorrentes do carregamento
vertical atuante nas vigas. Para determinar os esforços normais nos pilares correspondente
ao carregamento vertical basta resolver as vigas e obter suas reações de apoio. Somando as
reações das vigas que concorrem em um determinado pilar obtém-se a carga transmitida ao
pilar pelo pavimento em análise. Essas cargas devem ser acumuladas desde o topo do edifício
até o nível das fundações.
Iremos iniciar a descida de cargas das estruturas contraventadas, nos Pórticos
contraventados iremos adicionar o Peso Próprio dos pilares.
9.2 – CARGAS DAS VIGAS DA COBERTURA –COTA 71m
Pelo Capítulo 7 – figura 7.10, Temos os carregamentos totais nos Pavimentos do
edifício.
9.2.1 – Nível – G900 – Laje de cobertura dos reservatórios.
208
Fig9.3 – Reações de apoio vigas V901a,902a,903a.
209
9.2 – CARGAS DAS VIGAS DA CASA MÁQUINAS – NÍVEL G800.
210
Fig9.10 – Reações de apoio vigas V803a,b.
211
Fig9.13– Reações de apoio na Viga V706a,b por simetria V709a,b.
Direção X:
Direção Y:
212
Fig9.17– Reações de apoio na Viga V705a,b e por simetria V710ab.
213
9.4 – CARGAS DAS VIGAS DA PAVIMENTO TIPO ESTRUTURA
CONTRAVENTADA –G300 à G600.
Direção x:
Fig9.20– Reações de apoio nos Pilares devido a Viga V303a,b,c,d,e – G300 à G600.
Direção Y:
Fig9.21– Reações de apoio nos Pilares devido a Viga V306a,b, e V309a,b – G300 à G600.
Contraventamento:
Direção X:
Fig9.22– Reações de apoio nos Pilares devido a Viga V301a,b,c,d,e – G300 à G600.
Fig9.23– Reações de apoio nos Pilares devido a Viga V304a,b,c,d,e – G300 à G600.
Direção Y:
214
Fig9.23– Reações de apoio nos Pilares devido a Viga V305a,b – G300 à G600.
Fig9.24– Reações de apoio nos Pilares devido a Viga V307a,b – G300 à G600.
Fig9.25– Esforços concentrados nos pilares nível G300 à G600 – carregamentos verticais.
215
9.6 – Cargas nos Pilares adicionando as cargas devido o peso Próprio e separado por
Pavimento:
P1=P6=P13=P18 – 20x30 - 𝑝𝑝20𝑥30 = 0,20𝑥0,30𝑥2,8𝑥25 = 4,2 𝑘𝑁
P2=P3=P4=P5=P14=P15=P16=P17 – 20x35 - 𝑝𝑝20𝑥35 = 0,20𝑥0,35𝑥2,8𝑥25 = 4,9 𝑘𝑁
P8=P11 – 30x20 - 𝑝𝑝30𝑥20 = 0,20𝑥0,30𝑥2,8𝑥25 = 4,2 𝑘𝑁
P9=P10=20x40-𝑝𝑝20𝑥40 = 0,20𝑥0,40𝑥2,8𝑥25 = 5,6𝑘𝑁
216
9.6 – CARGAS NOS PILARES DEVIDO AO VENTO:
Pórticos em X:
Pórtico formado por P1-P2-P3-P4-P5-P6
Cargas de Vento Capítulo 3.
Verificando apenas o Vento da esquerda para direita, em uma situação completa de projeto
o vento deverá ser verificado também da direita para à esquerda.
Fig9.27– Esforços de compressão e Tração nos Pilares devido à ação do vento na estrutura.
217
Fig9.28– DEV nos pilares devido à ação do vento.
Se domarmos as cargas dos Pilares temos o valor de 9540,65kN,No capítulo 2 foi estimado
um valor de 10276,21kN, ou seja um valor 8,9% maior que o real logo é aceitável os valores
das cargas estimadas e calculdas.
Direção Y:
Fig9.29– Pórtico em Y com as cargas devido ao vento DFN e DEV, respectivamente, Pórtico formado pelos Pilares
P13-P7-P1 iguais ao formado pelos Pilares P18-P12-P6
218
Fig9.29–DFN e DEV, respectivamente, Pórtico formado pelos Pilares P15-P9-P3 iguais ao formado pelos Pilares
P16-P10-P4.
219
Fig9.30–Reações Nas fundações devido aos carregamentos verticais atuantes – Pórticos formados pelos Pilares
P14-P8-P2 e P17-P11-P5
Fig9.31–Reações Nas fundações devido aos carregamentos verticais atuantes – Pórticos formados pelos Pilares P7-
P8-P9-P10-P11-P12.
Fig9.32–Reações Nas fundações devido aos carregamentos verticais e horizontais atuantes – Pórticos formados
pelos Pilares P1-P2-P3-P4-P5-P6 e P13-P14-P15-P16-P17-P18.
Direção Y:
220
Fig9.33–Reações nas fundações devido aos carregamentos verticais e horizontais atuantes – Pórticos formados
pelos Pilares P15-P9-P3 e P16-P10-P4.
Fig9.34–Reações nas fundações devido aos carregamentos verticais e horizontais atuantes – Pórticos formados
pelos Pilares P13-P7-P1 e P18-P12-P6
221
9.8.1 Dimensões-limites
Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm².
Dessa forma, considerando-se pilar de seção transversal retangular, a seção mínima é dada
por b = 14 cm e h = (360 / 14) ≈ 26 cm, resultando (14 / 26) cm².
Na análise de elementos comprimidos é imprescindível determinar o comprimento de
flambagem do pilar. Segundo a NBR 6118 no item 15.6, esse valor é obtido com o
comprimento equivalente
222
Fig.9.36 – Comprimentos de flambagem situação real e de projeto.
223
9.8.4.1 Classificação dos pilares quanto ao seu índice de esbeltez 𝞴
Não se admite índice de esbeltez maior que 200, ou seja, (𝞴 ≤ 200). Apenas em situações
especiais, descritas em 12.3.4, pode-se admitir (𝞴 > 200), (exceção para postes pouco
carregados).
De acordo com o índice de esbeltez (𝞴), os pilares podem ser classificados em:
Calcular o índice 𝜆 :
224
9.8.5 Coeficiente 𝞪𝒃
225
9.8.7 Imperfeições locais:
Em uma análise estrutural os elementos que ligam pilares contraventados a pilares de
contraventamento, usualmente vigas e lajes, devem ser verificados à tração decorrente do
desaprumo do pilar contraventado.
No caso do dimensionamento ou verificação de um lance de pilar, deve ser considerado o
efeito do desaprumo ou da falta de retilineidade do eixo do pilar.
Admite-se que, nos casos usuais de estruturas reticuladas, a consideração apenas da falta de
retilineidade ao longo do lance de pilar seja suficiente
226
9.8.8 Momento mínimo – NBR6118:2014
O efeito das imperfeições locais nos pilares e pilares-parede pode ser substituído, em
estruturas reticuladas, pela consideração do momento mínimo de primeira ordem dado a
seguir:
227
9.10 – DIMENSIONAMENTO DOS PILARES CONTRAVENTADOS
228
CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES QUANTO À POSIÇÃO
Pilar interno - Como o momento inicial pode ser desprezado, os momentos nas
extremidades do pilar serão então os valores mínimos, que normalmente são maiores que os
valores transmitidos ao pilar pelas vigas, caso não fossem desprezados. Quando os vãos das
vigas adjacentes a este pilar, forem muito diferentes entre si ou diferença significativa no
carregamento, pode ser necessário verificar os momentos iniciais transmitidos pelas vigas.
Nos pilares internos os momentos transmitidos pelas vigas, devido às cargas verticais,
podem ser desprezados. Com isso a situação de projeto seria equivalente à de uma
compressão centrada, no entanto, não mais permitida pela NBR 6118.
• Caso haja vãos ou carregamentos muito diferentes, adjacentes ao pilar, é
recomendável considerar os momentos transmitidos pelas vigas. Também
recomenda-se essa verificação, quando por motivos construtivos, há uma
excentricidade (de fôrma) entre os eixos do pilar e da viga, como a situação ilustrada
pela viga V2 na figura.
• Como o momento inicial pode ser desprezado, os momentos nas extremidades
do pilar serão então os valores mínimos, dados pela equação
• que normalmente são maiores que os valores transmitidos ao pilar pelas vigas, caso
não fossem desprezados.
• Portanto, a pior situação de cálculo se dará na seção intermediária do pilar onde o
momento total (final) é a soma do momento mínimo (1a ordem) com o momento
devido aos efeitos locais (2a ordem), se (𝞴 > 𝞴1). Conforme a NBR 6118 a
consideração do momento mínimo é suficiente para atender às imperfeições
locais.
• As situações possíveis de cálculo estão mostradas na figura abaixo, que representa
dois dimensionamentos isolados à flexão normal composta nas direções principais x
e y.
229
PILAR DE BORDA.
230
231
Para efeito de dimensionamento pilar de canto é considerado aquele que serve de apoio
extremo para duas vigas de fachada (externa ou de borda), vigas V1 e V2 na figura No pilar
de canto os momentos transmitidos pelas vigas devem ser obrigatoriamente considerados.
Com isso a situação de projeto é uma flexão oblíqua composta com momentos nos planos
normais às bordas livres, caso o pilar seja retangular.São válidas as mesmas considerações
para os momentos transmitidos pelas vigas ao pilar, vistas para os pilares de borda. As
situações possíveis de cálculo estão mostradas na figura 12.11. Os momentos iniciais
aplicados nas extremidades do pilar provocam excentricidades eix e eiy, simultaneamente.
Resulta dessa forma, dimensionamento à flexão oblíqua composta em três seções do pilar,
nas duas extremidades A e B, com (Mid,(A) > Mid,(B)), e na seção intermediária.
232
DETALHAMENTO
Armaduras longitudinais (item 18.4.2 da NBR 6118)
𝞍 Diâmetro mínimo e taxa de armadura
“O diâmetro das barras longitudinais não pode ser inferior a 10 mm nem superior a 1/8
da menor dimensão transversal. ”
𝒃
𝝓𝒍 ≥ 𝟏𝟎𝒎𝒎 e 𝝓𝒍 ≤ 𝟖 𝒑𝒊𝒍𝒂𝒓𝒆𝒔 𝒓𝒆𝒕𝒂𝒏𝒈𝒖𝒍𝒂𝒓𝒆𝒔
Distribuição transversal
233
O espaçamento máximo entre eixos das barras, ou de centros de feixes de barras,
deve ser menor ou igual a duas vezes a menor dimensão da seção no trecho
considerado, sem exceder 400 mm.”
“A armadura transversal de pilares, constituída por estribos e, quando for o caso,
por grampos suplementares, deve ser colocada em toda a altura do pilar, sendo
obrigatória sua colocação na região de cruzamento com vigas e lajes.”
“O diâmetro dos estribos em pilares não pode ser inferior a 5 mm nem a 1/4 do
diâmetro da barra isolada ou do diâmetro equivalente do feixe que constitui a
armadura longitudinal.
Segundo o item 18.2.4 da NBR 6118 devem ser tomadas medidas que protejam as barras
longitudinais contra a flambagem:
234
“Sempre que houver possibilidade de flambagem das barras da armadura, situadas junto à
superfície do elemento estrutural, devem ser tomadas precauções para evitá-la. ”
“Os estribos poligonais garantem contra a flambagem as barras longitudinais situadas em
seus cantos e as por eles abrangidas, situadas no máximo à distância de 20𝞍t do canto, se
nesse trecho de comprimento 20𝞍t não houver mais de duas barras, não contando a de
canto. Quando houver mais de duas barras nesse trecho ou barra fora dele, deve haver
estribos suplementares. ”
“Se o estribo suplementar for constituído por uma barra reta, terminada em ganchos (90o a
180o), ele deve atravessar a seção do elemento estrutural, e os seus ganchos devem envolver
a barra longitudinal”
O detalhamento com armaduras distintas deve ser evitado, devido ao grande risco de
inversão das posições das armaduras na execução do pilar, sendo mais recomendado detalhar
com armaduras simétricas, colocando nos dois lados a maior dê-las
235
9.8.1 – DIMENSIONAMENTO DO PILAR P9
236
Dados conhecidos comprimento do pilar 2,80m pé direito,
𝑁𝑑 =818,41 x 1,4 =1145,77kN = 1146kN
𝑘𝑁
ℎ𝑦 = 40𝑐𝑚 ; 𝑑 ′ = 3 + 0,5 + 1 = 5𝑐𝑚 ; ℎ𝑥 = 20𝑐𝑚 ; Aço CA50 𝑓𝑦𝑑 = 43,48 𝑐𝑚2 ;
𝑓𝑐𝐾 = 25 𝑀𝑃𝑎
Direção Y:
237
𝑁𝑑 1146
𝜈= = = 0,8022 > 0,5 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜
𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑑 (20𝑥40)𝑥 2,5
1,4
1 0,005 0,005 0,005 0,005
( )= ≤ = = 0,000192 ≤
𝑟 ℎ𝑥 (𝜈 + 0,5) ℎ𝑥 20(0,8022 + 0,5) ℎ𝑥
= 0,00025 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑜𝑘
𝑙𝑒2 1 2802
𝑒2𝑥 = ( ) 𝑥 ( ) = 𝑥0,000192 = 1,52𝑐𝑚
10 𝑟 10
Podemos verificar que a situação crítica é a situação dois pois possui o maior momento fletor
na direção x, onde hx=20cm.
238
Dimensionamento das armaduras ábacos:
𝑑 ′ = 𝑐 + 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜 + 0,5 = 3 + 0,5 + 0,5 = 4,0𝑐𝑚
𝑑´ 4 𝑑´ 4
= = 0,10; = = 0,20
ℎ𝑦 40 ℎ𝑥 20
𝑁𝑑 1146
𝜈= = = 0,8
𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑑 800𝑥1,786
𝑀𝑑 3094 𝑀𝑑 4152
𝜇𝑦 = = = 0,0541; 𝜇𝑥 = = = 0,145
𝐴𝑐 ℎ𝑦 𝑓𝑐𝑑 800𝑥1,786𝑥40 𝐴𝑐 ℎ𝑥 𝑓𝑐𝑑 800𝑥1,786𝑥20
𝑁𝑑
0,15( ) 1146
𝐴𝑚𝑖𝑛 ≥ { 𝑓𝑦𝑑 = 0,15𝑥 ( ) = 3,95 𝑐𝑚²
43,478
0,4%𝐴𝑐 = 0,4%(20𝑥40) = 3,2 𝑐𝑚²
239
𝐴𝑠 𝑓𝑦𝑑 𝜔𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑑 0,49𝑥800𝑥1,786
𝜔 = 0,49; 𝜔 = ; 𝐴𝑠 = = = 16,10 𝑐𝑚²
𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑦𝑑 43,47
240
DETALHAMENTO DO PILAR P9.
𝐴𝑠 = 16,10𝑐𝑚²
Adotar
𝝓𝒍 ≥ 𝟏𝟐, 𝟓 𝒎𝒎 - 8𝞍16mm a área de 1𝞍16mm é 2,01cm² para 8 𝞍16mm16,10cm².
Espaçamento de cada barra:
Não iremos utilizar o estribo suplementar pois numa distância 10cm não temos mais de 2
barras sem contar com as barras dos cantos.
DETALHAMENTO NA FUNDAÇÃO.
O comprimento de ancoragem básico 𝑙𝑏 = (37,67𝟇) = 𝟑𝟕, 𝟔𝟕(𝟏, 𝟔) = 𝟔𝟎, 𝟐𝟕𝒄𝒎
A barra deverá penetrar 0,6lb=36,16cm na sapata e gancho mínimo de ancoragem
(5,5𝟇+8 𝟇)= 5,5(1,6)+8(1,6) = 21,6cm – adotar 30cm
Como a profundidade da fundação está entre 100cm adotaremos 115 cm de comprimento e
de arranque com gancho de 30cm.
241
9.8.3 – DIMENSIONAMENTO DO PILAR P7
O Pilar P7 é um pilar de borda, será considerado apenas o momento transmitido pela
viga de borda, o momento transmitido pelas cargas verticais pode ser desprezado. O
momento transmitido pela outra viga deve ser obrigatoriamente considerado, com isto a
situação de projeto é uma flexão normal composta com o momento no plano normal à borda
livre, caso do pilar retangular.
242
9.8.3 – DIMENSIONAMENTO DO PILAR P7
No dimensionamento do Pilar P7, temos os momentos devido a viga V300 que não
tem continuidade e provoca momento na direção y devido a carga vertical e temos os
momentos na direção x devido as ações do vento.
Podemos notar que os valores do momento fletor transmitido pela Viga V300 ao Pilar é um
valor pequeno comparado com o momento mínimo.
As seções extremas do Pilar estão sujeitas aos momentos inicias Midx(A) e Midx(B),
esses valores devem ser comparados aos momentos mínimos.
243
DMF – Direção x no Pilar P7 – devido a viga do Pórtico.
Dados:
𝑓𝑐𝑘 = 25 𝑀𝑃𝑎; 𝑙𝑒 = 2,80𝑚; 𝑁𝑘 = 359,5𝑘𝑁; 𝑀𝑥𝑎 = −353𝑘𝑁𝑚; 𝑀𝑥𝐵 = 189,7𝑘𝑁𝑚
Seção do Pilar 20x35cm;
𝑁𝑑 = 359,5𝑥1,4 = 503,3 ≈ 504 𝑘𝑁
Direção X – Excentricidade inicial – Seção de extremidade A:
𝑀1𝑑𝑥,𝑚𝑖𝑛 = 𝑁𝑑(0,015 + 0,03(0,20) = 10,58𝑘𝑁𝑚 ≈ 1058kNcm
> 𝑀1𝑑,𝐴 = 353𝑥1,4 = 494,20𝑘𝑁𝑐𝑚
1058
𝑒1𝑥,𝑚𝑖𝑛 = = 2,099𝑐𝑚 = 2,10𝑐𝑚
504
494
𝑒1𝑥,𝐴 = = 0,98𝑐𝑚 < 𝑒1𝑥,𝑚𝑖𝑛 = 2,10𝑐𝑚
504
244
1 1 1
𝜃1 = = = 0,00598 ≤ = 0,005
100√𝐻𝑖 100√2,8 200
𝑒1𝑥 = 𝑒 ∗ + 𝑒𝑖𝑚𝑝 > 𝑒1𝑥𝑚𝑖𝑛 = −0,377 + 2,10 = 1,72𝑐𝑚
1058
𝑒1𝑥,𝑚𝑖𝑛 = = 2,10𝑐𝑚 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑜 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜
504
𝑀𝑑𝑥,𝑡𝑜𝑡 2045,84
𝑒𝑥 = = = 4,06𝑐𝑚
𝑁𝑑 504
Seção intermediária do Pilar – Direção Y:
Quarto Passo – Verificando a dimensão Y para o momento mínimo.
𝑀1𝑑𝑦,𝑚𝑖𝑛 = 𝑁𝑑(0,015 + 0,03(0,35) = 12,85𝑘𝑁𝑚 = 1285kNcm
1285
𝑒1𝑦,𝑚𝑖𝑛 = = 2,55𝑐𝑚
504
𝑙𝑒 280
𝜆𝑦 = 3,46 ( ) = 3,46 ( ) = 27,68
ℎ𝑥 35
245
𝑒 0
25 + 12,5 ( 1 ) 25 + 12,5 ( )
𝜆1𝑦 = ℎ = 20 = 25 < 35
𝛼𝑏 1
𝜆𝑦 <𝜆1𝑦 𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑒2𝑦 = 0
𝑁𝑑 504
𝜈= = = 0,4
𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑑 700𝑥1,786
𝑀𝑑 1285 𝑀𝑑 2045,84
𝜇𝑦 = = = 0,03; 𝜇𝑥 = = = 0,081
𝐴𝑐 ℎ𝑦 𝑓𝑐𝑑 700𝑥1,786𝑥35 𝐴𝑐 ℎ𝑥 𝑓𝑐𝑑 700𝑥1,786𝑥20
𝑁𝑑
0,15( ) 504
𝐴𝑚𝑖𝑛 ≥ { 𝑓𝑦𝑑 = 0,15𝑥 ( ) = 1,74 𝑐𝑚²
43,478
0,4%𝐴𝑐 = 0,4%(20𝑥35) = 2,8 𝑐𝑚²
246
𝐴𝑠 𝑓𝑦𝑑 𝜔𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑑
𝜔 = 0 ;𝜔 = ; 𝐴𝑠 = = 0,0 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑟 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎
𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑦𝑑
𝑁𝑑
0,15( ) 504
𝐴𝑚𝑖𝑛 ≥ { 𝑓𝑦𝑑 = 0,15𝑥 ( ) = 1,74 𝑐𝑚²
43,478
0,4%𝐴𝑐 = 0,4%(20𝑥35) = 𝟐, 𝟖 𝒄𝒎²
247
O detalhamento do Pilar P7
𝐴𝑠 = 2,8𝑐𝑚2
Direção y:
𝜙𝑙 ≥ 10 mm - Adotar a armadura mínima 4 barras de 10mm, 1ϕ10mm = 0,785cm²
4ϕ10mm = 3,14cm² > 2,8cm².
Dimensionamento a força cortante, Valores em kN no DFV:
Pelo DFV do Pórtico da figura 8.8 capítulo 8.
Valores muito pequenos adotar armadura mínima.
𝐴𝑠𝑊 = 𝑏𝑊 𝜌𝑊 = 20𝑥0,103= 2,06 cm²/m adotando estribo de 5,0 mm, - 10 estribos por área
por metro, 1 estribo a cada 10cm
Estribo suplementar 20𝜙𝑡 = 20𝑥0,5 = 10𝑐𝑚
Não iremos utilizar o estribo suplementar pois numa distância 10cm não temos mais de 2
barras sem contar com as barras dos cantos.
DETALHAMENTO NA FUNDAÇÃO.
O comprimento de ancoragem básico 𝑙𝑏 = (37,67𝟇) = 𝟑𝟕, 𝟔𝟕(𝟏, 𝟎) = 𝟑𝟕, 𝟔𝟕𝒄𝒎
A barra deverá penetrar 0,6lb=22,602cm na sapata e gancho mínimo de ancoragem
(5,5𝟇+8 𝟇)= 5,5(1)+8(1) = 13,5cm – adotar 30cm
Como a profundidade da fundação está entre 100cm adotaremos 115 cm de comprimento e
de arranque com gancho de 30cm.
248
9.8.4 – DIMENSIONAMENTO DO PILAR P1
249
O Pilar P1 é um pilar de canto, para efeito de dimensionamento pilar de canto é aquele
que serve de apoio extremo para duas vigas de fachada. No pilar de canto os momentos
transmitidos pelas duas vigas devem ser obrigatoriamente considerados. Com isto a situação
de projeto é uma flexão obliqua composta. Com momentos nos planos normais às bordas
livres.
O Pilar P1 pertence a subestrutura de contraventamento.
250
Ao lançarmos na planilha de cálculo de Pilares temos as seguintes situações de cálculo para
P1.
Se verificarmos os valores dos momentos em Y são muito pequenos, iremos desprezar os
momentos nesta direção pois são menores que o mínimo, calcular o Pilar como se fosse de
Borda em x.
Utilizando a planilha de cálculo:
Armadura mínima:
𝑁𝑑
0,15() 241,6𝑥1,4
𝐴𝑚𝑖𝑛 ≥ { 𝑓𝑦𝑑 = 0,15𝑥 ( ) = 1,17𝑐𝑚²
43,48
0,4%𝐴𝑐 = 0,4%(20𝑥30) = 2,4𝑐𝑚²
𝑁𝑑 241,6𝑥1,4
𝜈= = = 0,315 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑟 0,4
𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑑 600𝑥1,786
𝑀𝑑 812 𝑀𝑑 1397
𝜇𝑦 = = = 0,025; 𝜇𝑥 = = = 0,065
𝐴𝑐 ℎ𝑦 𝑓𝑐𝑑 600𝑥1,786𝑥30 𝐴𝑐 ℎ𝑥 𝑓𝑐𝑑 600𝑥1,786𝑥20
251
𝐴𝑠 𝑓𝑦𝑑 𝜔𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑑
𝜔 = 0 ;𝜔 = ; 𝐴𝑠 = = 0,0 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑟 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎
𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑦𝑑
𝑁𝑑
0,15(
) 241,6𝑥1,4
𝐴𝑚𝑖𝑛 ≥ { 𝑓𝑦𝑑 = 0,15𝑥 ( ) = 1,17𝑐𝑚²
43,48
0,4%𝐴𝑐 = 0,4%(20𝑥30) = 𝟐, 𝟒𝒄𝒎²
O detalhamento do Pilar P1
𝐴𝑠 = 2,4𝑐𝑚2
𝜙𝑙 ≥ 10 mm - Adotar a armadura mínima 4 barras de 10mm, 1ϕ10mm = 0,785cm²
4ϕ10mm = 3,14cm² > 2,4cm².
252
Dimensionamento a força cortante, Valores em kN no DFV:
Pelo DFV do Pórtico da figura 8.8 capítulo 8.
Valores muito pequenos adotar armadura mínima.
𝐴𝑠𝑊 = 𝑏𝑊 𝜌𝑊 = 20𝑥0,103= 2,06 cm²/m adotando estribo de 5,0 mm, - 10 estribos por área
por metro, 1 estribo a cada 10cm
Estribo suplementar 20𝜙𝑡 = 20𝑥0,5 = 10𝑐𝑚
Não iremos utilizar o estribo suplementar pois numa distância 10cm não temos mais de 2
barras sem contar com as barras dos cantos.
DETALHAMENTO NA FUNDAÇÃO.
O comprimento de ancoragem básico 𝑙𝑏 = (37,67𝟇) = 𝟑𝟕, 𝟔𝟕(𝟏, 𝟎) = 𝟑𝟕, 𝟔𝟕𝒄𝒎
A barra deverá penetrar 0,6lb=22,602cm na sapata e gancho mínimo de ancoragem
(5,5𝟇+8 𝟇)= 5,5(1)+8(1) = 13,5cm – adotar 30cm
Como a profundidade da fundação está entre 100cm adotaremos 115 cm de comprimento e
de arranque com gancho de 30cm.
253
254
Capítulo 10 – FUNDAÇÕES
FUNDAÇÕES – SUPERFICIAIS, RASA OU DIRETA
Elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas
pela base da fundação (tensões de contato), e a profundidade de assentamento ao terreno
adjacente à fundação é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação.
255
• Blocos - Os blocos são indicados para cargas de valor significativo em terrenos
com resistência igual ou superior a 0,1 MPa.
• Vantagens – Não utiliza armadura.
• Desvantagem – blocos com alturas grandes maiores de 1,00 metro alto consumo de
concreto quando não escalonado.
Radier
• O Radier é executado em obras de fundação quando a área das sapatas ocuparem
cerca de 70 % da área coberta pela construção ou quando se deseja reduzir ao
máximo os recalques diferenciais. Para pequenas cargas, edifícios de no máximo
4 pavimentos.
Vantagens da fundação em Radier:
• Baixo custo em relação a sapatas corridas;
• Tempo de execução reduzido;
• Redução na mão de obra;
• Indicado para terrenos argilosos.
Desvantagens da fundação em Radier
Se for necessário aumentar a resistência do radier devido as cargas atuantes na laje, é preciso
aumentar o volume de concreto, o que acaba tornando esse tipo de fundação mais cara,
ocasionando maior dificuldade na execução. Ainda podem ocorrer várias fissuras já que se
trata de uma estrutura de concreto armado
• Sapata corrida
256
10.1– ENTRADAS PARA DIMENSIONAR UMA FUNDAÇÃO
• Mapa de Cargas.
• Relatório de Sondagem ou relatórios.
• Mapa de Cargas.
• Topografia.
• Locação dos pilares.
10.1.1 – Mapa de Cargas da Edificação.
Após o cálculo da Edificação é gerado o mapa de cargas na fundação, analisando os
esforços de compressão na direção x e y o mapa de cargas irá trazer o maior valor do
esforço na fundação entre x e y.
258
10.1.4 – RELÁTÓRIO DE SONDAGEM
259
1.1.4.1 – CARACTERÍSTICAS DO SOLO ANALISADO
Ao analisarmos os relatórios de SPT realizados no local da construção do edifício podemos
tirar as seguintes conclusões:
Não foi detectado NA abaixo ou no nível do solo.
Iremos assentar a fundação na cota de 1,0 m segundo o menor SPT dos 2 relatórios temos
N=14.
Módulo de deformabilidade ou elasticidade do Solo E=210N – 210x15=3150t/m²
Ysolo = peso específico do solo =1,90t/m³ para argilas Rija – com N variando 11 a 19
TENSÃO ADMISSÍVEL AVALIADA ATRAVES DO SPT:
Para qualquer solo natural no intervalo 5<N<20, sendo N o valor do SPT da camada de
apoio da fundação pode-se estimar:
𝑁 𝑘𝑔 14
𝑞𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠 = 2
= = 2,8 𝑘𝑔/𝑐𝑚2 = 0,28 Mpa
5 𝑐𝑚 5
Pela NORMA NBR6122 para argila rígida 0,3 Mpa é igual 3 kg/cm², logo adotaremos o
valor de 2,8 kg/cm² a favor da segurança.
260
Existe uma certa incompatibilidade entre alguns tipos de solos e o emprego de
sapatas isoladas, pela incapacidade desses solos de suportar as ações comuns das estruturas.
ALONSO [1983] indica que, em princípio, o emprego de sapatas só é viável técnica e
economicamente quando a área ocupada pela fundação abranger, no máximo, de 50% a
70% da área disponível.
De uma maneira geral, esse tipo de fundação não deve ser usado nos seguintes casos:
• Aterro não compactado;
• Argila mole;
• Areia fofa e muito fofa;
• Solos colapsíveis;
• Existência de água onde o rebaixamento do lençol freático não se justifica
economicamente.
Inicialmente é analisado a possibilidade do emprego de fundações diretas. No caso
da não ocorrência de recalques devidos a camadas compressíveis profundas, o problema
passa a ser a determinação da cota de apoio das sapatas e da tensão admissível do terreno,
nessa cota.
No caso de haver ocorrência de recalques profundos, deverá ainda ser examinada a
viabilidade da fundação direta em função dos recalques totais, diferenciais e diferenciais de
desaprumo (isto é, quando a resultante das ações dos pilares não coincide com o centro
geométrico da área de projeção do prédio, ou quando há heterogeneidade do solo).
Sendo viável a fundação direta poder-se-á então compará-la com qualquer tipo de
fundação profunda para determinação do tipo mais econômico.
Não sendo viável o emprego das fundações diretas passa-se então para fundações
profundas (estacas ou tubulões).
10.2.1 – Dimensionamento Geométrico Sapatas
As dimensões em planta necessárias para uma sapata isolada são obtidas a partir da
divisão da ação característica total do pilar pela tensão admissível do terreno. Para levar em
conta o peso próprio da fundação, deve-se considerar um acréscimo nominal na ação do
pilar. Esse acréscimo pode ser de 5% para sapatas flexíveis e 10% no caso das sapatas
rígidas. Segundo ALONSO [1983], conhecida a área da superfície de contato, a escolha do
par de valores a e b, para o caso de sapatas isoladas, deve ser feita de modo que:
a) O centro de gravidade da sapata deve coincidir com o centro de aplicação da ação
do pilar;
b) A sapata não deverá ter nenhuma dimensão menor que 60 cm;
c) Sempre que possível, a relação entre os lados a e b deverá ser menor ou, no
máximo, igual a 2,5;
d) Regularmente, os valores a e b devem ser escolhidos de modo que os balanços l da
sapata, em relação às faces do pilar, sejam iguais nas duas direções.
261
Pilar de seção transversal retangular.
Neste caso, com base na figura, quando não existe limitação de espaço, pode-se escrever:
Para um dimensionamento econômico, consideram-se os balanços iguais nas duas direções,
portanto: 𝒂 − 𝒂𝟎 = 𝒃 − 𝒃𝟎
Com esta condição, as seções de armaduras resultam aproximadamente iguais nas duas
direções.
Quando a fundação é solicitada além da carga normal, por momentos fletores as dimensões
da base são obtidas por tentativa.
1 – Definição preliminar das dimensões da fundação (a x b) de forma a atender as
limitações dadas pela figura abaixo.
2- Cálculo das tensões de contato.
3- Comparação entre a tensão de contato com a tensão máxima admissível no solo.
4- Novo ciclo de cálculo, caso a tensão máxima supere a admissível.
𝐚
𝒂 ≥ 𝒃 ≥ 𝟔𝟎𝒄𝒎 ; ≤ 𝟐, 𝟓
𝐛
262
10.2.2 – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RÍGIDAS E FLEXÍVEIS
Critério da NBR6118:2014 item 22.4.1 – Uma sapata será rígida se atender às 2 equações
a seguir. Caso contrário ela deverá ser considerada flexível.
𝑎 − 𝑎0 𝑏 − 𝑏0
ℎ≥ ;ℎ ≥
3 3
Se atender esta fórmula a verificação à punção pode ser dispensada.
10.3.1 – Tensões de contato – Fundações rígidas
No cálculo das tensões de contato (tensões no solo imediatamente sob a fundação), o
fator de maior relevância é a rigidez da fundação. Será utilizada as equações da resistência
dos materiais referentes as tensões normais e tensões normais de flexão. Condição para
aplicação da equação é que a superfície de contato se mantenha plana na condição de
solicitação de cargas.
𝑵 |𝑴|𝒙 |𝑴|𝒚
𝝈(𝒙,𝒚) = ± |𝒚| ± |𝒙|
𝑨 |𝑰|𝒙 |𝑰|𝒚
263
𝑙𝑦𝑥𝑙𝑥 3 𝑙𝑥 . 𝑙𝑦 3
|𝐼|𝑦 = |𝐼|𝑥 = ;
12 12
Esta restrição imposta garante que, ao se calcular as tensões no solo, só sejam encontradas
tensões de compressão, visto que é impossível existir tensões de tração entre a fundação e o
solo. Em termos geométricos a equação limita a excentricidade de carga normal ao
paralelogramo, denominado núcleo central.
264
10.4.1 - DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL SAPATAS RÍGIDAS
A diferença básica entre as duas vigas é ausência de estribos na segunda viga, que
ocorre na existência de uma única biela comprimida. A viga B funciona como uma mão
francesa, sendo dimensionada como uma treliça, método das bielas comprimidas ao
contrário da viga A dimensionada à flexão e ao cisalhamento.
Balanços como o da viga B são consolos curtos, e se diferenciam dos outros balanços pela
relação
𝑳 ≤ 𝒅 ≤ 𝟐𝑳
Uma sapata cuja dimensões satisfaçam à equação podem ser calculadas pelo método das
bielas.
Atender simultaneamente:
𝑎−𝑎0 𝑎−𝑎0 𝑏−𝑏0 𝑏−𝑏0
≤𝑑≥ 𝑒 ≤ 𝑑≤
4 2 4 2
265
Por não se tratar exatamente de um consolo curto, a altura útil d da sapata deverá atender
também ao dimensionamento de punção.
Entretanto pelo critério definido pela NBR6118/2014 para uma sapata ser rígida o cálculo
da punção é desnecessário.
𝑎 − 𝑎0 𝑏 − 𝑏0
ℎ≥ ;ℎ ≥
3 3
𝑎 𝑎0
𝑇𝑎 4 − 4
tan 𝛼 = = ;
𝑃 𝑑
2
𝑷(𝒂 − 𝒂𝟎 )
𝑻𝒂 = 𝒐𝒏𝒅𝒆 𝑻𝒂 − 𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑒𝑚 𝑎
𝟖𝒅
1,4𝑇𝑎
𝐴𝑠𝑎 = ≥ 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,001𝑏ℎ
𝑓𝑦𝑑
1,4𝑇𝑏
𝐴𝑠𝑏 = ≥ 𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,001𝑎ℎ
𝑓𝑦𝑑
É importante salientar que o cálculo pelo método das bielas considera que a tensão
no solo seja uniforme, ou seja que a fundação seja solicitada apenas por carga normal. No
caso de carga excêntrica é necessário uniformizar o diagrama de tensões no solo.
266
10.4.2 DISPOSIÇÃO DA ARMADURA INFERIOR
Se o balanço (L) da sapata for menor que a altura h, a armadura inferior deve ser
totalmente ancorada na vizinhança das bordas da sapata, devendo o comprimento de
ancoragem ser medido a partir da extremidade da parte retilínea das barras, conforme figura.
Se o balanço L da sapata exceder sua altura h, a armadura inferior deve ser totalmente
ancorada à partir da seção situada à distância “h” da face do pilar figura:
10.5.1- DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES DO PROJETO-Estudo de
viabilidade econômica da SAPATA Isolada
Temos as cargas concentradas estimadas para cada fundação, pelos relatórios de
sondagem temos a estimativa da tensão admissível no solo, logo podemos estimar a área de
cada sapata isoladamente e depois somar as áreas de todas sapatas e verificar a taxa de
ocupação no terreno.
Iremos utilizar a expressão, para calcular a área de estimada de cada sapata.
𝐹 𝐹
𝜎𝑎𝑑𝑚.𝑠𝑜𝑙𝑜 = ; 𝐴=
𝐴 𝜎𝑎𝑑𝑚.𝑠𝑜𝑙𝑜
Fazendo um estudo da área que toda a fundação do edifício do projeto irá ocupar e
dividindo pela área da construção aproximada de 183m² temos uma área de ocupação para a
fundação de 24,73% logo de acordo com o critério de Alonso, está abaixo de 50% o que
torna a fundação do tipo sapata viável economicamente em relação a outras soluções.
267
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 TOTAL
14 21 28 28 21 14 14 21 24 24 21 14 14 21 28 28 14 14
TOTAL
FUNDAÇÕES 242 702,3 569 536 687 273 359 879 818 809 879 359 157,9 686 420 466 665 242 9749,2
(kN)
tf 24,2 70,23 56,9 53,6 68,7 27,3 35,9 87,9 81,8 80,9 87,9 35,9 15,79 68,6 42 46,6 66,5 24,2 974,92
tf/m² do solo 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28
tf +30% 31 91 74 70 89 35 47 114 106 105 114 47 21 89 55 61 86 31 1267
ÁREA (m²) 1,12 3,3 2,6 2,5 3,2 1,3 1,7 4,1 3,8 3,8 4,1 1,7 0,7 3,2 2,0 2,2 3,1 1,1 45,3
24,73%
268
𝑀𝑥𝑡𝑜𝑡 = 𝑀𝑥 + 𝐻𝑦 𝑥1,00 = 7,145 + 9,136 = 16,28𝑘𝑁𝑚 = 1,628𝑡𝑓𝑚
𝑀𝑥 1,628
𝑒𝑦 = = = 0,067𝑚 = 6,7𝑐𝑚
𝑁 24,2
A área estimada para a fundação do Pilar P1 foi de 1,12m² iremos adotar a sapata retangular
sabendo que a menor medida para sapata é de 60cm logo:
Temos que adicionar o peso próprio da Sapata e peso do solo sobre a mesma, para isto iremos
adotar um valor adicional de 15% do peso da sapata.
Logo iremos adotar uma sapata de área de 1,00x1,20 pois no pilar P1 as medidas são
20x30cm, logo a maior medida da sapata quando possível corresponde a maior medida do
Pilar, esta medida inicial considera apenas as forças concentradas, vamos adicionar os
momentos.
Critério de rigidez para altura h da Sapata de acordo com a NBR6118:2014:
𝑎 − 𝑎0 𝑏 − 𝑏0 100−20 120−30
ℎ≥ ;ℎ ≥ ℎ≥ = 26,66𝑐𝑚 ; ℎ ≥ =30cm
3 3 3 3
270
𝜎𝑎 = 23,19 ± 11,30y ± 14,70𝑥 =23,19 − 11,30(0,6) − 14,7(0,5) = 9,06𝑡𝑓/𝑚²
𝑡𝑓 𝑡𝑓
𝜎𝑎𝑑𝑚𝑠𝑜𝑙𝑜 = 28 2
< 37,3 2 𝒏𝒐 𝒑𝒐𝒏𝒕𝒐 𝒅, 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑟 𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎.
𝑚 𝑚
𝑁 |𝑀|𝑥 |𝑀|𝑦
𝜎(𝑥,𝑦) = ± |𝑦| ± |𝑥|
𝐴 |𝐼|𝑥 |𝐼|𝑦
271
Estudando o ponto crítico D máximo:
𝑡𝑓 𝑡𝑓
17,83 + 7,41(0,65) + 7,85(0,6) = 27,35 < 28 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑜𝑘.
𝑚2 𝑚2
Verificando o critério da altura da sapata novamente pois aumentamos a base.
𝑎 − 𝑎0 130 − 30 𝑏 − 𝑏0 120 − 20
ℎ≥ = = 33,33𝑐𝑚 ; ℎ ≥ = = 30𝑐𝑚
3 3 3 3
Adotar h=35cm.
𝜎′𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 27,36𝑡𝑓/𝑚²
272
273
10.5.3- DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES DO PROJETO – P11
𝑁 𝑘𝑔 14
𝑞𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠 = = = 2,8𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2
5 𝑐𝑚2 5
𝐻𝑦 = 0,98𝑘𝑁 𝑒 𝐻𝑥 = −3,29𝑘𝑁
𝑀𝑦 −0,221
𝑒𝑥 = = = −0,0025𝑚 = 0,25𝑐𝑚
𝑁 87,9
𝑀𝑥 0,674
𝑒𝑦 = = = 0,0076𝑚 = 0,76𝑐𝑚
𝑁 87,9
Verificando as excentricidades acima notamos que os valores são menores que 1,00 cm logo
podemos considerar compressão centrada onde o maior esforço é o axial.
A área estimada para a fundação foi de 4,1m² iremos adotar a sapata retangular vamos fixar
uma medida e variar a outra sabendo que a menor medida para sapata é de 60cm logo,
adotando inicialmente 2,10x2,00 =4,20m²
𝑎 − 𝑎0 𝑏 − 𝑏0
ℎ≥ ;ℎ ≥
3 3
210 − 30 200 − 20
ℎ≥ = 60 ; ℎ ≥ = 60
3 3
H adotado = 60cm;
Conhecendo as dimensões da sapata temos que adicionar o peso próprio da mesma
Peso próprio sapata = 2,00x0,8x2x2,75 =11 tf
𝑁 87,9 + 15%87,9
𝜎(𝑥,𝑦) = = = 24,07𝑡𝑓/𝑚²
𝐴 (2,1𝑥2)
274
𝑁 101,09
𝜎𝑎𝑑𝑚 = = 28𝑡𝑓/𝑚² = ; 𝑏 = 1,82𝑚
𝐴 2,0𝑏
Logo as dimensões da base da sapata serão 2,00x1,90m
𝑎 − 𝑎0 𝑏 − 𝑏0 200 − 30 190 − 20
ℎ≥ ;ℎ ≥ = = 56,6𝑐𝑚 ; = 56,6𝑐𝑚
3 3 3 3
adotar h=60cm.
275
276