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Elegibilidade e Rastreabilidade de Peças

Módulo 2

MÓDULO 2

Ao final deste Módulo, você deverá ser capaz de:

 Definir Elegibilidade: conceito e requisitos.

 Descrever como se realiza a elegibilidade de uma peça.

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Elegibilidade e Rastreabilidade de Peças
Módulo 2

Então, vamos começar mais um módulo? Estão preparados para assimilar mais
informações? Vamos aos estudos.

ELEGIBILIDADE: CONCEITO E REQUISITOS

O que é elegibilidade de uma peça?

Peças elegíveis são aquelas aprovadas para instalação e reposição em produtos


aeronáuticos, com projeto de tipo aprovado, pois as mesmas satisfazem os requisitos da
legislação aeronáutica (RBAC 21.502) e são aplicáveis para instalação ou substituição nesses
produtos aeronáuticos. Estas peças são produzidas por um sistema de produção aprovado pela
ANAC.
As peças que constituem um “kit” de alteração de uma aeronave, motor ou hélice
também são elegíveis para instalação nesses produtos, conforme instruções ou restrições
do detentor do STC/CST (Certificado Suplementar de Tipo), em função do S/N (número de série)
da aeronave.

Somente a utilização de peças elegíveis garante que o produto aeronáutico


continue a atender aos requisitos de desempenho e aeronavegabilidade, conforme
estabelecidos pela autoridade aeronáutica responsável pela certificação ou aprovação dos
produtos aeronáuticos Classes I e II.

Essas peças são aprovadas pela autoridade aeronáutica responsável, juntamente com
os procedimentos de certificação ou aprovação do produto.

Como “funciona” essa questão da elegibilidade?

Fabricantes de produtos Classe I estabelecem quais são os produtos Classes I, II e III


que podem ser instalados em seus produtos.

São muitas informações, não é mesmo?

Vamos aos exemplos para um melhor entendimento.

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Exemplo 1: Os modelos de conjuntos completos do trem de pouso


principal elegíveis para um modelo de aeronave são itens Classe II.

Exemplo 2: Os modelos de amortecedores elegíveis para um modelo


de conjunto do trem de pouso também são itens Classe II.

Exemplo 3: Os parafusos, porcas e travas utilizados no instalação de


um modelo de amortecedor no trem de pouso são itens Classe III.

Nas figuras abaixo temos duas situações:

1- O conjunto completo do trem de pouso de uma determinada aeronave é um produto


Classe II, pois ele é um componente maior de um produto Classe I (aeronave), e sua
falha pode prejudicar a segurança da aeronave.

2- As peças e os componentes que fazem parte do conjunto do trem de pouso, e não


são enquadradas como Classe II. Como exemplos de produtos Classe III temos:
parafusos, porcas, arruelas, travas, contra-pinos.

Classe II
Conjunto completo do T/P
Classe III
Parafusos, porcas, etc.

Parafusos, porcas, etc.

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COMO VERIFICAR A ELEGIBILIDADE DE UMA PEÇA

Vários documentos poderão ser consultados para que possamos obter a informação se
uma peça é elegível ou não.

Você sabe quais são esses documentos?

 Nos TCDS (Type Certificate Data Sheet) de aeronaves, motores e hélices;

 Nos Manuais diversos da aeronave, catálogos ilustrados de partes (IPC – Illustrated


Parts Catalog/Catálogo Ilustrado de Peças) dos produtos Classes I e II;

 Nas instruções de instalação de um STC/CST (Certificado Suplementar de Tipo);

 Nos manuais de manutenção; e

 Nos Boletins de Serviço (SB – Service Bulettin) e Cartas de Serviço (SL – Service
Letter) dos fabricantes de produtos Classes II e III.

Existe também uma outra forma de sabermos se uma peça é elegível. Vejamos:

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Essas informações de elegibilidade podem sofrer alterações a qualquer tempo pela


emissão de DA/AD (Diretriz de Aeronavegabilidade - Airworthiness Directive).

Vamos relembrar o conceito de Diretriz de Aeronavegabilidade DA/AD:

Diretrizes de Aeronavegabilidade da ANAC são prescrições que se aplicam aos


seguintes produtos: aeronaves, motores de aeronaves, hélices e equipamentos, quando há
uma condição insegura nesse produto, e seja provável que essa condição insegura exista ou
se manifeste em outros produtos que tenham o mesmo projeto de tipo, ou seja, produtos
iguais. A emissão da DA/AD é para afetuar a correção desta condição insegura/falha desse
produto, a fim de que se mantenha as condições de aeronavegabilidade e segurança do
mesmo.

Veja o exemplo a seguir de uma AD (Airworthiness Directive) que altera um P/N (Part
Number – Número da Peça) de uma peça/componente:

AD alterando elegibilidade de peças: FAA AD 2014-23-16 (Diretriz de


Aeronavegabilidade Americana)

(a) Applicability (Aplicabilidade)

This AD applies to Model R22, R22 Alpha, R22 Beta, and R22 Mariner helicopters with
main rotor blade (blade), part number (P/N) A016-2 or A016-4; and Model R44 and R44 II
helicopters with blade, P/N C016-2 or C-016-5, certificated in any category.

Em Português:

Esta AD é aplicável aos Helicópetros Modelos R22, R22 Alpha, R22


Beta e R22 Mariner com Pá do Rotor Principal, P/N A016-2 or A016-4;
e Helicóptros Modelos R44 e R44 II, com Pás P/N C016-2 or C-016-5,
certificados em qualquer categoria.

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(b) Unsafe Condition (Condição Insegura)

This AD defines the unsafe condition as blade skin debonding, which could result in
blade failure and subsequent loss of control of the helicopter.

Em Português:

Esta AD define uma condição insegura de um descolamento da


camada/cobertura da pá, que poderá resultar em falha da pá, e uma
subsequente perda do controle do helicóptero.

(f) Required Actions (Ações Requeridas)

(1) ...

(6) Within 5 years of the effective date of this AD.

Em Português:

Dentro de 5 anos da data de efetividade/emissão desta AD.

(i) For Model R22 series helicopters, replace blade P/N A016-2 or A016-4 with a
blade, P/N A016-6

Em Português:

Para os helicópteros Modelos R22 de todas as séries,


troque as pás p/n A016-2 ou A016-4 pela pá p/n A-016-6.

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(ii) For Model R44 series helicopters fitted with hydraulically boosted main rotor flight
controls, replace blade P/N C016-2 or C016-5 with a blade, P/N C016-7.

Em Português:

Para modelos de helicópteros R44 equipados com sistema


hidráulico para os controles do Rotor Principal, troque as
pás p/n C016-2 or C016-5 pela pá p/n P/N C016-7.

Pá do Rotor Principal do
Robinson 44

Elegibilidade é um requisito?

R.: Sim. Porque a utilização de peças elegíveis, conforme as instruções dos


fabricantes dos produtos Classes I e II, é requerida para que os proprietários e operadores
comprovem que mantêm suas aeronaves em condições aeronavegáveis, conforme
previsto pelo RBAC 91.7(a) e 91.403(a).

A utilização de peças não elegíveis torna o proprietário ou operador de uma aeronave


suscetível às sanções administrativas previstas no CBAer*, além de ter sua aeronave
declarada não aeronavegável, ficando obrigado a corrigir as condições inseguras detectadas
pela ANAC. (Ver Art.302 do CBAer, inciso I, alínea c).

______________________________________________________
*Codigo Brasileiro de Aeronáutica.

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Agora vejamos o seguinte:

Uma peça de origem automotiva pode ser utilizada em uma aeronave?

R.: Sim. Desde que o fabricante do produto Classe I ou Classe II tenha comprovado
junto à autoridade que tal peça atende aos requisitos de certificação ou aprovação de
seu produto.

Ex.: Alternador do EMB-200 IPANEMA: P/N (Neiva) 9120080036 corresponde ao


Modelo KI-28V35A24 - BOSCH, de acordo com o IPC (Catálogo Ilustrado de Peças) da
aeronave.

Outra pergunta importante:

Somente peças consideradas elegíveis pelos fabricantes podem ser utilizadas


nas aeronaves motores e hélices por eles produzidos?

R.: Não. As autoridades de aviação civil também aprovam a fabricação de peças


por outras pessoas que não aquelas detentoras dos certificados de tipo desses
produtos. Tais peças são denominadas pela FAA (Federal Aviation Administration) como
Parts Manufacturer Approval (PMA – Peças Manufaturadas Aprovadas). De modo similar, a
ANAC emite o Atestado de Produto Aeronáutico Aprovado (APAA) para essas peças.

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O que pode acontecer se for instalado na aeronave peças não elegíveis ou não
previstas?
Tubo PVC

No exemplo acima, observamos que uma tubulação de PVC - que não é um produto
aeronáutico, ou seja, é uma peça não elegível/certificada - foi instalada na aeronave e, como
resultado trágico, poderá acarretar em um acidente. Peças não elegíveis não passam por
um processo de certificação ou requisitos de aeronavegabilidade, conforme prevê a
legislação aeroáutica, logo sua utilização em aviação é crime, pois poderá levar a perdas
materiais e, o pior de tudo, à perda de vidas humanas. Jamais podemos aceitar que as peças
não elegíveis sejam utilizadas na aviação.

Veja o quanto é importante o tema elegibilidade das peças aeronáuticas.

Agora, passaremos ao Módulo 3. Até já!

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