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Série

Pyte / Sentinel
Livro 01
Soryu
Margarete, Carol S, Manu, Jessica P.,
Miho, Samya, Biana, Silmara M.
Victoria A., Lady Euphoria, Erika
R., Sun Ribeiro, Vania, Carol S., Renata, Lari
Machant, Leilane Correia
Quero
Lyli Cunha
Chayra Moom
: Luisinha Almeida
Série Pyte / Sentinel - Livro 01
TALL, DARK & LONELY
R.L. Mathewson
As coisas estão finalmente melhorando para Madison. Depois
de anos ralando, apenas para sobreviver, ela consegue seu emprego dos
sonhos e finalmente tem um pagamento e uma casa decente para que
possa morar com seu irmão e irmã. É muito ruim quando nada
acontece do jeito que é para ser. Quando a mãe, que os abandonara
anos atrás, de repente, aparece e leva-os para New Hampshire,
Madison não tem escolha senão ir, ou perder seu irmão e irmã.
Empurrando seus sonhos de lado, novamente, Madison tenta fazer com
que as coisas funcionem, o que não é fácil, sua irmã de quinze anos
atua como uma prostituta em treinamento, os homens agem como
bastardos idiotas em torno dela, seu chefe é um idiota, ela se sente
como uma forasteira, seu melhor amigo acaba por ser um punk de
dezesseis anos e o cara, incrivelmente bonito, que aluga o quarto
adjacente ao dela, não só ocupa todo o banheiro, como também, toma
três banhos por dia e a deixa com água fria, mas ele também tem um
segredo. Um segredo pelo qual ela se torna um pouco obcecada e não
pode deixar ir, não importa quantas vezes seja alertada.

O Detetive Ephraim Williams aprendeu há muito tempo a não


mostrar qualquer emoção ou se permitir se apegar aos seres humanos.
Qual era o ponto? Eles iam e vinham, e ele permanecia. Desta vez não
haveria qualquer diferença, ou então, foi o que ele pensou. Quando sua
senhoria disse-lhe que seus netos estavam se mudando, ele não
esperava muito, apenas que não ficaria sozinho. O que ele não esperava
era ter que lutar contra a sede de sangue, cada vez que sequer sentia o
cheiro do perfume de sua deleitável vizinha, ou quando ela o
bombardeava com perguntas, cada vez que o encurralava. Se isso não
fosse ruim o suficiente, um Mestre de seu passado, o encontrou mais
uma vez, está exigindo seu sangue e está disposto de fazer qualquer
coisa para obtê-lo, até mesmo usar a vizinha irritante, que o faz sentir
mais do que dor, pela primeira, vez em séculos.
Para todos que já me fizeram rir e

para os meus filhos que serão sempre


a minha inspiração.
Prólogo
Lancashire, Inglaterra 1819

— Ele é o diabo! — Uma mulher gritou.


— Silêncio, mulher! Basta mostrar ao magistrado sua
ferida! — Seu pai exigia.

Ephraim não poderia se focar. Seus olhos estavam


muito pesados para abrir e seu corpo estava mole. Tudo
parecia distante e vago. Ele estava tão... ele só precisava
dormir. Dormir um pouco e, em seguida, iria perguntar por
que eles estavam em seu quarto.

— Esta mulher é, obviamente, propensa a histeria,


excelência. Isto é claramente uma mordida de animal ou ela
se esfaqueou, na esperança de criar problemas para você. Eu
a demitiria de uma só vez, sem sequer uma referência. —
Uma voz fria, disse.

— Eu não estou mentindo, senhor! Olhe para a sua


boca! — A mulher exigia. Era Mary, a empregada lá de cima?
Ephraim tentou se concentrar. Ela estava obviamente
chateada com alguma coisa.
— Primeiro me diga quem é esse homem. — A voz fria
ordenou.

— Dizer-lhe quem ele é? — Seu pai repetiu em


confusão. — Eu lhe digo quem é! É meu filho do meio,
Ephraim! — Seu pai estalou.

Ephraim ouviu uma risada. — Este não é Ephraim.

— Sim, é!

— Não, não é. — O homem parecia irritado.

O que diabos estava acontecendo?

Alguém agarrou seu queixo, não muito gentilmente e o


puxou para o lado. Ephraim queria protestar, mas o único
som que conseguiu foi um fraco gemido.

— Este é Ephraim!

— Mas... mas... Ephraim tem dezesseis e esse parece...


bem ele parece... como...

— Como um menino de dez anos de idade. — Ele ouviu


a resposta de seu irmão mais velho, Henry, em um tom
divertido. O bom e velho Henry. Ele teria que se lembrar de
dar um tabefe em suas orelhas depois.

— Tá bom! — O magistrado ironizou. — Este aí parece


ter uns bons vinte e cinco anos. Alguém está fazendo uma
brincadeira? Garanto-lhe que eu não acho isso engraçado ou
tolerável!

— Eu nunca faria uma coisa dessas. Este é Ephraim.


Eu não duvido que seja, pois cuidei dele no último mês.

—O que aconteceu com ele? — Perguntou o magistrado.

Bom, essa era uma boa pergunta, Ephraim pensava.


Responda isso! Ephraim tinha as suas próprias perguntas,
tantas. Nenhuma delas parecia ser capaz de deixar seus
lábios no momento, então ele iria contar com aquele homem,
para pedi-las em seu nome.

— Ele sempre foi o diabo! Todos nós sabíamos! Não é


natural para um homem ficar como um menino! Não é
natural e, agora ele se alimenta de sangue virginal! — A
empregada gritou.

Alguém riu. — Vamos, Mary, virginal? Acho que essa


afirmação chegou cinco anos tarde demais. — É claro que
Henry saberia. Ele tinha uma reputação de levantar cada saia
da cidade. Henry gostava de diversificar suas atenções.
— Silêncio! — Seu pai gritou.

— Eu quero saber como um rapaz, conhecido por sua


aparência jovem, fica doente por um mês e em seguida, se
torna isso.

Seu pai suspirou. — Estamos perdidos. Todos os


cirurgiões que eu trouxe estão perdidos também. Eles o
drenaram, o refrigeraram, o aqueceram, derramaram líquido
de bile em sua garganta e ele ainda permaneceu dormindo
e... mudando.

O magistrado zombou. — Mudando é dizer o mínimo.


Ele se parece com um homem. Tem certeza que este é
Ephraim ou que seus meninos não estão fazendo uma
brincadeira?

—Eu tenho certeza. Sentei-me ao lado dele todos os


dias, durante o mês passado. — Seu pai parecia cansado. —
Eu assisti as mudanças acontecerem.

— Explique-me por que ele está acorrentado à cama.

Acorrentado? Ele estava acorrentado? Que diabos estava


acontecendo? Depois de vários longos minutos de grande
concentração, ele foi capaz de forçar seus olhos a abrirem. As
imagens lentamente mudaram de borradas para afiadas.
Ele lentamente olhou ao redor de seu quarto. Seus dois
irmãos mais velhos estavam no canto, olhando entediados.
Vários homens de infantaria estavam no quarto, segurando
bastões de críquete e olhando para ele. Mary estava
choramingando e encolhida perto da porta. Seu pai e o
magistrado Nicholas, um homem no início dos trinta anos e
bem conhecido por sua crueldade, estavam um em cada lado
de sua cama, olhando para ele. Seu pai olhava preocupado. O
magistrado Nicholas olhava-o com irritação.

— Qual é o seu nome? — Nicholas exigiu.

Ele limpou a garganta. Parecia que tinha engolido areia.


— E... Ephraim.

— Vê! — Seu pai enfiou a mão em sua direção.

Nicholas nivelou um olhar sobre Ephraim que o fez se


contorcer. — alguém o forçou a fazer isso?

Ephraim virou a cabeça, para olhar seu pai, só para ter


frios dedos ossudos agarrando seu rosto e puxando sua
cabeça para trás, insensivelmente. — Eu lhe fiz uma
pergunta.

— Não, — disse Ephraim. — O que está acontecendo?


— Sua voz era rouca e profunda, como a de um homem. Não
era sua voz! Ele tinha uma voz de menino. Algo estava muito
errado aqui.

— Nós estamos prestes a descobrir, — disse Nicholas,


apontando para si mesmo. — Tragam a menina. — Ele
retrucou.

— Não! Não! Por favor! — Mary gritou.

Ephraim viu, quando dois homens agarraram Mary, que


se arrastava, chutava e gritava, do lado da cama. Henry e
Marc começaram a rir.

— Papai, isso é ridículo! Esta menina está apenas à


procura de uma maneira de engordar sua bolsa. Ephraim,
finalmente, obteve alguns pelos em seu saco, ainda que em
coma. É estranho, mas não há nada de mal sobre isso. —
Disse Marc, em um tom entediado.

Henry riu mais ainda. — Ela quer só ser adicionada à


fofoca. Você sabe como as pessoas sempre falaram sobre
Ephraim, como ele é algum tipo de aberração. Não é culpa
dele se levou tanto tempo. Atire-a para fora.

— Não! Eu não menti, sua Graça! Ele me mordeu! —


Ela gritou.
— Nós vamos ver isso, — disse Nicholas, quando
agarrou seu braço e o colocou na frente do rosto de Ephraim.
— Você fez isso? — Ele exigiu.

Os olhos de Ephraim estavam focados em duas


pequenas crostas, de meia polegada de distância. Ele abanou
a cabeça. Nunca teve tanto medo em sua vida. Eles estavam
acusando-o de morder uma empregada, que estava
acusando-o de ser o diabo. Ele precisava se concentrar.

Ele sentiu sua força, lentamente voltando ao seu corpo.


Levantou os braços e suspirou com alívio, vendo que podia se
mover. Ele baixou os braços e se assustou com o som de
correntes tinindo. Levantou ambas as mãos novamente e
suavemente as virou. Elas estavam diferentes. Eram mais
longas, bronzeadas, musculosas e ele estava acorrentado! Ele
levantou seus pés também. Eles estavam cobertos por um
lençol, mas ele sentiu as correntes.

— Por quê? — Ele perguntou, erguendo os braços


novamente.

— Garota, você mentiu! Você vai desejar nunca ter


tentado isso! — Nicholas a jogou, violentamente, no chão.

Ela balançou a cabeça freneticamente. Novas lágrimas


derramaram pelo rosto. — Não! Eu não estou mentindo! Ele
me mordeu!
Seu pai fez um gesto para os lacaios. — Tirem-na daqui
e retire as correntes de Ephraim.

O alívio disparou através dele. — Obrigado, pai. — Ele


conseguiu dizer.

— Não! Eu posso provar! — Mary disse.

Nicholas se virou, a tempo de ver Mary se livrando dos


lacaios e passando por ele, enquanto corria para Ephraim,
empunhando uma faca.

— Pare! — Ephraim gritou fracamente.

Ela trouxe a faca para baixo, através de sua própria


palma quando fez seu caminho para a cama. Ele não podia
descobrir o que ela esperava conseguir por cortar a si mesmo.

Ephraim se esforçou para sair da cama e longe desta


mulher demente. Tudo parecia acontecer ao mesmo tempo.
Nicholas cambaleou para trás, seu pai tentou correr ao redor
da cama, seus irmãos a empurraram contra a parede,
estavam em uma corrida em direção a ele, os lacaios
pareciam confusos e foram os últimos a reagir.

Mary enfiou a mão a poucos centímetros de seu rosto. O


sangue escorria de sua mão.
— Fique longe de mim! — Ephraim ordenou.

Ela não ficou. Ela enrolou sua mão em um punho,


forçando mais sangue. Ephraim olhou para o sangue com
desgosto, até mesmo quando seu estômago roncou com a
visão. Ele ignorou até mesmo quando sua boca começou a
salivar. Sua reação ao sangue o assustava mais do que tudo.

— Fique longe de mim!

Seu pai e seus irmãos chegaram a um impasse,


derrapando logo atrás dela. O Magistrado Nicholas agarrou
Mary pelos cabelos e a puxou para fora do caminho.

Ephraim suspirou: — Obrigado...

Nicholas agarrou seu queixo e abriu a boca de Ephraim.


— Querido Deus no céu... — Ele murmurou. Ephraim
assistiu com horror quando o dedo de Nicholas veio em
direção a sua boca. Ele sentiu a pressão contra um de seus
dentes e, em seguida, sentiu algo doce e delicioso em sua
língua.

— Cristo todo-poderoso! — Nicholas afastou um dedo


sangrento e o sacudiu. — Eles são navalhas afiadas!

— O quê? — Ephraim perguntou atordoado.


Ele observou como seu pai e irmãos empalideceram. Ele
não podia entender nada disso. A única coisa que tinha
certeza é que queria mais do delicioso líquido doce, muito. Ele
passou a língua nos lábios com a esperança de voltar a ter
mais. Sua língua se deparou com algo pontudo em sua boca.
Ele passou a língua sobre a ponta afiada apenas para
encontrar uma segunda em sua boca. O que estava
acontecendo? Será que os cirurgiões fizeram algo em sua
boca?

— Eu disse que ele era o diabo! — Disse Mary,


presunçosamente. Ela prendeu o sangramento da mão contra
o peito. Ephraim encarou aquilo como um homem morrendo
de sede.

— Cale-a! — Nicholas gritou. Ele se virou para o pai. —


Precisamos conversar. — Ephraim viu quando seu pai foi
arrastado para o canto do quarto. Ele tinha certeza que eles
estavam sussurrando, mas ele podia ouvir tudo que diziam,
em alto e bom som, como se estivessem de pé perto de sua
cama.

— Ele é um adorador do diabo? — Perguntou Nicholas.

— Não! — Seu pai protestou.

— Conte-me sobre seu nascimento. — Nicholas exigiu.


Ephraim ignorou o olhar que seus irmãos estavam
dando-lhe e o fato de que eles estavam, agora, prestes a
disparar, rapidamente, para longe de sua cama, como se ele
fosse um leproso e focou na conversa particular.

Durante dez anos ele pediu e implorou ao seu pai para


contar-lhe sobre seu nascimento. A única coisa que ele disse
foi que sua mãe morreu em seu parto. Sua madrasta se
recusou a dizer-lhe qualquer coisa. Isso não o surpreendeu,
desde que ela o odiava. Ela se referia a ele como “coisa” e foi
forçada a tolerá-lo. Ele nunca entendeu isso e agora parecia
que estava prestes a obter algumas respostas.

— A mãe foi atacada, não foi? Um animal, como os


moradores dizem? — Nicholas perguntou.

Ele ouviu seu pai arrastar uma respiração áspera. Era


estranho. Seu pai estava há mais de vinte metros dele, mas
ele podia ouvir tudo, claramente, muito claramente. E estava
começando a ficar com dor de cabeça. Ouvia sons de farfalhar
de roupas, passos, respiração, batimentos cardíacos, insetos
voando no quarto, no andar de baixo alguém deixou cair uma
panela na cozinha e xingou. Essa era a coisa mais estranha,
porque eles estavam no segundo andar da ala oeste, muito
longe da cozinha, mas ele tinha certeza de que podia ouvir a
Sra. Brown trabalhando lá embaixo.
Ephraim se forçou para ignorar cada som e se
concentrou. Seu pai olhou por cima do ombro para se
certificar que ninguém estava perto o suficiente para ouvir,
antes de continuar.

Ele pai sacudiu a cabeça. — Não, não foi um ataque de


animal.

— Eu pensei que não. Ouvi rumores que um homem


louco, de Bedlam, que escapou e atacou sua primeira esposa,
durante o último mês de sua gravidez.

— Sim, eu receio que estão tão perto da verdade como


todos nós jamais vamos estar. Eu estava fazendo um baile
para minha irmã mais nova, Amy. Minha esposa estava
inquieta com sua gravidez. Nossos dois meninos estavam
dormindo no berçário e ela queria desesperadamente ver a
dança de Amy.

— Compreensível. Por favor, continue.

— Marc, onde diabos ele está? — Perguntou Henry em


voz alta. Ephraim os ignorou.

— Cala a boca, Henry. — Disse Marc, friamente.


— Ela... ela... nós... — A voz de seu pai falhou. Ephraim
nunca ouviu seu pai chorar. — Descobrimos o bastardo
inclinando sobre seu corpo. Ela estava tão pálida... e... e...

— O quê?

— Ele estava se alimentando de seu sangue! Ele estava


bebendo o sangue dela! — Seu pai sussurrou asperamente.

Nicholas não disse nada. — Nós perseguimos o


bastardo, mas não rápido o suficiente. Ela entrou em
trabalho de parto... mas estava morta. O menino só... Ele
veio... O cirurgião não podia entender. Ele pensou que íamos
ter que corta-la.

— Eu sinto muito. Estou bastante confuso. Você disse


que ela estava morta? Eu a vi na aldeia, uma semana depois
que o menino nasceu. Fui levado a acreditar que ela morreu
poucos dias depois, por complicações.

Seu pai olhou por cima do ombro novamente. — Nós


tivemos que dizer isso a todos... A verdade é que ela acordou
na manhã seguinte, como se nada tivesse acontecido. Ela
tentou pegar o menino. Estava gritando bobagens. Eu tive
que expulsá-la, mas ela voltou para o menino com ele!

Nicholas pigarreou. — Eu odeio perguntar, mas é


possível que o menino não seja seu?
— Você quer dizer, se minha esposa me traiu? — Ele
perguntou com amargura. — Eu... Eu não sei. Ele não se
parece em nada com seus irmãos. Eu só não sei e, na época,
teria sido criado um escândalo se o garoto desaparecesse e eu,
certamente não ia mandar uma criança inocente com... Oh,
Deus, ela estava morta eu mesmo a enterrei... Eu... O que
você acha...

Ephraim olhou para seus irmãos. Eles eram homens


bonitos, por qualquer padrão. Eles pareciam muito com seu
pai. Eles eram como a Sra. Brown gostava de dizer “homens
femininos”. Eles tinham muitos traços femininos. Eram
meninos bonitos, algumas das senhoras diziam. Muitas
mulheres gostaram disso, mas Ephraim sempre,
secretamente, rezava para que não ficasse parecido com eles.
Ele sempre encontrou conforto no fato de que todo mundo
dizia que ele não se parecia com eles. A única coisa que eles
compartilhavam era o cabelo preto de sua mãe.

Eles sempre disseram que ele parecia um “homenzinho”.


Ele era um pequeno menino áspero, com uma compleição
musculosa, ao contrário de seus irmãos, com estrutura muito
mais fina. Seus olhos azuis, surpreendentes, também os
distinguiam. Poderia ser somente coisas de genética? Parecia
ridículo, até mesmo para ele, mas não queria parecer uma
mulher.
Nicholas olhou para ele e balançou a cabeça. — Ele não
se parece com você ou seus outros filhos, exceto o cabelo
preto. Ele se parece com os homens do lado da mãe ou
parecia...

— Ele? Você quer dizer... — Seu pai fez um som de


desgosto.

— Sim.

— Ele tem uma estrutura maior e olhos diferentes,


mas... Eu pensei... Eu esperava que ele ficasse parecido
conosco. — Seu pai olhou para ele. — Ele se parece com ele.
Você acha que ele contraiu tudo que afligiu sua mãe, então?

— Sim, acho que há uma boa chance do menino estar


doente. Se você realmente não é pai do menino, então ele
provavelmente é um insano também. Diga-me, o que
aconteceu com a mãe dele?

— O que você acha que fizemos? Ela estava morta.


Queimamos a cadela e seu amante. — Disse ele friamente.
Ephraim prendeu a respiração.

— Você não é meu pai? — Ele perguntou, antes que


pudesse se conter.
Ambos os homens lentamente se viraram, para olhar
para ele. Suas expressões confusas se transformaram em
horrorizadas, ao perceber que ele ouviu a conversa inteira,
sussurrada. Seu pai foi com a mão para o peito quando um
suspiro coletivo soou por toda a grande câmara do quarto.

— Seus olhos! Eles estão vermelhos! — Henry gritou.

— O diabo! — Um lacaio ergueu a arma e apoiou.

—Pai? O que está acontecendo? — Ephraim não


conseguia esconder o medo em sua voz.

— Não me chame assim! — Seu pai gritou. — Você


claramente não é meu!

— Não, pai, por favor! — Ephraim tentou se sentar, mas


as suas restrições o seguraram no lugar.

— O que você quer que façamos com ele? — Perguntou


Nicholas.

Seu pai sacudiu a cabeça. — Eu não ligo para o que


você vai fazer com ele. Apenas tire-o da minha vista.

— Pai?... Pai! — Ele viu seu pai e irmãos se apressarem


para sair do quarto. Ninguém olhou para ele. — Pai, por
favor!
Nicholas foi até a cama, sorrindo. — Amarre as
correntes em torno dele e se certifiquem que ele não possa se
soltar. — Ele ordenou.

O lacaio hesitou, chegando mais perto. — Agora! — Os


homens saltaram e fizeram o que lhes foi dito. Ephraim agora
podia mover seus braços e pernas, mas estava muito fraco
para lutar de volta.

— Por favor, senhor, se você me deixar falar com o meu


pai... Houve um erro. — Os homens libertaram das correntes
da cama. Num movimento eles o jogaram no chão, mais ou
menos. Ele se sentiu nocauteado. Rapidamente envolveram
as correntes, firmemente, em torno dele.

—Pare! — Ele gritou. Doeu. As correntes estavam muito


apertadas, cortando fora seu ar.

Nicholas se dobrou na frente dele. — Eu sinto muito,


meu rapaz. Sei que isso não é sua culpa, mas precisa
perceber a posição que você vai me colocar. Eu não posso ter
você correndo por aí, se alimentando de pessoas. — Ele
balançou sua cabeça. — Não, isso nunca vai acontecer. — Ele
olhou para os homens. — Leve ele para minha propriedade e
tranque-o no calabouço.
Seu calabouço? O estômago de Ephraim revirou.
Nicholas era conhecido por ser um dos homens mais
religiosos e corretos da região. Ele foi homenageado e aceito
por todos os membros da alta sociedade. Também era
conhecido por ser um bastardo sádico, que levava o seu
trabalho a sério. Ele torturava homens, lentamente.

— Por favor, senhor, não! Chame meu pai! Ele não iria
querer que você fizesse isso! Por favor! — Ele começou a
soluçar.

Nicholas se ajoelhou ao lado dele, a uma distância


segura. — Eu prometo que vou fazer isso rápido, por respeito
ao seu pai. Ele não iria querer saber que você sofreu.

—Oh, Deus, não! — Ephraim balançou a cabeça e


tentou lutar contra as restrições.

— Levem-no! — Nicholas estalou.

Os lacaios o pegaram, com cuidado, para ficar longe de


sua boca. — Pai! Henry! Marc! Por favor, me ajudem! —
Gritou.

Ele foi, rapidamente, levado até as escadas, pela porta


dos fundos e jogado na parte de trás de um carro. Nicholas
estava na porta. — Eu prometo que você não vai sentir nada,
meu filho.
E a porta se fechou.

— Nããão! — Ephraim gritou quando o carro arrancou.

A pesada porta, de sua pequena cela se abriu com um


rangido sinistro. Nicholas entrou seguido por cinco homens
de infantaria, fortemente armados. Ephraim empurrou seu
cabelo comprido e amarrado para trás de seu rosto. Os ossos
dos seus dedos tremiam violentamente, de fome.

Nicholas passou a mão sobre a cabeça, agora careca e


suspirou profundamente, enquanto olhava para a figura
medonha de Ephraim. Um olhar de nojo e repulsa foi
distribuído pelo rosto de Nicholas. Ele levantou um pano até
seu rosto, tentando evitar o mau cheiro. Ephraim deixou cair
as mãos trêmulas, para cobrir seus genitais. Suas roupas
tinham, há muito tempo, sido reduzidas a nada. Sua pele
estava praticamente negra agora, por causa da sujeira,
queimaduras e sangue seco.

— O que vai ser agora? Você vai me incendiar de novo?


Ou talvez cortar minha cabeça, pela décima vez? Hmm, oh
não... Vamos ver o que você vai querer experimentar, algo
novo, é claro, uma vez que se passaram cinco anos desde que
você não fez nada de original. — Ele pregava, zombando de
Nicholas.

Ele não se importava mais. Parou de se preocupar com


tudo, um ano atrás. A dor não o incomodava, a fome ainda
menos. Elas tinham se tornado suas amigas, suas
companheiras. De uma maneira estranha, ele viria a
depender da dor, para fazê-lo se sentir vivo.

Nicholas suspirou atrás de seu pano e depois tossiu com


o fedor. — Eu estou cansado de sua boca, rapaz. Antes de
continuarmos, hoje eu gostaria de dizer que você foi meu
maior e mais frustrante desafio. É uma vergonha, isso tem
que acabar hoje.

Ephraim riu. — Ah, então hoje é o dia em que você


finalmente descobriu a forma de acabar comigo de uma vez
por todas? Por que, eu estou impressionado? — Ele
lentamente se arrastou até uma posição ereta. Seu corpo
estava literalmente pele e osso e muito cabelo, na cabeça e no
rosto. — Vamos ver então. — Ele não tinha ilusões sobre o
assunto. Iria permanecer aqui por toda a eternidade.

— Traga-o. — Nicholas saiu da sala.

Os lacaios tiveram o cuidado de permanecer fora do


alcance de Ephraim. Ele era fraco e parecia frágil, mas eles
aprenderam há muito tempo a permanecer fora de seu
alcance ou iriam acabar com alguma parte do corpo em sua
boca.

Nicholas esperou em sua câmara de tortura favorita,


com mais cinco homens e mais de uma dúzia de baldes, com
algo dentro. Ephraim não poderia cheirar qualquer coisa
sobre o seu próprio mau cheiro. Isso era um bom sinal, pelo
menos. Que significava que não era óleo. Ele odiava ser
queimado vivo. Era talvez o mais doloroso método de
Nicholas. A dor durava semanas.

— Vá e prenda seu pé no chão. — Nicholas fez um gesto


para a parede.

Ephraim estudou a parede marcada. Ele podia ver


marcas de queimadura, buracos de bala e sangue seco. Era o
local favorito de Nicholas, depois de tudo. Ele se encostou à
parede, à espera do plano brilhante.

Um criado lhe entregou alguma coisa. Ele estava muito


surpreso com a ação para fazer qualquer ataque contra o
lacaio. Em sua mão ele segurava um artigo, há muito tempo
esquecido, que ele sonhou durante anos.

Sabão.

Ele olhou para Nicholas, confuso.


— Vamos acabar com isso. Não podemos permitir que
Sua Graça o veja assim. — Três lacaios pegaram os baldes,
avançaram e jogaram água nele, tomando uma distância
segura.

Fazia frio, mas não o incomodava. Sempre era frio no


úmido calabouço. A água parecia estranha em seu corpo. Ela
lentamente penetrou as camadas de sujeira seca, fazendo sua
pele coçar. Ele lentamente começou a se lavar. Ele não
esperaria por Nicholas mandá-lo fazer isso. Ele queria isso.
Fazia tanto tempo, desde que viu sua própria pele. Ele tinha
que esfregar duro, tão duro quanto suas mãos trêmulas lhe
permitissem. E estava tão fraco que mal conseguia mover o
sabão contra a resistente aparência sombria que via.

— Obtenham mais água. Parece que vai precisar de um


lago para limpá-lo. — Nicholas pediu. Os homens correram
para fora da sala, rapidamente. Eles sempre faziam isso.
Ninguém gostava de estar no mesmo lugar que o “diabo”.

— Você disse que meu pai está vindo aqui? — Ephraim


fez seu melhor para soar casual. Ele aprendeu há muito
tempo a não mostrar qualquer emoção para Nicholas. Usou
seus medos e as suas esperanças contra ele. O homem era
um mestre em sua arte.

— Não, eu disse que Sua Graça viria. Talvez este seja o


momento para dizer-lhe que Edmund, Duque de Havenville,
faleceu ontem, enquanto dormia. O novo Duque, seu irmão
por parte de mãe, pediu para vê-lo, hoje.

— Henry?

Nicholas saudiu sua mão de forma irritada. — Ah, meu


Deus, esqueci-me de dizer-lhe, Henry morreu, há doze anos.
Marido ciumento. Você entende a imagem, tenho certeza.

Ephraim, lentamente, permitiu que a informação


penetrasse. Ele até ficaria chateado, mas não demonstraria
isso. Ele sabia muito bem. Essa poderia, muito bem, ser
alguma nova tortura doente. Ele continuou a se limpar,
enquanto os lacaios continuaram a jogar água nele.
Lentamente, muito lentamente, viu a pele pálida espreitar
pela sujeira. A visão lhe causou nojo. Sua pele se agarrava,
firmemente, ao redor do osso. Ele parecia um esqueleto vivo.
Se tivesse algo em seu estômago, teria vomitado, como não
tinha nada ali, se obrigou a continuar. Isso era afinal, uma
das torturas favoritas de Nicholas, fome até a morte. Ele
vinha fazendo isso há 20 anos.

Ele queria perguntar quem mais havia morrido, mas não


ousaria. Não havia ninguém com quem ele realmente se
importasse, não mais. Qualquer afeição que ele tivesse,
morreu anos atrás. Todos aqueles que ele amava, tinham
virado as costas para ele. Eles sabiam o que Nicholas era
capaz e não fizeram nada. Eles permitiram.
Gritos irromperam nos túneis escuros. Nicholas se virou
rapidamente. — Vá ver o que é isso. — Ele apontou para
quatro lacaios. Que correram com suas armas em punho.

Gritos, e o som de um tiro, chegaram à grande câmara


de tortura. Ephraim continuou a se lavar. Ninguém e nada ia
impedi-lo de se limpar. Se ele tivesse, somente essa chance
de sentir um cheiro limpo, ele ia levá-la avidamente. Era uma
sensação de liberdade. A única coisa que poderia fazê-lo se
sentir livre neste lugar terrível.

— Vá para lá! — Um homem gritou. Os lacaios de


Nicholas tropeçaram no quarto, seguidos por uma dúzia de
homens armados.

— Alinhem-se contra a parede, monte de merda! —


Disse o homem grande. Ele apontava para Nicholas. — Fique
onde está. Sua Graça gostaria de ter uma palavra com você!

— Sua Graça? — Nicholas perguntou confuso.

— Sim.

— Uh... Oh, Nicholas, parece que você está em apuros.


— disse Ephraim, provocativamente.
Ele começou a esfregar o rosto. O sabão fez a coceira
piorar, durante os primeiros instantes. A sujeira se
transformou em uma pasta, que foi lavada facilmente. —Se
alguém, por favor, me jogasse mais um balde de água eu
realmente apreciaria. — Ele falou como se não houvesse um
cerco armado, acontecendo. Ele não se importava. Isso não
significava nada para ele. Ele sabia que seu irmão, o novo
Duke, estava chegando, para terminar o trabalho. Ele não
poderia ter Ephraim vivo e ameaçando sua posição. Mal sabia
ele que o trabalho era impossível.

Ele ouviu um movimento no balde, no chão, à frente


dele. O sabão picou seus olhos. Nicholas deveria ter feito isso
antes, porque ardia como um inferno. — Obrigado. — Ele
murmurou, enquanto suas mãos saíram em disparada e
encontraram o balde. Isso era uma coisa que ele nunca
perdeu. Sua humanidade. Ele se pendurou a ela, como um
homem morrendo. Recusou-se a permitir que Nicholas a
roubasse. Ele não era mais o menino que foi uma vez, mas se
recusou a se transformar no monstro que Nicholas exigia.

Mãos finas e fortes passaram um pano úmido em seu


rosto. Ephraim saltou com o toque. Ninguém o havia tocado,
durante muitos anos a menos que fosse para feri-lo. Ele abriu
os olhos e viu um homem que parecia muito com seu pai,
exceto pelo o cabelo preto, se ajoelhando na frente dele. O
homem parecia triste e confuso. Finalmente ele olhou para
Ephraim com pena.
Ephraim se encolheu para trás. Isso era pior que
tortura. — Vá embora. — Ele murmurou.

Marc suspirou e mergulhou o pano no balde novamente.


Ele parecia relaxado na frente de Ephraim. Não estava
distante ou mantinha seus olhos sobre Ephraim, com medo
de um ataque. Ele pegou uma das mãos dele na sua e
começou a esfregá-la, não se importando com suas
vestimentas caras.

Os homens do novo Duke mantiveram os lacaios e,


Nicholas, reféns, encostados na parede, enquanto ele limpava
seu irmão. — Eu costumava fazer isso com você, todas as
noites até você completar doze anos. Você se lembra,
Ephraim?

— Sim. — Ele respondeu automaticamente.

Marc riu. — E havia os momentos que eu tive que


limpar você na cozinha, por que você saia sorrateiramente
para fora e ficava todo sujo. Papai se recusava a ter uma
partícula de sujeira na casa. Você lembra?

— Sim.

Marc parou de limpar suas mãos e o olhou nos olhos,


por um longo momento. Parecia que ele tinha algo a dizer,
mas não disse. Somente olhou por cima do ombro. — Eu
preciso agora, de algumas tesouras, uma navalha, toalhas e,
pelo amor de Deus, alguém me consiga alguma quente água!
— Um de seus lacaios assentiu e correu para fora.

Minutos depois, o homem voltou com os itens. Ephraim


se sentou e observou seu irmão lavá-lo, sem medo. A água
quente fez uma grande diferença. A sujeira saia com mais
facilidade. Sua pele ficou rosa antes de voltar para uma cor
pálida, doentia.

— Você está com fome? — Perguntou Marc.

Ephraim não responderia. Marc olhou para o corpo de


seu irmão. E tentou esconder sua reação a ele, mas havia
pouco que pudesse fazer. O corpo de Ephraim era repulsivo.
— Quando foi a última vez que você foi alimentado?

— Eu não o alimentava! Disseram-me para matá-lo!


Isso seria contraproducente, você não acha, Sua Alteza? —
Nicholas disse insensivelmente.

A mandíbula delicada de Marc se apertou. — Eu vou ter


mais dois homens aqui, para cortar seu cabelo e terminar de
lava-lo. Pode prometer que não vai prejudicá-los?

A oferta era tentadora. Seu estômago roncou com a


memória, tão antiga, do líquido doce, mas ele queria sentir
seu rosto, mais do que qualquer coisa. Então balançou a
cabeça com firmeza.

— Ok, eu estou confiando em você. Não os prejudique e


eu prometo que irá se alimentar. — Disse Marc. Ephraim não
se importava. Ele não podia nem mesmo contar o número de
vezes que Nicholas prometeu-lhe isso.

Marc acenou para dois homens começarem o seu


trabalho. Ephraim colocou as mãos sob seu traseiro, para
ajudar a aliviar a tentação, de pegar um dos homens e aliviar
a fome.

— Eu aprecio isso, senhor. — Disse um dos homens.


Ephraim assentiu e viu seu irmão abordar Nicholas. Isto
poderia ser interessante.

— Você sabe por que estou aqui, Nicholas? — Marc


perguntou em uma voz enganosamente calma.

— Para terminar com seu irmão, Sua Alteza. — Disse


Nicholas, com o queixo levantado. Ele estava fazendo seu
papel. Em sua mente, Ephraim e cada alma vivente, que
entrou no calabouço, merecia sua crueldade.

Marc riu, tomando um punhal de um de seus homens.


Ele caminhou ao redor de Nicholas, enquanto brincava com a
lâmina. — Não, eu acho que você já provou que é
completamente impossível. Claro, se eu soubesse que meu
irmão ainda estava vivo eu teria vindo mais cedo, em vez de
ter ficado de luto por ele. Diga-me, Nicholas, de quem era a
pobre alma que você queimou e enterrou em nome do meu
irmão?

Nicholas inchou o peito. — Não lembro o nome. Seu pai


exigiu que eu fornecesse um corpo, para dar veracidade a
história, e eu fiz. Não é minha culpa que o rapaz acabou por
ser um demônio.

— Hmmm, então me explique, por que 15 anos atrás,


quando eu lhe pedi informação sobre meu irmão você mentiu,
disse-me que ele estava morto e, em seguida, ontem, quando
me aproximei com a mesma pergunta, depois da confissão do
meu pai, no leito de morte me disse a verdade?

— Porque há quinze anos atrás, você não era o D...

— Duque. — Concluiu Marc. — Sim, eu acredito que foi


o que finalmente permitiu que você falasse. Você acreditava
que eu estava preocupado com a minha posição e me
permitiu este pequeno segredo. Eu também acredito que você
estava esperando que eu fosse continuar lhe pagando como
meu pai fez, para manter essa história em segredo.

— Claro. — Nicholas começou a se incomodar.


— Como é que estamos indo? — Marc perguntou aos
seus homens, sem desviar o olhar de Nicholas.

— Quase pronto, Sua Graça. — O valete pessoal de


Marc disse. — Terminamos de fazer a barba e cortar o cabelo.
Vamos lavá-lo agora.

Ephraim passou a mão sobre o rosto. A pele era fina e


firme, mas ainda era seu rosto. Ele sentiu vontade chorar.
Tinha que colocar as suas mãos para trás, antes que ele
fizesse alguma coisa que colocasse os outros em perigo.

Marc viu seu irmão limpo e seco. Ele estava sentado, nu,
no chão, parecendo um esqueleto, muito jovem. Seus
brilhantes olhos azuis haviam perdido a aparência da
inocência juvenil. O menino que ele conheceu se foi. Este
homem parecia duro e bravo.

— Tem algum homem que esteja aqui há menos de dez


anos? — Marc perguntou em voz alta.

Apenas um homem levantou a mão. Tom, ele estava


aqui há menos de duas semanas e se recusou a ser cruel com
Ephraim. — Há quanto tempo este homem trabalha aqui? —
Marc perguntou para Nicholas.

— Uma ou duas semanas.


Marc assentiu e olhou para o irmão. — Ele tem sido bom
para você?

Ephraim olhou para Tom. Que o olhou assustado, como


deveria, mas Ephraim sabia que ele não tinha medo, por si
mesmo. O homem tinha um filho recém-nascido para criar,
por conta própria. Essa foi a única razão para que ele
assumisse o cargo. Ele disse a Ephraim quando se esgueirou
para dar-lhe água, para enxaguar a boca, tarde da noite.

— Ele tem sido bom para mim. Realmente, se assim


posso dizer. — Disse Ephraim com desdém. Ele não queria
que ninguém soubesse o quanto a bondade de Tom
significava para ele, no caso de este ser um novo jogo. Ele não
queria Tom arrastado com ele.

Marc assentiu. — Você tem uma escolha, trabalhar para


mim ou compartilhar seu destino com os demais. Qual vai
ser?

Tom fez uma reverência. — Você, Sua Excelência.

— Bom. Dê a este homem uma arma. Agora ouça, se


você ficar contra mim irá compartilhar o mesmo destino que
os demais. — Marc fez um gesto para os outros lacaios.

— Eu juro minha lealdade a você, Sua Graça.


Marc assentiu e fez um gesto para o resto dos homens.
— Algum deles tem sido gentil com você, Ephraim?

Ele não hesitou. — Não.

Os homens amaldiçoaram sob a respiração. — Bom, —


disse Marc. Ele gesticulou para os dois homens que
ajudavam Ephraim a se afastarem. — Vamos começar, certo?
— Disse ele alegremente.

Nicholas estreitou os olhos. — Começar o que


exatamente?

Marc encolheu os ombros e começou a andar


novamente. — A alimentação, retaliação, vingança, tudo o
que você quiser chamá-lo.

Ele fez um gesto com a faca para dois de seus homens.


Logo, todos tomaram posições e apontaram suas armas para
os lacaios. — Se alguém se mover morre.

Ephraim observava com curiosidade quando dois


homens de Marc pegaram um lacaio, que parecia se mijar, e o
arrastou para Ephraim. — Por favor, se alimente, — Marc fez
um gesto em direção aos homens, — Estes homens, eu creio
que lhe devem.
Seu estômago rosnou violentamente com o pensamento.
Ele não perguntou. Não se importava. Após o que aqueles
homens fizeram com ele, não teria escrúpulos em matá-los,
mas ele tinha que ter certeza. Por alguma razão não poderia
fazê-lo sem ouvir isso de Marc. — Marc? — Ele colocou tudo
de si em uma palavra.

—Coma, homenzinho. — Disse Marc, com mesmo


carinho que usou todos aqueles anos atrás.

— Não! — O lacaio gritou, quando foi arrastado para


Ephraim. — Não!

Os homens de Marc o seguraram para baixo, na frente


de Ephraim. Os olhos dele se estreitaram no pulsar, que ele
podia ver claramente, no pescoço sujo do homem. Ele lambeu
os lábios. Suas presas caíram e o instinto assumiu. Ele
avançou no pescoço do homem, sugando o líquido quente e
doce que derramava avidamente. O homem gritou e tentou
lutar. As próprias mãos, trêmulas, de Ephraim foram segurar o
homem.

Uma vez que o corpo foi drenado, Marc lhe ofereceu


outro e, em seguida, outro. Ephraim assistia com admiração
enquanto sua pele ficava preenchida e bronzeada. Músculos
apareceram sob a pele. No sexto corpo, Ephraim já parecia o
mesmo o homem de vinte anos, Marc pensou.
Com um sorriso satisfeito, ele olhou para Nicholas, que
empalideceu consideravelmente. Dois lacaios tentaram
escapar durante a alimentação. Eles preferiam uma morte
rápida a ser alimento do diabo. Seus corpos sem vida foram
levados até Ephraim, que fez uso do sangue.

Quatro homens de infantaria permaneceram tremendo,


contra a parede. Urina fresca molhava a frente de suas
calças. Eles estavam chorando alto. — Por favor, Sua Graça!
Perdoe-nos! Nós faremos o que quiser!

Marc os ignorou e focou em Nicholas, falou com


Ephraim. — Você ainda está com fome?

— Não, obrigado. — Ele arrotou, ganhando uma risada


de Marc. Tinha Marc enlouquecido nos últimos vinte anos?
Era uma possibilidade.

— Eu quero que o meu irmão seja liberto e que tenha


roupas. — Ele disse aos seus homens.

Ephraim ficou chocado. As correntes, as mesmas que


ele acordou usando, durante vinte anos, estavam prestes a
serem removidas. Ele estava com medo do que ele ia ver lá.
Ele observou nervosamente quando as correntes foram
removidas. Depois suspirou com alívio. Seus pulsos estavam
perfeitos. Ele se sentia forte e saudável. Não hesitou em se
vestir, enquanto observava Marc. Ele estava curioso a
respeito dele.

— Há dez anos, Nicholas, meu pai pediu-lhe para


cuidar de uma jovem chamada Elizabeth Perkins. Você se
lembra? Devo dizer que você não deve mentir, porque sei que
você se lembra. Você se gaba sobre isso, na verdade.

Nicholas riu. — Uma prostituta que seu pai alegou que


chamou sua atenção e brincava com você. Eu fiz-lhe um
favor.

O punho de Marc disparou, o atingindo. Nicholas


cambaleou para trás, antes que fosse capaz de recuperar a
compostura. Sua mão subiu ao lábio. Ephraim sabia, antes
que Nicholas tirasse a mão, que ele estava sangrando. Podia
sentir o cheiro.

— Algum destes homens estavam envolvidos? — Ele fez


um gesto para os quatro homens.

Nicholas assentiu. — Sim, todos os quatro participaram.

— Mate-os. — Disse Marc uniformemente.

— Não! — Os homens gritaram, mas era tarde demais.


Seus homens pegaram suas armas e dispararam. O som era
ensurdecedor. Todos os homens, exceto Ephraim e Marc
saltaram.

Nicholas olhou assustado. Ephraim terminou de abotoar


a camisa, adiantou-se e parou. Um dos homens de Marc lhe
estendeu um espelho. Ephraim olhou para seu reflexo. Há
vinte anos atrás, disseram que ele tinha mudado. Hoje, pela
primeira vez, ele viu as mudanças. Passou os dedos sobre seu
rosto. A pele fina e seca foi embora. Seu rosto estava
preenchido, sua pele era saudável e suave. Ele parecia um
estranho. Agora era um homem, mas não olhava como o
homem de trinta e seis anos de idade que ele era. Ele parecia
um homem na casa dos vinte e poucos anos. Seus olhos
estavam endurecidos, mas ainda tinha o azul brilhante que
ele gostava, como a tantos anos atrás. Ele parecia tão
diferente de seu irmão.

— Você parece bem, pequeno homem. — Disse Marc,


antes de voltar sua atenção para Nicholas.

— Essa mulher, que foi estuprada e assassinada,


estava carregando meu filho!

— Mentiras, Sua Graça. Certamente você sabe disso.

A mão de Marc disparou e ele cortou Nicholas no peito.


O homem mais velho cambaleou para trás. — Meu pai pode
ter lhe pedido para ajudá-lo, por medo que eu estivesse
sujando nossas linhagem de sangue, mas você deveria saber
que a prostituta, como você a chamou, era minha ESPOSA.
— Ele rugiu.

Nicholas cambaleou para trás. Suas mãos estavam


pressionadas contra sua ferida. — Eu... Eu...

— Você não sabia. Ninguém sabia. Nós nos casamos em


segredo para que eu pudesse protegê-la dele. Tirei a
virgindade dela na nossa cama conjugal. Ela não era minha
amante. Você entende, Nicholas? — Marc disse em uma voz
fria e mortal, enquanto seguia Nicholas até a parede, onde
estava apoiado. — Fomos casados por seis meses. Seis
meses! Ela tinha três meses de gestação!

— Me disseram que... Seu pai exigiu que eu cuidasse


dela.

— Como você cuidou de meu irmão? — Ele zombou.

Nicholas congelou. E não disse nada. — Você matou


minha mulher, meu filho e você teve certeza que ela sofreu.
Você não sentiu um pingo de culpa ou vergonha. Você se
gabou sobre isso. Todos esses anos eu tive que me sentar,
enquanto você se gabava de suas más ações. Você gosta de
chamar meu irmão de diabo, mas nós dois sabemos que o
diabo é você.
Ele apontou para Ephraim, que ainda estava olhando no
espelho. — Você o fez passar fome por vinte anos. Ele teve a
chance de ter três homens para preencher seu estômago e
não o fez, deu sua palavra como um homem e a manteve! Ele
é um homem e você está no seu fim, senhor!

Ephraim desviou o olhar do espelho e caminhou até seu


irmão. Sentia-se desconfortável vestindo roupas, mas
empurrou os sentimentos de lado e focou em seu irmão. —
Marc?

— Ephraim, você gostaria de terminar com este? Eu


tenho certeza que você tem mais razão do que eu para fazê-lo.
— Ele podia ver o que essa oferta custava a Marc. Sua
mandíbula estava apertada e parecia que ele estava à beira
de se quebrar.

— Não, ele matou sua esposa e filho. O direito é seu.

— Obrigado. — A voz de Marc quebrou. Ele investiu


contra Nicholas, o esfaqueando repetidamente. O sangue,
rapidamente, cobriu Marc e a parede. Ainda assim, ele não
parou. Ele não parou, mesmo quando o murmúrio cessou.

A mão de Ephraim brilhou de repente, mais rápido do


que qualquer coisa que ele já viu em sua vida e agarrou a
faca. — Basta.
Marc olhou para Ephraim, atordoado. Ele respirou
fundo e assentiu. — Vamos para casa. — Disse Marc com
uma voz confusa. Ele estava claramente perdido em sua dor.

Ephraim assentiu. Era o último lugar que ele queria


estar ou pertencer, mas ele o faria por seu irmão. Ele estava
claramente sofrendo.

— Por enquanto.
Capitulo 1
Rascal, New Hampshire - 2009

— Mas e se ela não gostar de mim? — Perguntou


Joshua.

— Sim, se ela não gostar de nós? — Jill decidiu


perguntar, dando crédito à pergunta de Joshua.

Madison xingou sob sua respiração. Ela ia ter que ter


uma conversa com Jill e lembrar-lhe que com 15 anos de
idade, não se deve adicionar medo há um menino. Agora,
Joshua ia começar a chorar, de novo.

Depois de quatro dias na estrada com seus irmãos e


mãe, ela estava pronta para fugir do carro, gritando. Esta
viagem não podia terminar rápido o suficiente e,
aparentemente, não iria. Tinha a sensação de que o Reboque
U-haul conectado à parte traseira de seu carro era o motivo.

Ela lançou outro olhar irritado para sua mãe, que estava
enrolada no banco do passageiro do pequeno carro, com uma
revista das últimas fofocas, que Madison pagou, é claro. Sua
mãe estava sem dinheiro e nunca trabalhou mais de um dia,
em qualquer trabalho que já teve.

Candy, era como sua mãe gostava de ser chamada. Seu


verdadeiro nome era Emma e ela odiava. Odiava tudo sobre si
mesmo, a menos que um homem gostasse. Foi assim que ela
passou sua vida e a de seus três filhos. Se um homem
gostasse, então ela estava bem. Se o homem não gostasse, ela
se encarregava de fazer a mudança acontecer, se mesmo
assim não desse certo, que Deus os ajudasse, porque sua
mãe teria um chilique, gritando, batendo ou manipulando os
três filhos.

Madison respirou fundo e contou até dez em sua


cabeça. Ela estava chateada e por boas razões. Depois de
vinte e três anos de inferno ela pensou que iria, finalmente,
fazer uma verdadeira pausa. Candy prometeu assinar a
custódia das crianças. Desta vez, ela estava para fazê-lo.
Madison não podia esperar. Ela tinha dinheiro no banco, seu
diploma universitário e seus planos. Estava se mudando, com
seu trailer, um atarracado e lotado reboque, com divisórias, e
seus irmãos iriam com ela. Sua mãe havia concordado.

Inferno, Candy praticamente teve um ataque e exigiu


que Madison ficasse com eles, anos atrás. Ainda disse que
era sua vez de ter uma vida de verdade e que Madison devia
isso a ela. Afinal, tudo que aconteceu foi culpa de Madison
em primeiro lugar. Sua mãe teria sido uma modelo, se não
tivesse ficado grávida aos dezesseis anos. Candy acreditava
que a filha mais velha lhe devia gratidão, por ela não ter feito
um aborto e a lembrava isso em todas as oportunidades.

Madison era claramente uma mestiça, metade nativa


americana. Tinha o cabelo muito preto, pele naturalmente
bronzeada e olhos castanhos, que pareciam caramelos. Isso
deu a sua mãe a única pista sobre sua paternidade.
Felizmente a mulher era uma racista e quase “enlouqueceu”
com a possibilidade de ter um filho de cor, que na sua
concepção significava que a criança não era branca. Então,
descobriu que seu pai só podia ser Andrew Soloman, um
homem da tribo local. Infelizmente, ele morreu depois que
Madison nasceu. Ele queria criá-la, e Candy tinha ficado
muito feliz em se livrar de tal fardo.

Quando o pai de Candy morreu em um incêndio, em


casa, ela teve um ataque e saiu da casa de sua mãe. Levou
sua filha pequena e saiu com o intuito de ir para a Califórnia,
mas só chegou até o estado vizinho. Lá, começou uma vida de
trabalhos inúteis, bem-estar, negócios com homens casados e
drogas. Elas viajaram por todo o país até que Jill nasceu e,
elas se estabeleceram no Novo México, onde Madison
assumiu os cuidados com seus irmãos e passou a cuidar da
casa, quer dizer, do trailer.
Madison contava os dias para completar dezoito anos e
poder escapar da mãe. Ela nunca planejou deixar seus
irmãos, mas precisava desesperadamente fugir de sua mãe e
de suas formas de manipulação.

Candy temia o aniversário de dezoito anos da filha. Pois


significava que sua liberdade, chegaria a um fim abrupto. A
filha poderia encontrar um emprego e não teria ninguém para
cuidar das crianças. Assim, na manhã do aniversário de
dezoito anos de Madison, Candy fez o que toda mulher que se
preza faria, quando confrontada com a verdadeira
responsabilidade, pela primeira vez, em 15 anos.

Ela fugiu de casa.

Deixou um bilhete para Madison, é claro. Desejando um


feliz aniversário e agradecendo por ter cuidado dos irmãos.
Dizia também que ela tinha encontrado seu amor verdadeiro
e estava indo para Las Vegas, para ficar com ele. Madison
não sabia se ria ou chorava. Ela finalmente se livrou da mãe,
mas foi confrontada com a realidade de sustentar e se
responsabilizar por seus dois irmãos, mais cedo que
esperava.

Assim, nos últimos cinco anos, Madison criou seu irmão


e irmã. Ninguém sentiu falta da sua mãe. Na verdade,
Madison brincava de mãe, para ambos, desde seus
nascimentos. Candy assumiu o papel de irmã mais velha, que
não gostava muito dos irmãos e nunca voltou. Todo mundo
tem um papel a desempenhar, afinal.

Madison assumiu trabalhos braçais para cursar uma


faculdade, bem como colocar comida na mesa e roupas no
corpo. Evitou sua vida real. Seus únicos amigos eram da
Reserva, onde ela passava seu tempo livre, quando tinha
algum. Não havia tempo para namorados. Bem, não
namorados firmes. Ela tinha medo de ficar como sua mãe, e
se recusou a permitir levar alguém a sério.

Candy se apaixonou por cada homem que conheceu.


Tornou-se obsessiva e patética, e Madison não era sua mãe.
Qualquer homem que ela começasse a se importar era
afastado. Era mais seguro assim.

Menos de duas semanas atrás, Madison começou seu


novo trabalho, como professora de história em uma escola
pública. Tudo estava perfeito pela primeira vez em sua vida e,
em seguida, Candy apareceu.

Joshua acordou às três da manhã chorando. Uma


mulher bêbada estava vomitando em sua sala de
estar/cozinha/sala de jantar/quarto de Joshua. Madison foi
para o local com um bastão de baseball e amaldiçoou. Até
que percebeu que Candy estava de volta.
Estava de volta com o que parecia ser uma vingança.
Stewart, o homem com quem ela fugiu há cinco anos, nunca
se casou com ela. Eles viviam em todos os hotéis do país. Ela
adorava. Tinha fotos e, claro, ímãs de todos os estados,
exceto aqueles da Nova Inglaterra, Havaí, e Alasca, é claro.
Ela odiava Nova Inglaterra, e se recusou a voltar lá.

Tudo estava indo bem, até que Stewart descobriu que


Candy não era uma loira natural. Ela clareava o cabelo.
Madison sabia, claro, e pensou que era óbvio.
Aparentemente, Stewart não tinha percebido que os cachos
dourados de sua mãe vieram de uma caixa. Ele não percebeu
um monte de coisas, como: que Candy não era seu verdadeiro
nome e que ela não estava com vinte e oito, mas trinta e nove
anos, o que novamente Madison pensou que era óbvio, então
ele começou a "brincar". Candy chegou em casa, uma noite e
encontrou Stewart “Quebrando seu coração por foder com uma
prostituta, Jennifer, do Clube de Strip, em sua cama de
amor”.Candy realmente usou essas palavras, para ela e os
dois filhos mais novos, repetidamente.

Madison se recusou a permitir que a presença da mãe


alterasse seus planos. Exigiu que sua mãe assinasse os
papéis de custódia das crianças. Ela se recusou, dizendo que
perderia os filhos. Ela os amava. Então se candidatou para o
Projeto Bem-Estar 1 e foi recusada. Parece que o estado do
Novo México não estava mais, disposto a dar-lhe uma carona.

1
Programa de ajuda a família, estilo o bolsa família
Então, Candy perguntou sobre New Hampshire. Eles estavam
muito dispostos a aceitá-la, porque a mãe de Candy era uma
residente e ela tinha vindo a firmar residência lá, nos últimos
cinco anos. E isso surpreendeu Madison.

Candy não quis ouvir a razão. Queria que as crianças


fossem com ela. Afinal precisava deles. Ela chorou, fez birras
e ameaçou Madison, de manter as crianças longe dela. Eles
eram sua única chance, desde que Candy não queria
trabalhar.

Destacou a Madison que ela era muito delicada para


certos tipos de trabalho. Madison quebrou no final, quando
sua avó os aceitou. Ela estava ansiosa para ver seus três
netos. Candy nunca trouxe qualquer criança para vê-la e não
permitiu qualquer contato. Parecia que a avó sempre foi
superior e sua mãe sabia disso.

Madison chegou a dar Graças a Deus por isso. Duas


semanas atrás, a doce e bem comportada irmã, que ela
conhecia tão bem e amava, começou a desaparecer. Jill agora
via a mãe como sua melhor amiga, seu ídolo. Ela gostava de
como Candy não trabalhava e flertava com os homens. Ela
descobriu que sua irmã estava saindo com um homem, na
casa dos vinte anos, pouco antes deles de mudarem. Candy
deu ao homem permissão. E também fez vista grossa quando
Jill ficou bêbada com os novos amigos. Madison surtou,
perseguiu o homem para fora da casa e jogou a droga fora.
Na confusão ele acertou um soco nela, que deixou sua
bochecha roxa.

Este pesadelo precisava acabar e rápido. Sua avó estava


prestes a por um fim nisso. No final, vovó teria a filha onde
queria. Candy alardeou, que sua mãe era uma mulher de
idade, solitária, desesperada e faria tudo e qualquer coisa
para vê-los. Iriam viver como a realeza, Candy disse a Jill.
Joshua odiava Candy e a deixou saber disso. Ele era o
menino de Madison, tanto quanto todos os outros estavam
preocupados. Candy não se importava, Joshua era apenas
uma qualificação para o Bem-Estar.

A avó ameaçou informar as autoridades a verdadeira


residência de Candy. Ela não tinha escolha. Então, estava
levando os dois pequeninos para Nova Hampshire,
imediatamente, e iria assinar a custódia. Madison poderia vir.
Em troca, eles teriam quartos, dados por sua avó, na grande
casa ancestral que tinha sido transformada em uma pensão,
quando sua mãe ainda era uma menina. A casa era grande e
limpa, e a avó a governava com punho de ferro.

Ela suspeitava que sua mãe ia ter um tempo difícil em


viver como uma rainha. Uma semana atrás a avó mandou
uma carta registrada, que definia suas expectativas. Eles
iriam ganhar seu sustento com a limpeza e a cozinha. Vovó
demitiu os funcionários, na expectativa de que eles iriam para
lá e fariam o serviço, para ganhar seu sustento. Madison tinha
a sensação de que tal oferta não era porque a pensão era
barata e esperava o trabalho escravo, como Candy alegou. Ela
suspeitava que era o último esforço da avó para endireitar
Candy e corrigir os netos, antes que fosse tarde demais.

Mesmo com a avó por perto, Jill estava em perigo,


poderia se transformar em sua mãe. Para desgosto de
Madison, Jill anunciou orgulhosamente que não estava
pensando em permanecer virgem. Estava pensando em perder
a virgindade o mais breve possível. Candy estava
incentivando-a. "Isso apenas ficaria no caminho de um tempo
divertido", dizia Candy.

A mulher era louca.

Na última semana, Madison vigiou a irmã, como um


falcão. A única vez que ela ficou fora de sua vista foi quando
estava dormindo no hotel e Jill compartilhou o quarto com
Candy. Ela ficou bem com isso, desde que não queria dormir
com qualquer uma delas de qualquer maneira, mas passou a
maior parte da noite certificando-se de que Jill não saísse.
Uma vez que teve certeza que a virtude da irmã de quinze
anos estava segura, ela foi dormir.

Então, aqui estava ela, dirigindo em sua nova cidade e


com a esperança de conseguir a custódia dos irmãos. Ela não
queria competir com a avó. Seria melhor se elas trabalhassem
juntas. Algo lhe dizia que ela ia precisar de toda a ajuda que
pudesse obter.

— Parece uma mansão! — Joshua anunciou quando


tropeçou fora do carro.

Candy entrou na frente dele, com os braços para fora.


Joshua passou correndo por ela e foi para os braços de
Madison. Ele não era estúpido. Sabia que ela estava tentando
usá-lo, para parecer uma mãe perfeita para a avó. É claro que
ele provavelmente percebeu a situação, nas pistas não tão
sutis que ela deixou sobre o assunto. Se a avó achasse que ela
era uma boa mãe, a deixaria em paz, para cuidar das
crianças. Ela não queria limpar ou cozinhar. Essa era uma
tarefa tranquila para Madison, mas não para ela. Candy
estava destinada a fazer os homens felizes.

Madison olhou em volta. O sol estava brilhando. Os


pássaros cantavam. As folhas eram um belo multicolor e ela
estava congelando sua bunda do lado de fora. Estava
tremendo. Como poderia estar tão frio, se o sol estava lá?
Estava muito frio!

— Este é o lugar onde viveremos? — Jill perguntou,


com o mesmo tom mal-intencionado que Candy usava. O que
irritou Madison. Ela esperava que sua avó fizesse milagres, de
outro modo tinha medo que estaria tendo que colocar algum
sentido em sua irmã, em breve.

Ela deu uma última olhada nas roupas de sua jovem


irmã. Tudo era muito apertado e muito pequeno. Jill era
pequena para a idade dela e subdesenvolvida. As roupas a
faziam parecer uma criança prostituta. Era melhor este
milagre acontecer rápido.

Madison beijou Joshua na bochecha. — Vá bater e


lembre-se de ser educado.

Joshua assentiu. Ele correu para a porta e bateu com


força. Um minuto depois, a porta se abriu, largamente. Ele
caminhou para dentro, com a cabeça erguida. As três
mulheres entraram depois dele.

Uma mulher alta em seus sessenta anos estava no foyer.


Ela não parecia nada com o Madison imaginou. Esperava
uma avó de cabelos grisalhos, curtos, gorda como a que lhe
daria uma caixa de biscoitos no fundo da casa. Esta mulher
era forte, capaz e tinha um ar de quem não suportava tolice,
sobre ela.

Candy atravessou o lugar e se dirigiu a mulher. A


arrastou para um abraço e jorrou. — Oh, mamãe, eu estou
tão feliz em vê-la!
A avó deu passo para trás e a dispensou. — Eu aposto
que está. — Ela se concentrou nos três netos. Olhou para
Joshua e sorriu, em seguida, para Madison e sorriu, então
Jill e franziu a testa. A respiração que Madison não tinha
percebido que estava segurando deixou seu corpo. Sua avó
não gostou da aparência de Jill. Ela ia ajudar. Graças a
Deus.

— Bem, vamos para a sala de estar e ter uma conversa.

Madison se sentou no sofá. Joshua tomou o assento ao


lado dela. Pegando sua mão e a segurando com força. Ele
estava com medo. Ela sabia o porquê. Candy disse a eles, ao
longo dos anos, quanto horrível e violenta esta mulher era.
Sua única oração era rezar para que Candy tivesse mentido,
mais uma vez.

A avó juntou as mãos. — Eu só quero dizer que estou


muito satisfeita em tê-los aqui, crianças. Esta vai ser sua
casa, para o resto de sua infância. — Ela nivelou um olhar
sobre Candy, lembrando-lhe que Jill e Joshua, eram agora,
legalmente dela. Candy amuou. O que era falso. Ela
encontrou outro otário para criar os filhos e dar-lhe uma
carona.

— Agora, Joshua e Jill, cada um tem seu próprio


quarto.
— Sério? — Perguntou Joshua animadamente. Ele
nunca teve um quarto, imagina o próprio quarto.

— Sim, os quartos são próximos ao meu, por isso tenho


algumas regras. Sem música alta. Joshua, você tem hora de
ir para cama... — Ela olhou com expectativa para Candy. Que
só continuou a fazer beicinho.

Madison cerrou os dentes. Ela estava cansada desse


jogo. — Ele vai para cama às oito. — Disse ela.

A avó assentiu. — Parece razoável. Se você for um bom


menino, fizer sua lição de casa e tirar boas notas, então
podemos adicionar uma meia hora a isso. O que você acha?

Joshua ansiosamente assentiu. Vovó voltou sua atenção


para Jill, olhou para sua roupa e suspirou. — Você deve estar
na cama às nove. Ainda não tem toque de recolher. Se você
quiser, mereça um. Entendido? — Disse ela com firmeza.

Jill bufou e olhou para Candy, antes de falar. — Candy,


faça alguma coisa! — Candy fez beicinho e olhou ferida.

Vovó limpou a garganta. — Você vai se referir a ela como


“mãe” ou “mamãe” ela não é sua amiga. Ela é sua mãe e seu
nome é Emma. — Disse a última parte olhando para Candy.
Que teve bom senso suficiente de manter a boca fechada,
pelo menos.
— Madison. — Ela olhou para trás e viu sua avó a
estudando. Ela parecia tão diferente do seu irmão e irmã.
Joshua tinha cabelo castanho claro e olhos verdes e Jill tinha
cabelo vermelho, selvagem e olhos azuis, dois pais diferente é
claro. Vovó sorriu calorosamente para ela. — Você acabou
ficando linda, Madison. Parece tanto com o seu pai. — Disse
ela, orgulhosa. Madison queria perguntar a ela sobre seu pai,
mas não na frente de Candy.

— Obrigada, vovó. — Disse ela. Era estranho dizer vovó,


mas essa mulher se encaixava na palavra, de alguma forma.
Se alguém deveria ser sua avó, era essa mulher.

— Vocês são bem-vindos. Você está convidada a ficar


aqui o tempo que quiser querida. Tudo que peço é uma mão
ocasional e manter seu quarto e o banheiro, que compartilha
com outro pensionista, limpo. Será que isso soa bem?

— Eu gostaria de ganhar meu sustento, vovó. Quanto


por semana para mim e para as crianças?

A avó acenou-lhe. — As crianças estão sob minha


custódia, portanto, minha responsabilidade. Quanto a você,
você é a minha neta e eu senti saudades. Eu fico feliz em tê-
la aqui. Apenas faça o que eu pedir e estamos resolvidas. Mas
já que estamos no assunto de pagamento eu lhe encontrei um
emprego, você começa amanhã.
Madison forçou um sorriso. Outro trabalho servil. Após
nove anos trabalhando nos piores empregos possíveis para as
piores pessoas possíveis, ela achou que tinha escapado,
aparentemente não.

— Eu conversei com o Professor O’Shea, que tem


algumas ligações com a escola secundária local. Você tem
uma posição como professora no departamento de história da
Rascal High School.

Isso não era o que Madison esperava. Ela estava fora de


sua cadeira e abraçando sua avó, antes que percebesse. —
Oh, obrigada, obrigada! — Ela disse.

A avó riu e a abraçou de volta. Em seguida sussurrou


ferozmente para Madison, em sua orelha. — Eu me orgulho
de você, garota. Eu sinto muito pelo que você teve que fazer
sozinha, por todos esses anos.

Madison assentiu e enxugou uma lágrima. Se sentando


novamente. — Agora, para você, Emma, você é bem-vinda
para ficar o tempo que quiser, contanto que você siga as
regras. Você começa às sete da manhã e para às quatro da
tarde. Hospedagem e alimentação estão incluídos. Irei lhe
pagar cinco dólares por hora. — Candy abriu a boca para
interromper, mas a avó continuou. — Eu já apresentei os
documentos e agora é legal, assim você não precisa se
preocupar com as crianças. — Foi uma ameaça e uma
promessa e Candy sabia. Ela não iria se esconder atrás das
crianças por mais tempo.

— Não haverá drogas, não haverrá bebidas e não


haverá homens em seu quarto. Além disso, nós temos três
pessoas do sexo masculino. Você não deve se envolver com
qualquer um. Estamos entendidas?

O beicinho se foi. Substituído pelo olhar de cadela. Seus


olhos se estreitaram, seus braços estavam cruzados sobre o
peito e sua mandíbula apertou. — E se eu não concordar?

Vovó sorriu. — Então, não deixe a porta bater em sua


bunda quando sair.

Candy abaixou o queixo mais uma vez. Não havia


nenhum lugar para ela ir e estava sem dinheiro. Ela estava
presa. Então balançou a cabeça lentamente.

— Ótimo. — Ela se virou para encarar Madison. — Eu


quase me esqueci, se você der a sua mãe qualquer dinheiro
eu vou lhe expulsar. Você não fará a ela nenhum favor por
deixá-la se aproveitar de você e você não estará ajudando a si
mesmo. Você fez o suficiente e não deve nada a ela. Estou
entendida?
Madison só podia olhar e acenar coma cabeça. — Muito
bom. Bem, deixe-me levá-los aos seus quartos.
Capitulo 2
Ela correu os dedos sobre a colcha que cobria a cama
King-size e olhou em volta de seu novo quarto. Era muito
grande, bonito, espaçoso e todo seu. Ainda tinha vista para
um grande quintal. Seu velho trailer tinha a vista para uma
fábrica de pneus e cheirava horrivelmente. Já seu novo
quarto tinha a vista de um pomar de maçã e piscina. Isso era
como o Ritz para ela. Mesmo compartilhar o banheiro, com
um homem estranho, não amorteceu seu bom humor.

A avó jurou que o homem era bom, limpo e quase nunca


estava em casa. Geralmente só vinha em casa para tomar
banho, o que avó admitiu que acontecia duas ou três vezes
por dia. O homem era um viciado em banho, como ela
gostava de dizer. Também era um detetive da polícia do
estado e foi atribuído localmente.

Nos últimos dois anos, o detetive alugou o quarto dele e


o dela, mas tinha, realmente, ficado aqui por três meses. Ele
não tolerava compartilhar o banheiro com ninguém e odiava
ter alguém por perto. Precisava de paz e tranquilidade. As
três pessoas que alugaram o quarto antes dele assumir, eram
tudo, menos tranquilas. Assim que o último se mudou ele
informou a avó que estaria pagando pelo segundo quarto, de
modo que iria permanecer vazio.
Uma semana atrás a avó pediu ao homem um favor. Ela
precisava do quarto para sua neta. O homem sabia da
situação e foi simpático. Depois de prometer que Madison era
uma mulher tranquila e respeitosa, ele concordou. Ele
parecia pensar que qualquer mulher que criou os irmãos e
ainda fez faculdade, merecia uma chance. Sua única
condição era deixá-lo sozinho. Ele era um solitário.

Vovó disse que ele era bom, que a ajudou, mas não
falava com ninguém e não se juntava ao resto da casa para
as refeições. Sua avó gostava do detetive. Ele ajudou a cuidar
de locatários problemáticos no passado e como forma de
agradecimento ela garantiu que todos deixassem o detetive
em paz.

Era mais que bom para Madison. Seus quartos eram na


parte de trás da casa, acima da grande sala de
armazenamento, que sua avó usava para guardar tudo, desde
suas antigas motocicletas até várias mesas extras. Eles
estavam bem longe do resto dos quartos que trazia paz e
sossego. Eles também tinham sua própria porta de entrada,
fora de seu pequeno corredor que ligava seus quartos à casa
principal. Sua avó tinha realmente saído do seu caminho por
ela.
Havia um quarto perto de sua mãe, que estava vazio,
mas a avó estava tentando dar-lhe um pouco de liberdade e
uma pausa muito necessária. As crianças foram proibidas de
vir a esta parte da casa, por respeito ao detetive. Foi o que
vovó disse. Na verdade, era provavelmente para ela também.
Ela entendeu que Madison não veio para cá por desespero,
mas por amor a seu irmão e irmã. A irmã que ela esperava
poder salvar.

Ela caminhou de volta para seu computador portátil e


rolou para baixo. — Finalmente. — Ela murmurou.

Na semana passada, ela descobriu que sua mãe


memorizou o numero de sua conta bancária e senha. E
transferiu duzentos dólares, que Madison ganhou com
dificuldade, para sua própria conta. Ela tinha um sentimento
que Jill a ajudou, vendo como as duas voltaram para casa,
mais tarde, naquela noite, combinando roupas. Se sua avó
não tivesse interferido ela teria pressionado as acusações.

Foi provavelmente por isso que sua avó falou sobre seu
dinheiro na sala de estar. Madison perguntou a avó, sem dar
muitos detalhes sobre abrir uma conta para ela, no banco
local. Então ela abriu a conta e felizmente configurou o
acesso on-line. Agora, ela só tinha que ter certeza de que Jill
e Candy não teriam em suas mãos seu cartão de débito ou
novas informações da conta.
Ainda era metade da manhã quando ela terminou de
carregar as coisas. Ela gostava de ter a sua própria entrada.
Não tinha que transportar seus escassos bens pela casa,
subir as escadas e passar pelo corredor como todo mundo.

Ela deu outro olhar ao redor do quarto. Não é de


estranhar que estava empoeirado, já que ninguém o tinha
usado por dois anos. Seu pequeno corredor iria ter um pouco
de limpeza também, ela decidiu. Ambas as áreas cheiravam a
poeira. Seu vizinho como ela gostava de pensar nele,
perguntou se a avó poderia proibir o acesso de pessoas a essa
parte da casa. Sua avó concordou prontamente. Sentia que
um homem deveria ter sua privacidade. Bem, um detetive da
polícia deve, pelo menos. Madison tinha um sentimento que a
avó não se sentia da mesma forma, sobre seus outros
inquilinos. Havia cinco na contagem total, com seu vizinho,
duas mulheres e três homens.

— Maldição. — Ela esqueceu de descobrir o nome do


vizinho. Ela não tinha planos de incomodá-lo. Ele queria ser
deixado em paz e ela queria se sentir sozinha. Ela suspirou
na respiração seguinte. — Oh, bem, ok. — Ela superava as
coisas facilmente. Era a única maneira de tolerar Candy e
criar duas crianças.

— Agora vamos ver, ela disse que o aspirador de pó


estava no armário. — Ela abriu seu armário e acenou com a
cabeça. Com certeza ele estava lá. — E os materiais de
limpeza no banheiro. — Ainda se sentia estranha por estar
dividindo o banheiro com um homem estranho, mas os
mendigos não poderiam ser exigentes. Era uma nova
experiência, ela disse a si mesmo.

Ela abriu a porta do banheiro e engasgou. Era uma


experiência nova, tudo bem. O banheiro parecia que não
tinha sido limpo há anos, dois provavelmente. Ela puxou a
parte superior de sua camisa sobre sua boca, para que
pudesse respirar, enquanto fazia seu caminho até a janela,
acima do vaso sanitário. Ela a abriu, desesperada por ar
fresco.

Com isso, ela se virou lentamente e viu o horror. Era um


massacre sobre a higiene. O quarto cheirava a mofo, bolor,
odor de corpo, suor, roupa suja, banheiro público e dezenas
de velhos purificadores de ar, de carro. Todos os cheiros
combinados a induziram ao vômito. Ela olhou ao redor do
quarto. Pendurado em cada superfície disponível estava um
ambientador. Alguns pareciam pálidos e velhos, enquanto
outros pareciam verde brilhante. Isso explicava o cheiro de
carro.

No canto, uma grande pilha de toalhas úmidas


assumiram residência. A pilha vinha até seus quadris. Isso
não era nada. Ela chutou a pilha e se amordaçou quando o
topo da pilha despejou sobre no chão, deixando uma pilha de
tecido podre, viscoso e preto. Este era o cenário perfeito para
um filme de terror.

Ela moveu sua atenção para o banheiro, rapidamente.


Os anéis do banheiro eram num tom vermelho escuro,
estranho. O banheiro estava coberto de sujeira e cheirava
mal. A pia estava coberta de espuma de sabão, dura e
sujeira, após uma inspeção mais próxima, ela descobriu que
guarnições de barba, estavam presas contra o balcão, de
algum estranho mosaico de rua. Lâminas oxidadas, velhas,
cobriam o balcão com outras descartadas no lixo. Madison
olhou para a lata de lixo e riu. A pequena lixeira era nova.
Bem, ela tinha uma pequena camada de poeira, mas era a
coisa mais limpa no banheiro.

Ela temia se virar e ver a banheira. Já sabia que era


necessário esfregar o piso, desesperadamente. A banheira, ela
temia, que estivesse na mesma situação que a pia. Mais não
havia lixo lá. Em vez disso tinha várias pilhas, altas, de
pedaços de sabonete descartados. Era assustador. Ela teria
pesadelos durante anos, após esta experiência.

Sua avó disse que os produtos de limpeza estavam sob a


pia. Ela jurou que tinha abastecido o pequeno armário, logo
após o último locatário se mudar. Madison tinha uma
suspeita sobre o que ela ia encontrar. Com certeza o armário
estaria cheio de material de limpeza. Ela teve que rir. Isso,
realmente, seria uma experiência nova. Não que ela estivesse
disposta a repetir.

Colocando, as luvas de borracha, todas em tamanho


único, ela começou. Jogou as toalhas sujas nos sacos de lixo.
Usou quatro grandes sacos para se livrar de todas elas. Tinha
a sensação que seu misterioso vizinho, usou as toalhas até
que elas estivessem fora de uso e, em seguida, as jogou para
a pilha. Essa teoria foi confirmada pela toalha suspensa no
chuveiro. Estava desgastada em alguns lugares e cheirava
mal. Ela jogou fora aquela também, poderia muito bem fazer
um trabalho completo, ela decidiu.

Ela passou as próximas quatro horas esfregando,


raspando, engasgando, suplicando e polindo. Até o momento
que ela terminou, estava razoável, até mesmo para seus
padrões rígidos. Cada superfície brilhava e o quarto cheirava
a limão fresco. Ela descarregou suas coisas e saiu do
banheiro. Tinha muito que fazer, para ficar em volta e
admirar seu trabalho. Ela só podia esperar que seu vizinho
não aceitasse o trabalho de limpeza como um desafio. Ela não
queria fazer isso a cada semana.

— Você parece boba, Madison! — Joshua ria, quando


passou correndo por ela, quicando uma bola de basquete, ela
tinha comprado a bola em seu último aniversário.
Madison fingiu um olhar horrorizado. E olhou para seu
enorme moletom, que abrangia outras quatro camadas.
Estava congelando. Caro Deus o termômetro lá de fora
marcava cinco graus, cinco!

Onde ela morava o frio era de quinze para cima. Isso era
o inferno de mais frio. E ainda nem era inverno.

Ela enxugou as mãos, cobertas de graxa, em seus jeans


largos que cobria as pernas e ajeitou o rabo de cavalo no
boné de beisebol. — O quê?

Ele riu um pouco mais. Ela fez um pequeno andar de


modelo, balançando os quadris em exagero e franzindo os
lábios. — Eu acho que pareço fabulosa, querido. — Ela
ronronou. Joshua riu ainda mais alto.

— Você tem óleo em seu rosto! — Ele riu.

Ela fez sinal de desdém com a mão. — O óleo


simplesmente adiciona textura e ilusão querido. — Ela disse
em uma voz altiva. Joshua riu um pouco mais, quando voltou
para o seu salto.

Madison voltou para sua tarefa, fazer seu motor


funcionar outro dia. Amanhã ela iria trocá-lo e comprar um
carro novo, uma vez que já não tinha de se preocupar em
como sustentar as crianças. Ela não estava enlouquecendo.
Iria gastar menos da metade de sua economia, para o caso
algo acontecer, mas ela realmente precisava de um veículo
confiável para o trabalho.

— Madison! — Jill gritou.

— Parece que sua alteza real não conseguiu o que


queria, novamente. — Joshua murmurou. Para uma criança
de dez anos, ele era bastante perspicaz.

— Por que você diz isso? — Ela perguntou, enquanto


lutava para soltar um parafuso. A maldita coisa estava
oxidada e travada. Ele não se mexeu mesmo com a WD-40.
Mais ele tinha que sair.

— Esse é o jeito que ela age agora, com Candy por aí.
Ela é uma dor total. — Ele saltou com a bola. — Eu não
entendo por que ela quer ser como a outra. Ela é nojenta!

Madison concordou, mas não disse nada. Sua mãe se


vestida e agia como uma prostituta. Ela estava meio
preocupada que a olhassem daquele jeito, por alguma razão.
Agora Jill estava seguindo Candy. Falando de Jill...

— Eu quero ir para casa, agora! — Jill exigiu perto de


Madison
— Abaixe a voz, eu posso ouvir você muito bem. — Ela
continuou focada no maldito parafuso.

— Aquela mulher me disse que eu não posso usar


maquiagem. Que eu tenho que merecer. — Disse Jill
ironicamente.

— Aquela mulher como você gosta de se referir é sua


avó, então você vai chamá-la de “Vovó” ou “vó” se eu ouvir
você desrespeita-la de novo você estará de castigo. —
Madison alertou. Ela era geralmente fácil de se conviver, mas
a atitude mimada de Jill estava fazendo um número real sobre
seus nervos.

— Tudo bem! Vovó disse que eu não posso usar


maquiagem ou roupas apertadas. — Ela disse com uma voz
chorosa.

— Eu concordo.

— Concorda?

— Concordo. Isso estaria terminando hoje de qualquer


maneira. Você estará começando na escola nova amanhã e
você não iria assim. — Para fazer o seu ponto Madison olhou
para sua irmã. Querido Deus a menina estava usando uma
minissaia de plástico com um top apertado de babado que
exibia seus seios pequenos, e ela estava tremendo. Ela
costumava ser tão razoável.

— Você só não quer que eu a envergonhe. — Ela


retrucou.

Madison riu. — Primeiro, nós não somos nada


parecidas. Em segundo lugar, temos sobrenomes diferentes e
você vai me chamar de Senhorita Soloman, como todos os
outros. Em terceiro lugar você não sairá por aí parecendo
uma vagabunda, para o resto de sua vida. Tenha um pouco
de autoestima.

— Madison, o que é uma vagabunda? — A voz jovem de


Joshua soou. Tinha esquecido que ele estava lá. Ele
estremeceu quando Jill lhe lançou deu um olhar superior.

— Sim, Madison, o que é uma vagabunda? —


Perguntou Jill. Ela ia simplesmente matar a irmã. Era isso.
Ninguém iria culpá-la.

— Ah... isso é... er... — Ela estava vagamente consciente


de um motor de carro sendo desligado, por perto. Todo o seu
foco estava na pergunta de Joshua e como respondê-la de
forma que ele não usasse isso para provocar Jill, em frente
das pessoas, como ele gostava de fazer.
— Vamos lá, Madison, você é uma professora, então me
diga o que é uma vagabunda. — Joshua exigiu em voz alta.
Essa era a progressão normal dos eventos, em que ele iria
fazer uma pergunta embaraçosa ou difícil. Quanto mais
tempo ela demorasse sua voz se tornaria mais alta.

— Eu acredito, meu jovem, que é o nome dado a uma


mulher que dá seu afeto muito livremente para os homens. —
Disse uma voz profunda.

— Oh meu Deus. — Jill engasgou, com uma voz


sensual, um pouco sensual demais para a sanidade de
Madison. Isso não poderia ser um bom sinal.

— Quem é você e por que tem uma arma? — Joshua


exigiu.

— O quê? — Madison se assustou com a pergunta e


saltou para trás, cortando o pulso com alguma coisa. — Ai! —
Droga, ela se cortou. Felizmente, a área tinha sido limpa, bem
estava limpa antes. Agora estava coberta de sangue.

A cena que ele encontrou quando subiu a longa entrada


foi divertida. Um menino correndo em torno de um pedaço de
merda de carro, quicando sua bola e perguntando a alguém,
chamado Madison, sobre putas. Ele teve que parar de rir.
Esta pessoa, Madison, estava em uma situação apertada.
A próxima coisa que chamou sua atenção foi uma
menina, vestida como uma prostituta, que lembrava-lhe as
saias leves que costumavam trabalhar nas docas quando ele
era criança. Ela usava muita maquiagem, muito pouca roupa
e tinha um ar de experiência. Ela não estava ciente dele,
ainda.

A última coisa e a coisa mais importante que o atingiu


foi o cheiro de um sangue puro, sangue de virgem. Ele sabia
que não era do menino. Os homens, mesmo os meninos,
nunca liberavam aquele cheiro. Esse determinado perfume
pertencia às mulheres. Era sedutor e dava água na boca.

Tinha que ser essa menina. Ela não podia ter mais de
quinze anos, talvez catorze. Ele olhou para a garota. Não,
essa menina não era uma virgem. Ele não estava surpreso.
As coisas mudaram dramaticamente ao longo do século
passado. De acordo com os meios de comunicação não era,
popular ou normal, os adolescentes permanecerem castos até
o casamento ou até a idade adulta.

Mesmo que esta jovem fosse uma virgem, ela estava fora
dos limites. Ele não comia onde vivia e essas crianças eram
claramente os netos de sua senhoria. Lembrou-se que eles
estavam para chegar, hoje, por isso parou no caminho de
casa e pegou mais alguns purificadores de ar para o
banheiro. Ele também nunca se alimentou de uma criança
antes. Nunca fez e nunca faria isso. As crianças eram
inocentes aos seus olhos, não importa sua experiência
sexual.

Com isso só sobrou Madison, provavelmente outra


criança. Ela estaria segura, debaixo de suas regras. Ele não
podia se lembrar da última vez que se alimentou de uma
virgem. Foi há 60 anos? Provavelmente. Ele tinha uma regra
quando a uma mulher virgem, e esta regra não foi necessária
em todos estes 60 anos. Ele só teria o sangue não sua
inocência. Havia muitas mulheres dispostas para o que seu
corpo precisava. Cristo quanto tempo desde que ele esteve
com uma mulher? Por volta de dezembro, em 1880 ou o 1890
pensou. Sexo se tornou chato e inútil. Ele nunca escapou de
seus pesadelos e nunca se sentiu perto da mulher. Ele
sempre se sentiu como se estivesse fodendo com ar.

— Vamos lá, Madison, você é uma professora, então me


diga o que é uma vagabunda. — O menino disse com
impaciência.

Ele não pôde evitar. Teve que responder. — Eu acredito,


meu jovem, que é o nome dado a uma mulher que dá seu
afetos muito livremente para os homens.

— Oh meu Deus... — A menina se virou para olhá-lo. E


lambeu os lábios convidativos. Ele ia ter que trancar a porta
de conexão para a casa principal à noite. Isso era tudo que
precisava, pensou secamente.

— O quê?... Ai! — Disse a voz de uma mulher.

O cheiro de sangue virgem o afetou, significativamente.


Ele parou a si mesmo antes de tropeçar de volta. Isso não era
a pior parte. A fome rasgava através dele, violentamente. Isso
era estranho, já que acabou com dois sacos de sangue, no
caminho de casa. Ele não estava com fome, mas o cheiro de
seu sangue era inebriante.

No momento, ele queria aquele sangue, mais do que


qualquer coisa neste mundo. O sangue dela gritou para ele.
Suas mãos se fecharam com força, impedindo-o de atacá-la
na frente dos dois filhos. Tenha controle! Ele não se importava
em como essa garota parecia, ele queria seu sangue. Ele
nunca sentiu essa necessidade tão intensa antes, nem
mesmo nos vinte anos em que passou no calabouço de
Nicholas.

Suas presas desceram. Ele aprendeu, há muito tempo,


como controlar seus olhos, mas era uma batalha perdida. Ele
precisava ficar longe desta mulher. Quem diabos ela era.

Ele deu um passo para trás, ao mesmo tempo uma


jovem mulher, que ele presumiu ser jovem, já que pela forma
que ela estava vestida não dava para ter muita certeza, saiu
de trás do carro e olhou primeiro para a menina, enquanto
segurava seu pulso com força. Ao ouvir “Ai,” Ephraim
adivinhou.

Ela revirou os olhos na direção da menina. — Jill, vá


para dentro e ajude a vovó com o jantar, por favor.

— Mas...

— Vá! — Disse a mulher, com firmeza. Ephraim a


estudou. Ele não podia discernir a idade dela, mas tinha
certeza que não era uma criança. Usava um boné de beisebol,
velho, virado para trás e seu rosto estava manchado e sujo.
Ele não podia, realmente, fazer quaisquer previsões. A única
coisa que podia distinguir em seu rosto era seus olhos. Eles
eram castanhos, mas não o normal, marrom. Eles eram
impressionantemente brilhantes.

Seus olhos percorreram o corpo dela. Ela era sem forma.


Provavelmente, sem peito, pelo que parecia e gorda. Ele
confirmou sua opinião, olhando suas calças largas. Em sua
experiência, as mulheres usavam roupas grandes para cobrir o
peso extra. A única coisa atraente sobre esta mulher era seu
sangue. Se ele não saísse dali, em breve iria descobrir se o
sangue dela era tão bom quanto cheirava.

— Você é policial? — Perguntou o menino.


— Joshua, você está sendo rude, — ela repreendeu o
menino, se virou para olhar para ele e sorriu. — Eu sinto
muito. Este é Joshua e eu sou Madison.

Ele acenou com a cabeça. Suas presas estavam


pulsando dolorosamente em sua boca, querendo um gosto
dela. — Acabamos de chegar. — Disse ela, quando ele não fez
qualquer tentativa de se apresentar.

Mais uma vez ele assentiu.

— Bem, quem é você? — Perguntou Joshua.

Ele apenas se virou e foi embora. Se ele não fosse para a


casa, agora, iria se arrepender.

— Qual é o seu nome? — Joshua gritou.

— Ephraim. — Ele respondeu, sem olhar para trás.

Ele fez seu caminho pela parte de trás da casa, usando


as escadas de serviço. Não foi até que ele deixou cair sua
bolsa pequena, em cima da mesa, que lembrou-se que
deveria ter um novo vizinho.

— Merda.
Era Madison. Ela estaria por perto, tentando-o, dia e
noite.

Ele passou as mãos pelo cabelo preto e curto. Ele podia


fazer isso. Ele poderia viver aqui com esta mulher. Eles
partilhariam apenas o banheiro. Ela iria manter as duas
portas trancadas. Qualquer mulher, com bom senso, iria
trancar a porta quando se morava em uma pensão, mesmo
sendo a pensão de sua avó.

Não que uma porta trancada fosse detê-lo. Ele poderia


colocar a porta para baixo com um dedo mindinho, mas
serviria como um lembrete, útil, de que ela estava fora dos
limites. Ele não queria se mudar. Estava feliz aqui. Ninguém
o incomodava. Ele gostava de seu trabalho. Gostava de viver
na pensão. Não queria ter seu próprio lugar. Ele gostava da
ideia de estar sozinho, mas não tão sozinho.

Não, ele iria se acalmar e esperar. Ela tinha um novo


emprego, de acordo com a Sra. Buckman. Ela não iria ficar
aqui por muito tempo. A maioria das jovens quer estar por
conta própria. Sim, era isso. Ele só tinha que esperar.

Ele balançou a cabeça, pegou os purificadores de ar e se


dirigiu para o banheiro. Abriu a porta e congelou. O que
diabos aconteceu com o banheiro? A Sra. Buckman o
remodelou para a neta? Ele sabia que ela estava ansiosa para
ter a jovem aqui, mas ele não sabia que ela iria tomar tal
medida.

Ele fechou os olhos e respirou fundo. Não, não houve


reforma, o banheiro cheirava a produtos de limpeza e limões
sintéticos. Ela limpou. Tudo, incluindo o piso, que estava
brilhando. Lá se foram os purificadores de ar, toalhas sujas,
lixo e o odor desagradável. Agora estava limpo e organizado.
As prateleiras estavam cheias de grandes toalhas macias. O
chuveiro estava brilhante e tinha um suporte com seu
shampoo e sabonete, bem como os produtos de banho dela.
Ele voltou sua atenção para o armário de remédios.

Ela ocupou, com coisas dela, duas partes, fazia sentido.


Seu lado continha sua navalha, gel de barbear e colônia.
Essa pequena coleção ocupava metade de uma prateleira,
deixando as outras duas vazias. Curioso, ele abriu o lado dela
do armário de remédios. Estava bem abastecido. Com
produtos de limpeza, sabonetes, loções, medicamentos de
balcão, pinças, cotonetes de orelha, removedor de esmalte e
uma navalha cor de rosa. Rosa. Que diferença faria se não
fosse rosa? O resto do material era tão confuso. Por que ela
precisava do resto? Ela estava construindo algo com aquela
merda?

Ele fechou o armário e abriu a primeira gaveta embaixo


da pia. Papel higiênico extra. Ok, ela precisaria disso. Ele
não, mas ela sim. Isso era razoável. Fechou a gaveta, abriu a
de baixo e congelou.

— Oh... Caramba... — Suas mãos tremiam quando ele


se abaixou e pegou a caixa cor de rosa, absorventes
menstruais. — Porra.

Ele deveria ter previsto isso, quando a Sra. Buckman


disse-lhe que uma jovem estava se mudando. Ele esqueceu
sobre os períodos das mulheres. Levantou e estudou a caixa.
Era uma caixa mista do que seja lá que significasse. Ele a
olhou apenas para descobrir que era super e regular. Não
tinha ideia do que isso significava, mas não poderia ser bom,
ele estava preocupado.

Seus olhos se fecharam e ele orou por controle. A


mulher, não, o ser humano, cujo sangue o atraiu como
nenhuma outra, teria seu sangramento uma vez por mês,
próximo ao seu quarto e descartaria o sangue embebido no
algodão na lata de lixo. Isso seria um inferno. Puro inferno.
Levaria cada pedaço de controle para não sugar aqueles
absorventes descartados. Mesmo que para ele aquilo soasse
nojento.

— Foda-se. — Não havia mais nada a dizer. Ele deixou


cair a caixa de volta na gaveta e a fechou. Apoiou as mãos no
balcão e se olhou no espelho. Seus olhos estavam em um
vermelho ardente. Seus dentes estavam baixos e ele estava
babando. Grande. Sua única esperança era ficar bem longe
dessa pessoa, Madison, e orar para ela saísse antes que seus
períodos viessem.
Capitulo 3
Madison foi arrancada de seu sonho agradável e quente
por uma música de rap. — Que diabos? — Ela forçou os
olhos para se concentrar no despertador, ao lado de sua
cama. Eram três da manhã. Quem estava tocando música
rap às três da manhã?

Ela colocou um casaco de moletom, pulou da cama e


imediatamente começou a tremer. Sua camisola folgada e o
casaco, não iriam aquecê-la. A única coisa que parecia
mantê-la aquecida eram as suas meias grossas. Ela colocou
os braços ao redor do seu estômago e olhou em volta. Essa
música horrível estava vindo do seu quarto, mas de onde?
Era alta e irritante.

Por que ela estava vindo do seu quarto? Ela tropeçou em


suas caixas de mudança.

—Ai!

A porta do banheiro se abriu, batendo ruidosamente


contra a parede. Madison ficou tão surpresa que cambaleou
para trás e caiu sobre uma caixa. Ela rapidamente ficou de
pé, quando a luz foi acesa.

Lá, na porta do banheiro, estava um muito chateado


Ephraim. Seus olhos estreitaram nos dela, antes de descer e
examinar sua roupa. Ele parecia satisfeito com alguma coisa,
em seguida, entrou em seu quarto, vestindo nada além de um
par de cuecas boxers. Sem ‘olá’ ou ‘o que é isso’? Ele entrou
como se fosse dono do lugar. A música parou de repente.

— Que bom. — Ela suspirou de alívio.

Ele lhe lançou um olhar irritado.

— Eu... Desculpe se acordei você. Eu não tenho ideia do


que era, ou de onde veio. — As palavras correram para fora
de sua boca. Este homem a intimidava. Ele era grande, muito
musculoso e pelo que podia ver agora, era bonito, muito
bonito. Ela nunca lidou bem com homens bonitos. Preferia
lidar com homens médios. Isso a fazia se sentir segura. Este
homem a fazia sentir qualquer coisa menos segura.

Ela não importava se ele era um policial. Ele era


perigoso. Ela sentia isso. Tudo no seu corpo gritava para que
ela tomasse cuidado. Claro que sua mãe iria colocar suas
garras sobre ele. Ela amava homens perigosos. Sua irmã já
estava fazendo planos. Ela entrou no quarto dela e a ouviu
falando com sua mãe sobre controle de natalidade. Parece
que sua irmã não gostava da sensação de preservativos.

Essa foi uma boa maneira de torcer seu coração e


quebrá-lo. Sua irmã de alguma forma, na semana passada
conseguiu perder a virgindade e sua mãe sabia sobre isso.
Candy sorriu docemente para Madison e piscou. Este era
apenas um jogo para ela. Madison estava muito chateada,
para falar com Jill naquele momento. Ela saiu de perto da
mãe e fez seu caminho de volta para seu quarto, onde ela
chorou por uma hora. Em seguida, se forçou a se concentrar
na tarefa que tinha em mãos, ela estava começando um novo
trabalho, amanhã.

Pegando o livro de textos e registros, que a escola


enviou, ela passou as próximas cinco horas criando um plano
de aula. Por fim, terminou os planos para os próximos dois
meses e criou palestras para a semana seguinte. Então,
tomou um banho, uma ducha longa e quente. Ela ouviu
Ephraim andar pelo quarto dele, o tempo todo resmungando
alguma coisa.

A música rap começou novamente. Ephraim lhe jogou


outro olhar irritado. Ela parecia ainda menos atraente, com
um casaco de moletom ridículo, o capuz sobre a cabeça,
cobrindo as sobrancelhas, orelhas e praticamente todo rosto.
Sua pele era bronzeada e limpa, mas foi tudo o que viu. O
cheiro dela o afetava muito. Ele precisava desligar a música
irritante e dar o fora do seu quarto.

Agora.

Ele se concentrou no som e ignorou seu perfume


irresistível. A maldita música vinha de uma caixa, enterrada
lá no fundo. Caminhou em direção a ela, jogando caixas e
sacos, grosseiramente, fora do seu caminho.

— Ei!

Ele a ignorou. Encontrou uma caixa com um coração


rosa, grande, desenhado nela. Ele a abriu e encontrou o
maldito objeto dentro, um celular. — Um “Carl” está ligando
para você. — Disse ele calmamente.

Por um momento ela esqueceu que estava zangada com


ele, por jogar suas coisas e pegou o telefone. — Este não é o
meu telefone.

— Não importa. Diga a Carl para se foder ou eu vou


dizer. — Ele retrucou.

Ela parecia não ouvi-lo, ou ligar para o que ele disse. —


Ele é um amigo de Candy. — Amigo era para dizer o mínimo.
Ele era um dos caras que sua mãe conseguiu ferrar nas
curtas duas semanas que ficou em casa. Ele estava no Novo
México e era madrugada lá. Mas o mais importante era que o
telefone era de Jill e Carl tinha trinta e cinco anos de idade.

Quando Madison abriu o telefone de seu dedo


acidentalmente atingiu o botão do alto-falante. — Já era hora
de atender, baby.

— Carl? — Respondeu Madison, confusa. — Por que


você está ligando para esse telefone?

— Pare de brincar, baby. Estou com tesão. Venha aqui,


eu poderia ter um de seus boquetes especiais.

Cada músculo do corpo de Ephraim congelou. Esta


mulher era uma virgem, ele tinha certeza disso. Alguma outra
emoção desconhecida o atravessou também. Foi estranho. Ele
queria avançar, através do telefone e arrancar a cabeça desse
cara fora. Ele estava muito irritado.

A mandíbula de Madison ficou apertada. Ela estava


envergonhada? — Carl, por que você ligou para esse telefone?

— Jill baby, não brinque. Eu estou chegando para


buscá-la. Esgueire-se para fora de sua janela e me encontre
na mesma árvore da semana passada.
Ela respirou fundo e falou calmamente. — Carl, ouça-
me com muito cuidado e não desligue antes de eu terminar
ou terei a polícia em sua porta em quinze minutos.

— Oh merda... Madison?

— Sim, minha irmã tem quinze anos de idade. Quinze,


você entende o que isso faz de você?

— Eu... Eu...

— Você é um molestador de crianças.

— Ei, ei! Ela veio até mim. Não foi minha ideia, de
qualquer maneira. Sua mãe me pediu para fazer-lhe um
favor. Sua mãe e Jill me disseram que ela tinha dezoito anos.
Juro por Deus que eu não teria tocado nela se soubesse. Eu
juro por Deus, Madison. Eu sinto muito... Eu... Oh, meu
Deus, ela é uma criança... — Eles ouviram sons de engasgos.
— Eu vou ficar doente. — Sons de vômitos em seguida.

Ephraim arrancou o telefone das mãos dela. — Carl,


com certeza você sabia que ela era uma criança. Um olhar
para ela e você percebe isso.

—Eu... Elas disseram que ela apenas parecia jovem.


Perguntei. Elas me mostraram uma identidade. Eu juro. Por
favor! Estava em uma carteira rosa. Elas me mostraram... —
Ele implorou, desesperadamente.

Madison empurrou Ephraim de lado, não muito


gentilmente e fez seu caminho até a caixa. Ele respirou fundo
e fechou os olhos, lutando por controle. Esta mulher, uma
moleca2, ia ser o fim dele. Se não saísse deste quarto, logo, ele
iria sugá-la. Ele não tinha sugado ninguém em quase
cinquenta anos. Ele tomava apenas o que ele precisava. Não
havia nenhuma maneira que ele pudesse ser capaz de se
conter com ela. O cheiro de seu sangue era muito poderoso.
Suas mãos começaram a tremer.

—Achei! — Madison ergueu uma carteira de mulher, cor


de rosa. Ela tropeçou numa caixa enquanto a abria. Ela
encontrou uma identificação da escola e uma licença de
motorista escondida por trás dela. — Aquela vadia. — Ela
murmurou.

— Deixe-me ver isso. — Disse Ephraim com os lábios


apertados. Suas presas estavam descendo. Ele as forçou de
volta com a língua, não queria ter uma chance que ela
pudesse vê-las.

2
No original ‘tomboy’, é Uma menina que se veste e se comporta, por vezes, da forma como meninos são
esperados, muitas vezes em coisas mais masculinas como "mais fortes" dos esportes, computadores ou carros.
Estereótipo veste jeans, bonés, jeans e coletes / jaquetas. Muitas vezes criados com um monte de irmãos ou filhos
de um único pai.
— Aqui. — Ela entregou a ele, sem olhá-lo,
completamente alheia ao fato que sua vida estava em jogo,
nesse exato momento.

— Bem? — Perguntou Carl nervosamente.

— É falsa, Carl.

— Merda. — Ele começou a soluçar. — Mas eu não


sabia disso. Eu realmente achava que ela fosse maior de
idade. Madison, eu sinto muito!

— Carl, não ligue de novo. — Disse Madison.

— Não vou, eu juro. Diga a ela para ficar longe de mim.

— Não vai ser muito difícil, Carl. — Disse ela,


encerrando o telefonema.

Ele jogou a identidade sobre a cama. —Parece que você


precisa ter uma pequena conversa sobre os pássaros e as
abelhas com sua irmãzinha. — Ele disse, um pouco mais
duro do que pretendia. Ele precisava dar o fora dali

Agora.

Cintilantes olhos frios e castanhos se estreitaram sobre


ele. Ela assentiu com firmeza e falou de maneira uniforme. —
Eu lamento se o acordei. Não irá acontecer novamente. Agora,
se você me desculpar eu tenho algo para fazer.

Em relação a desculpa para dispensá-lo, foi um bom


argumento para manda-lo embora. Mas, teve um efeito
oposto sobre ele, é claro. Ele odiava autoridade e odiava ainda
mais que lhe dissessem o que fazer. Infelizmente, para ele,
seus dentes estavam pulsando em sua boca. Se ele não saísse
logo iria se denunciar. Assim, com um aceno de cabeça,
apertado, ele se virou e saiu, fechando a porta firmemente
atrás dele. Deixaria a moleca lidar com isso. Ele não queria o
drama e certamente não queria lidar com crianças de 15 anos
de idade, que não podiam manter as pernas fechadas.

Madison traçou o coração rosa com o dedo. Esta caixa


era de Jill. Ela deve ter pego por engano. Respirou fundo,
antes de despejar o conteúdo da caixa sobre a cama.

Sua mão disparou para a boca, enquanto ela engasgava.


Quem diria que precisava de apenas duas semanas para uma
pessoa mudar tanto assim? Ela congelou com o pensamento.
Era esse o tempo, ou talvez Madison tivesse perdido alguma
coisa. Ela empurrou os preservativos, cigarros e garrafas de
álcool para o lado e se sentou. Concentrou-se em tudo que
conseguia se lembrar sobre Jill. Não havia muito, desde que
Madison tinha estado ocupada com seu novo emprego e à
procura de um novo lugar para eles.
Tinha que haver algo que ela perdeu. Se Jill era
realmente a garota com o nível de responsabilidade que ela
pensou, em duas semanas, Candy não teria sido suficiente
para transformá-la. Não, Madison falhou. Ela perdeu algo, em
algum momento e Jill escorregou. Foi apenas Candy chegar
para Jill se sentir confortável com a atuação, na frente de
Madison. Até então, seu comportamento estava escondido.

— Merda. — Ela murmurou.

Ela pegou os pacotes de preservativos e fez uma careta.


Parte dela queria jogá-los fora, pensando se Jill não os tivesse
ela não teria relações sexuais. Isso era estúpido desde que já
sabia Jill odiava usá-los. É claro que se ela não os tivesse
disponíveis quando fosse capaz de sair de fininho iria fazer
sexo sem eles. Depois haveria mais problemas do que apenas
ter relações sexuais com quinze anos. Ela poderia pegar
alguma coisa ou ficar grávida. Jill era como Candy agora. Ela
não deveria ter um bebê. Não, não havia escolha, ela jogou os
preservativos, roupas e o telefone de volta na caixa e a
fechou.

O álcool e os cigarros eram uma história diferente. Ela


os reuniu e foi até o banheiro. Esvaziou as garrafas, jogou os
cigarros no sanitário e descarregou. Isso eliminou o estoque.
Em uma semana ela iria fazer uma busca no quarto de Jill,
assim que ela estivesse instalada. Até então ia ter que ficar de
olho nela. Uma coisa era certa, Candy tinha que ir embora.
— Eu sinto muito, senhorita. Este carro está acabado.
— Earl, o mecânico da Garagem do Earl, enxugou o rosto
sujo e suado com um pano igualmente sujo e gorduroso.

— Oh não! — Madison empurrou o cabelo preto e longo,


que todo mundo dizia que parecia seda, por cima do ombro.
Até este ponto, ela não tinha certeza se estava tendo um bom
dia ou um dia ruim. Dez minutos atrás, teria dito que era
meio a meio. Agora era facilmente 75-25 em chances de um
dia ruim.

Seu dia começou bem. Ela usava a saia mais


profissional que tinha, que terminava pouco acima do joelho
e blusa lavanda, sua favorita, que de alguma forma,
sobreviveu à viagem sem amarrotar. Houve ainda água
quente, após seu vizinho terminar seu banho de meia hora.
Ela passara toda a meia hora xingando-o.

Jill estava vestida adequadamente, depois da sua avó


cuidar dela. Joshua estava feliz e ela foi capaz de tomar café
da manhã, apesar de seus nervos. O carro dela até ligou na
primeira tentativa. Então, as coisas ficaram um pouco
duvidosas.
Seu novo trabalho era em uma escola muito agradável.
O prédio era novo. Conseguiu uma excelente vaga de
estacionamento. O chefe do seu departamento era uma
senhora idosa que nunca parava de sorrir e sua sala de aula
era bem ventilada. Sua mesa era feita de carvalho e
completamente fechada em baixo, para que ninguém visse
sua inquietação. Tudo naquela sala era novo. Os estudantes
em si, eram uma história diferente.

Os meninos ficaram olhando para ela o dia todo. Ela


podia sentir os olhos correndo pelo seu traseiro e para baixo
das pernas. Toda vez que falava com um de seus alunos do
sexo masculino, eles tinham que trabalhar para manter seus
olhos em seu rosto e não nos seios. Ela não podia entender. A
saia não era muito apertada e a blusa não mostrava muito
decote.

Na verdade, em comparação com a forma, como muitas


das estudantes estavam vestidas, suas roupas deveriam ter
sido consideradas conservadoras. Algumas das meninas em
sua classe lembravam groupies, seminuas em videoclipes.
Seus seios praticamente pendurados para fora, muitos deles,
inclusive os de Jill, para seu horror, com enchimentos. Elas
usavam tangas e jeans de corte baixo de modo que as tiras
pudessem ser vistas. Era uma visão assustadora, de fato.

As meninas de sua classe, as vestidas para impressionar


a população masculina, odiou-a, a primeira vista. Elas riram
e sussurram quando um dos homens mais cobiçados colocou
os olhos nela. Era irritante, para dizer o mínimo. Ela acabou
atribuindo um trabalho, apenas para obter o controle da sala.
Agora, ela era temida, isso era bom.

Para seu horror, os alunos não eram os únicos homens


com olhos errantes. Na sala de professores foi ainda pior. Os
homens falaram com ela e fizeram perguntas, mas seus olhos
permaneceram fixos em seus seios. Foi uma loucura. No meio
da sua pausa ela se desculpou e voltou para sua sala, para
comer em silêncio.

O que havia de errado com os homens? Ela não tinha


esse problema no Novo México. Lá todos os homens a
conheciam. Ela passava a maior parte de seu tempo livre na
reserva com seus amigos. Era seu refúgio seguro, desde que
tinha dez anos. Todos a conheciam e a tratavam como
família. Não que ela não tivesse um admirador ocasional, por
lá. Ela namorou vários homens da tribo. Eles só eram mais
respeitosos. Eles eram seus amigos, assim como sua família.
Ensinaram-lhe tudo sobre a vida e sua cultura.

Os homens da escola eram um pouco mais óbvios sobre


suas atenções para ela. No caminho de casa, ela às vezes
pegava um homem olhando-a, mais eles, geralmente, tinham
o bom senso de ficar com um olhar culpado e murmurar um
pedido de desculpas. Aqui não, oh não, aqui ela parecia ser
colírio para os olhos. Os homens começaram com seu rosto e
ela podia ver a valorização em seus olhos, quando correriam
por seu corpo com olhar faminto.

Finalmente, ela se resignou a esta situação. Após


algumas semanas isso iria acabar. Eles se habituariam e a
tratariam com mais respeito. Ela só tinha que aguentar.
Havia apenas um homem que não a olhava assim, Nick. Ele
estava em seu departamento e parecia bom. Ela não se
importava que ele fosse gay. Pelo menos poderia contar com
um homem se comportando.

O resto do dia parecia ir ladeira abaixo. Jill, sua irmã


mais nova, decidiu que ia dar o que falar. Trocou de roupa
em algum momento entre o café e o primeiro sino. O sutiã
tinha demasiado enchimento, sua tanga estava alta, suas
roupas muito apertadas e ela usava muita maquiagem.
Flertou com todos os meninos na sala de aula, em sua classe.
Era como assistir a um filme de terror. Madison é claro deu-
lhe uma detenção durante uma semana. Ela escondeu o
sorriso. Isso foi bom. Jill fez uma careta para ela, durante o
restante da aula, mas não disse outra palavra, garota
inteligente.

Ela decidiu correr para casa e se trocar, antes de olhar


carros. No meio do caminho o carro começou a engasgar.
Parecia que ela estava recebendo uma pausa quando o carro
morreu na frente da garagem de Earl. Isso tinha sido uma
provocação, tinha certeza disso agora. Alguém estava rindo
dela, sem dúvida.

— Assim, não há esperança?

Earl girava um palito na boca. — Nenhuma. Estou


surpreso que durou tanto tempo.

Ela suspirou. — Eu também.

Earl contornou o carro resmungando para si mesmo. —


Earl?

— Sim?

— Você quer o carro? Você pode desmontá-lo e vendê-lo


por partes ou qualquer outra coisa.

Ele balançou a cabeça lentamente. — Quanto?

Ela balançou a cabeça. — Basta levá-lo. Ele é seu.

— Tem certeza?

— Sim.

— Tudo bem. — Ele deu um sorriso manchado de


tabaco.
Madison pegou alguns itens e os colocou em sua
mochila. Após a assinatura sobre o título e dizer adeus ao
carro, ela decidiu caminhar as últimas três milhas que
faltavam. Ela precisava limpar a cabeça.

Tirou os sapatos de salto e caminhou ao longo da


estrada. Não importava que estivesse frio. As únicas coisas
que importavam eram o som dos pássaros, a sensação de
grama sob seus pés e ar fresco em seus pulmões. Ela gostava
de andar. Às vezes, passava horas caminhando. Limpava a
cabeça e relaxava.

— Isso é mais do que o suficiente. — Ephraim desligou o


rádio do seu carro, fazendo-o ronronar mais alto. O silêncio
era ouro. Ele sentiu falta dos dias de verdadeiro silêncio onde
os pássaros, o riso das crianças e os sons de cavalos enchiam
o ar.

É por isso que, há três anos ele se mudou para New


Hampshire. Ele precisava de paz e tranquilidade. Estava
doente com os barulhos da cidade. Ele queria passar seus
dias em silêncio, assim, assumiu este trabalho. Ele estava de
serviço cinco dias por semana com dois dias de folga. Era
perfeito.
Com o rádio desligado ele poderia pensar. Este fim de
semana seria perfeito para alguma pesca. Ele poderia alugar
sua cabana habitual e relaxar. Não haveria molecas, para
tentá-lo. O que havia em seu sangue? Seria porque ela era
virgem? Provavelmente não. As virgens que ele usou para se
alimentar não o deixavam louco de fome. Havia algo diferente
sobre esta mulher, Madison, e ele iria descobrir o que era,
não havia uma opção.

Ela era muito tentadora. Era simples, tanto quanto ele


poderia dizer, mas isso era todo o pacote. O que havia dentro
estava deixando-o louco. Durante toda a noite ele virou na
cama, tentando lutar contra o desejo de voltar ao seu quarto
dele e ter um gosto. Finalmente na parte da manhã, ele não
pôde aguentar mais, e tomou um banho longo e frio, tentando
acordar.

Agora ele só tinha que ir para casa e evitar a mulher.


Não devia ser muito difícil. Ele nunca fazia as refeições e não
ia para a casa principal. Iria relaxar em seu quarto e
preencher seus relatórios para o dia seguinte. Então, poderia
recuperar algum sono em atraso.

Seus olhos se estreitaram em algo, a duas milhas abaixo


da estrada, uma mulher. Sua visão era perfeita. Ele sorriu. O
que era uma coisa boa, nesse caso. Aquela mulher era a
perfeição. — Puta merda. — Ele murmurou baixinho,
enquanto diminuía a velocidade, para que pudesse tomar seu
tempo apreciando tal beleza.

Seu cabelo brilhava ao sol. Era lindo e preto. Generosos


quadris balançavam suavemente por baixo de uma saia
curta. Seu traseiro era perfeitamente arredondado, bem como
as pernas. Ela tinha um belo bronzeado dourado. Caramba,
essa mulher era quente. Ele estava disposto a apostar que a
frente seria tão convidativa quanto a parte de trás.

Ele se mexeu no acento e riu. Parecia que seu corpo


estava interessado. Talvez esta beleza quisesse ajudá-lo a
acabar com mais de cem anos de celibato. Parecia que ele não
pensava mais que o sexo era chato. Ele verificou o hálito, o
cabelo e acelerou.

Ephraim não olhou para ela, quando passou dirigindo.


Ele puxou o carro para o acostamento, uns dezoito metros à
frente e observou a abordagem dela. Sua virilha endureceu
dolorosamente. Ela era ainda mais bonita do que ele
imaginava. Seu rosto estava elevado ao sol, enquanto seus
olhos estavam fechados. Ela parecia que estava aproveitando
o sol, bem, isso era bom porque permitiu a ele desfrutar da
vista, livremente.

Seu rosto era deslumbrante. Ela era tão bonita que doía.
Seu cabelo preto e a pele bronzeada se uniam perfeitamente.
Ela era menor que ele, mas ele gostava de suas mulheres
mais baixas. Seus seios eram de bom tamanho, mas não
muito grandes. Eles pareciam que iam encher suas mãos,
perfeitamente, sem nenhum desperdício. Sua cintura era
estreita, enquanto seus quadris eram largos. Ele estava
imaginando aquelas pernas em volta dele, enquanto ela
caminhava, passando pelo carro.

Fazia muito tempo desde que ele cortejou uma mulher.


Ele tinha certeza de que nada mudou muito, paquerar,
manter contato com os olhos e fazer uma sugestão. Não,
espere, hoje em dia eles tinham encontros. Ok, então ele teria
que levá-la a concordar com um encontro, um jantar e um
filme. Esse era o novo ritual de acasalamento. Ele lhe
comprava um pouco de entretenimento e, em seguida, ela iria
fornecer-lhe algum. Era como eles faziam nos filmes, pelo
menos.

Primeiro ele teria que falar com ela. Ele saiu do carro e
ajustou sua arma e gravata. —Desculpe-me, senhorita? —
Ele usou seu mais charmoso sorriso.

A mulher parou e se virou. Olhos castanhos, bonitos,


encontraram os dele. Eles lembravam alguém. Ele não podia
pensar, além de quanto bonita ela era. Ela o deixou sem
palavras, até que ela falou, é claro.

— Ephraim? — Ela parecia preocupada. — Você está


bem?
Ela o conhecia? Impossível. Ele nunca iria esquecer
alguém como dela. Ele não queria deixá-la saber que ele não
se lembrava dela. Lembrou que as mulheres odiavam quando
ele esquecia o nome delas.

— O que você está fazendo aqui fora? Andando? — Ele


apontou para o longo trecho da estrada.

Ela mordeu o lábio. — Meu carro finalmente morreu. O


deixei com Earl. Ele me prometeu um enterro apropriado. —
Ela sorriu. Era contagiante, ele não poderia deixar de sorrir
de volta.

Ele apontou para o carro dele. — Você quer uma


carona?

Ela olhou para o sol e depois de volta para ele. —Não,


obrigada. Está um dia muito bonito para desperdiçá-lo. —
Seus pensamentos, exatamente. — Falta apenas outro
quilômetro. Vou estar bem. Não se preocupe. — Parecia que
ela estava dizendo adeus. Ele não queria que ela se
despedisse, isso significava que ele não seria capaz de olhar
para ela por muito mais tempo.

Um quilômetro? Ela lhe deu uma pista. Seu cérebro


correu para descobrir isso. Ele precisava de algo mais para
falar, antes que ela se afastasse. A única coisa que tinha a
um quilômetro abaixo da estrada era a casa de hospedagem
da Sra. Buckman, algumas outras casas e uma loja de
conveniência. Ele sabia que ela não morava perto dele. Ela
estava de visita?

Ephraim deu-lhe um sorriso torto. — Eu não me sinto


bem deixando-a caminhar por aí, sozinha, mas se você
insistir eu me sentiria melhor se me permitisse lhe ver mais
tarde, para me certificar que você chegou em segurança.

Ela lhe deu um sorriso estranho. — Claro que... Tudo


bem. — Disse ela lentamente como se estivesse um pouco
confusa.

Ele inclinou a cabeça para o lado e a estudou. Havia


algo muito familiar com ela. Mesmo a cinco metros ele sentia
que estava faltando alguma coisa. Decidiu empurrar para
mais respostas. Talvez algo fosse lembrá-lo de sua identidade.

— Eu receio que esqueci seu endereço, talvez você possa


ter pena de mim e me fazer lembrar seu endereço, para que
eu possa fazer a coisa cavalheiresca mais tarde.

Ela riu.

Dele!
Ele não estava sendo tolo, ele tinha certeza disso. Claro
que estava fora de pratica, mas sentiu que estava sendo
charmoso. Seus olhos estavam brilhando com humor quando
ela balançou a cabeça. — Eu o vejo mais tarde, Ephraim. —
Ela se virou, ainda rindo e começou a andar, para longe dele.

Ele estava prestes a lhe perguntar o que era tão


engraçado, quando uma rajada de vento varreu seu lindo
cabelo preto para cima. O vento levou a fragrância para seu
nariz. Ele cambaleou para trás e caiu com a bunda no capô
de seu carro. Não poderia ser ela.

Ela o olhou por cima do ombro e sorriu. Aqueles


malditos olhos marrons. Era ela. Madison riu de novo quando
virou a cabeça ao redor. Ele só podia se sentar sobre o capô
de seu carro, e observa-la ir.

Ele baixou a cabeça em suas mãos. — Isso não está


acontecendo. — Esta mulher deveria ser uma moleca. Ela
deveria ser desinteressante, para sua própria segurança. Já
era ruim o suficiente que ele ansiasse por seu sangue, mas
agora ele desejava seu corpo. Isso não era bom. Isto era um
teste. Isto era um teste para ver se ele poderia resistir a
tentação. Era o que isso era.

Nenhuma mulher deveria ser tão tentadora. Era demais.


E o que diabos ela estava fazendo para ainda ser virgem?
Quando ele pensou que ela era uma moleca ele compreendeu
sua situação, mas agora... O inferno. Uma virgem? Tornou
tudo ainda pior. O pacote era também extremamente
tentador. Uma surpreendente beleza com sangue que cantava
para ele, que era intocado por outro homem. Ela poderia
muito bem colocar um alvo em seu pescoço.

Ele se afastou do carro. Não, isso estava bem. Contanto


que ambos permanecessem na pensão, ela estava segura. Ele
tinha regras e ele nunca as quebrou, nunca. Ele não se
alimentava onde morava. Só tinha que colocar o resto de seu
corpo na linha e ele iria ficar bem, porque se alimentar da
virginal Madison não era uma opção. Ela era a única mulher
que ele não iria se contentar com apenas a alimentação, ele
tomaria seu corpo e, vida também. Isso o faria destruir tudo.

As coisas eram diferentes nos dias de hoje. De volta ao


seu tempo, ele poderia se alimentar de tantas prostitutas e
criminosos quanto quisesse. Ele tomava suas vidas se não
fosse uma grande coisa. Ninguém iria sentir falta deles. De
vez em quando ele se alimentava demasiadamente em uma
área e tinha que fugir, mas ele foi aprendendo a controlar sua
alimentação utilizando mais de uma vítima para se alimentar,
sem ter de tirar uma vida. Hoje, eles poderiam rastreá-lo.

O corpo dela não seria visto como alimentação. Seria


visto como um lunático depravado e iriam caçá-lo, usando
suas impressões digitais, cabelos e qualquer outra coisa que
pudessem encontrar. Ele não queria ser forçado a se
esconder, e era exatamente o que iria acontecer se ele a
tocasse. Não, Madison estava a salvo dele.
Capitulo 4
Madison balançou a cabeça, rindo baixinho, enquanto
entrava em casa, dez minutos depois. Isso foi realmente
estranho. Ela não podia negar que achou o pequeno episódio
cativante. Ele tinha sido tão bonito quando estava tentando
flertar. Não havia nenhuma dúvida que ele estava tentando
flertar. Ela mordeu o lábio tentando se impedir de rir.

Suas tentativas de paquera foram óbvias, desajeitadas,


inexperientes e incrivelmente adoráveis. Não havia realmente
nenhuma outra maneira de descrevê-lo. O grande homem
taciturno era totalmente adorável. Ela se lembrou da
expressão em seu rosto, na última vez que ela se virou, e
suspirou.

Ele parecia completamente atordoado. Ela correu a


conversa através de sua cabeça, preocupada que poderia ter
dito algo para aborrecê-lo. Ela não conseguia se lembrar de
nada. Talvez ele fosse muito sensível e não ficou feliz que ela
não tinha jogado também? Fosse o que fosse, ela não tinha
tempo para brincar.
Ela viu a razão quando passou pela sala de estar. Jill
estava sentada no sofá, pintando as unhas, enquanto falava
ao telefone. Madison respirou fundo e seguiu em frente,
incapaz para esconder o sorriso ameaçador. Jill olhou para
cima. Suas sobrancelhas se juntaram em confusão.

Madison pegou o telefone de Jill nas mãos. — Quem


quer que seja você vai ter que ligar de volta em um mês. — A
boca de Jill caiu. — Jill estará desfrutando de um mês de um
longo castigo, eu receio, seu telefone estará sumido por um
tempo, também muito longo.

Jill atirou a seus pés quando ela estendeu a mão em


uma demanda silenciosa para o telefone.

— Oh, eu não acho assim. — Madison deixou cair o


telefone na mochila que ainda carregava. — Quando você
merecer eu vou pensar em devolvê-lo. — Com isso, Madison
se virou e caminhou em direção à porta. — Oh, por falar
nisso você está de castigo por um mês, no caso que você não
tenha pegado esse pequeno detalhe.

— Eu não fiz nada! — Jill gritou.

Madison não se incomodou em olhar por cima do


ombro. — Encontrei sua bebida e cigarros. Aliás, esteja
preparada, em uma hora estaremos saindo para fazer testes
de drogas. — Desta vez, ela olhou por cima do ombro e sorriu
ironicamente. — Deve ser muito divertido.

O rosto de Jill empalideceu. — Você n... não pode fazer


isso. — Ela murmurou.

— Não, mas eu posso, — a voz severa de vovó disse da


porta. — Você estará se preparando agora, mocinha. Nós
duas estamos levando você para um teste de drogas. Deus a
ajude se ele voltar positivo.

Ela abriu a boca, mas as palavras não saíram. Madison


correu até as escadas. — Deixe-me ir me trocar. Eu estarei de
volta.

Cinco minutos depois, Madison estava lá embaixo em


um par de calças jeans e uma camiseta apertada. Com este
tempo, ela teria preferido usar várias camadas e,
possivelmente, um cobertor ou dois, mas precisava ser capaz
de se mover livremente para a luta que sabia que estava por
vir.

Ela encontrou Jill encolhida em um canto, recusando a


avó e implorando para Candy, que parecia nervosa, ajudá-la.
Essa não era hora de jogos. Com medo de que Jill, de alguma
forma saísse dessa, e ela definitivamente não estava ficando
fora disso, ela se moveu, agarrou o braço de Jill e a puxou
para frente.
Assim como ela esperava, Jill tentou lutar. Puxando seu
braço de volta, tentando se libertar. Madison sustentou o
aperto e acelerou o ritmo do passo. Elas estavam fora da
porta e caminhando para o Volvo da avó, quando Jill decidiu
iniciar o segundo assalto, dando socos de menina. Eram
selvagens e mais fracos que um tapa, mas irritantes como o
inferno.

— Deixe-me ir! — Jill exigiu mais uma vez.

—Não. — Madison estalou. A avó passou por elas para


abrir a porta de trás do seu carro. Ela não viu o braço de Jill
e, certamente, não esperava a metade de tapa metade soco
que bateu em sua boca. Ela sentiu a picada de metais em seu
lábio. Droga de Jill e suas bijuterias vistosas.

Jill tropeçou fora e fez uma corrida louca para a porta


da frente. Oh não você não vai sair dessa, Madison pensou
quando correu atrás dela abordando-a no chão.

— Oh meu Deus, você está louca? Fique longe de mim


agora, sua puta! — Jill gritou.

Madison desceu de sua irmã quando segurou o braço de


Jill para trás. — Ui, ui! Pare! — Ela o torceu mais. —Tudo
bem eu vou! — Jill estalou. Madison não aliviou o aperto em
cima dela. Por alguma estranha razão não confiava em sua
irmã mais nova, no momento.

— Ai! Madison! Pare! — Jill implorou.

Candy saiu correndo da casa e pulou na frente delas. —


Madison, deixe-a ir!

— Saia. Fora. Do. Meu. Caminho. — Ela mordeu cada


palavra.

— Mas... — Candy olhou nervosamente de Madison para


Jill. Tudo que ela viu no rosto de Jill a fez agir em
autopreservação. Ela inalou profundamente e olhou para
baixo. — Eu lhe disse para não trazer drogas para dentro de
casa, de novo. — Jill e Madison ficaram de boca aberta no
mesmo instante.

— Eu sinto muito, Jill, talvez eu não tenha feito nenhum


favor por deixá-la fazer isso da última vez, mas... — ela
balançou a cabeça para si mesmo. — Isso é o melhor a ser
feito, eu acho. — Com isso, ela caminhou de volta para a
casa, deixando todas atordoadas. Nem por um segundo
alguém acreditou que Candy não tinha lhe dado as drogas.

Um soluço rompeu de Jill e não tinha nada a ver com o


aperto de Madison. — Eu... Eu obtive na semana passada e
eu... Eu experimentei extasy, há uma semana também... —
Ela engasgou. — Eu sinto muito... Eu... Eu não pensei... Só
queria que Candy gostasse de m-mim.

Madison soltou seu aperto e puxou Jill em um abraço


feroz. — Shh, está tudo bem. — Ela ia dar um tapa em Candy
um destes dias. Madison jurou interiormente, ela sabia que a
mãe era a principal razão de Jill estar agindo nas últimas
semanas. Ela queria que Candy gostasse dela.

— Eu não vou fazer isso de novo. Você não tem que se


preocupar. — Disse Jill amargamente. Madison suspirou.
Finalmente aconteceu. Jill entendeu, nesse momento, que
sua mãe não a amava ou se preocupava com eles. Levou 15
anos para ela perceber isso e Madison sentiu como se alguém
esfaqueasse seu coração. Ela nunca quis que sua irmã
sentisse essa dor. Doeu mais do que qualquer coisa. Ela
sabia disso melhor do que ninguém. Seus olhos caíram sobre
Joshua que as observava com interesse entediado. Ele já
sabia.

Com base nesse conhecimento empurrou Jill para o


carro. — O quê? Eu disse o que eu fiz e não vou fazer isso
novamente.

—Eu sei, — disse Madison suavemente. — Mas eu não


estaria fazendo meu trabalho se acreditasse em sua palavra.
Não quero que acabe cometendo erros de onde você não
possa voltar.
Os olhos de Jill olhos lacrimejaram. — Tarde demais. —
Ela murmurou. Lágrimas silenciosas escorriam pelo seu rosto
jovem enquanto ela caminhava para o carro por conta
própria. Sua avó fechou a porta e jogou um simpático olhar
na direção de Madison, antes de ir embora, com a neta do
meio.

Madison se forçou a sorrir quando se virou para olhar o


irmão. — Como você se sente em ir comprar um carro
comigo? — Ela perguntou brilhantemente.

O rosto de Joshua se iluminou um pouco. —Bem! —


Seu rostinho amassou para cima, olhando pensativo. —Você
deve lavar o rosto primeiro.

— Por quê?

— Você está sangrando. — Ele disse casualmente.

Seus dedos foram para os lábios e os encontrou úmido e


quente, de sangue. Ela puxou os dedos a distância e franziu a
testa. Droga, essa garota podia bater. — Dê-me dez minutos e
depois nós estaremos fora.
Ephraim entrou em seu quarto e congelou. Ele respirou
fundo e, em seguida, novamente. Sangue. Sangue dela. Ele
fechou os olhos e seguiu o cheiro até o banheiro. Seus olhos
correram para a porta, se certificando que estava fechada. Ele
se aproximou e a trancou, antes de olhar para a fonte do
magnífico cheiro. Depois de um momento ele encontrou,
lenços.

Suas mãos tremiam, quando ele as enfiou no cesto de


lixo e pegou um dos muitos lenços ensanguentados. Pegou
todos eles, com medo que desaparecessem. Em menos de um
segundo seus olhos estavam fechados e ele inalou,
profundamente. O cheiro do sangue era esmagador. Suas
presas saltaram na boca dolorida, para um gosto.

Ele lambeu os lábios, imaginando o que seria quando


saboreasse o sangue. Em um momento, ele saberia. Era
fresco. Tudo que tinha que fazer era espremer os lenços
descartados e ele teria seu gosto. Sua cabeça caiu para trás,
enquanto ele segurava os lenços sobre a boca, em espera. Ele
abriu os olhos, se certificando que não perderia nenhuma
gota. Sua mão começou a apertar os tecidos com força
desumana, obrigando o líquido vermelho se desprender do
material.

Sua língua saiu, preparada para pegar as gotas que ele


viu se formando. Tão perto... Tão perto... Ele pegou o seu
reflexo no espelho e congelou. Seus olhos estavam vermelhos,
enquanto suas presas brilhavam. Suas feições estavam duras
e ele nunca pareceu tanto com um monstro, em toda sua
vida.

Lentamente, ele baixou o olhar. Depois de um momento


não conseguia mais olhar a si mesmo. Jogou os lenços no
vaso sanitário, com nojo, e deu a descarga. Olhou para sua
mão e ficou enjoado o pensamento que o atingiu, lambê-la. A
mão dele estava manchada de sangue. Ele nunca esteve mais
enojado, consigo mesmo, do que naquele momento.

Durante anos, ele odiou a si mesmo, odiou o que era e


odiou o que não era. Nenhum desses momentos poderia de
comparar a isso. Ele era um monstro. Um monstro sedento
de sangue, que estava predando uma inocente mulher. Como
ele odiava a si mesmo. A necessidade de lamber a mão
aumentou.

— Não! — Ele rosnou. Não cederia à necessidade. Caiu


em seus joelhos e abriu o armário. Um momento depois,
segurou a mão sobre a pia enquanto derramava alvejante
sobre ela.

A dor atravessou seu braço, quando a pele em sua mão


começou a dissolver. Ele rangeu os dentes, enquanto
continuou a despejar todo o frasco sobre sua mão. Isto o
lembraria que ele não era nada mais que um monstro. Ele
não era nada, apenas um acidente indesejado e todo mundo
estaria melhor se ele se lembrasse disso.

Ephraim respirou fundo e se inclinou. — Apresse-se,


apresse-se, apresse-se. — Ele murmurou para si mesmo. Ele
realmente precisava mijar e ela ainda estava no chuveiro. Se
ela não desse o fora de lá em breve ele iria ser forçado a mijar
fora da janela.

Ele parou de bater e perguntar quanto tempo ela ia


demorar. Durante o mês e meio passado, ele não tinha dito
uma palavra a ela. Não tinha deixado sua presença ser vista.
Era mais seguro assim. Ele tinha medo do que faria se ela
falasse com ele.

Ele estava bebendo 1,5 litros extras de sangue, por dia,


esperando que fosse o suficiente para tirar a tentação. Mais
não era. Ele descobriu isso da maneira mais difícil. Mesmo
com um estômago desconfortavelmente cheio de sangue, não
parava a reação que ela criava. Ele descobriu isso a cada vez
que pegava o cheiro dela. Era um inferno. Aquilo era pior do
que qualquer coisa que Nicholas o fez passar.

Ele gemeu. Ele era muito velho para mijar nas calças,
mas era exatamente o que ele iria fazer se não chegasse a um
banheiro agora. Era isso. Ele ia arrombar a porta. Ele
levantou o punho e congelou quando ouviu bater do seu lado.

A água desligada. — Sim?

A voz de Jill respondeu. —Você me disse para lhe dizer


quando fossem cinco horas.

Os olhos de Ephraim dispararam para o relógio. Bem,


sua irmã era uma coisinha rápida. Eram cinco em ponto. —
Oh, droga, eu estou indo.

Ele fechou os olhos e ouviu todos os movimentos. Ela


embrulhou uma toalha em volta dela, abriu seu lado da
porta, pegou as roupas sujas e entrou em seu quarto,
fechando a porta do banheiro atrás dela.

— Merda! — Ele estava realmente prestes a se mijar. Ele


correu para o banheiro, com o cuidado de trancar a porta do
banheiro para o vaso sanitário. Não precisava que nenhuma
das mulheres o visse a mijar sangue. Iria, provavelmente,
fazê-las gritar ou desmaiar. Ele deu a descarga no banheiro
ao ouvir tudo o que estava acontecendo no quarto ao lado.
Ephraim se movimentou propositalmente, fazendo barulho,
não havia necessidade de elas pensarem que ele era sinistro
ou algo assim.
Madison podia ouvir Ephraim andando no banheiro. Ela
suspirou, pensando que ele provavelmente estava se
preparando para um dos seus longos banhos extras. Ela não
o tinha visto em mais de um mês, desde o dia que ela
caminhava para casa. Era quase como se ele estivesse a
evitando, o que era estranho. Ele parecia muito amigável
naquele dia. É claro que ela estava sendo ridícula. Ele era um
detetive da polícia, um homem muito ocupado. Só parecia
que a estava evitando.

Ela colocou o secador de cabelo para baixo e passou gel


através de seu cabelo, enquanto observava Jill em sua cama,
com uma revista. — Eu realmente gosto da sua roupa, Jill.

O rosto de Jill se iluminou. —Sério?

Ela usava uma blusa discreta, muito bonita e saia. O


namorado de duas semanas estava vindo esta noite. Seth era
um estudante de boas notas, um cara ‘pé no chão’ e Jill
estava loucamente apaixonada por ele. Quando ela se vestia
como uma vagabunda ele a evitava então ela tentou outro
ângulo, sendo ela mesmo.

Madison fez uma aposta com ela. Ela desafiou Jill se


vestir como ela costumava fazer antes de Candy aparecer, e
esquecer tudo o que Candy ensinou sobre seus homens.
Relutantemente ela tentou fazer e três dias depois Seth
apareceu para o jantar. Ele era um bom garoto e Madison
pensou que ele era um Deus, para obter sua irmã de volta na
linha. Uma façanha que ela pensou levaria um ano em um
convento.

Candy não aceitou bem a mudança. Fez beicinho ao


redor da casa por dias. Ela deixou Jill saber que estava
chateada com ela e chegou a se recusar a comer com “o
garoto que destruiu sua filha”. Mesmo que ela estivesse
disposta a ficar bêbada com um homem de 35 anos de idade,
momentos depois de ele ter tirado a virgindade da sua filha
de 15 anos. Vai entender.

Demorou alguns dias, mas logo Candy, alegremente,


ignorou a presença de Jill, da mesma forma que ignorava
Joshua. Ela também parou de trabalhar para a avó e
encontrou um trabalho na cidade mais próxima. Ela ainda
morava na pensão, mas apenas até que tivesse o suficiente
para se mudar o que seria em breve. Candy não iria admitir
isso, mas todos sabiam que ela trabalhava como bartender
em um clube de strip. Ela tentou vários trabalhos na noite
em que foi contratada. Disseram que ela era muito velha para
strip ou servir às mesas. O dinheiro a ajudou a superar isso.
Os clientes rendiam boas gorjetas para mantê-los com
bebidas.

— Eu não posso acreditar que depois de uma semana,


finalmente irei conhecer o príncipe encantado. — Disse Jill
provocando.
Ela riu. — Pare de chamá-lo assim! O nome dele é
David!

Jill deu uma risadinha. — Ok, eu vou chamá-lo de


David em sua frente, então.

— Obrigada.

Jill voltou para sua revista, enquanto ela se vestia.


Decidiu colocar um vestido, algo casual. Ela olhou para cima
e encontrou Jill a observando, com interesse.

— O quê?

— Então, você vai me dizer como ele se parece ou você


quer que seja uma surpresa?

Madison revirou os olhos. — Estou surpresa que você


não saiba como ele é. As três vezes que saímos você estava
esperando na janela.

Jill suspirou. — Nós tentamos, mas não conseguimos


ver nada. A forma como esta casa é instalada é tão
inconveniente. A única coisa que sei é que ele dirige um carro
preto.

— Então você sabe o suficiente.


Jill pulou da cama. — Isso não é justo! Vamos, por
favor! — Ela colocou as mãos em um gesto de oração,
saltando para cima e para baixo.

— Oh bem, sente-se antes de desmaiar de emoção.

— Claro que sim! — Jill rastejou de volta na cama. — E


então?

— Não me apresse. O que você quer saber?

— Ele é um bom beijador?

Elas ouviram algo cair no banheiro, seguido por uma


maldição. Elas ignoraram. — Ele é bom, eu acho.

— É bonito? — Jill mordiscou o lábio

— Sim.

Jill olhou para o teto imersa em pensamentos. Ela não


estava feliz com a resposta e precisava de uma comparação.
— Ele é mais bonito que Ephraim?

Ela queria mentir, mas Jill iria ver por si mesmo, em


menos de 20 minutos. — Não, ele não é tão bonito quanto
Ephraim. — Ela continuou rapidamente. — Mais ele é muito
bom. Ele é um especialista em história britânica e é um
perfeito cavalheiro.

— Ele soa chato. — Disse Jill.

— Ele não é!

— Você acha que... Que ele sabe que vai ser aquele que
você vai deixar... Você sabe...

Ela sabia. Ser uma virgem aos 23 anos de idade estava


começando a irrita-la. Não estava se guardando para o
casamento ou qualquer coisa. — Eu não sei. Posso pensar em
homens piores para ter uma chance. Se eu achar que ele será
gentil e respeitoso, quem sabe.

—Então, você acha que pode ser com ele?

— Sim, acho que sim. Se as coisas continuarem do jeito


que estão.

— Você o ama?

— Eu acho que gosto dele. — Ela limitou. Acabou de


conhecer o cara, mas não podia dizer isso, porque Jill
pensaria que ela estava colocando seu relacionamento dela
com Seth para baixo.
Jill assentiu. — Apenas não apresse isso. Eu sei que
errei e me arrependo. Queria que não tivesse acontecido ou
que tivesse sido com um cara legal. Apenas... Só não se
esqueça, ok? — Ela parecia triste.

Madison odiava vê-la triste. Sabia que à noite, Jill


chorou sobre o que aconteceu. Ela realmente queria dar um
tapa na cabeça de Candy por isso. Em vez disso, jogou um
par de meias enroladas na irmã. — Ei, vamos lá, não chore.
Você não quer que seu namorado pense que você chora por
ele, certo?

Isso chamou a atenção dela. Rapidamente se levantou e


correu para o espelho, empurrando Madison para checar seu
brilho labial. Ela parecia muito bonita e muito quinze.

Madison alisou o vestido. — Devemos descer. Eles


chegarão a qualquer momento.

— Eu não posso esperar! — Jill deu uma risadinha.

Elas desceram as escadas, conversando e rindo. A avó


se encontrou com elas na entrada e sorriu. — Um dos meus
caras favoritos está na sala de estar a espera de você, Jill. —
Vovó o amava também. Ele tornou nosso trabalho mais fácil e
quem não adoraria isso?
A avó baixou a voz. — Nós temos um convidado
surpresa esta noite.

— Quem?

— Oh, você não tem ideia de como estou feliz por ele se
juntar a nós, essa noite. Olhe, eu sei que seu amigo especial
virá hoje à noite, mas eu preciso sentar nosso convidado
surpresa entre você e Joshua. Vocês dois parecem irritá-lo
menos. Vou sentar seu amigo em frente a você, que é mais
adequado para um jantar de qualquer maneira.

— Quem?

A campainha tocou. — Oh, é o meu assado! — Vovó


correu pelo corredor, deixando Madison sem resposta. Tinha
que ser o Reverendo Michaels. Vovó estava constantemente
querendo que o homem ficasse para uma refeição. Ele era
bom, gostava de falar com ele e Joshua amava jogar xadrez
com ele. Hmm, ter o Reverendo aqui não seria ruim. Candy
era muito covarde para fazer uma cena na frente dele.

Joshua saiu da sala de estar mexendo com a gravata


que a avó provavelmente o fez vestir. — Você realmente
deveria ir para lá. É rude fazer seu amigo esperar por você.

Ela congelou. — Ele está aqui? Por que a avó não me


contou?
Ele deu de ombros. — Provavelmente porque eu sou
aquele que o deixou entrar e ela não sabia.

— Joshua, você é o suficiente para me levar a beber. —


Ela empurrou-o, de brincadeira, em seu caminho para a sala
de estar.

David estava sentado no sofá, mantinha uma conversa


com a Sra. Adle, a viúva residente. Ela era uma mulher de
idade, doce, que gostava de nada mais do que falar sobre
seus netos.

— Oh, olha quem está aqui. — Sra. Adle sorriu em


direção a Madison.

Os olhos azuis de David brilharam. Ele empurrou seu


cabelo loiro, na altura dos ombros, para trás enquanto se
aproximou para beijá-la, na bochecha. Madison ignorou o
ruído de engasgo de Joshua. — Me desculpe eu não sabia que
você já estava aqui.

— Tudo bem. Eu tive o prazer de conversar com a Sra.


Adle, então não posso reclamar. — Sra. Adle sorriu. Madison
correu os olhos ao redor da sala de estar. O bom reverendo
não estava aqui, ainda, e felizmente nem Candy.
David não sabia muito sobre ela. Realmente deveria ter
avisado a ele, mas não poderia se obrigar. Ele era um cara
legal e Candy iria mandá-lo correndo para as colinas. Ele era
tão antiquado. Certo dia, disse que odiava homens que iam a
clubes de strip. O que seria se ele descobrisse que sua mãe
trabalhava em um?

A avó enfiou a cabeça pela porta. — O jantar está na


mesa.

David fez um gesto para ela ir à frente. Era a segunda


maior sala da casa, a cozinha era a primeira. Ela foi projetada
para avó anos atrás, quando ela decidiu transformar a casa
em uma pensão. A mesa era longa o suficiente para dezesseis
pessoas sentarem.

— David, por que você não se senta aqui? Ah, e Madison


você se senta aqui. — Vovó apontou para o terceiro assento
longe do final, onde ela estava sentada.

Madison deu um passo em volta da cadeira e estava


prestes a se sentar quando a cadeira foi empurrada por trás
dela, ajudando-a seguir em frente. David era um cavalheiro.
Ela olhou por cima do ombro, sorrindo — Obrigada. — A
palavra ficou presa na garganta, quando ela viu o homem que
definitivamente não esperava.

Ephraim.
Capitulo 5
— De nada. — Disse Ephraim. Ele tomou o assento
entre ela e Joshua. Que sorriu imensamente para ele.

— Eu fiz o purê de batatas! — Joshua anunciou.

— Então eu acredito que terei que repetir. — Disse


Ephraim, fazendo Joshua ganhar o dia.

Madison não podia evitar e observou David e Ephraim


olhando um ao outro.

— Sirvam-se, por favor. — Disse a avó, quando começou


a passar as tigelas de comida ao redor. Isso lembrou Madison
de fazer as apresentações.

— Vovó, este é meu amigo David. David, esta é minha


avó, Sra. Buckman.
— É um prazer conhecê-la. — Disse David sem
problemas.

— Este é Ephraim. — O sorriso de David vacilou, até


que ele o colocou de volta.

Ephraim se levantou e estendeu a mão. — Eu moro aqui


também. — Ele explicou. David visivelmente relaxou.

— Sinto muito que você provavelmente não terá a


oportunidade de conhecer minha filha Emma, mãe de
Madison, ela me ligou e disse que estaria atrasada.

Madison exalou devagar, relaxando. — Você está bem?


— Ephraim sussurrou.

—Sim. — Ela sussurrou de volta. David estava falando


com John, outro locatário, enquanto olhava Ephraim.

— Você vai ter que apresentá-los em algum momento.


Seria melhor se apenas acabasse com isso. — Ele sussurrou.

O aborrecimento fluiu através dela. — Cuide da sua


vida. — ela sussurrou.

Ele riu suavemente, enquanto colocava o purê em seu


prato e passava a tigela à diante. Ephraim olhou para o
prato. A comida parecia boa e cheirava muito bem, ele
simplesmente odiava o que teria que fazer mais tarde. Se não
forçasse a retira-la de seu sistema iria apenas apodrecer em
seu estômago. Droga ele odiava essa parte.

Mais não poderia ter evitado esta noite. Depois do que a


ouviu falar sobre esta noite, ele não conseguiu ficar quieto. A
curiosidade era uma cadela. Tinha ele descido as escadas
antes delas, para dizer a uma animada Sra. Buckman que ele
gostaria de se juntar a eles para o jantar, de hoje à noite. Ela
ficou emocionada. Ele queria ver o homem que tinha cativado
Madison.

Até agora ele não estava impressionado. O cara parecia


muito convencido. Ele estava escondendo alguma coisa, tinha
certeza disso. Tudo nele estava dizendo que esse cara estava
cheio de merda. Só tinha que descobrir o que era. Estaria
fazendo um favor a Madison por descobrir. Ela, obviamente,
estava guardando a sua virgindade por algum motivo. Se ela
a perdesse com este babaca, não ficaria feliz, ele tinha certeza
disso. A única coisa a fazer era ajudá-la a ver.

— Então, David, o que você faz exatamente? Madison


me disse que você é um especialista da história britânica. —
Sra. Buckman começou o rolamento da conversa. Ele poderia
beijá-la.

— Eu sou escritor. Estou, atualmente, escrevendo um


livro sobre a Inglaterra do século XIX. — Significava que
alguém amava Ephraim. Era o destino que escolheu que esse
cara escolhesse o século em que ele nasceu. Agora ele só
tinha que usá-lo para se enrolar um pouco.

— Como você ganha a vida se está escrevendo um livro?


— Perguntou Joshua. O menino iria ganhar uma bicicleta no
Natal, por isso.

David se retorceu em seu assento. — Não paga nada,


ainda.

— Então, o que você faz para pagar as contas? —


Perguntou Joshua. Esquece a bicicleta, ele riria ganhar um
carro.

— Joshua! Que rude! — A Sra. Buckman, Madison e Jill


disseram em uníssono. Ephraim teve que lutar contra um
sorriso. Isso era divertido. Ele deveria fazer isso mais vezes.

David largou o garfo e levantou uma mão. — Esta bem.


— Ele sorriu calorosamente para todos. — Na verdade, eu
trabalho em uma loja de livros na cidade vizinha. Eu gosto do
trabalho.

—Oh. — Joshua pareceu desapontado, fazendo David se


contorcer ainda mais. Ele gostava muito desse garoto. —
Então, você tem que viver com seus pais?
Vários dos outros pensionistas tossiram, tentando
esconder suas risadas. Sra. Buckman parecia envergonhada.
— Joshua, você esta sendo muito rude hoje à noite. — Disse
Madison.

Joshua mordeu o lábio e parecia que ele estava prestes


a chorar. Ephraim teve pena do menino, pois ele estava
fazendo o trabalho sujo para ele. Ele colocou um braço em
volta de Joshua e deu-lhe um aperto rápido. — O menino
está apenas conversando. Eu levaria isso como um elogio,
Madison. Ele é o homem da família. — Joshua se endireitou
com as palavras e estufou o peito. — Ele está apenas
tentando conhecer David. — Ele tirou um sorriso de David. —
Você não se importa, não é? Ele não fez por mal. — Ao
contrario de Ephraim.

David deu um sorriso apertado. — Não, claro que não.


— A partir daquele olhar Ephraim sabia que David não
gostava dele. Boa. — Para responder à sua pergunta eu alugo
um apartamento. — Ele olhou diretamente para Ephraim
quando falava. — A maioria dos homens com mais de vinte
anos vivem por conta própria em apartamentos ou possuem
sua própria casa. — Ele não percebeu que perdeu,
imediatamente, qualquer respeito que poderia ter ganhado
dos outros inquilinos e parece que a Sra. Buckman não ficou
muito feliz com o comentário. Ela via seus inquilinos como
amigos.
Coube a Ephraim salvar a face de todos, mas mais uma
vez, ele não teve que fazer o trabalho, porque Joshua estava
por perto. — Isso não é verdade. John é um excelente
carpinteiro e ele só mora aqui porque sua casa foi queimada,
anos atrás e ele gosta daqui e Brad, — ele apontou para o
homem de meia idade entre John e o namorado de Jill. — Ele
mora aqui porque envia metade de seu dinheiro para sua
irmã, cujo marido morreu. Ele poderia viver por conta
própria, mas ele não mora para que possa colocar comida na
mesa para três crianças. — Disse ele, orgulhoso. Brad piscou
para ele.

Joshua empurrou o dedo polegar para Ephraim. — Ele é


um detetive de polícia. Ele gosta de viver aqui. Não o faz por
necessidade.

— Está tudo bem, homenzinho. Ele não tinha a intenção


de ofender ninguém. — Disse Ephraim, mas sabia que não
era verdade.

— Não, eu não tinha. Peço desculpas se pareceu o


contrário. — Ele olhou apologético. Todos riram e disseram-
lhe que não era um grande negócio.

Todos voltaram a conversar em voz baixa, enquanto


comiam. Madison o ignorou e se focou em David que
continuou jogando olhares triunfantes para Ephraim.
Bundão.
— Como eles chamavam a polícia, na Inglaterra, durante
o século XIX? — Perguntou Joshua. Uma questão peculiar,
Ephraim pensou. O que ele estava fazendo? Pelo olhar que
Joshua lhe lançou, ele estava definitivamente tramando algo.

— Eram chamados de Coppers, porque apanhavam 3


criminosos. — David disse arrogantemente.

Era isso. Ele não podia impedir-se de rir. Madison lhe


deu uma cotovelada nas costelas, que só o fez rir mais.

— O que é tão engraçado? — David perguntou a ele.

Ele parou de rir, mas continuou sorrindo. — Eu lamento


achei que você estava brincando.

David parecia chateado. — Eu não estava.

— Ephraim, você sabe? — Joshua perguntou, quando


derramou um litro de molho sobre sua comida.

Ele suspirou. Ele sabia.

— Como era na época? Será que eles têm a mesma


configuração que temos com a polícia e os juízes?

3
Em inglês as palavras são semelhantes como “apanhadores que apanhavam os criminosos”.
David sentou-se, cruzando os braços sobre o peito com
arrogância. — Eu me interesso por sua opinião, também.
Talvez você tenha aprendido alguma coisa na academia de
polícia, sobre a história da aplicação da lei que eu acharia
útil. — Ah, um desafio.

— Bem, eles não tinham policiais no início do século XIX


como fazem hoje. — David zombou. Todo mundo ignorou.
Estavam todos ansiosos para ouvir o que Ephraim tinha a
dizer. Ele era conhecido como um homem de poucas palavras
e nunca falou livremente. Este era um prazer para eles.

— O que eles tinham? — Perguntou a Sra. Buckman.


Estava ansiosa para que ele falasse também.

— Eles tinham a tradição de Constables, na história


inicial, mas não foi até o início de 1800, quando as pessoas
perceberam que para a polícia era necessário força. Eles não
eram tão organizados ou focados na lei como nós somos hoje.
Os homens que teriam feito o meu trabalho eram chamados
de Bow Street Runners4 e na polícia eram chamadas Peelers5
ou Bobbies6 em 1820.

—Legal!

4
Bestas Corredoras das Ruas
5
Descascadores
6
Polícia
Ephraim riu com a excitação do menino. — Era
considerado um trabalho de classe baixa. Algo menosprezado.
A maioria deles trabalhava para pagamento privado, mas
poderiam esperar um xelim 7 ou dois do governo, para o
trabalho público. Os homens que respondiam ao governo
eram homens que recebiam uma comissão, o que significa
que para o cargo recebiam do governo ou ganhavam
reputação. Esses cargos eram baseados no governo.

— Eles ajudavam as pessoas, então? — Perguntou


Joshua.

Ele suspirou. — Não, não realmente. Todo o grupo era


muito corrupto.

— E hoje a força policial não é? — Perguntou David.

Ephraim ignorou. Ele estava virado para a mulher ao


seu lado esquerdo, que estava assistindo e esperando. —
Você tem que entender uma coisa, Joshua. Naquela época, as
coisas eram diferentes. Nobreza e dinheiro eram tudo. Eles
estavam acima da lei. Os Bow Street Runners, o grupo que
fazia a unidade de policiamento e as outras posições do
governo só foi criado para controlar as massas e manter a
nobreza segura e feliz. Se um homem nobre desrespeitasse a
lei, era visto somente como boa fofoca.

7
Moeda da época
— Um nobre, vamos dizer um duque, por exemplo,
poderia matar sua mulher e ninguém poderia fazer nada
sobre isso. Seria apenas falado. Se esse homem tivesse filhos,
poderia destruir suas chances de fazer um bom casamento,
porque uma boa família não gostaria de ser ligada a tal
escândalo.

— Isso é confuso, — disse Joshua. — Então, eles


protegiam a nobreza?

Ephraim assentiu. — E aqueles que pudessem pagá-los.


Eles eram para alugar. A maioria deles era pobre e faziam
deveres de um detetive particular. Uma família rica
contratava lacaios para proteger a propriedade. Eles usavam
os lacaios para obter a sua própria justiça.

— Quem protegia os pobres?

— Ninguém. Eles estavam à mercê do magistrado e do


governo. Se eles fossem de alguma forma prejudicados pela
nobreza não havia nenhuma maneira real de fazer alguma
coisa. Eles podiam apelar para o magistrado, mas o
magistrado sempre tomaria o lado do nobre. Eles não
queriam ficar em condições ruins com alguém dos pares.

— Os pares?

— Nobres.
— Oh. Será que eles tinham prisões?

Madison observou as mãos de Ephraim se apertarem


com força sobre a mesa. — Algo assim. As celas eram
pequenas, superlotadas e desumanas. Alguns dos distritos
menores usavam masmorras de tempos antigos para manter
os criminosos.

— Legal!

— O que eles faziam com as pessoas nas masmorras?

Madison viu as mãos de Ephraim mãos tremerem antes


que ele deixasse cair sobre seu colo onde continuaram a
tremer. O que estava errado com ele? Ela olhou em volta,
surpresa ao descobrir que ele tinha a atenção de todos.

— O magistrado era o homem com o poder. Quanto mais


longe de Londres, mais poderoso o homem se tornava. Ele
tinha o poder de prender um homem, mulher ou criança da
rua por um capricho e jogá-los em uma cela. E na maior
parte seguia as ordens dos nobres, mas às vezes ele era o
nobre de maior classificação na área.

— Pessoas inocentes eram jogadas nas celas?

— Sim.
— Bem, como se provava que eles eram inocentes?

Ephraim riu sem humor. Ela viu suas mãos tremerem


mais ainda. Alguma coisa estava incomodando-o. Sem
pensar, ela estendeu a mão e cobriu a dele com a dela, que
quase imediatamente parou tremer, mas ele não olhou para
ela. Continuou a falar em.

— Eles não se importavam. Você ficaria naquela cela,


até que alguém pagasse em seu nome, ou alguém mais
acima, com sangue mais poderoso falasse em seu favor. Você
ficava faminto, privado de água. Se tivesse sorte, seria
colocado em uma cela com uma pequena janela, para que
pudesse contar os dias. Essa era uma das piores coisas sobre
estar numa cela sem luz. Dias e noites se passavam e você
não poderia acompanhar. Era uma tortura não saber quanto
tempo você estava na cela. — Ele falava como se soubesse.
Ela podia sentir o pavor de suas palavras.

Ela não percebeu o polegar dele lhe acariciando a mão


enquanto falava. —Se você fosse inteligente poderia seguir as
horas pelos sons dos guardas mudando turnos ou
descobrindo quando a noite chegava com base nos ratos.

— Ratos? — Perguntou a Sra. Adle, parecendo


horrorizada.
— Ratos raramente saem durante o dia. A maioria deles
vinha durante a noite, quando os guardas estavam dormindo
e ninguém estava andando nos corredores com uma vela ou
lamparina a óleo. Os ratos odeiam a luz.

— Como é que os prisioneiros se livravam dos ratos? —


Perguntou Joshua.

Ephraim virou a mão para que ele pudesse entrelaçar


seus dedos com Madison. Ele continuou a esfregar o polegar
sobre sua pele. Ele estava surpreso por estar tão perto dela e
controlar sua fome, mesmo com o sangue dela gritando para
ele. Ele não queria nada mais do que prová-la, mas se
controlava. De vez em quando suas presas começavam a
baixar e ele passava a língua sobre elas, guardando-as de
volta. Ela tinha tanto controle sobre ele e nem sequer sabia
disso.

— Se você ficasse lá por muito tempo você iria rezar por


uma visita de um rato. — Ele disse casualmente.

— Por quê? — Perguntou Brad.

— Comida. Os guardas não davam muita comida, não o


suficiente para viver e muitas vezes a maioria das famílias
não tinha recursos para alimentar um parente na cela. Um
rato fornecia líquido a partir do sangue e nutrientes, da
carne.
— Que nojo! — O namorado de Jill disse.

— Então, eles simplesmente se sentavam em suas


celas? — perguntou Joshua.

— Não, eles eram muitas vezes levados fora das celas


para a diversão dos guardas ou punição do magistrado.

— O que eles faziam?

—Os prisioneiros eram chicoteados, açoitados,


torturados de toda e qualquer forma possível, ou eram
mortos. A maioria não sobrevivia a uma surra. Os cortes
ficavam infectados e geralmente era assim que eles morriam
se a fome não os levasse antes.

— Como era triste. — Disse alguma das mulheres.

— Isso é uma merda. — Disse Joshua claramente.

David riu. — Ele está brincando. Não era tão ruim assim
e não foi assim com a nobreza, em tudo. A nobreza se
importava profundamente com as classes inferiores. Eles
eram a espinha dorsal da sociedade. Eles gostavam de
manter os trabalhadores felizes para que eles produzissem.
Madison viu Ephraim apertar sua mandíbula. — Você
realmente acredita nisso, não é?

— Sim, eu estudei por anos.

Ephraim soltou sua mão e se sentou ereto. —Você é o


especialista. — Ele pegou o garfo e continuou a comer. Depois
de um minuto todos voltaram sua atenção para seus pratos.
Ela poderia dizer, a partir de suas expressões que eles
confiavam e acreditaram em Ephraim.

Ela olhou para a própria mão. Estava muito quente. Ela


ainda podia sentir o caminho quente, onde seu polegar
acariciou a sua pele. Sua mão inteira formigava, devido ao
seu toque. O que havia com este homem?

David conseguiu segurar a mão dela e tudo o que ela


sentiu foi desconforto. Ela não gostava de seu toque, mas ele
foi educado e atencioso. Se ela fosse honesta, admitiria que
ele era um pouco arrogante. Ela sabia, a partir de um pouco
de sua própria pesquisa, que Ephraim estava correto. O
sistema de justiça na época era desumano.

Todos comeram, mas não paravam de olhar Ephraim,


esperando que ele falasse novamente. Joshua se inclinou. —
Você está bem?

Ephraim forçou um sorriso. — Está tudo bem.


— Eu acredito em você, você sabe disso. — Disse
Joshua em um sussurro alto.

— Obrigado. Coma seus vegetais. Eu ouvi que sua avó


fez um bolo de chocolate.

Joshua comeu. O menino adorava bolo. Ephraim comeu


devagar e manteve seus olhos para baixo. Madison percebeu
a avó olhando para ele. Ela parecia preocupada.

— Joshua, eu estava pensando em ir com a sua irmã a


Boston no próximo fim de semana. O museu está realizando
uma exposição de arte sobre século XIX, se você quiser vir.
Ele descreve como a vida realmente era naquela época, se
você quiser saber.

— Não, não, obrigado. Eu estava esperando que pudesse


ir pescar novamente, com Ephraim. — Joshua disse, sem
tirar os olhos do prato.

Ephraim balançou a cabeça, mantendo os olhos em seu


prato, enquanto remexia a comida. —Você é sempre bem-
vindo para se juntar a mim, desde que sua avó e Madison
digam que está tudo bem.

— Por que não ele não faz a perguntar a sua mãe? —


Perguntou David, parecendo confuso.
Madison abriu a boca para responder, ela realmente
precisava dizer a ele a verdade, quando a porta da sala de
jantar foi aberta.

— Eu sinto muito o meu atraso. Um dos outros barmens


ligou para avisar que estava doente e... David? O que você
está fazendo aqui? Crystal está procurando você em todos os
lugares!

— Quem é Crystal? — Perguntou Joshua.

David abriu a boca e, em seguida, a fechou. Todos os


olhos se moveram entre David e Candy.

— Crystal é a namorada de David, é claro. Ela trabalha


comigo no, er... clube.

Todos os olhos se fixaram em David. Candy caminhou


ao redor da mesa, alheia a mudança do clima.

— Oh, antes que me esqueça, ela me disse que se eu


encontrasse você hoje à noite era para pedir-lhe para pegar
mais fraldas para o bebê.
Capitulo 6
Ephraim deixou cair o garfo no prato. Recostou-se na
cadeira, mantendo os olhos em David. David se mexia em sua
cadeira. Ele estava suando em bicas e olhando em volta,
nervosamente.

— Todo mundo, saia agora. — Disse Ephraim com a voz


em um nível frio.

David se levantou.

— Exceto você. Sente-se.

—O que está acontecendo? — Perguntou Candy,


parecendo confusa.

— Por que você não fica, Candy? — A voz de Ephraim


era gentil, mas todo mundo sabia que não era um pedido. Era
uma ordem.
—Tudo bem. — Candy se sentou na cadeira,
desocupada por Brad. Os homens atiraram a David um olhar
sujo, enquanto saíam da sala.

— Eu quero ficar, também! — Disse Joshua.

Sem tirar os olhos de David, Ephraim puxou a carteira,


abriu e pegou duas notas de cinquenta. — Desde que a culpa
é minha que ninguém foi capaz de terminar este belo jantar
que sua avó cozinhou, vou compensar, vá pedir pizza
suficiente para todos.

Joshua olhou para o dinheiro na mão e de volta para


David. Ele queria ficar, mas pizza era pizza, depois de tudo.
— Posso ter uma pizza de almôndega e cogumelos?

— Você pode conseguir a que quiser, — disse Ephraim.


— E se você mantiver todos fora daqui, então você pode até
mesmo ficar com o troco.

— Legal! — Ele correu para fora da sala, deixando


David, Ephraim, a senhora Buckman, Madison e Candy
sozinhos.

David começou a se levantar. — Isso é apenas um mal-


entendido é tudo... Eu juro... eu... eu estou indo. — Ele
gaguejou.
—Sente-se, agora! — Ephraim rugiu. Todo mundo
pulou. David praticamente caiu de volta em sua cadeira.

O rosto de Madison estava vermelho. Ela nunca tinha


estado tão envergonhada ou se sentiu tão usada em sua vida.
Parte dela queria correr, mas ela precisava descobrir quem
era esse homem. O homem que ela considerou se entregar.
Oh Deus, ela queria se enrolar em uma bola e morrer. Isso
era muito humilhante.

— Sra. Buckman, se eu prometer responder a todas


suas perguntas mais tarde você poderia se retirar da sala? —
Ainda assim, ele olhou para David.

Sua avó suspirou e acenou com a cabeça. Ela confiava


nele para lidar com esta situação ou mesmo que qualquer um
de seus outros problemas. — Obrigada, Ephraim.

— Vamos lá, isso é apenas um engano! — David pediu.

—Candy, eu tenho algumas perguntas para você e então


você pode sair, está bem? — Perguntou Ephraim.

Candy parecia confusa, mas assentiu. — Você conhece


este homem?

— Sim.
— De?

—Ele foi para ao clube outras noites. Ele vive com


Crystal e eles têm um bebê. Por quê? O que está acontecendo
aqui?

— Onde ele trabalha?

— Uma livraria.

— Será que ele cursa faculdade?

Candy riu. — Você está brincando? Ele só conseguiu


seu GED no mês passado.

O rosto de David ficou vermelho.

— O que está acontecendo aqui? — Candy exigiu.

— Nada. Candy, por que você não vai se certificar que


Joshua pediu pizza suficiente, por favor. — Ela se levantou e
saiu, lançando um último olhar para eles. — Tranque a porta
pelo lado de dentro. — Ephraim ordenou baixinho.

Ele esperou até ouviu o clique da porta, sendo fechada,


antes de se levantar. David ficou de pé. Ele pegou a faca do
prato de carne assada e a ergueu, enquanto corria em direção
a porta trancada.
Ephraim pegou delicadamente o braço de Madison e a
empurrou contra a parede. Sem hesitar, ele deu um passo à
frente de David. — Você deve um pedido de desculpas à
senhora e uma explicação.
David lambeu os lábios. — Estou indo embora.

— Não, você não está. Você está se desculpando. Por


que você mentiu e saiu com ela se você tem uma namorada e
um bebê em casa?

David olhou para ela e lhe deu um sorriso fraco. — Eu


sinto muito, era apenas uma aposta.

— Uma aposta? — Ela perguntou, dando um passo a


frente. Ela ia dar um tapa nele!

Ephraim deu mais um passo, se colocando diretamente


na frente de David, que segurava a faca com a mão trêmula.
— Tire essa porcaria da minha cara, rapaz.

David balançou a cabeça. — Não, você vai me bater!

—Claro que eu vou. Você só está me irritando, ainda


mais, com essa maldita faca! — Ephraim estendeu a mão e
pegou a faca pela lâmina, arrancando-a das mãos de Davi e
jogando-a para trás, para longe de Madison.
Madison correu a apanhou a faca antes de qualquer um
dos homens pudessem pegá-la novamente. Ela a pegou e se
afastou rapidamente, olhando para a lâmina, chocada com
todo o sangue que escorria da lâmina.

— Agora, você vai nos contando sobre esta aposta? —


Ephraim solicitou. Se sua mão doía não parecia. Ele andou
para frente quando David recuou.

— Foi estúpido. Ela entrou na livraria há um mês e os


caras e eu fizemos uma aposta sobre quem poderia pegá-la.
— Ele ergueu as mãos. — Eu não sabia que ia demorar todo
esse tempo! Eu não tive a intenção de me manter neste ato
por tanto tempo. Eu juro que era apenas uma aposta!

Ephraim lançou um rápido olhar para trás, para


Madison. Ela estava chorando. Ele lutou por controle,
enquanto seus dentes desciam. — Seus olhos... o que há
errado com seus olhos? — Perguntou David nervosamente.
Ephraim virou a cabeça antes que Madison pudesse ver.

—Madison, por favor, deixe-me sozinho com ele. —


Disse ele com uma voz suave.

— Não. — Sua voz quebrou.

— Madison, agora! — Ele rugiu. Não podia controlar por


mais tempo. Ele passou a língua sobre os dentes, tentando
esconde-los, mas eles se recusaram a ir. Suas mãos tremiam,
de raiva e de vontade rasgar o desgraçado, em pedaços.

Madison respirou fundo. Ela não podia sair, ela


simplesmente não conseguia. — Não, eu vou ficar.
— Droga, Madison, vá embora agora!

— Não!

Ephraim abriu os olhos e se virou, para olhar para


David. — Meu Deus! Que diabos é isso? — Ele pegou uma
cadeira, atirou em Ephraim e correu para a porta.

—Onde você pensa que vai? — Ephraim exigiu enquanto


se movia para frente de David, interrompendo-o. David
cambaleou para trás, contra a mesa. Todo o seu corpo
começou a tremer.

— Por favor, me desculpe... Desculpe... Eu nunca vou


fazer nada parecido com isso novamente, eu juro! — Ele
chorou, copiosamente.

Ephraim agarrou a camisa dele com uma mão,


levantando-o do chão até que ele estava olhando-o nos olhos.
Seus braços e pernas se agitavam freneticamente.

— Se você falar com ela ou sobre ela, eu vou lhe pegar.


Eu não me importo com onde você estiver, eu irei até você.
Não há janela que eu não possa rastejar através, nenhuma
porta que não possa abrir, nenhum lugar é seguro de mim.
Eu sei qual é o seu perfume agora. Eu posso lhe caçar em
qualquer lugar que você vá. Você acredita em mim, David? —
Ephraim perguntou em voz fria calculista.
— S-sim! — Ele gritou descontroladamente.

— Bom. Eu vou deixar você ir embora agora. Você não


tem que falar isso para ninguém. Se eu descobrir que você
falou de mim, eu vou lhe matar. Você entende?

— Sim! — O cheiro de urina atingiu a sala. Ephraim


olhou para o chão e se afastou para longe da piscina de
urina, que se formava, tendo David com ele. Este homem não
ia falar.

— Isso é real? — David perguntou com uma voz


estridente.

Mantendo os olhos fixos em David, Ephraim pegou uma


das mãos de David e a levou para perto de seu rosto. —
Coloque seu dedo para fora.

— Não!

— Faça isso!
Suas mãos tremiam violentamente, quando ele estendeu
o dedo indicador. Ephraim trouxe o dedo à boca e o passou
numa de suas presas.

— Ouch! — David choramingou. O homem era fraco.


Não era mais doloroso do que uma picada de agulha. Várias
gotas de sangue atingiu o lábio de Ephraim. Quando David
tirou a mão ele lambeu o sangue e se encolheu. Virou a
cabeça para Madison e cuspiu para fora.

Ele virou a cabeça para trás. As coisas estavam


diferentes agora. Ele tinha que lidar com isso de forma
diferente. — David, eu não sei como lhe dizer isso... — Ele
disse com uma voz muito mais calma do que as emoções
furiosas dentro dele exigia.

— O quê?

Ephraim colocou o homem para baixo. — Você precisa ir


ver um médico, imediatamente.

— O quê? — Ele não esperava isso.

— Amanhã, vá ver seu médico. — Disse Ephraim. Sua


raiva estava dobrando. Se esse filho da puta tivesse tocado
em Madison ele teria lhe dado uma sentença de morte.
—O que há de errado com meu sangue? — David pediu.
Ele segurou o dedo no peito, como se fosse uma ferida que
ameaçava sua vida.

— Basta ir ver um médico. Leve sua namorada com você


para fazer o teste e, qualquer outra pessoa que você esteve.

O queixo de David tremeu. — Você não vai me dizer?

— Não, apenas vá. — Seu corpo ainda estava tremendo.


Ele orou a Deus por Madison não ter feito nada com este
homem. Ela ainda era virgem, mas isso não significava que
eles não fizeram outras coisas.

— Você está me deixando ir?

Ephraim virou as costas para o homem e enfrentou


Madison. Ela estava se abraçando com força e olhando para
ele. Ela tinha visto tudo.

Seus olhos eram de um vermelho brilhante. Eram muito


brilhantes. Ela não podia imaginar por que ele iria carregar
lentes de contato vermelha por ai. Não fazia sentido.

Então ele se virou. Isso não podia ser real. Seu corpo
gritava para correr, mas ela não podia. Observou quando
Ephraim correu mais rápido do que qualquer humano que já
tinha visto. Ela assistiu com horror quando ele pegou David
com facilidade com apenas uma mão. Isso não estava
acontecendo.

Isso não estava acontecendo.

Ele parecia um vampiro. Eles não eram reais. Isto era


um jogo. Alguém estava brincando com ela. Isso não podia
ser real. Ela assistia a filmes suficientes para saber as regras
sobres os vampiros.

Ela passou por cima da lista que conhecia e comparou a


Ephraim. Ele jantou e vampiros não podiam comer alimentos.
Dado que esta era a primeira vez que o viu comer. Ele
também saia no sol. Vampiros supostamente fritam no sol.
Ela não se lembrava da lógica por trás disso, mas tinha
certeza de que tinha algo a ver com eles estando mortos e
tudo.

Em seguida, havia toda a parte morta. Ele não estava


morto! Ele respirava ar, pelo amor de Deus, e ele era quente.
Ela ainda podia sentir o seu toque em sua pele. Ele não
estava morto e vampiros deveriam estar mortos.

Então, ele foi e provou. Ela estava um pé de distância,


observando. Ela assistiu com espanto quando o dente cortou
o dedo de David. Se fosse falso teria caído para fora de sua
boca e ele certamente não teria cortado o dedo. Ele provou o
sangue! Isso foi nojento. Ela não podia acreditar nisso. Tinha
que ficar lúcida.

Ela estava prestes a virar e fugir quando Ephraim


começou a falar para David ir ver um médico. Quando ela
contemplou isso, David correu para fora da sala deixando-a
para enfrentar Ephraim, sozinha.

— Que diabos... — Ela murmurou contra seu melhor


julgamento.

Ele deu um sorriso torto. — Eu suponho que não há


nenhuma chance de você não ter visto isso, certo?

Ela balançou a cabeça. Seu sorriso desapareceu quando


ele suspirou. — Eu não pensava assim.

Ele se virou para encará-la. — Eu preciso provar o seu


sangue.

Ela se afastou dele. — Eu não vou deixar você afundar


seus dentes em mim, seu sanguessuga!

Quando as costas dela bateram na mesa, ela procurou


alguma coisa para se defender. Encontrou a cesta de pães e a
pegou rapidamente, abraçando-a contra o peito, ela começou
a atirar os pães nele, enquanto recuava para longe. — Para
trás!

Ele abaixou, se esquivando facilmente. — Ou o quê?


Você vai jogar manteiga em mim? — Ele brincou.

— Eu não estou brincando... Eu vou... Eu vou... — Ela


olhou ao redor da sala, não havia nada em volta que ela
poderia usar, sem cruzes, sem água benta. Droga, por que
sua avó não tinha uma religião? Isso seria muito útil no
momento.

Ephraim ergueu as mãos. Ela parou de jogar os pães. —


Escute, eu sei que você está assustada e entendo isso. Não
estou tentando assustar você, mas preciso provar seu
sangue.

Ela jogou a cesta toda para ele. — Você está louco? Eu


não vou deixar você me morder!

— Eu não quero lhe morder. Seu sangue é a última


coisa que eu quero. — Ele parecia triste.

Isso a impediu momentaneamente. — Meu sangue não é


bom o suficiente para você?

— Não é nada disso. — Ele não tentou andar atrás dela.


Ephraim permaneceu onde estava, mas ambos sabiam que
ele poderia chegar até ela antes que ela alcançasse a porta,
ela não tentou correr, ainda.

— Espere, você bebe sangue, não é? — Isso estava


ficando muito confuso.

Ele passou a mão pelos cabelos, frustrado. — Sim!

— Você não tem que se irritar, foi apenas uma pergunta.

Ele levantou uma mão. — As minhas desculpas.

Ela assentiu com a aceitação. — Por que o meu sangue


não é bom o suficiente? Eu tomo banho, como saudável, não
uso drogas, bebo ou fumo. Eu não sou um vampiro ou
qualquer coisa, mas acho que meu sangue é atraente.

Seu queixo caiu. — Você está tentando me convencer a


mordê-la?

— Não!

— Então por quê...

— Porque você insultou o meu sangue!

Ele beliscou a ponta do nariz e riu.


— Você acha isso engraçado? — Madison exigiu.

— Não, eu acho que essa é a conversa mais difícil da


minha vida.

Madison pegou o pão do prato abandonado de sua avó e


jogou-o para ele, atingindo-o no peito. Ela puxou uma cadeira
em frente a ela para mantê-la entre eles, com a falsa
esperança de que seria o suficiente para detê-lo. Ela sabia
que não era. Mais a fazia se sentir melhor.

— Ei! O que foi isso?

— Você continua a me insultar, quando na verdade você


deveria estar me explicando porque eu não deveria gritar do
topo dos meus pulmões por ajuda.

Ele suspirou quando puxou uma cadeira e se jogou


sobre ela. — Você quer uma explicação?

— Sim, eu quero. — Ela acenou freneticamente ao redor


da sala e, em seguida, para ele. — Eu mereço uma, você não
acha?

Ephraim balançou a cabeça lentamente. — Não, eu acho


que você me deve um agradecimento.
— Um agradecimento? — Ela perguntou, incrédula e
atordoada.

— Sim, um muito obrigado. Eu me livrei daquele idiota


para você.

Ele era um filho da puta arrogante. Ela meio que saiu de


trás da cadeira para lhe dizer isso, quando se lembrou do que
ele era. Alguma coisa estava diferente. — Ei, por que os seus
olhos estão azuis outra vez e para onde os dentes foram?

— Você acreditaria em mim se eu dissesse que nada


disso aconteceu e que você estava tendo alucinações? — Ele
perguntou, parecendo esperançoso.

— Não!

Ele suspirou profundamente. — Eu não pensei que não


iria.

— E você não se livrou dele. Candy fez isso, quando


derramou os feijões.

Ephraim inclinou a cabeça para o lado para estudá-la.


— Você realmente acha isso?

— Sim.
— Você tem certeza?

— Sim! De quantas maneiras você vai me perguntar?


Agora me fale sobre seus olhos e dentes?

Ele deu de ombros. — Eu acredito que você disse que


são azuis e meus dentes são brancos. O que há para dizer?

Ela gemeu e bateu o pé. — Você é tão irritante! Você


sabe o que eu quero saber?

— Não, eu não. — Disse ele, inocentemente, frustrando


o inferno fora dela.

— Sim, você sabe!

Ele deu de ombros. Ela olhou com raiva. Ele encarou de


volta. Por fim, jogou as mãos para o ar. —Tudo bem! Você é
obviamente um jogador, então apenas me diga o que você
quer e, em seguida, responda às minhas perguntas.

— Você é muito exigente. — Ele comentou.

— E você é chato!

— Tudo bem, eu tenho algumas perguntas para você


antes que eu lhe diga qualquer coisa.
Ela segurou suas mãos. — Espere, por que você vai
começar a fazer suas perguntas em primeiro lugar? Eu sou a
única com a informação. Eu sei o que você é e poderia dizer a
todos.

Ele levantou uma sobrancelha arrogante. — Vá em


frente.

— O quê? — Ela não esperava isso.

— Eu disse: vá em frente. Abra a porta e vá dizer a eles


que eu sou um sanguessuga. Tenho certeza que você vai dar
a todos umas boas risadas.

— Mas... — Ele estava certo ela pareceria louca. — Tudo


bem eu vou chamar David para confirmar minha história.

Ephraim riu. — David nunca vai ser capaz de olhar para


você sem se mijar e correr para o outro lado. — Sua
expressão se tornou séria. — Além disso, você realmente deve
deixá-lo sozinho. Ele vai ter o suficiente para lidar.

Isso a lembrou. — Ephraim, eu preciso saber o que está


errado com o seu sangue.

— Não, primeiro eu preciso saber algumas coisas.

— Como o quê?
— Eu sei que você não dormiu com ele. Eu preciso saber
se você fez alguma coisa, perto, de dormir com ele. — Doía-
lhe perguntar isso a ela.

A boca dela ficou aberta. — Você o quê? Como você sabe


que eu não dormi com ele? Não é da sua conta o que eu fiz
com ninguém!

Ele não parecia preocupado com suas perguntas. — Eu


sei que você é virgem. Eu posso sentir o cheiro. — Ele
respirou profundamente. — Os sentidos são todos
intensificados.

Ela não achava que era possível, mas estava mais


envergonhada agora do que estava há vinte minutos na mesa
de jantar, quando Candy fez seu anúncio. Ela ficou realmente
com raiva por ele saber isso. Não era da sua maldita conta.

— Eu não vou dizer nada. Se o seu olfato é tão


agravado, então me diga o que eu fiz ou não fiz. — Ela o
desafiou. Erro. Foi um erro.

Ela viu um flash de cor e, em seguida, sentiu uma brisa


fresca. Ephraim estava diretamente nas costas dela. Ela
gritou e tentou correr quando duas grandes mãos quentes
agarram seus ombros. — Fique quieta. Isso foi ideia sua,
lembra?
— Eu... Eu... não quis dizer...

— Shush e fique parada. Estou trabalhando aqui. — Ele


murmurou, com a voz cheia de diversão.

Ele não deveria estar fazendo isso. Ele realmente não


deveria. Ela era sua fraqueza, de muitas formas, mas ela o
desafiou e se recusou a responder suas perguntas. Ele não
tinha paciência para este jogo. Tinha que saber se ela estava
doente também.

Segurando-a ainda pelos ombros, ele usou o rosto para


empurrar seu cabelo liso para longe do pescoço. A sensação
de seu cabelo contra seu rosto era erótica. Ele fechou os
olhos e lutou para se controlar.

— Não morda!

— Shh, estou tentando me concentrar. — Ele passou a


língua sobre os dentes, enviando-os de volta. Era tentador
demais estar tão perto de seu pescoço e ele precisava
trabalhar rápido. Ele passou o nariz em seu pescoço,
ignorando o impulso de passar a língua sobre sua pele. Seu
nariz passou por suas costas e, em seguida, sobre seu
traseiro.
Graças a Deus que ela não podia ver seu sorriso,
enorme, quando ele fez isso. Ele considerou ficar lá por um
minuto, mas sentiu-a tensa sob suas mãos. Ela
provavelmente iria bater nele ou jogar aquelas malditas
batatas nele. Soltou os ombros e correu o nariz para baixo,
em sua perna.

— Finalmente, Ei! — Ela gritou quando ele pegou a mão


dela na dele e cheirou. Ele soltou e se afastou.

— Bem? — Ela perguntou com expectativa.

Ele não se virou quando fez seu caminho até a porta. —


Você está bem. Isso é tudo o que eu queria saber. Obrigada.
— Disse ele com desdém. Abriu a porta, mantendo os olhos
baixos, enquanto desaparecia para a esquerda.

— O quê? Ei, isso não é justo! Volte aqui! Você não


respondeu minhas perguntas! — Ela correu atrás dele, mas
ele já tinha ido embora. Isso era bom. Ela sabia onde ele iria,
eventualmente, acabar. Ela se virou para a direita, com a
intenção de ir para lá, esperá-lo quando ela literalmente
correu para a vovó.

— Opa!— Vovó a agarrou para firmá-la, antes que ela


caísse para trás. — O que está acontecendo? Onde está ó
Ephraim?
Madison olhou para além dela. O hall de entrada estava
vazio. — Onde estão todos?

Vovó acenou com a mão no ar. — Eles estão na sala,


assistindo filmes e comendo pizza. Eles foram para lá uma
vez que viram David sair.

A avó a estudou por um longo momento. — Você está


bem?

— Sim, eu estou bem. Por que eu não estaria? — Os


olhos dela correram para o seu destino, as escadas.

— Por causa do que aquele homem horrível fez.

— Ah, isso. — Ela encolheu os ombros. — Eu superei.


— E quanto as últimas novidades, como descobrir as
respostas a todas suas perguntas. Ele ia responder a ela, e
era isso.

— Hmm, você não parece muito chateada.

Ela encolheu os ombros. — Eu não estou. O que estou,


porém, é cansada. Você pode dizer a todos que eu sinto muito
por esta noite e dizer a eles que os verei amanhã?
Vovó parecia relutante em deixá-la ir, mas no final ela
concordou. — Ok, boa noite, Madison. Certifique-se de
dormir o suficiente.

— Eu vou. — E ter todas as suas respostas.


Capitulo 7
— Bom. — Ele murmurou, quando se afastou da porta.
Seus roncos eram leves e equilibrados. Nas últimas quatro
horas, ele dirigiu ao redor, esperando que ela se cansasse e
fosse dormir. Ele sabia que ela iria tentar esperar por ele.

Ela queria respostas. Respostas que achava que ele lhe


devia. Ele não devia nada a ninguém. Tanto quanto estava
preocupado, ele fez a ela um favor esta noite e era o fim de
tudo. Ela poderia fazer quantas tantas perguntas quisesse.
Ele não ia ceder. Isto não era da conta dela.

Só esperava que ela não ficasse obcecada com ele e


começasse a brotar contos sobre ele beber sangue de bebês
ou algo parecido. Ele odiaria vê-la trancada em algum
hospital psiquiátrico.

Tinha sido uma longa noite e ele estava cansado.


Despiu-se e foi para o banheiro. Mesmo depois de todos esses
anos, ele não poderia ir para a cama sem se lavar primeiro. A
sensação de sujeira ainda o assombrava. As poucas vezes que
ele tentou ir para a cama ou ir trabalhar de manhã sem
tomar um banho antes foram horríveis. Ele passou toda a
noite com a coceira da fuligem imaginária e todo o dia
reclamando e sendo o rude com as pessoas.

A única coisa boa sobre tomar um banho às duas da


manhã era a água quente. Havia muita. Ele estava embaixo
do chuveiro, saboreando a sensação da água escaldante,
escorrendo pelo seu couro cabeludo e nas costas.

Um pequeno clique foi a única pista que ele teve que sua
noite não tinha acabado, ainda. Grande. Ele suspirou e
fechou a água. — Você nunca vai desistir, não é?

— Não. — Ela disse em um tom improvisado.

— Você vai me dar uma toalha?

— Não.

— Tudo bem. — Ele não se importava. Não era tímido ou


modesto. Abriu a cortina do chuveiro e saiu para o pequeno
tapete de banho.

Os olhos de Madison se arregalaram de surpresa. — O


que você está fazendo? — Seus olhos caíram para seus
quadris e se ampliaram ainda mais.
— Obtendo uma toalha, pois você me negou uma. — Ele
pegou uma toalha da prateleira e sem pressa se secou.
— Mas... mas... — Ela gaguejou.

Ele suspirou. — Deixe-me adivinhar, você pensou que


iria me manter preso no chuveiro por não me entregar uma
toalha ou qualquer peça de roupa até que eu respondesse
suas perguntas, certo?

Ela olhou culpada, mas não admitiu nada. — Você me


deve algumas respostas.

Ele enxugou o rosto. — Realmente? E como você chegou


a essa conclusão?

— Porque você roubou respostas de mim! Agora você me


deve.

Ele deu de ombros. — Você está convidada a me cheirar.

Ela engasgou. — Não foi isso que eu quis dizer.

— Bem, isso foi o que eu fiz, então se estamos sendo


justos é o que você deve fazer. — Seus olhos caíram para a
sua forma ainda nua e, em seguida, para a ela, muito vestida.
— Claro que se estivéssemos sendo completamente justos
você me deixaria vê-la nua. — Ele balançou as sobrancelhas.
— Eu não vou! Você sabe o quê? Eu aposto que você
não obteve qualquer resposta da minha parte. Você só fez
isso porque você é um pervertido ou está tentando me
enganar.

Ele riu. — Sim, isso foi o que eu fiz. Tentei induzi-la a


falar. É claro que minha saída, em seguida, tipo que pôs um
fim a esse plano, como agora. — Com isso, ele deixou cair a
toalha e caminhou de volta para seu quarto. Ela o seguiu.

— Você não sabe nada! Você só adivinhou que eu sou


virgem... — Ela suspirou, — Espere, você estava no banheiro
à noite, enquanto Jill e eu estávamos conversando. Você não
achou. Você ouviu!

— Eu não tenho que ir ao banheiro para ouvir o que


você diz. Tenho a audição perfeita, também. — Ele olhou
culpado. Ela conhecia aquele olhar. Era o mesmo olhar que
Jill e Joshua tinham quando eram pegos fazendo algo errado.

Ela encostou-se na parede, convencida que ela o tinha


pego, ao menos uma vez. —Isso pode ser verdade, mas você
queria um local mais próximo. Estava me bisbilhotando.
Admita, foi assim que você descobriu. Você não encontrou
nada em mim, apenas me cheirando.

Ele deu-lhe um olhar exasperado. — Tudo bem, você


quer jogar este jogo?
— Sim. — Ela disse com firmeza, se endireitando na
parede.

Ephraim vestiu uma cueca. Ele realmente deveria andar


nu para fazê-la se sentir desconfortável o suficiente para sair,
mas ela estava começando a fazê-lo se sentir desconfortável o
suficiente para ele esconder sua resposta à ela.

— Você tem certeza?

— Sim! — Ela ressaltou.

Ele se sentou na cama e recostou nos cotovelos. Ela fez


seu melhor para se concentrar em seu rosto e não em seu
peito ou abdominais bem definidos. Seria realmente bom se
ele colocasse uma camisa. — Você não está com frio?

— Não, eu estou b... — Ele parou de falar e sorriu


enormemente. — Está lhe incomodando? — Ele apontou para
a barriga.

— O quê? Não, não seja ridículo. — Ela parecia irritada,


mas estava realmente envergonhada. Como ele sabia?

— Então eu não vejo nenhuma razão para cobrir, uma


vez que não a incomoda. — ele brincou.
— Você ia me dizer o que descobriu ao me cheirar. —
Esperava que o distraísse de seu desconforto.

Ele suspirou. — Ok, mas lembre-se que você me pediu


para lhe dizer. Muito bem, então. A partir de apenas lhe
cheirar eu sei que você tomou banho uma hora antes de vir
para o jantar.

Ela zombou — Você já sabia disso.

— Posso continuar ou você está pensando em me


interromper continuamente?

Ela acenou com a mão no ar. — Continue.

— Você é muito gentil, — disse ele secamente. — Eu sei


que você está usando perfume da Calvin Klein, mas ainda há
uma pitada de pepino e melão do spray que você usou esta
manhã, em seu corpo. Você usa Tide para lavar suas roupas
e hoje ficou perto de alguém que fumou maconha há uma
semana. — Sua boca caiu aberta.

— Além disso, eu diria que em 15 dias seu período virá.


Pelo cheiro da sua pele suspeito que virá no início da manhã.
— Ela sentiu seu rosto corar. — Eu também sei que você não
está em qualquer tipo de controle de natalidade, o que
significa que você não estava realmente considerando dormir
com David, em breve, que é uma coisa muito boa.
— Como você sabe que eu não estava...

— Você é responsável. Eu sei como você se sente sobre


as aventuras sexuais de Candy e quanto chateada ficou sobre
o erro de Jill. Você é o tipo de mulher que iria começar o
controle de natalidade no momento em que chegasse a
pensar que talvez possa levar um homem para a sua cama.

Ela mordeu o lábio e queria muito sair do quarto, mas


ficou. Ela queria respostas e desta forma ele podia sentir que
devia isso a ela. — Posso continuar?

— Sim. — Ela disse em voz baixa.

— Ok, eu também sei que David nunca encostou a mão


em você. Sei que ele tocou seu peito, do lado de fora de sua
camisa, eu diria, há dois dias, mas que o toque não durou
muito tempo, assim como seus beijos não duraram muito
tempo.

Com seu embaraço esquecido, momentaneamente, ela


perguntou. — Espere, como você sabe disso? Se você me
cheirou por trás?

Ephraim preguiçosamente coçou o estômago. —


Mensagens viajam sobre sua pele. Pense nisso como uma
rede. Qualquer coisa que acontece na frente será transmitida
para a parte de trás. Eu só preciso correr seu comprimento
para obter as minhas respostas.

— Oh...

— Como eu estava dizendo. Você não gostava de seus


beijos. Posso dizer que você rompia o beijo quando ele tentava
invadir sua boca. Ele tocou seu peito quando pensou que
estava distraída. Muito amador.

— Oh, e eu aposto que você é um especialista? — Ela


retrucou.

Ele deu um sorriso torto. — Eu admito que já faz um


tempo, mas um homem nunca se esquece.

— Quanto tempo?

Ele balançou o dedo para ela. — Não, estamos falando


de você agora, Madison. Vamos ver, sua pele... ah, também
sei que nenhum homem jamais lhe tocou intimamente. — Ele
inclinou a cabeça para o lado e a estudou. — Você é muito
rigorosa em um encontro, eu assumo.

Ela assentiu com a cabeça para que ele continuasse. —


Bom para você, especialmente agora, uma vez que isso
provavelmente salvou sua vida.
Madison se mexeu desconfortavelmente. — O que você
quer dizer? O que estava errado com ele?

Ele suspirou. — Madison, ele tem HIV. Você tem sorte


que ele não ganhou a aposta.

— Oh meu Deus. — Ela sentiu falta de ar.

— Você está bem, Madison. Eu não precisava provar seu


sangue para obter minha resposta.

— Você tem certeza? Porque se você precisar — ela


estendeu a mão. — você pode tomar um pouco, só para ter
certeza.

Ele recuou como se ela o atingisse. — Eu não vou


morder você!

— Por que não?

— Que porra, Madison, você é virgem! Você só beijou o


homem. Você está segura.

Ela acenou de lado como se não fosse importante. — Eu


entendo isso, mas você parece bastante inflexível de que não
está indo beber o meu sangue.

— Eu não estou! Pare de tentar empurrá-lo.


— Não, há obviamente algo de errado com o meu sangue
e você não quer me dizer. Se você está preocupado que vá
achar nojento, não fique. — Ela caminhou em direção à
cama, segurando a mão. — Basta ter um gosto. Está tudo
bem.

Ephraim subiu sobre a cama, para se afastar dela. —


Eu não vou beber de você, então pare!

Ela parou. — Por quê? — Suspeita se levantou. — Você


não é um vampiro em tudo? Isso foi algum tipo de truque. Ou
você é louco ou você e David estavam juntos.

Ele jogou as mãos para o ar de irritação. — Não, eu sou


um vampiro e eu nunca faria nada com uma cabeça de pau
como David. O que você viu foi real. Seja como for, não tenho
nenhuma intenção de beber de você.

Entendimento claro chegou a ela. —Ah, eu vejo. Ok, eu


sinto muito, eu entendo.

Ele não gostava desse tom. — Entende o que


exatamente? — Ele perguntou devagar, desconfiado.

Ela não estava olhando para ele. Estava olhando para


depois dele, como se estivesse em uma profunda reflexão. —
Isso faz sentido... — Ela estava falando com si mesmo.
— O quê?

Ela o ignorou e caminhou para trás e na frente da porta


do banheiro, enquanto falava para si mesmo em voz baixa. —
Você já está aqui há três anos e durante todo esse tempo
nunca trouxe nenhum amigo em casa, você nunca foi visto à
noite com ninguém, exceto outros policiais em um bar, você
vai pescar, por vezes, trás um amigo de trabalho, você é
secreto, só desceu hoje à noite, porque você soube que eu
estava vendo alguém.

—Do que você está falando? — Perguntou duramente,


para cobrir seus nervos.

Ela não pareceu ouvi-lo. — Ninguém jamais viu... — Ela


não terminou esse pensamento. — Você provou o sangue
dele, ele enfiou o dedo em sua boca. A ideia de provar o meu
sangue repele você... focou nele... hmmm.

Ele ficou nervoso, à espera de sua resposta. Ela não


disse nada durante vários minutos. Então se virou e olhou
para ele. — Eu sei por que você não vai beber meu sangue.

—Oh, não, por favor, me ilumine. — Disse ele


ironicamente.

Ela sorriu alegremente. — Você é gay.


Ela deu um passo em direção a ele. Ele não moveu um
único músculo nos últimos dois minutos. — Está tudo bem.
Não é um grande negócio se você é gay. — Estava tudo bem,
mas ela estava estranhamente desapontada.

Ele parecia tão sério. —C-como você sabe? — Ele


sussurrou.

— É meio óbvio. — Ela se sentiu tão mal. Mas ele não


precisava esconder quem era, a parte sugadora de sangue,
sim, mas não esta.

— O que quer dizer com, é óbvio? — Ele perguntou, com


um tom cauteloso. Tudo o que conseguia pensar era em seus
irmãos com seus traços e gestos femininos. Não havia nada
de feminino nele e eles não eram gays.

— Bem, você é discreto.

— Isso é porque eu sou um Pyte. — Disse ele, antes que


pudesse se conter.

—O que é um Pyte?

—Não mude de assunto. Você está me dizendo como


você soube. — Disse ele apressadamente.
— Bem, você trabalha com outros homens. Não trás
ninguém aqui. Não quer dividir o espaço com uma mulher.
Prontamente gostou do sangue de Davi, mas o pensamento
do meu repugna você. Apenas parece bastante óbvio. — Disse
ela com um encolher de ombros.

Ele cobriu o rosto com as mãos. — Oh meu Deus... Eu


não posso acreditar que você descobriu. — Sua voz estava
cheia de emoção.

Ela caminhou até ele e colocou os braços ao redor dele.


Ela estava segura. Ele não gostava de mulheres e não se
alimentaria dela. Era a única razão pela qual se sentiu
confortável o suficiente para tocá-lo, agora.

Era uma pena ele ser gay. Ele parecia tão bem agora.
Ela se forçou a se concentrar. —Está tudo bem. Você não tem
que passar por isso sozinho. Não vai ser tão ruim. Há uma
abundância de policiais gays nos dias de hoje. Contanto que
você não morda alguém, você deve ficar bem.

Ele deu uma risadinha.

— Eu acho que você está certa. — Suas mãos caíram de


seu rosto e ele as envolveu, delicadamente, em torno de sua
cintura. — Você realmente não se importa? — Ele perguntou
quando acariciou seu pescoço.
Sua respiração estava quente e provocante. Não havia
medo. Ela estava segura. Ele era um gay o que diabos mais,
ela estava fora do contexto de muitas maneiras.

— Não, eu não me importo. Está tudo bem, Ephraim. —


Ela passou a mão em suas costas tentando acalmá-lo.
Esticou-se na ponta dos pés e deu um beijo em sua
bochecha. —Está tudo bem.

Ele deu um beijo suave em seu pescoço. Causou


arrepios na espinha dela. Era realmente uma pena, pensou.
Madison congelou, quando ele continuou a pressionar beijos
suaves em seu pescoço.

— Diga-me uma coisa. — Disse ele, entre beijos.

— O quê? — Sua voz falhou. Ela tentou se afastar, mas


seu aperto era forte, segurando-a contra ele.

— Você descobriu que eu sou gay. — Alívio arremessou


através dela. Por um minuto ela pensou que estava errada. —
Isto foi baseado, principalmente, no fato de que eu me
recusava a me alimentar de você, certo?

— Sim. — Disse ela lentamente.

Ele acenou com a cabeça contra seu pescoço e


pressionou outro beijo carinhoso. — E se eu lhe disser que a
razão pela qual me recusei a me alimentar de que você não é
porque eu sou gay, mas porque é o seu sangue e ele por si só
é minha maior fraqueza? E se eu lhe disser que nos últimos
cento e noventa anos que eu nunca encontrei alguém cujo
sangue me impulsionasse tanta distração, que só o simples
cheiro de sangue no ar é o suficiente para me enviar a uma
grande sede de sangue. Que eu tenho que ficar longe de você,
porque quero seu sangue mais do que qualquer outra coisa
nesta terra e leva tudo o que tenho para não entrar em seu
quarto à noite e me encher? O que você diria, então?

— Você não é gay? — Várias outras questões flutuavam


em sua cabeça no momento, mas ela se concentrou nisso,
porque se ele não era gay, então... Então ele estava dizendo
algo.

Ele riu quando tirou um de seus braços das costas dela


e levou sua mão entre eles. Ele apertou a mão dela contra a
frente de seus boxers e a mexeu sobre sua ereção, muito
grande e muito dura. Seu gemido profundo enviou calor
através de seu corpo. Ela engoliu em seco quando puxou a
mão e ele permitiu, passando o braço de volta em torno dela e
a puxou de volta contra ele. Sua língua correu de seu pescoço
até sua orelha. Ele pegou o lóbulo da orelha em sua boca e
chupou suavemente. — Não, baby, eu não sou gay.

Madison de alguma forma conseguiu puxar a cabeça


para trás. Ephraim ergueu a cabeça e olhou para ela com
fome. Para qual fome ela não tinha certeza, mas ambas a
assustavam. Seus olhos estavam vermelhos novamente.

— Deixe-me ir, Ephraim. — Sua voz tremeu.

Ele balançou a cabeça. — Não.

— Ephraim, eu só vou dizer uma vez para me soltar. —


Ela alertou.

Ele a ignorou e se inclinou para beijar seu pescoço


novamente. Estes não eram mais inocentes, pequenas
bicadas. Ele estava pressionando beijos quentes, de boca
aberta em seu pescoço. Ela podia sentir as pontas de suas
presas roçando sua pele, com cada beijo. As mãos dele
esfregavam suas costas, lentamente. Um pequeno gemido
escapou dela, fazendo com que os quadris de Ephraim
empurrassem para frente.

Apenas uma mordida. Um pouco do gosto. Isso era tudo


que ele queria. Ela estava tão quente e suave em seus braços.
O sabor de sua pele era por falta de palavra melhor, mágico.
Era só uma prova, apenas uma amostra. Sua boca encontrou
seu pulso. Ele sugou a área antes das pontas de suas presas
pressionassem suavemente contra sua pele. Apenas um
gosto, então ele iria parar, disse a si mesmo.
— Não diga que eu não avisei. — Ela foi arrastada para
o beijo e o toque até que sentiu os dois pontos cortantes em
sua garganta. Humano ou não, ele era um macho. Ela
segurou seus quadris para se firmar e, com um grunhido,
bateu seu joelho com força entre as pernas dele.

Ele gritou em agonia quando a soltou. Ela o empurrou e


correu para a porta, com muito medo de olhar para trás.
Fechou a porta e a trancou, em seguida, mergulhou debaixo
da cama, rezando para que o bicho papão não fosse real.
Capitulo 8
— Merda. — Ephraim murmurou após a última náusea
o deixar. Ele cuspiu o último do vômito de sua boca e se
sentou, segurando as bolas ainda latejantes. — Maldição. —
Ele gemeu. — Esse era um método mais eficaz do que colocar
o dedo na garganta. — Não que ele planejasse fazer isso de
novo.

Mantendo uma mão em suas bolas, ele se levantou. Não


sabia o que era pior, a dor ou o sabor da comida humana
descendo ou subindo. Ele pegou uma garrafa de enxaguante
bucal de Madison e o bebeu. Tinha que tirar aquele gosto de
sua boca. Havia uma razão para que ele evitasse comer
comida humana. Tinha que vir para cima. Após a última
gota, ele arrotou e fez uma careta. A sensação enviou uma
dor aguda na ponta do seu pênis.

Ele se encolheu com o conhecimento de que da próxima


vez desse uma mijada ele estaria urinando enxaguante bucal
puro. Ainda segurando a si mesmo, tropeçou em seu quarto e
pegou sua arma pessoal. Ele verificou o quarto e tropeçou de
volta para o banheiro, com a arma.

Usando a coronha da arma ele bateu na porta de


Madison. Nenhuma resposta. Não era uma surpresa, depois
do que ele fez com ela. Ele ainda não podia acreditar do
quanto perto ele chegou de mordê-la. Graças a Deus ela deu
uma joelhada nele, quando estava desprevenido. Ele não
reagia à dor desde o calabouço.

— M... Ma... Ma... — Ele teve que engolir quando uma


nova onda de náusea o rasgou. — Mad... Ma... -oh merda! —
Ele tropeçou para dentro do banheiro a tempo de ver o
esguicho de bochechos em todo o assento do vaso sanitário e
no chão. — Foda-se. — Ele choramingou.

Pelo menos era uma bagunça mentolada. Ele riu até


doer a barriga. Ignorando a bagunça ele voltou para a porta.
—Madison. — Disse ele com os dentes cerrados. Doía muito
para falar, mas ele tinha que fazer isso. Podia ouvi-la
choramingando, provavelmente debaixo da cama. Ele não
podia suportar.

Tomando uma respiração profunda, ele forçou-se a


falar. — Madison, eu sei que você está chateada. Eu sinto
muito, — outra respiração profunda, — sinto muito. Peço
desculpas... Eu não quero lhe machucar... eu não vou lhe
machucar eu prometo! Eu juro!
— Mentiroso! Ooops! — Ela murmurou.

Ele teve de sorrir. — Eu prometo que você está segura


aqui. Eu prometo, mas se isso lhe faz sentir melhor, estou
deixando algo para você no chão do banheiro. Coloque-a em
algum lugar seguro, em algum lugar que as crianças não
olhem. Se você tiver que usá-la, não hesite. Eu não vou ficar
chateado. — Ele permaneceu na porta por mais um minuto.
— Eu sinto muito. — Ele tropeçou para fora do banheiro,
para o quarto onde caiu no chão.

— Vamos lá, vamos lá... vamos lá! — Ela soprou a


poeira para longe de seu rosto enquanto esperava. O som
fraco de uma partida de carro teve seu movimento. Ela se
arrastou para de debaixo da cama e fez uma corrida louca em
direção ao banheiro. Tinha que fazer xixi.

Saltou sobre uma coisa preta no chão e encontrou seu


caminho para o banheiro na hora certa. Dormir com a bexiga
cheia não foi fácil, mas de alguma forma ela conseguiu. De
onde esse aroma cítrico vinha? Ela olhou ao redor do
banheiro. Estava perto. Ephraim limpou? Ela ficou chocada.

Não houve tempo suficiente para contemplar o que o


motivou a limpar. Tirou a roupa e pulou no chuveiro,
tentando tirar o cheiro de poeira e suor de cima dela. Dois
minutos depois, pulou fora do chuveiro, na esperança de
escovar os dentes e cabelos na mesma quantidade de tempo.
Sua mão congelou no meio pegar sua escova de dente.

A nota estava gravada no espelho.

Madison,
Não posso me desculpar o suficiente. Eu nunca vou
incomodá-la novamente. Também não quero que você sinta
medo. Por favor, use meu presente. É seu. Por favor, esconda-
o, logo que você encontrá-lo. Eu tremo só de pensar em uma
das crianças o encontrando. Eu não estava brincando quando
disse para usá-la. Se eu lhe der qualquer razão para temer por
sua vida use-a. Não hesite. Você não vai me matar, mas irá me
parar, tempo suficiente para salvar a si mesmo. Eu não
pressuponho nenhuma razão para você usá-la.
Seu Servo,
Ephraim William Howard Adlard

— Adlard? Eu pensei que era seu sobrenome era


Williams. — Ela ponderou isso, enquanto escovava os dentes.
O que ele quis dizer sobre um presente? Ela não viu presente.
Ouviu-o dizer algo ontem à noite. Era difícil dizer o que ele
estava dizendo. Parecia que estava falando com os dentes
cerrados. Ela olhou ao redor do balcão, nada fora do comum,
exceto que ela estava sem enxaguante bucal. Droga, ela
acabou de comprar um ontem.
— O que... — A coisa preta que ela tropeçou chamou
sua atenção. Ela engasgou com o ar. Esse era o presente? Ela
pegou a arma com cautela, com medo de que iria cair de suas
mãos. Olhou em volta, como se a ajuda fosse vir. O que ela
deveria fazer com uma arma? A estaca de madeira a teria
feito se sentir melhor, talvez até mesmo uma garrafa de água
benta.

Ela correu com a arma para seu quarto e virou-se à


procura de um lugar para escondê-la. Seu armário. O
armário era perfeito. Ela abriu a porta e colocou-o na
prateleira de cima, embaixo dos cobertores extras. Ele era
louco dando-lhe uma arma?

— Detenção é um saco.

— Sem brincadeira, idiota. — Veio outra voz.

Madison ergueu os olhos do computador. — Ei, nada


disso agora. Vocês estão aqui para aprender com seus erros...
sejam eles quais forem. Você só tem mais uma hora para ir,
então eu sugiro que façam algum trabalho de casa. — Ela
olhou por cima do pequeno grupo de detentos.
O grupo era composto por alguns de seus alunos
favoritos. Eles eram chamados de maconheiros, perdedores e
imbecis por parte dos alunos e até mesmo pelo corpo docente.
Ela não se importava. Ela gostava do garoto da frente, dando-
lhe o beicinho mais exagerado que já tinha visto.

Chris, seu companheiro constante de detenção, era


tranquilo e não lhe dava nenhum problema. Ele era muito
engraçado e não se preocupava em tentar puxar-saco. Ela era
honesta com ele e não jogava nenhum jogo. Eles se
respeitavam mutuamente.

— Vamos, Chris, não me olhe assim? — Ela riu do


beicinho.

Ele era realmente engraçado. Era o que alguns dos


garotos chamavam de lixo do reboque, mas ele era bom. Bem,
quando estava em seu lado bom.

Não havia dúvida que ele poderia ser um filho da puta e


ninguém no seu perfeito juízo iria provocá-lo, mas pelo que
ela sabia sobre ele, ele nunca deu o primeiro soco e nunca
ficou no cara a cara com alguém sem uma boa razão. Do
contrário, ele era uma das crianças mais tranquilas que ela já
conhecera.

— Srta. Soloman, vamos lá. Você sabe que isso é


besteira. Aquele pequeno bastardo rico bate a merda fora de
sua namorada no fim de semana e estamos pagando por isso.
— Ele gesticulou para seus amigos e os dois espectadores
infelizes que foram puxados para a briga. Eram garotos
decentes, também, muito tranquilos, então ela ficou muito
surpresa quando descobriu que eles voluntariamente
entraram na briga.

Madison se recostou na cadeira. — Diga-me o que


aconteceu.

Chris assentiu. — Veja, foi assim. O merdinha do Mike


se livra de muito. Ele rouba, cola em cada teste, os pais
contratam tutores que fazem sua lição de casa, todos os
professores sabem, mas olham para o outro lado, por causa
de seu velho, e ele está no time de futebol. — Ela tinha
ouvido rumores antes, mas jamais esteve disposta a aceitá-
los.

— Ele também gosta de bater nas meninas. Eu avisei a


ele no passado para tomar cuidado, mas é evidente que ele
pensou que eu estava fodidamente brincando. Descobri esta
manhã que o merdinha bateu o inferno fora de Carol. Quando
perguntei a ele sobre isso, ele me disse para cair fora e que
ninguém iria acreditar em mim. Carol tentou segurá-lo e bem
na minha frente, quanto os professores viraram as costas ele
a empurrou para o chão.
— Ele não está mentindo, Srta. Solomon. — Ed, um
menino muito tímido, disse. Ele quase nunca erguia os olhos
do livro. Isso por si só a deixava saber que Chris não estava
mentindo. Além disso, ele nunca se preocupou em mentir
para ela no passado. Tomava o castigo como um homem,
quando era pego. Nem uma única vez desde que ela tinha
tomado essa posição tinha se queixado sobre as
circunstâncias de sua punição.

— Eu não entendo por que Mike não está aqui com você.
— Disse ela.

Todos eles zombaram em descrença. — Olhe para nós,


— Chris apontou para as roupas desgastadas. —Eles não vão
nos ouvir sobre aquele idiota rico. Ele e seus amigos vêm de
dinheiro. Não se importam com o que dizemos e eles
mentiram sobre Carol. Eles disseram que Mike estava
protegendo-a de mim. Você pode acreditar nessa merda? —
Ela não fez. Chris nunca bateu numa mulher. Todo mundo
sabia disso.

Ela mordeu o lábio inferior e olhou para a porta da sala


de aula, para se certificar que ela estava fechada. — Ok,
pessoal, todo mundo vá para o fundo. Conversem
calmamente e vocês podem jogar os videogames que sei que
vocês tem escondido em suas mochilas. Se essa porta se abre
finjam que estão fazendo algo construtivo.
Chris piscou para ela. — Coração de ouro, Srta.
Soloman. — Eles rapidamente foram para o fundo da sala,
deixando-a para sua busca.
Ela rolou para baixo, na página da web que encontrou
sobre a família Adlard. Surpreendentemente, havia uma
grande quantidade de informações sobre a família. A família
era antiga e nobre. Poderia ser atribuída à invasão romana,
mas felizmente ela não precisava ir tão longe.

Após dois meses de evitar um ao outro, ela se cansou de


esperar por respostas. Então, esta manhã cavou a nota ela
manteve em sua bolsa e decidiu ver o que poderia encontrar.

Foi culpa dele. Toda vez que ela esperava para falar com
ele ou deixava bilhetes, ele a ignorou. Passava direto por ela
com apenas um olá educado. Se esse era o caminho que
queria seguir, assim seja. Ela poderia encontrar suas
próprias respostas. Não precisava dele.

Ela limitou sua pesquisa no século XIX. Ephraim


provavelmente usou um nome falso nessa nota.
Provavelmente esqueceu o sobrenome que estava usando no
momento. Ela iria descobrir.

— Aha! — Ela encontrou seu nome.

— Alguém está vindo? — Ed pulou.


— Não, está tudo bem. — Disse ela, sem olhar para
cima. Ele provavelmente roubou o nome. Era isso. Primeiro
ela leu sobre seu suposto pai, um Duque. Sim certo. De
acordo com a página sua primeira esposa foi atacada por um
homem louco quando estava grávida de um Ephraim William
Howard Adlard.

Ela continuou a ler. O duque se casou com uma mulher


que tinha rumores de bater em Ephraim e chamá-lo de “a
coisa”. Estranho. Sua segunda esposa lhe deu mais cinco
filhos, três meninas e dois meninos. De acordo com a história
da família, ela empurrou o Duque para renegar Ephraim
alinhando seu próprio filho em terceiro lugar para o título. O
Duque recusou inicialmente.

Hmmm, interessante. Ephraim sofria de uma condição


médica estranha que o deixou parecendo um menino até a
idade de dezesseis anos. Quando entrou em coma. O site
neste momento falava sobre alguns rumores.

Uma história afirmou que ele acordou do coma


transformado em um homem. Que não se parecia com seus
irmãos ou pai. Que atacou uma empregada e foi preso pelo
Magistrado Nicholas. Ela escreveu esse nome. Seu segundo
irmão herdou o título e o levou para casa 20 anos depois. Ele
ainda parecia jovem, mas morreu alguns anos mais tarde.
A segunda história era simples. Tinham o matado no
coma. Nada útil lá. A terceira história continuava a partir da
primeira, mas tinha-o morto nas mãos de Nicholas. O autor
acreditava na primeira história por causa de evidências
convincentes abaixo.

— Oh, uma imagem. — Ela clicou na miniatura. Um


grande retrato apareceu na tela. Era de um homem e uma
mulher e oito filhos. Isso não era útil. Ela estava prestes a
fechar a página quando viu o botão “próximo”. Ela clicou nele
e suspirou alto.

Não precisava ler a descrição para saber que o jovem


que estava em pé ao lado de um homem muito mais velho,
mulher e cinco filhos. Era Ephraim. Seu estilo de cabelo e
roupas eram diferentes, mas era ele. De acordo com a
legenda, ele estava posando com seu irmão, cunhada e seus
filhos. Ephraim teria morrido dois meses após o retrato ser
terminado.

Sacudindo a cabeça em descrença, ela digitou


Magistrado Nicholas. O que ela leu lá virou seu estômago. O
homem era doente. Ele foi comparado a Jack, o Estripador,
várias vezes. Viveu para torturar, matar e amar o fato de que
o governo o encorajava. Ele desapareceu em 1835. Anos mais
tarde, uma entrada secreta foi descoberta levando a seus
famosos calabouços onde os esqueletos foram encontrados
em pequenas celas. Em uma sala que só poderia ser descrito
como uma câmara de tortura eles encontraram uma dúzia de
esqueletos. Um desses corpos acreditava-se ser o corpo de
Nicholas, baseado em um pingente encontrado entre os
ossos.

Ocorreu-lhe. Ephraim viveu no calabouço. Ele morava


em uma das celas minúsculas que ela estava olhando. Ele
sobreviveu a anos de tortura e de alguma forma saiu inteiro.
Ela não podia acreditar. Quebrou seu coração pensar nas
coisas que ele viveu.

— Você está bem? — Uma voz sussurrou.

Ela pulou, assustada e olhou para uns amáveis olhos


verdes. Chris estava debruçado sobre sua mesa olhando para
ela. Ela limpou a garganta. — Sim, eu estou bem, Chris. Por
quê?

Ele pegou a caixa de lenços em cima da mesa e entregou


a ela. — Você está chorando.

— Oh! — Ela limpou o rosto rapidamente. — Apenas


uma história triste na web.

Chris balançou a cabeça lentamente. Ele não acreditava


nela, mas não iria empurrá-la. — Fique com cachorros e
arco-íris então, Srta. Soloman. Não gosto de vê-la infeliz. —
Ele caminhou de volta para seus amigos.
Uma batida forte na porta enviou as crianças de volta
aos seus livros de texto, com exceção de Chris. Ele se
recostou na cadeira, com as mãos cruzadas atrás da cabeça.

— Sim?

Diretor Mason entrou. — Eu sinto muito fazer isso, mas


parece que temos um pouco de problema.

Ela se levantou cautelosamente. — Problema?

— Sim, parece que os pais de Carol voltaram para casa


hoje, de suas férias. Eles viram o rosto dela e exigiram saber
o que aconteceu. Então eles e a polícia me chamaram.
Precisamos resolver isso agora. — Ele se dirigiu a todos na
sala.

Madison observou a mandíbula apertada de Chris. Ela


sabia o que ele estava pensando. Ele estava prestes apontar o
dedo para ele. — Está bem pessoal. — Ela falou para a
classe, mas olhou para ele. Ele balançou a cabeça com
firmeza.

— Os seis de vocês eu quero deste lado da sala e


comportem-se. — Disse Mason.
Carol entrou amontoada por seus pais. Eles a trouxeram
para o outro lado da sala de aula. Mike, seus pais, um
homem que Madison não tinha dúvida que era um advogado,
a julgar pelo seu caro terno de três peças, e vários dos
meninos que Chris gostava de chamar “rico” entraram.

— Por favor, sente-se. — Disse Mason.

O advogado fez um gesto para seus clientes irem para o


fundo da sala. — Sinto que isso deverá ser esclarecido
brevemente. — Mason olhou para Chris.

Isso não poderia ficar pior. Correção, poderia. Ephraim


entrou na sala parecendo muito com um homem comum, até
cruzar a sala.

Ephraim entrou na sala. Passou por Madison,


respirando fundo ao passar por ela. Ele sentia falta dela. Era
surpreendente para ele, mas sentia. Ele nunca sentiu falta de
ninguém. Sobreviveu a sua família e todos os amigos que ele
fez e nunca pensava neles, uma vez que eles foram embora,
com exceção de Marc. Ele sentiu falta de seu irmão, quando
se permitiu qualquer emoção.

Era assim que as coisas deveriam ser. Ele entendeu e


aceitou. O tempo de todo mundo viria, exceto o seu. O dela
viria também. Ele teria que lidar com isso um dia. Seu peito
apertava cada vez que pensava nisso. Esta mulher estava
matando-o.

Ele se sentou atrás da mesa dela e se inclinou para trás,


parecendo relaxado. Seus olhos corriam lentamente ao longo
de todos na sala. Ele conhecia alguns dos rapazes à sua
esquerda. Eles eram boas crianças, encrenqueiros, mas bons.
Os dois últimos daquele lado ele podia adivinhar que eram
leitores ávidos. Seus olhos encontraram os de Chris por um
mero segundo, antes dele prosseguir.

Os jogadores de futebol na parte de trás tinham sua


atenção, mas ele não quis mostrar. Com menos de meia hora
após sua chamada eles pediram um advogado. Ele fez uma
rápida pesquisa antes de deixar seu escritório e encontrou
várias chamadas de violência doméstica que não deram em
nada. Havia conversas sobre o menino. Seus olhos passaram
na tela do computador, na mesa dela, rapidamente antes de
se fixar no jovem que parecia ter passado por nove rodadas
com Tyson.

Sua mandíbula se apertou quando ele olhou de volta


para o computador de Madison. Parecia que ele não era o
único que fez sua pesquisa hoje. Sem tirar os olhos do grupo,
ele clicou no botão de voltar para ver o que mais ela tinha
descoberto.
O que ele viu não o deixou feliz. Só acrescentou ao seu
temperamento. Ela sabia. Ele sabia que tinha sido um erro
escrever o seu nome completo nessa nota. Ele clicou
novamente e se sentou em linha reta.

— Ei, podemos acabar com isso eu tenho treino. —


Mike, um de seus suspeitos, disse.

— Cala a boca. — Disse Ephraim. Obrigando-se a


relaxar, enquanto se levantava. Ele caminhou até Madison,
dando as costas para a sala.

— Você tem estado ocupada. — Ele disse suavemente.

Ela engoliu em seco. — Sim, você se negou a responder


minhas perguntas.

— Imprima as fotos para mim pode ser? — Ele


perguntou em voz baixa.

— Você vai responder minhas perguntas?

Ele gemeu.

— Ei, eu tenho treino! — Seu principal suspeito


reclamou.
Ephraim olhou por cima do ombro a tempo de ver Mike
sendo puxado para baixo por seu pai. O merdinha pensou
que ele iria escapar, não é? Interessante. — Saia desse banco
de novo e eu estarei levando você para um interrogatório.

— Não se mova, — o pai sussurrou asperamente. — E


cale a sua boca.

Ephraim olhou para Madison. — Então?

— O que quer dizer, então?

— Você vai fazer isso?

— O que há nisso para mim?

Os olhos dele caíram para os lábios dela. — O que você


quiser.

— Hoje à noite, nós conversaremos por duas horas e


você responde às minhas perguntas.

Suas sobrancelhas se arquearam. —Duas horas? — Ele


podia fazer muito em duas horas, de preferência com ela
debaixo dele. Merda. Ele tinha que parar de pensar nela.

Ela assentiu com a cabeça. — Duas horas, e eu vou ter


essas imagens ampliadas para você.
— Ok. — Ele disse lentamente.

— Ei, nós deveríamos ter um advogado também? —


Perguntou um menino.

Ephraim virou. Era Chris. Um descontraído garoto


engraçado que encontrava o seu caminho na delegacia de vez
em quando, por uma merda mesquinha. Principalmente por
bater nos namorados de sua mãe depois que colocaram a
mão sobre ele ou para defender-se na rua. Há três anos, o
garoto chamou sua atenção e ele fez questão em manter um
olho nele.

— Não, agora ninguém irá preso. Eu tenho algumas


perguntas a fazer. Desde que seus pais não estão aqui vou
pedir para Sr. Mason e Srta. Soloman ficarem e se
certificarem de que seus direitos não serão ameaçados. Essa
escolha está bem para você?

Chris lançou um olhar para Madison. O menino


confiava nela. Bom. Ele era inteligente. — Se eu sentir que
preciso questioná-lo ainda mais após isso, então vamos ter
certeza que seus pais estejam presente. Entenderam?

— Sim. — Disse Chris. Ele era o líder incontestável de


seu grupo. Os outros garotos olharam para ele com
expectativa.
— Isso é besteira, — disse Mike. — Eu vou perder o
treino.

— Sim, você já disse isso. — Ephraim disse secamente.


Ele olhou para a jovem. Ela se recusou a ir para o hospital
antes que isso fosse resolvido, mas não quis citar ninguém.
Isso foi interessante também.

— Eu vou perguntar de novo antes de eu falar com esses


meninos. Quem bateu em você? — Ele preferia perguntar a
ela em particular, novamente, mas seus pais exigiram em
fazê-lo desta forma. Eles esperavam que sua filha fosse forte e
fizesse a coisa certa. Eles, obviamente, não compreendiam o
medo real.

Ela balançou a cabeça.

— Isso é o que eu pensava.

Mike ficou de pé. — Veja, isso é um desperdício de


tempo. Eu estou indo para o treino. — Ele arrancou o braço
do aperto de seu pai e saiu pelo corredor em direção
Ephraim.

O menino tinha 1,80 m de altura, grande e, obviamente,


um idiota. Ephraim estava acostumado a lidar com idiotas.
Com o queixo bem definido andou para frente. Mike fez uma
pausa, sem saber o que fazer. Ele provavelmente não estava
acostumado com pessoas que ficavam em seu caminho.

Ephraim andou para frente, apontando para os pais do


menino. — Eu não vou dizer mais uma vez para sentar sua
bunda ali. — Mike cruzou os braços sobre o peito, em um ato
de desafio. — Agora! — Ephraim rebateu. Mike deu um salto
e sentou de volta ao seu lugar. —Não se mova novamente.

Diretor Mason estava ao lado de jogadores de futebol.


Ele estava claramente mostrando quem estava apoiando. Não
era inteligente. Ephraim encontrou Madison encostada na
parede ao lado de Chris e seus amigos. Ela estava
sussurrando algo para ele. Chris parecia pronto para uma
luta, mas acenou com a cabeça. Ele ouviu o que ela estava
dizendo e ela sabia o que fazia.

Ele parou de sorrir. Ela disse a Chris que ele era um


cara legal e confiava nele. Ele já sabia que Chris era inocente.
Sabia no momento em que entrou na escola e viu Mike. O
cheiro de sangue da garota estava permeado na pele do
menino. O merdinha gostava de bater em meninas.

— Detetive Williams, se eu pudesse ser útil? — Disse


Mason.

Isso deve ser bom. — Por favor. — Disse Ephraim,


quando ele se inclinou contra a mesa de Madison.
— Esses são meninos bons. — Ele apontou para os
jogadores de futebol. — Nenhum deles tem uma marca negra
em seus arquivos e nunca tiveram problemas de outra forma.

— Que diabos você está dizendo, Mason? — Chris


exigiu. Madison colocou a mão em seu ombro. Se esse
menino a machucasse, Ephraim iria matá-lo. O menino olhou
para Madison e acenou com a cabeça antes de sentar
novamente.

Mason levantou as mãos. — Eu não estou tentando


apontar o dedo aqui. Estou apenas apontando que estes
meninos, — os jogadores de futebol, — não estão envolvidos
neste processo. É apenas um mal-entendido.

Ephraim nivelou os olhos em Mason. O homem,


obviamente, queria ficar de bem com os pais de Mike. Eles
eram ricos e conectados. Se a memória lhe servia
corretamente eles também estavam na diretoria da escola. Ele
estava sendo conduzido ao redor de sua carteira.

Chris ficou de pé. — Olhe para o rosto dela! Você chama


isso de um mal-entendido? Ele bateu a merda fora dela!

— Sente-se neste instante!— Mason retrucou, dando a


Chris um olhar de desgosto.
— Não! Você está falando sobre ela como se ela não
fosse nada. Olha o que ele fez com ela! — Chris gritou.

Ephraim ignorou o pequeno drama e focou na reação de


Mike. Ele estava rindo e sorrindo como um idiota. Seus
amigos foram burros o suficiente para bater palmas nas
costas dele na frente de Ephraim. Isso lhe deu uma ideia.

— Carol, eu sei que você está chateada e você não se


sente confortável em me dizer quem fez isso. Eu tenho um
favor a pedir que não vai forçá-la sobre o assunto. Tudo bem?

Ela lançou um olhar para seus pais e assentiu. —


Ótimo. — Ele olhou para Chris. —Venha aqui e sente-se na
frente. — Chris olhou para Madison. Ela o encorajou a ir.
Inteligente.

Ele olhou para Carol e apontou para os amigos de Chris.


— Agora, pelo que eu entendo estes cinco senhores se
envolveram numa confusão nesta manhã. Você se importa se
eu permitir que eles saiam? Se eles não estiverem envolvidos
apenas diga não e você não tem que dizer quem é. Eu vou
mantê-los aqui até eu descobrir isso, caso você diga sim.

— Não. — A palavra saiu grossa. Ela limpou a garganta.


— Eles podem ir.
Os meninos visivelmente relaxaram e saíram da sala,
desejando boa sorte a Chris. Os jogadores de futebol se
levantaram em expectativa. — Então, podemos ir também?

— Não. — Ephraim disse categoricamente.

— O quê? Isso não é justo.

— A vida não é justa. Supere isso. — Ele olhou para


Chris. — Chris, se a memória não me falha você tem 16 anos
de idade, certo?

— Sim.

Ephraim assentiu. Ele olhou para os jogadores de


futebol. Eram todos mais velhos. —Algum de vocês tem idade
inferior a dezoito anos? — Eles balançaram a cabeça. — Bom.
Venham até aqui e sentem, vocês também. Mike você tem
dezoito anos, certo?

Ele acenou com a cabeça. — Carol, a menos que você vá


me dizer o que eu quero saber, agora, você e seus pais vão
esperar no corredor.

— Mas queremos ficar. — Sua mãe protestou.

— Eu sinto muito, mas vocês precisam sair. — Quando


a mãe abriu a boca para protestar, ele ergueu a mão. — Eu
sinto muito, mas eu quero ela fora daqui por uma razão. Eu
também tenho a papelada no salão que eu preciso de vocês
para preencher. Por favor. — Ele fez um gesto em direção à
porta. Com um empurrão de seu marido eles saíram.

Ephraim observou os garotos intensamente, enquanto


ele continuava. —Sr. Mason, a menos que você esteja
pensando em ficar na sala em nome de Chris, que é o menor
eu tenho que te pedir para sair.

— Eu vou ficar. — Sr. Mason se moveu para ficar ao


lado de Madison.

— Srta. Soloman, eu estou supondo que você está


ficando para Chris também?

— Ela não precisa, eu vou lidar com isso. — Disse


Mason. É claro que ele gostaria que ela saísse da sala. Ela era
a única que existia para proteger Chris.

— Ela fica. — Disse Chris com firmeza.

— Eu concordo. — Ephraim assentiu.

— Mike, seus pais podem sair. Você é maior de idade e


eu não preciso deles para questioná-lo. No entanto, se você
sentir que precisa de seu advogado, então ele pode ficar.
— Ele fica. — Disse Mike com firmeza.

— Tudo bem.

Os pais de Mike deixaram a sala sem um protesto. Eles


confiavam em Mason e o advogado, para mantê-lo longe de
problemas.

Ephraim casualmente fez seu caminho de volta para a


cadeira de Madison. Sentou-se e observou os garotos por
vários momentos. Chris parecia irritado e continuou olhando
para Mike como se quisesse atacar o garoto. Mike parecia
arrogante e despreocupado. Seus amigos pareciam um pouco
ansiosos, mas pareciam pensar que isso era uma piada.

— Srta. Soloman, você poderia ver se o funcionário no


corredor tem alguns papéis para mim? — Perguntou
Ephraim. Seus olhos nunca deixaram os meninos.

— Claro. — Ela saiu para o corredor e voltou um minuto


depois segurando um arquivo. Que entregou a ele.

— Obrigado. — Ele murmurou, enquanto pegava o


arquivo. Seus dedos correram sobre os dela, enviando calor
por seu braço antes que ele puxasse o arquivo para longe. Ela
voltou para a parede, mas não antes de abrir o arquivo sobre
a mesa. Ele segurava vários pedaços de papel em branco,
mas ninguém iria ver que a menos que eles estivessem de pé
em frente à mesa.

Ele fez um show de olhar para baixo e acenando para os


papéis. — Bom. Eles assinaram. — Disse ele calmamente.

— Quem assinou o quê? — Perguntou Chris.

—O Sr. e Sra. Goodwin assinaram o formulário de


liberação para um exame de estupro, — disse Ephraim,
focando seus olhos em Mike. Que se mexia a cadeira. A
menina era menor de idade ele realmente não precisava da
permissão de seus pais, mas se ajudasse isto se mover ele
iria jogar.

— O quê? — Um dos jogadores de futebol perguntou


atordoado.

Ephraim assentiu. — Vamos cortar a merda, senhores.


Eu já sei o que vamos encontrar. Ela confidenciou à mãe que
isso não era apenas uma agressão, mas um estupro. Em uma
hora eu vou tê-la em uma mesa e examinada e uma hora
depois que eu vou ter um mandado com todos os seus
nomes.

— Vocês serão levados para a sala de emergência sob


custódia onde suas bocas serão esfregadas para DNA. — Ele
parou para correr os olhos sobre os meninos. — Em 24 horas
eu vou ter uma combinação. Também tenho vários
acessórios, se meu palpite está correto.

— O que você quer dizer? — Perguntou outro jogador de


futebol. Parecia que ele estava prestes a chorar.

— Exatamente o que eu disse. Se for descoberto que era


Chris, ele será dirigido para uma prisão juvenil onde
provavelmente vai ficar por um ano. Não é tão ruim. Se for
Mike, bem desde que vocês todos tem mais de dezoito anos
vocês estão olhando para a prisão.

— Isso é o suficiente. — O advogado retrucou.

A fachada calma de Ephraim não se alterou. — Seu


cliente é maior de idade. Estou explicando a possibilidade
para ele e seus amigos. Os meninos estavam envolvidos no
ataque dela esta manhã. Não vou ter dificuldade em aderir à
acusação de estupro para o ataque, se sair que Mike é o
culpado.

— Ela não falou e não vai falar e você não tem nada. —
Disse Mike.

Ephraim riu. — É isso que você acha?

— Sim.
— Ela não tem que falar. Ela tem 15 anos de idade. Ela
não tem idade suficiente para consentir fazer sexo. Se algum
sêmen for encontrado, o proprietário do depósito irá enfrentar
acusações de estupro.

Os rapazes olharam para Mike. Ele balançou a cabeça.


Oh, o menino era um mentiroso. Ephraim sabia que o rapaz a
estuprou.

— Que tal isso, senhores? Se importam em me dizer


alguma coisa ou gostariam de gastar um pouco de tempo na
prisão? — Ele olhou os cortes de cabelo arrumado dos
meninos e rostos bonitos, frescos e sorriu. — Vocês, rapazes,
vão iluminar o lugar. Eu aposto que vocês terão cinco caras
cada, no primeiro dia, oferecendo-lhes proteção... por um
preço, é claro. — Ele piscou.

— Você disse que ela teve relações sexuais com você!


Você não disse nada sobre o estupro. — Um dos meninos
disse, levantando-se. A ameaça de um estupro coletivo era
geralmente suficiente para assustar os jovens a fazer a coisa
certa.

— Cala a boca, idiota. — Mike assobiou.

— Não. — O menino se levantou. — Não, eu não estou


indo para a cadeia porque você é um idiota. — Ele olhou para
Ephraim. — Ele bateu nela, esta manhã. Posso dar-lhe pelo
menos isso.

— Vá para o corredor, dê ao oficial uma declaração e


obrigado. — O garoto balançou a cabeça e saiu correndo. O
resto dos meninos se levantou e o seguiu, deixando Mike e
Chris.

— Madison, eu quero que você pegue Chris e vá para o


corredor. — Ele se levantou e caminhou ao redor da mesa,
quando tirava as algemas. Seus olhos nunca deixaram Mike.

— Não, eu vou ficar. Eu quero ver. Aquele bastardo


tinha isso vindo. — Chris se afastou quando Madison
estendeu a mão para ele.

Já era o suficiente. Ele queria Madison fora daqui. Ele


olhou para Chris, esperando que um olhar severo fosse
suficiente. — Chris, eu quero que você...

— Chris! — Madison gritou.

Ephraim virou a cabeça a tempo de ver Mike correndo


para Chris com uma grande faca de caça. — Seu merdinha! A
culpa é sua!
Madison pulou na frente de um Chris muito atordoado e
o empurrou de volta. Chris pegou Madison e a empurrou
para fora do caminho.

Ephraim estendeu a mão, pegou Mike pelo colarinho e


puxou-o para trás. Mike girou surpreendido pelo súbito
choque. Ele colidiu com Ephraim. — Leve-a daqui agora! —
Ele gritou. Chris pegou Madison e puxou-a para a porta com
um Mason muito frenético em seus calcanhares.

Ele tinha Mike em seu estômago e algemado em menos


de um minuto, deixando seu advogado totalmente atordoado.
— Eu... eu... eu... — O advogado divagava.

— Bom, muito útil, muito obrigado. — Disse Ephraim


sarcasticamente.

Mike inclinou a cabeça e olhou para Ephraim. — Oh


merda... oh merda... Eu estou muito encrencado!

Ephraim olhou para o punho preto saindo do seu


estômago. — Foda-se. — Ele murmurou. Exatamente o que
ele precisava, uma carona até o hospital para pontos que não
precisava só para ter certeza de que este idiota não fugiria
com isso.

Também significava que ele tinha que dar um show. Ele


não podia andar por aí como se fosse nada. Não era. Doeu
como uma cadela. Que merdinha. Se o advogado não
estivesse na sala, ele o mataria.

Ephraim pegou Mike pelo braço. — Levante-se, imbecil.


Você está preso. — Ele arrastou Mike para a porta e o
empurrou para outro funcionário. Os olhos de todos
baixaram para seu estômago. Ele ouviu vários suspiros e
alguns “oh merda”.

Ele colocou a mão sobre o estômago. — Está tudo bem.


Apenas uma pequena ferida. — Disse ele, embora com os
dentes cerrados. Pelo menos ele não tinha que fingir o quanto
doía.

Os olhos de Madison se arregalaram e, em seguida,


rolaram para trás. — Alguém, pegue-a. — Disse ele. Ela caiu
contra Chris que fez o seu melhor para reduzir a queda para
o chão sem machucá-la. Ele mesmo a teria pego, mas estava
a vinte metros de distância dela e as pessoas provavelmente
teriam notado ele voando até ela. Às vezes era uma merda
fingir ser humano.
Capitulo 9
— Pare de se contorcer. — A Sra. Buckman repreendeu.

— Você iria se contorcer também se houvesse uma


mulher louca tentando empurrar um penico sob a sua
bunda! Eu lhe disse que posso andar até o banheiro. Eu
estou bem!

A Sra. Buckman estreitou seus olhos para ele. — Tudo


bem. — Ela colocou o ofensivo penico debaixo do braço, ele
preferia não saber de onde ela tirou isso, e se dirigiu para a
porta. — Só para você saber, eu sei que o médico exigiu que
você ficasse nessa cama por uma semana, então isso é
exatamente o que você vai fazer. — Ela ameaçou.

— Qual é! — Ele jogou as mãos no ar.

— Você me ouviu.
— Eu não posso ficar na cama por uma semana! —
Disse Ephraim. A batalha estava perdida e ele sabia disso.
Ainda assim, tinha que tentar.

Ela apontou para ele. — Você me ouviu.

— Tudo bem, então dê o fora daqui e me deixe


descansar!

Ela simplesmente apontou para ele de novo antes de


sair, fechando a porta atrás dela. Os ajudantes dela estavam
encolhidos no corredor, como deveriam estar. Ele esteve
gritando com todo mundo durante a última semana. Eles
estavam com medo dele e por uma boa razão.

Tinhas passado uma semana inteira sem sangue. Não,


correção, uma semana inteira preso no hospital, com uma
fonte saudável de sangue e não tendo uma maneira de chegar
a ela. Isso era um verdadeiro inferno, especialmente em sua
condição.

O sacana cortou tanto seu coração como seu pulmão


com aquela faca. Teria sido suficientemente simples de lidar.
Três bolsas de sangue teriam sido suficiente. Infelizmente, as
acusações de estupro contra Mike foram complicadas o
suficiente, sem qualquer testemunho e eles não podiam dar
queixas de agressão, já que Carol ainda não estava falando.
Então, caiu sobre seus ombros livrar-se do sacana.
Tentativa de homicídio à um detetive do estado de New
Hampshire não era motivo de riso. Mike estava enfrentando
acusações federais agora. Mais importante que isso, levaria
um longo tempo antes dele usar seus punhos em outra
mulher. Essa foi a única razão pela qual Ephraim entrou no
jogo.

Ele teve que fingir ser nocauteado pela medicação que


os médicos tinham injetado em seu corpo quando, na
realidade o remédio era veneno para ele. Cada gota de
medicação teve que ser destruído internamente. Quanto mais
eles bombeavam mais fraco ficava seu sangue até que suas
veias estavam cheias de nada mais do que apenas veneno.
Ele atingiu esse estado quatro dias atrás.

Aquela sala de cirurgia era apenas uma versão limpa da


câmara de tortura de Nicholas. Ele teve que se forçar a ficar
mole, enquanto o veneno queimava seu sangue e os
cirurgiões o abriam ao meio. Ele sentiu cada corte, cada
puxão e cada espetada. A dor era surreal. Porém ele não
sabia o que era pior, a medicação ou a cirurgia.

Sua única esperança era uma transfusão. Sangue novo


teria diluído o veneno em seu sistema. Quando aquele
cirurgião arrogante anunciou que ele não precisava de
nenhuma transfusão porque eles tinham parado o
sangramento, ele quis se levantar e estapeá-lo. Mais não
podia. Ele teve que fingir que estava apagado. Estava com
tanta dor que começou a suar.

Os médicos assumiram que isso era um sinal de uma


febre iminente e bombearam mais veneno em seu sistema.
Isto o paralisou com sucesso. Cada movimento enviava fogo
pelo seu corpo.

Sangue, tudo que ele queria era sangue e ninguém iria


dar isso a ele. Ele disse que estava com fome e tudo que eles
trouxeram para ele foi sopa e gelatina. Que tipo de refeição
era essa? Depois da segunda bandeja que eles tentaram
forçá-lo a comer ele começou a jogar as bandejas no
entregador idiota até que eles pararam de trazê-las.

Então, durante seis dias, ele ficou preso em uma cama


de hospital, sem chance de escapar. Tubos e monitores
estavam presos nele. Em todas as suas quatro tentativas de
fuga as coisas dispararam e as pessoas vieram correndo. Ele
quase chorou. Ele precisava comer e um buffet variado vinha
correndo para ele e ele não podia ter nada daquilo. Era uma
agonia.

Do mesmo modo passaram os dois primeiros dias de


visitas. Intermináveis visitantes vieram. Pessoas que ele nem
sabia que existiam apareceram. Todos queriam ver como o
“seu” herói estava. Após o primeiro minuto de cada visita ele
“adormecia”. Era isso ou deixá-los ver como ele estava
faminto. Por fim, ele bateu o pé e pediu para ser deixado em
paz. A Sra. Buckman não estava feliz com isso e disse aos
enfermeiros para ignorar seus desejos.

Nos últimos quatro dias, já em casa, ele teve que aturar


a Sra. Buckman e alguns dos outros hóspedes. As crianças
tentaram vir, mas fugiram nos primeiros trinta segundos,
quando ele começou a gritar. Gritar era bom, gritar o fazia se
sentir melhor.

Gritar também era a única coisa que os salvou. Ele


estava com tanta fome. Só precisava de alguns litros para
colocar o veneno para fora e curar suas feridas. Deus, como
elas coçavam. Todo o seu corpo coçava. Seis dias de banhos
de esponja. Isso tudo era uma besteira. Como eles poderiam
chamar isso de banho? Ele cheirava igual a um hospital,
coçava e se sentia nojento. Ele podia sentir a sujeira em sua
pele novamente.

Sangue.

Ele precisava de sangue. Se ele ficasse preso aqui


durante uma semana, então ele estava sem sorte. Ele não
tinha estado lá para receber suas entregas de sangue. A cada
dois dias às três da manhã o sangue era entregue por uma
van sem identificação.
Após dois dias sem aparecer eles não iriam fazer outra
tentativa de entrega até que contatassem com um novo local
seguro. Ele precisava chamá-los para agendar uma nova
entrega. Então, agora ele não tinha esperanças do sangue
sendo entregue. Ele teria que sofrer mais uma semana. Mas
esse não era o seu maior medo. Se ele não mantivesse todos
fora do seu quarto, ele iria acabar atacando alguém. A
necessidade de se alimentar estava dominando todo o resto.
Seu controle era quase inexistente.

Seria necessário apenas Madison para quebrar o último


fio de seu controle. Claro, era improvável que ela aparecesse.
Ela nem sequer tentou vê-lo na ultima semana. Ela enviou
suas desculpas e flores, mas não veio. Ele tentou dizer a si
mesmo que era o melhor. Se ela viesse, ele teria implorado
para ela um pouco de sangue dela ou roubado. Neste ponto
de seu sofrimento ele não iria implorar. Se ela entrasse em
seu quarto, ele iria tomar.

Seus olhos se desviaram para a porta do banheiro


adjacente. Ela poderia pelo menos dar uma passada e ver
como ele estava. Isso não era pedir muito depois de tudo que
ele fez, ele foi ferido por ela. Ela provavelmente não pensou
muito nisso. Ela sabia que ele não poderia morrer, mas será
que ela percebeu que ele ainda iria sentir cada gota de dor e
nada no mundo pode tirar a sua dor, somente o sangue? Ele
estava sofrendo e ela não conseguia sequer se preocupar em
vê-lo. Ele estava para lá de chateado.
— Foda-se ela. Eu não quero vê-la de qualquer forma. —
Mas ele queria. Ele realmente queria. Não importava que
fosse o seu sangue que ele desejava noite e dia. Ele queria vê-
la. Ele queria ver seus olhos castanhos brilhando, enquanto a
incomodava.

Ela ficou tão fofa quando o atacou com os pães. Ele


gostava de tudo sobre ela. Ela era engraçada, inteligente e
gentil. Mas era humana, uma humana cujo sangue gritava
para ele e somente ele. Ele nunca poderia tê-la. Ela nunca
seria dele.

Ele queria matar alguém. Ele precisava machucar


alguém. Isso era demais. Havia uma razão para ele não se
permitir uma ligação com ninguém e Madison provou que ele
estava certo. Uma vez que ele estivesse curado, ele iria
embora e recomeçaria tudo. Ele não conseguia lidar com a
dor e a decepção.

— Uau, você está fedendo.

Ephraim forçou seus olhos abertos. — O quê?

— Eu disse que você está fedendo. — Disse Madison


com naturalidade.
Mesmo antes de seu cérebro registrar quem estava em
seu quarto, seu corpo o fez. Suas presas apareceram
enquanto seus braços dispararam e a agarraram. Ele
arrastou-a para baixo. Ele não podia mais lutar contra isso.
Ele estava morrendo de fome e sua obsessão estava aqui. Ele
nem sequer parou para pensar se eles estavam sozinhos ou
se poderia parar a tempo. Ele precisava dela, demais.

Uma parte de seu cérebro registrou que ela não estava


gritando. Na verdade, parecia que ela estava vindo por livre e
espontânea vontade. Isso era estranho.

— Aqui está, abra. — Ela disse, enquanto enfiava algo


em sua boca. Ele congelou, chocado com a sensação.

Seus olhos deixaram seu pescoço e foram para o objeto


em suas mãos. Ele riu fracamente. Ela enfiou um canudo em
um saco de sangue. Ele sugou, saboreando lentamente o
sabor do sangue tipo O batendo em seus lábios, sua língua,
céu da boca e finalmente, descendo por sua garganta. Ele
fechou os olhos e gemeu de alívio.

— Está bom, hein? — Ela riu. Ele acenou com a cabeça,


mas não parou de chupar. O canudo era muito lento. Ele
pegou o saco dela com as mãos trêmulas. Puxou o canudo
para fora com a boca e cuspiu longe, antes de enfiar os
dentes no saco. Ele virou todo o líquido vermelho até ter
bebido cada gota. — Mais. — Era uma demanda.
Ela riu suavemente. — Aqui está. — Ela se sentou
pacientemente ao seu lado, enquanto ele terminava dez
bolsas de sangue. Ele não pôde deixar de notar quão adorável
ela parecia nos shorts de algodão bonitinhos dela. Por fim, ele
arrotou e suspirou. Estava satisfeito.

— Se sentindo melhor? — Ela correu os dedos pelo seu


cabelo gorduroso.

— Quase. — Ele pulou para fora da cama com


facilidade. Toda sua força estava de volta.

Madison engasgou.

— O quê? — Ele olhou para baixo, esperando descobrir


que seu pau estava aparecendo ou algo assim. Seus olhos
estavam grudados em seu peito. A ferida agora tinha
completamente desaparecido, os pontos também foram
dissolvidos.

Ele passou a mão sobre a área. — Isso coça como o


inferno. Preciso de um banho.

—Para dizer o mínimo. — Ela devolveu


automaticamente. Parecia atordoada.

— Er... Obrigado pelo sangue.


Ela balançou a cabeça. — De nada. Fico feliz que eu
tenha sido capaz de interceptar suas entregas.

Ele fez uma pausa. — Você interceptou meu sangue?

— Claro. Eu percebi que você precisava que o sangue


fosse entregue, caso contrário haveria uma epidemia de
pescoços mordidos. Era apenas uma questão de espera. —
Ela fez um gesto em direção ao quarto dela. — Comprei um
mini bar para mantê-lo fresco para você.

Sua preocupação com ele o deixou desconfortável. —


Obrigado. Eu vou lhe pagar, é claro. Eu aprecio isso. — Disse
ele mais duramente do que ele pretendia.

Ela revirou os olhos e passou por ele em direção a seu


quarto. — Esqueça isso. Nós vemos por aí.

— Espere. — Ele disse de repente. Não sabia o que fazer


ou dizer, mas ele queria, não, precisava que ela ficasse. Uma
semana inteira sem vê-la praticamente o matou. Ele admitiu
para si mesmo. Sentia falta dela.

Era mais fácil quando ele estava aqui e a evitava,


principalmente porque a observava de longe. Inferno, ele fazia
questão de observá-la. Algo além do seu sangue o hipnotizava
e ele não conseguia entender esta necessidade de vê-la. Se ele
não pensasse rápido ela iria deixá-lo, agora.

—Então? — Ela perguntou.

Ele meio que tropeçou em direção ao banheiro. Ok, ele


fingiu, mas tempos desesperados pedem medidas
desesperadas. — Desculpa. — Ele murmurou enquanto fazia
um esforço exagerado para andar até o banheiro.

Ephraim arriscou um rápido olhar para ela e teve que


desviar os olhos para esconder seu sorriso. Ela mordeu o
lábio. Madison parecia tão adorável com uma expressão cheia
de preocupação. Ele tinha que usar isso contra ela, é claro.
Então tropeçou novamente.

— D-de que você precisa?

Ele olhou para ela, dando-lhe um sorriso fraco. — Você


poderia esperar até que eu tome um banho, para se certificar
que eu não vá apagar antes de voltar para a cama? — Não
havia nenhum jeito dele desmaiar, mas ela realmente não
precisava saber disso. Seria somente contra produtivo dizer
isso pra ela.

Por um momento, pareceu que ela ia recusar. No final,


ela suspirou e acenou para ele ir. — Vá em frente, eu espero.
— Ela se sentou na beira da cama preparada para esperar.
— Obrigado. — Ele disse suavemente, antes de
continuar indo para o banheiro em um ritmo exagerado. Uma
vez que a porta estava fechada, ele tomou o banho mais
rápido de sua vida.
Dez minutos depois, as sobrancelhas de Madison
levantaram quando Ephraim caminhou lentamente de volta
para seu quarto. Que diabos ele estava fazendo? Ela não era
uma idiota afinal. Este pequeno truque tinha sido tentado por
Jill e Joshua ao longo dos anos. Todo o “estou muito doente
para ir para a escola” foi desperdiçado em cima dela.

Se ele ia jogar, então ela também ia. — Coitadinho. —


Ela se emocionou. Seus lábios tremeram, mas ele não sorriu
quando ela o ajudou a ir para a cama. Ela montou um grande
espetáculo se preocupando com ele.

— O que posso fazer por você? — Ela perguntou em voz


baixa.

Cristo aquilo foi inesperado. — Umm... minhas costas


estão doloridas... — Ele precisava conseguir algum tempo
para pensar em algo para mantê-la aqui.

Ela balbuciou. — É claro que estão. — Ela gentilmente


agarrou seus ombros e puxou-o para frente para que pudesse
alcançar ao seu redor e passar as mãos pelas suas costas.
Ele só sugeriu isso para ganhar algum tempo até que
descobrisse uma maneira de fazê-la ficar mais tempo, mas
uma vez que suas mãos começaram a correr pelas suas
costas ele não podia ter o bastante do seu toque.

Fazia tanto tempo desde que alguém o havia tocado com


qualquer quantidade de afeto. Além dos abraços ocasionais
de seu irmão, cunhada, sobrinhos e sobrinhas, não havia
ninguém para lhe mostrar qualquer tipo de compaixão. As
mulheres com quem dormiu não mostraram nada mais que
desespero e necessidade. Elas só o tocavam se isso de alguma
forma as fosse levar ao seu próprio prazer. Ele nunca tinha
sentido qualquer tipo de afeto em suas ações.

Madison, por outro lado, seus toques foram o


amolecendo. De maneira alguma ele deixaria de perceber que
tipo de mulher amorosa e altruísta ela era, pelo jeito que ela o
estava tocando. Era tão bom e ele rezou para que ela nunca
parasse.

Ela teve que parar de lamber seus lábios ao passar as


mãos sobre suas costas. Desde que eles se mudaram para cá,
ela imaginava como seria passar suas mãos sobre seu corpo e
agora ela estava fazendo isso.

Isso era para mexer com ele, mas não estava


acontecendo dessa forma. Ela adorava a sensação de sua pele
quente e suave sob suas mãos. Era incrível quanto firme
eram suas costas. Ela se inclinou sobre ele, para que pudesse
esfregar ainda mais para baixo em suas costas. Foi preciso
um gemido suave para tirá-la do seu transe, ele estava
brincando com ela e estava gostando.

Madison puxou a mão de volta. — Eu diria que você já


está bem. — Disse ela friamente.

Ele olhou para cima e suavemente a segurou pelo braço.


Ela teve que usar tudo que tinha para não ofegar. Seus olhos
azuis profundo estavam cheios de lágrimas não derramadas.

—E-Eu lhe machuquei? — De alguma forma ela


conseguiu perguntar.

— Não. — Sua voz era rouca. Ele desviou os olhos por


um momento antes de olhar para trás. Seu coração se partiu.
Ele parecia tão triste e perdido. — Por favor, não pare, — ele
suplicou suavemente. — E-eu sei que eu não mereço isso. Eu
menti sobre o mal-estar... Eu só... — ele lambeu os lábios. —
Sinto muito.

Ele balançou a cabeça antes de soltar seu braço. — Eu


sinto muito sobre tudo. A maneira como o tratei naquela
noite, quando eu... — Ele fez uma careta com a memória de
enfiar a mão dela sobre sua ereção. — Eu fui um babaca.
Você não merece ser tratada daquela forma e eu realmente
sinto muito.
Ephraim parecia tão perdido. — Você poderia, por favor,
continuar? — Ele perguntou em voz baixa. Não havia
nenhuma dúvida na mente dela que lhe custou muito
mostrar qualquer fraqueza, e isso a chocou.

Ela suspirou, enquanto se inclinava sobre ele mais uma


vez. — Está tudo bem, — disse ela, ignorando seu pedido de
desculpas. Ela sabia do que ele estava falando e não achava
que isso precisava de um pedido de desculpas. Claro que ele
tinha sido bruto, mas ela... bem... ela empurrou-o para fora
de sua mente e se focou. — Tenho certeza que você está
dolorido depois de uma semana no hospital. — Ela
murmurou.

— Obrigado. — Ela o ignorou e se concentrou na pele,


quente e suave. Depois de um momento ela não podia negar
que era bom, muito bom, tocá-lo tão livremente. Ela mordeu
os lábios para se impedir de inclinar e esfregar o rosto em seu
ombro ou inalar seu cheiro. Ela tinha um grande problema
aqui.

As mãos dela se afastaram até que chegaram em seus


ombros e então, como se elas tivessem uma mente própria,
desceram pelos seus braços e, em seguida, subiram
novamente. Ela gostou da sensação de seus bíceps se
contorcendo sob suas mãos, então ela fez isso de novo e de
novo.
Ephraim lentamente se recostou até estar sentado
contra a pilha de travesseiros que ela tinha colocado atrás
dele. Seus olhares se prenderam um no outro, enquanto ela
passava as mãos mais uma vez nos braços dele, em seguida,
ela permitiu-se corrê-las pelo seu peito até que se encontrou
massageando seu peito e estômago. Músculos rígidos
ondulavam sob seu toque.

Ela estava vagamente consciente dele puxando a perna


dela sobre seu colo até que ela estava montada nele. Seus
olhos focados nos dele. Ele passou as mãos lentamente sobre
suas coxas, dando-lhe a chance de detê-lo. Ela não o fez, não
queria que ele parasse. Na verdade, ele estava lento demais
para o seu gosto. Ela se ajustou, inconscientemente, em seu
colo, fazendo-o ofegar.

Foi só então que ela percebeu onde estava sentada. As


mãos dela se acalmaram sobre seu estômago quando ela
percebeu que estava sentada diretamente sobre sua ereção.
Ela lambeu os lábios, tentando deter o gemido que ameaçava
escapar, enquanto as mãos dele subiam pelo seu lado, até
cobrirem seus seios através de sua blusa fina.

Seus olhos nunca deixaram os dela, enquanto ele corria


as pontas de seus polegares sobre seus mamilos duros. Seus
olhos ameaçaram fechar de prazer, mas ela lutou contra a
vontade. A expressão dele era ilegível enquanto massageava
suavemente seus seios. Ela viu quando seus olhos
lentamente passaram de um azul bonito e calmo para um
vermelho líquido.

Madison desejou mover suas mãos quando ele provocou


seus seios. Era tão bom. Vários homens a tocaram no
passado, mas nunca foi tão bem. Ele pressionou suavemente
os seios, direcionando-a a inclinar-se para ele. As mãos dela
deslizaram por seu peito até seu cabelo.

— Deus, você é linda. — Ele gemeu enquanto se


inclinava para tomar sua boca em um beijo suave. Ele não
pressionou para aprofundar o beijo, mesmo que seu corpo
estivesse gritando por isso. Isso era importante demais para
se apressar. Ele sabia que se fizesse isso, ela iria fugir. Em
vez disso, se concentrou em dar prazer a ela através de seu
toque.

Puramente por instinto, ela começou a esfregar sua


pélvis contra ele. As mãos dele largaram seus seios e
empurraram sua camisa para cima até que seus seios
ficaram livres. Sua boca se fechou sobre um mamilo duro,
chupando fortemente, enquanto ela se movia contra ele.

Os movimentos dela eram frenéticos, enquanto


procurava por uma liberação da qual precisava
desesperadamente. Líquido quente se juntava em seu sexo
dolorosamente inchado. Ela tinha que conseguir, precisava
disso. Ephraim abaixou sua mão entre eles e abriu a toalha
para que ela pudesse se aproximar.

Ela sentiu a diferença imediatamente. Meros segundos


atrás sentar-se sobre ele era bom, mas agora que a toalha
estava fora do caminho ela se sentia no paraíso. Sem a
toalha, seu eixo rígido pressionava firmemente entre os lábios
de seu sexo. A única coisa que os separava era o material fino
de seu short de algodão. Ela não conseguia o suficiente disso
enquanto ofegava e se movimentava desesperadamente sobre
ele.

Ephraim rolou os olhos. Nunca em um milhão de anos


ele tinha esperado por isso. A virginal Madison estava
selvagem em seu colo. Ele podia cheirar quanto excitada ela
estava e isso o fez ficar mais duro do que já tinha estado em
sua vida inteira. Ele agarrou seus quadris e a moveu com
mais força contra ele.

De repente, sua boca largou seu mamilo ao deixar cair a


cabeça para trás e gemeu alto. — Ah porra, Madison, porra,
você está tão molhada, baby.

Ela ficaria sem graça mais tarde. Agora isso estava bom
demais para ela se preocupar. Se possível, ela começou a se
mexer contra ele com mais força. O aperto dele em seus
quadris se intensificou enquanto ele exalava alto. — Foda-se,
minha vez.
Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa ele a tinha
deitada de costas. Sua mão segurou um dos seios com
firmeza, empurrando-o para que ele pudesse lamber e
chupar, enquanto ele começou a mover-se contra ela.

— Ephraim... — Ela choramingou quando ele posicionou


a ponta de sua ereção contra o pano molhado que a cobria,
até que ele estava empurrando entre as dobras. Ele empurrou
gentilmente contra ela, provocando seu centro com a ponta
de sua ereção coberta de tecido.

Ele grunhiu e gemeu enquanto trabalhava pelo prazer


dela. Madison abriu as pernas ainda mais para ele, enquanto
levava as mãos até seu traseiro nu e o segurou. Ele rosnou
contra seus seios.

— Oh, por favor, não pare. — Ela choramingou.

Ele rosnou mais alto e moveu-se com mais força contra


ela, selvagemente. Ela não ficou muito preocupada quando
ouviu o tecido rasgar. Sua ereção estava rapidamente criando
um buraco em seu pequeno short. Estava bom demais para
reclamar.

Em segundos, a grande ponta de seu pênis estava nela.


Um rugido alto encheu a sala quando a primeira sensação de
estar dentro dela atravessou-o. Ela era incrivelmente
apertada, quente e molhada para caralho. Ele forçou si
mesmo a não empurrar ainda mais, sabendo que ela iria
odiá-lo. A cabeça de Madison caiu para trás enquanto ela
gemia alto. Ele se levantou, tomando cuidado para não
empurrar ainda mais dentro dela e estendeu a mão para
esfregar o polegar sobre seu clitóris.

Ela agarrou a colcha da cama e começou a mover-se em


baixo dele. Seus quadris rebolavam, tentando empurrá-lo
para dentro, mas ele se afastou apenas o suficiente.

—Ephraim... Ephraim! — Ele lambeu os lábios quando


ela chegou ao clímax. Foi a coisa mais erótica que já tinha
visto. Ela ainda estava atingindo seu auge quando suas
presas apareceram. Ele as empurrou de volta. Isto era para
ela, não para ele.

Quando ela finalmente acabou, fechou os olhos e


segurou a respiração. Ela se deu conta de várias coisas ao
mesmo tempo. Tinha acabado de ter o orgasmo mais
poderoso de sua vida. A ponta do pênis de Ephraim ainda
estava nela. E o pior de tudo, ele viu quando ela gozou. Suas
bochechas aqueceram e ela o empurrou suavemente.

Ele sentiu a mudança dela e soube que tudo o que ele


tinha que fazer era beijar e tocá-la de novo e ele poderia tê-la.
Ao invés disso, para sua própria surpresa, ele recuou e
observou ela arrumando suas roupas e saindo do quarto sem
olhar para ele. Na porta, ela parou e murmurou. — Por favor,
esqueça que isso alguma vez aconteceu.

— Tudo bem. — Ele relutantemente concordou em lhe


dar um pouco de conforto, mas nunca iria esquecer. Não era
possível. Mesmo agora, ele queria trazê-la de volta para sua
cama. Pela primeira vez em sua vida, ele não queria apenas
sexo com uma mulher. Ele queria tudo dela.
Capitulo 10
— Ele ainda está lá? — Madison sussurrou. Ela não
sabia por que sequer se preocupou em sussurrar uma vez
que ele iria ouvir.

Jill riu. — Sim, e eu não acho que se esconder ajuda.

Madison endireitou-se atrás da arara de roupas. — Não


custava tentar. — Ela murmurou, chutando-se interiormente
pela escolha de escapar esta noite. Ela veio aqui para
passear, só para sair de casa. Não era como se ela tivesse
algum dinheiro para comprar alguma coisa. Droga, ela
deveria ter apenas se escondido em seu quarto, de novo.

— Bem, aparentemente isso não vai ajudar, porque ele


está vindo para cá agora. — Jill sorriu maliciosamente. —
Acho que eu vou ver quem está passeando pela praça de
alimentação agora.
— Jill! Não se atreva... Jill? Volte aqui! Traidora! —
Madison sussurrou para Jill. Ela iria se vingar de uma
maneira ou de outra.

Ephraim parou a meio metro, na frente dela. Sua


mandíbula estava rígida, seus olhos eram frios. — Você está
me evitando? — Ele deixou escapar.

Ela desviou o olhar, fingindo olhar para um vestido. —


Não, eu não estou.

— Sim, você está.

— Você está imaginando coisas. — Disse ela em um tom


condescendente.

— Eu estou? — Ele se aproximou, ela recuou. — Isso


era o que eu pensava.

— O quê? Eu estou fazendo compras. — Disse ela em


um tom inocente, enquanto virava as costas para ele. Ele
estava tão lindo. Estava vestindo uma camisa azul, gravata
preta e sua calça o deixava muito gostoso. Sua arma o fazia
parecer perigoso.

— Não, você está me evitando.

Ela zombou. — Alguém pensa demais sobre si mesmo.


— Não é isso. No mês passado você fugiu toda vez que
me viu ou se escondeu atrás de alguma coisa. — Ele fez um
gesto para a arara de roupas. — Você se esconde em seu
quarto, você ignora minhas batidas na porta e você sai uma
hora mais cedo de manhã ou espera até que eu saia, só para
me evitar. Você começou a comer em seu quarto, quando
comecei a descer durante a hora do jantar e você não usou
nosso banheiro por três semanas.

Madison casualmente andou para outra seção. Esta


proximidade estava mexendo com sua cabeça. Ela precisava
de alguma distância, só para pensar claramente. Ele tinha
esse efeito sobre ela. Era o único. Seria muito mais fácil para
ela se tivesse medo dele.

— Você está fazendo isso de novo! — Disse ele, andando


atrás dela.

Ela riu fracamente. — Eu não estou, eu estou olhando...


para... — ela gaguejou. O que diabos ela estava olhando? Ha!
Ela ainda estava na seção feminina, embora as roupas
parecessem ser um pouco maiores aqui.

—Então, quando o pacote da alegria chega? Eu suponho


que nós estamos falando da Imaculada Conceição.
Seu rosto ficou vermelho. Ele era um homem horrível,
horrível. — Estou procurando para uma amiga. — Ela
mentiu.

— Que gentil da sua parte, — ele disse secamente. — Eu


pensei que as mulheres comprassem para o bebê.

Ela encolheu os ombros e decidiu seguir com a mentira.


— Não há nenhuma lei que diz que eu não posso comprar
algo bom para uma amiga.

— Claro que não. Então, qual é o nome dessa amiga?

— Uh... Betty?

— Betty é uma pessoa de sorte por ter uma amiga como


você. — Ele disse casualmente.

— Pelo menos ela não está me perseguindo.

—Quem está lhe perseguindo? — Ele perguntou


enquanto olhava as camisas.

Ela se virou para ele, com os punhos nos quadris e


assobiou. — Você está!

Ele jogou a cabeça para trás e riu.


— Pare com isso!

Ainda rindo, ele disse. — Sinto muito, mas...

— Você deveria sentir mesmo.

— Eu vim aqui para encontrar algumas camisas novas.


Eu não sabia que você estava aqui e eu não estou lhe
seguindo. Você está apenas paranoica. — Ele mentiu,
parcialmente. Ele precisava de novas camisas. Quando
Joshua disse a ele onde ela estava, essa necessidade tornou-
se urgente.

Seus olhos se estreitaram. — Então, você está dizendo


que não está me perseguindo?

Ele fez seu melhor para parecer inocente. — Claro que


não.

Ela incisivamente olhou para suas mãos vazias. —


Então, onde estão suas camisas?

Droga. — Eu vi você antes de encontrar alguma.

— Por qual entrada você veio?

— O que é isso, a Inquisição Espanhola?


— Basta responder a pergunta.

— Tudo bem, a entrada da frente.

— Ha! — Uma mulher que estava passando com uma


criança pequena pulou e saiu correndo.

Ele riu. — Calma, você está assustando os nativos.

Ela fez um gesto calmamente para frente da loja. — Se


você realmente entrou pela porta da frente você teria que
passar por suas camisas e você não teria me visto.

Caramba. — Eu não preciso lhe ver, Madison. — Ele se


inclinou, colocando a boca ao lado de sua orelha. — Seu
cheiro me chama. Ele grita por mim.

Ela engoliu em seco. — Podia... podia ser qualquer um.

Ele exalou, banhando a pele dela em seu hálito quente,


que enviou arrepios por sua espinha. — Não, querida,
ninguém mais, nada mais me chama da maneira que você
faz. Você é minha sereia, me chamando para a praia. Meu
farol. Você é a única coisa que eu desejo.

— Eu não entendo. É só sangue. — Ela sussurrou.


Ele suspirou profundamente, enviando outra onda de ar
quente contra sua pele. —Não, eu vejo que você não entende.
— Ele passou os lábios sobre sua nuca. Ela cheirava tão bem.

— Eu não tenho medo de você. — Disse ela com firmeza.

O cheiro de excitação feminina o afetou, muito. Ele


gemeu contra sua pele. — Não, você definitivamente não tem
medo de mim. — Ele deu um beijo em seu pescoço. — Eu não
quero que você tenha medo. — Outro beijo.

— Porque você quer o meu sangue. — Ela engasgou.

Seus beijos a fizeram contorcer. Sentia-se tão bem. Ela


gostava de tudo sobre ele. Ele a estava deixando louca. Ela
não queria se sentir desse jeito por nenhum homem. Ela não
queria ser sua mãe, que se apaixonava por todo cara que
olhava para ela e fazia da sua vida tudo sobre um homem.
Ela não podia se perder assim e, com Ephraim, ela estava
com muito medo de que isso acontecesse. — Ephraim, se
você quer um pouco do meu sangue, eu poderia doá-lo. Isso
deve resolver o seu problema.

Ele balançou a cabeça ligeiramente contra a curva de


seu pescoço passando os lábios sobre sua pele de uma
maneira deliciosa. — Isso nunca seria o suficiente.
—Eu poderia fazê-lo uma vez por semana. —
Acrescentou ela, parecendo esperançosa.

Suas mãos tomaram as dela, entrelaçando os dedos. —


Isso nunca seria o suficiente para mim. — Ele beijou seu
pescoço com avidez.

Ela fechou os olhos e sua cabeça caiu para trás contra


sua própria vontade. —Quanto? — Ela lambeu os lábios. —
Quando será o suficiente?

— Quando você for minha. — Ele rosnou contra sua


pele.

Ela engasgou quando o ar frio atingiu seu pescoço.


Olhou ao redor em transe. Ele se foi.

— No quesito de saídas essa foi uma boa. — Ela


murmurou.

Suas palavras soavam em sua cabeça. O que ele quis


dizer com "quando ela fosse dele"? Será que ele esperava que
ela se tornasse sua vaca? Disponível para que ele se
alimentasse sempre que se sentisse necessitado? Talvez ele
quisesse dizer que iria drená-la de uma vez. Se todo o seu
sangue estivesse em seu estômago, então, ele certamente iria
fazê-la sua, ela imaginava.

Ela socou o travesseiro, tentando fazer a maldita coisa


se comportar e se virou de novo. Se ele disse isso para mantê-
la acordada a noite toda, bem, então ele certamente
conseguiu. Ela se sentou de repente, chutando as cobertas.
— É isso! — Se ela ia ficar acordada a noite toda, então
ele iria responder às suas perguntas. Ele ainda lhe devia
duas horas. Ela tinha aquelas fotos reveladas e ampliadas
como prometido. Até tinha as emoldurado e pendurado em
seu quarto. Ele devia a ela e ela tinha a intenção de cobrar,
agora.

Ele não ia escapar disso esta noite. Ela disparou em


direção à porta do banheiro, abriu e engasgou.

Ephraim estava de pé, no vão da porta. Com todos os


músculos em seu corpo tensionados fortemente. Seus olhos
eram de um vermelho-fogo e ele parecia muito perigoso. Ela
deu um passo para trás.

— Eu disse a mim mesmo que se você abrisse a porta...


— Ele olhou para a porta e, em seguida, de volta para ela,
correndo os olhos pelo seu top rosa bebê e calcinha
combinando. —Que eu poderia ter o que queria. Esperei três
horas... Eu não podia sair, Madison. Eu tive que esperar... Eu
tive que... — Ele deu um passo para dentro do quarto.
Pela primeira vez desde o incidente na sala de jantar, ela
o temeu. Ele disse que seu sangue era sua fraqueza e ela o
ignorou. Pensou que estava a salvo, desde que mantivesse
suas portas trancadas e o evitasse, mas ela estava errada.
Ela estava muito errada.

Ela deu um passo para trás lentamente. Tinha que sair


daqui. Ele era muito rápido, ela sabia disso. A arma. Ela
precisava da arma. Lentamente, mova-se lentamente. Ela deu
mais um passo para trás, em direção ao armário.

— Vá embora, Ephraim. — Ela disse, na esperança de


distraí-lo com conversa, tempo o suficiente para que pudesse
pegar a arma. Além disso, ela disse isso com a esperança de
que ele pudesse realmente escutar.

Ele deu mais um passo em sua direção. — Eu não


posso, Madison, você não vê isso? Eu preciso de você.

— Não, o que você precisa é de um litro de plasma. Volte


para o seu quarto, Ephraim, e beba de uma bolsa.

Ele balançou a cabeça. — Não.

— Ephraim, pense no que você está fazendo. Você não


quer fazer isso. — Ela deu mais um passo e depois outro.
Graças a Deus Jill vasculhou seu armário antes e deixou a
porta aberta.

— Eu penso, você não pode ver, Madison? Eu a quero


tanto que não posso respirar. Eu não posso pensar. Todo
pensamento é sobre você. Dia e noite, eu não penso em nada
além de você. É perturbador, irritante, é um inferno. Você
não vê? Eu não posso me segurar por mais tempo. Eu a
quero tanto, Madison. — Ele disse com uma voz sensual.

Ela se aproximou do armário. Só precisava alcançá-lo e


pegar a arma. Em seguida, atirar. Ele seria nocauteado,
machucado, mas viveria e ela também.

— Eu quero que você saia, Ephraim. Agora. — Ela


estava na porta do armário agora.

— Não, eu sei que você quer isso, também. Posso sentir


isso em você toda vez que está por perto. Você me quer tanto
quanto eu quero você. Estou cheio de jogar este jogo,
Madison. Eu vim para pegar o que é meu por direito.

— Eu não sou sua, Ephraim. — Ela gritou quando


pegou a arma. Ele a agarrou, empurrando-a para trás, os
últimos metros até suas costas serem pressionadas contra a
parede. Ela agarrou a arma com força.
Podia ver o contorno de seu corpo e seus olhos
vermelhos. — Você é minha, Madison. Você sempre foi
minha. Você só não sabia disso e nem eu, mas você é minha,
querida, toda minha e eu nunca vou deixar você ir. — Ele
balançou a cabeça lentamente enquanto se inclinava. Oh
Deus, ele ia mordê-la!

O som da pistola armando era sua única advertência de


que ela tinha a arma. Ele deveria ter percebido, mas não
estava pensando claramente. Ela apertou o cano da arma na
sua lateral.

— Afaste-se de mim. A cozinha está fechada então você


terá que encontrar sua refeição em outro lugar. — Disse ela
friamente.

Ele lentamente puxou a cabeça para trás. — Madison?

— Eu disse para você se mover para trás, você não vai


me drenar esta noite!

— É disso que você acha que se trata? — Ele falou.


Estava com raiva. Ele a queria tanto e ela pensou que ele
queria alimentar-se dela. Ela não sabia que ele queria
somente ela? Será que ela não o queria tanto como ele a
queria?

— Se afaste.
— Não, eu não quero seu sangue!

Ela zombou. — Mentiroso.

Ele agarrou a mão dela, que estava livre, trouxe-a para


frente de sua boxer e guiou-a lentamente sob sua ereção. Ele
gemeu baixinho. — É por isso que estou aqui, Madison. —
Ele passou a mão dela pelo seu longo comprimento várias
vezes e ela deixou. Estava muito chocada com o rumo dos
acontecimentos. Também estava muito curiosa.

Ela nunca iria admitir que tinha gostado da última vez


que fizeram isso. Ele era tão... tão grande. Sua ereção estava
lutando contra o material de sua boxer e ela se perguntou se
iria estourar o tecido. Sua testa caiu suavemente contra a
dela. Ele estava ofegante, e ela percebeu que também estava.
Ela nunca quis nada em sua vida como o queria neste
momento. A dor em seu corpo, de negar a si mesmo por tanto
tempo, estava se tornando demais. Ela precisava dele.
Ephraim iria tirar essa dor.

Ele tirou a mão dele, mas ela não tirou a dela, tampouco
parou de movê-la.

— Isso é tão bom. — Ele gemeu. Abaixou sua boca na


dela e a beijou suavemente, sem pressa, fazendo-a se
acostumar com a sensação de seus lábios. Ele pegou a arma
dela, colocando a trava de segurança e a devolvendo à
prateleira, enquanto a beijava.

Seus lábios eram tão bons. Era bom demais para ser
verdade. A qualquer momento ele iria forçar a língua dentro
da boca dela e então não seria tão bom. Era assim que
sempre acontecia. Ela rezou para que isso não acontecesse,
mas ela sabia que iria. Isso a fez se sentir quase triste.

Os polegares de Ephraim se engancharam no cós da


calcinha dela e ele puxou, rapidamente, arrebentando-as,
sem machucá-la. Ela suspirou, abrindo a boca o suficiente
para que ele deslizasse a língua para dentro e ele o fez. Ele
gentilmente lambeu seus lábios e lentamente correu sua
língua para dentro.

A língua dele era como seda quente. Ele se movia em


sua boca, com confiança. Não foi rude e estranho, como com
os outros homens. Ele brincou e a acariciou até que ela
estava movendo a língua contra a dele, fazendo-o gemer de
satisfação.

O ar frio em seu peito foi a sua única pista de que ele


tinha rasgado a blusa dela, também. Suas mãos acariciavam
gentilmente suas costas e traseiro, antes de passar para
frente, onde ele as deslizou até seu estômago e sobre os seios,
roçando os mamilos duros com a palma da mão.
Ela gemeu e apertou sua ereção. Ele gemeu em sua
boca. Curiosa com a reação dele, ela parou de tocá-lo e puxou
para baixo sua cueca, libertando-o. Seu pênis saltou livre,
batendo contra o estômago dela.

Ele afastou a mão dela, quando ela foi pegá-lo


novamente. Ela queria senti-lo.

— Minha vez.

— O quê? — Ela parecia atordoada.

—É a minha vez. — Ele simplesmente disse e pressionou


quentes beijos de boca aberta em seu pescoço, até seu peito.
Ele beijou e lambeu todo seu seio, exceto o mamilo. Os
ignorou, deixando Madison doida. Os mamilos ficaram
dolorosamente duros. Ela se contorcia e gemia. Suas mãos se
juntaram a sua boca e segurou seu peito, apertando
suavemente e acariciando-a, mas também ignorou os
mamilos.

Justamente quando ela pensou que ele iria finalmente


aliviar a tensão em seu mamilo, ele moveu sua boca para o
próximo peito e fez a mesma coisa. Ela fechou os olhos. —
Por favor, Ephraim!

Ele riu contra sua pele. Sua língua molhada sacudiu


seu mamilo, muito duro. Ela suspirou e gemeu alto.
— É isso o que você quer?

— Sim. — Ela praticamente gritou. Sua boca se fechou


sobre o mamilo, puxando-o na boca, onde ele chupou duro
enquanto sacudia a língua contra ele. Ele beliscou e torceu o
outro mamilo entre os dedos. A parte inferior de seu
estômago parecia que estava inchada. Era tão doloroso. Ela
precisava de alívio.

A boca de Ephraim deixou seus seios para suas mãos


muito capazes. Ele lambeu e mordiscou o caminho até suas
pernas. Ela tentou fechar as pernas por causa da vergonha.
Ele pressionou beijos ao redor da área que estava desnuda
para ele, até o topo de seu monte. Quando ele começou a
lamber a área com a língua, ela gemeu o nome dele e,
lentamente, abriu as pernas para ele.

Ele traçou a fenda com a ponta da língua. Ela estava tão


molhada e inchada. Ele não se cansava de seu sabor. Tinha
que ter mais. Empurrou sua língua dentro dela. Ela gemeu
quando seus quadris instintivamente empurraram contra sua
boca. Ele passou a língua em torno de sua abertura.

Todo músculo em seu corpo estava tenso. Ela estava se


impedindo de se mover contra ele. Naquele momento ele não
queria nada mais do que ela montando em sua boca. A
simples ideia disso fez seu pênis saltar em antecipação.
Ele retirou sua boca dela, fazendo-a gemer. — Está tudo
bem, baby. Coloque a perna por cima do meu ombro. —
Quando ela não se moveu, ele moveu a perna dela,
levantando-a por cima de seu ombro. Ela parecia confusa. —
Está tudo bem.

As mãos dele deixaram seus seios e foram para seu


traseiro. Ele deslizou a língua pelo âmago dela, fazendo-a
gemer alto. Suas mãos agarraram suas nádegas com força,
movendo-a contra sua boca. Levou apenas alguns segundos
para Madison seguir sua liderança. Ela usou sua perna em
suas costas como apoio para mover-se contra sua boca. Logo
ela estava se movendo por conta própria.

Ela não podia acreditar que estava fazendo isso. Mais


tarde, quando pensasse nisso, morreria de vergonha, mas
agora ela morreria se parasse. Parecia o paraíso. Sua língua
era forte e firme dentro dela. Ele gemeu, enviando deliciosas
vibrações através dela. Ela se moveu contra ele com mais
força, ela não conseguia evitar e ele não pareceu se importar.
Na verdade, ele parecia amar isso, a julgar pelos seus
gemidos.

— Ephraim... — Ela gemeu com os olhos fechados,


enquanto se movia contra a sua boca em um movimento
circular. Ele sacudiu forte a língua dentro dela fazendo-a
agarrar sua cabeça para apoiar e para mantê-lo lá. Ela olhou
para baixo para ver dois belos e brilhantes olhos vermelhos
olhando para ela. Isso a mandou direto para o limite.

Ela se segurou por sua preciosa vida, quando um clímax


rasgou através dela. Ela gritou seu nome uma e outra vez, até
que estava fraca demais para se mover. Ainda assim, ele não
parou. Ele a lambeu mais suavemente. Se concentrando em
provocá-la. Era demais. Seu corpo não poderia lidar com isso,
de novo, tão cedo.

— Ephraim... não... por favor... eu não posso fazer isso


de novo... é demais. — Ela ofegou.

Ele deu um beijo suave contra sua fenda. Limpou a boca


com as costas da mão e se levantou. — Shh, está tudo bem.
— Ele a pegou e a levou para a cama. Arrastou-se ao lado
dela puxando-a para seus braços.

Ela pressionou beijos preguiçosos no seu queixo. —


Mmmm, aquilo foi tão bom, Ephraim. Obrigada. — Disse ela,
sonolenta.

Ele riu. — De nada!

— Seus olhos ainda estão vermelhos. — Ela murmurou,


seguido por um longo bocejo.
— Você está cansada, querida? — Ele deu um beijo em
sua testa.

— Mmmhmm. — Ela fechou os olhos.

Ela não ia dormir. Ainda não.

— Posso ter um beijo de boa noite, então? — Ele


perguntou suavemente.

Ela se virou para ele com um doce sorriso sonolento. —


Sim.

Ele colocou as mãos em seu quadril, segurando-a firme


enquanto se inclinava e roçava os lábios sobre os dela em um
beijo provocativo. Ele moveu os lábios nos dela até que ela se
moveu contra os dele. Ele lentamente aprofundou o beijo e
esperou enquanto ela lentamente acordava, e o beijo se
tornava faminto.

Madison sentiu seu corpo se agitar mais uma vez. Não


tinha escolha, com Ephraim lentamente movendo seus
quadris contra os dela. Ele a segurou firmemente contra ele,
enquanto deslizava sua ereção contra sua fenda.

Ela estava molhada novamente. Ele podia sentir a


evidência conforme ela cobria seu eixo rígido com cada
passagem. Ela gemeu em sua boca, deixando-o saber que
amava o atrito tanto quanto ele.

— Erga sua perna. — Disse ele em voz baixa.

Sua mão já estava puxando a perna dela para cima,


enquanto ele falava. Ele puxou os quadris para trás e se virou
para frente, até que estava pressionado contra sua fenda. Ele
abaixou a perna dela. Parecia meio engraçado ter sua ereção
presa entre as pernas dela e escapando pelo outro lado.

Deixou de ser engraçado quando ele começou a se


mover. — Oh Deus! — Ela engasgou. Era uma sensação
inteiramente nova. Ele estava esfregando seu clitóris com
cada movimento e provocando seu núcleo.

Ele segurou seu seio quando a beijou e empurrou


suavemente entre as suas pernas. Mais umidade apareceu
entre as suas pernas. Será que ele não entendia o que estava
fazendo? Era demais. Era mais do que da última vez. Ela
precisava de mais. — Por favor! Ephraim, por favor!

— Por favor, o quê? — Ele perguntou contra sua boca.

— Por favor!

Ele empurrou mais duramente embora mais lentamente


entre suas pernas. — Você me quer dentro de você?
— Sim!

— Eu quero isso também. — Disse ele em voz baixa.


Usando seu corpo, ele a virou de costas. Suas pernas
subiram para se enrolarem ao redor dele, segurando-o com
força contra ela. Ela estava com medo de que ele parasse.
Não havia nenhuma possibilidade disso acontecer.

— Isso vai doer. — Ele alertou.


Capitulo 11
— Eu não me importo, Ephraim! Somente faça isso, por
favor! — Ela implorou.

Ele riu suavemente, enquanto se posicionava. Ele podia


vê-la. Ele podia ver tudo. A escuridão não significava nada
para ele. Ele viu tudo tão claramente como se fosse dia
embora em tons de azul e ele nunca esteve tão feliz com isso,
quanto estava agora.

Ela podia ver seus olhos no escuro. Eles eram brilhantes


e intensos, mas não podia ver sua mandíbula se apertar com
força ou o olhar de posse em seu rosto. Ela era dele. Ela só
não sabia disso ainda. Ele lentamente empurrou, vendo a
expressão em seu rosto. Ele passou através de sua entrada e
continuou a empurrar.

Foi o mais apertado que ele já tinha experimentado. Ele


sempre lidou com mulheres com experiência. Ele tinha muito
medo de ser o primeiro de qualquer mulher e não faria isso
de qualquer maneira. Ele foi criado para acreditar que se você
deflorasse virgens, você a roubava de seu futuro marido. Não,
naquela época, você se casava com a mulher que você
deflorava e essa regra tinha ficado com ele até hoje.

Ele teve que parar quando se deparou com a evidência


de sua virgindade. Uma vez que ele a rompesse, ela era dele.
Não foi isso que o impediu, entretanto. Uma vez que ele
rompesse sua virgindade, haveria dor e sangue.

O sangue de Madison.

Ele não sabia como iria reagir, uma vez que seu sangue
atingisse o ar. Por que ele não tinha pensado nisso antes?
Tudo em que ele pensou, desde o dia na beira da estrada, foi
se enterrar até o fundo no corpo dela. É claro que ele iria
começar a pensar com clareza, uma vez que estivesse dentro
dela, ele pensou secamente.

— Ephraim tem algo errado? — A voz dela era de dor.

— Eu não posso fazer isso. — Disse ele, se afastando


dela.

— Ephraim? — Sua voz tremeu. — Eu fiz alguma coisa


errada? Sou eu?

Oh Deus, ela estava quebrando seu coração. — Não,


querida, você não fez nada. — Ele afastou-se de seu corpo.
Foi a coisa mais difícil que já tinha feito em sua vida. Ele
virou de costas para ela e se sentou na beirada da cama.

Suas mãos se apertaram em punhos em seu colo. Ele


baixou a cabeça e tentou se acalmar. Seu corpo tremia de
necessidade, por ela.

— Ephraim? — Ela se moveu- sobre a cama, até que


estava abraçando-o. Pressionando os seios contra suas
costas.

Ele balançou a cabeça em agonia. — Baby, por favor,


pare, você está me matando.

— Parar com o quê?

— De me tocar.

Ela se afastou. — Você não quer que eu o toque? — A


voz dela quebrou.

— Eu quero tanto que você me toque, baby. É tudo em


que eu consigo pensar, mas nos esquecemos de algo.

— Preservativos?

Ele riu asperamente. — Não, eu não preciso deles.


Doenças não conseguem viver no meu corpo.
— Então o quê?

— Sangue, baby, você vai sangrar quando eu tirar sua


virgindade e eu tenho medo da minha reação ao seu sangue.
Eu não confio em mim mesmo para não ter uma sede de
sangue.

—Alguma vez você já dormiu com uma mulher enquanto


ela estava sangrando? — Ela perguntou, curiosa.

Ele se encolheu. — Eu não quero falar sobre outras


mulheres, Madison. Eu não estive com uma mulher em um
tempo muito longo. Elas não significavam nada para mim, e
agora significam menos ainda. — Ele ouviu sua respiração.

— Você é a única com quem já me importei na minha


vida. Acredite em mim, se eu não gostasse de você, eu já teria
tomado sua virgindade, exatamente agora, sem pensar duas
vezes. Eu não posso lhe machucar. — Ele deixou cair o rosto
em suas mãos.

— Responda a pergunta. Você já dormiu com uma


mulher enquanto ela estava menstruada?

Ele suspirou. — Sim. — Esse costumava ser um dos


seus momentos favoritos com uma mulher. Ele amava
degustar sangue misturado com os sucos de excitação.
— Você já teve um problema com sede de sangue,
quando fez isso?

— Não, eu estava sempre no controle.

— Então, você nunca mordeu nenhuma delas?

Ele passou as mãos pelos cabelos em frustração. — Eu


nunca disse isso.

Madison se afastou dele. Ela se sentou no meio da cama


e levantou suas pernas, abraçando-as. — Se você as mordeu,
então por que seria um problema se eu sangrasse um pouco?

As mãos dele caíram de volta em seu colo. — Eu as


mordi por causa do prazer e da fome. Era uma maneira de
conseguir o que eu queria e dar para elas algo em troca.

— Algo em troca? — Ela estava confusa.

— Uma mordida durante o sexo faz com que o orgasmo


seja mais intenso. Isso também faz com que o sangue de uma
mulher corra mais rápido, para que eu possa me alimentar
depressa sem que a mulher perceba que ela foi apenas meu
lanche da meia-noite.
— Mas você nunca matou nenhuma delas? — Ela
perguntou.

— Não.
— Então, então nós estaremos seguros.

Ele riu sem humor. — Não, nós não estaríamos seguros.


Você se lembra do dia em que nos conhecemos?

— Sim, no carro.

— Você se lembra do que aconteceu no carro? — Ele


olhou por cima do ombro para vê-la.

— Sim, Jill deu em cima de você. Joshua tirou dez anos


da minha vida com essa pergunta sobre putas e você foi
muito rude.

Ele acenou com a cabeça. — Sim, eu fui, mas você está


esquecendo o mais importante.

— O quê?

— Você se cortou.

— E?
— E, foi só porque as duas crianças estavam lá para me
fazer parar e pensar, que me foquei e afastei. A única coisa
em que eu conseguia pensar era ficar bem longe de você e por
isso eu entrei. Quanto mais eu me afastava de você, mais
claramente eu pensava. Eu tive que lutar contra o desejo de
voltar. Lembrei-me do que estava em jogo e o que aconteceria
se eu tomasse você. Madison, você não tem ideia do quão
ruim foi.

— Não tenho ideia sobre o que? O que você teve que


parar a si mesmo de fazer?

Ele só olhou para ela. — O que, Ephraim, me diga qual


foi o grande negócio?

— Eu teria pulado sobre aquele carro e rasgado a sua


garganta com os dentes e não teria nada neste mundo que
teria me arrancado de você até que eu tivesse a última gota
de seu sangue na minha língua.

— Oh, eu acho que isso explica tudo. — Madison disse


ironicamente, tentando aliviar o clima depois da confissão.

— Eu tentei explicar isso para você, Madison.

— Sim, você fez.

— Eu sinto muito.
— Não diga isso.

— Eu não sei mais o que dizer. Eu não posso correr


nenhum risco com você. Eu não quero lhe machucar.

— E se eu sangrasse, você perderia o controle? — Ela


perguntou.

Ele acenou com a cabeça. — Se você se cortasse agora,


você teria que correr para pegar sua arma e orar a Deus para
que eu pudesse me segurar por tempo suficiente para que
você pudesse colocar uma bala no meio dos meus olhos.

Ela fez uma careta. — Se você sangrasse enquanto eu


estivesse dentro de você, quando eu já estivesse fora de
controle, eu provavelmente iria lhe foder até que você
estivesse adequadamente drenada.

—Muito obrigado pelas palavras gentis. — Ela


murmurou.

— Eu não vou adoçar isso para você, Madison. Você


precisa entender os perigos de estar comigo. Você entre todas
as pessoas precisa saber.

— Eu ainda não entendo isso. Por que eu? O que é tão


diferente em mim?
Ele olhou para longe dela. — Eu não sei. Eu nunca ouvi
falar disso acontecendo com ninguém antes.

— Então o sangue de todo mundo tem o mesmo gosto?


— Não, de cada pessoa é diferente.

— Como assim?

— Baby, nós podemos fazer isso outra hora?

— Você está bem?

— Não. — Ele balançou a cabeça. — Eu não consigo


pensar em nada além de você agora. Eu preciso sair desse
quarto antes que eu faça algo estúpido.

— Oh, você pode apenas responder aquela pergunta? —


Ela percebeu pela primeira vez que o corpo dele tremia.

Ela ouviu sua ingestão rápida de respiração. — Algumas


pessoas tem um gosto ruim, muito ruim. Pode ser por causa
de uma doença, da idade, há uma série de coisas que podem
dar errado no corpo humano e todas elas aparecem no
sangue.

— Faz sentido. — Ela concordou.


— Digamos que uma pessoa coma muitos doces, então o
seu sangue será doce. O mesmo pode ser dito sobre o álcool
ou drogas, eu sentiria o gosto disso. Outros... bem, acho que
de todas as coisas que você faz durante o dia, o que você
come, o que você bebe, o ar que você respira, as pessoas que
a cercam. Tudo isso influencia o seu sangue. Faz o sangue de
cada pessoa único.

— Ok, então tudo que nós temos que fazer é descobrir o


que está fazendo meu sangue ser único, então eu vou ficar
longe disso. — Ela se sentiu aliviada. Isso devia ser bem
simples. Ela mudaria sua dieta e limparia seu sistema. Isso
poderia demorar um pouco, mas ela poderia fazer isso.

Ephraim se levantou. — Madison, não é tão simples


assim. Não é nada que você está comendo ou fazendo que
está causando isso.

— Como você sabe? Eu poderia de alguma forma estar


fazendo uma variedade de coisas corretas que me fazem
irresistível.

Ephraim manteve-se de costas para ela. Ela não


precisava ver o quanto ele ainda estava excitado. Era mais do
que doloroso. — Madison, não é nada que você está fazendo.
Posso garantir isso pelo fato de você ainda estar viva. Se fosse
apenas com base no seu sangue você já teria sido morta há
muito tempo. Apenas sair à noite a colocaria em perigo se
esse fosse o caso.

— Talvez, eu nunca me deparei com um vampiro antes.

— Madison, você se lembra, há dois meses, quando eu


estava no bar e alguns de seus amigos arrastaram você até
lá?

— Sim. — Ela provavelmente não ia esquecer aquela


noite. Toda mulher parecia só ter olhos para ele. E cada
bêbado parecia ter as mãos bobas sobre ela.

— Havia cinco vampiros lá naquela noite. Se o seu


sangue tivesse exercido um décimo do poder que ele tem
sobre mim, eu nunca teria sido capaz de mantê-los longe de
você. Eles teriam me rasgado e todos os outros que
estivessem em seu caminho.

— Espere, você me protegeu?

— Sim, é claro.

— Se o meu sangue não tem o mesmo valor para eles


como tem para você, então por que eles estavam atrás de
mim?
Ele suspirou. — Você é uma virgem, Madison. Seu
sangue é puro. É um deleite. Além disso, você é uma mulher
muito bonita. Eles seriam tolos de não querer você.

— Então, eu ainda sou uma...

— Sim, eu não a tomei. — Ele se moveu em direção à


porta. — Sinto muito sobre isso, baby. Boa noite.

Ele estava à beira das lágrimas. Vinte minutos depois de


deixar o quarto dela ele ainda não tinha conseguido
encontrar alívio. Não importava o quanto ele pensasse nela, a
forma como ela parecia, o gosto e a maneira como ela se
movia sobre sua boca, o alívio não vinha. Pelos últimos dez
minutos, ele tinha estado preso à beira da liberação.

— Então este é o inferno. — Ele baixou a mão e respirou


fundo. Ele precisava pensar em outra coisa, algo para distraí-
lo. Pesca. Não havia nada sexual sobre pesca. Ganchos,
iscas, sujeira, o balanço do barco... balançando...
movimento... Madison. Puta que pariu!

A porta do banheiro de Madison abriu. Ele esperou para


ouvir o clique. Ouviu quando ela ligou o chuveiro. Ele olhou
para o relógio para ver que eram duas da manhã. Ela nunca
tomava banho tão tarde.
Um sentimento rasgou por ele. Ele a machucou. De
alguma forma, ele a machucou e ela precisava de água
quente para aliviar quaisquer dores que ele causou. Merda.
Pensando bem, ele pode ter sido um pouco rude, com as
mãos e a boca. Ele sabia que não a tinha cortado com suas
presas, ele definitivamente teria notado isso.

Ele ouviu um movimento contra a porta. — O que... —


Por que ela estava enfiando uma toalha debaixo da porta
dele? Ele se sentou na cama e jogou as pernas para o lado,
olhando para a porta atentamente. Ela estava tramando algo.

Ela estava respirando com dificuldade e murmurando


alguma coisa, que mesmo ele não podia ouvir. Caminhou até
a porta e ouviu atentamente. A água estava espirrando em
sua pele, ok ela estava no chuveiro, nada nefasto nisso. Ela
começou a resmungar mais alto.

— Só faça isso... não seja tão covarde... bem, posso fazer


isso, eu posso... bem... — Ele esperou com antecipação. O
que ela estava fazendo que era necessário uma conversa
estimulante? Ele se encontrou prendendo a respiração.
Depois de um longo momento, ela suspirou e murmurou. —
Eu sou uma medrosa. — Ele queria sorrir, mas estava
ficando um pouco preocupado

— Madison?
Ela chiou. Sim, ela estava definitivamente tramando
algo e ela não queria que ele soubesse sobre isso.

— Sairei em minuto. — Sua voz estava tensa.


— Você está bem?

— Oh, eu estou bem. Er, eu poderia incomodá-lo com


uma coisa? — Ela parecia mais alegre.

— Claro.

— Você poderia ir lá embaixo, até a cozinha? Eu estou


realmente com fome.

Ela queria que ele fosse embora. — Claro, o que você


quer?

— Um, você poderia fazer uma torrada com manteiga? E


uma Coca-Cola? — Ela o queria longe por um tempo. Sabia
que ele não sabia usar a maldita torradeira.

— Claro. Eu vou agora mesmo.

Madison ouviu quando ele abriu a gaveta da cômoda,


provavelmente para pegar algumas roupas. Ela prendeu a
respiração quando a porta abriu, fechou e ela ouviu seus
passos desaparecendo.

— Graças a Deus. — Ela murmurou.

Era muito difícil fazer isso. Ela não precisava do Sr.


Supersônico ouvindo do lado de fora da porta. Ela olhou para
o vibrador em suas mãos. Foi ideia de Candy dar um
presente de Natal adequado para sua virginal filha. Não que
Candy soubesse que ela era virgem. Se ela soubesse, Madison
nunca iria parar de ouvir sobre isso.

Candy empurraria homens em sua direção. Teria que


mergulhar na rua para evitá-los. Ela riu da imagem. Não, ela
tinha que se concentrar. Segurou o vibrador branco longo e
fino em sua mão, era duro e parecia que ia doer.

Talvez ela devesse escolher um diferente. Ela só


escolheu este porque era o mais fino e realmente não se
assemelhava a um pênis. Ela queria que isso fosse visto como
um procedimento puramente médico. Seu hímen precisava
ser rompido. Com isso fora, ela poderia perder sua virgindade
com Ephraim.

Romper seu hímen com um vibrador de plástico que a


lembrava de um dedo longo não era perder a virgindade, ela
disse a si mesmo. Ela só estava fazendo o possível para que
eles pudessem fazer amor sem ele ter que se preocupar. Ela
olhou para a ponta dura, de novo.

— Oh, isso vai doer para caramba. — Ela quase


choramingou. Os outros não pareciam que iriam fazer o
trabalho. Sua mãe comprou-lhe uma variedade de
brinquedos sexuais para o Natal por causa da situação com
David. Candy não queria que Madison corresse para algum
“perdedor” porque ela estava com tesão, essas foram suas
palavras. Suas palavras exatas. Era um pouco lisonjeiro que
Candy achasse que ela era boa demais para homens como
aquele.

— Somente faça isso. — Ela disse para si mesmo.

Ela nunca tinha usado nenhum dos brinquedos que


Candy tinha comprado. Simplesmente os jogou em uma caixa
de sapatos e os escondeu, era muito embaraçoso e arriscado
jogá-los fora. E se sua avó os visse, ou Joshua os encontrasse
e pensasse que eram brinquedos? Ela morreria de
humilhação se o encontrasse brincando de espadas com eles.

Então, ela os manteve e agora estava usando um deles


para romper seu hímen para que pudesse dormir com seu
namorado, bem, ele não era exatamente seu namorado, mas
ela queria dormir com ele, desesperadamente. Ele falou sobre
sua atração desesperada pelo seu sangue, mas ele não
entendia a dela por ele.
Ele era como uma droga para ela. Ela ansiava por ele
dia e noite. Então, é claro que o evitava o quanto podia, mas
agora que finalmente teve um gosto dele, ela não conseguia
conter-se. Ela precisava dele. E se esta era a maneira de fazer
isso, então ela engoliria o medo e acabaria com isso.
Ela respirou fundo, novamente, se perguntando se ela
iria sugar todo o ar do quarto enquanto se preparava para
fazer isso. Agachou-se e colocou a ponta do vibrador entre as
pernas. — Apenas uma pequena picada. — Isso foi o que ela
leu na internet. Ela tinha pulado para seu computador assim
que ele saiu do quarto, tentando encontrar maneiras de evitar
o sangramento. A única coisa que ela encontrou foi romper o
hímen sozinha ou ir ver um médico, para fazer isso. Ela só
iria sangrar quando ele rompesse e isso só acontecia na
primeira vez, então aqui estava ela agachada, nua, na
banheira, com um vibrador assustador. Ah, um momento
digno de um cartão de felicitações da Hallmark.

Depois de se certificar de que seus pés não iam deslizar


e mandá-la voando sobre sua bunda, ela empurrou o
vibrador para dentro e engasgou. Isso não foi o que ela sentiu
quando Ephraim fez isso. Tinha sido bom, parecia liso e
molhado. Isso foi... isso foi... nenhuma dessas coisas.

Ela estava seca e doeu. Parecia que estava ficando em


carne viva. — Ui... ui... uii... ui... — Ela empurrou um pouco
mais e encontrou resistência. Finalmente. Ela olhou para
cima, e não que ela não conseguisse ouvir e sentir a água
espirrando, mas ela queria ter certeza de que ela estava
correndo.

Assim que ela rompesse o hímen, estaria puxando esse


dedo horrível pra fora dela e se lavando. Ela precisava diluir o
sangue rapidamente para que o cheiro não chegasse até
Ephraim. Ela só esperava que a toalha que tinha enfiado
debaixo da porta a ajudasse onde ela falhasse.

— É isso. — Disse ela, tentando parecer corajosa. Ela


passou a língua sobre os lábios e tomou várias respirações
rápidas. — Apenas faça isso.

— O que diabos você pensa que está fazendo? — A voz


de Ephraim trovejou no pequeno cômodo.

Ela virou rapidamente para o lado, para olhar para ele e


escorregou, caindo fundo sobre o vibrador, forçando-o
completamente para dentro. Dor agonizante e afiada rasgou
através dela. Ela lançou um grito de gelar o sangue.

— Oh merda! — Sangue escorria por baixo de Madison.


Foi preciso tudo que Ephraim tinha para ignorar isso e suas
presas, que estavam pulsando com a visão e o olfato.
Madison estava chorando e de alguma forma isso foi o
suficiente para mantê-lo focado.
Ele caiu de joelhos e a levantou gentilmente. Algo
branco, bem, branco com sangue estava saindo dela. Com
dois dedos ele gentilmente puxou-o para fora dela. Parecia...
bem, ele não tinha certeza exatamente com o que isso
parecia. Era um cruzamento entre um dedo e uma tampa de
caneta. Isso não era uma caneta, era? Ele o virou em suas
mãos e notou que o sangue já tinha ido embora, graças à
água.

— O que é isso? — Perguntou.

— O que você acha que é? — Ela retrucou. Isso o trouxe


de volta para ela. Ela estava cobrindo o rosto com as duas
mãos e chorando. Felizmente, o sangue tinha parado de
correr por entre suas pernas.

Ficou claro que ela tinha rompido seu hímen. Pela


aparência e pelo cheiro disso, tinha sido muito doloroso. Ela
não estava excitada. Deve ter sido muito doloroso para ela.
Isso foi culpa dele. Ele deveria saber que ela faria algo assim.
Ele tampou a banheira e abriu mais o chuveiro. Um banho
quente iria ajudá-la.

Madison se enrolou ao seu lado, de costas para ele e


chorou em suas mãos. Isso foi culpa dele. Deveria ter sido
especial para ela e ela não deveria estar chorando. Ele teria
feito isso bom para ela. Teria se certificado de que ela gozasse
primeiro e ela estaria molhada. Ele simplesmente não tinha
conseguido terminar. Ela teve que fazer isso por ele. Ele se
sentia menos homem por isso.

— Isso dói. — Ela choramingou.

Ele se inclinou e beijou o topo de sua cabeça. — Eu sei


que dói, baby. Eu sinto muito.

— Isso deveria doer tanto assim?

Ele deveria mentir? Não. — Não, querida, não deveria


doer tanto assim. Deveria doer no começo e então, se você
estivesse com o homem certo, a dor teria ido embora
deixando somente o prazer. Você ficaria dolorida por um dia
ou dois.

— Oh, você já fez isso antes?

— O quê? Tomar a virgindade alguém?

— Sim?

—Não. Meu irmão foi casado duas vezes. Nós


conversamos sobre isso, e é claro que os outros caras falam
sobre isso. Não, eu propositadamente evitei virgens.

— Então, por que dói comigo? — Ela perguntou através


de um soluço.
Ele a beijou novamente. —Primeiro, você não estava
excitada, e outro, você enfiou essa coisa estranha de plástico
em você e, se você estiver seca, isso realmente machucaria.
Então é claro que você praticamente lançou isso em si
mesma.

— Isso foi porque você me assustou!

— Sinto muito, querida. — Ele beijou a cabeça dela de


novo.

— E-Eu cheiro diferente agora?

— Huh?

— Eu ainda cheiro como uma virgem?

Ele correu o nariz sobre seu pescoço. — Sim, mas você


cheira um pouco diferente. Você ainda tem um cheiro puro,
mas de um jeito diferente.

— Ah, então eu suponho que isso não muda a forma


como o meu sangue cheira para você?

— Não, não muda, querida. Eu ainda quero você. — Ele


a viu estremecer. — Venha, querida, vamos leva-la para a
cama antes que você pegue um resfriado. — Ele esvaziou a
banheira e a pegou, envolvendo-a em uma toalha. Ela não
podia desenrolar seu corpo, doía muito.

Ele a deitou em sua cama. — Ephraim?


— Sim? — Ele se arrastou ao seu lado, vestindo jeans.

— Você pode fazer isso melhorar?

Ela queria que ele fizesse amor com ela e mandasse a


dor embora. — Não, querida, eu não vou tocar em você hoje à
noite. Eu não sei qual o dano que você fez a si mesmo. Então,
até que nos saibamos, eu estou fora dos limites para você.

— Droga. — Ela parecia tão decepcionada e fofa, que ele


enterrou o rosto em seu cabelo e segurou qualquer som,
enquanto seu corpo tremia de tanto rir em silêncio.

Ela o golpeou no braço. — Eu sei que você está rindo!


Você é tão mau! Esta é a coisa mais embaraçosa que já
aconteceu comigo e você está rindo!
Capitulo 12
— Oh, Deus, isso é a coisa mais embaraçosa que já
aconteceu comigo. — Madison resmungou por trás da cortina
de cabelo que escondia seu rosto quando ela se inclinou para
frente.

Ela esperava entrar e fugir rapidamente. Esperou dois


dias para esta consulta, com vergonha de ir a sala de
emergência. Dois dias de dor e desconforto. Dois dias de ficar
em casa e mentindo para todo mundo sobre o que doía. Pior,
dois dias de não poder tocar em Ephraim.

Nos últimos dois dias, ele tinha sido tão atencioso. Ele
parou pela casa sempre que pôde para fazer companhia a ela
ou levar alguma coisa. Ele era tão doce e gentil que estava a
matando. Para iniciar, um relacionamento assim a estava
matando. Não poder tocá-lo era uma tortura. Fiel à sua
palavra, ele não tentou nada. Ele a queria, ela sabia disso.
Para as duas últimas noites ela adormeceu em seus
braços com a evidência de sua excitação pressionando suas
costas ou coxa. Ele nunca a empurrou ou ofereceu qualquer
coisa. A única coisa que a permitiu foi sessões de agarro
pesado. Em seguida, ele parava abruptamente antes que as
coisas ficassem fora de mão e ia para o banheiro tomar uma
ducha fria. Então agora ela estava ferida e frustrada além da
crença, mas isso ainda não era a pior parte. Nem perto disso.
Ephraim rindo e brincando sobre isso era o pior.

Uma vez que ele descobriu o que era esse dedo sem
unha e de onde veio ele não conseguia parar de rir. Ele queria
ver a caixa e não parava de importuná-la até que ela lhe
mostrou. Em seguida, para a próxima meia hora, ele a fez rir
com suas piadas e observações. É claro que ele ouviu falar de
vibradores e brinquedos sexuais, mas nunca teve um em
suas mãos.

Toda vez que alguém perguntava como ela se machucou


ou quando a vovó se ofereceu para beijar o dodói para sarar e
o dodói era uma dor de estômago, Ephraim começava a rir
incontrolavelmente até que ela ria com ele. Ele se sentia mal
é claro, mas achou essa coisa toda engraçada, até que ela
chorou. Em seguida, ele ficou muito sério, segurou-a e a
colocou em uma banheira de hidromassagem, pedindo-lhe
para deixá-lo levá-la para a emergência. Quando ela se
recusou, ele dobrou seus esforços para se certificar de que ela
estava confortável.
— Então, você realmente esteve na sala de parto? — Ele
segurou a mão dela, enquanto lhe acariciava com polegar,
mas sua atenção estava claramente em outro lugar.

O homem mais velho do outro lado da sala, irradiava


alegria. — A primeira vez que ela esteve aqui, me arrastou
para o quarto. — Ele riu. Sua mulher muito grávida deu-lhe
um tapa brincalhão no braço. — As duas últimas vezes eles
não conseguiram me manter fora de lá. É tão incrível. Você
vai adorar.

Ephraim parecia relaxado, mas sua mão disse-lhe uma


história diferente. Ele parou de se mover. — Vocês dois estão
esperando? — A esposa do homem perguntou.

— Não, ainda não. — Disse Ephraim sem problemas.


Ela era a única que ouviu o desejo em seu tom. — Então, eles
realmente o deixaram cortar o cordão umbilical?

— Sim, mas você tem que perguntar antes ou eles


cortam.

— Não é para colocá-lo em destaque ou qualquer coisa,


mas eles permitem que você veja o bebê nascer ou usam
cortinas?
Eles riram. — Está tudo bem. Eles podem fazer qualquer
coisa. Cabe a nós dizer como queremos que o nascimento
aconteça.

— Sério? — Ephraim parecia encantado com o assunto.

— Murphy. — A enfermeira chamou.

— Oh, somos nós, — disse o homem, sorrindo. Ele


ajudou sua esposa a levou para fora do quarto e lançou um
sorriso a Madison. — Boa sorte, detetive.

Madison parou um gemido. O homem pensou que eles


estavam tentando fazer um bebê. Bem, era provavelmente
melhor do que a verdade, que ela se machucou com um
brinquedo sexual.

— Simplesmente fascinante. — Ephraim murmurou.

— É apenas um parto, Ephraim. Provavelmente, você


pode vê-lo online.

— Sério? — Ele parecia animado.

— Você não sabia disso?


— Não, eu fiquei entediado com a internet, quando
surgiu, anos atrás. Eu apenas a uso, agora, para o trabalho.
Você vai ter que me mostrar mais tarde.

Ela suspirou. — Eu prometo.

— Excelente. — Ele disse alegremente.

Sob seu véu de cabelo, ela disse. — Eu não entendo por


que você está tão animado com isso.

Ele olhou com felicidade ao redor da sala. — Marc teria


adorado isso.

— Seu irmão? — Ele nunca falou sobre sua família e ela


não se sentia confortável em comentar, sabendo que era
provavelmente um assunto doloroso para ele.

— Sim, quando sua esposa Hannah estava em seu


primeiro parto ele estava muito animado. Nós dois
estávamos. Nós pensamos que ele poderia assistir o
nascimento.

Ela afastou os cabelos do rosto para vê-lo, apenas para


descobri-lo olhando para ela. Ele levou a mão dela à boca e
beijou-a.
— Então, o que aconteceu? — Ela não queria que ele
parasse de falar, a não queria que ele parasse de beijá-la
também.

— Bem, nós fizemos planos. Ele teve sua cadeira favorita


levada para o quarto, para que pudesse sentar e assistir. —
Ele riu. — Hannah descobriu e se certificou que fossemos
ambos mantidos fora. Ela contratou cinco lacaios para
guardar a porta para mantê-lo fora.
— Eu aposto que ele não gostou disso.

Ele riu mais alto. Ela gostava de ouvi-lo rir. Enviava


agradáveis arrepios a sua espinha. — Não, ele gritou e fez
uma cena. Lembrou-lhes que ele era o Duque e não iria ser
mantido fora.

— Será que isso funcionou?

Ainda rindo ele continuou. — Não, sua cunhada saiu.


Bertha, uma mulher grande, ameaçou encaixotar suas
orelhas e disse-lhe para se sentar ou ela iria se certificar de
que ele nunca tivesse outra chance de colocar um bebê no
útero de sua esposa novamente.

— O que ele fez?

— Oh, ele se sentou, é claro. Bertha era uma mulher


formidável — Ele se Inclinou para perto. — Ela me assustava.
— Ela sorriu, esquecendo sua dor e desconforto por um
momento.

— Então, ele desistiu?

Ele balançou a cabeça. — Oh não, não Marc. Ele lançou


seu tempo com sabedoria. Para o segundo e terceiro bebê
fingiu desinteresse nos nascimentos. Nós fomos para seu
escritório, beber e jogar cartas e dissemos aos empregados
para não nos incomodar até que o bebê estivesse fora e
pronto para podermos segurá-lo.

— O que aconteceu com o quarto?

— O quarto, esse era a chave. Os funcionários estavam,


agora, acostumados a nós nos escondermos no escritório.
Aquele bebê era parte de seu grande plano e confie em mim
quando eu digo que ele trabalhou muito duro para ter certeza
que ela ficasse grávida novamente. Ele estava ansioso para
ver um nascimento.

— Quando estourou a bolsa d’água de Hannah eu o


ajudei a se esconder atrás da tela de mudança. Tive a certeza
de que todas as velas fossem colocadas de forma que
nenhuma sombra fosse lançada. Desejei-lhe boa sorte e fui
para o escritório, onde nós deveríamos estar jogando cartas.
— Então, ele viu o nascimento? Ele deve ter estado tão
feliz.

Ephraim riu. — Oh, não, querida, ele ficou muito


zangado.

— Por quê?

— Ele desmaiou assim que a cabeça apareceu. Caído de


costas e ninguém sequer sabia que ele estava lá. Encontrei-o
duas horas mais tarde, quando a casa estava em alvoroço à
procura dele.

Ela riu suavemente. — Acho que é por isso que eles


tiveram outra criança.

— Sim, ele queria outra chance. Desta vez, quando ele


entrou no quarto para se esconder, Bertha estava pronta
para ele, com um cabo de vassoura. Ela perseguiu-o fora da
casa através de Rotten Row. — Seu corpo inteiro tremia de
tanto rir. — Eu nunca o vi correr tão rápido na minha vida.

—Será que ela o pegou?

Ele se inclinou para rir mais. Ela viu seu aceno de


cabeça. Ela não podia deixar de rir junto com ele, até doer. —
Ouch! — Isso parou o humor dele, que se sentou, colocando o
braço em volta dela.
— Você está bem?

Ela assentiu com a cabeça. — É só um pouco de dor.

— Madison Soloman. — A enfermeira anunciou.

— Sou eu. — Disse ela antes de se virar para Ephraim.


— Você não tem que entrar.

— Você tem certeza?

Ela assentiu com a cabeça. — Tenho certeza.

— Ok, eu vou estar aqui esperando por você.

Ela se levantou e inclinou-se rapidamente, apertando


seu estômago. — Ai! — Antes que ela pudesse se sentar
novamente Ephraim a pegou em seus braços.

— Qual o caminho? — Perguntou à enfermeira.

— N-Nessa direção. — Ela respondeu nervosa.

Madison escondeu o rosto contra seu peito. — Eu sei,


querida, isso é muito embaraçoso. Sinto muito.

— Está tudo bem. — Ela murmurou contra seu peito.


— Você pode ajudá-la a se vestir agora. — Disse a
médica, que se virou de costas para dar-lhes privacidade.
Ephraim não entendia a necessidade daquilo, a mulher teve a
cabeça entre as pernas de Madison, mas ele não ia dizer nada
desde que Madison parecia aliviada.

Uma vez ela estava vestida, Ephraim encostou-se na


mesa de exame, enquanto ela se sentou, com as pernas
penduradas, para o lado. — Ela está bem?

A médica se virou. — Diga-me, novamente, como isso


aconteceu.

Ephraim amaldiçoou em voz baixa. Ele sabia que a


médica não ia acreditar que ele foi muito áspero tomando sua
virgindade. Ele odiava mais porque o fazia parecer um idiota.

—Huh? — As bochechas de Madison ficaram um


vermelho ardente.

A médica cruzou as mãos no colo e se recostou na


cadeira. — Eu só posso lhe ajudar se eu souber o que
aconteceu. Eu sei o que não aconteceu. Sei que isso não
ocorreu durante a relação sexual natural.
— Huh? — Foi a única resposta que Madison conseguiu.
Ela estava tão embaraçada.

— Isso não sairá do escritório, estou correto? —


Perguntou Ephraim.

— Claro.

— Eu não quero que seja escrito também. — Disse ele.

— Vamos ver se é pertinente, mas eu preciso saber.

— Huh?

Ephraim amaldiçoou novamente e passou um braço em


volta dos ombros dela. — Foi um acidente. Ela estava... ela...
er..., — ele olhou para a porta para ter certeza que ainda
estava fechada. — Ela usou um dispositivo para romper seu
hímen, escorregou e caiu sobre ele empurrando-o todo o
caminho, muito rapidamente.

A médica fez uma careta. — E por que ela faria isso?

Ok, essa era hora de uma grande mentira. Algo mais


crível do que Ephraim com medo que a sede de sangue
assumiria se ele fizesse isso. Sua mente congelou. Por que as
mulheres fazem isso?
Madison voltou à vida. — Ele não queria me machucar.
E-eu me apavorei no início, porque ele parecia muito grande.
— Ele teve que parar de sorrir, ele realmente fez. — E eu
estava chorando e ele disse que não queria me machucar.
Então, eu pensei que seria melhor se eu fizesse isso sozinha,
eu escorreguei na banheira e pousei sobre ele. Eu só queria
romper, por isso não iria prejudicar a minha primeira vez.

—Eu vejo. — Ephraim viu o humor nos olhos da mulher,


mas ela não riu. Ele teve que dar-lhe crédito. — Isso faz mais
sentido.

— Sério? Então, o que há de errado? — Madison parecia


mais relaxada desde que a verdade veio à tona.

Ela olhou para Ephraim. — Você pode querer segurar a


mão dela para isso.

Ephraim tomou sua mão. — O que é isso?

— Você machucou a si mesma. Eu estou supondo que


você desceu em um mau ângulo, porque você está ferida
apenas no lado direito.

— Então, não é o meu colo.

— Não, não chegou a esse ponto.


— O que quer dizer com isso? Ele percorreu todo o
caminho.

— Madison, você tem um hímen muito espesso.

— Significa?

— Está apenas esticado um pouco, para a direita. A


penetração foi incompleta. Isto é muito raro.

Ela baixou o rosto em sua mão. — Mesmo depois disso


não está completa?

— Não, eu sinto muito. Se você quiser, podemos realizar


o procedimento agora mesmo. Posso completar o rasgo com
uma incisão.

— Eu acho que eu não tenho muita escolha. — Madison


choramingou.

— Se você tirar a roupa eu posso lhe dar uma pequena


dose de anestésico e em dez minutos, posso cuidar disso.

— E a dor vai embora? — Ela parecia esperançosa.

—Bem, eu acredito que uma boa quantidade dela vai. A


área está inchada e puxando o hímen, o que sobrou dele.
Acho que isso vai ajudar sim. Você ainda vai estar dolorida.
— Então, ele só precisa ser rompido? — Perguntou
Ephraim.

— Sim.

— Será que vai machucá-la se for feito com outro


método? — Ele não queria vê-la magoada e certamente não
queria que este fosse um momento médico.

— Eu diria que teria que ser feito com muito cuidado


neste momento. Com muito cuidado. — Ela deu Ephraim um
olhar significativo. — Estou com medo que vá machucá-la
muito mais desta vez.

— Ephraim, apenas deixe-a fazer isso, por favor. Dói


muito.

Ele empurrou uma mecha do cabelo dela sobre a orelha.


— Eu realmente sinto muito por isso, baby.

— Eu sei.

— Eu não posso ficar aqui para isso. — Ele deu um beijo


em sua testa.

— Eu sei disso também. Chame minha avó para vir me


buscar, por favor. Provavelmente vai ter algum sangramento e
eu quero chegar em casa assim que isso terminar, para
relaxar. Eu sei que você tem que voltar para o trabalho. —
Disse ela um pouco devagar, enquanto tentava passar a
mensagem.

Sua mandíbula apertou, mas ele não discutiu. —


Entendo. Vejo você mais tarde.

— Espere. Doutora Hahn, eu ainda vou ser considerada


virgem?

— É claro, isso é apenas uma questão de tecido


alongado. Em seu caso, precisa de mais ajuda por causa da
espessura incomum, mas você será ainda muito virgem.

Curiosamente isso o fez se sentir melhor. Ele ainda seria


seu primeiro, ele iria ver isso.

— Ela está pronta.

— Ela está bem? —Ele perguntou.

Dra. Hahn assentiu. — É melhor assim, confie em mim.


Com seu problema ela teria terminado aqui, não importa o
quê.
— Graças a Deus. — Ele se sentiu aliviado. Ele não
gostava da ideia dela ficar lá sozinha. Ele queria saber o que
estava acontecendo com ela e segurar sua mão, mas não
podia. Ele iria machucá-la se cheirasse seu sangue.

— Onde ela está? — A Sra. Buckman perguntou quando


correu para eles. Candy veio logo atrás, parecendo
igualmente preocupada. Isso foi um choque.

—Dr. Hahn, esta é a senhora Buckman e Emma


Buckman, mãe e avó de Madison.

— Madison está bem. Ela tem receitas, uma para a dor e


uma de anti-inflamatório. Desde que ela não tem seguro, sua
melhor aposta é a de pegá-los na farmácia na Reynolds
Street. Além disso, — ela pegou um panfleto e entregou a
Candy. — Ela perguntou sobre um pedido de plano de saúde.
Tem que preencher isso e ela vai precisar de um
consignatário8.

Ele se afastou da parede que estava encostado na última


meia hora. — O que quer dizer com ela não tem seguro?

— Eu sinto muito, Detetive. Eu não posso discutir isso.


Você vai ter que perguntar a ela. Eu só posso dizer que
alguns dos sindicatos escolares têm contratos agressivos.

8
Fiador
— Obrigado. — Ele murmurou. Ele não iria a lugar
nenhum até que a visse. Ele teria que prender a respiração
durante todo o tempo e contar com as mulheres para fazer as
perguntas.

— Sim, obrigada, doutora. — Disse a senhora Buckman.

Candy olhou o panfleto. — Eu não posso co assinar isso,


eu tenho crédito ruim. — Ela entregou o panfleto para a mãe,
apressadamente. Ephraim duvidava que Candy fosse ajudá-
la, mesmo que estivesse com o dinheiro.

A Sra. Buckman suspirou. — Não se preocupe, eu vou


pensar em algo para ajudá-la. Não quero vê-la presa em um
plano de pagamento, mas se for mais de quinhentos, então
eu temo que ela vá estar. Preciso ter a base fixa e um novo
telhado colocado no próximo mês.

—Ela deve sair em breve. — Disse Ephraim, na


esperança de mudar de assunto.

Sra. Buckman olhava suspeita, enquanto Candy parecia


ressentida. — Ephraim, o que está acontecendo aqui? — Sra.
Buckman exigiu.

—É melhor você não me tornarem uma avó, Ephraim.


Eu sou muito jovem para ser avó. — Era por isso que ela
estava chateada. Não era sobre Madison. — Eu estou
tentando encontrar um bom homem, se eu for uma avó não
vai acontecer.

—Silêncio agora, Emma, trata-se de Madison não de


você. Agora me diga, agora mesmo, se minha neta está em
algum tipo de problema.

—Sra. Buckman, ela está bem. Ela se machucou. É por


isso que seu estômago doía tanto que eu dei a ela uma
carona, até aqui.

— Como é que ela se machucou?

Ele balançou a cabeça. — Eu não sei, você vai ter que


perguntar a ela. Acho que ela estava com vergonha de me
dizer. — Ele esperava que ela viesse com uma boa explicação.

A Sra. Buckman apontou o dedo para ele. — Eu estou


confiando em você com a minha neta, Ephraim. A única
razão que eu não pedi a ela para mudar de quarto é porque
eu não quero tratá-la como uma criança. Se eu sentir por um
minuto que você está maltratando-a ou fazendo-a infeliz de
qualquer maneira eu vou...

— Eu iria sair nesse caso. Eu não vou machucá-la, de


qualquer forma. — Completou. Isso não era o que ele estava
prestes a dizer, mas era melhor e era verdade.
A porta que dava para as salas de exame foi aberta. O
cheiro de seu sangue o alcançou. Ephraim engasgou e
cambaleou para trás, contra a parede. O sangue era muito
forte, muito concentrado. Ele fechou os olhos e lutou para se
controlar.

—Ephraim, você está bem? — Perguntou a senhora


Buckman. Ele acenou com a cabeça.

— Você tem certeza? — Ele acenou. Exalou, liberando


lentamente o ar contaminado. Seu corpo relaxou lentamente.

— Ephraim, o que você está fazendo aqui? Achei que


você voltaria para o trabalho. — Ele abriu os olhos. Não podia
deixar de olhar para ela. Era tão simples como isso.

Ele segurou seu rosto. — Eu estou bem. Não doeu.


Agora me sinto melhor. — Ele balançou a cabeça e deu um
beijo suave em seus lábios.

Estava começando a ficar um pouco desconfortável sem


respirar, mas estava bem. Ele não precisava respirar. Era
apenas um hábito. Quanto mais tempo ele segurasse mais
desconfortável iria ficar.

Madison olhou para sua avó e mãe. — Oh, eu lamento


que todos correram para cá. Eu não tive a intenção de dar
qualquer preocupação.
— Apenas me diga que você não está grávida e vou ficar
muito feliz. — Candy sussurrou.
— Eu não estou grávida, Candy. Eu escorreguei no
banheiro no outro dia e vamos apenas dizer que eu não
pousei bem. Há inchaço interno.

Ambas as mulheres se encolheram. — Disse o


suficiente. — Disse a senhora Buckman. — Que história é
essa de você não ter seguro de saúde?

As bochechas de Madison coraram, ficaram escarlate. —


Eu tenho que estar lá por um ano inteiro antes que eu seja
elegível para esse benefício.

— Oh, o que dizer de dias de licença médica e férias?

Ela desviou o olhar de Ephraim. Ela perdeu os últimos


três dias e graças a nota medica em seu bolso, iria perder
mais dois, mas seu trabalho estava protegido. Esse foi um
pequeno favor.

— Não, não há dias de doença ou dias de férias, por um


ano.

— Querida, você não pode se dar ao luxo de faltar ao


trabalho. Você ainda está pagando seus empréstimos
estudantis, para não mencionar o seguro de carro e suas
outras contas. Você ainda tem sua poupança? Por favor, me
diga que você tem sua poupança. Eu sei que você não gastou
tudo com o Jeep.

— Vovó, podemos conversar sobre isso depois? — Seus


olhos correram para Ephraim. Ele parecia estranhamente
composto. Ele estava respirando?

— Não, você tem poupança para cobrir isso? — Ela


apontou para a conta nas mãos de Madison.

— Não, o coloquei no meu empréstimo de estudante,


mas tudo bem, vovó, eles têm um plano de pagamento aqui e
realmente não é tanto assim. Não se preocupe com isso.

Os olhos da Sra. Buckman se estreitaram sobre ela. Sua


boca contorceu, enquanto ela considerava sua neta. Ela não
estava satisfeita com o que viu lá, então pegou a conta das
mãos de Madison.

— Mil e novecentos dólares por uma visita ao médico?

Madison pegou de volta. — Eu tive que fazer um


ultrasom para ver a extensão do dano, exames de sangue,
raio-x, em seguida, um procedimento. Não se preocupe com
isso, eu vou ficar bem.
— Como? Você não vai ser capaz de pagar suas contas
neste mês. Eu vi a nota sobre essa conta, jovem, ela diz que
não trabalha por mais dois dias. — Disse a senhora
Buckman.

— Eu vou ficar bem.

— Não, você não vai. Mesmo sem essa conta vai ser
apertado. Oh, querida, eu queria que você tivesse vindo a
mim mais cedo eu teria tentado colocá-la no meu seguro.

Ela rapidamente limpou as lágrimas dos cantos dos


olhos. — Eu vou ficar bem. Por favor, pare de fazer uma cena.

Bem, as mulheres certamente fizeram o trabalho delas.


Pelo menos a senhora Buckman. Ele sabia o suficiente. Além
disso seus pulmões estavam começando a dar cãibra, por não
respirar durante os últimos dez minutos. Ele pegou a conta
de suas mãos.

— O que você está fazendo? — Perguntou Madison.

Sem olhar para trás, ele foi até o caixa e entregou a


conta e seu cartão do banco.

— Tudo neste cartão? — A atendente perguntou. Ele


acenou com a cabeça. — Assine aqui... tudo definido.
Obrigado, Sr. Williams. Tenha um bom dia.
Ele acenou com a cabeça.

— Oh, espere aqui pelas suas prescrições. — Ele


balançou a cabeça novamente, levando os papéis.

Ele entregou a senhora Buckman a cópia da fatura paga


e as prescrições. Ele não era estúpido. Se desse a Madison ela
iria voltar lá e exigir que creditassem o dinheiro de volta para
ele. Em seguida, ela iria sair e comprar as prescrições e pôr-
se ainda mais em dívidas, ou pior, ela não iria pegar o
remédio, porque não poderia pagar.

— O que você está fazendo? Eu posso cuidar de mim


mesma. — A voz de Madison subiu.

Ele arqueou uma sobrancelha em sua direção e


balançou a cabeça quando puxou a carteira. Tirou duzentos
dólares e apertou-o nas mãos da senhora Buckman.

— Nós vamos pegar suas receitas no caminho de casa.


Obrigada, Ephraim. — Disse a senhora Buckman com
evidente alívio.

Ele balançou a cabeça e deu-lhes um pequeno aceno em


seu caminho para fora. Ele prendeu a respiração por mais 20
minutos, certificando-se que o cheiro de seu sangue não
tinha permanecido em suas roupas. Ele tinha uma puta de
uma cãibra, quando tomou uma respiração.

— Bem, eu acho que foi muito doce. — Disse a vovó.

—Doce? Ele pagou minha conta médica. Doce seria


flores ou chocolate, não uma conta de mil e novecentos
dólares e meus remédios.

— Ele gosta de você. Está tentando ajudá-la. — Disse a


senhora Buckman.

Ela gemeu. — Eu sei... eu sei. Eu também gosto dele é


só que... bem, é um monte de dinheiro. Eu só não me sinto
bem. Vou pagar de volta. Isso é tudo que existe nisso.

— Ei, aquele não é Ephraim? — Disse Candy do banco


de trás da caminhonete da vovó.

— Onde?

— Lá. Ele acabou de sair do escritório de seguros.

— Que diabos ele está fazendo lá? A força policial paga


seu seguro.
Uma suspeita estava se formando em seu cérebro. Ela
gemeu de novo. Isto estava definitivamente ficando fora de
controle.
Capitulo 13
Chris olhou por cima do ombro e gemeu. — Srta.
Soloman, você não pode fazer alguma coisa? Ela está
realmente me deixando triste.

Madison olhou além de Chris. Jill ainda estava


soluçando alto na dobra do braço. Franzindo a testa, ela
voltou sua atenção para Chris. — Você está em detenção. Não
é suposto ser divertido.

— Geralmente é mais divertido do que isso. — Ele


murmurou.

Jill continuou a chorar como se eles não estivessem


falando dela. Ela tinha que admitir que normalmente era
mais divertido, ela não precisava disso.

O grande 2.4 e todos esqueceram. Não houve café da


manhã de aniversário, nem beijos, abraços, nem uma
palavra, nada. Tudo o que ela teve esta manhã foi a
frustração de não deitar nos braços de Ephraim e esta tarde,
tinha sua irmã de 15 anos de idade chorando e seu ofensor
reincidente na detenção.

— Talvez isso, finalmente, seja castigo suficiente para


você parar de se rebelar. — Disse Madison.

— O que ela está me fazendo é pensar em perfurar o


rosto vomitado de Seth. É tudo culpa dele. — Ele passou a
mão sobre seu cabelo castanho, curto, para alisá-lo.

— Não diga o nome dele! — Jill lamentou, a partir do


conforto de seu braço.

— Sensibilidade, — Chris murmurou. Ele fez um grande


show de olhar ao redor da sala. — Vamos lá, Srta. Soloman,
vamos para casa. É óbvio que Jill precisa ir para casa, para
chorar e você precisa pedir desculpas ao Detetive Williams.

Seus olhos dispararam a partir do papel que ela estava


corrigindo. — O que você está falando?

Ele riu. — Oh, por favor, eu vi vocês ontem no panqueca


social.

—Você estava em um evento da igreja? — Ela


perguntou, incrédula.
Ele assentiu. — Panquecas gratuitas ilimitadas, Srta.
Soloman, foco. Eu vi o jeito que ele olhava você e a forma
como você o tratou cada vez que tentava falar com você.
Também vi a maneira como você reagiu a cada vez que uma
dessas pequenas coisas chamadas mulheres, que vinham
batendo os olhos em direção a ele. Você estava vendo
vermelho, cada vez.

— Você tem tempo demais em suas mãos, Chris. —


Disse ela secamente.

Com um enorme sorriso ele assentiu. — Diga-me que


estou errado. — Quando ela apenas olhou com raiva para ele,
ele continuou. — Isso é o que eu pensava.

—Você não tem lição de casa para fazer? — Ela


perguntou.

— Não. — Ele fez a palavra fazer pop em sua boca.

— Então, o que ele fez para lhe chatear? Tem algo a ver
com a semana passada, não é? Você sumiu uma semana
inteira. — Seu rosto enrugou-se, pensativo. — Você sabe que
eu ainda não lhe perdoei por isso. O Sr. Darling dirigiu a
detenção em seu lugar.

— Ele é bom.
— Ele é um idiota.

— Chris!

— O quê? Ele é. — Disse ele, sem vergonha. — Na


verdade, ele nos fez entrar em um círculo e expressar nossos
sentimentos.

Ela se encolheu. Podia imaginar Chris e seus amigos, os


ocupantes habituais da detenção, recebendo isso. — E quais
sentimentos você expressou?

Ele deu de ombros. — Eu disse que ele era um idiota. —


Ela riu. Sabia que não deveria.

— Estou feliz que vocês estejam tendo um tempo


maravilhoso, enquanto minha vida acabou! — Disse Jill em
um grande drama que teria feito Candy, ficar verde de inveja.

Chris bufou. — Você tem quinze anos. É o ensino médio.


Supere isso. Não era amor, era paixão. Ele superou isso mais
cedo e você não aceitou bem. Supere isso. Aprenda com isso e
siga em frente e pare de destruir a detenção para mim.

Madison só podia balançar a cabeça em admiração.


Chris era um garoto inteligente, com uma grande dose de
bom senso. Se pudesse aplicá-lo ela não tinha dúvida que ele
se daria muito bem.
— Eu o amo! — Gritou Jill.

Chris acenou e voltou sua atenção para Madison. —


Então?

— Então?

— Então, me diga o que aconteceu.

Ela se recostou na cadeira. — Chris, em que ponto


perdemos a relação professor e aluno e acabamos aqui? —
Ela apontou entre os dois.

Ele deu de ombros. — Você não me corta qualquer folga


e não toma minha merda. Eu a respeito demais para tratá-la
de outra forma.

— Vou levar isso como um elogio.

— Como deve ser. — Chris deu um sorriso torto.

Uma batida forte na porta fez com que ambos


revirassem os olhos. — Entre. — Disse Chris em voz alta.

Ephraim entrou, carregando uma bandeja com duas


bebidas e uma caixa de padaria branca. — Detetive Williams,
você veio para fazer uma prisão? — Perguntou Chris
agradavelmente.

— Ah, Chris, eu sabia que você estaria aqui.

— Mentira.

— Eu mentindo? — Ephraim puxou uma das bebidas da


bandeja e colocou-a na frente de Chris. — O que está escrito
no copo, então? — Ele perguntou quando moveu o copo de
modo que Chris pudesse ver seu nome escrito na lateral.

— Eu vou ser condenado. — Ele lançou um olhar para


Ephraim. — Você cuspiu nisso?

— Sim.

Chris encolheu os ombros. — O importante é que você é


honesto. — Ele tomou um gole. — Droga é um bom chocolate
quente.

— Ouvi dizer que é o melhor.

Ele colocou o outro na frente do Madison. — Você ainda


está brava comigo?

— Sim. — Chris respondeu por ela.


— Eu achava que sim. — Ele se virou para Chris e
colocou a caixa na frente dele. —Coma.

— Eu me pergunto o que você nos trouxe, — Ele


meditou. Abriu a tampa e suspirou, — Você é o melhor
detetive de sempre.

Ephraim enfiou a mão na caixa e pegou um grande


pedaço do bolinho de chocolate especial e entregou a
Madison. — Eu realmente sinto muito.

Ela pegou o cookie dele. — Agora não é o momento,


estou no trabalho. Eu tenho que assistir essas crianças. — E
ele se esqueceu de seu aniversário! Concedido, ela não
lembrava a ninguém, nunca fez. Gostava quando seu irmão e
irmã lembravam por conta própria e faziam um grande
negócio.

Chris falou, com a boca cheia de bolinho de chocolate.


— Eu não me importo.

Ela acenou com a mão irritada para ele. — Vá oferecer


um para Jill.

— De jeito nenhum. Ela acabou de ser despejada. Vai


comer a caixa inteira.

— Ah, e o que você está pensando em fazer?


Ele parecia ofendido. — Isso é diferente. Eu não estou
comendo por depressão estou comendo por fome. Eu estava
na sala do diretor durante o almoço, se você se lembra.

— E de quem foi a culpa?

Sua expressão se tornou séria. — A culpa é do homem.


Ele está me mantendo para baixo.

Ela olhou para o céu. — Oh, Deus nos ajude.

Ephraim aproximou e bateu punhos com Chris. — Lute


contra o homem. — Disse Ephraim.

— Malditamente certo.

— Ei, não o incentive! — Madison retrucou.

— Eu não preciso de incentivo. Faço muito bem por


conta própria. — Ele devorou outro bolinho.

Madison olhou para seu e de volta para Chris. — Por


que ele obtém a caixa e eu apenas um?

— Porque eu o amo incondicionalmente e você o está


fazendo suar. — Chris enfiou o resto do bolinho na boca.
Ephraim estendeu a mão e bateu Chris na cabeça. — O
quê? — Ele murmurou em torno de outro bolinho.

— Dê a senhora outro bolinho. Um bom.

Chris resmungou alguma coisa, mas fez o que lhe foi


dito. Madison pegou o bolinho de manteiga de amendoim que
Chris estava de olho. Ele bufou para ela e voltou ao seu
lugar. Depois de tomar um longo gole de chocolate falou.

— Antes de sermos tão rudemente interrompidos, você


estava me dizendo por que você estava com raiva do Detetive
Williams. — Disse Chris em tom de conversa. Jill soluçou
mais alto.

— O que há de errado com ela? — Ephraim olhou para


trás. Jill ainda estava soluçando em seu braço. Seu cabelo
vermelho estava espalhado em toda sua pequena mesa.

— Menina e menino namoram, acham que eles estão no


amor adolescente então um dia um se apaixona pela garota
nova na escola, com um grande par de seios e seu próprio
carro, rapaz despeja menina, que despeja o conteúdo da
bandeja sobre a cabeça do menino referido. — Ele fez um
gesto de desprezo com as mãos. — Típico drama escolar,
agora, vamos passar para as coisas boas. O que você fez?

— O que faz você pensar que eu fiz alguma coisa?


Chris bufou. — Você é o cara. É claro que a culpa é sua.
Mesmo quando não é sua culpa, a culpa é sua por isso.

— Pare de perguntar. Ele não vai lhe contar. — Madison


se mexia em sua cadeira.

Chris olhou com expectativa para Ephraim, que


estendeu a mão, afrouxou a gravata e desabotoou o primeiro
botão da camisa. Madison olhou com expectativa. Ela teve
que se sacudir. Estava brava com ele.

Eles estavam brigando por seis dias. Bem, ela estava.


Ele apenas sorriu e ouviu seu falatório. Então, quando ela
terminou, ele teve a audácia de acenar e pedir desculpas,
cada uma e cada vez. Ele só ficou chateado quando ela se
recusou a permitir que ele dormisse em sua cama. Ele queria
mais do que isso a julgar pela forma que seus olhos a
devoravam.

Então, ela começou a ignorá-lo. Ele não gostava disso no


início. Então, apenas deu de ombros e ignorou. Agora, ele
teve a coragem de aparecer, enquanto ela estava no trabalho,
olhando bonito e trazendo o delicioso chocolate e lanche.
Maldito homem.

— Bem? — Chris solicitou.


— Oh pelo amor de Deus não é nada. Ele a ajudou.
Pagou toda sua dívida e ela ficou brava com ele porque não
gosta de dever nada a ninguém, especialmente a um homem.
Ele disse a ela que era um presente e não se preocupasse
com isso e que ela não deve nada a ele. Ela está querendo
arrumar uma briga sobre isso e ele é muito burro para ver
isso. Não é complicado e não se compara ao meu problema,
agora me dê um maldito bolinho, acho que eu mereci. — Jill
agarrou.

Chris sorriu como se fosse manhã de Natal. — Sim, você


fez. — Ele trouxe-lhe um bolo. —Muito bem, minha jovem.
Você fez Chris muito feliz com este pequeno pedacinho de
informação.

— Você tem uma boca muito grande, Jill, você sabia? —


Perguntou Ephraim.

— Sim. — Ela disse sem vergonha.

Chris esfregou as mãos em antecipação. — Agora,


vamos ver. Vocês tiveram uma briga por causa de dinheiro.
Presumo que ela não tem muito por ser uma mulher solteira
que passou pela faculdade e criou dois filhos por alguns
anos, isso é compreensível e até louvável. E depois temos o
arrojado jovem Detetive de Polícia.
— Por favor, você está me fazendo corar. — Disse
Ephraim secamente.

— Que vive em uma pensão, dirige um carro do estado,


e não tem responsabilidades financeiras reais, então estou
supondo que ele tem uma quantidade razoável de dinheiro e
queria ajudá-la.

— Chris. — Ela alertou.

Ele ignorou o aviso. — Obviamente, alguma coisa


aconteceu na semana passada que colocou uma grande
pressão financeira sobre você e ele se aproximou. Ele
provavelmente não queria vê-la lutar mais. Foi um gesto
muito bonito, que pode ser visto de muitas maneiras
diferentes, mas eu duvido muito que ele não esperava nada
de você ou o fez para segurá-lo sobre sua cabeça. — Ele
terminou com um encolher de ombros e outro pedaço de bolo.

— Ah, é? E reze para dizer como um sábio como você


chegou a essa conclusão.

Ele engoliu alto. — Apenas o senso comum. Ele é um


cara legal, bom, não tão bonito como eu, claro.

— É claro, — Ephraim concordou. Chris piscou para ele.


— Ele se mudou para cá há três anos e, obviamente, teve
dinheiro desde então, ou antes disso. Há uma abundância de
mulheres na cidade, mulheres bonitas, eu poderia
acrescentar, que manifestaram interesse em aquecer sua
cama.

— Chris!

Ele levantou uma mão. — Tudo o que eu estou dizendo é


que ele não está carente de olhares ou ofertas. Se ele fosse o
tipo de cara que estava apenas interessado em sexo, ele
poderia ter conseguido isso de qualquer uma. Ele não está
tentando controlá-la e parece descontraído. Só estou dizendo
que eu não acho que ele fez isso para lhe machucar. Ele
deveria ter falado com você sobre isso, eu tenho certeza, mas
tenho que dizer que ele não quis ofender.

— Obrigado pela ajuda, Chris, mas eu acho que você me


colocou em um barco carregado de merda. — Ephraim
gemeu.

— Por quê? Eu só estou dizendo como é. Se você


perguntasse a Jill aposto que ela teria chegado à mesma
conclusão.

— E por que isso? — Madison não conseguia manter a


irritação fora sua voz.

Chris encolheu os ombros. — Porque ela é mulher e não


acha que é um grande negócio. Geralmente as fêmeas que
são propensas ao drama podem farejar um problema se
houver um e explodi-lo. Ela claramente não vê um.

Jill acenou com a cabeça.

—Vocês dois não prestam. — Madison disse


amargamente.

— Ei, você pode dizer isso para nós?

— Ela acabou de fazer. — Ephraim ressaltou.

— Ok, então. — Disse Chris alegremente, pegando outro


bolo.

A porta se abriu e o diretor Mason entrou. Ele chegou a


um fim abrupto quando viu Ephraim.

— Detetive Williams, a que devemos o prazer? — Sua


saudação foi cordial, mas seu tom era frio.

Sem perder o ritmo Chris falou, sentindo que sua


professora favorita poderia ficar em apuros por uma visita
social. — Detetive Williams está aqui para mim.

— Oh? — Ele olhou para o caixa da padaria branca e o


copo.
— Ele está tentando me bajular, para me fazer falar,
mas não estou dizendo nada. — Ele acabou com o último
biscoito.

— Cuidado com a boca, menino, — Mason alertou. Ele


voltou sua atenção para Ephraim. — No futuro, lembre-se de
deixar o meu escritório saber que você está aqui.

— Eu assinei como convidado, Mason. Vou lembrá-lo


que como um detetive do Estado eu posso ir e vir em razão do
estado, quanto eu quiser.

— Tudo bem. — Ele sabia que Ephraim tinha razão.


Ainda estava com raiva por perder o apoio dos pais de Mike
após a condenação.

— Bem, é claro que ele não vai falar e ainda há uma


hora de detenção sobrando. Então, se você estiver pronto...

— Eu temo que você esteja certo. — Ephraim se


levantou. Chris deixou a cabeça cair para trás e gemeu.

— Mais uma hora, se ela começar a chorar novamente,


eu estarei pulando para fora da janela. Tenho certeza que o
diretor Mason vai se juntar a mim, vendo como ele odeia o
som de uma mulher chorando. — Disse um pouco alto.
Jill pegou a dica não muito sutil e começou a chorar de
novo, a sério. Mason parecia desconcertado. — Eu irei agora.
Parece que você tem tudo sob controle, Srta. Soloman. — Ele
nivelou um olhar sobre Ephraim. — Detetive.

Um som longo, gritando, veio de Jill que enviou Mason


correndo para a porta. Jill imediatamente parou quando a
porta se fechou atrás dele.

— Bem, bem, bem, eu acredito que eu encontrei alguém


que Mason odeia ainda mais que eu. — Disse Chris,
pensativo. — Bom saber.

— Ciumento? — Ephraim riu.

— Poooor favor.

Ephraim ajeitou a gravata e se inclinou sobre a mesa de


Madison para um beijo. Ela recuou. Ele suspirou. — Então,
eu vejo que o Dr. Phil aqui estava correto. Você está com
raiva de mim.

— Não, eu não estou. Estou no trabalho Ephraim. — Ela


evitou seus olhos.

— Você não vê que eu me importo com você demais para


ficar parado e ver você sofrer? — Ele estava chegando ao fim
de sua corda. Seis dias. Seis dias de disparates sobre o
dinheiro. Ele não podia acreditar.

— Ephraim, por favor, apenas vá. Vejo você hoje à noite


no jantar, ok?

Ele recuou. — Não conte com isso. — Ele saiu da sala


em um ritmo rápido.

Ela deixou cair o rosto com as mãos e respirou fundo.


Isto estava se transformando no melhor aniversário de
sempre. Não poderia ficar pior.

—Fodidamente inacreditável. — Chris balançou a


cabeça em espanto. — Estou preso com duas rainhas do
drama.
Capitulo 14
— Detetive Williams, está tudo bem?

Ephraim voltou sua atenção a partir da janela da loja


para o homem idoso. — Tudo bem, Sr. Watson. A minha
encomenda está pronta?

Sr. Watson sorriu. — Ambas estão, na verdade. — Ele


abriu o grande cofre da loja e tirou uma caixinha de veludo
junto com uma longa caixa de madeira fina e os colocou
sobre o balcão. — Desejo-lhe sorte, meu rapaz.

Ephraim colocou as caixas em sua jaqueta e assentiu.


— Obrigado mais uma vez.

— Não tem problema, meu filho. Que você tenha uma


boa noite.
— Sem chance de isso acontecer. — Ele murmurou para
si mesmo.

Ele passou da linha de lojas para o estacionamento.


Hoje não estava indo como ele planejou. Ele esperava que ela
tivesse superado isso para que ele pudesse dar-lhe um bom
aniversário, mas ela claramente não tinha. Chris estava
certo. Ela estava olhando para uma luta. Ele queria evitar
uma a todo custo. Ela não entendeu e agora ele estava
chateado.

Como ele estaria indo para sorrir, nas próximas três


horas de sua festa surpresa, ele não sabia. Uma coisa era
certa, ela não ficaria feliz com o presente que ele comprou
para ela. Ela iria acabar vendo como uma tentativa de
comprá-la.

Sua mão congelou na maçaneta da porta de seu carro


patrulha. — Merda. — Ele murmurou. Baixou a mão e se
virou. Uma mão disparou para golpeá-lo. Ephraim pegou a
mão muito feminina, antes de fazer contato.

— O que diabos você quer? — Ele rosnou.

A pequena loira apenas sorriu e puxou-lhe a mão. Ela o


olhou lentamente. — Eu vejo que os anos têm sido muito
bons para você, Ephraim.
— O que você está fazendo aqui em Rascal? —
Perguntou ele.

Ela fez um gesto casual. — Isso e aquilo.

— Uh huh, por que não posso acreditar nisso?


Eve colocou a mão ao peito. — Eu mentiria? — Ela lhe
deu um sorriso malicioso. —Nunca.

Seus olhos se estreitaram. —É apenas uma coincidência


feliz que você esteja aqui.

Ela andou até ele e colocou os braços em volta de seu


pescoço. — Por quê? Você não sentiu minha falta? — Ela o
puxou para baixo e apertou os lábios firmemente nos dele.

Este dia estava ficando melhor e melhor. Ela caminhou


pela frente da escola novamente, certificando-se de evitar os
olhos de Jill. Jill parecia receber contato visual como um
sinal para começar a chorar. — Eu acho que sua mãe
esqueceu de buscá-lo de novo, amigo.

Chris jogou a pedra que tinha brincado por todo


gramado da frente da escola. — Ela não esqueceu, Srta.
Soloman, não há necessidade de suavizar o golpe para mim.
Eu disse-lhe uma meia hora atrás para não se preocupar com
isso. Você poderia ter ido para casa em seguida. Você não
tem que esperar. — O tom calmo de costume Chris, tinha ido
embora.

Ela considerou-o por um minuto. Ele disse a ela para


não se preocupar com isso. Normalmente, ele praticamente a
intimidaria para sentar com ele e esperar por sua mãe. Sua
mãe cedo ou tarde viria, ou enviaria alguém para buscá-lo,
geralmente ela estava perdida, dormindo no tempo. Esta foi a
primeira vez que ele disse a ela para não se preocupar com
isso.

Ele tinha estado de bom humor até que ela mencionou


sua mãe. Então ele afundou lentamente para dentro de si. —
Você sabia que ela não viria, não é?

— Sim, e daí?

— Onde está sua mãe, Chris?

— Não importa. — Ele murmurou.

— Chris.

— Basta deixar-me sozinho, Srta. Soloman. Eu vou ficar


bem. — Ele se levantou, sacudindo as mãos e tentou passar
por ela. Ela agarrou seu braço.
— Chris.

— Deixe-me ir.

— Não até que você me diga o que está acontecendo.

— Nada.

— Não me dê nada. Onde está sua mãe?

Ele virou a cabeça e esfregou as costas da manga em


seu rosto. — Nada. — Sua voz quebrou.

Ela gentilmente segurou seu queixo e virou o rosto. Ele


estava chorando. Ela nunca pensou que veria o dia em que
Chris chorasse. Ele era um garoto durão.

— O que aconteceu? — Ela perguntou em voz baixa.

— Nada. — Ele enxugou o rosto novamente e tentou se


afastar. — Nada importante de qualquer maneira. — Ele
forçou um sorriso. — Eu esqueci de lhe dizer que eu sou um
homem agora? Sim, minha boa e velha mãe declarou há duas
semanas que eu era um homem agora e que não precisava
dela. Ela estava apenas esperando o momento certo. É claro
que não doeu que o momento certo veio quando Eric Bell
deixou sua esposa e decidiu ficar com ela. Felizmente para
mim naquele mesmo dia eu de repente me tornei um homem.
Boa coisa também, porque Eric não me queria por perto. Não
é um ótimo momento? — Perguntou amargamente.

— Oh Chris. — Ela soltou seu braço e puxou-o para um


abraço. — Onde você esteve hospedado?

Ele tomou uma respiração profunda. — O trailer. Foi


pago até o último fim de semana.

Ela se afastou. — Onde você estava hospedado desde


então?

— Aqui e ali.

—Chris, você precisa de um lar. Você precisa de comida.


— Ela olhou para ele. — Você não comeu hoje, porque você
não tem dinheiro, não porque você estava no escritório.
Mason pode ser um idiota, mas ele não iria matar você de
fome.

Ele soltou o aperto. — Está tudo bem. Eu tenho um


trabalho alinhado. Eu posso controlar até eu ter dinheiro
suficiente para o meu lugar.

Ela balançou a cabeça. — Não, você tem dezesseis anos,


Chris. Se você começar a trabalhar agora você vai sair da
escola. Não, você precisa de um lar. Alguém sabe sobre isso?
Seu tom de voz ficou duro. — Eu não estou indo para
assistência social.

— Não, eu não iria envia-lo para lá. Sua mãe ainda está
na cidade?

— Sim, ela vai ficar com o filho da mãe no mesmo


parque de trailers. Você pode acreditar nisso?

— Não, eu não posso, — ela suspirou e olhou para Jill.


— Bem, é hora de ir para casa.

Chris murmurou. — Eu a vejo amanhã.

Madison agarrou seu braço. — Vamos.

—Para onde vamos? — Perguntou Chris


cautelosamente.

— Casa. Parabéns, Chris, você agora é um pensionista.

Ele sorriu fracamente. — Sério? Eu sempre quis ser um


pensionista. Não temos nenhum poder especial? — Ele
perguntou em tom de brincadeira, mas ela podia ouvir o
tremor em sua voz.
— Por que ele pode se sentar na frente? — Jill lamentou.

— Porque a minha mãe não me ama e você não vai


parar de reclamar. Agora sente e deixe-me desfrutar da
preferência. — Chris, gentilmente, empurrou Jill de volta,
com um dedo na testa.

— Bobo.

— Você sabe.

—Vocês dois, por favor, parem com isso? — Madison


estava ficando com dor de cabeça. Na última hora, ela teve de
lidar com esta briga. É claro que não era tão mau como lidar
com o gerente do parque de trailers que confiscou todas as
coisas de Chris, quando ele chutou Chris fora, há uma
semana.

Ela teve que chutar a si mesmo. Se ela estivesse no


trabalho na semana passada, teria percebido que ele estava
usando as mesmas roupas todos os dias. Quando ela
perguntou por que ele não tinha cheiro, ele quase caiu de
tanto rir. Parece que Chris estava entrando na escola todas
as manhãs para tomar um banho.

Depois de ameaçar o proprietário com os serviços à


criança, o gerente reclamou e reclamou, mas desistiu. Um
grande saco surrado cheio de suas roupas, agora, fazia
companhia a Jill no banco de trás.

Sua mãe era outra questão. Ela não sabia que a


possuía, ou se era mesmo legal, mas Madison se recusou a
sair até que a mulher escrevesse uma carta entregando sua
guarda para ela. Deus, ela era uma idiota. Eric Bell e o
gerente foram muito felizes em assinar como testemunhas.
Ela gemeu. O que ela deveria fazer com um garoto de
dezesseis anos?

—Então, eu estava pensando já que você é a minha nova


guardiã e eu deveria chamá-la de Madison. Apenas parece
mais natural, você não acha?

Ela acenou com a mão. — Seja como for, só não na


escola. — Ela queria ir para casa, enrolar-se na cama e
esquecer este dia.

— É claro, Madison. Eu nunca iria chamá-la de Madison


na escola, Madison.

— Você está gostando de chamá-la de Madison, não é?


— Perguntou Jill.

— Sim, eu acredito que estou, um pouco. — Disse ele


com um suspiro.
— Oh meu Deus, Madison, encoste! — Jill gritou. Chris
e Madison saltaram.

Madison pisou no freio, fazendo o Jeep parar


abruptamente no meio da rua. Ela olhou ao redor. Ah, não,
ela bateu em alguém? — Qual o problema, Jill? — Ela
perguntou enquanto seus olhos corriam freneticamente ao
redor da frente do jipe.

— Megan está ali. — Ela apontou para Madison. — Eu


preciso ir falar com ela.

— Você nos assustou só para isso? — Chris deu-lhe um


olhar incrédulo.

Jill abriu a porta de trás. —Eu tenho que falar com ela e
superar isso. Vejo você em casa, Madison. — Com isso, ela
fechou a porta e acenou para a amiga.

— Eu não queria dizer nada antes, mas sua irmã é um


pouco de uma criança mimada.

— Cale a boca. — Ela gemeu.

Chris riu. Poucos minutos depois, eles estavam dirigindo


pelo centro da cidade. —Opa! Aguarde! Entre naquele
estacionamento!
— Chris. — Ela advertiu, não estava com disposição
para jogos hoje à noite.

— Vá para o estacionamento! — Chris parecia mais


urgente.

Ela parou o carro. — Tudo bem. — Madison começou a


virar para o estacionamento. — O que... Que diabos ele está
fazendo beijando outra garota é o que eu gostaria de saber. —
Chris saiu correndo pela porta e começou a correr em direção
Ephraim.

Ephraim empurrou Eve longe. — Saia de cima de mim.

Ela se manteve firmemente contra ele. A janela atrás


dele quebrou violentamente. Ele tentou pular fora, mas Eve
apertou sua mão e o manteve empurrado contra o carro.
Duas mãos grandes dispararam e enrolaram em torno de
seus braços e cintura. Outro conjunto apareceu debaixo do
carro e abraçaram suas pernas. No entanto, outro de repente
estava ao redor de seu pescoço. Ele ouviu os movimentos,
mas era tarde demais para o que parecia.

Eve recuou, rindo. Suas presas caíram quando ela olhou


para ele. Ephraim era normalmente mais forte do que
qualquer vampiro, mas três vampiros o seguravam com
apertos viciosos, isso era demais até mesmo para ele. Eles
estavam esmagando-o. O de cima o tinha em um bom
estrangulamento.

Ele não conseguia se mover. — O que diabos você quer,


Eve? — Ele tentou lutar contra o aperto. Eles não iriam ceder
um centímetro.

Ela riu levemente. — O que o Mestre sempre quis, é


claro, Ephraim. Seu sangue.

— Eu disse a você, Eve, meu sangue não vai mudar


nenhum de vocês. Você não é o primeiro vampiro roubando
meu sangue. Não vai funcionar! — Ele iria matá-la, mas ele
não estava prestes a dizer-lhe isso.

— Eu não acredito em você. — Ela mudou-se de volta e


deu um beijo em seu pescoço. Ele tentou lutar. — Não seja
egoísta agora. Acho que você pode compartilhar. Basta
pensar o quanto bom será compartilhar a luz do sol com seus
amigos mais próximos. Eu só quero um pouco do sabor,
antes de levá-lo para o Mestre. — Ela afundou os dentes em
seu pescoço.

Ele apertou os olhos fechados e emitiu um som, metade


gritou metade gemido. Ela estava chupando seu pescoço
violentamente, vorazmente. Ela tinha medo de ser parada
antes que tomasse o suficiente. O que ela não sabia era que
uma colher de seu sangue iria matá-la, lentamente. A
quantidade que ela estava roubando provavelmente iria matá-
la em poucos minutos.

Ela se afastou. — Bem, rapazes, não se acanhem. Se


você esperar até que eu esteja feita, não haverá qualquer
sangue. — Ela atingiu seu pescoço novamente.

Do outro lado do pescoço um novo conjunto de presas


afundou. O homem escondido no carro afundou os dentes no
lado de Ephraim e rasgou a pele violentamente. O que
segurava suas pernas fez o mesmo. Eles eram muito
gananciosos para fazer isso direito. O sangue ia sair muito
rápido para eles pegar tudo em suas bocas.

— Ei, idiota! — Chris gritou.

Ephraim forçou seus olhos se abrirem e olhou por cima


da cabeça de Eva para ver Chris correndo na direção dele.
Madison vinha logo atrás dele. Os faróis o atingiriam a todo
vapor. Ele sabia no instante que se Chris visse toda a cena,
ele congelaria.

Madison saltou do carro e começou a correr. Chris


agarrou-a pela cintura e puxou-a de volta.

— Saia daqui! — Ephraim gritou. — Vá agora!


— Eles estão comendo ele! — Chris gritou.

— Deixe-me ir! — Madison lutou contra seu aperto.

Ela assistiu, impotente, quatro vampiros alimentando-se


dele. Não parecia que eles estavam sendo gentis. O sangue
escorria de suas mordidas até o chão, rapidamente. Toda a
cor em seu rosto tinha ido embora. Sua cabeça caiu para trás
e ela deu uma boa olhada em um homem negro no lado
direito do pescoço dele e uma mulher loira na frente dele,
trancada em seu pescoço. Ela estava segurando Ephraim pela
parte de trás de sua cabeça, para ele não perturbar a
mordida dela, novamente.

Grunhidos altos encheu o ar. Ela viu quando o homem


negro balançou a cabeça violentamente, mantendo os dentes
no pescoço de Ephraim. O sangue começou a derramar da
ferida em um ritmo surpreendente.

Com os olhos fechados ele rugiu. — Vá agora! — O que


foi seguido por um grito de agonia. O homem em seu torso se
afastou insatisfeito com o fluxo de sangue e rasgou o braço
de Ephraim.

— Não! Ephraim!

Sua cabeça caiu para o lado. Ele estava fora. Os


vampiros reforçaram seu domínio sobre ele para que ele não
caísse no chão. Eles não estavam dispostos a perder o sangue
quando estavam tão perto de seu objetivo.

— Temos que buscar ajuda, Madison! — Chris tentou


arrastá-la de volta.

A loira se afastou sorrindo. A parte inferior do seu rosto


estava coberto de sangue vermelho e brilhou grotescamente
sob os faróis. — Ah, não se apressem por nossa conta...
teremos... — Sua mão foi para seu estômago. Ela gemia
baixinho e depois gritou. — Por que isso machuca? — Ela
caiu no chão e começou a gritar.

Um a um os homens liberaram Ephraim para pegar


seus estômagos. Eles estavam se debatendo e gritando
quando Ephraim caiu no chão com um baque forte.

— Pega ele! — Madison finalmente conseguiu ficar longe


de Chris. Ele estava atordoado demais para segurá-la no
momento.

Madison chegou a Ephraim. — Oh, Deus, não. — Sua


garganta foi praticamente arrancada. Ele estava coberto de
muito sangue. — Chris!

—Madison, você tem que deixá-lo! Ele vai se transformar


em um deles. — Os olhos de Chris estavam focados no abrir
de boca da loira, enquanto ela gritava. Seus dentes brilhavam
na luz.

— Chris, eu preciso da sua ajuda! — Madison gritou.

Isso o fez pular e relutantemente se concentrar nela. —


Ok, ok, ok, vamos sair daqui. Vamos levá-lo para a sala de
emergência.

— Não, não tenho outra coisa em mente.

— A banheira? Você está louca? Eu posso ver a porra da


traqueia dele e você quer colocá-lo em uma banheira? — O
corpo de Chris balançou. — Ele vai morrer, Madison! Temos
que levá-lo para receber alguma ajuda!

— Não, ele precisa ficar aqui. — Ela o soltou para ir ao


seu quarto, pegou a chave escondida sob seu leitor de DVD e
abriu o mini bar.

— Eu estou chamando 911, Madison. Ele precisa de


ajuda. — Chris pegou o telefone de Ephraim e começou a
discar.

Madison se lançou contra o telefone. — Não, confie em


mim.
— Confiar em você? Ele está morrendo e você quer fazer
o quê? O que diabos você vai fazer?

Ela lhe deu as costas, com os braços cheios sacolas de


sangue. — Eu vou alimentá-lo.

— A-aqueles são o que eu acho que eles são? — Sua voz


soava fraca, enquanto ele olhava nervosamente para o sangue
em seus braços.

— Sim, não se preocupe, Chris, ele é um bom rapaz.

— É melhor que ele seja. — Ele murmurou.

Madison foi para o banheiro. Ela ouviu um estalo de


madeira atrás dela. — O que você está fazendo?

Chris entrou no banheiro segurando uma estaca


caseira. — Desculpe sobre a cadeira, mas você entende. —
Ele ficou protetor sobre Madison com a estaca levantada e
pronta para dirigi-la em Ephraim se ele fizesse um
movimento errado.

— Deixe-me alimentá-lo e tudo vai ficar bem.

— Ninguém está impedindo você.


— Merda. — Ela murmurou.

—Como é que você vai alimentá-lo? Ele está


inconsciente. — Chris apontou.

— Boa pergunta. Eu podia derramá-lo em sua garganta,


mas ele não irá querer engolir. Eu preciso que suas presas
saiam.

— Ele tem presas? — Chris guinchou.

— Sim, agora se eu pudesse fazê-las sair estaríamos


com sorte. — Ela gentilmente ergueu a boca aberta e apertou
o saco nos dentes.

— O que você está fazendo?

Ela suspirou. — Estava esperando que seus dentes


fossem sair se ele sentisse o saco contra a sua boca.

— Aposto que ele precisa sentir o cheiro de sangue. —


Chris tirou uma faca do bolso. — Aqui corte o saco.

Ela abriu a faca, mas fez uma pausa. — Ele precisa de


algo mais forte do que o sangue ensacado para tirá-las.

— O que você está falando?


Madison pressionou a faca em seu pulso. — Apenas
confie em mim.

— O que você está fazendo? Não! Madison, não! — Ele


estendeu a mão para a faca, tarde demais. Ela cortou o pulso.
O sangue começou a jorrar na área.

— E agora? — Perguntou Chris.

— Eu...

Duas mãos fortes apertaram em torno de seu pulso,


puxando-a para dentro da banheira. Ela caiu em cima de
Ephraim. Segundos depois, seu pulso estava em sua boca.
Ela sentiu dois pontos afiados perfurarem a pele dela e
tentou puxar o braço para longe. Uma mão soltou o braço
dela, mas a outra apertou dolorosamente.

Ela olhou para cima, para ver Ephraim olhar para ela
com os olhos vermelhos de fogo. Ele parecia triste.

Ele observou em agonia, enquanto Madison tentava se


afastar dele. Ele não conseguia parar. Ele não podia. A sede
de sangue mais poderosa que ele já conheceu o levava de
novo. Seu cérebro estava gritando para libertá-la, mas não
conseguia.
O cheiro de seu sangue o chamou para fora da
escuridão. Ele não sabia o que estava fazendo até que seu
sangue correu para baixo, em sua garganta. Era o sabor mais
atraente e mais doce que ele tinha experimentado. Era mil
vezes melhor do que ele imaginava que seria.

— Deixe-a ir! — Chris gritou. Ele derrubou uma estaca


que visava o peito de Ephraim e o braço de Madison. A mão
de Ephraim disparou e empurrou Chris longe, com força. Ele
teria atingido o braço de Madison.

—Por favor, baby, solte! — Madison estava


choramingando.

Ephraim puxou mais forte em seu braço. Ele iria matá-


la. Ele passou a mão livre pelo seu rosto antes de soltar a sua
mão.

Doía muito. Sentia como se seu braço estivesse preso


em um vácuo poderoso com os dentes e ela não podia se
afastar. Ela estava começando a sentir a cabeça leve, então
fechou os olhos, esperando a escuridão que estava por vir.
Ela ouviu um clique e abriu os olhos.

Ephraim segurou sua arma contra o peito. Ele fechou os


olhos antes de puxar o gatilho. A bala perfurou sua pele e
osso, como uma faca quente na manteiga, fazendo um
caminho através de seu coração até que bateu em sua
espinha. Seu corpo bateu violentamente contra a banheira. O
braço dela caiu e ela instintivamente se moveu para cobrir
seus ouvidos, enquanto Chris arrastou seu corpo flácido para
fora da banheira segundos antes que um rio de sangue
encharcasse sua calça.
Capitulo 15
— Acorda, acorda. — Chris disse com voz de deboche.
Ephraim abriu os olhos e xingou. Chris estava no final de sua
cama, segurando sua arma.

—Largue isso antes que você se machuque.

— Com certeza. Assim que eu tiver certeza que você não


vai atacar Madison de novo, vou fazer isso.

Sua cabeça pulou do travesseiro. Ele tentou se sentar,


mas foi parado pelos seus braços.

— Que diabos? — Ambos os pulsos estavam algemados


à estrutura de ferro da cama. Quatro pares de algemas
presas a cada mão.

—Isto é um pouco demais, você não acha? — Ele olhou


diretamente para as algemas.

— Oh, eu diria que qualquer um que atira no próprio


coração e se recupera totalmente em duas horas deveria ser
amarrado à cama com todas as algemas possíveis de
encontrar.

—Onde está Madison? Ela está bem?

—Você quer dizer depois que ela desmaiou com o


choque de você atirando em si mesmo e, claro, não vamos
esquecer, pela perda de sangue? Sim, ela está formidável.

— Chris, eu não estou no clima para esta merda, diga-


me onde ela está.

— Você não é divertido. — Ele fez um gesto em direção à


frente da casa. — Depois que a arma disparo, vovó veio
correndo. Felizmente Madison a convenceu de que a arma
que você deu a ela para sua segurança foi, acidentalmente,
disparada.

Ele inclinou a cabeça para o lado. — Por falar nisso,


você está em profunda encrenca com a Sra. Buckman por ter
dado à Madison uma arma.

— Essa é a menor das minhas preocupações neste


momento, você não acha?

— É verdade, bom, a Sra. Buckman, ou vovó, como eu


estou autorizado a chamá-la, — ele sorriu, — arrastou
Madison lá para baixo para um jantar surpresa de
aniversário. Mas não se preocupe eu fiquei e lhe remendei
quando a vovó não aceitaria um não como resposta de
Madison. Dissemos a ela que eu estava chateado por minha
mãe ter me abandonado e toda essa coisa.

—Então, ela está bem?

—Sim.

—Sua mãe o deixou?

—Sim.

—Que cadela. — Ephraim conseguiu se levantar um


pouco sobre os travesseiros.

— Sim ela é, mas não se preocupe, Madison está dando


conta.

—Deus nos ajude. — Ephraim murmurou. Chris


colocou a arma na gaveta de cima da escrivaninha.

— Ela acha que você esqueceu o aniversário dela.

— Merda, eu não esqueci seu aniversário.

— Eu sei. — Seus olhos dispararam para Chris.

— Espere, como você sabe? — Chris revirou os olhos


como se isso fosse muito óbvio.

— Eu achei as caixas quando estava tirando sua roupa.

Ephraim olhou para seu corpo e pela primeira vez notou


que estava limpo e nu. — Você me limpou?
— Claro que não! — Disse Chris, enojado. —Madison
assumiu este posto. Então, ela me ajudou a colocá-lo na
cama.

— Ela não viu as caixas, não é?

— Não, eu as coloquei debaixo do seu travesseiro antes


que ela se virasse.

—Bem, obrigado, — disse aliviado. —Você acha que


poderia me tirar das algemas agora?

—Desculpe cara, eu tenho ordens para não fazer isso.


Madison disse que iria me trazer uma enorme fatia de bolo se
eu lhe deixasse algemado.

— Você está me deixando assim por causa de um bolo?


— Ele perguntou pasmo, de como um bolo tinha esse tipo de
poder sobre o menino. Ele se perguntou se era como sua sede
de sangue.

— Bem, isso e você ser um sugador de sangue.

— Merda. Será que Madison explicou isso para você? —


Ele acenou com a cabeça.

—Basicamente. Eu entendo o básico. Tenho que manter


minha boca fechada. Os vampiros realmente existem. Você é
um Pyte, o que eu não entendo completamente é o que
inferno isso significa, exceto que você pode sair no sol e toda
essa merda.
— Alguém já lhe disse que você xinga demais? — Ele
ponderou essa pergunta.

— Eu acredito que isso pode ter sido mencionado uma


vez ou duas.

— O que é que você quer saber?

— Você vai responder às minhas perguntas? — Ele


pareceu surpreso.

—Em troca, que você mantenha o que eu digo entre nós


três.

—Eu vou. Eu prometo!

— Ok, então, pergunte. — Ele se deitou e tentou ficar


confortável.

— Ok, hum quantos anos você tem?

— Duzentos e seis.

Os olhos de Chris se arregalaram. — Pouco velho para


estar namorando uma de 24 anos de idade não acha?

— Chris. — O tom tinha um mundo de advertência.

Chris colocou as mãos em sinal de rendição. — Relaxe


grandão, só estou dizendo.

— Diga algo rápido se você quer respostas.

—Hmm, onde você nasceu?


— Londres.

— Você não tem sotaque.

— Eu perdi ele há 75 anos. Continue.

— Como isso aconteceu com você?

— Você quer dizer como eu me tornei um Pyte?

— Sim.

—Meu pai era um vampiro e minha mãe era um ser


humano. De alguma forma, ela ficou grávida de mim. Eu
acho que ele temia por sua vida no meu parto, então no
último mês da gravidez, ele fez um intercâmbio de sangue
com ela. E Funcionou. Ela viveu e eu vivi.

— Você nasceu com presas?

— Não! — Disse ele, rindo. — Eu era um menino


normal, bem, um pouco fraco e eu não crescia corretamente.
Quando eu tinha sua idade eu parecia um menino pequeno.

— Sério? O que mudou?

— Eu entrei em coma.

— Por quanto tempo?

— Um mês. Então eu acordei parecendo exatamente


como eu pareço hoje. — Ele olhou para as algemas e sorriu
ironicamente. — Na verdade, eu acordei muito na mesma
situação. Eu estava acorrentado à cama depois de morder
uma empregada.

— Então, estou supondo que você não pode morrer.

— Não.

— Isso explica tudo.

— Explica o quê?

— Por que você atirou em si mesmo. Você sabia que não


ia morrer por isso você fez isso. Não doeu muito, não é? —
Ele adivinhou.

—Chris, doeu muito, eu posso lhe dizer isso. Eu sentia


cada movimento que a bala fazia através da minha pele, o
osso do meu peito, meu coração e, quando ele parou na
minha espinha. Se eu fosse um ser humano teria sido morte
instantânea. Essa dor não teria sido sentida. Confie em mim
quando lhe digo que eu não quero repetir esse evento
novamente.

— Mas você desmaiou!

— Não, Chris, eu não fiz. Meus olhos podiam estar


fechados, meu corpo podia ter estado mole, mas eu não
estava inteiramente fora dele. Eu não conseguia me
concentrar em qualquer coisa acontecendo ao meu redor. Eu
estava nos estágios iniciais da sede de sangue quando percebi
que a estava machucando. Se eu não tivesse reagido quando
o fiz, quando tive alguma aparência de controle, eu teria
perdido o controle e Madison teria morrido.

— A sede de sangue me impede de pensar direito. Se eu


estou no fundo da sede de sangue, a única coisa que vai me
parar é sangue ou violência. Quando a bala passou por mim
meu corpo parecia estar desligado, mas minha mente foi
mantida em uma névoa. Eu estava ciente de toda a dor e o
cheiro e o gosto do sangue de Madison. Tempo e sangue eram
as únicas coisas que me impediram de acordar ainda com
sede de sangue. Se eu tivesse estaria agora rasgando a casa
em busca dela.

Ele se sentou na beirada da cama, absorvendo o que


Ephraim estava lhe dizendo. —Você sabia que ia se machucar
desse jeito?

— Sim.

— Mas você ainda fez isso.

— Sim.

— Por quê?

— O que você quer dizer por quê?

—Quero dizer, por que você propositadamente passou


por tanta dor, se você sabia o quanto ia doer?

— Porque eu estava machucando Madison.


— Por que você não a soltou? Eu sei que ela disse que
seu sangue era sua fraqueza e tudo, mas se você sabia que a
estava machucando você poderia ter soltado ela.

— Não, com sede de sangue eu não podia. Eu não


estava no controle.

— Mas você foi capaz de atirar a si mesmo.

— Eu tive que fazer isso, enquanto ainda tinha aquela


pequena quantidade de controle sobre meu braço.

Chris olhou para a porta do quarto. — O que aconteceu


a essas outras coisas? Eles eram vampiros, certo?

— Sim, eles estavam atrás de meu sangue. Eu sou o que


você chamaria de um andarilho do dia. Viver para sempre é
um plus também, suponho eu. Eles queriam o meu sangue e
isso os matou.

— Então, é por isso que você os deixou fazer isso.

— Não, não exatamente tudo isso. Eles me prenderam.

— Você quer dizer quando você beijou aquela vadia?

Ephraim suspirou. — Eu não beijei ninguém.

— Você tem certeza? Com certeza parecia isso para


mim.

—Ela acha que eu a beijei?


Chris se levantou e caminhou pelo quarto. — Não sei.
Ela não quis me dizer o que ela acha que aconteceu.

— Isso explicaria as algemas eu suponho.

— Você acha que ela planeja mantê-lo aqui até que você
fale?

Ele suspirou. — Sim. Eu ainda devo suas duas horas de


respostas.

— Ela tem duas horas cheias de perguntas?

— Bem, provavelmente não mais.

Ele olhou pensativo. — Por que você diz isso?

— Porque ela está do lado de fora da porta nos últimos


dez minutos.

—É por isso que você respondeu as minhas perguntas,


porque você sabia que ela estava ouvindo?

Ele acenou com a cabeça. — Isso, e por que você tinha o


direito de saber se você vai guardar o meu segredo.

Madison entrou na sala. — O que me entregou?

Ephraim levantou uma sobrancelha. — Eu a ouvi e senti


seu cheiro.

— Ei, onde está o meu bolo?


— Está em seu quarto. Vá comer e tomar um banho.
Você tem escola de manhã.

— Eu tenho que ir?

— Sim.

— Maldição.

— Boa noite, Chris. — Disse Ephraim.

— É melhor que esse bolo valha a pena. — Ele fechou e


trancou a porta ao sair.

Ephraim deu-lhe um sorriso torto e tentou parecer


inocente. — Feliz aniversário, baby.

—Não me venha com essa. Por que você não me disse


que os vampiros estavam atrás de você?

—Bem, para falar a verdade você nunca perguntou. Eu


não posso estar em apuros por algo que você não perguntou.

Ela apertou as mãos na testa. — Você sabe o que, tem


sido um dia muito longo, um longo dia assustador. Se você
vai continuar a brincar com a minha cara, me fale agora para
que eu possa ir para a cama. Eu só quero que esse dia
termine.

— Eu realmente sinto muito, baby. Eu tentei. Eu estava


tentando surpreendê-la com um bom jantar e bolo com seus
amigos. Eu tive que fazer uma parada para pegar seu
presente. Eu não sabia que ela estava lá, até que era tarde
demais.

— O que ela foi para você? — Ela perguntou em voz


baixa. Estava com medo que não fosse gostar da resposta.

— Nada. Ninguém. Ela era uma serva de um Mestre.

— Então, você nunca dormiu com ela? — Ela encontrou


seus olhos. Eles eram de um azul brilhante.

— É disso que se trata? Por isso você me acorrentou?


Eu não a beijei. Ela me beijou rapidamente antes que eu
pudesse afastá-la. Ela fez isso para me prender no carro para
que os outros pudessem me pegar. — Ele franziu a testa. —
Assumo que eles estejam todos mortos.

— Eu não sei. Nós não ficamos por lá para conferir.


Você sabe que você apenas evitou responder a pergunta não
é?

— Que pergunta é essa? — Ele estalou. — Isso está


ficando um pouco velho, Madison. Basta fazer a porra da
pergunta e acabar logo com isso.

Ela afastou um soluço. — Não há necessidade. Acho que


acabei de ter a minha resposta. — Ela virou-lhe as costas. —
Adeus, Ephraim.

— Adeus?

— Sim, adeus.
—Olhe para mim! — Ele estalou. Madison virou
lentamente e engasgou. Seus olhos estavam vermelhos, suas
presas estavam para baixo, mas esse não era o problema. Ele
estava livre. De alguma forma, ele escapou das algemas, sem
fazer nenhum som.

Ele desceu da cama e caminhou para frente. —Você


acha que isso é um jogo para mim? Você acha que eu gosto
de jogar essas porras de jogos?

Ela ergueu o queixo teimosamente. — Não estou jogando


nenhum jogo.

— Não está?

— Não, eu não estou. — Ela se recusou a dar um passo


atrás. Manteve-se firme. Ele se distanciou. Todo seu corpo
estava tenso.

— Você está brincando comigo desde a primeira vez que


você percebeu que eu a queria.

— Como? — Ela exigiu.

— Você se manteve distante de mim e procurava


qualquer razão para brigar.

— Eu não!

— Ah, não? — Suas sobrancelhas arquearam. — Você


está com raiva de mim porque paguei sua dívida para que
você não tenha que lutar pelo o resto de sua vida para
corrigir seu crédito ou ficar enrascada para sobreviver.

— Eu estava indo muito bem sem a sua ajuda.

— Besteira, eu sei o montante da dívida que você estava


enfrentando.

Com os dentes cerrados, ela falou de forma uniforme. —


Eu estava indo bem. Eu não precisava da sua ajuda!

— Ah, não? Eu sei que você mentiu para sua avó sobre
o uso de suas economias do empréstimo estudantil. Se isso
fosse verdade, eles não teriam lhe ameaçado levar a juízo por
falta de pagamento. Quatro meses Madison, quatro meses
você deixou de pagar. Você tem o mesmo problema com a
companhia de seguros. Eles tiraram seu seguro do carro há
quatro meses. Eles só se esqueceram de dizer à polícia ou eu
garanti que alguém do meu departamento vinha para os seus
pratos.

Ela desviou o olhar. — Isso não é da sua conta,


Ephraim.

— O Jeep é a única coisa que você possui totalmente. O


que aconteceu com todo aquele dinheiro, Madison? Você
tinha mais de vinte mil guardados. O Jeep custou quinze por
isso o que aconteceu com todo aquele dinheiro, há quatro
meses? Seja lá o que for você ainda está com problemas,
porque você ainda tem contas para pagar. Você não gasta
nenhum dinheiro consigo mesmo. Você não colocou o
dinheiro no banco. Inferno, você nunca parece ter dinheiro
suficiente para colocar gasolina em seu carro. Diga-me onde
o dinheiro está indo?

Ele se inclinou para frente. — Diga-me.

— Não.

— Você está enviando mil e duzentos dólares por mês


para uma conta on-line.

Ela engasgou.

— Sim, eu sei sobre isso. A quem pertence essa conta?

—Isso não é da sua conta!

Ele se afastou, sorrindo. Seus olhos eram duros como


pedra. — Sério? Não é da minha conta? Então, você pode
explicar como você está pensando em cuidar de um menino
de 16 anos de idade contando com os duzentos dólares que
lhe sobra depois de sumir com os mil e duzentos dólares?

—Cale a boca!

—Será que Chris vai ter que continuar a conseguir sua


comida da mesma maneira depois de tudo?

—Do que você está falando?

Ele cruzou os braços sobre o peito nu. — Oh, você não


sabe? E eu aqui achando que você sabia tudo. A mãe de
Chris não dá a mínima para ele. Ela não vai enviar um
centavo para ajudá-lo.

— Ela recebe vale-refeição e tem um emprego em um


bar. — Disse ela, mesmo que não contasse com nenhuma
ajuda dela.

— Sim, ela tem. Alguém poderia pensar que ela iria usar
os vales para comprar um pouco de comida para o menino.

— Ela não compra?

— Ela os troca por dinheiro. Por muito menos do que


eles valem. Tudo o que ela não gasta consigo mesmo, ela
gasta com esses perdedores que leva para a cama.

— Ele parece saudável. Eu sei que ele está comendo.

Ele deu de ombros. — Ele espera até a querida mamãe


estar de costas mantendo os homens ocupados, enquanto ele
rouba suas carteiras. Ela pega um pouco claro e eu estive
deixando comida nos degraus, do lado de fora, da sua casa
quando ele estava sozinho, nos últimos três anos. Ele acha
que a igreja que tem deixado.

—Eu-eu não sabia. — Ela recuou agora. Ele andou


para frente.

— Diga-me uma coisa, Madison, já que você está com a


intenção de me expulsar para fora da sua vida, você está
pensando em foder com a dele também? Pode vir a calhar.
Ela lhe deu um tapa com força. — Eu odeio você.

Sua língua saiu para lamber o sangue em seu lábio. —


Você não me respondeu. Como você vai cuidar de um menino
de 16 anos de idade, quando você não consegue nem cuidar
de si mesmo?

— Não que isso seja da sua conta, mas conversei com a


vovó esta noite ela vai me dar algumas horas aqui.

— Esfregar banheiros? Sim, isso é perfeito para alguém


com um diploma universitário e um emprego de tempo
integral.

— Candy me ofereceu ajuda, também.

— Como?

— Ela vai ver se pode me dar uma posição servindo


mesas.

Ephraim não se atreveu a mover um músculo, por


medo de que ele iria bater o punho em algo. Com uma falsa
voz calma ele perguntou. — Oh, e qual a porcentagem das
gorjetas ela pretende te dar?

— Vinte e cinco por cento. — Ela murmurou.

— Uau, você tem uma grande mãe, Madison. Primeiro,


ela a ignora para foder com um idiota, em seguida, deixa você
criando seus dois filhos. Agora está disposta a esfolar você
para que possa ter um lucro. Eu posso ver agora por que você
mantem as pernas fechadas, ela provavelmente venderia os
netos no mercado negro na primeira chance que tivesse.

Quando ele esperava outro tapa ela zombou. — Eu não


acho que nós temos que nos preocupar com isso quando se
trata de você.

De repente, ele virou as costas para ela. — Vá embora,


menininha. Estou farto destes jogos e estou farto de você.

Ela não se moveu, enquanto Ephraim vestiu,


violentamente, uma camiseta preta e jeans. Ele se sentou em
uma cadeira, puxando meias e sapatos. — O que você ainda
está fazendo aqui? Eu lhe disse para sair.

— Onde você vai?

— Você não pode mais fazer essa pergunta. — Ele pegou


sua carteira, chaves e deixou-a ali se sentindo como se seu
mundo tivesse acabado.
Capitulo 16
— Eu já disse que lhe pago amanhã. Tem sido agitado
no trabalho. Eles ferraram com os cheques, mas vou tê-lo até
amanhã. — Jason, o homem que se mudou há mais de um
mês atrás, prometeu mais uma vez do corredor.

Todo mundo na sala de jantar fingiu que não podiam


ouvir a Sra. Buckman no corredor, praticamente implorando
pelo aluguel.

— Ela vai ter que aumentar o aluguel, — disse a Sra.


Adle. — Eu a ouvi falando no telefone com alguém do banco
na semana passada. Ela está pensando em obter uma
hipoteca.

Madison deixou cair o garfo. Ótimo, só mais uma coisa


para me preocupar. Sua avó estava sob muita pressão
financeira e eles estavam adicionando mais. Ela deveria estar
pagando seu sustento e o das crianças. Seus olhos se
atiraram para Candy. Ela definitivamente deveria estar
pagando por Jill e Joshua e por ela própria. A culpa contraiu
em seu intestino quando ela olhou para Chris. Mais uma
boca se misturou a essa bagunça.

As bochechas dele coraram, como se soubesse o que ela


estava pensando. — Madison, você acha que pode conseguir
que a escola me dê uma autorização de trabalho? Eu gostaria
de pagar pelo meu próprio quarto e comida.

Eles ouviram a porta fechar. — Eu não vou ouvir nada


desse absurdo, Christopher. Seu lugar é na escola, melhore
suas notas e não se meta em encrenca.

— Vovó, eu não me sinto bem com isso. — Disse Chris,


enquanto olhava com culpa para a comida.

Ela lhe deu um tapa na cabeça. — Ai! Que diabos foi


isso?

—Eu disse para deixar isso para lá. Você faz parte desta
família, então pare com isso e coloque mais comida no seu
prato. Eu não vou aceitar ver você perder peso e parecer um
esqueleto, quando eu tenho trabalhado tão duro nessas duas
últimas semanas para colocar a carne em seus ossos.

Quando ele não se moveu rápido o suficiente para


comer, ela levantou a mão para bater na cabeça dele
novamente. — Ok! — Ele pegou mais milho e batatas. —
Fazedora de escravos. — Ele murmurou.

Vovó se sentou à cabeceira da mesa. — Todo mundo,


coma, por favor.
— Vovó, eu estava pensando que com a gente aqui são
cinco quartos que você não está ganhando aluguel e cinco
bocas para alimentar. Acho que vou arranjar outro emprego
para ajudar.

—Madison, você já trabalha em um emprego em tempo


integral e você limpa aqui 10 horas por semana, isso já ajuda
o suficiente. — Ela lançou um olhar de advertência para a
filha. — E nem sequer pense em sugerir que a minha neta vá
trabalhar naquele lugar obsceno novamente, Emma.

Candy fez beicinho. Ela odiava ser chamada Emma e


odiava não conseguir o que queria. Ela teve um ataque
quando Madison recusou a oferta de emprego. Ela realmente
estava ansiosa por isto.

Vovó apontou o dedo na direção de Candy. — Eu olhei


para o outro lado quando você começou a trabalhar lá, mas
quando você tentou levar minha neta, — ela balançou a
cabeça em desgosto. —Você teve sorte de eu não te-la
expulsado.

— Mas, mamãe, eu estava apenas tentando ajudar. —


Candy amuou.

Vovó estreitou os olhos em sua única filha. — Eu


gostaria que Ephraim estivesse aqui, — Joshua murmurou.

— Será que ele ligou? — Perguntou Jill, mudando de


assunto.
— Não, podemos falar de outra coisa, por favor. —
Madison empurrou o bolo de carne em seu prato.

— Você tentou ligar para o seu celular? — Perguntou


Chris, chamando sua atenção.

Chris parecia tão desconfortável. Suas roupas já


estavam muito pequenas e desgastadas. Elas pareciam ainda
menores após ele comer duas semanas corretamente, pela
primeira vez teve um surto de crescimento. Ele precisava de
roupas novas e ela não tinha o dinheiro. Embora ele não
reclamasse. Ele provavelmente sabia. Ela teria que arranjar
outro emprego para comprar novas roupas. As roupas de Jill
e Joshua estavam na mesma condição das de Chris. Todos
precisavam de roupas novas. Ótimo, agora ela se sentiu ainda
mais deprimida.

Os olhos da avó percorriam o estado das roupas de


todas as três crianças também. Sua carranca se aprofundou.
Isso era ruim, mas a avó estava em negação e ela fez o que
sempre fazia quando algo desagradável ocorria. Tentou
esconder seus sentimentos de todos e seguir em frente,
arrastando todo mundo com ela.

— Todos, por favor, terminem o jantar. Chris e Jill,


ambos lavam os pratos esta noite.

—Eu pensei que você me amava, vovó? — Chris


empurrou o lábio como um especialista.
Vovó estendeu a mão e beliscou sua bochecha. — Oh, é
tão bom ter um vigarista junto à família.

Ele piscou para ela e recarregou o prato como um bom


menino. Isso, ou ele provavelmente estava com medo de que
ela ia bater nele de novo. Madison considerou por um
momento e concordou que ela provavelmente o faria.

— Ele se foi a mais de duas semanas você percebe? —


Jill decidiu comentar.

Madison se afastou da mesa. — Se você me der licença


eu tenho alguns trabalhos para corrigir.

— Você tem uma boca grande! — Chris estalou.

—Está tudo bem, realmente. Boa noite, pessoal. — Ela


tomou seu tempo andando no andar de cima. Ela não tinha
pressa para se esconder em seu quarto e chorar até dormir,
novamente, esta noite.

Ele quebrou seu coração. Não havia outra maneira de


descrevê-lo. A área em torno de seu coração doía dia e noite
por causa dele. Parecia que uma parte dela foi destruída.

Ela parou em frente a porta do quarto dele e olhou


quando ouviu alguma coisa. Ela podia ver que as luzes
estavam apagadas no quarto, mas barulhos estranhos
vinham lá de dentro. Ela não podia lutar contra a esperança
que subiu para a superfície. Ela se virou e levantou o punho
para bater na porta e congelou.
— Você gosta disso, baby, não é? — Perguntou uma
mulher.

Um homem resmungou. — Mmm, eu vou usar você a


noite toda, garotão. — A realidade caiu sobre ela. O som
estranho eram as molas da cama rangendo.

Ela colocou a mão sobre a boca. — Oh Deus. —


Lágrimas derramaram pelo seu rosto.

— Mmm, as algemas foram uma boa ideia, — disse a


mulher. —Eu posso mantê-lo em suas costas a noite toda. —
Um gemido alto e masculino entrou em erupção.

— Você gosta de foder minha bunda? — Perguntou a


mulher.

— Sim. —Ele gemeu.

Madison tropeçou de volta para a porta, chorando. Ela


fechou a porta e acendeu a luz. — Que idiota. — Ela
murmurou.

— Eu concordo completamente. Agora, se você não se


importa alguns de nós estão tentando dormir. — Ephraim
tombou sobre seu estômago.

A cabeça de Madison chicoteou em direção ao quarto


dele e depois para ele. — Se você está aqui, então quem
está...
— Lá dentro, fodendo a prostituta travesti? — Ele
terminou por ela.

— Sim... espere, você disse travesti?

— Sim, eu disse.

— Ephraim, quem está lá dentro?

— Só o cara que está lhe chantageando nos últimos


quatro meses. Depois desta noite, você nunca terá que se
preocupar com ele novamente e você vai ter todo seu dinheiro
de volta. Agora, você poderia apagar essa luz? Aquele idiota
me manteve acordado nas duas últimas noites.

Ela parecia atordoada. — Você tem o pai de Joshua lá


dentro? Espere, ele não é gay.

Ephraim enterrou o rosto no travesseiro e riu. — Não,


ele não é. Ele também não sabe que ela é um ele. Ele também
não sabe que eu tenho uma câmera lá agora com visão
noturna que vai captar esta ocasião. Ele saberá muito em
breve o que está acontecendo. Antes de sair daqui ele vai
assinar a custódia de Joshua para você e sua avó.

— Por que... como... Eu não entendo.

Ele se virou de costas. — É simples, eu tive sua conta


bancária ligada a um Trevor McGuire que reside no Novo
México. Eu dei uma pequena espiada nele, casado, dois filhos
em casa, mas ele tem a custódia dos três filhos. Eu fiz um
pouco mais de pesquisa e descobri que Candy perdeu a
guarda de Joshua quando ele tinha seis meses de idade.

— Ela não fez nada para evitar isso. — Madison


sussurrou.

— Isso foi o que eu descobri. Eles o mantiveram por


quatro meses até que sua mulher bateu o pé. Ela não podia
lidar com seus dois meninos mais Joshua. Então, Trevor
deixou Joshua fora, com alguns parentes, mas nenhum deles
estava disposto a mantê-lo. Por fim, ele deu Joshua para a
sua mãe, mantendo a custódia total.

— Eu não sabia sobre essa parte.

— Imaginei. Quando Candy ficou ansiosa para se mudar


para cá para conseguir o auxilio previdência ela esqueceu
uma coisa muito importante.

— Ela não tem a guarda e nunca pediu permissão para


levar Joshua para fora do estado. Ela provavelmente nunca
imaginou que Trevor notaria. Ele não tinha visto Joshua em
cinco anos.

— Mas ele descobriu. Sua mãe, apesar de sua avó


suspeitar que ela tinha a guarda das crianças, tentou obter a
auxilio previdência, em nome das crianças. New Hampshire
contatou Trevor e Trevor caçou você e ameaçou tomar Joshua
de volta e colocá-las na prisão por sequestro.
— Ele não tinha nada mim e ele sabia disso. Ele queria
o dinheiro mesmo assim.

— E você ia pagar mil e duzentos dólares por mês até


que Joshua atingisse dezoito anos.

—Sim.

— E você realmente pensou que isso ia funcionar?

—Eu estava tentando ganhar tempo até que descobrisse


o que fazer. Eu não posso perdê-lo. Ele é mais que um irmão
para mim. Eu o criei. Eu não podia desistir dele.

—Então, foi por isso que você se colocou em um grande


buraco. Você não queria perder Joshua?

— Sim. — Ela enxugou uma lágrima, em sua bochecha.

— Baby, por que você não me procurou? Eu teria


ajudado.

Ela balançou a cabeça. — Eu não podia fazer isso com


você.

—Você estava com medo de que eu iria rasgar a


garganta dele fora ou perder meu emprego?

— Os dois.

Ele suspirou e estendeu a mão. — Venha aqui.


Ela caminhou até a cama e pegou sua mão. Ele a puxou
para o seu colo, com as pernas abertas contra ele. Ela soltou
a mão e puxou os saltos fora, deixando-os cair no chão.

Ephraim colocou as mãos nos quadris dela e puxou-a


para frente. — Posso ter um beijo? Eu senti sua falta.

Ele começou a acariciá-la, quando ela se inclinou sobre


ele. — Eu não sei. Eu pensei que você disse que tinha
terminado comigo.

As mãos dele acariciavam seus quadris gentilmente. —


Eu nunca vou terminar com você. Sinto muito por ser um
idiota, mas você acertou um nervo para mim.

— Sobre os bebês?

— Sim.

— Então, você não pode ter filhos? Você tem certeza,


não é? Você tentou com aquela mulher?

Ele levantou a cabeça para roçar seus lábios nos dela.


— Eu não sei nada ao certo, baby. Não tenho ideia. Em
relação aquela mulher a resposta é não. Eu nunca dormi com
ela. Ela queria anos e anos atrás. Seu Mestre, que neste
momento não está muito feliz comigo, tentou fazer um acordo
comigo e ofereceu vinte mulheres para mim para ver se eu
poderia engravidar qualquer uma delas. Eu poderia manter
os bebês, em troca o mestre queria ser como eu.

— Você fez?
Seus dedos estavam enfiados entre os cabelos pretos
dela. — Não, eu não fiz isso. Eu não queria um filho com um
vampiro.

— Então, como você sabe que não teve um filho antes?

— Isso é fácil. Eu nunca gozei dentro de uma mulher.

Ela procurou seu rosto para ver se ele estava brincando.


— Nunca?

— Não, nunca. Foi uma das melhores formas de


prevenir by-blows.

— by-blows?

— Bastardos.

— Isso não é muito bom.

— Desculpe, era assim que eram chamados


antigamente. O meu pai nos disse o que fazer.

— Seu pai incentivou você? — Um pensamento lhe


ocorreu. — Eu já ouvi histórias de que os homens
antigamente levavam seus filhos para prostíbulos, o seu fez
isso?

Ele usou seus quadris para empurrá-la para cima, de


modo que seu pescoço estava bem em cima de sua boca. Ele
começou pressionando beijos nele. — Não, ele não me levou.
A última vez que vi meu pai foi um pouco antes de eu ser
levado. Antes eu parecia um menino. Nenhuma prostituta
teria me tocado. Ele levou meus irmãos quando tinham
catorze, então, ele provavelmente, teria me levado.

— Oh.

— Então, o que seu pai lhe disse para fazer?

— Puxe para fora. Nunca venha dentro de uma mulher,


a menos que ela esteja destinada a carregar seu herdeiro.
Isso é o que nos foi ensinado.

— Então, você nunca, nenhuma vez... — Sua voz foi


sumindo sugestivamente.

— Nem uma única vez. — Suas mãos deslizaram por


suas costas até que ele segurou seu traseiro, pressionando e
acariciando, suavemente e enquanto sua boca lambia e
beijava seu pescoço.

Madison usou seus pés para empurrar o cobertor de


Ephraim. Ela não estava a perder esta oportunidade. Ela
esperou muito tempo para isso. Para ele. Com uma mão ela
desfez o nó em sua saia e a puxou, jogando-a no chão. Ela
sentou-se em seu colo. Podia sentir sua ereção através da sua
boxers.

Ephraim assistiu com fome, quando ela desabotoou


lentamente a blusa e a jogou para o lado, revelando um sutiã
preto e calcinha combinando.
— Uma deusa. Você parece uma deusa. — Ele estava
hipnotizado por seu belo cabelo preto e pele dourada. Ele
passou as mãos em seu pescoço, seios, barriga e costas.

— Você quer ver mais? — Ela perguntou com uma voz


sensual.

Ele engoliu em seco e assentiu com firmeza. — Por


favor.

Ela estendeu a mão para trás e desabotoou o sutiã,


deixando-o deslizar para baixo dos braços. Ephraim puxou-o
delicadamente e o jogou no chão.

Sem esperar ele passou os dedos até os quadris e


deslizou um dedo em ambos os lados de sua calcinha e
rasgou a corda do cós. Madison se sentou para que ele
pudesse puxar as calcinhas rasgadas, deixando-a nua.

Os olhos dele bebiam seu corpo. Ela era tão linda, com
seus olhos castanhos dourados e seios caramelo. Ela era tudo
no mundo que era perfeito e era sua. Ele rosnou possessivo
quando suas presas apareceram. — Venha aqui.

Um tremor de luxúria disparou através dela, enquanto


seus olhos começaram a brilhar e seus dentes saíram.
Madison se viu indo para ele, mais que de bom grado. Ela se
inclinou e beijou seus lábios suavemente. O beijo foi lento e
doce. Eles levaram seu tempo apreciando-se e sentindo a
sensação e a provocação dos seus corpos.
Ephraim lambeu os lábios em uma solicitação. Ela
terminou por abrir a boca. Ele aprofundou o beijo. Suas
línguas se moviam juntos, enviando uma agonia em seus
corpos. Logo os dois estavam ofegantes e gemendo. Madison
não estava ciente de que ela estava moendo contra ele. Só
sabia que adorava a sensação e não era o suficiente.

Com seus braços em volta da cintura dela, puxou-a para


perto dele. Ele rolou de costas, nunca quebrando o beijo.
Madison pegou sua cueca e empurrou para baixo. Quando as
mãos não poderiam empurrar mais longe, ela usou seus pés,
freneticamente chutando-a para baixo. Ela sentiu seu pênis
duro contra o interior de sua coxa e gemeu.

Ele se abaixou e deslizou seu pênis contra sua entrada.


Ela estava tão molhada. Tão fodidamente molhada que ele ia
se perder. Ela estava encharcando a parte inferior de seu
pênis. Os sons de sua respiração ofegante eram altos o
suficiente para bloquear os sons vindos de seu quarto. Eles
não se importavam. Eles eram as únicas coisas existentes em
seu mundo.

— Baby, eu tenho que lhe dizer duas coisas antes de


fazer isso. — Disse ele com uma voz rouca.

— O quê? — Ela choramingou. Estava se contorcendo


descontroladamente debaixo dele, tentando levá-lo para
dentro.
— A primeira coisa que você deve saber, é que uma vez
que eu colocar meu pau em você eu não vou parar de lhe
foder até meu pau explodir dentro de você. — Suas palavras
eram como jogar gasolina no fogo, que já estava fora de
controle no corpo dela. Ela gemeu alto, em antecipação.

— E o segundo? — Ela ficou surpresa, conseguiu um


pensamento coerente, imaginou uma frase neste momento.

Ele se afastou e se posicionou. — O segundo é o mais


importante. — Ele a beijou profundamente antes de puxar
para trás e olhar para ela. Ele precisava vê-la enquanto dizia
ao entrar nela. Ele lentamente empurrou para frente.

Madison suspirou alto. — A segunda coisa, Madison, é


que eu estou loucamente apaixonado por você. — Com um
impulso, ele se enterrou em seu interior.

O corpo dela se apertou ao redor dele e começou a


convulsionar. — Oh merda! — Ele tocou a testa dela,
enquanto a olhava desmoronar. Ela gemeu seu nome,
enquanto lambia os lábios. Seu corpo estremeceu
violentamente ao redor dele. Ele lutou para não gozar logo,
com ela. Ele nunca tinha estado com uma mulher que
explodiu como essa.

Ele esperou até que o corpo dela relaxasse antes de


começasse a se mover. Seus impulsos eram lentos e pouco
profundos dando a ela uma chance de se recuperar. O tempo
todo seus olhos nunca deixaram o rosto dela. — Você está
bem, baby? — Perguntou ele com um beijo suave.

Ela mordeu o lábio e assentiu. — Essa é minha garota.

— Eu não sou uma menina, Ephraim. Foi isso que você


disse naquela noite. — Ela balançou a cabeça. — Eu não sou.

— Shh, eu sei, querida. Confie em mim, eu sei. Você não


é uma menina. Você não é. — Ele a beijou longo e duramente
antes de se afastar abruptamente. — Você provavelmente
nunca teve a chance de ser uma menina, querida. — Ele
beijou-lhe o queixo, movendo-se para baixo, para o seu
pescoço. — Eu sinto muito.

Ela gemeu quando ele puxou para fora. — Ephraim?

— Shh, está tudo bem, baby. — Ele moveu sua boca


para baixo para seu peito. Sua língua traçou um círculo em
torno de seu mamilo molhado antes de puxá-lo em sua boca.
Ele o deslizou entre suas presas e deu duas longas puxadas
no mamilo antes de abandoná-lo para continuar no seu
estômago.

— Tão doce... tão linda... — Ele apertou beijos em cada


coxa.

— Ephraim, por favor! Eu preciso de você! —Madison


estava ofegante com a necessidade. Ela queria que ele
entrasse nela novamente.
Ele riu contra sua pele. Sua língua saiu, correndo sobre
ela, enquanto ele fazia o seu caminho para o centro dela. —
Mmmm. — Ela tinha um gosto melhor do que ele se
lembrava. Ele chupou seu clitóris inchado, provocando-a com
a ponta da língua.

Madison olhou para baixo de seu corpo. Os olhos deles


estavam focados no rosto dela. Ele gostava de assistir. Isso a
fez corajosa. Ela queria agradá-lo tanto quanto ele queria
satisfazê-la.

Sua boca baixou para sua entrada, onde ele lambeu


avidamente. Ela gemeu alto. Seus olhos nunca deixaram o
seu. Ele empurrou sua língua dentro dela.

— Oh, baby, sim! — Ela murmurou. Seus quadris se


levantaram no ar. As mãos dele apertaram seus quadris e a
trouxe para baixo para que ele pudesse saboreá-la.

Ela passou as mãos pelos cabelos dele, sua barriga e os


seios. Quando ela beliscou seus próprios mamilos seus
quadris empurraram contra a cama. Ele rosnou baixo e
profundo, enviando as sensações mais eróticas através dela e
dando início a outro orgasmo poderoso. Seu corpo se arqueou
para fora da cama.

Antes do corpo dela cair de costas na cama, ele estava


de volta dentro dela em um impulso forte. Sentia-se mais
duro do que antes. Ela enrolou as pernas em torno de seus
quadris, com medo que ele saísse de novo. Seus impulsos não
eram mais rasos ou lentos. Ele se movia como um homem
possuído.

A beijou-a vorazmente, enquanto empurrava dentro


dela. Madison segurou seu rosto quando ela o beijou. Os
dedos dela acariciavam a pele dele. Isso o fez se sentir como
um rei pela forma como ela o estava tocando.

Ela gostava de vê-lo fora do controle e agora ele era


perigoso. Mudou-se sobre ela como um louco. Ela
choramingou quando outro clímax veio e se foi deixando-a
sem força e ofegante, mesmo assim ele não parou.

Sua mandíbula estava apertada e os músculos de seu


pescoço estavam tensos. Parecia que ele estava com uma
grande quantidade de dor. Foi quando ela percebeu as
lágrimas nos olhos dele. Ele parecia frustrado.

Ela cobriu o rosto dele. — Baby, o que há de errado?

Ele balançou a cabeça. — Eu não posso... eu não


posso... porra eu estou tão perto!

— Você não pode gozar?

— Não. Eu não sei o que está errado. Tem sido assim


por muito tempo. — Ele se moveu mais duro dentro dela,
trazendo-a mais perto de outro orgasmo. Ela precisava ajudá-
lo ou ia morrer de prazer. Ela o puxou para baixo, inclinando
a cabeça para o lado.
— Vamos ver se isso ajuda. — Ela apertou beijos
molhados em seu pescoço. Sua língua traçou seu pomo de
Adão até o queixo. Seus impulsos foram se acalmando. Ele
gemeu profundamente quando os dentes dela rasparam a
pele dele.

— Isso é tão bom. — Ele gemeu.

A mão dela deslizou entre eles. A próxima vez que ele


puxou ela serpenteou sua mão entre eles e agarrou-o com
força, enquanto seu braço circulou ao redor de seu pescoço e
segurou-o para baixo.

Ela estava segurando com muita força. A sensação de


deslizar através de sua mão em sua vagina apertada e
molhada era demais. A combinação tripla foi muito, muito
grande e cedo demais. Ele queria se afastar dela e assumir o
controle de novo, mas ela o segurou com força, contra ela. A
sensação foi empurrando-o para além da borda. Aumentando
o clímax que ele sabia que estava vindo e que seria muito
forte.

Seu corpo começou a empurrar violentamente nela. Ela


nunca vacilou em seu aperto. Lambia o pescoço dele e gemia
junto com ele. — Pare! Madison, pare com isso é demais! —
Ela só aumentou seu aperto e rodou seus quadris sob ele. Ele
quebrou.

Ele jogou a cabeça para trás e rugiu. Seus quadris se


chocaram contra ela, fazendo-a retirar a mão ou tê-la
quebrada. Ela se segurou em cima dele, enquanto ele a levava
para outro clímax.

Ela engasgou, quando ele desnudou as presas e atacou.


Capitulo 17
Ephraim estava ofegante na curva do pescoço dela. —
Eu sinto muito.

— Shhh, está tudo bem. — Ela gentilmente esfregou


suas costas úmidas. — Está tudo bem.

— Eu vou substituí-lo. Eu prometo. — Ela observou


quando uma pena, lentamente, caiu no rosto dela. Ela soltou
uma corrente de ar, enviando-a de volta. — É apenas um
travesseiro.

— Graças a Deus. — Ele beijou seu pescoço.

— É sempre assim?

Ele balançou a cabeça. — Nunca foi dessa forma.

— Você sempre morde no final?


Ele deu de ombros. — Eu nunca tive que morder antes.
Eu nunca vim dentro de uma mulher antes de você. Nunca
foi tão poderoso antes, com qualquer uma. Você, oh baby,
você não sabe o que faz para mim.

— Então, você sempre teve problema para gozar? — Ela


perguntou timidamente.

— Não, eu não tive, mas mais uma vez, acho que a


última vez que tive um orgasmo estava de volta aos anos
noventa.

— Ah, então tem como dez a vinte anos atrás? Isso não
é ruim, eu acho.

— Século errado. Tente mais como uma centena de


anos.

— Isso é muito tempo. — Ela não conseguia esconder


seu sorriso.

— Sim, eu acho que eu tinha uma obstrução. — Ele riu


e se retirou dela. Ficou olhando para seu corpo enquanto saia
da cama. Ela estava coberta de penas. — Deixe-me ir acabar
com a farsa do quarto ao lado e então eu vou ajudá-la a tirar
todas as penas.
Ephraim colocou um par de calças cáqui escuro que
parecia ter sido, recentemente, passada e uma camiseta
branca. — Vou levar apenas alguns minutos, baby. — Ele
deu um beijo suave na testa dela. — Eu amo você, baby.

Ele sentiu a mudança nela. Ela endureceu sob seu


toque. Sua respiração cessou. Ele xingou interiormente. Ela
não estava apaixonada por ele. — Madison...

Ela desceu da cama. — Deixe-me vestir. — Disse ela,


nervosa. Suas mãos tremiam enquanto procurava algo no
meio de suas gavetas e vestiu um top e calças de pijama de
flanela.

Mãos firmes e quentes delicadamente seguraram seus


ombros. Ela começou a falar nervosamente. — Você sabe, eu
realmente deveria ir lá com você. A culpa é minha que essa
coisa toda aconteceu, bom não em primeiro lugar. Candy fez
tudo isso, mas não acho que ela iria vir aqui e ajudar. Quero
dizer, nós poderíamos perguntar, mas ela provavelmente vai
jogar algo em nossas cabeças. Ela odeia ser acordada. Você
acha que devemos acordá-la? Porque eu posso ir buscá-la, se
você acha que deve. Só acho que ela só vai ficar no caminho
e...

A mão dele cobriu sua boca suavemente. — Shh, baby,


eu não disse isso para que você ficasse em histeria. Vou tirar
minha mão agora, então me deixe falar, por favor.
Ela assentiu com a cabeça, contra a mão dele. — Tudo
bem. — Ele baixou a mão e passou os braços ao redor da
cintura dela. Seus lábios pressionados suavemente em seu
pescoço.
— Agora, eu vou lhe dizer que eu a amo. — Ela
endureceu. — Shh, Madison, deixe-me continuar. Eu não
disse isso, porque espero que você diga o mesmo. Eu sabia
que você não iria. Você não pode, querida. Eu não estou
supondo que você me ame e eu não disse isso porque eu
queria ouvir você dizer de volta. Isso faria de mim um pouco
idiota.

— Eu sei como sua mãe dizia isso livremente para os


homens. Inferno, eu a ouvi dizer isso cerca de cem vezes a
sete caras diferentes, desde que você se mudou para cá. Eu
sei que ela pensa que ama e joga a palavra ao redor com
muita facilidade. Também sei que ela nunca disse uma vez
essas palavras para você ou seus irmãos. Então, eu sei
quanto estranhas essas palavras são para você. Eu sei que
você não quer fazer nada como sua mãe faria, você está com
medo de se tornar como ela.

Ela balançou a cabeça lentamente. — Mas, Madison,


você não é sua mãe. Você é uma mulher forte e independente.
Você é cabeça dura, teimosa, inteligente, gentil, e sim,
amável. Eu sei o quanto difícil era para você permitir-se a
dar-se a um homem. Sinto-me honrado além das palavras
por ter sido seu primeiro. — E último, mas ela não sabia
disso ainda. — Eu não vou pressionar ou ficar chateado se
você não me amar. Tudo que eu quero é ter a possibilidade de
mostrar-lhe como me sinto sobre você e dizer-lhe.

— Ephraim, eu não acho que eu sou capaz de amar


qualquer outra pessoa além do meu irmão e irmã.

Ele pressionou outro beijo para o pescoço dela. — Bem,


então me deixe lidar com isso. Eu não estou pedindo que você
me ame. Eu estou pedindo para você me deixar lhe amar.
Estou bem se você nunca disser isso. Eu só quero você,
Madison.

Ela engoliu em seco. — Por quanto tempo?

— Quanto tempo você me deixar. — Para sempre, mas


na verdade ela não precisa saber disso agora.

— Sem pressão?

— Sem pressão.

Ele a virou em seus braços. Seus olhos perfuraram os


dela. — Vamos deixar uma coisa bem clara, Madison. Eu
nunca disse a outra pessoa que eu a amo. Nem uma. Eu não
sou um desses homens que vêm farejando em torno de sua
mãe. Eu não digo coisas de ânimo leve e eu não estou lhe
usando. Eu não vou correr para as montanhas ou me tornar
aborrecido. Eu estou aqui por você, enquanto você deixar e
não vou pressioná-la. — Ele colocou uma mecha de seu
cabelo atrás da orelha. — Por quanto tempo você me quiser,
Madison, eu sou seu homem.
— Mas e se você...

— Eu não vou.

— Você não me deixou terminar.

— Não importa. Eu não vou fazer, se for lhe machucar.


— Ele roçou os lábios nos dela. Ela não estava desistindo. Ele
praticamente podia sentir seu medo.

— E se você se cansar de mim? Eu não sou muito


bonita e...

Ele se afastou para procurar os olhos dela. Ela estava


falando sério. Ela realmente não tinha ideia. — Madison,
deixe-me esclarecer isso para você. Você é a mulher mais
linda que eu já vi.

Ela zombou.

— Madison, eu nunca iria dizer o contrário. O que faz


você ainda mais bonita e especial, é o seu grande coração.
Você é muito gentil e doce para o seu próprio bem, às vezes.
— Não, eu não sou. Ephraim, veja isso, é só paixão para
você. Você acha que eu sou perfeita. Eu não sou. Sou uma
mulher com muitos defeitos, mas você não parece vê-los.

— Sério? Você acha? — Ele perguntou, parecendo


pensativo.

— Sim! Veja é assim que minha mãe age com cada


indivíduo. Você não vê o meu verdadeiro eu.

— Hmmm.

— Eu não sou perfeita, Ephraim, e mais cedo ou mais


tarde você vai ver isso e seguir em frente. — As palavras dela
machucavam, mas precisavam ser ditas. Ele não entendia.
Ele não podia. Não havia tal coisa como o amor. Carinho?
Sim, ela se preocupava com ele profundamente. Mais do que
ninguém, mas amor? Não. Não existia essa coisa de amor.
Era apenas paixãozinha, misturada com hormônios.

— Você provavelmente está certa. — Ele afastou e se


sentou na beirada da cama para puxar as meias e os sapatos.
— Baby, você pode me entregar minha camisa? — Ele
apontou para uma camisa cinza escuro pendurada na parte
de trás da porta do banheiro. A gravata estava pendurada em
torno de colarinho da camisa.
Um pouco confusa de como ele mudou de assunto, ela
entregou-lhe a camisa. — Só isso?

— O quê? —Ele levantou, abotoando a camisa e abriu o


zíper de suas calças para colocá-la dentro.
Ela ergueu as mãos um pouco e as deixou cair. — Nada.
— Ela se acovardou.

As mãos dele fizeram um trabalho rápido em amarrar a


gravata. — Oh, você quer dizer esse absurdo sobre isto ser
uma simples paixão para mim e eu não ver os seus defeitos?
Desculpe, não sabia que você queria que eu respondesse a
isso. Ok, vamos ver. — Ele não estava dando a ela uma
chance de falar. — Você pode ser mandona, às vezes. Você se
fechou para qualquer coisa emocional com Joshua e Jill.
Quando Jill está pirando e chorando, você se irrita. Você
odeia enormes demonstrações de emoção, você é muito
relaxada e descontraída. Bem, parece assim, mas você está
realmente tentando se proteger e eu não a culpo nem um
pouco por isso.

Suas mãos se ergueram. — Veja isso é exatamente o que


eu estou dizendo. Você está vendo o que você quer ver, e o
que você vê você parece que está tentando me consertar. Eu
não sou perfeita, Ephraim e eu realmente gostaria que você
visse isso.

— Você baba.
— O quê? — Isso pegou-a desprevenida.

—Quando você está dormindo você baba. Tenho


acordado mais do que algumas vezes com uma pequena poça
no meu peito. — Depois de um pensamento, acrescentou. —
E você ronca. Não é um ronco delicado se você se importa.

— Eu não! — Seu rosto coloriu com indignação.

Ele suspirou profundamente, como se o conhecimento


lhe doesse. — Ah, mas você faz. Eu mesmo ouvi Jill falar
sobre isso. Você sabia que é a principal razão pela qual ela
está feliz com o quarto dela. Na verdade, ela e Joshua
agradeceram sua avó por colocá-la na outra extremidade da
casa, algo sobre finalmente ter uma noite de sono decente.
Eles compararam o seu ronco à uma motosserra. Eu posso
ver porque eles dizem isso.

— Você está mentindo!

Ele riu quando prendeu o coldre e distintivo no cinto. —


Não, temo que não, querida. Além disso, você faz beicinho
quando está com fome. Seu pequeno lábio inferior bonito sai
e você fica com uma carranca entre as sobrancelhas, bem
aqui. — Ele tocou o local com o dedo.

Ela golpeou a mão. — Eu não tenho!


— Quando você acha que ninguém está por perto e está
bebendo refrigerante. — Ela não achava que era possível, mas
sentiu o rubor em seu rosto se aprofundar. — Você segura
pequenos arrotos.

— Como...

Ele tapou seu ouvido. — Eu posso ouvir tudo e eu posso


sintonizar as coisas, se eu escolher.

Ela baixou o olhar. — Um dos namorados antigo da


minha mãe me ensinou quando eu era pequena, como uma
forma de relaxar. Ajuda com o meu estresse, apenas me
concentrar em fazer algo bobo e estúpido.

— Você é muito boa nisso. — Ele comentou.

— Ephraim!

— Estou falando sério. Eu conheci alguns marinheiros e


você poderia facilmente deixá-los com vergonha.

— Pare com isso! — Ela reprimiu uma risadinha.


Deveria estar chateada, realmente deveria.

— Além disso, você trapaceia quando você joga Horse


com Joshua. É realmente triste. — Ele piscou para ela.
— Como você sabe?

— Eu vi você. Você o distrai e, em seguida, da um passo


ou dois à frente, mais perto da cesta.

Ela suspirou. — Eu não posso suportar sua dança da


vitória, quando ele ganha. É muito chato.

Ele permitiu isso. — Não faz mal, você também é uma


má perdedora.

— Eu não sou!

— Sim, você é. Todo mundo diz isso. Acho que todo


mundo suspeita que você trapaceie em outros jogos também,
mas eles não dizem nada. Principalmente porque você é uma
péssima trapaceira e você perde de qualquer maneira.

Ela colocou as mãos nos quadris. — Será que devemos


falar das suas fraquezas, então?

— Claro, eu tenho um minuto antes de lidar com a sua


chantagem. Vamos ver. — Ele olhou para o espelho de
maquiagem pequeno e passou as mãos pelo cabelo. — Eu sou
arrogante, sou chato, tenho um inferno de um temperamento
que faria o diabo tremer, fico extremamente irritado quando
estou com fome, monopolizo os cobertores para mantê-la em
meus braços à noite, tomo muitos banhos e por muito tempo,
monopolizo a água quente, fico com ciúmes facilmente
quando se trata de outros homens e você.

— Sério? — Seu sorriso era pequeno, inseguro e bonito


como o inferno.

Todo humor deixou o rosto dele. Ele olhou para ela com
os olhos intensamente possessivos. — Ah, sim, Madison, você
não tem ideia. Eu quero rasgar todo homem que olha para
você. Eu odeio quando algum outro homem ganha um de
seus sorrisos adoráveis que atinge os olhos, ou estão lá para
fazer você se sentir melhor. Eu odeio isso, mas eu aceito. Se
não, isso me levará à loucura.

— Você também é um pouco possessivo. — Acrescentou


ela com um sorriso irônico.

— Isso eu sou. Desculpe-me se a incomoda, mas eu a


amo, Madison. Eu não sou um idiota por controle que espera
mantê-la para mim e eu nunca iria machucá-la ou controlá-
la. Só quero mantê-la segura. Eu sei que piso em seus dedos
do pé às vezes. Vou tentar trabalhar nisso, mas não com
idiotas como Trevor. Isso eu não vou tolerar.

Ela tomou uma respiração profunda. — Está tudo bem.


Eu sei que você só fez isso para me ajudar. Eu não sou uma
completa idiota. É que eu estou tão acostumada a cuidar dos
meus problemas. Eu não gosto de ter que depender de
ninguém.

Ele a puxou para seus braços. — Isso é porque ninguém


nunca foi confiável em sua vida. Com o tempo eu espero que
você perceba que eu sou essa pessoa, Madison. Eu sou o
homem que vai sempre estar lá para você e eu nunca
conscientemente vou lhe machucar. Eu amo você, Madison,
mais do que você jamais saberá.

Ela colocou os braços em volta de seu pescoço e o


abraçou com força. — Eu sei. Sou apenas teimosa.

A risada dele retumbou em seu peito. — Eu sei, baby.


Agora, eu tenho que ir cuidar de um pequeno problema.

Madison se afastou de seus braços e olhou para ele. Não


tinha percebido até o momento que ele estava vestindo
camisa, gravata, juntamente com seu distintivo e arma. —
Você está indo para o trabalho?

— Não, querida, tenho o fim de semana livre. Estou


fazendo isso por ele. — Ele apontou para as roupas.

Ela olhou na direção de seu quarto. — Falando nisso,


posso perguntar o que diabos aconteceu? Onde você esteve?
Como você conseguiu isso e, mais importante por que ele está
lá fazendo sexo no seu quarto, nesta casa?
Ele olhou para o relógio. — Acho que posso responder
suas perguntas. Rapidamente e sem interrupções. Eu
realmente preciso ir para lá. Paula está me cobrando por hora
você sabe.

— Quanto? — Ela estava curiosa sobre o quanto uma


prostituta travesti cobrava. Quem não estaria?

Ele fez uma careta. — Duzentos uma hora. Na verdade,


ela está me cobrando um extra de 500 dólares, por Trevor ser
um idiota.

— Ele sempre foi. — Ela concordou com um suspiro.

— Para responder suas perguntas, rapidamente. Fui


para casa, primeiro. Eu não tenho tido um período de férias
em três anos, e eu queria ver minha casa.

— Você foi para a Inglaterra?

Ele pressionou um dedo nos lábios.

— Sem, interrupções, lembra? Sim, eu não tenho estado


lá desde a guerra. Eu tinha uma coisa em mente para fazer e
eu sempre tive meu melhor pensamento às duas da manhã,
andando ao longo do Hyde Park.
—Temos parques aqui também, você sabe.

Ele deu-lhe um olhar irônico. — Eu sei, Madison. Eu


precisava ir.

— Você estava pensando em sair para sempre não é?

Ele concordou, com relutância.

— Por quê?

— O que sinto por você me assusta. — Ele ergueu a


mão. — Eu a amo, Madison. Eu sei que você não entende.
Isso é bom, mas, por favor, não vamos discutir sobre isso.

— Ok.

— Eu não poderia ficar de fora, Madison. Demorou


apenas um minuto para eu saber disso. O resto do tempo eu
usei para as negociações.

— Neg...

Ele levantou a mão para detê-la. — Eu negociei com um


grupo muito poderoso que estava atrás de mim durante os
últimos cento e vinte anos. Um grupo chamado Sentinels.
Antes que você pergunte, eles são a defesa natural de Deus
contra os vampiros.
— Dez Sentinels nascem a cada dez anos. Eles são
marcados no nascimento, de sua posição na vida. Não são
exatamente humanos. São mais fortes, mais difíceis de matar
e podem se curar mais rápido. Eles vivem tão bem que vão
parecer jovens até que parem de brigar e se aposentem.

— Como Buffy, a Caçadora de Vampiros?

Ele riu e balançou a cabeça tristemente. — Eu acho que


você poderia chamá-los de assassinos. Eles também têm
outra qualidade muito original.

— O quê?

— Bem, eles têm que nascer com um irmão gêmeo. A


alma humana tem de trazê-los à terra como um guardião. A
maioria dos gêmeos morre. É muito difícil compartilhar um
útero com um Sentinela. A coisa especial é que eles nascem
com a alma gêmea já em linha. Cinco homens e cinco
mulheres nascem. É um presente. O verdadeiro amor de
Deus para mantê-los dedicados.

— Como eles...

—Eles sabem isso quando encontram seus


companheiros, porque suas marcas mudarão para vermelha,
uma vez que eles são um casal a marca se torna preta. Tem
as mesmas características de um casamento. Antes que você
pergunte a marca é uma lua crescente com uma pequena
cruz, logo abaixo do umbigo e é originalmente uma cor
marrom claro. A maioria não vai saber o que são até que
outro sentinela encontre-os e leve-os para treinar ou... — Sua
voz diminuiu.
— Um vampiro os encontra. Eles emitem um cheiro
como os seres humanos, certo?

— Certo.

— Por que você entrou em contato com eles? — Ela


manteve a voz casual, mas por dentro estava tremendo. Ele
estava indo embora?

Ele a segurou pela mão e a levou para a cama. Sentou e


a puxou para o seu colo. —Madison, certamente você
percebeu que eu não envelheço. Em poucos anos, eu não vou
ser capaz de explicar por que não estou envelhecendo. Eu só
posso mantê-lo por mais alguns anos.

— O que você está dizendo?

— Estou farto. Estou farto de fingir. Estou farto de


iniciar uma vida apenas para terminá-la em cinco anos.
Quero ter minha própria vida agora. Eu preciso disso,
Madison. Eu não quero esconder o que sou. Não quero
continuar correndo pelo resto da minha vida. Com os
Sentinels posso ter a vida que eu quero. Eu terei o status de
um Sentinela, em termos de salários, privilégios e recursos.
Eu não posso mudar quem eu sou. Eu sou um Pyte. Eles
precisam de mim, quase tanto como preciso deles.
— Então, você está deixando o país? — Ela sufocou um
soluço.

— Não, eu estou autorizado a escolher qual a área eu


quero proteger. Isso é o que eles fazem. Isso é o que eu
deveria ter feito todos esses anos. Acabei sendo muito
teimoso.

— Mas você protege as pessoas! Você é um bom detetive!

— Shh, não, baby. Eu tenho jogado. Eu faço o que


qualquer ser humano com o treinamento e o instinto pode
fazer. Eu tenho negligenciado minha vocação. Preciso ajudar.
Eu preciso parar o que posso. Existe uma guerra em curso e
as pessoas estão sendo massacradas. Eu preciso fazer isso,
Madison.

— Então, o que acontece agora?

Ele beijou-lhe o queixo. — Este não é o fim para nós,


Madison. Eu farei algo diferente em breve. Algo que eu estou
destinado a fazer.

— Quanto tempo?

— Logo, não vai nos afetar, prometo baby. Haverá


algumas alterações. Eu decidi que, fazendo isso eu deveria ter
mais responsabilidade na minha vida.
— Como assim?

— Para começar eu negociei com a mãe de Chris pelo


telefone. — Sua respiração parou. — Eu o adotei, baby. Ele
precisa de um homem para tomar conta dele. Ele precisa de
um verdadeiro lar e apoio.

— Nós estamos dando-lhe isso, — ela disse com os


dentes cerrados. — Eu estou cuidando dele, Ephraim. Você
não tem que fazer isso!

O aperto dele aumentou em torno dela, impedindo-a de


saltar de seu colo. — Sim, eu sei. Acho que seria uma boa
ideia que você e sua família continuassem a tratá-lo como um
dos seus.

Ela enxugou uma lágrima. — Por que você fez isso,


Ephraim?

— Shh, querida, eu tinha que fazer. Você não vê isso?


Eu tenho que protegê-lo agora. Ele sabe sobre mim e o que
está lá fora. Vai ficar tudo bem eu prometo.

— Há algo que você não está me dizendo. — Ele não


negou e apertou um simples beijo em sua bochecha.

— Tudo vai ficar bem. Agora, você gostaria de saber


sobre o nosso amiguinho ali? — Ele estava mudando de
assunto e ela sabia disso. Ela iria permitir, por enquanto.
Principalmente porque podia ouvir Trevor gemendo de novo e
queria ele fora da casa.

— Eu decidi que a melhor maneira de lidar com ele seria


a chantagem e algumas ameaças, no caso de não dar certo.
Eu fui para o Novo México e lhe disse que eu era seu
namorado e que você estava lutando pelo irmão. Eu lhe disse
que estava disposto a pagar-lhe uma grande quantia se ele
viesse aqui e assinasse os papéis de Joshua. Ele está com um
pouco de pressa para comprar um iate. É por isso que está
lhe chantageando e foi por isso que ele aceitou os
pagamentos mensais. Parece que sua esposa não vai deixá-lo
comprar um, então ele vem cometendo um crime aqui e lá
para ter a grana.

— Que babaca.

— Demorou dois dias, aturando sua merda para trazê-lo


para cá. Contratei um travesti para flertar com ele e
prometer-lhe uma noite de diversão. Ele acha que ela só
queria uma viagem para New Hampshire. Ele está brincando
com Trevor e oferecendo-lhe nada mais que beijos pelos
últimos dois dias. Trevor veio de bom grado.

— A razão pela qual estamos fazendo isso aqui é porque


eu fui capaz de configurar o equipamento sem me preocupar.
Há privacidade. Ele não queria que sua esposa descobrisse
que ele estava com uma mulher em um hotel.
Aparentemente, ela chama a recepção sempre que ele está
fora da cidade. Ela o caça. Ele também é um pouco batido e
diz a ela exatamente onde fica, com medo de sua ira.

Ela assentiu com a cabeça. — Então, é por isso que eles


estão no meu quarto sujando meus lençóis que por sinal
estarei queimando e comprando novos, amanhã.

Madison mordeu o lábio nervosamente. — O que é isso,


Madison? — Ele beijou o lábio inferior dela.

— Já que você está com vontade fazer compras e tomou


para si adotar Chris, você deve saber que ele precisa,
desesperadamente, de roupas novas. Elas estão muito
pequenas, rasgadas e manchadas.

Seus lábios puxaram para cima em um sorriso torto. —


Isso é tudo? Está tudo bem. Eu poderia precisar de algumas
roupas também. Nós vamos ao shopping amanhã, sob sua
direção é claro.

— O que você quer dizer?

— Quero dizer, ele ainda precisa de uma mãe ou uma


irmã mais velha ou qualquer outra coisa que você tem sido
para ele. Eu não quero que isso pare, porque você tira o
melhor dos homens problemáticos. — Ele roçou os lábios nos
dela. — Só vou assumir as responsabilidades legais e
financeiras.

—E você se considera um desses homens problemáticos,


senhor? — Ela perguntou em tom de provocação.

Ele a beijou mais profundamente. — Deus, sim.

Ela sentiu-o se mexendo intensamente embaixo dela.


Ela correspondeu, testando-o. Ele gemeu. — Baby, não.
Preciso acabar com isso.

Ela mexeu novamente.

Ele chupou uma respiração profunda. — Você não joga


limpo.

— Nunca disse que jogaria. Se bem me lembro, você


disse que eu sou uma trapaceira.

— Você é. — Ele riu.

Ele a pegou em seus braços e se levantou. Ela sorriu,


pensando que tinha ganhado. —Eu já volto. — Ele deu-lhe
um beijo forte na testa e a deixou cair na cama. Ela saltou
algumas vezes, antes de ficar de pé para segui-lo.
Capitulo 18
— Entre! — Uma voz de mulher disse ao mesmo tempo
em que um homem gritava. — Vá se foder.

Ephraim abriu a porta de seu quarto escuro. Ele é claro


que podia ver tudo claramente.

Trevor estava deitado em sua cama, com as mãos


algemadas sobre sua cabeça. Paula, como ele gostava de ser
chamado, estava entre as pernas de Trevor, lambendo suas
bolas enquanto puxava seu pênis flácido. Parecia que Trevor
não poderia levantá-lo de novo.

— Oh, isso é bom. — Trevor deixou cair sua cabeça para


trás.

— Ephraim, se é você, homem, nós vamos lidar com o


nosso negócio mais tarde. Estou um pouco ocupado agora. —
Disse Trevor.
— Oh não, nós vamos lidar com isso agora. — Disse
Ephraim com firmeza.

Paula se sentou, enxugando os lábios na parte de trás


de uma mão bem cuidada. — Já era hora. É melhor você
adicionar um bom bônus por isso.

— Eu vou.

— O que você está falando? — Trevor parecia confuso.

—Ela é uma prostituta, Trevor, — Ephraim disse


calmamente.

— Uma prostituta? Merda. — Ele balançou a cabeça em


descrença, então riu. — Graças a Deus que eu usei um
preservativo, então, huh.

Ephraim estendeu a mão para apertar o interruptor da


luz e acendê-la, mas esperou. — Só por curiosidade, Trevor,
eu consegui fazer o meu dinheiro valer a pena? — Ele podia
sentir Madison em pé atrás dele. Ela estava se esforçando
para dar uma olhada, mas estava escuro demais para os
olhos humanos verem alguma coisa.

Trevor riu. — Se você fez isso para me chantagear por


dinheiro, então você está sem sorte. Minha esposa sabe que
eu fodo outras. Ela vai ficar louca por um tempo. Vai me
obrigar a fazer um teste e em seguida vai me deixar entre as
pernas dela de novo e tudo será perdoado.

— E se eu dissesse que tenho uma câmera aqui? Que eu


gravei tudo o que você fez?

— Está escuro.

— É uma câmera muito boa, Trevor.

Ele riu. — Quem se importa? Mostre a ela ou coloque na


internet. Eu garanto que em um mês eu estarei deslizando na
vagina da minha esposa, enquanto vemos o vídeo juntos. Ela
esquecerá essa merda.

— Você acha?

— Claro que sim.

— Como eu fui, docinho? Você gostou? Você disse que já


teve anal antes. Como é que você me classificaria?

Trevor sorriu. — Eu posso facilmente dizer que você deu


a melhor chupada que eu já tive, e sem dúvida o melhor anal.
Quando voltarmos para o Novo México eu adoraria continuar
vendo você a cada semana em uma base puramente de sexo.

— Vamos ver. — Disse Paula timidamente.


— Você está pronta, Paula? — Ephraim perguntou.

— Pronta para quê? — Trevor perguntou.

— Espere, eu só quero fazer uma última coisa. — Ele se


inclinou e colocou o pau de Trevor na boca novamente.

— Oh foda-se, chupe esse pau, vadia!

Madison se remexia desconfortavelmente atrás dele.

— Você não tem que ver isso. — Ele sussurrou.

— Eu estou bem. — Ela disse em uma voz fraca. Não


podia acreditar que isso estava acontecendo.

Sons de sucção molhados quebraram o silêncio, seguido


de gemidos de Trevor. Ephraim viu quando Paula trouxe o
pênis flácido de Trevor de volta à vida. Ao mesmo tempo, ela
estava apalpando-se, ganhando uma ereção agradável para
os olhos de Trevor.

Madison estava hipnotizada pelos sons. Trevor parecia


realmente estar gostando da atenção. Ela puxou o braço de
Ephraim. Sentiu-o inclinar-se para baixo. — O que foi? — Ele
sussurrou.
— Isso é algo que você gostaria se eu fizesse? — Ela
perguntou em um sussurro nervoso e apressado.

Dois olhos vermelhos apareceram no escuro. — Você


está me matando você sabe disso, não sabe?

— Desculpe. Só curiosidade.

— Bem, pare. Estou tentando me concentrar. — Ele


respirou profundamente. Ela observou quando os olhos
vermelhos lentamente desapareceram, até que ela não podia
ver mais nada de novo.

— Eu estou pronta. — disse Paula.

— Eu também, chupe com mais força. — Trevor gemeu.

As luzes acenderam.

— Pare de gritar! — Ephraim rebateu.

Os gritos de alta frequência lentamente morreram. Os


olhos de Trevor voaram em direção a ereção de Paula, que,
aliás, era maior do que sua própria ereção, então para
Ephraim e a Madison.
— Quem é essa? — Sua voz falhou quando ele balançou
a cabeça em direção a Madison.

Ephraim estendeu a mão e desligou a câmera. — Essa é


a mulher que você está chantageando.

— Madison? — Ele perguntou incrédulo.

— Sim. — Ela disse e depois desviou rapidamente os


olhos. Os anos não tinham sido bons para ele. Ele ganhou
pelo menos trinta quilos desde que ela o viu pela última vez e
seu cabelo estava ralo e grisalho. Sua ereção foi lentamente
diminuindo. — Alguém pode jogar alguma coisa sobre ele?

— Sinto muito. — Ephraim disse e jogou as roupas para


ele.

— Eu estou indo embora! — Ele vestiu as roupas tão


rápido que caiu.

— Não, você não está.

— O inferno que eu não estou!

Ephraim entrou em seu caminho. — Não, você não vai.


Se você der mais um passo em direção a essa porta eu vou
prendê-lo.
— V-você é um policial?

—Detetive de polícia. Você ficou chantageando um


residente de New Hampshire e eu tenho provas. Você não é
muito bom em cobrir seus rastros eu tenho que deixar você
saber disso.

— Mas...

—Mas nada, a prisão vai acontecer. Você não poderá


deixar o estado. Você será condenado e sentenciado aqui e
então você vai ser extraditado para o Novo México, onde eles
vão condená-lo também.

— Mas...

— Eu tomei a liberdade de contratar Paul, quero dizer


Paula, para garantir que tudo ocorresse bem. Depois que eu
terminar com você essa pequena fita que você fez será meu
seguro de que você nunca mais irá incomodar Madison ou
Joshua novamente.

— Mas...

— Você não o ama. Você nunca deu a criança um


segundo pensamento seu. Ele teve uma boa educação com
Madison fazendo o que você deveria ter feito em primeiro
lugar. Você não vai interferir novamente. Se você criar
algumas bolas um dia e decidir ser um verdadeiro pai para a
criança, pode contatar a Sra. Buckman ou Madison, senão
você vai ficar longe.

— Mas...

— Apenas pare de falar. Se eu ouvir “mas” mais uma


vez, eu vou quebrar sua mandíbula. Agora se sente.

Trevor sentou-se. Ephraim foi até seu computador e


virou o monitor. Um site de banco estava na tela. — Qual é a
senha?

— O quê? — Trevor olhou por ele. — Ei, esse é o meu


banco!

— Sim, e esse é o seu número da conta digitado. A sua


senha?

— Você não pode fazer isso! Esse é o meu dinheiro!

Ephraim virou-se. — Sério? Gostaria de argumentar?

— Sim porra, isso é meu! Eu não me importo com o que


sua puta diz!
Essa foi a coisa errada a se dizer. Ephraim teve que
forçar-se para não virar, senão ele já estaria em cima desse
bastardo, detonando-o.

— Levante! — Ephraim rebateu. Ele puxou a gravata,


arrancando-a e rapidamente tirou a camisa, revelando a
camisa branca muito apertada que mostrava cada músculo à
perfeição.

— Oh minha nossa. — Disse Paula. Seus olhos estavam


absorvendo o corpo de Ephraim.

Madison teve que se parar de lamber seus lábios. Ele


realmente era viciante. — Vamos lá, vamos resolver isso
agora. — Ephraim esperava, com suas mãos abrindo e
fechando em punhos.

Trevor visivelmente acovardou-se. — Eu-eu-eu... Esse é


o meu dinheiro!

— Isso é o que eu pensava. Você não sabe o quanto eu


quero que você tome um soco de mim agora, — disse
Ephraim. — Você fez a vida dela um inferno por cinco meses
e antes você se sentava e não fazia nada, enquanto ela lutava
para colocar comida no estômago do seu filho e roupas no
corpo dele. Você é um pedaço de merda, não o merece e você
deve agradecer a ela, e não roubá-la.
Ele teve o bom senso de parecer culpado. — Minha
senha é studmuffin69.

Ephraim só podia balançar a cabeça em confusão.

— Mas ela só me deu dez mil! O resto é meu!

—Eu disse que não queria ouvir a palavra “mas” de


novo. — Ephraim tirou um pedaço de papel com dois
números de contas escritos nele.

Ele digitou a primeira conta e transferiu doze mil. —


Você está pagando a ela doze mil. Está corrigido com
encargos e multas por atraso, porque você estava tomando
todo o seu dinheiro.

— Isso é justo eu acho. — Disse ele em um tom áspero.

Ephraim clicou em “Enviar”. Então digitou o número da


segunda conta. — Essa segunda operação é para pagar todos
esses anos que você deixou Madison apoiando o seu filho
sozinha.

— O quê?

— Eu acho que dez mil é mais do que justo para cobrir a


roupas, contas médicas, comida, abrigo e outras coisas que
os meninos precisam.
— Tudo bem. — Ele mordeu fora.

— Esta segunda conta está no nome de Joshua com


Madison como responsável. Esta será sua conta da
faculdade. — Ele clicou em enviar e olhou para Madison e
Trevor. — Isso soa justo para todos?

Madison enxugou os olhos e sorriu. Ela murmurou


“obrigada”. Ele piscou para ela.

— Tudo bem. Mas é só isso, — disse Trevor. Ele sabia


que estava preso. — Você não irá mostrar o vídeo para
qualquer pessoa e eu não vou incomodá-los novamente.

— Não é bem assim. Assine aqui. — Ephraim retirou


uma prancheta da gaveta da escrivaninha. — Eu pedi para o
meu advogado elaborar alguns papéis.

— O que são esses papéis?

—Você está desistindo oficialmente dos laços com


Joshua e entregando a custódia à Sra. Buckman, sua avó e
ela por sua vez vai se certificar que o menino vá para a
Madison se algo acontecer com ela. Eu vou auxiliar o menino,
então você não precisa se incomodar novamente.
Trevor pegou a caneta e assinou. — Tudo bem, ele era
apenas um crédito de imposto de qualquer maneira.

Ephraim o acertou na cabeça, fazendo-o tropeçar. —


Cuidado.

Lágrimas brotaram nos olhos de Trevor. Ele balançou a


cabeça. — Paula, se você pudesse? — Ele segurou o papel.

— Não se preocupe bonitão, sem nenhum custo


adicional para testemunhar isso. Um grande babaca esse
cara. Mantenha-o longe desse menino.

— Obrigada, Paula. — A voz de Madison quebrou.

— Posso ir agora? — Trevor falou.

— Sim, é claro. Basta lembrar que se você tentar lutar


contra as transações ou tentar obter mais dinheiro com ela
eu vou voltar atrás de você com este vídeo.

— Tanto faz. — Ele fez uma pausa diante de Madison.

— Acontece que você se tornou igual a sua mãe.


Fazendo de tudo para conseguir um homem para fazer o que
você quiser, — ele disse acidamente. Madison recuou do
insulto. —Puta do caralho.
Ephraim invadiu sua frente. Ele puxou sua carteira e
jogou-a para Madison, que mal conseguiu pegá-la. — Pague
Paula, dê uma boa gorjeta.

Ele agarrou Trevor pelo pescoço e levantou-o no ar,


empurrando-o violentamente contra a parede. — Você nunca
mais fale com ela assim novamente!

Trevor só poderia engasgar e sufocar. — Eu vou lhe


matar! Você entendeu?

As mãos de Madison balançaram quando ela abriu a


carteira de Ephraim. Estava cheio de nítidas notas de cem
dólares. — Quanto é que ele te deve?

— Dois mil. — Disse Paula em transe.

O rosto de Trevor estava ficando vermelho. Ephraim não


aliviou o aperto. Madison contou rapidamente o dinheiro e
acrescentou quinhentos. — Você tem uma maneira de ir
embora?

— Trouxemos dois veículos alugados. Eu dirigi um e


Trevor o outro.

Madison agradeceu a Deus que Paula já estava vestida.


Ela empurrou o dinheiro em suas mãos. — Muito obrigada
pela sua ajuda. Mas eu preciso que você vá para que eu
possa lidar com isso.

— Você não tem que me pedir duas vezes. — Com o


dinheiro na mão Paula abriu a porta do quarto e fugiu da
casa.

Toda a esperança de que Ephraim não perdesse o


controle voou para fora quando os olhos de Trevor se
arregalaram de terror e ele começou a chutar e arranhar
Ephraim. Isso tinha que acabar.

— Trevor, eu vou fazê-lo deixar você ir embora. Se você


contar a alguém sobre ele, eu vou mostrar o vídeo e ele
provavelmente vai vir atrás de você. Você entendeu?

Trevor continuou a se debater, mas piscou em seu


entendimento. — Ephraim, baby, deixe-o ir. Você vai matá-lo
se não fizer isso. Olha, ele está começando a ficar roxo.

Ephraim não olhou para ela, mas ela podia ver seus
olhos vermelhos e suas presas claramente. Ele não estava
mais pensando claramente. — Ele desrespeitou você. — Ele
rosnou.

— Isso não significa que ele tem que morrer. Baby,


deixe-o ir.
— Não. — A palavra saiu em um rugido alto.

Ela precisava chegar entre eles, mas Trevor não parava


de chutar. Se ele a chutasse, sem dúvida, que Ephraim
rasgaria sua garganta fora. — Trevor, pare de chutar para
que eu possa arrastar você para baixo.

Ele não hesitou. Congelou. Madison deslizou entre eles,


foi um ajuste apertado. Ephraim não parecia perceber ou se
importar que ela estivesse lá. Seus olhos estavam fixos no
rosto de Trevor.

— Ephraim, coloque-o no chão. — Ele não respondeu.


Se isso não funcionasse, ela teria que atirar nele. Ela não
podia ficar parada e deixar que ele matasse alguém, mesmo
um idiota como Trevor.

Ela ficou na ponta dos pés e pressionou sua boca contra


o pescoço dele. Ela lambeu e mordiscou seu pescoço,
sugando avidamente. Ela sentiu seus braços reduzirem uma
fração. Trevor deslizou ligeiramente para baixo, na parede.
Ele tomou uma respiração ofegante. Bom, ele era capaz de
respirar.

A língua dela traçou seu pomo de Adão, enquanto seus


dedos puxaram a braguilha para baixo. Ela estendeu a mão e
colocou seu pênis para fora. Ele estava longo e grosso, mas
suave. Passou a mão sobre ele. Ela nunca tinha feito isso
antes, mas sabia que a ideia era mover a mão para cima e
para baixo.

Ele rosnou baixo e profundo quando se firmou sob sua


mão. Ela esperava que ele não estivesse muito longe e que
fosse mordê-la. Isso seria o início de um problema totalmente
diferente. Ela sabia que a partir das suas ações ele estaria
com sede de sangue, provocada pela raiva, então ela teria que
agir com cuidado.

Trevor foi lentamente baixado para o solo. Mas o aperto


de Ephraim permaneceu, firme como sempre. Madison
mantinha-o delicadamente puxando-o para frente e seus
quadris se moviam em resposta, como se tivesse mente
própria, mas ele não diminuiu o aperto ou sua raiva. Ela
podia sentir isso em seu pescoço. Seus músculos estavam
firmes para a batalha.

Sua boca encontrou a dele, bloqueando sua visão do


rosto de Trevor. Ela passou a língua sobre suas presas, com
cuidado. Tudo o que precisava neste momento era que uma
gota de seu sangue batesse no ar. Então todos eles estariam
na pior. Ela cobriu a boca dele, passando a língua sobre ele,
provocando-o para sair e jogar.

Lentamente ele derreteu sob sua persuasão. Ele


devolveu o beijo, lentamente no início até que ela estava com
falta de ar. Ele começou a empurrar em sua mão em um
ritmo maior. Suas intenções podem ter relutado um pouco
quando seu aperto afrouxou no pescoço de Trevor.
Ela puxou sua mão livre para seu peito. O corpo dele
estava no automático. Ele começou a amassar e se colar a
ela. Ela sentiu a respiração de Trevor atingindo a traseira de
seu pescoço. Mantê-lo respirando estava se tornando um
trabalho complicado.

Ephraim observou o rosto de Trevor. Ele queria destruí-


lo e rasgar sua garganta para fora. Ele não conseguia se
concentrar em qualquer outra coisa. Sua mão apertou a
garganta dele. Ele gostou da sensação. Gostou da maneira
que Trevor o olhou. Ele estava com medo. Ephraim podia
sentir o cheiro.

Ele mal tinha consciência do que Madison estava


fazendo ou como ele estava respondendo. Seus olhos
permaneceram abertos, enquanto ele a beijou. O medo de
Trevor estava enviando endorfinas em todo seu corpo. A sede
de sangue surgiu através dele.

Os olhos de Trevor se espremerão bem fechados.


Lágrimas correndo pelo rosto. Seu lábio e queixo tremeram.
Ephraim apertou um pouco mais. Trevor fez um som de dor
entre soluços. O corpo dele começou a liberar adrenalina a
um ritmo sem precedentes.
O cheiro era irresistível. Ele estava indo para rasgar a
garganta de Trevor fora. Ele queria seu sangue, agora. Ele
tentou dar um passo à frente apenas para sentir algo o
impedindo. Ele tentou novamente. Seu cérebro não
compreendia a barreira suave entre ele e sua presa.

Ele tentou uma abordagem diferente. Sua mão apertou


no pescoço de Trevor e tentou arrastá-lo para suas presas. A
barreira suave parou novamente. Largou Trevor com as
costas contra a parede em frustração. Um rosnado
ameaçador alto escapou de seus lábios. Trevor gemeu alto.

Ele estava prestes a lançar Trevor no chão e lançar


sobre ele para escapar da barreira suave quando o cheiro de
excitação feminina brincou nas suas narinas. O rosnado
parou em sua garganta. O cheiro estava perto, tão perto. Ele
era forte e familiar. Algo estava registrando em seu cérebro.
Era o cheiro de uma mulher, sua mulher.

Possessividade disparou através dele. Sua mulher


estava por perto e ela estava excitada. Ele também estava
ciente do cheiro de outro macho. Ele sabia qual era o perfume
da sua presa, mas o cheiro de sexo pairava no ar
confundindo-o.

A boca de Ephraim parou de se mover contra a dela. Ele


mostrou suas presas, rosnando alto. Foi o único som mais
terrível que ela já tinha ouvido. Isso e a combinação dele
deslizando entre seu punho a excitava mais do que qualquer
outra coisa em sua vida. Ela precisava dele, agora.

Com sua mão livre, ela empurrou violentamente a mão


que estava segurando Trevor. Seu aperto vacilou suficiente
para Trevor se atirar para a esquerda em direção à porta. Ele
tropeçou, mas não parou.

Outro rosnado ameaçador escapou e sua mão caiu do


peito coberto de Madison e disparou em direção Trevor. Ele
perdeu.

— Corra! — Madison gritou.

Trevor correu para fora da sala, deixando para trás os


sapatos. Ela ouviu a porta se fechar e um som de motor
vibrar. Ephraim tentou se afastar para ir atrás dele, mas ele
estava muito confuso com a sede de sangue e os aromas
concorrentes.

A barreira suave estava parando-o novamente. Ele ainda


podia obter sua presa. Ainda poderia pegá-lo. Um carro não
iria impedi-lo, ele sabia disso. A barreira o agarrou e segurou.
Suas mãos empurraram a barreira, mas não se moveu. Ele
estava começando a ficar irritado com a barreira. Ele
empurrou para frente, esperando tirá-la do seu caminho. Algo
o deteve.
Merda! Ele iria matá-la! Talvez ela devesse ter pegado a
arma dele. Ainda estava em seu cinto. Mas ela não podia
parar. Ela o queria. Ela estava pressionada firmemente
contra a parede e ele.

Ela empurrou as calças para baixo agitando os quadris,


até que saiu delas. Soltou seu membro e colocou os braços ao
redor de seu pescoço e olhou em seus olhos.

Eles estavam duros e vagos mais ainda determinados.


Será que ele pelo menos sabia que ela estava lá? Seus olhos
estavam focados nela, mas sem ver. Isso tinha que funcionar.
Isso tinha que funcionar. Ela não tinha nenhuma outra ideia
no momento e não estava tentando pensar em nenhuma. Ela
o queria tanto que sofria com isso.

Ela usou a parede às suas costas e sua altura e força


para levar suas pernas para cima, segurando-o com força. Ele
não parecia interessado, mas seu rugido era menor. Ela
rapidamente envolveu as pernas ao redor de sua cintura. Não
havia nenhuma maneira que ela fosse capaz de realizar esse
movimento acrobático de novo tão cedo.

Os braços se apertaram ao redor do pescoço dele


quando ela se levantou. Seu membro muito ereto roçou sua
fenda. Ela chupou uma respiração profunda. Seu rosnado
mudou, se aprofundando. Lentamente, muito lentamente, ela
se abaixou nele.
Ela era apertada, sabia disso. Podia sentir seu corpo
tentando levá-lo para dentro. Sua cabeça caiu para trás
quando ela lambeu os lábios. Ele parecia tão incrível. Usando
suas pernas, ela puxou-o para todo o caminho, até o final. Só
havia um problema com seu plano.

Não havia nenhuma maneira possível de se mover. Ela


estava literalmente empalada sobre ele e presa entre ele e a
parede. Só havia espaço suficiente para respirar agora. De
alguma forma, ele conseguiu se aproximar quando ela não
estava prestando atenção. Ela tentou se mexer, mas seus
quadris estavam presos.

Ela beijou o queixo e a boca dele. Ele ainda estava


distante. — Ephraim baby, você tem que se mover agora. —
Ele não se mexeu.

—Merda. — Ela pegou suas mãos e mudou para sua


bunda, mas era como se estivesse arrastando uma mangueira
de um bombeiro, grande e muito pesada, maldição, e não
cooperativo. As mãos dele se agarraram a ela, mas ele não se
mexeu.

Madison o beijou freneticamente, correndo a língua


descontroladamente sobre seus lábios e língua tentando fazê-
lo responder. Ela puxou seu cabelo, ele rosnou
violentamente, mas respondeu. Interessante, ele respondia a
dor. Ela chegou para trás com grande esforço e beliscou seu
traseiro através de suas calças. Ele rosnou novamente e se
empurrou para frente, fazendo-a gemer. Esperava que ela não
precisasse apertar ele a cada impulso.

Dor, algo o estava machucando. Ele tentou se


concentrar, mas tudo que podia focar era o odor do medo que
sobrou de sua presa e a excitação de sua mulher. Ele sabia
que a mulher era sua. Ele podia cheirar seu próprio perfume
nela. Ele tentou se concentrar na mulher. Sabia que ela
estava na frente dele, mas não conseguia. Ela era a barreira
macia e estava dizendo algo a ele e o machucando, mas por
alguma estranha razão ele não queria machucá-la de volta ou
detê-la. Algo lhe dizia para não machucá-la.

Por que ela estava machucando-o? Ele não conseguia se


concentrar, porque a cada tiro de dor foi recompensado com
prazer. O cheiro dela estava empurrando tudo para longe.
Estava se tornando mais forte. Seu próprio perfume estava
misturando com isso. Ele tornou-se consciente de que estava
dolorosamente excitado e envolto na sua bainha molhada e
apertada.

— Foda-me, Ephraim. — Ele a ouviu sussurrar em seu


ouvido. Sua respiração era quente, provocando arrepios em
sua espinha. Ele empurrou seus quadris para frente e gemeu.
Sentiu sua língua molhada correndo pelo seu pescoço.
Suas mãos agarraram seu traseiro segurando-a com força
para que ela não conseguisse se mover enquanto ele se movia
dentro dela. Ele sentiu os dentes dela rasparem contra sua
pele. Estava se tornando ciente de tantas coisas, mas ainda
assim estava preso atrás de uma cortina nebulosa. Dentes
comuns afundaram em seu pescoço.

— Merda! — Ele gritou.

Madison beijou a pele, aliviando a mordida. — Bem,


agora que tenho sua atenção, você se importaria de se juntar
a mim?

Ele piscou várias vezes e afastou-se, apenas o suficiente


para olhar seus corpos unidos. Ele lambeu os lábios com
avidez, enquanto observava a si mesmo desaparecer dentro
de seu corpo. — Eu vou com prazer acompanhá-la, Madison.

— Bom, — ela parecia aliviada. — O que você está


esperando, baby, foda-me. — Sua voz era rouca de desejo.

Suas mãos agarraram seu traseiro, segurando-a


enquanto ele se afastou e se colocou dentro. Ela estava
falando sujo com ele. Muitas mulheres haviam falado sujo
com ele no passado, mas ele achou chato e perturbador. Não
foi assim com sua Madison.
Cada nervo de seu corpo estava vivo. Ele estava dentro
dela, mas sentia que estava a quilômetros de distância. Ele
soltou seu aperto na bunda dela e puxou a camiseta dele pela
cabeça. Equilibrando o peso dela em seus quadris, ele moveu
suas mãos debaixo de camisa dela.

As mãos dele deslizaram para cima com sua camisa até


que não havia lugar para ir, a não ser para fora e para o
chão. Ela parecia gloriosa nua contra a parede. Ele
aproximou-se, uma mão movendo para sua bunda e outra
para seu peito. Apertou e acariciou cada área até que sua
boca decidiu juntar-se a mão, em seu seio esquerdo.

Ele empurrou seu peito para que pudesse levá-lo à boca.


Ela gemia alto, quando ele não levou apenas a ponta em sua
boca, mas, tanto quanto sua boca poderia puxar. Ele lambia
e sugava avidamente, enquanto deslizava dentro e fora dela.

As mãos dela corriam sobre suas costas, suavemente


raspando as unhas contra a pele dele. Ele estocou mais duro,
amando a sensação. As mãos dela serpentearam em seu
cabelo e ele gentilmente puxou sua cabeça para trás e soltou
seu peito com um som de sucção alto.

Ela cobriu o rosto dele com as mãos e o acariciou com


os polegares, enquanto ele fazia amor com ela. Seus polegares
correram suavemente sob seus os olhos e, em seguida,
mudou-se para baixo até que os dois dedos estavam correndo
sobre o lábio superior, com cuidado ela acariciou as presas
dele. — Você é tão bonito, Ephraim. — Sua voz era a como
uma carícia.

Ele virou o rosto na palma da mão dela e deu um beijo.


— Amo você, Madison.

Madison puxou o rosto dele para longo e profundo beijo.


Ela estremeceu contra sua boca. A coronha da arma e o
coldre de couro estavam cavando sua perna e raspando ela -
oh merda.

— Ephraim, pare!

— O quê?

—Pare!

Ephraim saiu dela e a colocou no chão. — Baby, o que


há de errado?

Ela meio que se inclinou e segurou a parte interna da


coxa. — Nada, absolutamente nada! — Mais que depressa, fez
uma corrida louca para o banheiro, fechando a porta
rapidamente atrás dela, correu até a pia e levantou seu pé no
balcão para obter uma visão melhor.
— Graças a Deus. — Ela fechou os olhos, aliviada. Ficou
em carne viva, mas sem muito estrago.

— Exatamente assim. — Disse a voz profunda de


Ephraim ao lado de sua orelha. Ele já estava entrando nela
no momento em que uma mão apoiou seu quadril e a outra
segurava a perna levantada.

Seu humor tinha diminuído quando ela pensou que


estava prestes a mandá-lo de volta para a sede de sangue.
Mas parecia que não. — Sinto muito pelo coldre. Eu vou fazer
isso bom pra você. — Esfregou suavemente a mão na perna
dela na área machucada, enquanto a outra mão se movia
entre as pernas.

Ela respirou fundo e deixou cair a cabeça para trás


sobre, seu ombro nu. O braço dela serpenteou por trás da
cabeça dele, se segurando, enquanto balançava suavemente
em seu corpo. Ele beijou sua orelha, puxando-a entre os
lábios e sugando suavemente.

Os dedos talentosos dele encontraram seu clitóris


inchado, moveram em um movimento circular, mal a tocando
e a deixando absolutamente louca. Ela virou a cabeça para
que pudesse beijá-lo e ele a beijou profundamente enquanto
aprofundava seus impulsos. Seus dedos continuaram a
esfregar seu clitóris no mesmo ritmo, lento e constante.
Sentiu-a apertar em torno dele. Ele se forçou para
aguentar por mais um minuto e fazer isto bom para ela. O
olhar de medo no rosto dela quando ele saiu não havia
escapado dele. Ele ia fazer amor com ela, até que ela se
esquecesse daquele momento, o momento em que ela
percebeu o quanto perigoso era estar com ele, isso precisava
ser substituído pelo presente.

— Você gosta disso? — Ele perguntou com uma voz


sensual e profunda.

O braço livre dela moveu-se para trás e sobre seu


quadril, agora nu. Ela se segurava, enquanto ele se movia
contra ela. — Sim, — ela gemeu e virou o jogo pra ele. — Você
gosta de me foder, Ephraim? — Ela o lambeu no pescoço,
lentamente.

Ele rosnou e empurrou mais duro dentro dela, com os


dedos pressionados firmemente contra o seu clitóris. — Sim,
eu gosto de foder você, baby. É isso que você queria ouvir?
Que eu amo lamber e foder sua buceta até que você esteja
molhada e gritando por mim?

— Oh Deus! — Ela começou a chupar seu pescoço duro,


gemendo profundamente. Seu corpo foi empurrado para mais
perto do clímax. Ela tentou se mover contra ele, mas ele a
segurou com força, enquanto apressava o passo. Ele amava a
sua boca nele, a queria em todos os lugares.
Ele forçou os olhos abertos para que pudesse vê-la
chegar. Ela chupou mais duro e segurou-o com força. —
Foda-me, Ephraim....oh, por favor, Ephraim, foda-me!

Ele fez isso. Não conseguia se segurar. Bateu nela,


levantando-a do chão com cada impulso duro. Ele grunhiu e
gemeu, enquanto ela gemia e gritava seu nome. Desta vez, ele
não teve necessidade de morder para encontrar seu
momento.

Lentamente, ele parou. Seu corpo ainda estava


apertando o dela no rescaldo de um poderoso orgasmo. Era
demais para a carne sensível dele. Ele se moveu para puxar
para trás quando o corpo dela se apertou ao redor de seu
membro ainda duro. Suas unhas perfuraram sua coxa e
parte de trás do seu pescoço, quando outro orgasmo
aconteceu. Ela gritou e gemeu.

Ele a olhou no espelho, em transe e empurrou para


frente de novo e de novo. Ele apertou sua mandíbula e
continuou enquanto ela gritava seu nome. Finalmente seu
domínio sobre ele escapuliu. Ela caiu para frente batendo as
mãos contra a pia, enquanto sua perna caia no chão.

— Foi tão bom, Ephraim. — Disse ela, ofegante.


— O que quer dizer com foi? — Ele riu. Suas mãos
agarraram os quadris dela, enquanto ele continuou a se
empurrar para dentro.

Ela choramingou. Seu corpo começou a reagir


novamente. Era muito, muito cedo. —Baby... — Ela disse
metade suplicante, metade choramingando.

— Sim?

Ele estava para matá-la, com orgasmos. Só havia uma


coisa a fazer. Ela puxou de cima dele e se virou. Deu um beijo
em sua boca, e a boca dele se moveu avidamente sobre ela.
Ela pegou a mão dele enquanto tentava passar entre suas
pernas.

— Somente fique parado, bem ai. — Disse ela com um


sorriso.

Suas sobrancelhas se levantaram em confusão, quando


ela lentamente caiu de joelhos, beijando sua barriga. — O
que... — Sua cabeça caiu para trás e sua boca formou um “O”
de surpresa quando ela o levou em sua boca. Não foi um
boquete de especialista, por qualquer meio, mas foi o melhor
que já tinha recebido. Ele se perdeu em poucos minutos em
sua linda boca.
Capitulo 19
Seus braços se apertaram ao redor dela enquanto ela
balançava contra ele. Na última meia hora eles se sentaram
na cama dela, unidos. Ele segurou-a nos braços enquanto ela
se sentava em seu colo de frente para ele. Beijaram-se
lentamente e se moviam de forma ainda mais lenta. Ele a
deixou ditar o ritmo. Foi a experiência mais poderosa que já
teve com uma mulher.

Ele passou as mãos por suas costas enquanto ela de


forma sonolenta deitou a cabeça no seu ombro. — Você está
cansada? — Ele sussurrou.

Ela riu contra seu pescoço. — Nos estamos fazendo


amor pelas últimas... bem, eu não sei por quantas horas e
agora o sol já está nascendo. Dizer que estou cansada seria
um eufemismo. Estou exausta.

Ephraim riu. — Eu também. — Ele deu um beijo em sua


testa.
Madison se afastou dele. Seus membros estavam
doloridos e fracos por causa de sua noite de amor.

— Aonde você vai?

Ela olhou por cima do ombro. — Banho, um longo e


agradável banho quente... sozinha.

Ele observou, quando seus quadris balançavam para


frente e para trás, suavemente, enquanto ela se afastava dele.
Ele fez amor com ela nove vezes na noite passada, um novo
recorde para ele. Claro que depois de um século de celibato,
ele tinha algum atraso a recuperar e agora seu corpo estava
voltando à vida novamente, pronto para tirar um pouco mais
do atraso.

— Espera ai, eu preciso de um banho também.

Ela suspirou. — Baby, por favor, estou muito cansada.


Eu só quero um banho e em seguida ir para a cama. — Disse
ela, levemente soluçando. Seu corpo todo doía e ela estava
exausta. Agora que ela estava longe do corpo dele, seus olhos
estavam lutando para permanecerem abertos.

Ele ergueu as mãos. — Só um banho. Eu juro. — Ela


lançou a ele um olhar desacreditado. — Eu prometo. — Se ele
não tivesse dito isso com um sorriso ela provavelmente teria
acreditado nele e ela não teria olhado para baixo.
Seus olhos se arregalaram de surpresa. — Ephraim, por
favor, não, dormir! Eu preciso dormir!

— E isso é exatamente o que você vai ter depois do


nosso banho. Eu prometo que vou ser bonzinho. Só quero um
banho. — Ele pegou a mão dela e a levou para o banheiro.

— Mentiroso. — Ela murmurou enquanto encostava a


cabeça no travesseiro.

Ephraim riu fracamente enquanto beijava seu ombro


molhado. Ela se enrolou, assim que ele a deitou na cama,
depois de tirar vantagem dela no chuveiro, foi assim que ela
pensou sobre isso, especialmente porque ele sabia que ela
não seria capaz de resistir, quando ele colocou a boca lá
embaixo. Era natural naquele ponto que ela permitisse que
ele a colocasse contra a parede e terminasse o trabalho. Ela
era uma vítima indefesa da paixão que ele invocava nela. Ela
realmente era. Reconhecendo isso ela ainda tinha implorando
por ele, mas esse não era o ponto.

Ela olhou e suspirou. Ele estava dormindo. Isso lhe deu


algum conforto, saber que ele também estava acabado, a
paixão deles era assim. Ele parecia tão bonito e inocente. Ela
se virou e deu um leve beijo em seus lábios.
— Me de cinco minutos e eu vou estar pronto para ir de
novo, — ele murmurou, — Eu juro.

— Você não estará entre minhas pernas de novo, até


que eu tenha pelo menos oito horas de sono e um pouco de
comida no meu estômago.

— Isso não é justo. — Isso saiu como um murmúrio


abafado, enquanto ele enterrava o rosto no travesseiro. Ele
estava apagado pelo que parecia e não levantaria por um
tempo. Graças a Deus.

— Madison acorda, por favor! — O bater de Joshua na


porta e os apelos soluçando a fizeram sentar tão rápido que
sua cabeça girava.

— Ephraim, — ela sussurrou. Ela estendeu a mão para


acordá-lo e praticamente caiu. Seu lado da cama estava
vazio. Nem era meio dia. — Droga. — Ela murmurou. Eles só
tinham estado dormindo por uma hora. Bem, ela tinha, e não
tinha ideia do que ele estava fazendo.

Ele caminhou de volta para o quarto puxando as calças.


Ele não usava nada mais. —Baby, se vista.

— Madison? — Joshua gritou mais alto.


Ephraim puxou suas gavetas abertas e jogou roupas
para ela. — Apresse-se, ele está chateado.
— Só um minuto!

Ephraim foi até a porta, colocou sua mão na maçaneta,


enquanto seus olhos estavam sobre ela, esperando ela se
vestir. Quando ela já estava vestida, com uma camisa e
calças ele abriu a porta. Joshua entrou correndo no quarto,
esfregando os olhos. Ele não viu Ephraim enquanto corria
para os braços de Madison.

— O que há de errado, amigo? — Madison lutou para


manter o equilíbrio. Ele não era mais um bebê e ela não era
forte o suficiente para segurar um menino de dez anos de
idade por mais de um minuto ou dois nos braços. Ela
tropeçou por causa de seu peso.

Joshua engasgou, quando mãos fortes o puxaram para


longe de Madison. Ele abriu os olhos, surpreso. Então seu
rosto desmoronou novamente. Ele jogou os braços ao redor
do pescoço de Ephraim e enterrou o rosto contra seu ombro
nu.

— Diga-nos o que está errado, homenzinho. — Disse ele


com suavemente.
Madison esfregou as costas de Joshua. — O que
aconteceu? — Ela tentou ignorar os buracos na camisa dele.

— V... V... Vovó está chorando!


— O quê? — Essa era a última coisa que qualquer um
deles esperava ouvir.

— Ela está chorando. Ele gritou com ela... e então... ela


falou para eles... então... então... eles a deixaram por um
tempo... então... eles voltaram... e eles... ela... — Ele estava
soluçando tão forte que mal conseguia falar uma palavra
coerente.

Ephraim beijou o topo da cabeça de Joshua. — Onde


está a vovó agora?

Ele tomou uma respiração profunda. — Ela está lá


embaixo chorando, as pessoas estão gritando, outros
chorando. Está horrível! Estou tão feliz que você está de volta,
Ephraim!

Ephraim olhou para Madison. — Eu também. Faça-me


um favor, vá para o seu quarto e relaxe um pouco.

— Não! Eu preciso fazer a vovó sentir-se melhor, e Jill


está chorando também!
— Vamos. — Ephraim colou Joshua contra o seu corpo
com um braço e segurou a mão de Madison, enquanto eles
faziam seu caminho para baixo. Na metade do caminho,
ouviram uma alta discussão vinda da sala de estar.

Ele apressou o passo e entrou na sala, enquanto Chris


jogava as mãos no ar. — Tudo bem, todo mundo cale a boca e
parem de gritar com ela!

Sra. Buckman, a única mulher que ele achava que era


dura como pregos, estava praticamente apoiada contra a
parede com vários dos inquilinos gritando com ela e
soluçando.

— Alugue mais quartos porque eu não vou pagar um


centavo a mais! — Um dos homens disse.

— Parem de gritar com ela! — Brad gritou. — Não há


mais quartos disponíveis.

— Claro que não, há cinco quartos sendo usado e


ninguém está pagando.

— Eu disse calem a porra da boca! — Chris gritou.


Ninguém prestou atenção a ele e ninguém notou Ephraim na
porta com Madison e Joshua.
— Mamãe, você disse que eu poderia ficar aqui sem
pagar aluguel e agora está exigindo o pagamento? Isso não é
justo e você sabe o quê? Vou sair amanhã. Meu amigo vai me
deixar morar em sua casa por um tempo, — Candy soluçou
teatralmente. — Eu não posso acreditar que minha própria
mãe faria isso comigo! — A maioria das pessoas parou de
gritar para olhá-la.

— Olhe, eu disse que iria tentar! Eu não posso pagar por


mais. Eu sinto muito. — A Sra. Buckman chorou em suas
mãos.

— Eu não sei por que todo mundo está gritando com


ela. Eu disse a todos para que viessem aqui e gentilmente
falassem com ela que nós estamos nos mudando para a
pensão em Smithson, não para gritarem com ela! — Disse
Brad.

— Vocês todos estão indo embora? — Candy perguntou.

Brad assentiu. — Nós não podemos nos dar ao luxo de


pagar mais e a pensão em Smithson cobra menos e tem mais
conforto. Tivemos que fazer uma escolha.

— Ela vai perder a casa. — Disse a Sra. Adle para


ninguém em particular. A Sra. Buckman chorou mais forte e
tentou se afastar. As pessoas ao seu redor tornaram isso
impossível.
— Se ela não tivesse aceitado essa caloteira e seus filhos
ela estaria bem! — Um deles disse, olhando para Candy que
fingiu não ouvir.

— Não, se essa caloteira tivesse ajudado com algo ela


teria ficado bem.

— Ela estava bem antes deles chegarem. Sem hipoteca


sobre o lugar. Eu lhe disse que ela tentou pegar um
empréstimo e eles negaram a ela? — Sra. Adle informou a
todos como se a Sra. Buckman não estivesse lá, chorando.

— Isso é besteira. Eu não vou embora. — Ephraim


reconheceu o mais novo locatário.

Brad zombou. — Isso é porque eles não vão levar você.


Você ainda não pagou desde que você veio para cá. Você é
parte do problema.

Jill estava sentada no canto chorando. Todo mundo


estava ignorando-a. Chris estava tentando abrir caminho
para a Sra. Buckman. Em poucos segundos ele estava
puxando-a em seus braços. Após um momento de hesitação,
ela colocou os braços em volta dele e chorou contra seu peito.
— Parem com isso, todos vocês. — Disse ele. Isso os fez
começar novamente.
— Faça alguma coisa! — Joshua implorou.

Isso já estava demais para ele. Tinha visto e ouvido o


suficiente. Ele colocou Joshua para baixo. — Cubra seus
ouvidos. — Disse ele em voz baixa. Joshua assentiu e fez o
que lhe foi mandado. Madison não esperou ele pedir antes
tampar os ouvidos.

— Eu quero a minha última semana de aluguel de volta!


— Alguns deles começaram a gritar. Então se tornou um
emaranhado de gritos.

— Silêncio! — Ephraim rugiu.

Todos na sala cobriram os seus ouvidos e se encolheram


para trás do barulho ensurdecedor. Foi provavelmente o grito
mais alto e mais assustador que já tinham ouvido.

Eles ainda estavam se encolhendo quando ele entrou na


sala. Em circunstâncias normais, ele era intimidante. Agora
ele estava assustador como o inferno. Ele estava seminu, com
todos os músculos do seu corpo flexionados, preparado para
uma luta. Seus braços estavam cruzados sobre o peito,
enquanto estava em uma posição de autoridade. Seus olhos
tinham um brilho gelado, enquanto se movia ao redor da
sala, desafiando qualquer um a falar.
— Assim está melhor. Agora, todos, movam-se para trás
para que Chris e a Sra. Buckman possam se sentar no sofá.
— O pequeno grupo deu um passo para trás em um
movimento uniforme. Chris jogou para Ephraim um olhar
aliviado, enquanto ele levava a Sra. Buckman para o sofá.

Os olhos de Ephraim mudaram-se para o mais novo


membro, um homem na casa dos trinta. Ephraim não teve a
chance de executar uma verificação de antecedentes sobre o
homem, como ele normalmente fazia, mas tinha uma
sensação que sabia o que ia encontrar.

— Quantas semanas você deve?

A mandíbula do homem estava cerrada. — Isso não é da


sua conta, porco. — O homem tinha um problema com a
polícia. Interessante.

— Cinco. — disse Brad. — Ele nunca pagou um centavo.


Contou a ela uma história triste e você sabe que essa é a
fraqueza dela.

Ephraim assentiu. — Considere o passeio livre acabado.


Você vai embalar suas coisas e dentro de uma hora ou eu vou
checar você e nós dois sabemos que em minha busca
retornarei com um mandado ou dois.
A boca do homem caiu aberta. — Tudo bem, mas eu não
vou pagar um centavo.

— Eu nunca pensei que você faria. Basta sair, você só


tem 59 minutos restantes.

Jenny, uma dos pensionistas do sexo feminino que ele


não podia suportar falou. — Isso não é justo se nós temos
que pagar ele também tem!

Ele a ignorou. — Agora, levante a mão se você já fez os


arranjos para sair. — Cada mão pagante levantou, até mesmo
a de Candy.

Ele acenou com a cabeça. — Quando vocês estão


saindo?

Brad pigarreou. — Amanhã. Eles são capazes de segurar


até lá. Se não formos amanhã perdemos nossas vagas.

Ephraim assentiu.

— Eu quero minha última semana de aluguel de volta!


— Disse Jenny.

Ele beliscou a ponta de seu nariz, tentando manter-se


sobre controle. — Você está saindo com menos de vinte e
quatro horas de antecedência. Não estará recebendo o
aluguel de volta. Você assinou um acordo para uma semana
de aviso. Então, esqueça isso porque ela não vai devolver seu
dinheiro.

— Isso não é justo! — Jenny gritou.

A mão de Ephraim caiu para fora e ele deu um passo


para frente. Seus olhos perfuraram Jenny e ela cambaleou
para trás. —Leve-a ao tribunal então. Você assinou um
contrato vinculativo.

Sra. Buckman se sentou no sofá, soluçando. Ele não


podia ver uma mulher forte como ela, se quebrando assim. —
Alguém pagou para esta próxima semana?

— Não. — Eles disseram coletivamente. Isso significava


que ela estava completamente sem dinheiro e não havia
maneira de pagar as contas. Foi provavelmente o melhor
porque de outra forma ela estaria devendo a eles.

— Ok, estão vocês estão livres para sair. Sugiro que


vocês empacotem suas coisas e prepararem seus quartos
para a inspeção. — Disse ele com desdém.

Eles acenaram timidamente e caminharam para fora da


sala. Candy ajeitou sua roupa e se levantou. — Eu acho que
eu deveria fazer as malas, também.
— O quê? — Perguntou Madison, incrédula.

Candy zombou. — Madison, sua avó vai perder a casa.


Eu tenho que achar um lugar para ficar. Você não quer que
eu seja uma sem-teto não é?

—E a sua mãe e os seus filhos? Onde você acha que


eles vão acabar? — Ela deu um passo em direção a Candy.
Ela estava tremendo de raiva.

Candy virou as costas e se dirigiu para a porta. — Eu


não sei o que você espera de mim, Madison. Realmente, você
está sendo ridícula. As crianças vão ficar bem. Tenho certeza
que os lares adotivos por aqui são muito agradáveis.

Ephraim estendeu a mão e impediu Madison, enquanto


ela se balançava para bater em Candy. — Saia daqui então!
Nós não precisamos de você!

— Shh, está tudo bem, baby, apenas a deixe ir. — Ele a


arrastou para uma cadeira estofada e a sentou. Sentou-se no
braço da cadeira e segurou a mão dela.

Sra. Buckman também se sentou. Ela parecia mais


recomposta. — Sinto muito sobre tudo. — Ela engoliu. —
Obrigado pela sua ajuda. Ephraim, eu acho que você deveria
ver se pode segurar um dos quartos antes que seja tarde
demais.
Ephraim passou a mão pelo cabelo. — Chris, corra até
meu quarto. Na mesa você encontrará duas pastas, pegue-as
junto com meu talão de cheques e minha carteira que está
em algum lugar, acho que está nas minhas calças, vai,
pegue-os.
— Tudo bem. — Ele parecia cansado, quando saiu da
sala.

Ele se sentou de volta. — Eleanor, quanto ruim está


isso?

Ela tentou sorrir, mas não conseguiu. — Eu estou


atrasada nos serviços públicos, impostos e seguros, mas vou
dar um jeito.

Ephraim olhou entre Eleanor e Madison. — Será que


realmente teria matado vocês, mulheres, me deixarem saber
quando vocês precisam de ajuda? Isso faria minha vida muito
mais fácil, sabiam.

— Este é o meu problema, Ephraim. Eu vou lidar com


isso. Eu poderia ter de vender a casa. Vou encontrar um
apartamento grande o suficiente para mim e meus quatro
netinhos. Nós vamos ficar bem.

— E o que você vai fazer se não conseguir vender


rapidamente? — Os olhos dele passaram pelas crianças. Ele
notou pela primeira vez quanto esfarrapados eles pareciam.
Mesmo Eleanor e Madison pareciam que precisavam de
roupas novas. Ela lhe disse que Chris precisava de roupas
novas, mas ela se esqueceu de mencionar o resto deles.

— Nós vamos dar um jeito. — Eleanor mentiu.


— Jesus Cristo, Eleanor, eu aposto que você não tem
dinheiro suficiente para colocar comida na mesa e você acha
que vai conseguir? Olhe para estas crianças. Eles precisam
de cortes de cabelo e roupas. Viver em uma casa sem energia
elétrica, água ou aquecedor não vai ser bom para eles
também.

Eleanor chorou baixinho. — Vou dar um jeito. Meus


bebês não estão indo para um orfanato. — Disse ela com
firmeza.

— Serviço Social? Eu não irei. De porra de maneira


nenhuma. — Chris disse, entrando novamente na sala.

— Cuidado com a boca na frente das crianças, —


Ephraim disse calmamente, enquanto tomava os itens de
Chris. — Sente-se, isso afeta você, também.

Ele se sentou no braço do sofá com os braços cruzados.


Parecia assustado e estava tentando não mostrar. — Eu não
vou.
Ephraim olhou para os quatro antes de olhar para
Madison. — Vá sentar ali com sua família, para que eu possa
falar com todos vocês sem torcer o meu pescoço, por favor.

Madison se levantou e sentou entre sua avó e Jill.


Ephraim sentou-se na cadeira. — Por onde começar? —
Ponderou. Seus olhos caíram sobre Eleanor.

— Quanto você deve desta casa?

— Nada. Ela é nossa, está paga.

Isso o confundiu. — Então por que lhe negaram um


empréstimo?

As mãos dela se remexeram no colo. — A minha idade e


eu não estava produzindo o suficiente para cobrir as contas.
O telhado custou mais do que eu esperava.

— Eles negaram a você por nossa causa? — Perguntou


Jill.

Eleanor relutantemente concordou. — Eles disseram


que não se sentiam bem emprestando dinheiro para mim,
com tantos dependentes. Se eu não pudesse pagar a tempo
eles não teriam como jogar crianças para fora da casa.
— Droga. — Chris murmurou. — Eu sabia que era
minha culpa.

— Não, não é e não se atreva a dizer isso! — Disse


Eleanor ferozmente.

— Vovó, eu tenho doze mil dólares. Você pode ficar com


isso. — Disse Madison, contente por Ephraim ter conseguido
seu dinheiro de volta.

Ephraim levantou a mão ao mesmo tempo em que vovó


e respondeu. —Não.

— Esse é o seu dinheiro, Madison. Mantenha-o no


banco. — Disse Ephraim. Ele voltou sua atenção mais uma
vez para Eleanor. — De quanto é a dívida que você tem?

Seus dedos se acalmaram. — Mais de cinquenta mil


dólares.

— Vovó. — Madison não podia acreditar no que ouvia.

— Com os advogados, em seguida o telhado, a fundação


e eles custaram mais do que eu imaginei, e então eu não
pude alugar os quartos extras. Isso acabou saindo do
controle.
— E porque eu não estava mais pagando pelo segundo
quarto, você realmente acabou perdendo dinheiro, —
acrescentou Ephraim. Ela assentiu com a cabeça. — Quanto
é que você vai pedir pela a casa?

— Eu temo não conseguir mais que duzentos mil, se


conseguir isso. A casa é mais velha do que a maioria das
casas daqui. No ano passado os Thompsons venderam a
deles que era aproximadamente do mesmo tamanho e
novinha, eles conseguiram apenas duzentos e sessenta mil.
Eu não tenho grandes esperanças.

— Vamos ter que ir para um lar adotivo? — perguntou


Jill.

— Eu não vou e nem vocês. Eu vou conseguir um


emprego. — Disse Chris com firmeza.

Ephraim suspirou quando jogou uma pasta para Chris e


outra para Eleanor. — O que é isso? — Eles perguntaram em
uníssono.

— Abram.

— O que isso significa? — Perguntou Chris.

— Isso significa que você não está indo para um lar


adotivo. Isso significa que você é agora Christopher Williams.
— O quê? — Sua voz se elevou. — Você me adotou?
Como? Isso não demora meses para fazer?

— Sim, eu adotei você. Eu perguntei a sua mãe e ela


decidiu que garantir seu futuro era melhor do que abandoná-
lo nas ruas, por isso ela assinou os papéis. Quanto ao tempo
que leva a adoção eu cobrei alguns favores.

— Você está brincando? — Ele perguntou com cautela.


Chris pensou que poderia ser uma piada. Ele não confiava
facilmente.

— Eu não estou brincando. Você é agora oficialmente


meu pirralho. — Disse Ephraim com uma piscadela.

Chris sorriu. — Bom. — Disse ele em agradecimento.

— Eu não entendo isso. Eu já tinha a custódia. Emma


assinou isso. Eu paguei um advogado, generosamente, eu
poderia acrescentar.

— Eu acredito que a Candy mentiu. Ela não tinha a


guarda de Joshua. Ephraim foi gentil o suficiente para
conseguir isso antes que algo acontecesse.

— Então, Joshua é meu agora? — Eleanor perguntou


com um sorriso aguado.
— Sim, Candy perdeu seus direitos anos atrás. Eu fiz o
pai do menino fazer a coisa certa.

— E eu? — Perguntou Jill.

— Candy assinou para você ficar com sua avó quando


você se mudou para cá. Você também está dentro dos
conformes.

— Isso é ótimo, nós somos uma família. Estou


empolgado, não me interpretem mal, mas que bem que isso
faz quando estamos prestes a ficar sem-teto? — Chris
perguntou enquanto Joshua subia em seu colo e ele colocava
o braço por cima do ombro do menino.

— Você não vai perder a sua casa. As coisas estão


apenas começando a mudar. — Ephraim abriu seu talão de
cheques e preencheu um cheque, que entregou para Eleanor.
—Tenha o título assinado para mim na segunda-feira.

Eleanor pegou o cheque com os dedos trêmulos. Ela


arregalou os olhos para o valor. —Ephraim, o que está
acontecendo aqui? Você não pode pagar por isso.

Ephraim deu de ombros. — Eu moro aqui porque não


gosto de viver sozinho, não porque não posso pagar por uma
casa. Eu sou um homem muito rico. — Disse ele com um
encolher de ombros, indiferente.

— Eu que o diga. — Os olhos de Jill eram do tamanho


de um pires.
— Parece que eu tenho um pai rico. — Chris brincou.

— Tem certeza? — Perguntou Eleanor.

— Sim, eu amo esta casa.

Ela sorriu e acenou com a cabeça. — Obrigada,


Ephraim. Eu tenho certeza que posso encontrar um
apartamento em breve.

— Temos que nos mudar? — Perguntou Joshua. Seus


olhos dispararam para Madison. — Eu não quero me mudar
de novo.

— Shh, querido, essa casa é do Ephraim agora. — Disse


Eleanor.

Ephraim gemeu. — Eleanor, eu não estou chutando as


crianças para fora da casa e eu certamente não estou lhe
chutando para fora.

— Você está me confundindo. — Eleanor admitiu.


— Eu posso possuí-la agora, mas esta é a sua casa.
Você e as crianças vão ficar. A casa não é mais uma pensão,
embora possamos ter convidados de tempos em tempos. Eu
gostaria que as crianças tivessem uma casa própria, onde
eles não têm que esbarrar com estranhos o tempo todo e
estão livres para serem eles mesmos. — Ele se levantou e
espreguiçou.

— Diferente disso, você a dirige como quiser. — Ele


abriu a carteira e tirou várias notas de cem dólares e as
estendeu para ela. — Tome isso e compre alguns
mantimentos. Diga a todos os outros, uma vez que não vão
pagar pela próxima semana que eles vão ter que ir comer em
outro lugar hoje. Vocês podem se sentar e ter um bom jantar
em família, pela primeira vez. Agora, eu vou para a cama,
quando você voltar, me acorde e vamos dar uma volta no
shopping, ok?

O orgulho de Eleanor não a permitiu tomar o dinheiro,


embora a geladeira e armários estivessem completamente
vazios. Ephraim colocou o dinheiro na mão dela. — Eleanor,
estou muito cansado. Eu fiquei acordado por mais de três
dias, então vamos direto ao assunto. Você vive em minha
casa agora. Eu adoro você e seus netos, o meu novo filho
malcriado come como um porco e eu sou louco pela sua neta.
Por favor, tenha piedade de mim, apenas pegue o dinheiro e
compre alguma comida para que eu possa voltar para a
cama.
— Ephraim, nós não podemos aceitar sua caridade. —
Disse Madison.

— Madison, não é caridade. Meu filho precisa comer. —


Ele ficou surpreso o quanto facilmente sua língua rolava.
Chris virou-se para esconder um sorriso. — O meu garoto
favorito de 10 anos de idade e a minha rainha do drama de
15 anos de idade precisam comer.

— Ei! — Jill suspirou. Ele a ignorou.

— Além disso, Eleanor precisa comer para que ela possa


manter-se com as crianças e gerir esta casa. Não é caridade.

— Sim, é!

Suas mãos passaram pelo cabelo. — Tenha piedade,


mulher. Estou exausto!

— Não faça isso por minha causa. — Disse ela


teimosamente.

— Baby, mesmo que você não morasse aqui eu ainda


estaria fazendo isso. Eleanor tomou conta de mim pelos
últimos três anos. Ela tem sido boa para mim e eu gosto de
sua companhia. Eu estaria comprando esta casa apenas para
mantê-la aqui. Também faria isso pelas crianças. Não me
importando quem vive aqui. Eu sou o homem desta casa. Vou
pagar as contas e colocar comida na mesa. Não espero nada
de ninguém.

— Obrigada, Ephraim. — Disse Eleanor. Seus olhos


brilhavam com o calor.

— De nada. Então, eu suponho que vocês vão ficar. —


Disse ele, com a esperança de acabar com isso e rastejar de
volta para a cama.

Ela assentiu com a cabeça, sorrindo. — Se você vai ficar


conosco eu gostaria muito de ficar aqui para que as crianças
possam ter uma boa casa.

— É a sua casa, Eleanor. Nunca pense que não é.

— Mas... — Madison começou.

Ele jogou as mãos para cima em exaustão. — Eu


realmente gostaria que as pessoas parassem de iniciar cada
frase com “mas”. — Ele caminhou até o sofá e pegou suas
mãos nas dele quando caia de joelhos.

— Baby, por favor, você está me matando aqui. Eu não


estou esperando nada de você. Eu só quero ter certeza que
nós temos um teto sobre nossas cabeças. Eu não quero voltar
para uma casa vazia e eu quero que Chris, Joshua e Jill
possam permanecer junto com a avó deles. Você pode, por
favor, ver que fazendo isso vai me fazer feliz? Você tem
alguma ideia de como eu estive sozinho e por quanto tempo?

Ela balançou a cabeça lentamente. Ela imaginou. Ele


esteve sozinho por muito tempo. Um olhar em seus olhos e
ela sabia que ele estava fazendo isso por si mesmo também.
Ele precisava desesperadamente que eles ficassem. Ela
suspirou. — Ok, mas eu quero pagar pela a comida também.
Isso é o justo.

— Mas você vai ficar? — Ele esperou nervosamente por


sua resposta.

— Sim.

— Ótimo, então faça o que quiser. Mas hoje eu pagarei a


comida. — Ele deu um beijo na testa dela, lembrando-se que
eles tinham um público e se levantou.

— Eu vou para a cama, me acordem mais tarde e nos


vamos para o shopping.

— Para quê? — Perguntou Chris.

— Comprar roupas.
— Oh, isso é uma droga. Vamos pegar algumas garotas
ao invés disso.

Jill chegou por trás de Chris o acertando tranquilamente


na parte de cima da cabeça.

— O que há com vocês, mulheres, me batendo?

Ephraim balançou a cabeça. — Eu não posso imaginar.


Capitulo 20
— Chris, volte lá para dentro! Você não deveria vir aqui
fora só de cueca! — Madison assobiou. Ela virou-se para
Ephraim. — Pare de rir! Você só o está incentivando!

— O quê? Tem algo errado? — Chris fingiu inocência.

Uma menina que andava pela sala apontou e riu. Várias


meninas do ensino médio passaram, mandando beijos para
ele.

Chris piscou e flexionou os músculos. Ele estava muito


constituído para um menino de 16 anos de idade, Madison
percebeu. Isso era estranho, porque sabia que ele não se
exercitava a menos que vídeo games agora fossem
caracterizados como exercício físicos.

— Chris. — Ela alertou.


— Você me disse para experimentar minhas roupas
novas e vir aqui e lhe mostrar. Então aqui estou eu. — Ele se
virou para mostrar sua roupa de baixo.

— Você não deveria provar roupas íntimas e você sabe


que não pode sair aqui desse jeito!

Ephraim se dobrou de tanto rir. — Essas são as cuecas


dele.

— Oh, parece que sim, então elas são minhas. — Disse


Chris com interesse divertido. — Hmm, imagine isso.

— Pare de mexer seu traseiro! — Madison lutou contra o


riso, mas era uma batalha perdida.

— Espera, tenho que ter a certeza que ficaram bem e no


estilo gangstar. — Ele baixou os boxers para os quadris,
fazendo sinais bobos de gangues.

A respiração de Madison ficou presa na garganta.


Abaixo do umbigo de Cris havia uma marca de nascença de
uma cruz e uma lua crescente marrom. Seu olhar focou em
Ephraim. De repente, ele lhe deu um olhar mortal e sóbrio.

— Não. — Ele avisou.


— Jovem, volte para o provador, por favor. Esta é uma
loja de família. — disse um guarda de segurança.

— Oh, desculpe, minha irmã me disse para fazer isso. —


Chris fez um gesto para Madison.

— Minha senhora, por favor, deixe os desfiles de moda


para sua casa. Eu tenho uma senhora muito nervosa no meu
escritório, por causa de seu pequeno show. — Os olhos de
Madison focaram perigosamente em Chris.

— Ela gostou do que viu, não é? — Chris brincou.

— Basta ir. — Disse o homem, tentando esconder um


sorriso enquanto se afastava.

Madison virou para olhar Ephraim. — Você sabia? —


Ela sussurrou excitada.

— Que ele é um sentinela? Eu sabia desde a primeira


vez que o prendi. Eu estive cuidando dele. Agora eu tive que
acelerar as coisas antes que ele se machucasse. Ele é parte
da razão pela qual finalmente aceitei a oferta deles. Você é a
outra. Essa também é a razão pela qual comprei a casa. Vai
ser transformada em uma casa Sentinel.

— O que isso significa?


— Um sistema de alarme, o local será atualizado. Um
centro de treinamento será construído no porão e ele vai ser o
lar de alguns clérigos selecionados para ajudar na área. Esta
será nossa área a ser protegida.

— Você vai dizer a ele?

— Não, ainda não. Ele já teve muita coisa para engolir.


— Ela lhe deu um olhar de desaprovação. —Madison, o deixe
ser somente um garoto por um pouco mais de tempo. Ele
nunca teve uma infância, como você. Deixe que ele tenha
mais um ano de vida despreocupada. Esse foi o acordo que fiz
com o conselho. Vou protegê-lo e treiná-lo, eu mesmo. Ele vai
ter vampiros e asseclas atrás dele daqui um tempo. Por agora
deixe que ele seja um garoto. Você não pode ver o quanto ele
precisa disso? Precisa de uma família? Ele já foi levado às
pressas para a idade adulta. Deixe-o aproveitar o último fio
de sua infância, antes que tenha que se tornar um homem,
para todo mundo. Por favor?

Ela assentiu com a cabeça. — Você está certo. Ele tem


sido muito feliz nas duas últimas semanas. Ele só vai para
detenção agora, para me fazer companhia e suas notas
subiram.

— Exatamente, se nós falarmos isso para ele agora, ele


vai se rebelar de verdade ou vai conseguir as coisas rápido
demais e acabar se matando. Por favor, não diga nada a ele.
— Me dizer o quê?

Eles olharam para cima, para ver Chris saindo do


vestiário em suas roupas velhas. Madison tinha uma suspeita
de que a melhoria na audição era parte do pacote Sentinel.

— Está tudo certo com as roupas? — Ela perguntou.

— Sim, todas essas couberam. — Ele as jogou de volta


no carrinho. — Me dizer o quê?

Ephraim se levantou. — Bem, eu acho que a surpresa


está arruinada.

— Que surpresa?

— Você vai comigo.

— Aonde?

— Eu vou fazer uma tatuagem. — Ele checou para


certificar-se que os dois pedaços de papel que ele
cuidadosamente dobrou e colocou no bolso de trás ainda
estavam no local, símbolos do Sentinel identificando-o como
um Pyte e um sentinela por eleição. Os símbolos eram
conhecidos pelos Sentinels e iria economizar tempo e energia
mais tarde se tivessem que identificar-se ou pedir ajuda.
— Sério?

— Sim, eu tenho dois símbolos que eu realmente gosto.


Você pode vir comigo. — Ele levantou uma sobrancelha. —
Isso é, ao menos que você seja um frangote.

— Não comece com essa merda, cara. Vamos lá! —Ele


praticamente pulou para Ephraim.

Ephraim puxou sua carteira e entregou todo seu


dinheiro para Madison. — Ephraim, tem tipo dois mil aqui.

— Eu sei. Isso deve cobrir todos.

— Isso é mais do que suficiente para cobrir você, as


crianças e a vovó.

— E você. Vá comprar algumas roupas. — Ela abriu a


boca para argumentar. — Por favor, basta ir comprar o que
quiser. Eu ainda lhe devo um presente de aniversário. Então
vá comprar algumas roupas.

— Você não deu para ela um presente? O que aconteceu


com a...

As mãos de Ephraim apertaram em torno de sua boca.


— Vamos antes que eu decida levar o Joshua no seu lugar.
— Obrigada. — Ela o puxou para um beijo. — Mas você
precisa parar ou vai me estragar.

— Eu gosto de estragar você. — Ele beijou a ponta de


seu nariz. — Vejo você mais tarde, querida.

Ela mordiscou o lábio. — Você vai realmente fazer essas


tatuagens?

— Sim.

— Onde?

— Oh, eu acho que nós vamos deixar isso como uma


surpresa.

— Você disse que só faria duas tatuagens. — disse Chris


de seu banco.

— Eu menti.

— Eu percebi.

— Eu decidi sobre a terceira quando pisamos aqui, se


você quer saber.
— Eu quero.

— Você sabe que eu venho fazendo isso há dez anos. —


Ed, o homem que estava preenchendo a tatuagem em seu
peito, disse. — E eu posso honestamente dizer que nunca tive
um cliente que aguentasse tão bem uma tatuagem, quem
diria duas ao mesmo tempo.

Jeff, o homem que estava preenchendo seu ombro


direito, disse: — Eu tenho que concordar com isso. Eu gosto
destes projetos, cara. Céltico?

— Sim, e eu vou lhe pagar um extra de cem dólares cada


para nunca replicá-los, para ninguém.

— Quer manter o projeto original? Saquei homem. Não


se preocupe com isso. Nós não usamos qualquer coisa aqui
que não tenhamos permissão. Além disso, essas suas
tatuagens malditas são tão, porra, intrincadas que eu nunca
seria capaz de reproduzi-los de qualquer maneira.

— Eu aprecio isso, senhores. — Disse Ephraim.

— Eu tinha certeza que você iria recuar, chorar ou algo


assim. Você realmente está me decepcionando, pai. — Chris
estava meio brincando, mas era óbvio que ele realmente
gostava de dizer isso.
Ed olhou para Ephraim com um olhar curioso. — Eu
teria imaginado que ele era seu irmão.

— Não, ele é meu filho.

— Eu sou adotado. — Disse Chris com orgulho.

— Bem, seu pai é um durão. Eu tive motociclistas que


choraram e se contorceram sob minha agulha. Não o seu
velho. Nem um único movimento.

— Dói como o inferno, mas eu não quero estragar tudo.


— Ele mentiu. Ele mal sentia a queimadura da agulha. Ele
tinha aprendido há muito tempo como bloquear a dor.

— Homem esperto. Uma fodida e isso estaria uma


bagunça total.

Ele franziu o cenho. — Isso foi o que pensei.

— Então, pai, onde é que você vai colocar a terceira? —


Perguntou Chris.

— No meu bíceps.
— Sério? Se você acha que pode lidar com isso, John
deve estar de volta do seu intervalo em poucos minutos. Ele
pode fazer isso. Jeff, o que você acha?

— Ei, contanto que todo mundo fique em seu próprio


espaço e que ele não se mova nos estaremos bem.

— Parece bom. — Disse Ephraim. Realmente não doía


tanto assim. A pele curava enquanto eles trabalhavam. Além
disso, ele teve coisas piores com Nicholas.

— Você sabe, eu acho que você deveria ignorar a


tatuagem tribal em seu braço e, e colocar no lugar presas,
presas sangrentas e grandes. — Chris sorriu enormemente.

Ephraim estreitou seus olhos nele e as mãos de Chris


subiram em um gesto de rendição. — Só estou brincando.

— Você quer um 'M' no meio da faixa tribal em seu


braço, certo?

— Sim.

— Ela pode não gostar disso. — Comentou Chris.

— Não é para ela. É para mim.


— Ok, se é o que você diz. — Ele bebeu seu refrigerante.
— Ei, eu posso fazer uma tatuagem?

— Não sem a permissão de seu pai e até mesmo com


uma eu não vou fazer isso até que você tenha pelo menos
dezessete. — Disse Ed.

— Eu posso esperar. Pai, eu posso?

— Vamos ver como as notas e o comportamento vão


ficar. Se eles forem bons, então permito.

— Maneiro.

Ele gemeu. Que diabos estava pensando, ao fazer uma


tatuagem com a inicial de Madison nele? A mulher surtava só
de ouvir a palavra “amor”, e aqui estava ele ostentando uma
tatuagem, com um “M” no meio. Ele estaria com sorte se ela
não o chutasse para fora de sua cama para sempre.

Um fecho de luz chamou sua atenção, quando ele


fechou a porta no corredor. Ela estava dormindo, graças a
deus. Pelo menos ele teria uma curta estadia antes da
execução. A boa notícia era que ele poderia recuperar o
atraso de seu sono e estar bem descansado para o dia de
gritaria que teria que suportar amanhã. Isso era certo.
Depois de se certificar que ela estava realmente
dormindo e não esperando para emboscá-lo ele tirou as
roupas e subiu na cama. Encolheu-se contra ela e deu um
beijo em seu ombro nu antes de apagar.

Com os dentes cerrados e os olhos ainda fechados de


sono, ele jogou a cabeça para trás e gemeu. Esse era o melhor
sonho quente de sua vida ou Madison estava montando ele,
duro.

As mãos dela correram sobre seu estômago e depois no


peito, enquanto ela se movia contra ele. Ela estava gemendo e
ofegando alto. — Oh, Ephraim! Mmm, baby, você parece tão
bem! — Seu corpo se apertou em espasmos em torno dele.
Ela se moveu mais e mais rápido sobre ele até que estava
gritando.

Ephraim a agarrou, puxando-a em um movimento que a


tinha de costas. Ele começou a empurrar dentro dela, duro,
dando início a outro orgasmo e depois outro até que ele
finalmente se juntou a ela. Quando o seu corpo relaxou, ele
se abaixou sobre ela.

— Bom dia, Madison. — Ele murmurou contra sua pele


e pressionou um beijo suave em seus lábios.
— Mmmm, bom dia, eu estava me perguntando quanto
tempo você levaria para acordar e perceber que eu estava
tirando vantagem de você.

Ele riu suavemente. — Eu pensei que eu estava tendo o


melhor sonho da minha vida, — outro beijo, — Acontece que
eu estava tendo a melhor manhã de todas.

Sua mão acariciou delicadamente o lado esquerdo do


peito dele. — Eu mencionei que gosto da sua tatuagem?

— Gosta?

— Mmmhmm, é muito sexy.

Ele se levantou para que ela pudesse ver. — Sexy, não


é?

— Mmm, muito. — Ela traçou a tatuagem preta circular


com o dedo. — É como um labirinto, é celta?

— Não, mas acho que posso lhe dizer. É um símbolo


hebraico antigo, com uma ligeira variação. — Ele apontou
para o símbolo no meio do labirinto.

— Ei, eu nem sequer notei isso até que você apontou.


Isso é muito legal.... uau... é o mesmo símbolo que Chris tem.
— Sim, é o símbolo dos Sentinels. O projeto impede que
alguém o veja ao menos que seja apontado ou eles saibam
para onde olhar.

— Então isso irá identificá-lo? Mas outra pessoa pode


obter a mesma tatuagem e enganá-los?

Ele balançou a cabeça. — Não, dê uma olhada melhor


no labirinto, de cada lado, o que você vê?

— Palavras, mas eu não posso lê-las.

— Elas são em uma língua antiga, à muito tempo


esquecida. Os Sentinels nem sabem mais o que quer dizer,
mas é o lema deles e irá me identificar. Ninguém que não seja
um Sentinel conhece estas palavras.

— E se eles disserem a alguém?

— Eles não dirão.

— Mas você me disse e eu não teria notado ao menos


que você me dissesse. Você não está quebrando uma regra?

Seus olhos mudaram e, em seguida, ficou um olhar


cauteloso. — Não, eu disse a eles que iria lhe mostrar. Você
não diria a ninguém o meu segredo. Eles apreciam isso.
— E se eu contasse a alguém essas palavras? — Ela
olhou para seu peito.

— Eles iriam levá-la.

— Levar-me?

— Sim, mas eu não iria deixar. Além disso, não há nada


para se preocupar. Você não vai falar.

— Não, eu não vou, mas ainda é enervante.

— Eu sei. Sinto muito. Não vou dizer mais nada então.


Eu não quero deixar você nervosa. Você não sabe as palavras
de qualquer maneira, então está bem.

— Ok.

— Somente esqueça estes símbolos e não aponte nada a


ninguém e você vai ficar bem.

—Então, somente os deixo pensarem que meu homem


tem tatuagens muito sensuais?

Ele gemeu. — Eu gosto quando você me chama de seu


homem.

Ela riu e se mexeu embaixo dele. — Posso perceber.


— Bom, então eu não vou ter que parar e explicar o
quanto eu gosto disso. — Ele começou a se mover dentro dela
novamente.

— Oh não, você não vai! Quero ver a outra tatuagem. —


Seus olhos foram para seu bíceps esquerdo. — Eu não dei
uma boa olhada nessa. É um desenho tribal?

Ele saiu dela lentamente e sentou na cama, ao lado


dela. — Sim, isso é uma tribal. Não há símbolos, mas essa
nas minhas costas é o que me identifica como um Pyte. — Ele
se virou, tentando distraí-la de seu braço. Funcionou.

Seus dedos correram sobre a tatuagem em suas costas.


— Eu não entendo por que você precisa desta tatuagem. Eles
não vão descobrir isso?

— Estou usando esta, como um símbolo de orgulho. Eu


não tinha que tê-la. O conselho foi me mostrando alguns dos
livros para me mostrar que outros quatro Pytes tinham
juntado suas fileiras anos antes e queriam que eu visse o que
eles foram capazes de fazer. Eu vi aquele símbolo no livro e
eles me disseram o que isso significava. Pedi uma cópia para
que eu pudesse colocar nas minhas costas. Não tem nenhum
símbolo oculto e não é um segredo.
Ela deu um beijo na tatuagem. —Oh, desculpe. Será
que isso dói? Eu esqueci-me que estas coisas devem doer por
um tempo.

— Não, elas não doem. Eu estava curado antes de deixar


o estúdio de tatuagem. A tinta nunca vai se apagar,
felizmente. Os danos causados à minha pele já estão
reparados.

— Essa é sexy, também. — Ela disse em uma voz baixa.

— Sim? — Ele virou a cabeça para trás, para um beijo.


Ela levou seus lábios em um longo e sensual beijo antes de
abruptamente quebrá-lo.

— Espere, quero ver a terceira e ver se é tão sexy como


as duas primeiras. — Brincou ela.

— Não, Madison espere, deixa eu...

Tarde demais, ela já havia se movido em torno dele.


Seus dedos traçaram a tatuagem e ele sabia pela maneira que
seus dedos tremiam e sua respiração ficou presa que ela
estava tocando o 'M'.

— Madison, ouça antes de você ficar louca. Eu estava...

— Este é um 'M'?
— Sim. — Disse ele com cuidado.

— É..., — ela engoliu em seco. — É para o meu nome?

— Sim. — Ele se preparou para os gritos.

Os dedos dela continuaram a traçar sua pele até que


sua mão estava deslizando sobre seu braço, apertando e
acariciando seus músculos. — Você sabe, eu estou realmente
surpresa.

— Eu sei e eu...

— Eu realmente gosto disso. Eu gosto de vê-lo unido em


torno de seu braço. — Ela lhe deu um beijo em seu braço.

— Você gostou? — Ele não conseguia disfarçar a


surpresa em sua voz.

Ela pegou a outra mão dele e a trouxe entre suas


pernas. — O que você acha? — Ela gemeu, enquanto
balançava suavemente seus quadris contra a mão dele.

Ele respirou fundo. Ela estava molhada, muito molhada


e muito inchada. — Eu acho que é melhor você estar
preparada para passar um dia na cama, com as pernas no ar.
— Ele rosnou quando ele se lançou sobre ela, imobilizando-a
na cama em um movimento rápido e entrando nela em outro.

Ela estava rindo duro até que ele começou a se mover.


Em seguida, os sons de alegria se transformaram em sons de
prazer.
Capitulo 21
Não vomite, não vomite, não vomite, ela gritava em sua
cabeça. Tomou uma lenta respiração e inclinou a cabeça
contra a superfície fria de sua mesa. Ela suspirou enquanto o
pequeno conforto acalmava a aflição, ligeiramente.

— Você está bem, Srta. Soloman? — Alguém perguntou.

Ela olhou para ver sua classe olhando para ela. — Estou
bem. Terminaram com seus exames?

A maioria da classe balançou a cabeça. — Ok, vocês têm


mais quinze minutos, sugiro que vocês usem o tempo
sabiamente. Lembrem que a nota mais alta não terá que fazer
o exame final na próxima semana. — Aquilo lhes chamou a
atenção e eles baixaram os olhos para seus exames.

Ela voltou sua atenção para a tela do computador,


tentando parecer ocupada. Seu estômago rolou
desconfortavelmente. Quatro dias, quatro longos dias assim.
Ela estava vomitando de manhã, à tarde e à noite. Tudo
começou quando Ephraim saiu para ir à Concord, para uma
conferência e treinamento com a polícia estadual.

Madison não podia acreditar que ela poderia sentir tanta


a falta de uma pessoa, um homem, e muita saudade. Seu
apetite tinha ido embora e ela não conseguia dormir. Estava
doente de amor. Não havia nenhuma dúvida em torno disso.
Ela amava Ephraim.

Amor. Pela primeira vez em sua vida, ela estava


apaixonada por um homem. Ephraim era tudo o que ela
nunca pensou que um homem poderia ser, atencioso, gentil,
generoso, engraçado e doce. Também era calmo e paciente.
Nos últimos três meses ele havia lhe contado que a amava
sem qualquer resistência ou expectativas e ele nenhuma vez
ficou distante ou chateado quando ela não disse isso de volta.
Ephraim nunca levantou a questão de como ela se sentia. Ele
parecia satisfeito em apenas dizer e mostrar-lhe o que ele
sentia.

Ele era tão altruísta que a fez se sentir como a maior


puta. Deus, ela não o merecia. Ela esfregou as mãos sobre o
rosto. Esta noite quando ele chegasse em casa ela iria lhe
dizer e mostrar o quanto o amava. Talvez dançar e passear
em algum lugar romântico seguido por cinco ou seis horas
debaixo dos lençóis. Talvez ela devesse fazer uma refeição
romântica.
Talvez não.

Seu estômago se virou com a ideia. Ela segurou a


barriga e suspirou de alívio quando o sino dispensou sua
classe. Os exames foram deixados na mesa dela quando eles
fizeram o seu caminho ruidosamente fora da sala.

— Tempo livre, graças a Deus. — Ela murmurou,


empurrando para trás sua cadeira. Ela ia caçar uma lata de
refrigerante e se espatifar no sofá, na sala dos professores
nos próximos 45 minutos.

— Madison! — Chris assobiou na entrada.

Ela podia chorar. Ela realmente poderia. — O quê?

Ele ignorou a irritação na voz dela e a tomou como


convite para entrar, fechando a porta atrás dele. — Papai
ligou pra você?

— Não, eu disse a você ontem à noite que ele ligou de


manhã.

Chris parecia chateado. Na verdade agora que ela teve


tempo para realmente olhar, ele não parecia nada bem. O
cabelo dele, que era curto e normalmente varrido para frente
estava despenteado, tinha bolsas escuras sob seus olhos, ele
esqueceu de fazer a barba e usava as mesmas roupas que
usou ontem, para seu encontro com Amber.

— Foda-se! — Ele enfiou a mão no cabelo. — Ele ainda


está vindo para casa esta noite?

— Sim. Chris, o que está acontecendo? Você tem agido


estranho desde que chegou em casa ontem à noite. Você e
Amber tiveram uma briga? — Ela era uma menina doce,
mesmo que tivesse um pouco de fama.

Seus olhos se arregalaram. — O que você quer dizer?

—Quero dizer que você não precisa esperar por Ephraim


chegar em casa. Você pode falar comigo, sabe.

Ele cruzou os braços sobre o peito e olhou ao redor. —


Com você? — Ele olhou surpreso.

— Sim, comigo. Você costumava confiar em mim, você


sabe. Posso não ser um cara, mas posso responder perguntas
sobre garotas, provavelmente melhor do que Ephraim.

Seu rosto empalideceu. — Não posso falar com você


sobre isso.

Ela não estava com paciência para isso hoje. — Você


não tem uma aula para ir? — Ela vociferou um pouco mais
dura do que planejou. Sua cabeça estava girando quase tão
rápido quanto seu estômago.

Chris colocou as mãos em sinal de rendição. — Puta que


pariu, não sabia que estava naquela época do mês, Madison.

Seu temperamento entrou em erupção. — Chris,


estamos na escola agora. Você sabe que deveria me chamar
de Srta. Soloman e não Madison. E para seu conhecimento,
eu estou doente. Não é minha época do mês. — Algo clicou,
algo não está bem. Ela se sentou e olhou sua mesa,
procurando a agenda.

— Opa, calma, Madison! O que há de errado? — Chris


moveu-se em torno da mesa, pronto para ajudar.

—Aha! — Ela a encontrou na gaveta inferior e


praticamente arrancou pedaços ao abri-la.

Os dedos de Chris bloquearam a vista dela. — O que é


essa cara triste?

Madison empurrou seu dedo fora e olhou. Ela engoliu


alto. — Isso significa que eu estou... — Ela contou daquela
data até a data de hoje. — Merda.

— O quê? — Ele parecia preocupado.


— Tenho de ir.

— Onde? — Ele viu quando ela agarrou a bolsa, quase


arremessando o computador fora da mesa com o cotovelo.

— Eu tenho uma coisa que tenho que fazer. — As


palavras saíram da boca dela, enquanto cambaleava para o
corredor.

— Madison, você está bem? — Chris perguntou,


alcançando-a.

— Sim, não, sim, não sei. Eu tenho que ir.

— Você indo embora da escola?

— Sim, estou doente e vou para casa, boa ideia. — Ela


divagava.

Ela não sabia que ele ainda estava com ela até que ela
chegou ao escritório da frente. Sra. Adams, a Secretária olhou
sobre a eles. — Céus, Srta. Soloman, você está pálida como
um fantasma. Está tudo bem?

— Estou doente e vou para casa. — E correram para


fora.
— Oh, eu acho que sim. Espero que você se sinta
melhor, querida.

— Não é muito provável que isso aconteça num


momento tão breve. — Ela murmurou.

— O que significa isso? — A Sra. Adams pediu. — Não


entendi.

Chris entendeu. Suas sobrancelhas levantaram juntas


quando ele a olhou.

— Nada. Eu estarei de volta amanhã. — Ela deu-lhe um


sorriso fraco.

— E você, Chris, o que posso fazer por você? — A Sra.


Adams perguntou, olhando-o por cima e não estava feliz com
o que viu.

— Estou doente, também. Eu vou para casa. — Ele


disse.

— Não sem a permissão de um parente ou responsável.

Ele fez um gesto para Madison. — Você tem a dela. Ela é


a namorada do meu pai.

—Mas...
— Vejo você amanhã, Sra. Adams. — Chris disse
alegremente. Ele teve que correr para alcançar Madison, que
estava falando sozinha.

— Só doente. Só doente. Só doente. Nada com o que se


preocupar. Só doente. — Ela tirou as chaves com mãos
trêmulas.

— Oh não, você não. Você não vai dirigir. — Chris pegou


as chaves de suas mãos.

— O quê? — Ela parecia perdida.

— Entre. Diga-me onde você precisa ir e vou leva-la. —


Ele destrancou a porta e a ajudou a entrar. Quando ele pegou
o volante o cérebro dela começou a funcionar.

— Espere, você não tem uma licença. Você não pode


dirigir.

Ele ligou o carro e começou a dirigir. — Hmm, olhe,


parece que eu posso. — Ela ficou chocada ao ver que ele
podia e bem.

— É provavelmente melhor que eu não saiba o que está


por trás de suas habilidades de condução. — Ela segurou
uma mão sobre os olhos e tentou relaxar.
— Sim, isso é provavelmente melhor. Agora para onde?

Ela mordeu o lábio, pensando. Isso era uma boa


pergunta. Ela precisava saber, mas não queria que ninguém
soubesse. Afinal era uma cidade pequena. Ela não precisa
que essa notícia, em particular, fosse divulgada.

— Preciso ir a uma farmácia. — Ela disse lentamente.


Sim, uma farmácia. Ela olhou por cima, para Chris, que
parecia à vontade ao volante. Hmmm, talvez ele ter vindo
junto fosse ajudar. — Chris, eu preciso de você corra para a
loja e pegue algo para mim.

— Claro, o que você precisa? Remédio para gripe?


Aspirina?

— Teste de gravidez.

— Você está louca? Eu não vou lá dentro e comprar


isso.

— Chris, nós já discutimos sobre isso por meia hora. —


Ela olhou ao redor do estacionamento. — Não tem ninguém
por perto e só entrar e pegar um teste. De preferência um
teste de um minuto.
— Inferno não!

— Chris!

— Não! Se eu entrar, eles vão pensar que eu engravidei


alguém, quando eu ainda nem... — A voz dele sumiu,
balançando a cabeça, ele finalmente murmurou. — Eu não
vou fazer isso.

— Por favor! — Ela fez beicinho.

— Não, você vai lá. Você é quem precisa dele.

— Não! Isso é pior!

Ele revirou os olhos. — Como é pior?

Ela zombou. — Eu sou uma professora solteira com


vinte quatro anos. Isso não é pior?

Ele levantou uma sobrancelha, ainda à espera de uma


resposta razoável. — Se eu comprar isso, eu sou uma vadia
se você comprá-los, você é um garanhão.

Seu rosto corou e ele desviou o olhar. Ela não podia ter
certeza, mas ele parecia que ia chorar. — Chris, você está
bem?
Ele limpou a garganta. — Eu estou bem. Olha isso é
mais importante que meus problemas. Você pode estar
carregando o filho querido de um sanguessuga de 206 anos
de idade, que se recusa a aumentar minha mesada, — ele
tentou brincar. — Acho que isto tem prioridade.

Eles se entreolharam por vários longos minutos


esperando que o outro desistisse. Finalmente ela quebrou. —
Bem, você viria comigo então?

— Fará você se sentir melhor?

— Sim.

— Claro que sim. A pior coisa que pode acontecer é que


as pessoas vão pensar que você está carregando o meu bebê.
Tenho certeza de que é perfeitamente normal uma professora
ficar com seu aluno em uma farmácia no meio do dia,
comprando um teste de gravidez. O que poderia dar errado?
— Ele perguntou ironicamente.

Ela abriu a porta. — Ok, — Ela saiu. Caramba ele era


muito perspicaz às vezes. Desta vez foi provavelmente uma
coisa boa. — Fique aqui. Você sabe que você é um moleque e
eu vou dizer ao teu pai para cortar sua mesada, seu pequeno
traidor. — Ela disse sem agravamento. Suas mãos
dispararam e agarraram o braço dela.
— Chris, eu estava só brincando. — Ele puxou-a de
volta para o jipe. — O quê?

Ele assentiu com a cabeça para frente da farmácia. —


Oh... aquela não é a Sra...

— Stevens? Sim, temos que ir para outro lugar ou ela


vai espalhar a notícia de sua compra para todo o mundo até a
hora do jantar. Ela definitivamente vai ligar para a vovó,
imediatamente, depois que ela sair da loja.

— Oh não, — ela gemeu e olhou para ele. — O que você


acha de um percurso para fora da cidade?

Ele ligou o carro novamente. — Eu prefiro longas


distâncias. Nós vamos ter um dia e tanto. Compras, urinando
em uma vara e provavelmente um pouco de hiperventilação.
— Disse ele brilhantemente.

— Pirralho. — Ela murmurou.

— E aí? — Chris gritou do lado da estrada.


Madison saltou. — Eu não fiz ainda. Dê-me um minuto.
Não é fácil fazer xixi num palito, no meio da floresta, você
sabe.

— Oh claro que é, apenas desempacote-o, coloca para


fora e...

— Quero dizer pra mim, seu imbecil!

— Ai, eu espero que você não use esta linguagem na


frente do bebê.

— Moleque. — Ela murmurou. Depois de uma última


olhada para trás, para certificar-se que Chris ainda estava de
costas, ela se virou e esvaziou a bexiga na vara.

— Por favor, seja positivo. — Ela sussurrou,


surpreendendo a si mesmo. Um bebê com Ephraim? Ela
pensou sobre isso, não a sério. Ele não estava certo se
poderiam ter filhos juntos. Era possível, ela imaginava, mas
ela nunca levou a sério. Ela nem sequer considerou controle
de natalidade nos últimos meses que tinham dormido juntos.

Ela recolocou a tampa e ajustou sua roupa antes de


caminhar na direção do jipe. Chris estava andando
ansiosamente e quando ele a viu ele veio até ela. —E aí?
— Vai levar mais um minuto. — Ela levantou o pau.
Ambos olharam, esperando o teste digital indicar a condição
dela.

— Você está bem? — Ele perguntou.

— Sim, eu acho que sim. Eu só quero saber.

Ele colocou o braço ao redor de seus ombros. — Vai ficar


tudo bem. Ephraim é um bom pai e você é uma boa irmã
mais velha toda maternal, então vocês ficaram bem.

— Obrigada. — Droga, ele ia fazê-la chorar.

Um pequeno sinal sonoro tinha ambos chupando o ar.


— Acho que sabemos nossa resposta. — Disse Chris.

— Com licença? — Um homem disse por trás deles.

Ambos saltaram e se viraram, para ver um homem


grande, com olhos escuros ameaçadores na frente de uma
van preta. Chris automaticamente empurrou Madison para
trás.

— Podemos ajudar você?

Ele sorriu. — Você é Madison Soloman?


— Como você sabe? — Ela tomou um passo para trás,
arrastando Chris com ela.

— Oh, não é preciso correr, querida. Estamos aqui para


lhe dar uma carona. — Disse o homem.

— Chris, corra! — Ela gritou.

Em vez de correr, Chris desmoronou no chão, ao lado


dela. — Chris! — Ela caiu de joelhos ao lado dele. Sangue
escorreu por trás de sua orelha. Ela olhou para trás para ver
o que causou a lesão quando uma dor aguda permeou na
nuca dela e tudo ficou preto.

Madison estava grávida. Demorou até a última grama de


sua força de vontade para não contar a ela na manhã que ele
saiu. Ela estava tão linda que ele não queria perturbá-la.

Ele acordou com o alarme e à mudança de seu perfume,


às três da manhã. Ele levou uns bons dez minutos para ter
certeza. Passou o nariz por sua barriga, repetidamente, com
medo de ter cometido um erro. Foi preciso ela o golpear
durante o sono para que ele conseguisse se mover. Ele odiava
deixá-la assim.
Agora ele estava correndo de volta para ela. Ele deixou a
conferência esta manhã... então poderia surpreendê-la. Ele
precisava fazer isso direito. Este era o primeiro bebê deles,
juntos, ele tinha que fazer isso direito com ela. Ia casar com
ela com tudo que tinha direito. Tinha esperado por meses
para fazer o pedido.

Ele tinha esperado pacientemente para que ela estivesse


confortável com ele, e ela ficava confortável com ele, onde seu
corpo estava em consideração, Deus ela sempre ficava, mas
era seu coração que ele queria. Nem uma vez ele tinha a
pressionado, nem sequer a pediu para dizer as palavras, ou
como ela se sentia. Ele não precisava ouvir isso, ele sabia que
ela o amava. Ele pelo menos esperava que amasse. Agora, ele
não podia esperar mais.

Assim que a visse ele ia cair em um joelho e propor,


antes que ela descobrisse sobre o bebê. Ele não queria que
ela pensasse que era por isso que ele queria se casar com ela.
Não era. Ele a amava. Adorara-a. Ela era tudo para ele. Se ele
pudesse apenas faze-la ver isso.

Falando do diabo. Seu celular tocou e ele não podia


evitar, senão sorrir vendo o nome dela no seu identificador de
chamadas. — Ei, baby, saudades de mim?
— Meu Deus, Ephraim, não me lembro que esse era seu
nome carinhoso para mim. — Disse uma voz provocante e
sensual.

Um medo frio correu através dele. — O que está fazendo


com esse telefone? — Ele fez a sua voz parecer normal.

— O que sem “Sinto sua falta Caroline”, “Eu não sou


nada sem você”, nem “Sinto falta de foder você”? — Ela disse
em uma voz carente, seguida de uma risada estridente. —
Uh-oh, parece que Madison não gostou de ouvir a última
parte. Parece que você esqueceu de contar a ela sobre nós.

— Você me conhece, eu perco o interesse rapidamente.

— Tsk, tsk, uma pena.

— Não acho que você a tenha.

— Não confia em mim? — Ela deu uma risadinha.

— Inferno não, você pode ter qualquer número de


criados apanhando o telefone dela. Coloque-a na linha se
você quiser que eu mesmo considere seus planos.

— Muito bem, só por um minuto, não terminamos


exatamente nos divertindo com eles.
— Eles?

— Dois por um com um trabalho de arrebatar à beira da


estrada. Realmente estou bastante orgulhosa de meus
garotos.

— Prove.

— Muito bem, apenas não desligue depois, eu não


gostaria que você perdesse a diversão.

Ele esperou o que pareceu uma eternidade, para ouvir a


voz dela. — Ephraim?

— Madison?

— Ephraim, eles tem Chris também!

—Shh, Está tudo bem, baby. Eu estou indo pegar vocês.

— Não! Ephraim, é o que eles querem. É uma armadilha


não faça isso!

— Madison, eu não vou deixar qualquer um de vocês


com esses bastardos doentes. Eu a amo e vou atrás de você
agora. Ponha essa puta de volta na linha, agora.

— Por favor, Ephraim, não...


— Acabou o tempo. — Disse Caroline. —Se você os quer,
então vá para a antiga mansão, na rua Drewberry. Sabe qual
é?

— Sim.

— Bem, agora lembre, que quanto mais rápido você vir


mais rápido nossa diversão começa. — O telefone ficou mudo.

— Caramba! — Ele jogou as luzes de emergência e


sirenes... e acelerou.
Capitulo 22
Madison e Chris aconchegaram-se junto no chão,
enquanto assistiam a cadela de olhos azuis e cabelo loiro,
como Madison gostava de pensar nela, andando no porão de
pedra cavernoso. A vadia ficava olhando em sua direção,
pensativamente.

— Eu vou lhe tirar daqui, Chris. Eu prometo. —


Madison sussurrou.

Chris levantou a mão, sacudindo-a suavemente até que


suas correntes fizeram um suave barulho tintilando. — Como
exatamente pretende salvar-me quando você nem não pode
salvar-se?

Ela olhou furiosamente para ele.

—Alguém os faça calar a boca, estou tentando pensar.


— A puta loira disse.
— Se estamos fazendo muito barulho ficaríamos felizes
em esperar lá fora, enquanto você pensa. Ei, não me importo
de me refrescar em um carro se isso ajudá-la. — Chris disse
com o sorriso mais encantador.
A puta loira rosnou sua frustração. — Cale-se! Apenas
cale-se! Vocês dois têm estragado meus planos!

— Correndo o risco de irrita-la e você rasgar minha


garganta eu preciso perguntar exatamente como nós
arruinamos seus planos? Você nos sequestrou. — Chris
salientou.

— Planejo isto há mais de cento e quarenta anos.

— Isso é besteira, não estamos vivos por cento e


quarenta anos.

— Ah, Chris, ela estava falando sobre Ephraim.

— Oh. — Ele fez um gesto com a mão para ela


continuar.

Seus olhos frios focaram em Chris. — A única razão que


não estou rasgando sua garganta agora é porque você é um
sentinela e você definitivamente vai vir a calhar.

Madison congelou.
Chris riu. — Moça, você está confusa. Não sei do que
você está falando, mas não sou eu.

A puta loira parou abruptamente para estudá-lo. — Não


brinque comigo, garoto. Estou viva há mais de quinhentos
anos, e eu posso cheirar um sentinela a cem metros de
distância e você, rapaz, é um sentinela. A única questão no
momento é se preciso ou não me preocupar com seu
companheiro vir lhe buscar. Isso iria destruir os meus
planos.

— Huh?

Ela revirou os olhos e caminhou até eles. — Vamos ver


nossa posição sobre a questão do companheiro, não vamos?
— Ela agarrou Chris pela orelha e o puxou pra cima. — Ai! —
Ela puxou a camisa dele para cima e sua calça e boxers para
baixo, até que eles estavam mal cobrindo sua virilha.

— Ei, pare com isso!

A puta riu. — Oh, acalme-se, não é como se você


conseguisse levantá-lo, então eu não me preocuparia se fosse
você.

Chris ficou completamente sossegado. Madison assistiu


o sangue sumir de seu rosto. — Do que é que você está
falando? — Ele falou calmamente, com apenas uma pitada de
rachadura na voz dele.

— Que você não pode levantá-lo? Ora porque eu não sou


sua companheira. — Ela correu o dedo sobre sua marca.
Fumaça branca subiu dela. Ela sussurrou e puxou-o,
colocando o dedo em sua boca e sugando-o gentilmente. — O
negócio é real. Você é um sentinela, deixe-me assegurá-lo.

— O que quis dizer com a parte da companheira? —


Chris estava concentrado como ela nunca tinha visto antes.
Seus olhos nunca deixaram a cadela.

Ela riu. — Teve medo que sua masculinidade estivesse


com defeito? Ou era medo que você realmente não gosta de
garotas?

As mãos de Chris cerraram em punhos.

— Estou tão feliz por ser eu a lhe dizer isso, então, pelo
menos alguma caridade vem da minha noite desde que vocês
dois a destruíram. Você, meu rapaz, é um sentinela e por
causa disso seu pacote só quer uma mulher. — Ela levantou
a mão quando ele abriu a boca para falar. —Sua
companheira foi feita para você, e você para ela. Eu prometo
que se eu chegar a deixar você sair daqui e conhecê-la você
será capaz de realizar, as tarefas do sexo, sem qualquer
problema e, o mais importante, você vai querê-la.
Ele assentiu lentamente assim que se sentou. —É bom
pelo menos saber disso. — Ele evitou o olhar de Madison. —
Aliás, não preciso mais ter aquela conversa com o pai. — Ele
parecia pensativo por um momento. — Acredito que vou
precisar ter uma conversa completamente diferente com ele.

— Imagina o meu alívio. — A puta disse acidamente.

—Como Madison arruinou seus planos? — Chris


perguntou. Madison pegou a mão dele na dela.

A puta fez um gesto em direção a ela. — Ela está grávida


dele. Eu quero a criança. Garantir isso corta algum tempo de
meus planos, mas agora ele não virá. Ele sabe que não vou
machucá-la até o bebê nascer e você é muito valioso para
mim para eu lhe machucar.

—Então, você não acha que ele virá? — Chris


perguntou, com alívio colorindo seu tom.

A puta chutou uma sólida mesa de carvalho, do outro


lado da sala, esmagando-a contra a parede de pedra. — É
claro que ele não virá. Não até o bebê nascer. Era única coisa
que eu poderia usar para levá-lo até mesmo considerar meu
plano. Agora ele tem um caminho. Ele não ama as mulheres,
as usa. O bastardo é frio. Nada, nem ninguém, significa algo
para ele.
— Então por que você achou que nos sequestrando o
traria aqui? — Chris perguntou.
— Eu não queria você. Meus escravos foderam tudo se
vocês querem saber, mas agora estou bastante feliz. Não é
todo dia que recebo um sentinela inexperiente como um
presente. — Ela não sabia que Ephraim o tinha treinado e
pela expressão divertida de Chris ele lentamente foi
percebendo que Ephraim fez. Os lábios dele puxaram um
sorriso, mas rapidamente desapareceram, escondendo sua
reação.

— Foda-se! — Ela chutou a mesa correspondente e a


mandou voando pela sala com um grande estrondo. — Não
há nenhuma maneira que aquele palhaço não saiba que você
está grávida. Ele tem os sentidos mais fortes que qualquer
pessoa que já conheci. Ele provavelmente sabia no segundo
que aconteceu.

— Então, ele estava me usando? — Madison não


acreditava nisso, mas ele poderia.

Ela riu, um riso superior, frio e inclinou-se para baixo,


descansando as mãos sobre os joelhos. — Oh, você achou
que era especial? Que ele iria amá-la? Oh, que divertido.

Ela se endireitou e andou novamente, balançando a


cabeça em descrença. — Eu vou admitir que não sabia que o
plano dele era com você. Ele geralmente usa uma mulher e a
atira de lado. Então me ocorreu que ele ia finalmente
experimentar e conceber um filho.
As mãos dela se juntaram em um forte aplauso. — E
agora o bebê vai ser meu.

Ela parecia perdida em pensamentos. Uma sensação de


medo veio de Madison.

— E você acha que ele vai querer você? Que ele vai ficar
com você? — Madison perguntou lentamente.

— Claro que sim, — ela cuspiu. — Você achou que ele


iria ficar com você? Você está envelhecendo, enquanto
conversamos. Você realmente achou que ele ia subir entre
suas pernas daqui a cinquenta anos e chupar suas tetas
achatadas? — Ela riu. — Não, ele não vai. Confie em mim.
Ephraim é um sacana frio. Ele vai parar de fode-la no
segundo que ele perder o interesse.

— Foi isso que ele fez com você? — Madison estalou. A


raiva dela anulou seus medos com o bebê, Chris e Ephraim.
Pelos últimos meses ela forçou-se a aproveitar o momento e
esquecer o futuro. Ela sabia que envelheceria, e que ele não.
Saber que essa mulher poderia oferecer-lhe algo que ela não
podia foi a última gota.
— Sua puta! — Ela espreitou-se para frente com a mão
levantada, pronta para bater em Madison. Chris moveu-se
para frente de Madison, bloqueando-a. Caroline rosnou e
recuou. —Foda-se, tampe-os na cápsula.

Dois dos homens que os sequestraram pisaram longe da


porta do porão inferior. Cada homem se posicionado em
ambos os lados de Chris e Madison, puxando uma arma e
apontado em suas cabeças.

— Ei! Eu pensei que você disse que precisava de nós!

—Oh, sim. Há uma coisa que você deve saber. Ephraim


é o canalha mais frio que já conheci, mas eu sou a puta mais
fria que você jamais vai conhecer. Se eu não conseguir o que
quero dele, ele vai atirar em você primeiro, rapaz, depois na
vadia.

— E o bebê? Se você matá-la você vai matar o bebê! —


Chris puxou Madison para mais perto, tentando levá-la para
longe da arma.

Ela deu de ombros. — Ele nunca vai morrer, e ele gosta


de foder. Tenho certeza que ele vai arrumar mais alguém em
breve. Claro não importa se ele finalmente me der o que eu
quero.

— O que é? — Madison perguntou.


— O que todos os vampiros querem, é claro, andar no
sol e viver para sempre. — Ela deu uma risadinha.

— Se eu tivesse que lidar com uma puta como você dia e


noite eu viraria gay. — Ephraim falou pausadamente.

Todo mundo se virou para vê-lo passear casualmente


pela sala e se esparramar em uma cadeira enorme, para
enfrentá-los. Ele inclinou-se, seus olhos nunca deixando
Caroline.

— Como você está, Caroline? Há quanto tempo. —


Ephraim disse casualmente, como se ele estivesse
encontrando um velho amigo no mercado.

— Como é que você passou por minha segurança? —


Caroline exigiu.

— Oh. — Ele olhou por cima do ombro e acenou com a


mão preguiçosamente no ar. —Matei-os, você sabe como é. —
Ele disse com um encolher de ombros.

— Você matou os vampiros e os escravos?

—Sim, bem, aqueles que não fugiram de qualquer


maneira. Eu tenho que lhe dizer, Caroline, estou um pouco
desapontado com sua seleção. Eles dificilmente lutam.
— Puta merda! — Chris engasgou.

Ephraim deu de ombros, despreocupado. — Eles


estavam entre eu e minha propriedade.

—Propriedade? — A voz de Madison pareceu oca, mesmo


para ela.

Ele a ignorou. — Então, o que vai ser, Caroline? Você


ainda está submetendo o inferno em suas vinganças
insignificantes, é isso?

— Não é insignificante.

Ephraim riu. — Você realmente precisa superar isso,


querida. Tenho certeza que você já comeu muitos caras e foi
embora, quando ficou aborrecida.

— Ciúmes? — Ela deu-lhe um sorriso sensual.

— Nem um pouco. Foda quem você quiser, só não toque


mais em minha propriedade. Você conhece as regras.

Caroline andou em volta de sua cadeira, correndo suas


mãos sobre os ombros dele. —Então, quais de sua
propriedade você quer de voltar?
Olhos frios do Ephraim correram sob Chris e Madison.
Se ele se importava, ele não mostrou. — Diga para aqueles
idiotas baixarem suas armas ou eu vou rasgar seus corações.

Ela acenou uma mão e duas armas abaixaram. — Isso é


ótimo, Ephraim, mas percebe que nem você será capaz de
chegar lá, antes que eles atirem e, você certamente não vai
ser capaz de salvar os dois. Agora me diga, é a mulher ou o
bebê que você quer?

— Isso Importa?

— Não, não realmente. Tudo o que interessa é que eu


consiga o que quero e não me importo como isso acontece.

— Corta essa merda e me diga o que exatamente você


quer? Eu sei que seu cérebro pequeno tem feito intrigas
durante o último século.

— Hmmm. — Ela se afastou dele e parou na frente de


Chris e Madison. — Abaixe-os. — Ela disse com firmeza e se
afastou. Eles viram, quando o conjunto de correntes grossas
caíram do teto, no local que ela saiu. No final de cada
corrente tinha uma grossa braçadeira.

— O que é isso? — Chris perguntou.


Caroline sorriu triunfalmente. — Acho que pelo olhar de
medo no rosto de Ephraim, é um déjà vu.

Madison olhou para Ephraim. Seu rosto estava pálido e


suas mãos estavam apertando os braços das cadeiras. Ele
parecia totalmente apavorado.

Caroline estendeu a mão e correu os dedos


carinhosamente sobre uma das algemas. —Para responder a
sua pergunta, Ephraim, sim são suas velhas correntes.
Acredito que estas eram as mesmas que você acordou
usando. Claro, eu tive que reforçar e limpá-las. Elas são
fortes, muito mais fortes. Garanto que teria sido mais barato
comprar novas, mas onde está a diversão nisso? Eu teria
perdido o olhar no seu rosto e isso é absolutamente
impagável. — Ela piscou para ele.

Ela estalou os dedos e o homem que se escondeu no


canto pisou a frente, empurrando uma mesa coberta de pano.
— Custou um pouco mais, mas acredito que fui capaz de
recuperar todas as ferramentas favoritas de Nicholas. — Ela
retirou a tampa, revelando que pelo menos uma dúzia de
afiados instrumentos de aspecto bárbaro. — O que não pôde
ser reparado eu substituí e claro adicionei alguns dos meus
próprios ao longo dos anos, antecipando este momento.

Ephraim permaneceu quieto. Seus olhos se moveram


lentamente ao longo de cada ferramenta. — É claro você não
precisa fazer isso. Você pode levantar e sair a qualquer
momento, nós dois sabemos disso. Eu vou ver você em nove
meses, e ainda poderemos negociar. Até lá, tenho certeza que
o menino e sua puta vão ser muito felizes. Vou cuidar muito
bem deles.

— Deixe-me fazer isto e vou deixá-los sair. Você pode


escolher, ela pode ter nove meses para correr, se esconder e
ter o pequeno bastardo; então uma vida inteira para esconder
a criança de mim. Será a única chance dela e dele também.
Ou você sai e pode voltar para o bebê, mais a cadela vai ser
morta e o menino vai ser minha nova putinha.

— Ephraim, vá embora! — Madison implorou. Ela não


sabia exatamente o que Caroline tinha em mente, mas sabia
que não era bom. Ele tinha que ir. Ele precisava. Ela queria
ele seguro e longe daqui... e ela nunca queria ver aquele olhar
de pânico cru, no seu rosto novamente.

— Não ouse deixar Madison aqui, seu filho da puta! Eu


não me importo se você estava usando ela, ou não, não a
deixe aqui! — Chris gritou.

Ephraim olhou um pouco mais antes de se levantar. Seu


rosto estava branco como uma folha. — Peço desculpa. — Ele
sussurrou.

— Seu filho da puta! — Chris gritou.


— Eu sabia que você não faria isso. — Caroline disse
presunçosamente. Ela não parecia chateada. Na verdade, ela
parecia aliviada. Os olhos dela dispararam para Madison por
um rápido segundo e tornou-se óbvio. Ela estava com ciúmes
e preocupada que Ephraim se preocupasse com ela. Bem, ela
tinha a resposta dela. Madison queria chorar, mas ela o
amava muito, mesmo que ele não a amasse, ela precisava que
ele saísse.

Chris apertou firmemente em torno dela. — Está tudo


bem Madison. Eu vou cuidar de você.

Ephraim se virou e andou até Caroline. Ela agarrou o


fundo da camisa dele e a puxou pela cabeça, jogando-a no
chão. Então ele tirou o colar de cruz antes que ela lhe
pedisse. — Se eu fosse você eu faria isso durar porque no
segundo que eu escapar você vai virar poeira. — Ele estendeu
a mão e apertou uma braçadeira em volta do pulso. Fechou
com um doentio “tilintar”. Levantou o outro o pulso e olhou
para Caroline. — Você pode fazer as honras.

Com um sorriso Caroline fez exatamente isso.


Capitulo 23
— Por favor, pare! — Madison chorou. Ela tentou puxar,
se libertar de suas correntes e ir até ele, mas elas não
cediam. Chris a agarrou e puxou de volta.

— Oh, não se preocupe, querida, ele não pode morrer. —


Inclinando sua cabeça, ela considerou Ephraim. — Eu
acredito que eu poderia fazer isso para sempre.

Ephraim ficou ereto olhando para frente sem ver nada.


Ele não reagiu. Essa foi a única coisa que ele parou de dar a
Nicholas, anos atrás, uma reação. O bastardo podia ter tido
seu divertimento em torturá-lo, mas ele nunca lhe deu a
satisfação de uma resposta, após os primeiros cinco anos. Ele
faria o mesmo com essa vadia, não importa o quanto doesse.

Puta merda isso doía. Ela estava gostando demais. As


feridas que ela infligiu no rosto, pescoço e barriga não haviam
curado ainda, e, não iam por muito tempo. Ele estava
perdendo muito sangue e não podia curar rápido o suficiente.
O som do seu sangue pingando no chão o deixava saber que
ele estava de pé em uma grande poça de seu próprio sangue.
Ele ouviu o chicote atirar através do ar e o estalo
quando golpeou sua pele. Ele travou sua mandíbula. —Não,
por favor, pare! — Madison gritou. Quando ela não estava
gritando... ela estava chorando. Ela ter que ver isso, o estava
matando.

Ela deixou cair o chicote no chão. — Bem, isso não está


funcionando. Vamos ver o que temos em nossa caixa de
brinquedo, vamos? — Caroline disse alegremente.

Ela olhou por cima da mesa e depois de volta para ele.


Um sorriso perverso puxou seus lábios. Ela caminhou até ele
e desapertou o cinto dele, lentamente.

— O que está fazendo? — Chris exigiu.

Caroline ignorou, enquanto ela desfez as calças de


Ephraim. Ele manteve os olhos colados a um ponto na
parede. — Oh, vamos esvaziar os bolsos antes de continuar.
Não quero que nada se meta no nosso caminho.

Ela alcançou os bolsos dele, certificando-se de dar uma


boa vista a Madison. As mãos dela alcançaram e puxaram
suas chaves, celular e Madison observou que seu elegante
celular sentinela preto, tinha uma luz verde piscando. Isso
era estranho. Geralmente piscava vermelho quando ele tinha
uma chamada ou uma mensagem de voz. Verde queria dizer
outra coisa que ele disse a ela. Levou um momento antes dela
se lembrar. Ele acendeu um sinal de emergência. Ela tinha
que esconder o sorriso quando Caroline o jogou no chão com
o resto de suas coisas.

— Você disse a ela sobre as coisas divertidas que


fazíamos juntos, Ephraim? — Caroline perguntou,
provocando Madison que estava chorando baixinho,
enquanto Chris a segurava.

Ephraim a ignorou. — É uma pena que depois de todas


as vezes não fizemos o bebê que queríamos, não é? — Ela
sorriu. — Devíamos ter fodido dia e noite. Eu tenho que lhe
dizer que foi uma surpresa para mim que todo o sexo que
fizemos não fez nenhuma criança. Disseram-me que um Pyte
masculino poderia reproduzir com um vampiro, acho que eles
estavam errados.

Pela primeira vez em três horas Ephraim falou. — Sim,


eles me disseram que podem, — ele riu levemente. — Eu
tenho um segredo para contar, Caroline. Quer ouvir isso?

— Sim. — Ela disse com cautela.

Ele se inclinou para frente até que suas correntes


apertaram. — Primeiro, eu só fodi com você duas vezes, então
não tente causar qualquer besteira e ambos sabemos que a
única razão pela qual eu fiz isso é porque você mentiu e disse
que poderia me trazer outros, como eu. Em segundo lugar, eu
nunca gozei dentro de você. Na verdade, eu tinha dificuldade
em manter meu pau duro na sua buceta seca e fria. A palma
da minha mão é melhor do que o que você chama de fenda.
Minha semente nunca entrou em seu corpo.

Ela rosnou e gritou. — Mentiroso!

— Eu sou? — Ele riu. — Pense de novo, quanto tempo


eu durei?

Caroline olhou como se não fosse responder, mas fez.


Ela estava apenas curiosa, assim como Madison e,
aparentemente, Chris.

— Um minuto. Você disse que estava muito animado.

Ephraim abanou a cabeça. — Chris, tampe os ouvidos


por um minuto. — Chris cobriu seus ouvidos, com muito
medo de Ephraim, para não fazer o que ele pediu. — Baby,
num dia mau, quanto tempo eu demoro?

Madison foi dividida entre o constrangimento e colocar


Caroline no lugar dela.

— Você era cheio de merda. Não conseguiu levantar


mais de uma vez e você só o manteve por alguns minutos, no
máximo, — declarou Caroline. Ela correu os olhos lentamente
em Madison e então zombou. — Além do mais ela não é um
décimo de tão bonita como eu sou. Duvido que você subisse
sem a ajuda de uma bomba.

Aquilo estava feito. — Bem, — Madison tentou soar e


parecer pensativa, — você dura apenas um minuto, talvez um
minuto e um meio...

— Eu sabia que você era cheio de merda.

— ...quando eu uso minha boca, mas eu acredito que o


menor tempo foi dez minutos, quando me deixou dobrada
sobre a parte dianteira de seu carro-patrulha, atrás do
cinema. — Ela deu de ombros e sorriu. — O cinema estava
fechando mais cedo, tivemos que apressar, antes que o
estacionamento enchesse.

— Sua puta! — Ela se adiantou para bater em Madison.

— Eu pensei que você ia me torturar mais um pouco. Eu


sabia que você estava cheia de merda. — A voz fraca do
Ephraim a impediu.

Caroline se virou com um sorriso forçado, colado aos


lábios. — Oh, eu acredito que tive uma ideia maravilhosa.
Vamos ver quanto tempo você aguenta afinal. Madison pode
cronometrar.
Ele riu levemente. — Concordo que ter que estar entre
suas pernas novamente seria tortura.

Ela estendeu a mão e correu as unhas sob seu estômago


já sangrando e arranhou o caminho para baixo de seu corpo,
deixando para trás cinco linhas frescas de sangue. Os
músculos do estômago dele apertaram firmemente.

— Por que você não me diz como me transformar no que


você é, Ephraim? Eu sei seu segredo, seu sangue vai me
matar, mas eu sei que há uma maneira. Diga-me. — A mão
dela empurrou o caminho sob a cueca dele.

Madison sentiu seu coração quebrar. Ela não queria ver


isso. Não queria vê-lo com outra mulher, não importa o
motivo. Quase a matou quando ele finalmente reagiu. Ele
deixou cair a cabeça para trás e cerrou os dentes da maneira
que ele tinha feito com ela, tantas vezes.

Caroline começou a gritar.

— Mas que diabos? — Chris se arrastou de joelhos para


dar uma olhada melhor. — As calças dele estão fumando!

— Água benta, vadia, — Ephraim pôs para fora. — Eu


sabia que você não seria capaz de resistir.
Ela puxou sua mão para fora de suas calças e começou
a tropeçar, enquanto olhava para sua mão. — Puta merda!
Você pode ver isso? — Chris murmurou.

Madison estava olhando. A mão de Caroline estava


irrompendo em chamas, segundos depois a chama se foi e a
mão dela era só cinzas. Ela tropeçou na parede. O impacto foi
o suficiente para agitar as cinzas, que uma vez foi a mão dela.
Elas caíram no chão. Novos gritos deixaram sua boca. —
Minha mão, seu filho da puta! Você tirou minha mão!

Tudo o que restava da mão dela era um inchaço no final


do pulso. Lágrimas escorreriam pelo rosto dela.

— Isso vai... lhe ensinar... não tocar... o que pertence


a... outra... mulher. — Ele disse, ofegante. A dor na virilha
era insuportável.

— Ephraim, você está bem? — Chris e Madison


perguntaram em uníssono.

Ele tentou acenar. O movimento provocava dor na


virilha. A sensação atingiu seu estômago. As pernas dele
cederam, deixando seu corpo pendurado por correntes. Ele
engasgou desesperadamente antes de começou a vomitar
sangue.

— Oh Deus, Ephraim! — Madison gritou.


— Minha mão! — Caroline gritou quando ela saiu
correndo pelos fundos no porão.

Os dois homens segurando armas parecia nervosos. O


terceiro correu atrás de sua ama. — O que vamos fazer? —
Perguntou um dos homens.

— Ficamos aqui! Ela vai voltar! — O outro homem se


mexia nervosamente.

— Puta que pariu, eu sou um idiota. — Ephraim riu


fracamente.

— Do que ele está falando? — Chris perguntou. Seus


olhos estavam correndo entre os dois homens, muito
nervosos. As armas em suas mãos estavam tremendo. — Ei!
Aponte essa coisa para outro lugar, antes que você
acidentalmente atire nela!

Ephraim tomou uma respiração profunda enquanto ele


firmava seus pés. Uma vez que ele estava em pé e ereto, ele
virou tanto quanto as correntes que lhe permitiam. Ele
estudou os dois homens durante vários minutos antes que de
perceber que não se sentia bem com esta situação.

Ele amaldiçoou sob sua respiração, enquanto estendia a


mão e envolvia uma mão em volta de cada corrente, até que
eles estavam apertadas. Os homens assistiram com os olhos
arregalados, como todos os músculos do corpo de Ephraim se
apertavam e se contorciam.

— Pare, senão vou matá-los! — Disse o homem, em pé


sob Madison.

Ephraim expirou antes de inspirar novamente. Desta vez


um som de rangido alto acompanhou a ação. — Não, você
não vai. — Ele disse simplesmente.

Os sons de armas se armando fez Chris e Madison


agarrarem um no outro, procurando proteger um ao outro.
—Ephraim, pare! Ele vai matá-la! — Chris gritou.

— Não, com cartuchos vazios eles não vão. — Um


gemido doloroso e alto irrompeu de Ephraim, quando ele se
arqueou para trás e quebrou as correntes do teto.

Os homens viraram em uníssono e começaram a


disparar contra Ephraim. Ele tropeçou em direção a eles, mas
não se deixou cair. Madison se forçou a assistir. Ela olhou
seu corpo por buracos de bala, mas não podia dizer se havia
alguma lesão fresca, desde que seu corpo já estava coberto
por grandes feridas.

Mais um tiro e depois outro. O som era ensurdecedor.


Com cada tiro, ela procurava algum tipo de sinal que ele
estava ferido, um sobressalto, um tropeço, uma palavra, mas
não havia nada, nenhuma reação.

— Eles estão com cartuchos vazios. — Chris sussurrou.

Os dois homens pareciam concordar. Eles jogaram as


armas para o lado e recuaram em direção à porta pela qual
sua mestra escapou. — Vá, tenho certeza que ela vai estar
com fome. — Ephraim caiu em suas mãos e joelhos, mas não
parou de se mexer. — Isso é o que vocês são, uma refeição.
Ela nunca contrataria dois idiotas que nunca seguraram uma
arma antes, para mantê-los como refém. Vocês eram a minha
refeição. Eu não sou um idiota.

— Não, ela nos ama. Ela nunca faria isso.

— Sim, continue pensando assim. — Chris disse


secamente. — Ela deixou vocês desarmados com um Pyte
seriamente chateado. Isso é amor verdadeiro.

— Porra! — Um dos homens choramingou.

— Vá, só vá. — Ephraim disse fracamente. Ele não


olhou para os homens, quando continuou rastejando devagar
para frente. Ele não parou até que deixou cair a cabeça no
colo de Madison. Com os braços enrolados em volta da
cintura dela. Ele pressionou um terno beijo na perna dela.
— Ephraim, oh Deus, Ephraim. — Madison soluçou
quando, abraçou sua cabeça ao seu corpo.

— Nós precisamos sair daqui antes que a puta psicopata


volte, — disse Chris. Ele pulou em pé e olhou para o teto, de
onde suas correntes suspendiam. Ele usou suas correntes
para puxar-se até o teto. — Elas estão em ganchos! — Ele
disse com entusiasmo.

— Pode tirá-los? — Madison perguntou, seus olhos


nunca deixando a cabeça de Ephraim.

— Acho que sim... espere... só um pouco... — A porta


para o porão explodiu para dentro. — Merda! — Chris perdeu
seu domínio e caiu a curta distância no chão com um —
Oomph!

Madison chorou baixinho quando assistiu dois homens


e duas mulheres de uniforme preto, entrarem no quarto com
as armas desenhadas.

Uma das mulheres avistou a segunda porta e com um


sinal para a outra mulher ela caminhou até ela.

— Uma vampira com uma mão, e três de seus


seguidores passaram por aquela porta há mais de cinco
minutos atrás. — Chris informou-os.
As mulheres assentiram com a cabeça. — Eric, vamos
ver se conseguimos alcançá-los.

— Vá. — Disse um homem com cabelo preto, curto e


espetado. — Vamos ver o que temos aqui. — Os dois homens
foram até eles e começaram a olhá-los.

— Este é um sentinela, sem acasalamento. — O outro


homem disse, depois que olhou rapidamente sobre Chris. Ele
passou uma mão em seu cabelo loiro sujo, suspirando.

— Liberte-o. E quanto a mulher e este homem? — Eric


correu os olhos sobre um rasgado e sangrado Ephraim. O
outro homem agarrou Madison pelo braço, puxando-a para
seus pés. Ephraim rolou dela para o chão sem fazer barulho.

— Ei, cuidado com ela, ela está grávida. — Chris


estalou.

— Desculpa, — murmurou o homem. Ele procurava em


Madison marcas de mordida. —Uma última coisa. — Ele
puxou uma cruz e a apertou contra a testa dela.

Nada.

— Ela é humana.

— Bom, tire as correntes dela então. — Disse Eric.


— O que fazemos com isto? — O homem loiro empurrou
Ephraim e pressionou a Cruz na cabeça dele. —Acho que ele
é humano.

Eric suspirou enquanto se curvava e afastava os lábios


do Ephraim separados. — Grandes presas para um humano,
não é?

— Puta merda!

— O que ele é?

— Ele é uma espécie de sanguessuga. — Eric olhou


Ephraim.

— O que fazemos?

— O que deve ser feito. Mate-o.

— Não, pare! — Madison afastou o homem e caiu na


frente de Ephraim. — Pare!

— Oh ótimo, uma puta por presas, — disse o homem


loiro com óbvio nojo. — Mova-se, temos um trabalho a fazer.
Não sei o que está criatura disse, mas você está realmente em
perigo.
— Senhora, realmente preciso que você se mova. — Eric
disse quando tentou agarrá-la.

— Não! Ele é um de vocês! Ele é um sentinela!

— Não, senhora, ele não é. Ele é um vampiro ou um


demônio. —Eric disse suavemente, provavelmente esperando
não assustá-la.

Madison limpou o rosto dela freneticamente com as


costas das mãos. — Não, olhem. — Ela empurrou Ephraim de
costas com grande dificuldade. Chris agarrou um ombro e a
ajudou. —Vejam? — Ela apontou para a tatuagem.

— Senhora, tudo que vejo é uma tatuagem sangrenta. —


Disse Eric.

— O quê? — Ela olhou de perto apenas perceber que


estava completamente coberto de sangue. Ela usou a mão
para tentar limpá-lo embora só para manchá-la e deixar
ainda pior. Ela viu uma garrafa grande anexada ao cinto do
homem e a agarrou.

— Senhora, espere! — Ela não o ouviu. Abriu a tampa e


derramou o líquido sobre sua tatuagem. O sangue foi lavado,
revelando sua tatuagem. Então ela derramou o líquido sobre
o seu rosto, lavando o sangue longe do seu rosto e corpo, até
que seus ferimentos ficassem visíveis contra a pele
bronzeada.

— Isso não era água benta, Eric?

— Sim. — A voz de Eric foi superficial.

— Então por que não ele está gritando e explodindo em


chamas?

— Porque ele é um sentinela! Estou tentando lhe dizer.


Olha a tatuagem! Ele foi marcado. Ele é um Pyte!

— Um Pyte? De jeito nenhum. — Eric pisou mais perto e


olhou a tatuagem e correu um dedo sobre o desenho
intricado. — Eu serei amaldiçoado. Ele é um dos nossos. Eu
não via essa marca há cinquenta anos. — As sobrancelhas de
Madison dispararam. O homem não parecia mais velho do
que vinte e cinco, no máximo. — Não acredito que temos um
Pyte. Pensei que era uma merda de faz de conta. John, olhe
para isso. — Ele apontou para o símbolo no meio da
tatuagem.

— Por favor, ajude-o. — Madison pegou na mão de


Ephraim e o abraçou. Ela estava tão cansada, totalmente
cansada. — Por favor. — Ela se inclinou sobre o corpo
inconsciente de Ephraim e começou a chorar. — Por favor,
apenas ajude-o.
Capitulo 24
Ele acordou ofegando por ar. Alguém ia matá-la. Alguém
ia levar embora a sua Madison. Ele esperou muito tempo.
Todos esses meses de espera até que ela estivesse pronta,
para nada. Ela ia morrer.

— Madison?

Seus olhos rapidamente se ajustaram ao ambiente. Ele


estava no quarto e na cama dela. Sua mão saiu para seu lado
da cama para encontrá-lo vazio. Ele saiu da cama e correu
para o banheiro. Antes que ele mesmo abrisse a porta ele
sabia que ela não estava lá. Ephraim percorreu do banheiro
até o quarto dele e suspirou de alívio.

Madison estava deitada no sofá estofado, que tomou o


lugar da cama, dormindo. A mesa de café na frente dela foi
puxada para frente e estava coberta, com pilhas de papéis
que ela tinha estado corrigindo. Ele se moveu para a sala e
notou que a mesa dela estava completamente coberta
também. Isso não era nenhuma surpresa. Ela era
notoriamente desarrumada quando se tratava de sua mesa,
foi por isso que quando decidiram transformar seu quarto em
um escritório para ambos, ele insistiu em mesas separadas.

Ephraim caminhou calmamente até a mesa dele e virou


a cadeira, para vê-la. Agora, ela parecia tão indefesa e fraca.
Seu coração quebrou só de olhar para ela e pensar sobre o
quanto perto ela esteve da morte.

Tinha sido um erro mantê-la em sua vida, antes dele ter


lidado com Caroline. A Europa tinha sido um erro também.
Os Sentinels poderiam ter esperado, não havia nenhuma
pressa. Chris estava são e salvo, e ele teria ficado assim se a
presença de Ephraim não tivesse atraído uma maldita Mestre
e seus escravos. Ele deixou cair a cabeça em suas mãos. Por
que ele não matou a puta quando ela o fez voltar, em janeiro?

Ele tinha sido um idiota. Deixou seu coração e seu pau


o conduzirem e agora ele tinha um rapaz de dezesseis anos
de idade na lista de desejos de uma Mestre. Ia ser uma
corrida contra o tempo. Ele tinha que deixar Chris
completamente treinado, antes que fosse tarde demais. Nos
últimos meses ele foi devagar, lento, tentando não deixá-lo
fora de seus planos, mas agora ele tinha a porra de uma
corrida para deixar sua criança no modo de combate
completo, antes de eles tentassem pegá-lo novamente e eles
certamente tentariam.
Caroline era uma colecionadora. Gostava de ter
vampiros originais e pessoas sob seu controle. Ele devia
saber, ele preencheu um lugar muito procurado na coleção
dela, por alguns meses, mais de cem anos atrás. Um
sentinela masculino, destreinado, sem acasalamento, seria a
chave para sua coleção. Uma vez que ela quebrasse seu
espírito e mente para isso. Então ele poderia ser moldado em
um de seus guardas pessoais ou um assassino. Ele seria
perfeito para qualquer um. A proteção de Chris seria o
treinamento. Era a única coisa que ele poderia fazer por ele.
Madison era uma história diferente, totalmente.

Ele olhou para ela, que murmurou algo em seu sono e


se virou. Sua mão foi descansar na barriga, sobre o ventre
onde seu bebê crescia. Sua vida acabaria quando ela
soubesse o que aconteceria se ela sobrevivesse ao
nascimento, o que não era possível.

Todos os seus anos de pesquisa, mostraram contos


assustadores. Fecundar uma mulher humana era um feito
muito raro para um vampiro. Isso acontecia talvez duas ou
três vezes a cada século. Dessas poucas vezes era muito raro
um Pyte nascer, uma criança nascida de dois mundos com
potencial ilimitado. A maioria dos bebês eram natimortos,
matando a mãe junto com ele ou um vampiro natural nascia.

Um vampiro natural não era diferente de um vampiro


regular, exceto que nasceu não foi feito. A mãe também
morreria no nascimento. Só que o motivo da morte dela era
diferente. Ela morreria pela perda de sangue, quando o feto
rasgaria o ventre imperturbado e atacasse o coração dela,
com a fonte de sangue.
Ele já sabia o que Madison carregava, um Pyte, seu
filho. Ele tinha certeza disto na manhã que percebeu que ela
estava grávida. Se ele tivesse percebido que era um vampiro
natural, ele a teria arrastado para uma sala de emergência e
apontado uma arma na cabeça de qualquer médico que se
recusasse a tirá-lo, antes que fosse tarde demais.

Era tarde demais fazer qualquer coisa agora, mesmo se


Madison decidisse interromper a gravidez. Ele cheirava a
mudança a partir daqui. O útero, em um modo de dizer,
tinha desligado. O DNA do bebê provocou algo no corpo dela e
não havia uma arma na terra que seria capaz de penetrar o
útero. Seu filho era protegido contra interferência externa.
Sua mãe era uma história diferente.

Isto deveria ter sido feito há meses. Então ele não


precisaria se preocupar com ela dia e noite. Era assustador
pensar em todas as formas como um ser humano podia vir a
se prejudicar. Ele nunca tinha pensado muito nisso antes,
porque francamente, ele não dava a mínima.

Os humanos eram descartáveis e facilmente


substituíveis, aos seus olhos. Todos morreriam em algum
momento ou outro. Era inevitável. Ele tinha sentado e
assistido inúmeras gerações serem exterminadas apenas para
serem substituídas por novas. Não havia nada que ele
pudesse fazer, então ele nunca se preocupou em um nível
individual. A única vez que entrou em cena para ajudar foi
por uma injustiça monumental.

A Guerra Civil americana tinha o feito viajar como


cozinheiro de navio para Boston em 63. Após a guerra, ele
permaneceu em Boston e teve o seu primeiro trabalho de
policiamento. Quando ele não podia ficar por mais tempo
voltou para casa para tomar uma posição com a Scotland
Yard, onde permaneceu até um pequeno acidente em
novembro de 88.

Ele fodeu um grande momento. Era esperado que ele


fizesse a prisão, não drená-lo, mas o que mais ele ia fazer
com o sacana quando ele estava coberto de sangue? Um erro,
tinha sido um grande erro ir para o plantão sem comer
primeiro.

Eles lhe designaram para o posto de Whitechapel para


ficar de olho nas garotas. Ele ia pegar algo para comer antes
de seu turno, mas graças a essas notórias merdas, todas as
mulheres do trabalho estavam hesitantes em ir para a
escuridão com um homem. Então, quando o merdinha que
ele estava procurando literalmente tropeçou nele o que ele ia
fazer? Ele o drenou e jogou seu corpo no túmulo de um
indigente. Depois disso, ele estava muito desgostoso com a
falta de restrição e desistiu de sua fachada humana.

A partir daí ele se escondeu em convenções de vampiros,


tentando descobrir o significado de sua vida. Ele estava
procurando por algo ou alguém. Se ele soubesse que a pessoa
que procurava não iria nascer por mais um século, ele teria
feito um monte de coisas diferente.

Ele foi de guerra a guerra, em turnê pelo mundo,


procurando a única coisa que faltava na sua vida. Após a
segunda guerra se encontrava viajando de volta para os
Estados onde não tinha estado desde então, para ocupar
quartos em pensões por todo o país. Isso não era muito de
uma vida, mais ele somente agora estava percebendo. As
coisas poderiam ser tão diferentes para ele e, ele sabia a
razão.

Madison.

Ela poderia ficar com ele de agora em diante, junto com


as crianças. Poderiam aproveitar a vida e viajar pelo mundo.
Eles poderiam fazer a diferença neste mundo, juntamente
com os sentinelas. Ele poderia ser feliz. Eles poderiam ser
felizes. Ele tinha sido tão estúpido em esperar todo esse
tempo.
Agora não era só sua felicidade que estava em jogo, mas
a vida de Madison estava muito na linha. Ela estava em
perigo e não apenas por causa do nascimento. Caroline era
uma puta vingativa, bem como uma colecionadora. Ela não
tinha levado a rejeição bem, mesmo durante esses anos, e
sua afeição óbvia por Madison jogou gasolina no fogo. Ela não
pararia agora até que tivesse Madison e seu filho sob o dedo.

Ele não podia permitir isso. Madison era tudo de bom


neste mundo. Ela merecia uma vida muito feliz. Ela não ia
pagar por seus erros ou sofrer sozinha por seu amor. Ele
tinha que corrigir isso, agora.

Ela poderia odiá-lo depois disso... e ele não poderia


culpá-la. Havia uma possibilidade muito boa de que ela
nunca fosse falar com ele novamente. Doía muito, mas pelo
menos ela estaria a salvo. Ela estaria viva e bem. Isso é tudo
o que importava. Ela poderia continuar com sua vida e
encontrar outro homem, viver a vida dela e fazer o que
quisesse. Doeria cada segundo de cada dia, mas ele iria
encontrar a paz na felicidade dela.

Ele a amava muito para não fazer isso. Um dia ela ia


entender. Ela vai entender porque ele fez isso, não só por ela,
mas por seu filho também. Seu filho precisaria dela, e ele não
conseguia pensar em uma mãe melhor que Madison. Não
havia escolha, ele decidiu quando trouxe seu pulso à boca e
afundou as presas nele.
Lábios macios se moviam contra Madison. Ela abriu os
olhos e sorriu. Ephraim estava de joelhos na frente dela meio
nu e curado. Não era uma má maneira de acordar, ela
pensou. Ele puxou sua cabeça para trás e olhou nos olhos
dela. Parecia tão sério, muito sério.

— Baby, o que há de errado? — Ela perguntou,


movendo-se para uma posição sentada.

— Você sabe o quanto eu amo você? — Ele perguntou


baixinho.

—Sim. — Ela correu os dedos ao longo de sua


mandíbula. — Eu amo você, também. — Ela finalmente disse
as palavras. Em vez da reação que ela esperava, dele a
levantar em seus braços e fez amor com ela até de manhã, ele
apenas acenou duramente com a cabeça.

— Você sabe que eu nunca faria nada, voluntariamente,


para lhe machucar ou lhe colocar em perigo, não é?

Ele se sentia culpado sobre seu rapto. Ela devia saber


que ele faria. — Ephraim, está tudo bem. Estamos bem. —
Ela pegou a mão dele e a apertou contra seu abdômen. —
Estamos bem.
Sua mão gentilmente acariciou sua barriga lisa,
enquanto ele ainda falava. — Madison, eu tenho que fazer
algo por você. Tem que entender que eu estava planejando
fazer isto por um longo tempo. Eu deveria ter feito isso muito
antes disso acontecer. Se eu tivesse feito você estaria bem.
Compreende o que estou dizendo?

Ela não entendia. — Não, sobre o que é isto tudo,


Ephraim?

— Você pode me odiar depois disso e quero que saiba


que está tudo bem, só preciso que você e nosso filho fiquem
bem. Só entenda isso, por favor. — Ele engasgou com as
palavras.

— Filho? — Os olhos dela lacrimejaram quando ela deu-


lhe o sorriso mais doce e se inclinou para beijá-lo, mas ele
virou a cara.

— Por favor, Madison, não dificulte isso para mim mais


do que tem que ser. Eu já estarei no inferno depois de fazer
isso.

As coisas que ele dizia começaram a clicar. — Você está


me deixando, não é? Você acha que se ficar ela vai vir atrás
de mim, então você vai sair?
— Não, querida, eu nunca a deixaria. Além do mais,
deixar você seria apenas abrir caminho para ela. Caroline
estará voltando para você não há nenhuma dúvida em minha
mente. Ela estará mais determinada do que nunca agora.

Ela pôs a mão sobre a sua. — Então, vamos sentar e


pensar em alguma coisa. Nós vamos descobrir algo, juntos.

Seus olhos encontraram os dela. Seus olhos azuis


brilhantes escureceram para o vermelho ardente que ela
estava acostumada, quando faziam amor. — Eu já descobri.
Eu deveria ter feito isso há meses. — Ele beijou o nariz dela.
— Lembre-se que eu a amo, Madison. Eu amo você o
suficiente para arriscar perdê-la.

— Ephraim...

— Shhh, tudo o que importa é que você e o bebê estejam


seguros. — Ela não reparou quando a mão esquerda dele
agarrou seu braço esquerdo, ou mesmo quando o antebraço
dele pressionou sobre seu peito. Ela notou quando ele a
empurrou contra a parte de trás do sofá e ela não podia
mover seus braços ou a parte superior do corpo. Ele estava
com ela presa.

— Ephraim, o que está fazendo? — Ela exigiu.


A expressão dele estava aflita. — Sinto muito, baby. Eu
nunca planejei fazer isso assim, mas agora não há escolha.
Desculpe-me.
Algo de muito errado estava acontecendo. Ela tentou se
mover, ele não deu a ela nenhum espaço. Não foi até que ele
levantou sua mão direita, que tinha estado pendurada ao
lado dele até este ponto, que percebeu que algo muito ruim
estava para acontecer. Sangue estava escorrendo pelo seu
braço, de uma mordida.

— Sinto muito. — Ele disse novamente, quando levou o


braço na direção da boca dela.

— Não! Ephraim, por favor, não! — Ela gritou. O braço


continuava chegando. — Baby, por favor, seu sangue mata
pessoas! Por favor, pare! Ephraim, não!

— Você vai ficar bem, eu juro. — Ele murmurou. Ela


começou a dar-lhe pontapés e o empurrar com os pés, mas
ele era como uma pedra e não cedeu sob seu ataque.

Ela abriu a boca para gritar uma última vez, quando ele
se aproveitou e colocou seu pulso contra a boca dela. Ela
lutou para fechar a boca, mas o pulso dele estava firmemente
no lugar.

Um líquido doce e salgado derramou em sua boca. Ela


fechou os olhos e forçou-se para não engolir. O nariz dela não
estava coberto, então ela conseguia respirar facilmente. O
sangue iria recolher na boca dela e quando ele tirasse ela
cuspiria nele. Tudo o que tinha que fazer era permitir que o
sangue empossasse na boca dela e ela ficaria bem, disse paar
si mesmo.

Ela tentou gritar quando sentiu suas presas cortarem


através de seu pescoço, fazendo com que o sangue
derramasse na garganta dela até praticamente estar
sufocando. Lágrimas queimaram nos olhos dela quando sua
boca puxou com mais força no pescoço dela. O sangue ainda
não parou. Ela foi forçada a engolir ou engasgar.

Ele teve que forçar a si mesmo a ir mais devagar. O


sangue dela estava tão delicioso que enviou seu corpo à
velocidade máxima. Ele queria mais, exigiu mais e teve que
forçar-se a relaxar. Se bebesse muito rápido ele ia drena-la,
ela e o bebê. Ele precisava fazê-lo lentamente, até que
sentisse o seu sangue misturado com o dela e então ela
estaria para sempre salva, mesmo dele.

Madison sentiu Ephraim afastar os dentes muito antes


de seu pulso deixar sua boca. Ele lambeu os lábios e pareceu
estranhamente aliviado. — Está tudo bem, baby, só um
pouco mais.
Ela tentou lhe dizer pra ir se foder, mas o pulso dele
tornava impossível, ao invés disso ela se conformou com altos
resmungados incoerentes.

— Shh, está bem, baby, você pode gritar comigo mais


tarde.

Mais resmungos.

— Se lhe fizer sentir melhor, você será capaz de chutar a


minha bunda, subindo e descendo a rua depois disso.

Estranhamente isso foi o suficiente para que a fizesse se


sentir melhor. Ele tinha uma boa chutada na bunda vindo
por seu comportamento arrogante. Ele riu levemente. — A
partir do olhar na sua cara acho que a ideia lhe agrada. —
Ele afastou o pulso e rapidamente o substituiu pela boca.

Ela podia sentir o gosto de seu sangue na língua dele.


Fez o seu estômago embrulhar. Ela o empurrou para longe.
— Por quê? — Ela exigiu nebulosamente. Deus ela se sentiu
tão cansada, ela não dormiu? Olhou para relógio atrás dele.
Sim, ela tinha, por quatro boas horas, então por que ela de
repente estava tão cansada agora?

Braços fortes a pegaram. Ela abriu os olhos. Quando os


fechou? — Shh, baby, você vai dormir por um tempo agora.
Quando você acordar tudo vai ser diferente. Você estará
segura. Isso é tudo que importa. — Ele pressionou um beijo
na testa dela.

— Eu vou chutar seu traseiro, Ephraim. — Ela


murmurou.

Ele suspirou infeliz. — Eu sei.

— Ephraim? — Sra. Buckman o chamou, enquanto ele


caminhava em direção a escada.

— Sim, Eleanor? — Ele fez uma pausa ao pé da escada.

Eleanor limpou as mãos em uma toalha de cozinha. —


Faz três dias, Ephraim. Eu acho que deveríamos levá-la para
o hospital.

— Eu vou perguntar a ela na próxima vez que ela


acordar. — Ele mentiu.

— É engraçado, eu estive lá várias vezes ao longo dos


últimos dias e sempre pareço chegar bem depois que ela
voltou a dormir.

— Acho que a febre está realmente descontando nela.


Suas sobrancelhas se levantaram juntas. — Se ela está
tão doente, então talvez ter Chris lá não seja a melhor ideia.
Ele pode acabar doente, também.
— Ele está só preocupado com ela. Ele está no escritório
de qualquer forma, vai ficar bem. — Não havia necessidade
de lhe dizer que Chris estava alimentando Madison com
sangue, a cada hora através de um tubo, para ajudar com a
transformação, ou que, como um sentinela, ele tinha força
natural para lidar com ela, se ela acordasse, quando Ephraim
estivesse tentando caçar Caroline. Até agora sem sorte. Ele só
sabia que ela ainda estava na área.

Ela cruzou os braços sobre o peito e deu-lhe uma das


suas olhadas severas. Foi a única coisa que o alertou para o
problema real. — Sobre isso, quando exatamente planeja
fazer minha neta uma mulher honesta? Não estou muito feliz
por vocês estarem dividindo a cama. Pelo menos quando você
ainda tinha um quarto eu podia viver em negação, mas agora
você forçou minha mão.

— Faria você se sentir melhor saber que decidi pedir


Madison para se casar comigo há quatro meses e a única
coisa que me impediu de pedir foi o medo irracional que sua
filha Emma criou nela?

Eleanor limpou sua testa. — Eu tinha medo que fosse


algo assim.
— Eu a amo muito e já tenho um anel pronto. No
momento em que ela disser que sim eu planejo arrastá-la
para o juiz de paz, antes que ela possa mudar de ideia. — Ele
prometeu.

— Não, isso nunca funcionaria. — Ela disse


severamente.

Ele nunca contou com a desaprovação por um


casamento rápido. — Eu tenho um amigo que é um juiz de
paz. Você o arrasta até aqui e eu vou organizar um
casamento, rápido e com a ajuda das crianças. É menos
provável de ela correr se eu estiver vigiando a porta.

Ele riu. — Provavelmente.

Ela assentiu com a cabeça. — Ok, então é melhor ir lá


em cima antes que seu amigo fique doente.

— Amigo?

— Sim, o jovem que ajudou você em casa no início desta


semana, após o seu acidente de carro. — Isso foi como
Madison explicou seus ferimentos quando Eleanor tropeçou
no quarto, às quatro da manhã.

— Bom. Eu preciso falar com ele. Obrigado, Eleanor.


— Diga a Chris que é melhor ele colocar seu traseiro
aqui em uma hora para arrumar a mesa ou não haverá
nenhuma sobremesa.

— Eu vou. — Ele já estava subindo as escadas e indo


para seu quarto. Uma coisa que não precisava era um
sentinela envolvido nisto. O Conselho sabia e iria fazer vista
grossa no seu caso.

Eles não aprovavam as mudanças. Ele jurou há meses


que não iria mudar ninguém. Ele só tinha uma pessoa para
transformar em um Pyte. Depois o sangue dele não seria tão
potente e alguém que ele transformasse depois disso,
acabaria sendo apenas um vampiro, ligeiramente mais forte.
Um exército de vampiros mais fortes era um verdadeiro
pesadelo para o Conselho.

Agora que ele estava esperando um bebê, eles estavam


em êxtase. Eles queriam ter a futura mãe entre eles, então
eles poderiam ter influência sobre o bebê. Afinal este seria o
quarto Pyte infantil trazido sob suas influências. Havia três
garotos na Irlanda, que já estavam sob sua proteção.

Os pais deles eram sentinelas. Foi um acidente esquisito


com um ataque de vampiro que uma sentinela feminina, que
estava grávida na época foi transformada em uma Pyte. Isso
nunca aconteceu antes na história dos vampiros. Uma
sentinela sempre morria com a tentativa da mudança, mas os
fetos dentro de seu ventre, de algum modo, filtraram o
sangue dela e a transformou.

Foi assim que ele aprendeu a mudar Madison. A fêmea,


anos mais tarde, transformou seu companheiro quando ele
estava morrendo. Ela não tinha certeza no momento de como
fazê-lo, mas ela teve uma chance. Foi o mesmo que
transformar um vampiro normal, com a exceção que durou
mais tempo e eles tiveram que alimentar-se do outro ao
mesmo tempo. A chave era degustar o sangue dele nela.

— Segure-a! — Ouviu Eric gritar do corredor.

— Você está louco? Você segure-a! — Chris gritou de


volta.

— Merda. — Ephraim murmurou, enquanto corria para


o quarto, arremessando pela porta aberta.
Capitulo 25
— Eu vou matá-lo! — Madison gritou na direção
dele. Ela estava em pé em seu escritório, segurando uma
lâmpada em sua mão. Seus olhos eram vermelhos e um
conjunto de longas presas brancas estavam em sua boca. Ela
nunca havia parecido mais bonita para ele.

— Pare de jogar as coisas! — Eric gritou. Isso chamou a


atenção de Ephraim. Ele olhou ao redor da sala e percebeu
que havia cacos de vidro no chão, juntamente com molduras,
livros, CDs, filmes e suas roupas. Ela estava jogando suas
roupas para fora das gavetas.

Nunca um bom sinal.

O vaso saiu voando na direção dele. Sua mão disparou e


o segurou facilmente. Ele o colocou sobre uma mesa e deu
um passo adiante. Eric e Chris ficaram pairando na frente da
porta. Chris bloqueou sua saída através do banheiro e Eric
estava atrás dele na frente da porta que acabaram de
passar. Eles provavelmente estavam esperando que ela não
percebesse que poderia simplesmente pular da janela e não
se machucar, melhor não contar a ela ainda.

— Olha o que você fez comigo! — Ela gritou.


— O quê? Eu acho que você está bem. Uma mistura
entre um vampiro e uma modelo muito sexy. — Disse Chris.

Ela rosnou em sua direção. Droga, ela estava excitando


ele e não era o momento. Ele teve que forçar Ephraim Jr. a
ficar quieto.

O rosto dela virou-se rapidamente em sua direção, com


os olhos apertados. — Você está brincando comigo? Isto está
excitando você? — Ela fez um gesto de desgosto em seu rosto.

Eric riu atrás dele. Ele esqueceu que ela seria capaz de
sentir o cheiro de cada mudança hormonal em seu corpo.

— Eu acabei de dizer-lhe que você está gostosa. — Disse


Chris sem constrangimento.

Ela gritou em frustração.

— Não está ajudando, Chris. — disse Eric.

— Ele lhe disse o que fez comigo? Você vê isso? Aquele


desgraçado fez isso! Olha!
Chris revirou os olhos. — Sim, nós já constatamos que
ele fez isso com você. Não há necessidade de apontar o óbvio.

Ela pegou um punhado de boxers de Ephraim e atirou-


as em Chris que se abaixou para fora do caminho.

— Droga, Madison! — Disse Chris enquanto puxava um


par de boxers do Mickey Mouse da cabeça.

— Baby, eu sei que você está chateada. Eu não culpo


você. Podemos sentar e conversar sobre isso? — Ephraim
pisou em sua direção, tentando fazê-la se acalmar.

O resto de suas boxes voaram em sua direção.

— Conversar? Agora você quer falar sobre isso? Por que


não fez isso antes de me transformar? Odeio você! Odeio!

— Eu disse que ela ficaria chateada. — Chris apontou.

— Como você é perceptivo. — Disse Ephraim secamente.

— Bem, eu disse.

Madison virou para Chris tão de repente que ela o tinha


contra a parede apenas um piscar de olhos. — Você sabia
que ele ia fazer isso comigo? Você não fez nada para impedi-
lo?

— Não, claro que não! — Ele franziu a testa. — Bem, eu


sabia que ele iria transformá-la em algum momento, mas eu
juro que ele não me disse ou eu teria falado com você, eu
juro. Madison, você sabe o quanto eu me preocupo com
você. Ele me disse depois, quando me pediu para ajudar a
cuidar de você e alimenta-la com sangue, enquanto ele ia...

— Você me alimentou de sangue? — Ela gritou.

— Er, sim? — Chris lambeu os lábios nervosamente.

— Oh meu Deus, isso está ficando cada vez pior!

— Isso é o que você come agora. Eu achava que você


sabia disso. — Disse Chris.

Ela jogou as meias em cima do menino.

— Chris, talvez agora não seja a hora de ajudar. — Disse


Ephraim.

— Bem, eu não sei por que ela está com raiva de


mim! Você foi quem fez isso com ela! — Ele retrucou.

— Eu o odeio, Ephraim. — Ela gritou.


— Sim, eu percebi isso. — Ele se sentou na beirada da
cama e baixou a cabeça em suas mãos.

— Você deveria ter me perguntado!

— Por que você não perguntou a ela? Quer dizer, eu


sabia que tinha que transformá-la, mas eu acho que teria
sido mais fácil para todos os envolvidos se você tivesse
perguntado. — Eric apontou.

— Entrei em pânico. Eu não estava pensando direito


quando fiz isso. Eu estava com tanto medo... eu... eu...
simplesmente não conseguia pensar, além de me certificar
que ela e o bebê ficariam bem.

— Whoa, o que quer dizer com "sabia que tinha que me


transformar"? Por que você achava isso?

Eric passou a mão no cabelo e se sentou na cadeira ao


lado da porta. — Você está grávida dele.

— E?

— E, se é um Pyte em seu ventre, o que estou supondo


que é, porque ele não tentou arrastá-la para fazer um aborto,
você não tem escolha. O bebê está crescendo em seu ventre e
protegido. Você não pode fazer um aborto agora.
— Eu não quero fazer um aborto! Este é o meu bebê e
eu não iria machucá-lo!

— Nosso, — disse Ephraim uniformemente. — O bebê


não vai ser humano. Você vai rejeitá-lo? — Ele perguntou,
com um tom casual, quando lá dentro, sentia seu coração
torcer de pavor.

— É claro que eu vou amar meu bebê. Eu não me


importo o que ele seja.

— Você teria se importado se ele tivesse acabado por ser


um vampiro natural. Então você não teria escolha. Eu teria
uma centena de Sentinels aqui para prendê-la, enquanto o
tirávamos de você. — Disse Eric com naturalidade.

A mão de Madison foi para o seu estômago. — Você


tiraria o meu bebê? Ephraim não iria deixá-lo.

— Sim, eu o faria. Se fosse um monstro, eu teria feito


isso sozinho. Um vampiro natural não tem a mesma proteção
que um Pyte. — Ele olhou para ela. — Não se preocupe o
nosso filho é um Pyte. Eles não vão tocar nele.

— Tudo bem, — disse ela lentamente. — O bebê é um


Pyte, todo mundo está feliz assim, então por que você fez isso
comigo?
— Além do fato de que Caroline e todos os vampiros
podem estar se organizando para atacá-la e levá-la?

Ela engoliu em seco.

— Você nunca iria sobreviver ao parto. Eu tive que lhe


transformar para salva-la.

— Se você soubesse... — Os olhos dela correram para


Chris e Eric, enquanto ela corava. — Por que você fez, você
saberia... — ela ressaltou o significado dessas duas palavras
— se houvesse uma chance de você me engravidar?

Ele cruzou as mãos. — Porque eu a amo e eu queria um


motivo para salvá-la para sempre.

— Não, você queria um filho. Você me usou.

— Baby, se fosse isso o que eu queria eu não teria que


lhe transformar. Eu apenas iria esperar o nascimento e
terminar com você.

—Uau, isso é colocar a situação friamente. — Comentou


Chris.

—Mas é a verdade. — Disse Ephraim com os dentes


cerrados.
— Eu quero você fora daqui. Eu nunca mais quero ver
você de novo!

Ele se levantou e caminhou até ela. —Baby, apenas


escute...

Ela lhe deu um soco, e não foi um daqueles socos


desleixados, mas um que faria qualquer boxeador profissional
ficar com inveja. Ephraim atravessou o quarto, batendo na
parede.

— Puta merda! — Chris gritou.

Ephraim se esforçou para ficar em pé, mais caiu de volta


contra o chão e cuspiu com a boca cheia de sangue. — Eu
suponho que mereci.

— Isso e muito mais eu prometo, se você não sair agora.


— Ela cruzou os braços sobre o peito. Teve que se impedir de
fazer uma pequena dança da vitória ou correr até ele para se
certificar que ele estava bem. Ela ainda o amava muito, mas o
que ele fez doeu tanto. Foi uma traição, pura e simples.

— Eu vou dormir no escritório, por agora, mas não vou


a lugar nenhum. — Ephraim ficou em pé com a ajuda de
Eric.
— Tudo bem, então eu vou embora. Eu tenho dinheiro
suficiente para alugar um apartamento.

Ele balançou a cabeça tentando parar o toque em seus


ouvidos. — Não, você vai ficar aqui. Você está protegida aqui.

— Eu pensei que você fez isso para me proteger. Eu


sabia que você estava cheio de merda!

— Eles não podem matá-la agora, Madison, mas ainda


podem lhe machucar. Você pode defender-se bem, mas uma
vez que o bebê em seu útero começar a crescer você vai ter
mais dificuldade em se defender, — explicou Eric. — Se você
for ferida gravemente seu corpo vai destruir o bebê para
salvar a si mesmo.

— Ah, então eu não posso me mudar para uma casa


Sentinel e ser protegida lá, até o bebê nascer?

Eric viu quando o corpo inteiro de Ephraim começou a


tremer de raiva. Seus olhos se voltaram num vermelho frio
enquanto seus dentes apareceram. Não havia um sentinela
na Terra que estaria disposto a ficar entre um Pyte macho e
sua companheira grávida. — Não, ninguém irá protegê-la
melhor que o pai de seu bebê. Você tem que confiar em mim.
— Eric deu um passo em direção à porta. — Se você precisar
de mim, me ligue. — Ele disse para Chris.
— Sem problemas.

— Estou feliz em saber que Ephraim está treinando


você. Estava preocupado que você estivesse indefeso. Agora
eu sei melhor. — Com isso Eric se despediu.

— Pai, ela se alimentou há uma hora atrás, e ainda tem


sangue na geladeira, estou indo para a sala de treinamento
trabalhar com as facas antes do jantar.

— Isso é bom, apenas certifique-se de arrumar a


mesa. Sua avó está muito hostil. — Ephraim conseguiu dizer
através de sua raiva.

— Não tem problema. — Chris olhou para Madison, que


parecia muito irritada e pronta para uma luta. — Eu
realmente sinto muito por você estar chateada, Madison, mas
estou feliz que você esteja bem agora. Eu estava realmente
preocupado com você. — Ela assentiu com firmeza, antes de
ele sair.

Dois Pytes irritados se entreolharam. Ninguém se


moveu. Ninguém falou. Ambos estavam muito furiosos para
fazer outra coisa senão deixar o outro saber que eles estavam
putos.

Finalmente Ephraim falou. — Você ainda pode comer os


alimentos que você conhece. O bebê vai precisar de ambos, os
alimentos e sangue humano, deve resolver as náuseas, bem
como ajudar a equilibrar seus hormônios.
Suas sobrancelhas se ergueram em surpresa. —
Sério? Pensei que você não poderia processar a comida.

— Eu não posso. Você pode, enquanto estiver


grávida. Então, nosso filho vai precisar de ambos, até que ele
faça a mudança ou ele vai ficar preso em um corpo fraco até
a transformação.

Ela assentiu com a cabeça aceitando o que ele lhe


disse. — Você sabe que eu ainda o odeio.

Ele se virou para sair. — Eu sei. Acredite, eu sei.

— Homem estúpido. — Madison murmurou em seu


travesseiro.

— Eu a ouvi. — Ephraim sussurrou no outro quarto.

— Eu sei, — disse ela, irritada. — Idiota.

Ele gemeu. — Você vai ficar quieta para que eu possa


dormir um pouco?

— Imbecil.
— Vou levar isso como um “não”.
Ela se sacudiu e se virou, tentando ficar
confortável. Excelente, ele mesmo arruinou o sono dela. Ele a
fez dependente dele para adormecer. Precisava de seu corpo
quente para se enrolar. Ela enrolou-se e abraçou seu
travesseiro, na esperança de que seria um substituto bom o
suficiente para deixá-la dormir. Não foi.

— Não consegue dormir? — Sua voz suave perguntou.

— Cale a boca, eu o odeio.

— Sim, você continua me dizendo. — Disse ele


secamente.

— Imbecil.

Ela o ouviu se mover no sofá. Ele estava tão


desconfortável quanto ela. Isso a fez sorrir. Boa. Se ela não ia
conseguir dormir ele também não ia.

— Você vai trabalhar amanhã? — Ele perguntou de


repente.

— Sim, tenho apenas uma semana para as férias


escolares. Não há chance de eu perder isso. Não que seja da
sua conta o que eu faço, de qualquer maneira.
— Apenas tente não morder ninguém. — Disse ele
ironicamente.

Ela se sentou na cama, rosnando. Pegou seu


travesseiro, desejando que fosse ele e atirou-o do quarto. —
Idiota!

— Sabe o que eu acho? — Questionou.

— O quê? — Ela retrucou.

—Eu acho que você ainda me ama.

— Ha!

—Você está chateada, mas ainda me ama e sabe o que


mais?

— Eu aposto que você vai dizer-me.

— Você me quer.

— Ha!

— Eu aposto que seu corpo está sentindo falta de mim,


agora. Ele precisa de mim. Pense nisso, Madison. Você sabe
que é verdade. Eu tenho seu corpo treinado para esperar-me
quatro ou cinco vezes por dia. Você não me tem há uma
semana. Está desesperada por mim.

— Uau, alguém com certeza pensa muito de si


mesmo. Posso lhe assegurar que o sexo com você é a última
coisa em minha mente. — E não era até que ele
mencionou. Agora ela estava pensando sobre isso. Maldito
seja!

— Você me quer, Madison. Admita.

— Ha! Eu acho que é você quem me quer!

— Oh, você não tem ideia do tanto que eu quero você,


neste momento, — ele rosnou. — Eu quero ir ai e arrancar
esse lençol de você e rasgar sua calcinha com meus
dentes. Então quero bater minha língua em você uma e outra
vez da mesma maneira que eu lhe fodo e eu não pararei de
bater em você até você me apertar seco.

O que ela deveria dizer sobre isso? Ele parecia tão


intenso que causou arrepios por todo seu corpo. Ela o queria,
muito, ela teve que apertar as pernas juntas, na esperança de
parar a dor.

Ele riu profundamente. — Agora eu sei que você me


quer.
Ela virou-se e enterrou o rosto no travesseiro. — Idiota!
Capitulo 26
Madison olhou no espelho com suas pinças habilidosas,
mas não havia nada para depilar. Nada. Fazia três semanas
desde a última vez que ela depilou as sobrancelhas e agora
ela devia ter as sobrancelhas dos homens das cavernas, mas
não, elas ainda pareciam como na manhã em que foi
sequestrada.

Ela jogou a pinça para sua pequena, mas cara, pilha de


cosméticos inúteis que ela já não precisava. Sua pele parecia
saudável e radiante. Ela não conseguia encontrar nada para
retocar ou que precisasse de tonificação. Maldito seja, ela
pensou quando pegou a navalha cor de rosa e jogou na pilha.

Depois de sua transformação forçada, ela decidiu parar


de se depilar na esperança de que ele iria ser repelido
suficiente para parar de ficar olhando de soslaio para ela,
cada vez que eles estavam no mesmo quarto. Deveria levar
apenas alguns dias para crescer alguns pelos, mas sua nova
mudança cuidou de sua necessidade de sempre fazer a
depilação. Ela se perguntou se seu corpo foi congelado, como
na morte, a partir da transformação, nunca mudando.
Esse pensamento terminou há uma semana, quando ela
percebeu que seu cabelo ainda estava crescendo. Seu corpo
parecia seletivo sobre o que mudava e o que não
mudava. Quando ela decidiu perguntar a Ephraim, uma das
poucas vezes que ela tinha falado com ele no último par de
semanas, o idiota teve a coragem de correr um olhar
apreciativo ao longo do seu corpo.

Nada disso fazia sentido, já que ele ainda se


barbeava. Ela sabia disso. Algumas vezes ela depilou a si
mesmo. De acordo com o Sr. Arrogante o corpo se manteria
no que considera a perfeição. Cabelo e pelos faciais eram
coisas para acrescentar beleza. A maior arma do Pyte era a
sua capacidade para atrair suas presas. Assim, o corpo
mantinha-se em conformidade.

Não que ela estivesse reclamando sobre ter uma hora


por dia de liberdade, mas realmente estava. Ela não gostava
de tudo isso. Sua vida mudou para sempre, porque ela caiu
de amor pelo homem errado. A única coisa boa que saiu disso
era o bebê em sua barriga.

Ela nunca pensou que iria querer um bebê para ela,


depois de criar Jill e Joshua. Joshua ainda tinha mais oito
anos antes que estivesse por conta própria. Ela sempre
pensou que quando esse momento chegasse, ela estaria livre
para viver sua vida e fazer o que queria. Agora parecia que
mais dez anos seriam adicionados à sua linha do tempo. Não
que isso importasse, no grande esquema das coisas
agora. Graças a esse bastardo arrogante ela tinha a
eternidade para viver a vida. Ela gemeu em voz alta, sem
dúvida após o primeiro século ela iria se cansar e se
estabelecer em uma vida de novelas e bombons, punições,
sangue cheio de bombons. Idiota.

Pelo menos era férias de verão e ela tinha os próximos


dois meses para aproveitar. Seus dias foram preenchidos com
banhos de sol, natação e caminhada. Ah, e é claro
esgueirando-se pelas ruas para que pudesse beber alguns
litros de sangue. Ela aprendeu desde cedo, quanto mais bebia
mais autocontrole ela tinha.

O primeiro dia tinha sido o inferno, sentada em uma


sala de aula cheia de crianças impulsionadas por
hormônio. Toda criança exalava um aroma diferente e lhe
dava água na boca. Levou tudo que tinha para não saltar
sobre a mesa e participar do buffet. Estúpido Ephraim. Ele
teve a coragem de aparecer durante seu período livre com
cinco bolsas de sangue para ela. Idiota prestativo estúpido.

Ele estava sempre fazendo coisas assim. Sempre que


estavam na piscina, que ela nunca o convidou para se juntar
a ela, as crianças o fizeram, os traidores, ele sempre trazia
dois coolers. Um grande, com sucos, águas e refrigerantes
para ela e as crianças e o outro era pequeno e fechado, cheio
de sangue ensacado. Ele sempre distraía as crianças para
que pudesse sair e beber. Ele nunca se alimentou até que ela
o fizesse e nunca até que ele tivesse certeza que ela bebeu
tanto quanto queria.

À noite, ele cantarolava uma canção de ninar, no


escritório, durante o tempo que demorava para ela
adormecer. Ele era atencioso e doce quando se tratava de seu
conforto e cuidado, mais em outros momentos, parecia que
ele a evitava, tanto quanto ela o estava evitando. Era
irritante. Ela deveria estar brava com ele e não o
contrário. Ela era a pessoa que foi transformada contra sua
vontade, forçada a viver uma vida de sugadora de sangue,
embora um sanguessuga com bons poros, mas uma sugadora
de sangue, no entanto.

A porta do banheiro, fora do escritório, se abriu e


Ephraim, nu como sempre, tropeçou no banheiro. Ela se
manteve de costas e fingiu que ele não estava lá, essa era sua
rotina normal. Seus olhos seguiram sua própria vontade e
caíram em seus quadris. Sua boca encheu de água, como
acontecia toda vez que ela o via nu e totalmente ereto. Ela
estava começando a pensar que ele estava fazendo isso de
propósito.

As mãos dela agarraram a borda do balcão com força,


enquanto ela tentava forçar a mente para pensar em
cachorros e gatinhos brincando com um novelo de lã,
qualquer coisa para manter a mente fora do sexo. Ela poderia
cobiça-lo, mas isso não significava que ele precisava saber.
Ephraim riu quando passou por ela. Caramba! O
homem era irritante como o inferno! Mais uma semana e
aquele sorriso maroto seria apagado de seu rosto e ele iria
ceder. Isso certamente era uma batalha de vontades neste
momento. Nem estavam falando um com o outro mais do que
o que era absolutamente necessário e eles pareciam estar
fazendo o melhor para irritar e provocar um ao outro. Estava
realmente irritando-a. Este era um jogo e ela não ia
perder. Ela odiava perder, então iria começar a fazer o que
qualquer mulher em sã consciência nesta situação faria,
trapacear.

Ela o teria de joelhos em uma semana, implorando por


seu perdão. Ele já pediu desculpas e na parte traseira de sua
mente, ela compreendeu e até apreciou o que tinha feito para
ela e para seu filho, mas ainda estava magoada com seus
métodos. Ele realmente a assustou naquela noite. Isso
poderia ter sido feito de forma diferente. Isso foi o que mais a
machucou. O medo e a solidão amarga que sentiu, enquanto
ele estava fazendo isso.

Madison o amava. Inferno, ela o adorava, mas ele tinha


que aprender que não podia tratá-la dessa forma, nunca
mais. Ela não era uma criança a ser tratada. Ele a
machucou. Ele foi o único homem que ela confiou, acima de
todos, o único homem que ela sempre confiou, e ele fez isso
com ela, sem sua permissão. Ela iria perdoá-lo, mas apenas
em seus termos.
Ephraim estava ocupado, se aliviando, quando ela
colocou a primeira parte do seu plano em pratica. Ele tinha
uma rotina que nunca deixou esmorecer. Ele acordava, bebia
dois litros de sangue, aliviava-se e tomava seu banho, antes
de fazer algo mais. Nada vinha entre ele e seu banho.

Na semana passada, quando a cidade teve que fechar a


água para ajustar as tubulações ele sentou-se no balcão do
banheiro, por quatro horas, à espera da água. Parecia ser sua
fraqueza, assim um de seus pontos fracos. Com um sorriso
tímido Madison despiu sua camiseta e calças de pijama e
entrou no chuveiro. Ela se virou na água e sorriu. Ele estaria
louco e rugindo. Ela olhou para frente.

— Passe o sabão? — Ele perguntou atrás dela.

Ela gritou e pulou. Como ele fez isso? Ela tinha a


audição super sensível, graças a ele. Depois que ela tivesse
acabado de estar chateada com ele e ele estivesse se
arrastando suficientemente, ela teria que pedir a ele para
mostrar-lhe como ele fez isso.

— Pare de fazer isso! — Ela retrucou. Era um inferno em


seus nervos. Realmente era.
Ele bocejou alto. — Desculpe. — Ele murmurou. Chegou
além dela para o sabão, esfregando seu estômago e outras
coisas contra ela. Em seguida, ele deu um passo para trás
como se não fosse nada. O corpo dela, por outro lado, estava
pegando fogo agora.

— Ephraim, o que você está fazendo aqui? — Perguntou


ela, certificando-se de soar chateada.

— Tomando banho. O que lhe parece? Você sabe que eu


sempre tomo uma ducha na primeira parte da manhã.

— Mas eu estou aqui. — Ressaltou irritada.

— Hmm, então você está. Que tal isso? — Disse ele em


um tom divertido.

Ela olhou por cima do ombro, dando-lhe sua melhor


carranca. — Saia.

— É claro, que rude que fui.

— Eu concordo. Agora saia.

— Estou saindo... logo após meu banho. — Disse ele


com uma cara séria.

Ela gemeu. — Você não pode estar aqui. Estou nua!


Suas sobrancelhas se juntaram enquanto seus olhos
corriam por seu corpo, lentamente.

— Olhe para você. Hmm, imagine isso.

Ele abaixou a cabeça sobre ela para molhar o


cabelo. Quando se endireitou novamente limpou o excesso de
água do rosto. Uma vez que ele já não estava olhando para
ela, ela decidiu desistir de ficar olhando ele, enquanto
terminava o banho. Este jogo estava perdido.

Ephraim viu quando a água corria pela pele bronzeada e


lisa dela. Sua pele lembrou um mocha, era só um toque mais
escuro do que a dele, mas ele gostou mesmo
assim. Queimadinha, é o que ele pensava quando via sua
pele. Parecia acolhedora e convidativa e de fato era. Ele sentia
falta de segura-la a noite. Ansiava em mantê-la em seus
braços com suas costas nuas a aquecer seu estômago,
enquanto seu delicioso traseiro mantinha sua pélvis
aconchegada no seu calor.

Toda vez que ele pensava em engolir seu orgulho, pedir


desculpas e implorar por seu perdão, ela dizia a frase que o
quebrava, “eu o odeio”. Ela não queria dizer isso. Ele sabia
disso, mas essas três pequenas palavras foram suficientes
para mantê-lo na baía. Elas machucam mais do que qualquer
coisa.
Ele tinha ouvido essas palavras centenas de vezes antes,
provavelmente, milhares de vezes, se fosse completamente
honesto consigo mesmo. Enquanto seu irmão estava vivo, ele
tinha sido um bastardo frio com as mulheres que
compartilharam de sua cama. Compartilhar era uma palavra
muito generosa. Elas só se esticavam com ele para que ele
pudesse dar-lhes prazer. Uma vez que isso foi feito, ele ia
embora. Ele nunca tinha dormido com nenhuma delas. Isso
era muito pessoal. Isso o fazia se sentir fraco e com medo de
dar essa confiança a alguém.

Depois que Marc morreu, ele se tornou o frio e bastardo


que Caroline veio a conhecer. Ele não se importava com
nada, nem ninguém, exceto o que ele queria, uma
companheira de sua própria espécie. Ele não se importava se
fosse uma criança humana que ele criou ou outro Pyte, ele
simplesmente não queria mais ficar sozinho.

A única pessoa que conseguia lidar com ele e colocá-lo


em seu lugar era Eleanor Buckman. Ela tinha visto através
de suas besteiras no primeiro dia e deixo-o saber disso. Ela
nunca temeu seu temperamento. Seus olhos castanhos
teimosos iriam se ajustar com os punhos apoiados em seus
quadris, enquanto ela iria esperar seus pequenos discursos
terminarem, em seguida, sem dizer uma palavra, ela iria
chegar e esbofeteá-lo na cabeça. Era de admirar que sua neta
seria a única outra mulher capaz de controlá-lo?
— Madison, você tem seiva de árvores em suas costas,
de ontem. — Mentiu. Ele queria tocá-la, precisava tocá-la
sem dar explicações. Se eles estavam indo para resolver isso,
ia ser em igualdade de condições. Ele não estava disposto a
passar a eternidade sendo chicoteado. Bem, mais do que já
estava. Um homem tinha que traçar uma linha.

As mãos dela dispararam de volta, tentando encontrar a


ilusão fantasma. — Onde?

Ele passou o dedo no meio de seus ombros, onde ele


sabia que ela não seria capaz de alcançar. Ela também
sabia. — Aqui me deixe ver.

— Tudo bem. — Disse ela calmamente.

Ephraim teve que trabalhar em não sorrir como um


idiota, enquanto ensaboou as mãos. Ele estava indo para
tocá-la novamente, em seus termos. Ela olhou por cima do
ombro. — Só a seiva da árvore, nada mais.

— Nada mais. — Ele repetiu em um tom entediado. Ela


estudou seu rosto por mais um momento antes de se virar.

Seus dedos coçaram para agarrá-la, acariciá-la, e


apertá-la, mas ele tinha que se comportar. Ele começou a
esfregar suavemente um círculo sobre a área. — Está saindo?
— Ela perguntou.

— Não. — Ele iria postergar isto até que ele se


contentasse em tocá-la. Três semanas, era demais.

Ele estendeu as mãos sobre suas costas para que ele


pudesse usar os polegares para acariciar a área. A respiração
dela ficou presa. Caramba, ele se sentia bem ao tocá-
la. Depois de alguns minutos, decidiu que não era o
suficiente. — Oh, eu perdi alguns.

— Huh? — Disse ela em transe.

— Espere, eu vou conseguir. — Ele gentilmente passou


as mãos por suas costas, acariciando cada pedacinho de
pele. A respiração de Madison acelerou, quando sua mão
desceu para acariciar seu traseiro. Antes que ela pudesse
registrar o toque suas mãos se moviam de volta. Então ele
lentamente chegou ao redor, até que estava acariciando sua
barriga em um movimento circular.

Ela podia sentir a respiração dele, quente em sua


nuca. — É melhor ter certeza de que não há seiva sobre o
bebê. — Ele sussurrou em seu ouvido.
Ela poderia apenas acenar, fazia sentido, ela pensou. É
melhor prevenir do que remediar. Não havia nada pior do que
a seiva pegajosa na pele. Ele estava apenas ajudando-a.

As mãos dele se moveram para cima e cobriram seus


seios. Seus mamilos já estavam duros de suas atenções. Ele
esfregou os mamilos entre os dedos, beliscando e
provocando-os, sua boca encontrou seu pescoço.

Ele chupou e lambeu sua pele, lentamente,


sensualmente. Madison lambeu os lábios e deixou cair a
cabeça para trás, contra o ombro dele. — O que você está
fazendo, Ephraim? — Sua voz soava sonhadora.

— Há um pouco de seiva em seu pescoço. Estou


limpando. — Ele usou seu poder sobre seus seios para puxá-
la firmemente contra ele. — Eu acho que há outro ponto que
eu tenho negligenciado.

Ela engoliu em seco, nervosa. — Há?

— Mmhmmm.

Ele manteve um peito na mão, com firmeza, enquanto a


outra mão suavemente fez o seu caminho entre as pernas
dela. Ephraim usou seu pé para empurrar suas pernas
abertas, para a intrusão. Um dedo longo correu na sua fenda,
a provocando até que ela moveu as pernas mais afastadas
para dar-lhe mais espaço. Ele deslizou o dedo dentro,
provocando sua pequena protuberância inchada.

Madison gemia baixinho, enquanto ele passava o dedo


sobre o nó, provocando-a até que ela estava inchada quase
dolorosamente. Ela engasgou quando seu dedo deslizou
dentro dela, lentamente. A língua dele traçou uma linha para
o lóbulo de sua orelha e, em seguida, agitou, fazendo-a gemer
e se mover contra ele.

Enquanto ele trabalhava um segundo dedo dentro dela,


Madison estendeu a mão e agarrou seu cabelo puxando sua
boca para a sua. Ele avidamente tomou. Enquanto suas
línguas lutavam por controle, seus dedos empurravam dentro
dela, com força. Ephraim aterrava sua ereção contra a bunda
dela, forçando-a a agir contra seus dedos.

A sensação de sua mão no seu seio, a língua em sua


boca, os dedos dentro dela e seu grande eixo rígido contra
sua bunda era demais. Madison gritou em sua boca
enquanto seu corpo agarrou seus dedos. Ele gemeu junto
com ela.

— É isso aí, baby, goze para mim, — ele sussurrou


contra sua boca. Ela gritou novamente quando outro
orgasmo a atingiu mais forte do que o último. — Diga que
sente minha falta... diga que você me ama...
— Não. — A voz dela veio rachada.

— Diga-me! — Ele começou a empurrar com mais força


contra ela, enviando-a para outro orgasmo.

Seu orgulho encontrou seu caminho para a


superfície. Ela não ia ceder, não importa o que ele fizesse. Ele
tinha errado, não ela. Esta não era a maneira como isso ia
acabar. Mesmo quando ele a tinha à beira de outro orgasmo
ela colocou os calcanhares no chão. — Não! Odeio você!

Ela tropeçou para frente e teve que levantar as mãos


para não cair. Confusão se estabeleceu. A ausência do toque
dele em seu corpo foi muito súbita. Ela olhou para trás,
esperando vê-lo pronto para mais uma briga, mas ele se foi. A
porta do banheiro se fechou fazendo-a saltar. O horror a
encheu.

— Muito longe. — Ele murmurou, enquanto caminhava


pelo corredor em direção à escada da frente. Ela empurrou-o
longe demais desta vez. Ele dobrou a esquina, nunca cedendo
seu passo rápido.

Chris estava no ringue de luta com Joshua. Ele se


levantou, com Joshua suspenso sobre seu ombro nu e se
virou. Joshua riu alegremente. — Estou ficando tonto!
— Body Slam! — Chris gritou, brincando.
Joshua gritou em alarme. — Não!

Chris fingiu quebrar a criança, rindo sobre sua


perna. Os meninos notaram a presença de Ephraim e ficaram
sérios imediatamente.

— Pai, o que está errado? — Chris colocou Joshua


suavemente sobre seus pés. Joshua cambaleou bêbado ao
redor até que Chris colocou a mão sobre sua cabeça e
segurou-o. O peito nu do menino arfava pelo esforço. Os
homens da casa pareciam sair por aí seminus o tempo
todo. Ele nunca poderia ter puxado para fora quando Eleanor
era a dona da casa, mas agora que seu nome estava na
escritura ela não disse uma palavra. Logo Chris e Joshua se
juntaram a ele. A única vez que Eleanor bateu o pé foi a
mesa. Os meninos eram esperados para chegar a refeições
totalmente vestidos.

— Nada, você gostaria de fazer um exercício? — Ele


estava cheio de raiva e precisava acabar com isso.

— Er, normalmente sim, eu adoraria, mas parece que


você está pronto para arrancar algo fora e sem ofensa, pai,
mas eu não quero ser a boneca de pano.
Nada estava indo bem hoje. — Eu não vou lhe
machucar. Só quero um treino.

— Eu treino com você, Ephraim! — Disse Joshua


alegremente. Eles o deixavam descer ao porão apenas para
satisfazê-lo de vez em quando, para que ele se sentisse como
um dos caras, mas ele não era autorizado a ir lá durante os
treinos sérios.

— Eu não sei, homenzinho. Você é brutal. Tenho medo


que você me machuque. — Ephraim se encolheu para trás do
menino.

Joshua sorriu imensamente e o atacou. Ephraim o


pegou pela cintura e pendurou de cabeça para baixo. Ele
balançou-o suavemente de um lado para outro como um
pêndulo. — Se eu tirar a maior parte dos pesos e guardá-los
primeiro, você vai me deixar descer para um treino? — ele
perguntou a Chris.

Chris bateu o queixo, pensativo. — Você sabe o que eu


estou pensando, não é?

Ele estava quase com medo de perguntar. — O quê?

— Se eu tivesse algumas tatuagens eu poderia ir até lá e


não precisaria se preocupar com quaisquer contusões
provenientes da surra que você vai me dar.
— Então, você está disposto a ir treinar se eu levá-lo
para fazer uma tatuagem? — Ele perguntou, rindo.
— Isso parece justo.

— Sabe o que mais parece justo?

— Não, o quê? — perguntou Chris com cautela.

— Nós mantermos o acordo original, e eu o levo em


novembro, quando você completa dezessete. Eu mesmo vou
pagar as tatuagens.

Chris parecia pensar sobre isso. — Posso fazer duas?

— Se você não chorar como uma menina após a


primeira, você pode ter uma segunda. Esse será seu presente
de aniversário. — Chris estava completando dezessete anos e
precisaria de um carro, especialmente para a patrulha. —
Bem, um de seus presentes de qualquer maneira.

— Tudo bem. — Ele acenou em acordo.

— Ephraim, eu posso fazer uma tatuagem, também? —


Perguntou Joshua entre risos.

— Quando você tiver dezessete anos.


— Oh homem! Isso é como sete anos de distância!

— Se Chris não se importar, você pode vir conosco, mas


você não pode contar para nenhuma das mulheres, ok?

— Eu não vou dizer, mas você acabou de fazer. — Disse


Chris.

O cheiro de Madison flutuou em direção a ele. Ele se


virou para vê-la observando-os com uma expressão
divertida. — Por que vocês meninos não descem e fazem um
lanche. Eu preciso falar com Ephraim.

— Vem cá, esguicho. — Chris pegou Joshua pelos


tornozelos e levou-o para descer as escadas dessa forma. Eles
podiam ouvir Joshua rindo e implorando para Chris colocá-lo
para baixo, todo o caminho até a cozinha.

— Eph-

Ele ergueu a mão, ainda ouvindo. — Parece que os


meninos encontraram seu estoque de barras de chocolate.

Ela descartou o comentário. — Eu não me importo


com... eles estão tocando meus chocolates? — Ela ficou
momentaneamente distraída. Ela estava ansiosa por sua
coleção de barras da Mounds e manteiga de amendoim.
Ele apontou para o ouvido, indicando que ela deveria
ouvir. — Você ouviu isso?
— Sim, aqueles pequenos punks. Eles devem aprender
melhor sobre estar entre uma mulher e seu chocolate.

— Eu vou lhe comprar mais.

Ela bateu o pé. — Eu não me importo sobre o


chocolate. Eu quero falar com você!

Ele virou as costas para ela e desceu as escadas. — Para


que você possa me dizer que me odeia de novo? Eu nunca me
canso disso. — Ele disse secamente.

— Você poderia parar?

— Não, é só dizer o que você precisa e acabe logo com


isso. Estou avisando vou estourar se você me disser que você
me odeia mais uma vez.

Madison bateu em suas costas quando ele parou de


repente na parte inferior da escada. Ele virou-se para
estabilizá-la. — Você está bem?

Ela não o ouviu. Suas sobrancelhas se juntaram. — Que


som é esse?
Capitulo 27
— Choro e pelo som alguém está fazendo um trabalho
horrível em fingir. — Ele sabia quem era, é claro. O cheiro de
perfume barato que contaminou o ar lhe disse.

Ele correu para as portas fechadas do salão e deixou-as


abertas. Eleanor sentou-se na namoradeira olhando para a
derrota, enquanto ela observava Candy soluçar teatralmente
em suas mãos.

—Mamãe, eu preciso voltar apenas por pouco tempo. Eu


prometo. As coisas simplesmente estão um pouco mal.

— Emma, as coisas não correram mal para você. Está


por toda cidade que ele a encontrou na cama com outro
homem. — Disse ela com a voz tensa.

— Mas o que ele esperava? — Candy lamentou. — Ele


me deixou sozinha todos os dias e eu me senti sozinha.
— Trabalho, Emma. É o chamado trabalho. É o que ele
estava fazendo. Se tivesse mantido seu trabalho, então você
não teria se sentido tão entediada.

Ela fungou. — Eles me demitiram.


— Por favor, me diga que você não foi pega roubando de
novo.

Emma sentou-se, enxugando os olhos. —Foi só um


mal-entendido. Eles simplesmente entenderam mal.

— Eu realmente não sei o que você espera de mim,


Emma. — disse Eleanor, parecendo exausta.

—Bem, eu estava esperando ficar aqui por um


tempo. Eu só preciso de tempo para me reorientar e me
encontrar, sabe? Eu realmente só preciso entrar em contato
com quem eu sou para que eu possa entrar no caminho certo
e fazer algo com a minha vida.

— Você realmente espera voltar aqui depois que deixou


as crianças fracas e secas? Você nem se importou de onde
sua próxima refeição viria. Por tudo o que você sabia que
desses últimos cinco meses eles poderiam ter estado nas ruas
arrecadando alimentos.

— Oh mãe, você está sendo tão ridícula. Eu sabia que


você nunca iria deixá-los passar fome.
— Tenho certeza que você fez. — Disse Eleanor com
força.

Emma levantou-se, sorrindo e, provavelmente, pensando


que ela tinha ganhado. — Eu só vou pegar minhas
coisas. Uma vez que essas pessoas se mudaram eu vou ter
um quarto na outra extremidade da casa, você sabe que eu
preciso ter um pouco de privacidade.

— Eu não me incomodaria em buscar suas coisas. — A


voz profunda de Ephraim ecoou na pequena sala.

Ambas as mulheres se viraram para olhar para


ele. Eleanor parecia envergonhada enquanto os olhos de
Emma correram sobre o peito nu dele, faminta. Elas não
podiam ver Madison. Ela estava no hall de entrada,
encostada na parede e tentando controlar seu temperamento.
Seus olhos estavam espremidos apertados e sua língua
passou por cima de suas presas, tentando enviá-las de volta
do jeito que Ephraim mostrou a ela. Não estava
funcionando. Com cada palavra que saia da boca de Candy
seu temperamento foi queimando.

— Ei, Ephraim, aparenta estar muito bem, — Candy


ronronou. O vermelho no rosto de Eleanor se aprofundou.
— Como eu tenho certeza que você está bem ciente, eu
comprei a casa, enquanto você esteve fora, então você pode
parar de atormentá-la.

—Oh? — Ela sentou-se e cruzou as pernas lentamente,


enquanto se inclinou para trás, dando-lhe total liberdade
para olhá-la.

—Sim.

— Bem, talvez você e eu possamos chegar a algum tipo


de... arranjo?

Ela estava indo para matá-la. Era isso. Madison ia


estapear essa filha da mãe. Depois de todos os anos de
sacrifício era assim que ela retribuía sua filha mais velha,
dando em cima do seu homem? Ela abriu os olhos e respirou
fundo se fortalecendo.

— Madison, o que... uau! — Chris parou abruptamente


no hall.

—Uau! Posso ter lentes contatos, também? —


Perguntou Joshua animadamente. — Isso é tão legal!

— Talvez mais tarde, homenzinho. — Chris tentou jogá-


lo fora.
— Oh, dentes também! Legal!

— Oh, não. — Ela murmurou, estremecendo com a


expressão animada de seu irmão.
— Sim, ela parece legal, não é? Por que não vamos lá
para cima e jogamos um pouco de vídeo game?

— No seu quarto? Você tem os melhores jogos. Ephraim


não me comprar nenhum dos jogos legais.

— Claro, no meu quarto. — Chris se juntou ao menino,


subiram as escadas e lançou a Madison, um olhar que
perguntava se ela estava bem. Ela assentiu com a cabeça.

Ela fechou os olhos novamente. Isso foi muito


perto. Graças a Deus que não tinha sido Jill. Ela teria ficado
histérica.

Ephraim não disse nada por um longo momento. Ele


estava muito ocupado ouvindo a conversa no hall. Essa tinha
passado por um triz. Eles teriam que dizer, mais cedo ou
mais tarde, o que eram e o que Chris era. Era imperativo
para sua própria segurança que eles compreendessem os
fatos. Mas eles eram crianças e Eleanor não sabia nada sobre
o mundo real que ela vive. Ela não tinha ideia que
compartilhava este mundo com espécies como as dele. Ela
faria em breve.
Emma estava em pé novamente, caminhando em
direção a ele. — Por que não eu vou escolher meu quarto e aí
poderemos discutir os termos da minha estadia? — Ela
lambeu os lábios, convidativa.

— Você não tem nenhum orgulho, Emma? — Perguntou


Eleanor com desgostoso.

Ela encolheu os ombros. Parecia que tinha jogado de


boa para a mãe dela. A partir do olhar em seu rosto e sua
linguagem corporal ela tinha a intenção de conseguir o que
queria de qualquer maneira.

Ephraim a empurrou gentilmente para longe dele,


quando ela ficou perto demais. —Emma, — disse ele, porque
sabia o quanto ela odiava, — Estou com sua filha então suas
ofertas não me interessam.

Candy riu alto. — Ela é apenas uma garota,


Ephraim. Você precisa de alguém com experiência, alguém
que vai agradá-lo.

— Emma!

Sua mandíbula se apertou com força até que os


músculos saltaram. — Vamos lá, Ephraim. Vamos falar sobre
isso. Vamos? —Ela pegou a mão dele. Ele se afastou e
recuou.
Com uma voz contida, ele se dirigiu a ela. — Emma,
vamos ser perfeitamente claros, mesmo que eu não estivesse
com sua filha, você nunca me chamaria atenção. — Isso não
pareceu perturbar Candy. Ela continuou a sorrir. Ela parecia
pensar que seus encantos iriam servir para que ela
alcançasse o que queria, quarto livre e comida na mesa e
talvez algum dinheiro.

— Estou apaixonado por sua filha e, quando ela deixar


de ser tão teimosa estou pensando em pedir-lhe para casar
comigo. Eu tenho o anel pronto, há meses. — Disse ele, a
última parte para Madison. O suspiro dela foi gratificante o
suficiente para que ele continuasse, agora que ele fez seus
sentimentos conhecidos sobre o assunto.

— Você não vai ficar nesta casa, não há uma chance no


inferno disso acontecer. Eu não acho que seria bom para
Joshua e Chris estar em torno de uma mulher como você e
sabendo do que aconteceu com Jill no Novo México
certamente não seria bom para ela. — A testa de Eleanor
vincou em suspeita. Ele se esqueceu de que ela não sabia
sobre sua filha empurrando sua neta mais nova para um
homem de 35 anos de idade.

Ela zombou. — Eles estão acostumados comigo. Quando


eu morava aqui nós mal nos falávamos, de modo que isso é
um absurdo. Eles não se importam com o que eu faço. Não
há nenhuma razão pela qual não possa voltar.

Ephraim passou a mão pelo cabelo, com irritação. Esta


mulher estava realmente testando sua paciência. — Tudo
bem, então! Você não vai voltar para cá, porque eu não quero
você perto do meu bebê. Não há nenhuma maneira no inferno
de nosso bebê ser submetido a alguém tão egoísta e vil como
você!

Emma recuou como se tivesse sido atingida. — Você me


fez uma avó? — Ela gritou como se fosse a coisa mais vil do
mundo.

Ele a ignorou e sufocando o som de indignação que veio


do hall, focou em Eleanor. De repente, ela parecia ter todos
os dias de seus 58 anos. Parecia que ela finalmente tinha
sido vencida. Ephraim não teve que perguntar para saber o
por quê.

Ela pensou que falhou. Sua neta estava solteira e


grávida. A história estava se repetindo e ela estava impotente
para detê-la. Ela não queria ver outra criança passar pela
vida sem uma verdadeira família, sem amor.

Ephraim ficou de joelho na frente de Eleanor. Ele tomou


sua mão trêmula na dele. — Eleanor, ela não é Emma. Ela
não é Emma.
Eleanor parecia tão perdida. — Eleanor, ela não tem
dezesseis anos e não está sozinha. Você sabe o quanto eu a
amo. Eu não sou um dos homens com quem Emma sai. Eu já
queria me casar com ela, de qualquer maneira. Você precisa
saber que ela vai ser cuidada e querida, por tudo neste
mundo. Nosso filho vai crescer em um lar amoroso com
ambos os pais. Nós nunca iremos prejudicar nosso filho.
Emma machuca Madison. Você entende?

— Sim. — Ela sussurrou.

— Você, eu, Madison, o bebê, Chris, Jill e Joshua vamos


ficar aqui, e seremos uma família. Nós três vamos criá-los
juntos. Eu prometo que vou ser o pai que todos os quatro
filhos merecem.

Eleanor deu um sorriso aguado. — Você tem sido um


bom pai para eles e eu agradeço por isso. Tem sido bom para
as crianças ter um bom homem por perto.

— Obrigada, mas você está esquecendo a melhor parte.

— Oh? — Ela parecia confusa.

— Este será o primeiro neto que você vai poder segurar,


desde Madison. O primeiro de muitos, espero.
Ele observou quando o pensamento disparou através
dela. Ela chupou uma respiração profunda. — Isso é verdade.
— Ela sorriu enormemente. — Posso ajudar com o berçário?
— Seus olhos brilharam de excitação.

Ephraim deu um beijo na parte de trás da sua mão. —


Eu tenho certeza que você, Madison e Jill vão fazer um
excelente trabalho.

— Oh, há tanta coisa para fazer! — Eleanor se


levantou. — Eu tenho que chamar as meninas para que
possamos começar com os cobertores e roupas de bebê.

— Você não pode fazer isso! Ela não pode ter um bebê!
— Emma gritou.

Eleanor a ignorou quando saiu da sala. Ele soube


quando ela viu Madison. — Um bebê! Nós vamos ter um
bebê! — A mulher mais velha gritou alegremente. Ele ouviu
todo o ar correr dos pulmões de Madison do abraço intenso
que Eleanor lhe deu.

— E um casamento! Não se esqueça do casamento! —


Ephraim gritou. Ele não queria que ela se esquecesse desta
parte. Ele tinha certeza que Madison cederia.
— Eu estou tão feliz! Um bebê e um casamento! — Disse
Eleanor quando correu para a cozinha, sem dúvida, onde
estaria fazendo várias dezenas de chamadas.

— Ephraim, você não sabe o que está fazendo! — Emma


gritou.

Ele voltou sua atenção para ela. — Oh, o que eu não


sei? — Sua voz era enganosamente calma.

— Eu vou te dizer isso para o seu próprio bem. — Ela


empurrou o cabelo loiro, tingido e grosso por cima do ombro e
falou de uma forma calma e confidente. — Ela já fez isso
antes.

— Desculpe-me? — Isso foi um pouco confuso e


inesperado.

Candy concordou com simpatia. — É verdade. Madison


é uma mentirosa patológica. Dói-me dizer isso, mas é
verdade.

— Esclareça-me. — Ele sabia que Madison tinha parado


de respirar e se perguntou quanto tempo iria levar para
acalmá-la, antes que ela invadisse a sala.

— Muito bem, eu estava esperando que eu não tivesse


que falar sobre isso, mas aparentemente ela tem você sob seu
feitiço. — Ela passeou até o sofá e se sentou. Ele tomou o
assento desocupado por Eleanor minutos mais cedo e
esperou.

— Desde que ela era muito jovem, eu tive que lidar com
seu problema com a mentira. Ela roubava e eu tinha que
cobrir os rastros dela. As coisas ficaram ruins quando ela
atingiu a puberdade. Ela dormiu por ai com cada menino que
encontrou. Logo começou a beber e usar drogas.

— Eu nunca a vi beber mais que um gole de álcool,


desde que eu a conheci. — Ele apontou bruscamente.

Ela ignorou seu tom. — Ela bebe em segredo desde a


última vez que esteve grávida.

Puta merda, essa mulher era uma cadela, melhor que


todas as cadelas. Ele mudou de posição no sofá, tentando se
concentrar no que ela acabou de dizer. — Você está dizendo
que ela esteve grávida antes?

— Sim, ela não sabia também quem era o pai. Quando


não recebeu qualquer dinheiro dos homens ela fez um
aborto. Essa foi uma das razões pelas quais viemos para
cá. Eu tive que levá-la para longe de tudo isso.

— Eu pensei que você veio para cá porque estava sem


teto e sem dinheiro.
— Isso também, — ela grunhiu. — Claro que eu estava
sem dinheiro. Madison gastou cada centavo que eu trouxe
para a casa. Foi tão difícil colocar comida na mesa para os
meus dois pequenos. Quando eu cheguei aqui precisava fugir
e limpar minha cabeça. Eu sei que deveria ter tentado ajudá-
la. — Ela acrescentou um ligeiro soluço, no final do seu
pequeno ato.

— Então, o que você está tentando me dizer?

Ela mudou-se para baixo, no sofá até que estava


sentada perto dele, estendeu a mão e pegou a mão dele, ele
deixou. — Se ela está de fato grávida o bebê pode não ser seu.

Candy começou a correr os dedos sugestivamente de


cima para baixo do braço dele. — Você acha que ela está me
traindo? — Ele perguntou com uma voz suave.

— Eu não queria ser a única a dizer-lhe, mas ela esteve


com tantos homens desde que se mudou para cá que ela está
desenvolvendo uma grande reputação. Este bebê pode ser
seu.

Ele cruzou as mãos e olhou para baixo, ignorando seu


toque frio. Sua mão agora estava acariciando seus
músculos. — O que você sugere que eu faça, então? Se ela
tem sido infiel a mim, eu não vou ficar com ela.
— Ah, e eu não o culpo. Você é um homem forte e
bom. Você não deveria passar por isso. — Ela sussurrou.

— O que devo fazer?

— Bem, eu acho que espaço pode ser a melhor


opção. Ela guardou muito dinheiro e tem um bom
trabalho. Você deve pedir-lhe para sair.

— E o bebê?

Candy encolheu os ombros. — Ela o está traindo. Você


realmente quer vê-la? Se ela está grávida, vai ficar bem. Ela
vai cuidar do bebê. Ela é boa nisso e você não deveria ter que
ser ferido por isso. Não é como se ela fosse sua esposa ou
qualquer coisa, graças a Deus. Você pode imaginar quão
humilhado você seria se ela fosse?

— Então, você sugere que eu jogue uma mulher fora,


que pode estar grávida? — Ele perguntou, sem qualquer
emoção.

Ela apertou seu bíceps para tranquilizá-lo. — Eu acho


que poderia ser melhor.
— Eu não posso acreditar nisso. — Ele balançou a
cabeça em descrença. Ela tomou o caminho errado, que era,
aliás, o que ele queria.

— Eu sei. Eu nunca pensei que ela iria fazer isso


novamente. Eu esperei e rezei para que você fosse o suficiente
para transformá-la, mas eu estava errada. Não é culpa
sua. Você é um homem tão bom. — Ela colocou a outra mão
em seu joelho.

— E as crianças? — Ele sabia que estava acelerando seu


joguinho.

— Bem, eu queria voltar para cá de qualquer


maneira. Mas eu não sabia que ela estava jogando este jogo
de novo, mas eu estaria disposta a ajudar com eles e estaria
aqui para você, também. — Sua mão se moveu para a parte
interna da coxa dele, onde ele a pegou.

Ephraim riu sombriamente — Oh, Candy, como você me


diverte. — Ele empurrou sua mão e olhou nos olhos dela. —
Vamos começar com o básico. A Madison não mente. Ela é
uma má trapaceira quando se trata de jogos, mas ela não
mente e nunca roubou um centavo. Eu nunca vi antes, uma
mulher trabalhar tanto para garantir que seus irmãos fossem
bem cuidados. Ela ainda esforçou-se ao máximo quando
pegou Chris, mas nunca reclamou.
—Ela está enganado você. — Ela lhe deu um olhar de
pena.

— Candy, eu posso lhe dizer agora, sem dúvida, que


Madison era virgem na primeira vez que estive com ela.

— Oh, coitadinho. Mulher pode fingir isso. — Ela disse


suavemente. Ele tinha a sensação de que ela provavelmente
sabia, devido a sua experiência.

— Você se lembra da consulta medica no ginecologista?

— Sim. — Ela disse, hesitante.

— Bem, o médico confirmou na minha cara que ela era


virgem não que eu tivesse alguma dúvida e pelo olhar em seu
rosto você realmente não sabia que ela era virgem, não é?

— Eu...

— Então, quando você percebeu que sua mãe não era


capaz de lhe dar uma carona, você pensou que eu faria e me
ofereceu a si mesmo. Então percebeu que seu possível ticket
refeição não estava interessado e então pensou em se livrar
do que você considera sua concorrente, não é?

— Ephraim, não seja assim. — Ela ronronou.


Ele se levantou abruptamente. — Você realmente acha
que eu iria jogar a mulher que eu amo e meu bebê ainda não
nascido na rua, com base em sua palavra?

Ela parecia nervosa, pela primeira vez desde que a


conversa deles começou. — Ela só está lhe usando Ephraim.
— Ela argumentou, desesperadamente.

— Não, ela está regiamente chateada comigo no


momento e eu não a culpo. Eu fiz uma coisa estúpida, sem
perguntar primeiro. Mesmo que ela nunca me queira
novamente eu nunca iria tocar em você.

— Ephraim?

— Você nunca a mereceu e você sabe disso. A usou e a


descartou, assim como aquelas duas crianças
maravilhosas. Ela desistiu de tudo para colocar comida na
mesa para as crianças e você nem uma vez agradeceu. Agora,
você retribui sua bondade vindo aqui e tentando jogá-la na
rua? Você me dá nojo. — Ele virou as costas para ela
descobrir que Madison havia se mudado do hall de entrada
para a porta.

— Oh! Madison, nós estávamos falando sobre você. —


Candy disse alegremente, tentando fingir que nada
aconteceu.
— Eu ouvi. — Madison disse secamente.

O rosto de Candy caiu. — Não é o que você pensa. Eu...


eu... estava apenas testando-o, para ter certeza que ele era
bom o suficiente para você.

— Que carinhosa. — Seus olhos estavam focados em


Ephraim. — Posso falar com você por um momento?

— Claro.

— Espere, e eu?

Madison finalmente olhou para a mãe e não viu


nada. Ela não era nada. Finalmente, depois de todos esses
anos ela não sentia nada, quando olhou para a mãe, nem
amor, piedade, ou mesmo culpa. A atração de Candy sobre
ela tinha ido embora.

— E você? — Ela perguntou com uma voz fria.

— Eu não tenho para onde ir. Você realmente não vai


jogar sua mãe na rua, não é? O que seu bebê pensará
quando descobrir que você jogou sua avó para fora ou Jill e
Joshua? — Candy perguntou, jogando o jogo que sabia que
funcionava tão bem com ela.
— Você nunca foi uma mãe para essas crianças e você
certamente não será a avó do meu bebê. — Disse Madison
com a mesma voz fria.

— Como você pode! Eu não tenho dinheiro e nenhum


lugar para ir! Pare de ser uma putinha tão egoísta! — Candy
percebeu que todo o controle que tinha sobre Madison tinha
ido embora.

Ephraim colocou a mão para fora para impedir Madison


de fazer o que ela gostaria, naquele momento. — Eu vou dar-
lhe cinco mil dólares com a promessa de que você vai deixar o
estado. Eu vou falar com Madison e quando eu voltar é
melhor você ter feito sua escolha, porque esta é uma oferta
definitiva. Vou comprar um bilhete de ida para o estado de
sua escolha. Vou dar-lhe algum dinheiro para cobrir os dois
primeiros dias em um hotel. Quando eu souber de você vou
enviar um cheque. Esta será a última vez que nos
incomoda. Eu nunca mais vou lhe dar um centavo, por isso é
melhor fazer isso durar até conseguir um emprego.

— Você está me dando cinco mil? — Olhos de Candy se


iluminaram.

Ele acenou com a cabeça. — A escolha é sua, cinco mil e


você sai ou nada e pode ficar na cidade para que possa estar
perto de seus filhos. O que é que vai ser?
Ela nem sequer piscou. — Os cinco mil! — Ela bateu
palmas. — Isso é tão emocionante!

Nenhum deles ficou surpreso. — Tudo bem. Fique aqui


e eu estarei de volta depois de conversar com Madison.

Ela acenou para eles. — Eu vou ficar bem, não se


preocupem comigo. — Eles não estavam.

Ephraim levou Madison para o hall de entrada. — Onde


você quer conversar?

— Na sala de treinamento.

— Tudo bem. — Ele não estava ansioso para isso, mas


era melhor acabar logo com isso, para que pudesse começar a
rastejar e implorar para que ela voltasse para ele. Ele não
podia viver sem ela e não dava a mínima se fizesse papel de
bobo, para provar isso.

Ele socou o código no bloco de alarme. No beep ele abriu


a porta e segurou-a aberta para ela. Com um click e um sinal
sonoro, a porta fechou antes de chegarem ao último degrau.

— Então, o que você precisa falar? — Ela agarrou-o pela


camisa e o jogou contra a parede, enquanto sua boca se
fechou sobre a dele.
Capitulo 28
Madison trilhou beijos pelo seu queixo e pescoço. — Não
que eu esteja reclamando, mas pensei que você quisesse
conversar.

— Mmhmm — Ela passou a língua pelo seu mamilo


plano até o estômago. Mordiscou e beijou cada músculo
definido.

— Sinto muito por tudo, Madison. Eu sei que deveria ter


agido de outra maneira e sei que você conhece todos os
motivos, então não vou entrar nessa de novo. Se você puder
ver isso em seu coração e me perdoar, passarei o resto da
eternidade fazendo as pazes com você.

Ela riu contra sua pele. — E como você chama isto?

Ele respirou fundo quando ela abriu o zíper de suas


calças. — Eu... eu não sei o que é, p... por favor, só não pare.

As calças dele caíram em volta dos seus tornozelos,


seguidos de sua boxer. Madison as puxou e as jogou para o
lado, deixando-o nu e totalmente ereto. Algumas gotas de
excitação escorriam da ponta de sua ereção. Madison olhou
para cima e encontrou os olhos dele, quando sua língua saiu
para lambê-lo.

Um gemido longo, alto e aflito lhe escapou. Sua ereção


latejava ao toque dela. Ela correu a língua da ponta até a
base e voltando novamente, deixando-o ofegante até que ele
não aguentou mais.

— Basta! — Ele grunhiu, enquanto a colocava de pé e a


jogava por cima do ombro.

Ela deu uma risadinha meio sem fôlego conforme ele a


levava para dentro da sala de treinamento. Ele passou pelos
aparelhos de exercício, mesa das facas, mesa das armas e
mesa das armas sagradas, até que chegou a seção dos
tatames, na sala maior.

— Quatro semanas é muito tempo, baby. — Ele


delicadamente a colocou no tatame.

— Concordo, então não me irrite de novo. — Sua voz


estava baixa e urgente, conforme ela corria as mãos sobre o
peito e braços dele. Ele tirou toda a roupa dela. Ela ainda
estava sentada quando ele pôs sua cabeça entre as pernas
dela e correu a língua entre sua fenda.
Ela se inclinou lentamente para trás até que ficasse
apoiada nos cotovelos. Suas pernas dobravam-se no joelho e
estavam bem abertas para ele. Ephraim sorveu o doce néctar
entre os lábios dela, como um homem sedento.

Madison gemia enquanto movia os quadris contra a


boca dele. Ephraim deslizou sua língua para dentro do núcleo
dela ao mesmo tempo que seu polegar esfregava sua
protuberância intumescida. — Ephraim... Ah, Ephraim! —
Ela gritou, quando o clímax tomou conta. Os quadris dela se
levantaram do tatame, cavalgando a boca dele até o fim.

Ephraim removeu a língua quando o clímax terminou e


cobriu o corpo dela com o dele. Ele enganchou as pernas dela
sobre seus ombros largos e poderosos, abrindo-a mais ainda
para ele. — Diga-me, Madison... — Ele exigiu, com a voz
tensa, ao mesmo tempo em que a ponta de sua
masculinidade friccionava a entrada dela.

— Eu o amo, Ephraim. Por favor! — Ela implorou. Ele


impulsionou seus quadris para frente se enterrando
profundamente em um movimento só.

— Eu a amo, Madison. Eu sinto muito. Muito. — Ele


disse, enquanto se retirava todo só para voltar a entrar
lentamente dentro dela, permitindo que cada sensação, ao
deslizar em seu calor úmido e apertado, fosse registrada.
A cabeça dela caiu para trás. Ele observava enquanto
ela lambia os lábios. Suas presas desceram conforme outro
clímax a atingia. Ela gemeu e se arqueou debaixo dele. Ele
diminuiu suas estocadas, planejando fazê-la gozar mais uma
vez antes que ele se perdesse. Ele estava perigosamente perto
de gozar, cedo demais.

— Você me perdoa? — Ele sussurrou contra o pescoço


dela.

— Mmmhmmm, já perdoei lá em cima quando você


disse que eu era teimosa.

Ele riu fracamente contra a pele dela. — Só levou esse


tempo todo?

— Isso e que você nunca duvidou de mim, mesmo com


uma mãe como a Candy, você está disposto a assumir um
risco comigo.

— Não há risco nenhum com você, Madison. Eu adoro


você, querida. Sinto muito, querida, por favor, acredite em
mim. Eu sou um idiota. Eu...

— Shh, você não deveria estar fodendo-me, ao invés de


conversar? — Ela perguntou com um sorriso sensual.
Ele grunhiu contra a pele dela. Ela sabia o quê falar
palavrão fazia com ele e amava a reação dele. Isso o tirava do
sério e ele lhe dava estocadas sem finesse ou ritmo.
Ephraim se soltou. Tudo que ele tinha contido nos
últimos quatro meses para se certificar de que não a
dominaria ou a machucaria, foi liberado. Ele meteu nela mais
forte do que jamais havia metido em qualquer outra mulher.
Ela gemeu e gritou o nome dele. Ele sabia que ela estava
gostando, por que seu corpo o agarrava com força, tentando
impedi-lo até mesmo de se retirar e empurrar de volta. Ela
estava o encharcando, fazendo com que cada deslizar dentro
do seu corpo fosse mais intenso. Ela estava tão molhada que
ele quase chorou.

As presas dele desceram e ele decidiu mostrar-lhe,


exatamente, o que era ser fodida por um Pyte. Ele cravou os
dentes na curva do pescoço dela. Seus olhos estavam
fechados de prazer. Nunca havia sido assim. Ele mordeu
muitas mulheres enquanto transava, mas nunca tinha
sentido prazer no ato de morder. Agora, ele estava pronto
para explodir.

Madison engasgou quando os dentes dele se afundaram


nela. Isso só intensificou o que ele fazia entre as pernas dela.
Enviando milhares de sensações por todo seu corpo. Ela
queria desesperadamente se movimentar contra ele, mas ele
a mantinha presa ao chão, com as pernas dela sobre os
ombros. Ela conseguiu virar a cabeça para que conseguisse
lamber o seu pescoço. Ele gemeu e estremeceu contra ela. Ela
o lambeu novamente e foi recompensada com uma sucção
mais forte em seu pescoço e um golpe mais violento entre as
pernas. Era demais, ela não conseguiu se conter.

Ephraim se contorceu selvagemente, conforme as presas


dela perfurava seu pescoço. Foi a sensação mais erótica de
toda sua vida. Eles se alimentavam um do outro, enquanto
ele fazia amor com ela.

Seus gemidos altos vibraram agradavelmente por toda a


sala quando um poderoso clímax reivindicou os dois. As
unhas de Madison arranharam as costas dele, conduzindo-o
até o que o último tremor diminuísse. Eles finalizaram suas
mordidas e beijaram-se lentamente à medida que provaram a
mistura do sangue um do outro.

Ele se afastou um pouco e sorriu para ela. Madison


mordeu o lábio e parecia envergonhada.

— O que foi? — Ele perguntou suavemente.

— Fomos muito barulhentos. — Ela murmurou.

Ele sorriu arrogantemente. — Nós definitivamente


fomos.
— Todos no primeiro andar provavelmente devem ter
nos ouvido. — Ela parecia horrorizada.

Ele beijou a ponta do nariz dela. — Impossível. Construí


o porão à prova de som.

— Construiu?

— Mmhmm, caso contrário Eleanor nos mataria por


disparar armas dentro da casa.

De alguma forma ela conseguiu tirar as pernas dos


ombros dele e gentilmente o afastou para que conseguisse se
sentar. — Você disse “nós”, você quer dizer que Chris já está
atirando?

Ele exalou ruidosamente. — Madison, ele não é um


menino. Já falamos sobre isso. Ele é um sentinela. Isto é o
que ele tem que fazer e é muito bom nisso. Todos são, mas
ele tem que praticar para aprimorar suas habilidades.

Ela pegou a mão dele, que estava no colo dela e


começou a brincar com os dedos dele.

— Madison? Você entende?

Depois de um momento, ela falou. — Sim, embora não


tenha gostado. Chris é como um irmão para mim e é meu
melhor amigo. Assusta-me quando você o leva para
patrulhar.

— Eu sei disso, baby. Você precisa lembrar-se que ele é


meu filho e eu tomo todas as precauções para mantê-lo
seguro. Eu nunca deixaria nada acontecer com ele, ok? — A
voz dele era macia.

Ela olhou para ele, sorrindo docemente. — Você


realmente o ama, não é?

Seus lábios deram um sorriso torto. — O pirralho


definitivamente me conquistou. — Em um tom mais sério, ele
continuou. — Sim, eu o amo tanto quanto eu amo Joshua e
Jill, como se fossem meus filhos também.

Madison puxou a mão dele até que ele estivesse


inclinado para frente para um beijo. — Você é um homem
muito bom, que faz coisas muito, muito, muito, muito, muito
estúpidas. — Ela meio que brincou.

— Eu sou um idiota. — Seus olhos estavam focados nos


lábios dela. — Você realmente vai ter muito trabalho para me
manter na linha. — Ele passou de leve os lábios contra os
dela.

— E o que você sugere que eu faça para mante-lo na


linha? — A voz dela estava baixa e rouca.
— Casa comigo. Faça de mim um homem honesto. —
Ele propôs contra a sua boca, enquanto ele a deitava de volta
no tatame.

Ela o empurrou de costas e rapidamente montou em


seus quadris. — Lhe digo uma coisa, se você conseguir me
fazer gritar seu nome três vezes, eu caso com você.

As mãos dele se fecharam em concha nos quadris dela.


— Há um limite de tempo nesse negócio?

Ela se inclinou para frente, deslizando contra seu


comprimento já endurecido. — Oh não, na verdade levar o
tempo que precisar é encorajado nesse acordo e, se você me
fizer gritar seu nome quatro vezes, me caso com você
amanhã.

Ele agarrou seus quadris e a trouxe para frente quando


empurrou dentro dela. — É melhor se preparar para repetir
seus votos, Madison, porque amanhã você é minha.

— Legal! — Chris disse, apreciando, enquanto Joshua


derrotava quatro bandidos.
Joshua estava concentrado. Nada fora do vídeo game
importava para ele. Ele se inclinou para trás contra o pé da
cama de Chris, enquanto se ajustava em uma nova posição
sentada, seus olhos nunca deixando a tela.

— Ei, perdedor. — Jill bateu na porta e entrou sem


esperar por um convite e se jogou de barriga sobre a cama.

—Ele não é um perdedor. — Joshua disse


automaticamente.

— Obrigado, homenzinho. — Ele olhou de volta para Jill.


Ela os observava jogarem. — O que você quer?

— Vovó está ao telefone, ligando para todos que ela já


conheceu, me disse para pedir pizza para o jantar.

— Legal, — disse Chris. Embora adorasse a comida


caseira da avó, ele sentia falta de comer porcaria. Ela não os
deixava pedir comida fora com muita frequência, a menos
que algo grande estivesse acontecendo. — O que está
acontecendo com a vovó? O Reverendo finalmente tomou
alguma atitude? — Ele brincou.

Os olhos dela se fixaram em Joshua. — Lhe conto mais


tarde. — Isso despertou o interesse dele.
—Conta agora. Dê dicas. — Ele jogou seu controle no
chão e se virou, em sua cadeira, para encará-la

— Não, peça primeiro a pizza.

— Você.

— Não, você faz isso. — Ela disse com desdém. Toda


chance que tinha ela falava assim com ele. Era irritante. Às
vezes, ele se perguntava o que fez para ela agir assim.

— Tudo bem, me dê meu telefone que está atrás de você.

Ela olhou por cima do ombro para o telefone prata no


criado-mudo. — Basta usar o que está em seu bolso.

Ele fingiu não ouvir. Realmente não deveria falar sobre


esse telefone. Era seu telefone do Sentinel, GPS e sinal de
emergência; Basicamente era a sua tábua de salvação para o
Conselho. — É meu telefone de trabalho, Jill. Não sou
autorizado a usá-lo para pedir uma pizza. Só me passe meu
telefone.

Ela jogou o telefone para ele. — Eu não entendo, por que


Ephraim largou seu emprego no departamento de polícia para
trabalhar de segurança com uma pessoa de dezesseis anos?
— Descrença preenchia seu tom.
— Acredite no que quiser. — Essa foi a versão dos fatos
que eles deram. Felizmente, não teriam de usá-la por mais
tempo. O clero precisava entrar na casa em breve para
adicionar proteção. A casa requeria de guardas de oração e
apoio extra. Ephraim disse que seria necessário que eles
soubessem da verdade logo e ele era grato por isso, mesmo
que não acreditasse.

Ele fez o pedido e jogou o telefone prateado de volta, na


direção dela. — Então, diga-me o que quero saber.

Fofoca. Essa era a melhor amiga de Jill. Contanto que


você permitisse que ela a contasse ou lhe desse uma, ela
seria sua melhor amiga. — Aparentemente em sete meses e
meio eles vão pegar outro quarto.

Chris revirou os olhos. — Ah, é isso? Eu já sabia isso.

— Você é um baita de um mentiroso.

— Por favor, fui a primeira pessoa depois dos dois a


saber, faz umas três semanas. — Na verdade, Madison tinha
torcido seu braço, literalmente, e o fez ir até um WalMart
para comprar o maldito teste.

— Mentiroso, por que diriam a você e a nós não?


Ele lhe deu um olhar tipo “dãã” e falou lentamente como
ela fazia. — Porque ele é meu pai e ela é minha melhor amiga.

— Ei! — Joshua reclamou.

— Além de você, homenzinho, é claro. — Chris estendeu


a mão e suavemente socou Joshua no ombro.

Joshua assentiu firmemente, satisfeito com a correção.


— É claro.

Ela riu.

— O quê? — Ele perguntou levemente irritado.

— Ele não é seu pai de verdade, você sabe.

— Diga isso ao nosso sistema legal. — Disse ele


secamente.

— Ephraim é também o pai dele! Você só está com


ciúmes! Ele me trata como seu filho também e você como
uma filha, então não sei por que você está reclamando, Jill.
Eu acho que você só está brava porque ele não a adotou
também. — A voz de Joshua era ríspida.

— Eu não estou! Só acho que é estranho! Quero dizer,


ele só tem vinte e seis anos! Ele não pode ter um filho de
dezesseis anos de idade. É estranho! — Jill pode ter negado,
mas o rubor nas bochechas dela denunciou-a.

Chris não a corrigiu e nem lhe disse que Ephraim


realmente tinha 206 anos de idade. Em vez disso, ele
encolheu os ombros. — Se isso não me incomoda, então por
que incomoda você?

Ela olhou ao redor de seu quarto incisivamente. — É


claro que isso não lhe incomoda. Ele o mima tanto que o
estraga.

Chris seguiu o olhar dela pelo seu quarto. Ephraim


comprou uma televisão de tela plana, videogame, aparelho de
DVD, cartazes, roupas, computador e todas as outras coisas
que ele nunca teve antes, na época que vivia com sua mãe e
dormia nos velhos cobertores no chão de um trailer. Ele nem
sequer tinha dormido em um colchão antes de Madison e
Ephraim o acolherem.

Ele manteve os olhos no rosto dela, enquanto apontava


displicentemente pelo quarto. — Se a memória não me falha,
o seu quarto é muito parecido com este.

Ela evitou seus olhos. — Esse não é o ponto.


— Oh, então vai me dizer o que é? Está brava porque eu
sabia sobre o bebê antes de você, ou porque Ephraim é o meu
pai?

— Shhh! — Jill sibilou, apontando para o Joshua.


— Vai ser um menino. — Joshua disse sem
constrangimento.

— O quê? Como você sabe? — Jill exigiu.

— Quando Ephraim e Chris não estão no trabalho ou


treinando, ele me leva com ele para executar algumas tarefas.
Chris estava conosco e ele se queixou que Madison fica
batendo na cabeça dele por roubar “a comida de gravidez
dela”. — Ele deu de ombro despreocupado. — Fui eu, mas eu
não disse nada.

— Seu pestinha. — Chris disse, rindo. Ele ficou


impressionado. O garoto estava se adaptando bem.

— Ei, porcaria é porcaria, irmão.

— Você sabia e não me contou? — Desaprovação


revestia fortemente as palavras dela.

— Por que eu deveria? Você tem uma boca grande e é


birrenta. Eu também não lhe contei que Ephraim quer se
casar com ela e não me importo com o que você acha sobre
isso!

— Então, para que tudo isso, Jill? Qual é seu problema?


— Perguntou Chris. Este ato de criança mimada já estava
ficando velho. Na verdade já estava velho há meses atrás.

— Acho que ela está só com ciúmes. Eu vou pedir para


Ephraim me adotar, também. Então Chris e eu poderemos
ser irmãos e Ephraim será o meu pai de verdade.

— Ele não pode adotar você! — Jill gritou.

— Sim, ele pode! Ele gosta de mim também! Ele me


apresenta a todos como seu filho mais novo.

Jill revirou os olhos. — Você é um idiota. Não vê que ele


está fazendo? Lembra quando você era pequeno e todos esses
caras nos compraram coisas ou nos levavam para passear?

—Sim. — Joshua respondeu lentamente. Chris não


estava gostando de onde isso ia parar.

— Ele está apenas nos usando para chegar até a


Madison. Assim que ele ficar entediado com ela ou encontrar
outra pessoa, vai parar de ser bom para nós.
— Mentirosa! — Joshua gritou, mas seu lábio inferior
tremia. — Ele comprou esta casa para podermos ficar aqui.

— Não, ele comprou esta casa para que ele pudesse ficar
aqui. Assim que ele acabar com ela, a gente cai fora.

— Isso não é verdade! Ele me ama! Ele mesmo me disse!


— Joshua deixou cair o controle do jogo e começou a limpar
freneticamente o rosto.

— Você pode ser uma verdadeira vaca, sabia? — Chris


disse a Jill, enquanto puxava Joshua para o seu colo.

— Eu só estou avisando-o. É melhor ele descobrir agora


do quando estivermos levando um pontapé.

— Poupe os seus avisos. Não são necessários. — Ele


colocou o braço ao redor de Joshua. Ele odiava essa besteira
que Candy fez a eles. A mãe dele fez seu quinhão de besteira
ao longo dos anos, mas pelo menos ele poderia dizer quando
alguém realmente se importava com ele.

— E-e-ele mentiu? — Joshua olhou para ele através das


lágrimas. Chris praguejou interiormente. Jill teve sorte que
ele não batia em meninas.

— Não, ele não mentiria para você. Se você quer pedir


para o meu pai lhe adotar... eu vou com você. Se por algum
motivo ele não puder, talvez vovó o faça, assim você e eu
seremos irmãos aconteça o que acontecer, está bem?

Joshua sorriu fracamente e parou de chorar. — É


mesmo? Você vai ser meu irmão?

— Sim.

— Não quero vovó me adote. Eu quero que ela seja


minha avó e Ephraim seja meu pai.

— E quanto a Madison? Você pensou nisso? Se ele


realmente se casar com ela, o que eu duvido, ela vai ser sua
madastra. — Jill realmente conseguia ser uma vaca. Assim
como Candy, às vezes, era assustador. Ele esperava que ela
não seguisse outros traços.

Isso não pareceu perturbar Joshua. — E daí? Já a vejo


como minha mãe. Ela não é realmente minha irmã de
verdade, logo isso não vai me incomodar. — Os olhos dele
dispararam para Chris. — Podemos falar com ele hoje à
noite?

— Com certeza.

— Crianças, acho que a sua comida chegou. Vão


atender a porta. — Vovó disse enquanto passava pelo
corredor. Elas a ouviram ocupada, falando ao telefone,
quando passou.

Chris colocou Joshua em pé. — Comida, vamos lá. —


Ele pegou a carteira e se ajoelhou. — Tudo bem, suba. — Isso
não precisava ser dito para Joshua duas vezes. Ele pulou nas
costas de Chris e segurou em seu pescoço com força.

Ele deu um olhar irritado para Jill. — Vamos lá, você


pode carregar a pizza. — Com isso ele saiu correndo, fazendo
Joshua rir e guinchar por todo o caminho.

— Certo, trabalho em equipe. Eu me curvo e você abre a


porta.

— Tudo bem! — Joshua disse animadamente.

Chris se inclinou e ouviu Joshua abrir a porta, seguido


pelo grito de Jill e sentiu Joshua reforçar o aperto em torno
de seu pescoço. Chris olhou para cima e viu o cano de uma
arma apontada para ele.

— Levante-se e dê um passo para trás, agora. — Disse o


homem em um tom frio de militar.

Chris se ergueu lentamente, mantendo o olhar no


homem à sua frente. — Desça Josh e fique atrás de mim. —
Josh fez como foi pedido. Suas mãozinhas agarrando
fortemente o bolso de trás das calças de Chris.

— Para trás. — Disse o homem, novamente. Chris se


afastou lentamente, dando tempo para Joshua se mover.

— Tem mais alguém em casa? — Perguntou o ao mesmo


tempo em que mais seis homens armados invadiram a casa.

Antes que Chris pudesse mentir, vovó desceu as escadas


e Candy saiu do salão. Ele não sabia que ela estava lá.

— Vocês duas, venham aqui e se juntem a eles. — Ele


usou sua arma para gesticular seu pedido.

Os olhos de Candy se dirigiram aos homens e às armas,


e ela começou a soluçar. — Eu não estou com eles! Eu não
moro aqui. Deixe-me ir embora e não vou dizer nada.

— Junte-se ao grupo ou eu atiro em você, vadia. — Ele


apontou a arma para ela, que tropeçou no meio do hall de
entrada e jogou os braços em torno de Jill. — Oh meu Deus!
— Ela soluçava contra Jill, que estava estendendo a mão
cegamente para Joshua, para colocá-lo atrás dela, mas o
garoto não largava as calças de Chris.

— O que está acontecendo aqui? — Vovó exigiu.


— Todo mundo, tire suas cruzes agora. — Ele exigiu. Os
homens se espalharam para revistar a casa.

Chris tirou sua cruz e jogou-a para frente. Joshua, Jill e


vovó fizeram o mesmo. O cara chutou as cruzes em direção à
parede.

— Tudo limpo, — ele gritou. Então com um sorriso mau


ele disse — Eu estou convidando você a entrar.

— Já não era sem tempo. — Disse uma voz familiar.

— Oh, merda. — Murmurou Chris.

A vadia loira parou na frente deles. Os olhos de Chris


foram para onde seu toco de mão deveria estar. Droga, sua
mão tinha crescido de volta. — O quê? Você não está feliz em
me ver?

— Para ser honesto? Não, realmente não. — Chris


respondeu.

— Chris, você os conhece? — Vovó perguntou.

— Não preocupe-se, vovó. Eu vou cuidar disso. — Ele


disse firmemente.
Caroline riu. — Oh, Chris, você é tão engraçado. Ambos
sabemos que, antes da noite terminar, vou despedaçar sua
família membro por membro.

— Oh Deus. — Candy disse antes de desmaiar. Jill fez o


seu melhor para alcançá-la, mas no final conseguiu apenas
guiá-la até o chão.

— Nós vamos matá-la primeiro. — Ordenou Caroline.


Um homem aproximou-se de Candy. Assim que mão dele
tocou em seu braço, ela saltou para trás. — Ah, um pouco
falso. Bom saber.

Ela olhou para Chris. — Onde está o Ephraim?

— Vá se foder.

Caroline passou seus dedos sobre o queixo dele e


suspirou profundamente. — Atire nele. — Ela deu um passo
para o lado. Chris empurrou Joshua para trás e deu um
passo adiante. A dor lancinante em seu peito lhe enviou
desmoronando ao chão antes que ele escutasse o som do tiro.
Capitulo 29
— Eu amo você, Ephraim — Madison disse entre beijos.
Sua mão correu até a braguilha de suas calças. Ela o
agarrou, dando-lhe um puxão suave. — Mais uma vez?

— Baby, eu tenho que pegar Chris e me preparar para a


patrulha. — Ele odiava deixá-la, agora que tinham feito as
pazes. — Além disso, nós realmente devemos reservar
algumas dessas coisas para a noite de núpcias. — Disse ele,
fazendo as sobrancelhas subirem e descerem.

Madison riu, de seu gesto malicioso. — Acho que tenho


muito que fazer.

— Sim. — Ele sorriu com arrogância. — Você tem um


casamento inteiro para planejar e executar em menos de
vinte e quatro horas. — Ela mordeu o lábio inferior,
nervosamente, com as palavras dele. — Mas, se eu conheço
Eleanor, e acho que conheço, ela provavelmente já está lá em
cima planejando um casamento para amanhã, enquanto
conversamos.
— Você acha?

— Sim, ela tem se coçado para este casamento, por


algum tempo. Agora que está grávida ela vai querer apressá-
lo para se certificar de que nenhum de nós mude de ideia. —
Ele beijou os lábios dela, suavemente.

— Eu não vou.

— Isso é muito bom saber. — Sua voz estava rouca,


mais intensa.

Madison achatou a palma da mão contra sua crescente


ereção, quando um bip alto e penetrante a fez saltar para trás
com um grito. Sem dizer uma palavra, Ephraim enfiou a mão
no bolso e tirou seu telefone de sentinela. A luz que piscava
era verde.

— Merda, — ele murmurou. — Parece que vamos sair


mais cedo do que tarde. — Ele pressionou seu polegar no
pequeno pedaço de vidro na parte de trás do telefone e
esperou o reconhecimento de sua impressão digital. Com
outro pequeno bip, o telefone se abriu.

— Onde você vai? — Madison perguntou curiosamente.

— Um segundo... Eu só tenho que... aqui. — Uma


mensagem de texto com o nome de um sentinela que estava
em perigo, sua localização atual e as direções foram dadas. —
Oh merda.
— O quê? — Ela perguntou ansiosamente.

— É aqui. Chris está em apuros. — Ele praguejou,


enquanto se encaminhava para a sala das armas.

— Talvez seja um acidente. Joshua ou talvez Jill


estivessem brincando com o alarme e o desativaram.

Ele balançou a cabeça. — Esse telefone nunca sai de


sua vista. Ele é muito bom nisso. Além disso, ninguém pode
abri-lo, exceto ele ou outro Sentinela. Também é impossível
acionar o sinal de emergência por acidente. Ele tem que
pressionar o dedo no scanner enquanto pressiona 1125.

— O dia em que todos os sentinelas nascem. — Ela


afirmou.

— Exatamente. Eles estão lá em cima agora. Alguém os


deixou entrar na casa. Eu preciso chegar lá antes que alguém
se machuque. — Ele derramou uma garrafa de água benta
em sua cabeça, deixando-a escorrer de suas costas até seus
jeans.

Madison observava, enquanto ele colocava dois coldres


de tornozelo já com uma arma em ambos os pés. Ele pôs uma
arma maior no cós da frente e outra igual atrás.
— Pensei que balas não matassem vampiros. — Sua voz
tremeu.

— Elas não matam. Estas são para os servos.

— Mas eles são humanos!

Ele assentiu. — Eles também são servos e


provavelmente estão lá em cima. No que diz respeito aos
Sentinels, eles desistiram de seus direitos quando fizeram
seus juramentos. Na minha opinião, eles desistiram de suas
vidas quando vieram atrás da minha família. — Ele guardou
uma cruz e várias garrafas pequenas de água benta.

Por fim, vestiu um colete à prova de bala. Ela sabia que


isso não salvaria a vida dele, a não ser para parar qualquer
coisa que fosse retardá-lo. Uma bala no coração poderia
nocauteá-lo por várias horas, conforme ela aprendeu alguns
meses atrás.

Ela estendeu a mão. — Eu estou indo, também.

Sua mão segurou o pulso dela — Não, você fica aqui.


Preciso saber que você está segura.

— Ephraim, você disse que eu não posso morrer e nada


pode machucar o bebê. Eu vou.
Olhos azuis frios encontraram os dela. — Você não pode
morrer, está certa. Mas outra coisa, é sofrer uma dor com
absolutamente nenhum alívio. Você não vai. Não vou arriscar
ter você machucada. Você vai ficar aqui e esperar. Eu vou
tentar trazer as crianças para cá em segurança. — Ele pegou
o telefone novamente. Ela observava, enquanto ele
pressionava seu polegar na tela, enquanto digitava quatro
números.

— O que você está fazendo?

— Dois sentinelas pedindo ajuda no mesmo local terá


uma resposta maior. Vou deixar esse telefone com você. Se
algo me impedir de voltar para você, eles a encontrarão.

Ela sabia o que ele queria dizer. Ele quis dizer se caso
eles o capturassem. — Você não vai se deixar ser levado, vai?
— Ela olhou para ele em tom de acusação.

— Não, mas se eles deixarem a casa com alguém, eu vou


ter que ir. — Ele pressionou um rápido beijo na testa dela. —
Por favor, fique aqui. — Ele não esperou pela resposta dela,
antes de sair.
Um assobio baixo chamou sua atenção. Ele se virou
bem na hora que Ephraim serpenteou atrás dele. Com um
movimento rápido, ele havia desarmado o homem e o puxado
para o canto escuro da sala de jantar. Suas presas
arranharam o pescoço do homem, fazendo-o estremecer.

— Dê um pio, e eu vou fazer disto uma morte muito


dolorosa.

O homem apenas acenou com a cabeça.

— Bom, quantos estão na minha casa, incluindo os


vampiros?

— Cinco homens e a Mestra.

Ephraim riu sombriamente. — Você não está mentindo


para mim agora, não é? — Ele permitiu que sua presa se
arrastasse pela pele, deixando um corte pequeno e fino que
ele sabia que iria doer. O homem engasgou.

— Eu não estou mentindo. — Ele murmurou.

— Então por que você está me dizendo a verdade?

— Ela disse que você transformaria a nós todos. Que


todos nós seríamos daqueles que andam de dia, assim como
você.
— Você está se arriscando me contando os planos dela.
— Sim, não vejo qualquer razão para não lhe contar. —
A voz do homem era instável.

— Porque você quer ficar no lado bom, de modo que eu


transforme você?

O homem acenou com a cabeça.

— Qual é o plano para as mulheres e as crianças?

Ele não respondeu. Todo o seu corpo ficou rígido. — Ela


lhe disse que você iria se alimentar deles?

O homem acenou com a cabeça rigidamente.

— Será que ela esqueceu de mencionar que a mudança


leva vários dias para ocorrer?

— N-não.

— Mas você veio aqui com a intenção de matar e se


alimentar de meus filhos?

Ele sentiu o cheiro da primeira onda, verdadeira, de


medo que se espalhava através do corpo do homem. — Eu...
eu... não... eu...
— Obrigado por sua ajuda. — Ele cobriu a boca do
homem com sua mão e cravou seus dentes no pescoço dele.
Precisava de força para suportar qualquer coisa que ele
estava prestes a encontrar, ele fez o que não tinha feito há
mais de um século, drenou o corpo até o coração do homem
parar. Por sua família, ele faria qualquer coisa.

Com isso feito, moveu-se para a cozinha atrás do


próximo homem. Quatro corpos jaziam mortos quando ele foi
em direção ao segundo andar. Silenciosamente, ele escalou a
parede em direção ao teto, deslizando suavemente por ele, se
certificando de se manter longe do lustre, que pendia no meio
do Hall de entrada.

Silenciosamente, ele rolou de costas, de modo que ficou


olhando diretamente para baixo, para a cena abaixo dele.
Seus olhos assimilaram tudo em volta. É claro que o primeiro
homem tinha mentido. Abaixo dele estavam cinco homens,
fortemente armados e com as armas apontadas para o
pequeno grupo amontoado no meio da sala. O cheiro de
sangue lhe golpeou com força.

Sangue de Sentinela.

Os olhos dele se focaram no corpo meio nu, deitado no


colo de Eleanor. Naquele momento ele agradeceu a Deus que
os rapazes copiaram seus hábitos de vestir. Ele podia ver a
ferida claramente, um ombro ferido. Era uma ferida ruim, no
entanto. Pelas marcas de queimadura em torno da ferida, ele
sabia que tinha sido um tiro de curto alcance. Ele
provavelmente cauterizou a ferida o suficiente para diminuir
o sangramento.

O braço esquerdo de Chris estava pendurado, sem vida,


ao lado dele. Sua mão direita se abria e fechava em punho.
Ele mantinha os olhos focados em Caroline, enquanto ela
andava pelo grande hall de entrada. Satisfeito que Chris
estava bem no momento, ele olhou para o resto dos reféns.

Joshua ajoelhava-se com sua avó no centro do círculo,


onde estaria mais protegido, se eles começassem a atirar. Jill
chorava baixinho enquanto mantinha suas costas na lateral
do corpo de Joshua, mantendo-o protegido pelo outro lado.
Ele estava tão orgulhoso dela naquele momento. Apesar de
toda a merda que Candy fez aquelas crianças passarem, e
dos problemas de pessimismo de Jill, ela estava se tornando
uma criança realmente boa.

Candy, ele mataria. Ela estava se ajeitando lentamente


atrás de Joshua não para protegê-lo, mas para empurrá-lo do
meio do círculo para tomar seu lugar. Ele assistiu com fúria,
enquanto ela o empurrava suavemente, mas insistentemente,
as costas de Joshua. A cada movimento ela se movia para
tomar o lugar dele até que Jill e vovó se ajustavam para
protegê-lo novamente. Elas deram um olhar de aviso a
Candy.

— Estou com medo! — Candy chorou. — Só me deixe


tomar o lugar dele. Olha, ele nem mesmo está preocupado!
Eu estou! Deixe-me sentar ali!

Joshua assentiu com a cabeça. — Ela pode ficar no meu


lugar, eu não estou medo. Não me importo se ela é uma
vampira ou não. Eu não tenho medo. — Seus pequenos olhos
estavam focados em Caroline, em um ato de desafio.

— Não existe essas coisas de vampiros, Joshua. Pare de


tentar me assustar! — Candy gritou.

Ele foi saindo do seu lugar quando Chris estendeu a


mão e agarrou o braço dele. — Você fique bem aí e não se
mexa!

— Mas...

— Sem mas. Se você realmente quer que eu seja seu


irmão mais velho, então você vai me escutar. Você não se
move um centímetro para ela ou eu vou contar para o pai e
você sabe que ele vai ficar puto. Mantenha seu traseirinho no
meio e não se mova. Ela vai ficar bem!
— Eu não me importo com ela. Só não quero que ela
entre em pânico e vocês sejam baleados. — Joshua
murmurou.

— Ficaremos bem. Fique quieto, então saberemos que


você está bem. — Disse Chris, respirando fundo. Falar tinha
lhe custado alguma coisa.

— Então, você quer que ele seja o seu irmão, não é? —


Perguntou Caroline. — Isso quer dizer que você quer Ephraim
seja o seu papai? — Ela perguntou ironicamente.

— Sim. — Joshua disse com firmeza.

Ephraim rapidamente olhou ao redor, para o resto da


sala. Não havia nenhum outro vampiro além de Caroline. Ele
não ficou surpreso. Ela não queria compartilhar. Sua
aspiração era ser a mais poderosa vampira, com grandes
exércitos abaixo dela. Em suma, ela queria ser rainha com ele
como seu rei.

Ela não iria correr o risco de envolver outro vampiro,


com medo que a chance fosse roubada dela. Ele fechou os
olhos e escutou. Ele não conseguiu ouvir qualquer outro
batimento cardíaco dentro da casa. Ele se concentrou mais
no exterior e encontrou um, provavelmente o motorista.
— E se eu lhe dissesse que seu pai é igual a mim, senão
pior? — Caroline perguntou, claramente apreciando
atormentar seu garotinho. Ele realmente iria matá-la.

Ele assistia, enquanto Joshua cruzava os braços em seu


peito nu.— Você é uma mentirosa.

Caroline deu uma risadinha. — Oh, eu lhe garanto que


não sou. Por que acha que estamos aqui? Precisamos do
sangue dele.

— Ele não é nada como você! — gritou Joshua.

Ela jogou a cabeça para trás e riu mais ainda. — Oh,


veremos, não é?

— O que está acontecendo aqui? — Perguntou uma


nova voz.

Os olhos de Ephraim dispararam para o corredor ao


lado da escada. Ele ia bater na bunda dela até que ela não
conseguisse andar, em seguida iria bater um pouco mais.

Madison entrou na sala.

Será que ele realmente achava que ela poderia sentar e


esperar? Ela passou a última meia hora andando pela sala
antes que tivesse aguentado o suficiente. Depois de colocar
uma pequena cruz em seu sutiã e uma estaca na parte de
trás de sua calça ela decidiu que já era o suficiente. Subiu as
escadas e em seguida correu para o hall de entrada, sabendo
que não levaria mais do que alguns segundos para Ephraim
senti-la e forçá-la de volta.

Sua única esperança era que Caroline não fosse capaz


de sentir a mudança nela. Ephraim prometeu que vampiros
não podia sentir o cheiro de Pytes, só Shifters podiam. Seus
cheiros eram invisíveis para os vampiros. Madison rezou para
que ele estivesse certo. Ele disse que todos os vampiros
suspeitavam que eles fossem humanos até que provasse seu
sangue ou claro se transformassem na frente deles.

Caroline sorria triunfantemente na frente dela, exibindo


suas presas orgulhosamente. Com um aceno de mão, ela
enviou dois homens para arrastarem Madison para o
pequeno grupo sentado no chão. O cheiro de sangue de Chris
a atingiu forte. Ela não tinha muita prática com cheiro de
sangue, mas sabia o suficiente para entender que aquele era
diferente. Tinha um cheiro doce e convidativo, muito
convidativo. Era a armadilha natural de um Sentinela. O
sangue mataria um vampiro na primeira mordida.

— Muito legal você se juntar a nós. Você só tornou o


meu trabalho de lhe caçar muito mais fácil. Agora, só temos
que esperar por Ephraim. Eu suponho que ele esteja ao redor
da casa, tentando matar meus homens?

— Não faço ideia de onde ele está. — Ela disse.

Caroline entrou na frente das armas e inclinou-se. Ela


fechou seus olhos e inalou profundamente acima de Madison.
Ela sabia. Sabia que ela tinha mudado. Seu plano falhou.
Madison estava prestes a bater na mulher, na esperança de
nocauteá-la e salvar sua família quando Caroline reagiu um
pouco diferente do que ela esperava.

— Sua vadia! — Caroline surtou. Ela deu um passo para


trás, com os olhos brilhantes, cor de prata. Droga, ela sabia.
Eles iam atirar nas crianças agora.

Madison colocou um braço ao redor de Jill e Joshua,


esperando que isso fosse o suficiente para protegê-los. Ela
sabia que não seria. Tinha que descobrir uma maneira de
usar suas novas habilidades para tirá-los daqui.

— Você esteve com ele! Posso sentir o cheiro dele em


você! Sua vadia! — Ela gritou novamente.

Madison se virou para olhar Caroline e fez seu melhor


para esconder seu alívio. — Ele é meu. — Ela disse com
firmeza, na esperança de manter a mulher distraída tempo
suficiente para descobrir como pôr todos em segurança.
Caroline contorceu o rosto de raiva. — Não por muito
tempo, eu garanto. — Ela andou até ficar bem na frente do
pequeno grupo e estalou os dedos. Um dos homens abaixou
sua arma e lhe trouxe uma cadeira. Ela se sentou, cruzando
as pernas na altura dos tornozelos e se inclinou com o queixo
apoiado em seus punhos.

— Eu quero ver os olhares nos rostos deles quando você


lhes disser o que realmente Ephraim é. — Quando a Madison
não fez nenhum movimento para falar, Caroline acrescentou.
— Se você não lhes contar eu vou matá-los um por um,
começando com a velha.

Chris tentou se sentar. — Você continue deitado. —


Sibilou Eleanor.

— Vou contar a eles. — Disse Chris, soando um pouco


mais forte.

— Melhor ainda. — Caroline sorriu. — Adoraria ouvir


isso explicado por um sentinela.

— Sentinela? — Jill e vovó perguntaram ao mesmo


tempo.

— Er... — Chris estava perdido, sem saber por onde


começar.
Caroline se intrometeu. — Vou explicar o que ele é, e ele
vai explicar o que Ephraim é.

Ephraim vigiava cuidadosamente. Sua mente calculava


cada possibilidade, enquanto ele acompanhava a conversa.
Sabia que Madison jogaria seu corpo sobre seu irmão, irmã,
Chris e Eleanor também, se ela tivesse a chance. Ele também
sabia que se ela fosse gravemente ferida, seu corpo rejeitaria
o bebê.

Ele deveria tê-la lembrado que seu corpo rejeitaria o


bebê para se salvar, mas não houve tempo suficiente. Não
havia palavras para descrever a dor de uma bala ou de um
ferimento a faca e ele não queria que ela descobrisse em
primeira mão. Se ela fosse baleada seu corpo correria para se
curar e mataria o filho deles.

Agora ele estava se chutando por sua estupidez. Se ela


soubesse o quanto dolorosa seria uma lesão, quando se era
um Pyte, ela nunca teria vindo até aqui. Bem, isso não seria
verdade, ela provavelmente teria vindo pelas crianças. Ele fez
uma regra ali, de para sempre contar tudo a ela de agora em
diante.

— Vou lhe dar a versão rápida para então chegarmos


nas partes mais suculentas. — Caroline disse em um tom que
era amigável e animado, como se achasse que o que ela
estivesse prestes a contar fosse suculento. — O Chris aqui
tem um grande segredo.

Pelo canto do olho, ela viu Candy se afastar alguns


centímetros para longe de Chris. Provavelmente pensando
que ele fosse um monstro disfarçado, pronto para atacá-la.

— Chris é o que chamamos de sentinela. Vou explicar o


que é o Chris, mas sem interrupções. Quero que explique o
que é Ephraim o mais breve possível. — Ela limpou a
garganta. — Há milhares de anos atrás, Lúcifer encontrou
uma maneira de colocar um demônio disfarçado entre os
humanos. — Ela levantou a mão, quando Jill abriu a boca. —
Eu disse sem perguntas. — Jill se calou e assentiu
relutantemente.

Os servos de Caroline pareciam muito interessados na


história. Algo disse a Ephraim que ela não gostava de
compartilhar informações. Os homens deram alguns passos
para mais perto de sua mestra, na esperança de não perder
uma única palavra.

— Agora, esta é somente a história. Eu obviamente não


estava lá quando tudo isso aconteceu. Eu sou apenas um
resultado. Deus descobriu e ficou chateado. Ele decidiu
enviar, acho que você iria chamá-los de meio-anjos,
guerreiros, em seu lugar, para a terra. Ele não poderia
interferir por conta própria. É um acordo de muito tempo,
que a Terra seria um tabuleiro de xadrez. Eles poderiam
acrescentar, mas não subtrair. Eles também não podiam
interferir uma vez que o jogo já começara.

— Uma vez que Lúcifer liberou seus demônios, ele sabia


que nunca mais seria permitido liberar novamente. Regras,
como eu disse. —Ela acenou com a mão de forma
desdenhosa. — Como eu disse, é tudo muito complicado.
Então ele se certificou que seu demônio pudesse se
multiplicar por conta própria através de uma troca de
sangue.

— Agora, Deus tinha que jogar por essas regras


também. Eu sei, não parece justo, não é? — Ela perguntou
com um sorriso perverso, que mostrou suas presas. — Ao
invés de depositar todos os seus meio-anjos de uma só vez ele
fez com que dez desses meio-anjos viessem à Terra a cada dez
anos.

— Cinco casais, compostos por dez guerreiros. Eles


nascem como um gêmeo de um bebê humano. Precisam de
uma alma humana para serem trazidos para a terra. Eu
acredito que o gêmeo de Chris morreu no útero. Ela olhou
para Chris para confirmação, ele concordou com a cabeça. —
O nosso Chris aqui é um sentinela que não tem par. Veja, ele
nunca conheceu seu par e provavelmente nunca conhecerá.
— Ela deu a Chris um sorriso sarcástico. — Principalmente
porque eu pretendo caçá-la e arrancar sua garganta para me
divertir.

O grito de Chris foi selvagem, enquanto ele tentava ficar


de pé e atacá-la. Vovó, Madison e mesmo Jill o seguraram.
Foi necessário a pequena mão de Joshua na dele, para
finalmente acalmá-lo. Caroline continuou como se nada
tivesse acontecido.

— Agora, normalmente um sentinela vive por cerca de


uns duzentos anos e com a aparência de alguém de vinte e
cinco pelo resto de suas vidas. Eles começam a envelhecer
rapidamente quando terminam seu trabalho. Em seguida,
são enviados de volta. Rumores dizem que eles nascem de
novo. Seus companheiros também nascem novamente, como
seus companheiros. Eles são o que chamamos de almas
gêmeas. Agora infelizmente para Chris ele não vai viver para
ver sua companheira se preocupando.

Ela bateu palmas. — Agora, eu acredito que Chris tem


algo a nos dizer.

Por cima deles, a voz de Ephraim ecoou por toda a sala.


— Oh, eu acredito que sou o mais qualificado para contar
essa história, não concorda?

Todo mundo olhou para cima e engoliu em seco.


Capitulo 30
Madison ficou surpresa ao ver Ephraim deitado no teto
com as mãos cruzadas atrás da cabeça e os tornozelos
cruzados. A imagem perfeita do descanso, se é que alguém
faz esse tipo de coisa no teto, é claro. Ela tinha que se
lembrar de pedir-lhe para mostrar-lhe como fazer isso.

Ela baixou seu olhar para observar a expressão de todos


os demais. Caroline olhou dividida entre a raiva por não
saber que ele estava lá e a excitação por ele estar lá. Seus
homens pareciam nervosos e admirados. Ela sabia o que eles
estavam pensando. Caroline, sem dúvida, prometeu-lhes que
seriam transformados e todos eles pensavam que olhavam
para seu futuro.

Candy encolheu-se ainda mais. Madison viu os olhos de


Candy, se levarem pela distração de todos. Ela se afastava
ainda mais rapidamente, o quanto podia. Madison não disse
nada. Se Candy conseguisse, bom para ela, caso contrário
chamaria a atenção para ela e acionaria armas na direção
deles. Se Candy fosse levar um tiro, ela preferia que fosse
longe das crianças.

Ninguém parecia notar que Candy não fazia mais parte


do grupo deles. Caroline mantinha seus olhos em Ephraim,
esperando que seus homens estivessem vigiando o pequeno
grupo. Claro que eles não estavam.

Pelo canto do olho, Ephraim observava Candy se


afastar. Ela nem olhou por cima do ombro para dar a seus
filhos um último olhar, nem tampouco pensou em levá-los
daqui em segurança. Se Chris estivesse bem, ele teria
contado com o garoto para levar as crianças mais jovens para
a sala de treinamento onde permaneceriam seguros até a
ajuda chegar.

Chris pareceu aliviado ao vê-lo. Eleanor parecia aliviada


também, conforme suas mãos se fecharam em torno de Chris
e estendia a outra para pegar a mão de Joshua. Joshua
sorriu para ele. Ele piscou para o menino. Jill só parecia
espantada. Ela não parecia aterrorizada, apenas surpresa.

Quando Candy estava justamente passando pelas


escadas, Caroline direcionou o olhar para ela.

— Mate-a.
Todos no grupo, com exceção de Madison e Chris,
gemeram e se abaixaram, tentando cobrir um ao outro.
Madison lançou um olhar suplicante a Candy. — Volte aqui
antes que a matem!

Candy hesitou nas escadas e olhou para trás. Ela estava


muito pálida. — Não, eu não vou morrer por ninguém. — Ela
se virou para correr. — Eu não vou morrer!

O homem que a vigiava foi atrás dela. Madison ficou


congelada no local. Ela não podia se arriscar correndo atrás
de Candy, para ajudá-la. Ela tinha que ficar e proteger as
crianças, sabia que, instintivamente, se ela corresse Ephraim
iria impedi-la.

Ephraim assistiu Candy fugir. Um olhar para Caroline o


deixou sabendo que, se ele fosse atrás da mulher, ela mataria
a todos. Se tivesse sido qualquer outra pessoa, ele poderia até
ter se arriscado, mas Candy não valia a pena. Ela acabou de
abandonar seus filhos para uma morte certa.

Alguns momentos depois, eles ouviram vários tiros. As


crianças e Eleanor saltaram. Chris xingou. Madison enxugou
uma lágrima. Ele sabia que era a coisa mais difícil que ela
tinha feito, sacrificar a mãe biológica para salvar a família,
mas ele estava feliz, não poderia perder nenhum dos seus
filhos ou Eleanor.
O guarda voltou e acenou com a cabeça. Caroline
parecia satisfeita. — Da próxima vez que algum de vocês não
conseguir fazer o seu trabalho, eu pessoalmente, rasgarei
suas gargantas. — Os guardiões recuaram um pouco e se
reorientaram, voltando-se para o grupo.

— Por que não desce aqui, Ephraim e conta sua


história. Ou eu poderia apenas atirar no garotinho. Ambos
seriam divertidos.

Joshua engoliu em seco e se encolheu. Com a graça que


um dançarino invejaria, Ephraim caiu no chão, em pé, sem
ruído algum. Caroline sorriu como um lobo. — Oh, como
estou ansiosa para ser capaz de fazer isso.

— Eu aposto que sim. — Disse Ephraim suavemente.


Ele deu um passo à frente do grupo, ficou parado não mais
do que alguns centímetros longe deles, bloqueando Caroline e
a visão do grupo dos dois homens.

— Vocês três cubram as costas deles. Eu não confio


nele. — Disse ela para os outros três guardas.

— Eu quero que você tire seu colete e descarte suas


armas devagar e se vire ou eu digo para esses três
começarem a atirar. — Caroline ordenou. Seus olhos estavam
fixos em cada movimento de Ephraim.
Ephraim removeu lentamente o colete, sabendo o
quanto Caroline apreciava o peito de um homem. Enquanto
ele a mantinha distraída, pressionou a perna esquerda contra
a lateral de Chris, sabendo que a parte de trás de suas
pernas e as mãos de Chris seriam bloqueados. Poucos
segundos depois, ele sentiu a parte detrás da perna da calça
sendo puxada para cima e a arma sendo removida, ele deixou
as duas armas desamarradas por este motivo. Poucos
segundos depois, a segunda arma havia desaparecido. Ele
ouviu Joshua e uma pequena exclamação de surpresa de Jill,
assim como fez Caroline.

— O que é? Vire-se agora!

Ele se virou, dando a Caroline uma visão de suas costas.


Ele viu Chris guardar as armas no cós de suas calças. Ele
balançou a cabeça com firmeza. Ephraim piscou para as
crianças, enquanto jogava o colete a prova de bala de
qualquer jeito, mas propositadamente, em Joshua. Eleanor
soltou a mão do menino e, com a ajuda de Jill, colocaram
rapidamente o menino dentro do colete tão discretamente
quanto puderam.

— Mestre, elas estão colocando o colete no menino. —


Um dos homens apontou. Os dentes de Ephraim baixaram,
enquanto olhava o homem. Ele rosnou violentamente em
direção a ele. O homem deu um passo vacilante para trás.
Caroline riu. — Se ele quiser dar ao menino falsas
esperanças, deixe-o.

Ephraim ouviu Caroline se aproximar. Ela removeu a


arma na parte de trás das calças dele e a jogou. Ele bateu na
parede antes de cair no chão. A unha dela traçou as linhas
nas costas dele. Sem dúvida ela estava cautelosa sobre tocar
sua pele após da última vez. Ele sabia para o quê ela estava
olhando.

— Hmm, vejo que você se tornou um amante bem


entusiasmado, Ephraim, se estes arranhões querem dizer
alguma coisa. É bom saber.

— Você nunca vai saber. — Disse ele em um tom


entediado.

— Os olhos dele. — Eleanor sussurrou.

Ele olhou de volta para ela. — Está tudo bem. Eu


prometo. — Ela assentiu com a cabeça lentamente. Jill fez o
mesmo. Joshua apenas sorriu enormemente.

— Legal! — Disse o menino. Esperança encheu seus


olhos. Ephraim só esperava que ele não o decepcionasse.

A mão de Caroline serpenteava em volta dele, ainda com


cuidado para não tocá-lo, e retirou a segunda arma. Ela
jogou-a no outro lado da sala. — Estamos todos esperando
por uma explicação, Ephraim. — Ela se afastou, dando-lhe
espaço. Aparentemente, ela não era completamente estúpida.
Isso foi uma surpresa.

Ephraim caminhou ao redor da sala, cuidadosamente


para não chegar perto dos homens armados. Ele não queria
deixá-los mais nervoso do que já estavam, decidiu ganhar
algum tempo fazendo o que ela queria, por agora.

— O que vocês precisam saber é que eu nunca


machucaria qualquer um de vocês. Eu nasci assim. Nasci em
Londres, Inglaterra, durante o inverno de 1803. — Ele fez
uma pausa para dar-lhes tempo de se adaptar a essa
história. — Meu pai era um vampiro, minha mãe humana.
Não sei os detalhes do relacionamento deles. Ela era casada
com um Duque, e já havia dado a luz a dois filhos dele. Eu
era muito diferente, pequeno.

— Quando eu tinha 16 anos, entrei em coma e um mês


depois acordei assim. Eu nunca vou morrer, mas posso ser
ferido. Eu ando à luz do dia e bebo sangue. Eu matei, mas
somente quando necessário e por uma boa razão.

— Estava planejando lhes contar isso em breve. Como


vocês sabe, Chris é um Sentinela. Ambos trabalhamos para
um Conselho Especial. Nosso trabalho é matar shifters,
demônios e vampiros violentos. Esta casa em que estão é
uma casa de Sentinela, incompleta. Eu digo incompleta
porque o Papa e o Conselho têm trabalhado duro para criar
um lar adequado para nós. Levou muito mais tempo do que
normalmente deveria, por causa do bebê.

— E o bebê é.. — A voz de Eleanor sumiu.

Ele assentiu. — O bebê é como eu. O Papa e o Conselho


querem o bebê seguro e sob a proteção de Sentinelas, na
esperança de que um dia ele se juntará a eles, como eu fiz. —
Ele fez um gesto a Caroline. — Mestres como Caroline
querem o bebê para si para torná-los os mais poderosos
vampiros possíveis. Ela espera pôr as mãos no bebê e
transformá-lo em seu servo.

— Você está se esquecendo de algo, Ephraim. Você vai


me transformar ou eu vou matar sua família.

— Ephraim, porque você não pode matá-la e a eles antes


que eles nos machuquem? — Perguntou Jill.

— Porque se ele fizer um movimento contra mim eles


vão atirar em vocês. Ele não pode salvar a todos vocês e ele
sabe disso. — Disse Caroline presunçosamente.

Jill mordeu o lábio e assentiu. Chris segurou seu olhar


por um momento e assentiu. Ele se virou lentamente até que
estivesse apoiado no colo de Eleanor, enquanto suas pernas
se abriam na frente de Joshua e Madison.

Se eles iam fazer alguma coisa que tinha que ser agora.
Chris estava perdendo muito sangue e estava quase
desmaiando. Ephraim viu quando Chris colocou ambas as
mãos em seu colo. Mover a mão esquerda lhe causava dor,
mas ele superou isso.

Ephraim se virou e fez um buraco na parede. Todo


mundo pulou no movimento inesperado. Chris aproveitou a
distração e terminou de se posicionar.

— Puta que pariu! — Ele puxou sua mão para fora e


caminhou em direção a Caroline. —Estou farto desses
malditos jogos, Caroline. Isso é besteira. Se eu soubesse que
você ia me perseguir por toda a eternidade, eu teria lhe dado
meu sangue há um século atrás.

— Você vai fazer isso agora? — Ela perguntou


cautelosamente.

Parecia que ele estava considerando isso, quando olhou


para o pequeno grupo e assentiu com força. — Vamos acabar
com esta porra. Vai querer eu os transforme em vampiros?

— Espere, o que ele quer dizer com vampiros? Você


prometeu que seríamos como ele! — Um dos homens disse.
— Você vai, naturalmente. — Ela ronronou. Ela lançou
um olhar de advertência a Ephraim. Se ele lhes contasse os
planos dela, ela os mataria agora.

Ephraim assentiu com a cabeça.

— Vamos acabar com isso.

— Bem, agora sei que o seu sangue vai me matar então


o que tenho que fazer de diferente?

— Eu tenho que me alimentar de você primeiro. Seu


sangue vai se misturar com o meu. Em seguida, você pode se
alimentar. — Ele mentiu. Eles tinham que se alimentar ao
mesmo tempo e ainda assim não funcionaria. Ele já havia
transformado Madison. Seu corpo facilmente consideraria o
sangue de Caroline como uma refeição. Ele podia facilmente
se alimentar de vampiros, mas preferia os humanos. Caroline
não tinha percebido que seu estômago iria digerir o sangue
dela, lentamente. Se eles estivessem fazendo uma troca dupla
o sangue dela atravessaria pelo sistema dele e rápido o
suficiente se misturaria com o seu, tornando-a mais forte.

— Se isso não funcionar mate a todos. — Ela disse aos


homens. Todos eles assentiram com a cabeça, enquanto seus
olhos retornaram para o grupo.
— Vire-se. — Ephraim disse.

— Não, eu quero você se alimente de mim, enquanto


estou em seus braços. — Ela argumentou.

— Não, será mais fácil para mim dessa maneira. —


Antes que ela pudesse argumentar, sua mão disparou e ele a
puxou para si. Suas presas se afundaram no pescoço dela.
Seus olhos correram de Madison a Chris. Chris balançou a
cabeça. Assim que chegasse a hora, ele rezou que Chris não
hesitasse.

Ele sugava rapidamente o pescoço dela, drenando-a.


Quanto mais rápido ela perdesse sangue mais rápido seria
sua morte, quando ela bebesse do dele. Ela estremeceu e
gemeu em seus braços. — Basta!

Ele a ignorou e continuou a se alimentar. Após alguns


minutos, quando ele soube que o corpo dela foi todo drenado
e o seu estômago estava desconfortavelmente cheio, ele se
afastou e ofereceu o seu pulso. — Tome o suficiente. — Ele
tinha que parecer convincente. — Depois que isso acabar
fique longe de mim. Não quero vê-la pelo resto da eternidade.

Ela assentiu, concordando, conforme puxava o pulso


dele para sua boca. Caroline estava muito animada para fazer
o momento durar. Ela tinha esperado tanto tempo por isso.
Ela cravou os dentes e engoliu o mais rápido que podia. Um
pouco do sangue dele escorreu pela boca dela, mas ela estava
despreocupada e continuou bebendo avidamente.

Um minuto depois ele puxou o braço para longe. — Isso


é o suficiente, se você tomar mais vou ter que drenar esses
homens antes de você obter o suficiente. Você não vai querer
ir embora com fome.

Ela riu triunfante. — Há mais do que o suficiente aqui


para satisfazer as minhas necessidades.

— Se você não se importa... — Ele deixou sua voz


diminuir enquanto inclinava a cabeça na direção dos
homens.

— Certamente. — Ela sorriu, sem saber o que seu


sangue estava no estômago dele e não nas veias, deixando-o
cheio demais para tomar qualquer gota a mais.

Ephraim aproximou-se dos homens. — Vamos acabar


logo com isso. Quero todos vocês fora da minha casa.

Os homens olharam para ele nervosamente, mas


ninguém se moveu. Ephraim começou com o homem da
extrema esquerda, o que cobria Eleanor e Chris. Ele
precisava ser nocauteado primeiro. Ele teve que agir
rapidamente.
— Abaixe sua arma. Eu não quero que você dispare
acidentalmente enquanto fazemos isso.

O homem acenou com a cabeça e colocou a arma no


coldre. Os outros homens observavam ansiosamente.
Ephraim se aproximou do homem e pegou a cabeça dele
firmemente em suas mãos. — Você está pronto? — Ele
perguntou em voz alta.

O homem concordou com um aceno de cabeça, mas isso


não era o que Ephraim estava perguntando. Madison viu
quando Chris estendeu a mão e tirou duas armas. Com seu
cotovelo esquerdo, ele empurrou Eleanor para baixo, fazendo-
a cair para trás. Com sua perna esquerda ele derrubou
Joshua e Jill. Foi fácil, devido a maneira que eles estavam
sentados. Todos caíram ao mesmo tempo. Chris mirou
aproveitando que Madison encobria as crianças com seu
corpo.

— Agora! — Ephraim exclamou, enquanto Caroline


gritava de dor. Madison olhou para a mulher quando ela caía
no chão. Seu corpo convulsionava conforme uma fumaça saía
de sua pele. Os homens gritavam ordens quando Chris
começou a atirar.

Ephraim quebrou o pescoço do homem e se lançou para


o próximo. Uma bala o atingiu no lado de sua perna. — Não
pare, não importa o que aconteça! — Ele gritou para Chris.
Outra bala atravessou seu bíceps direito, mas ele não deixou
que a dor o retardasse.

Madison olhou para Chris, enquanto ele disparava suas


armas. Sua mão esquerda não era tão rápida como a direita,
mas ele parecia no controle. Ela ouviu mais tiros disparados
por trás dela. Eles tinham que acabar com os homens, antes
que um deles fosse morto.

Ephraim se moveu na direção do último homem. Ele já


tinha sido atingido várias vezes, mas não parou de atirar.
Chris gritou de dor ao mesmo tempo que o homem disparou
outra rodada e antes que Ephraim pudesse agarrá-lo. Ele
matou o homem com um rápido giro em seu pescoço.

— Chris! — Madison gritou.

— Merda. — Murmurou Chris. Ele foi atingido de novo,


no mesmo ombro, assim como no estômago. A arma em sua
mão esquerda caiu no chão. Ele manteve a direita apontada
para os corpos caídos, mesmo enquanto tremia. Ele ia
desmaiar logo e ainda lutava. Ela conseguiu ver no rosto dele
que ele não estava mais lá.

— Chris! — Joshua gritou.

Madison se virou para ver Caroline sentada no chão.


Uma pesada fumaça branca subia de seu corpo. Parte da
fumaça foi liberada de suas mãos com um movimento rápido.
E Madison viu a arma, tarde demais.

Chris balançou lentamente sua mão, em círculos. Ele


murmurou uma maldição e se jogou na frente das crianças,
levando-as ao chão e fora da linha de fogo. Várias coisas
pareceram acontecer ao mesmo tempo. Ephraim rugiu em
raiva, disparos contínuos ecoaram por toda a sala, o corpo de
Chris ficou parado e então se contorceu várias vezes como se
tivesse sido atingido violentamente. A última coisa a
acontecer foi a porta da frente ser aberta.

Ephraim pulou no pequeno grupo, tomando um tiro na


perna, da arma de Caroline antes que atingisse o alvo
pretendido. Caroline gritou de dor, enquanto se virava para
enfrentar os invasores.

Eric invadiu, apontando um arco para Caroline. Ele


puxou o gatilho, enviando a flecha através do ar. Ela a
atingiu no coração, jogando-a para trás, mas não antes dela
ter conseguido puxar o gatilho pela última vez. Ephraim
mergulhou sobre o corpo dela, levando no peito a bala que
estava destinada a Eric.

Ele viu Eric vacilar, como se esperasse que o tiro


atingisse sua cabeça.
— Porra. — Eric murmurou inseguro, vendo a cena.
Homens e mulheres invadiram a casa, enquanto Eric ajudava
Ephraim ficar de pé.

— É Chris. — Ephraim correu meio que cambaleando de


volta para o grupo. Eleanor estava agitada próxima ao corpo
de Chris. Ele podia ver que Chris estava inconsciente e
perdendo muito sangue.

Eric caiu ao lado de Chris. — Preciso de um médico! —


Ele gritou.

Outro homem se posicionou ao lado de Chris. Ele abriu


uma mochila e começou a verificar os ferimentos. — Dois no
ombro, um nas costas, um no estômago, um na perna e o
último no lado do pescoço.

Madison estendeu a mão e pegou a de Ephraim. Ele deu


um aperto reconfortante e suspirou aliviado por ele não
conseguir cheirar o sangue dela. Chris tinha salvo o bebê
deles.

Ephraim assistiu, impotente, enquanto o menino que se


tornou seu filho agonizava no chão. Não havia nada que ele
pudesse fazer para salvá-lo. — Joshua foi baleado! — A voz
de Jill rompeu através da sua dor.
Ele estendeu a mão e, no meio do caos, puxou para si
um Joshua muito pálido. Ele estava coberto de sangue, e pelo
cheiro, era o sangue de Chris. Seus olhos passavam pelo
garotinho assustado. — Onde?

— Minha barriga está doendo. — Ele chorou. — Chris


vai ficar bem? — Seu queixo tremia.
— Espero que sim. — Ephraim puxou o colete do
garotinho e suspirou de alívio. Joshua tinha um baita de um
hematoma roxo em seu estômago, mas a bala não penetrou.

— Parece que o colete o salvou. — Eric murmurou,


quando enfiou o dedo no colete, onde a bala entrou. — Ele
precisa ir para o hospital também.

— O helicóptero está aqui.

— Isso foi rápido. — Disse Madison através de soluços.

— Quando dois Sentinelas estão em perigo nós não


brincamos. Só lamento termos demorado tanto tempo para
chegar aqui. Tivemos um alarme falso, em Boston. Estávamos
no meio do caminho quando seus pedidos de ajuda vieram.
Nós verificamos duas vezes a situação em Boston por telefone
e descobrimos que era falso.

— Um truque para desviar vocês. — Eleanor supôs.


— Sim, senhora. Peço desculpas. — Disse Eric.

Ela acenou com mão, como se não fosse nada. — Só leve


meus netos ao hospital e será perdoado.

— Ele está pronto, vamos levá-lo. — Disse o médico.

Vários homens entraram. — Eu o levo. Ephraim pegou


Chris, ignorando a dor que atravessou todo seu corpo. Não foi
tão ruim quanto parecia ser, uma vez que ele tinha se
superalimentado. Suas feridas já estavam se curando.

Ele olhava para os homens que ainda estavam tentando


levar Chris. — Ele é meu filho. — Eles concordaram com um
movimento de cabeça e se moveram para trás, enquanto
Ephraim corria com Chris em seus braços, para o helicóptero
que esperava. Eric correu atrás dele carregando um choroso
Joshua.

Ephraim manteve Joshua em seus braços, enquanto


prendiam Chris numa maca e colocaram um soro. — Ele
precisa de sangue! — Gritou o médico.

Eric estendeu o braço. — Pegue! É do nosso sangue que


ele precisa de qualquer maneira! Se lhe derem sangue
humano, vão matá-lo. — O médico assentiu, de acordo.
Ephraim e Joshua observaram o médico colocar um
intravenoso de Eric para Chris.
— Ephraim! — Madison gritou sobre os sons do
helicóptero. Ele se virou para vê-la saudável e bem. —
Encontraremos você lá!

Ele assentiu.

— Eu a amo! — Ela gritou.

— Eu amo você, também. Tenha cuidado.

— Eu vou. — Ela se virou.

— Oh, Madison?

— Sim? — Ela se virou de volta.

— Quando tudo isso acabar e Chris estiver melhor,


esteja preparada pra levar a maior surra da sua vida, por não
me ouvir e me assustar para caralho!

Ela ficou chocada demais para discutir, apenas acenou


com a cabeça. Foi a coisa mais inteligente que ela tinha feito
o dia todo, exceto por concordar em casar com ele, claro. Ele
a observava, enquanto o helicóptero subia.

Ela voltou em direção a casa. Havia dezenas de


sentinelas correndo pela casa. Ele sabia que sua família
estaria segura. Seus olhos se moveram para Chris. Sua cor
estava voltando.

— É o sangue. Vai ajudar a curá-lo rapidamente. Meu


sangue está parando o sangramento, veja. — Eric apontou
para uma bandagem ainda branca no pescoço de Chris. O
sangramento estava parando. Ele apenas rezou para que
fosse suficiente. Ele não podia perder Chris.

Um sinal sonoro contínuo e alto saiu de uma das


máquinas que estavam ligadas à Chris.

— Merda, o coração dele está falhando!

Ephraim ouviu o batimento cardíaco de Chris se


altercando. — Não! Chris, não!

— Afastem-se! — O médico deu um choque em Chris.

Seu coração parou, morto.


Epílogo
— Pai? — Ephraim olhou por cima de seu filho recém-
nascido. Joshua entrou no berçário e sentou-se na outra
cadeira de balanço.

— O que é homenzinho? — Ele perguntou, balançando


suavemente o bebê em seus braços.

— Nada, eu só sinto falta do Chris. — Ele olhou ao redor


do quarto do bebê e franziu a testa. — De novo, quem teve a
ideia de usar um tema de ursinho?

Ephraim riu. — Sua mãe.

— Só pode ter sido. Mamãe sempre teve uma queda por


ursos de pelúcia. Ela costumava me comprar roupas cheias
de ursinhos de pelúcia.

— Tenho certeza que você ficava fofo.

— Eu ficava. — Ele concordou, dando a Ephraim um


sorriso que um dia faria as meninas se derreterem aos seus
pés. Aos onze anos o garoto já era muito, muito bonito e
charmoso para o seu próprio bem.

Jill entrou no quarto. — Madison está perguntando por


você, pai.

Ele assentiu.

Era engraçado como rapidamente e ansiosamente Jill e


Joshua passaram a considerá-lo como pai. Joshua facilmente
fez o ajuste para transformar Madison de irmã para mãe. Jill
não. Ela era velha demais para essa mudança e via Madison
como uma irmã e uma amiga, mas ainda permitiu Madison
adotá-la. Ela disse que parecia certo.

— Importa-se de segurar um pouco Marc Christopher


para mim? — Ele levantou-se e cuidadosamente entregou seu
filho para Jill.

— É claro que não. — Ela sorriu para o bebê. — Ei,


irmãozinho, você é tão bonito.

— Claro que ele é. Afinal ele tem o meu nome. — Disse


Chris quando entrou no quarto. Ele bagunçou o cabelo de
Joshua em seu caminho para o irmão mais novo.

— Ei, homenzinho. Sentiu minha falta enquanto eu


estava patrulhando? — Marc emitiu alguns sons indistintos e
sorriu enormemente. — Foi isso que eu pensei. — Ele beijou
a cabeça do bebê.

— Bem? — perguntou Ephraim.

— Nada a reportar. Quieto como uma igreja. Como foi


sua patrulha? — Chris perguntou, enquanto esfregava a
cicatriz feia e pálida em seu pescoço.

— Tudo bem. Nada. Você ainda está se sentido dolorido?

— Sim. Os músculos ainda estão tensos. — Chris fez


uma careta.

— Você sabe que eu lhe esperei a noite toda. — Joshua


reclamou.

Os lábios de Chris se curvaram para cima em um


sorriso. — Posso ver isso.

— Vamos lá, eu só tenho meia hora antes de eu ir para a


cama.

Ephraim limpou a garganta. — Na verdade já era para


você estar na cama há uma hora atrás. Já são dez.

— Ah, pai!
— Vá.

— Merda. — Murmurou Joshua. Chris bateu-lhe na


cabeça suavemente. — Cuidado, peste.

— Você que é uma peste. — Joshua disse com um


sorriso carinhoso.

Chris caminhou com Ephraim pelo corredor, para os


novos quartos deles. Madison insistiu que antes de Marc
nascer eles se mudassem para os quartos mais próximos do
resto da família. Ele concordou depois que ela torceu seu
braço, literalmente.

— Então, pai, eu estive pensando...

— Sim? — Ele perguntou cautelosamente. Sempre foi


uma boa ideia ser cauteloso quando se tratava do
“pensamento” de seu filho de dezessete anos de idade. Ele
jurou que se ele pedisse uma terceira tatuagem novamente,
ele iria pendurá-lo pelos tornozelos, no hall de entrada e
deixá-lo lá.

— Eu estava pensando que ao invés de assumir minha


própria casa sentinela no ano que vem, deveria ficar aqui por
algum tempo e me certificar de que está tudo bem.

Ephraim não esperava por isso.


— Chris, eu adoraria que ficasse, mas não quero lhe
segurar de nenhuma maneira.

— Você não está me segurando pai. Você sabe que


assim que eu partir eles vão providenciar outro sentinela para
proteger o Marc.

Ephraim suspirou. — Eu sei. Pensamos em nos mudar


para recomeçar em outro lugar, mas esta é a nossa casa.
Madison e sua avó querem que as crianças cresçam em uma
única casa. Sem mais mudanças.

Chris sorriu facilmente. — Eu não estou reclamando,


pai. Não quero me mudar ainda. Eu só gostaria de mais
alguns anos com minha família, antes de eu ter que viver por
conta própria.

Ephraim segurou o pescoço de Chris. — Você tem


certeza? Você sabe que eu nunca ficaria em seu caminho.

— Tenho certeza, pai.

— Está bem. — Ele puxou Chris para um abraço de


urso. — Vejo você amanhã. Durma um pouco, temos um
ninho de vampiros em Concord, para ajudar na limpeza
amanhã.
— Boa noite, pai. — Chris voltou para o berçário onde
ele provavelmente permaneceria pelo resto da noite. O garoto
era tão natural quando se tratava de crianças. Ephraim
esperava que ele não tivesse que esperar muito tempo para
encontrar sua companheira.

Ele virou e seguiu para o quarto dele, apenas para fazer


uma pausa quando avistou as fotos que cobriam as paredes
do corredor. Um sorriso triste puxou seus lábios quando ele
olhou para a foto ampliada dele com seus dois irmãos quando
eles eram crianças. Os olhos dele se mudaram para a
próxima com Marc e sua família. Marc parecia tão feliz com
um braço ao redor de seus ombros e seu outro embalando
seu filho mais novo.

Ephraim riu, imaginando o que Marc teria pensado


sobre o agitado dia que Madison deu à luz. Marc
provavelmente teria uma inveja imensa por que Ephraim foi
quem fez o parto de seu próprio filho. Não que ele tivesse tido
muita escolha, desde que Madison entrou em trabalho de
parto no andar debaixo, enquanto assistia Chris lutar para
reaprender a andar.

Foi o melhor dia da sua vida, ver seu filho dar seu
primeiro passo novamente, após sete meses de cirurgias e
fisioterapia esgotantes. Os médicos não tinham dado muita
esperança que Chris voltasse a andar novamente. Diabos,
mais da metade deles não achavam que ele passaria daquela
primeira noite, mas no final Chris provou que eles estavam
todos errados. Ele nunca teve mais orgulhoso de Chris do que
quando o menino se arrastou pelo chão e então forçou a si
mesmo, através da dor, para subir as escadas, a fim de obter
ajuda para Madison.

Ele estendeu a mão e traçou um dedo sobre os lábios


sorridentes de Madison, em sua foto de casamento. Ela
parecia tão feliz nos braços dele. Ele só esperava que pudesse
mantê-la assim, para sempre.

Com um sorriso, ele entrou no quarto deles e fechou a


porta. Ele ficou surpreso ao encontrar Madison na grande
cama, esperando por ele.

Ephraim tirou sua camisa e se arrastou pela cama,


predatoriamente em direção a bela mulher em sua cama. — É
para isso que você me chamou, minha linda esposa? —
Suavemente, ele puxou o lençol que cobria o corpo dela,
expondo sua pele nua. Ele lambeu os lábios, quando os dois
lindos seios apareceram.

— Talvez. — Ela se pôs de costas, enquanto ele rastejava


sobre ela.

— Talvez?
Ela riu. — Bem, não, eu queria dizer-lhe que o padre
James me disse que outro sacerdote irá se juntar a casa
amanhã. Ele vai ficar no meu antigo quarto.

— Ah eu vejo, então você não quer nenhuma das


minhas ferramentas hoje à noite? — Ele disse, arqueando as
sobrancelhas.

— Eu não disse isso. — Os dedos dela encontraram o


zíper da braguilha dele e gentilmente o puxou para baixo.
Sua mão roçou em seu pênis, já duro. Ela estendeu a mão e
puxou-o para fora.

Ephraim empurrou seus quadris para frente, tirando as


mãos dela do caminho para que ele pudesse entrar nela em
um impulso suave. As presas de Madison apareceram
imediatamente. — Você é muito bom nisso, Ephraim.

— E você está muito bem, querida. — Ele rosnou.

— Sim? — Sua voz era grossa e rouca.

Sua cabeça caiu para trás, em prazer, enquanto ele se


movia dentro dela. — Oh sim, você está maravilhosa.

— Tem certeza que não vai se cansar de mim, vamos


dizer, daqui há 100 anos?
Os músculos no pescoço dele esticaram, enquanto ele
dava um gemido longo e alto. — Inferno, não.

Ela se moveu debaixo dele, entrando do ritmo das suas


estocadas. — Que tal em mil anos?

— Não.

— Que tal 1 milhão de anos?

Ephraim baixou seu peso sobre ela, e gentilmente roçou


os lábios nos dela, enquanto se movia com estocadas lentas
do jeito que sabia que ela gostava. Ela lambeu os lábios,
gemendo continuamente embaixo dele.

— Eu nunca vou ficar cansado de você. Nem em 1


milhão, zilhão, quatrilhão de anos.

— Por quê? — Ela pareceu séria por um momento.

A expressão dele suavizou. — Porque eu absolutamente


amo e adoro você, Madison.

— Eu também o amo, Ephraim. Muito. — Ele tomou a


sua boca em um beijo ardente.
Ela se afastou um pouco, após alguns minutos. Rindo
incontrolavelmente enquanto perguntava — Que tal um
zilhão, bilhão, milhão, quadrilhão...

Ele suspirou exasperado. — Eu vejo que eu não estou


fazendo isso direito, por que você ainda é capaz de falar. —
Seus braços a envolveram.

— O que... ah! — Ela engasgou quando eles, de repente,


estavam flutuando no ar, em direção ao teto. Sem esforço, ele
os virou para que ela ficasse deitada em cima dele. As costas
dela tocaram o teto quando ele tomou as mãos dela nas suas
e as prendeu contra o teto, sobre suas cabeças.
—Agora vamos ver se encontramos algo mais
interessante para fazer além de falar, está bem?

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