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Estatuto Social
ESTATUTO SOCIAL
TÍTULO I
Da Denominação, Sede, Objetivos e Duração
CAPÍTULO I – DA DENOMINAÇÃO
Art. 2º. A sede da Associação será na portaria do Loteamento, localizada na Quadra J2 – Lote
01 do Loteamento Setvillage Las Palmas, localizado as margens da BR-459 (KM 105+340m –
Pista Oeste), Zona de Expansão Urbana do Município de Pouso Alegre, Minas Gerais.
Art. 3º. A Associação terá como finalidade a administração do Loteamento Setvillage Las
Palmas, de acordo com o estabelecido no Contrato de Compromisso de Compra e Venda, ou
seja, manutenção e conservação da portaria, jardins, centro de recreação, áreas verdes e
muros. Compreendidos no conceito de manutenção a segurança do Loteamento e demais
serviços compatíveis com a natureza da Associação, estando devidamente registrada no 1º
Cartório de Registro de Imóveis e Anexos da Comarca de Pouso Alegre – Estado de Minas
Gerais.
Art. 4º. A Associação tem por objeto: a) propiciar a administração, manutenção, limpeza,
vigilância e conservação do Loteamento, das áreas de lazer, das Áreas Verdes e das Áreas de
Preservação Permanente (APP´s), dos equipamentos urbanísticos nele instalados, bem como
implementar melhorias em relação aos serviços e bens próprios, sempre em caráter
suplementar aos serviços públicos prestados pela Municipalidade; b) diligenciar junto aos
órgãos públicos a regular prestação dos serviços públicos ao Loteamento; c) fiscalizar a
observância das restrições urbanísticas aplicáveis aos lotes, referentes ao uso do solo, e ao
direito de construir e utilizar, e zelar para que os associados conservem os lotes e respectivas
edificações; d) analisar os projetos apresentados pelos proprietários ou titulares de direitos
sobre os imóveis, visando sua aprovação na forma disposta neste Estatuto Social; e)
representar os associados, ativa e passivamente, na defesa de direitos coletivos,
independentemente de aprovação em Assembleia Geral, seja Ordinária ou Extraordinária.
§1º. As atividades-objeto da Associação serão sempre desenvolvidas em caráter suplementar
às atribuições cabíveis aos Poderes Públicos, por meio de seus órgãos competentes, sem, no
entanto, caracterizar responsabilidade da Associação perante seus associados ou terceiros,
por obrigações, de fazer e/ou indenizar, que, por sua natureza, são do Poder Público.
§2º. A Associação representa cada adquirente de lote, como também, sob a mesma
designação, todo o Loteamento, em suas relações recíprocas e com terceiros.
§3º. O imóvel que constitui o Loteamento Fechado “SETVILLAGE LAS PALMAS FASE I” possui
16 quadras com o total de 263 lotes distintos, devidamente aprovado pela Prefeitura
Municipal sob o nº 4010/2013, em 08/03/2013 e registrado junto a matrícula 8.126,
devidamente descrita e caracterizada no memorial levado a registro, e localizado às margens
da BR-459, aos fundos do Clube de Campo Fernão Dias, divisa com o Bairro Belo Horizonte,
no município de Pouso Alegre, Estado de Minas Gerais.
§4º. O imóvel que constitui o Loteamento Fechado “SETVILLAGE LAS PALMAS FASE II” possui
12 quadras com o total de 153 (cento e cinquenta e três) lotes distintos, devidamente
aprovado pela Prefeitura Municipal sob o nº 4.348/15, em 20 de março de 2015 e registrado
junto a matrícula 93.830, devidamente descrita e caracterizada no memorial levado a registro,
localizado às margens da BR-459 (105+340m), ao lado do Loteamento Setvillage Las Palmas –
Fase I, no município de Pouso Alegre, Minas Gerais.
§5º. O imóvel que constitui o Loteamento Fechado “SETVILLAGE LAS PALMAS FASE I E II”
possui 8 (oito) lotes destinados às áreas públicas, que não estarão sujeitos às restrições
urbanísticas e construtivas impostas para os demais lotes, mas, tão somente, às restrições e
posturas impostas pelo Poder Público. Não estarão, ainda nesta condição, sujeitos ao
pagamento de contribuições à Associação.
CAPÍTULO IV – DA DURAÇÃO
TÍTULO II
Dos Bens Comuns e Particulares
Art. 6º - Para as finalidades previstas neste Estatuto considera-se: a) como propriedade
individual, o lote com as benfeitorias ou construções que ali vieram a ser levantadas; b) como
áreas e coisas comuns, para uso de todos os proprietários ou titulares de direito de aquisição
dos lotes e, portanto, indivisíveis: I. As áreas do Sistema Viário e de lazer com suas
benfeitorias e construções relacionadas no Memorial Descritivo do Loteamento; II. As
construções, melhoramentos e benfeitorias, bem como os móveis, utensílios, equipamentos,
máquinas e veículos e tudo mais que vier a ser adquirido pela Associação.
§1º. A área do “Centro de Recreação”, juntamente com suas benfeitorias será de uso comum
dos proprietários dos lotes.
§2º. A área mencionada acima é indivisível, não podendo ter qualquer outro destino ou
finalidade, sendo lícito aos proprietários dos lotes, efetuar novas benfeitorias ou construções,
desde que através da Associação dos Moradores do Loteamento Setvillage Las Palmas.
§3º - As coisas comuns não poderão ser alteradas, retiradas ou modificadas e nem
substituídas sem o consentimento expresso de uma maioria composta por no mínimo 2/3
(dois/terços) dos associados.
TÍTULO III
Dos Associados, Deveres e Direitos
Art. 7º. O quadro social é constituído pelos associados, assim considerados todos os
proprietários de lotes residenciais localizados no Loteamento Setvillage Las Palmas,
observado o disposto neste Estatuto.
Art. 8º. Serão admitidos na qualidade de associados, ingressando no quadro social, os
adquirentes de lotes localizados no Loteamento, submetendo-se, desde a assinatura do
instrumento contratual de aquisição de lotes, às disposições deste Estatuto Social.
§1º. Serão excluídos da Associação aqueles que não mais tiverem a titularidade de lotes. Na
hipótese de promessa de venda e compra do lote, cessão ou promessa de cessão dos direitos
sobre o lote, ou qualquer forma de alienação, os direitos e deveres do proprietário do
respectivo lote deverão ser obrigatoriamente transferidos ao adquirente, promitente
comprador, cessionário ou promitente cessionário, conforme o caso. O associado
permanecerá responsável solidário até a transferência efetiva da propriedade imobiliária na
forma da lei aplicável.
§2º. A exclusão de associado somente se dará em decorrência da alienação, a qualquer título,
da propriedade de lotes, ou por justa causa, reconhecida a existência de motivos graves, em
deliberação fundamentada por decisão da Diretoria, sendo cabível recurso de tal decisão à
Assembleia que deverá ser convocada especialmente para este fim, e com decisão da maioria
simples dos presentes. Não obstante a eventual exclusão, os titulares de lotes não poderão
deixar de contribuir com as taxas devidas à Associação, sob pena de caracterizar-se
enriquecimento sem causa, já que todos os lotes serão beneficiados com a administração
promovida pela Associação.
§3º. A representação do associado junto à Associação deverá ser exercida somente por 1
(uma) pessoa física. Na hipótese de cotitularidade de lotes, será designado pelos adquirentes
1 (um) associado, dentre os coproprietários, para tanto e, no caso de pessoas jurídicas, a
representação será exercida pelo representante legal ou por procurador outorgado para este
fim, sem isentar os demais coproprietários de lotes das responsabilidades decorrentes.
Art. 9º. Os direitos e obrigações assumidos pelo associado obrigam a si, herdeiros e
sucessores.
Art. 10. É dever dos associados: a) cumprir e fazer cumprir fielmente o Estatuto Social da
Associação, o Regimento interno, bem como quaisquer outras regras internas que venham a
ser criadas; b) acatar e cumprir as deliberações das Assembleias Gerais, da Diretoria e
Conselho Fiscal; c) pagar, nos prazos fixados, os preços referentes à aprovação de projetos e
a eventual alteração dos mesmos; d) pagar as taxas de manutenção, ordinária ou
extraordinária, e valores suplementares, fixados pela Diretoria e pelo Conselho Fiscal; e)
colaborar no sentido de ser preservado o patrimônio econômico e moral da Associação; f)
comunicar, obrigatoriamente, à Associação, no prazo de 30 (trinta) dias, a mudança de
residência ou domicílio, do número do fax e/ou do endereço do correio eletrônico para efeitos
de recebimento de comunicações, sob pena de serem consideradas válidas todas as
correspondências que lhe forem remetidas.
Art. 11. Todos os associados terão direito a voto nas assembleias, sendo que, a cada lote da
planta original do Loteamento caberá o direito a um voto.
Art. 12. São direitos dos associados, desde que em dia com os pagamentos das taxas de
manutenção, de custeio e valores suplementares: a) Usufruir os benefícios e vantagens
prestados pela Associação; b) Frequentar as dependências do Loteamento; c) Candidatar-se
ao preenchimento de cargos na Diretoria e Conselho Fiscal, observado o disposto no presente
Estatuto Social quanto à representatividade; d) Sugerir a Diretoria providências úteis aos
interesses sociais; e) Participar das Assembleias Gerais, podendo votar e ser votado.
TÍTULO IV
Do Patrimônio e Da Administração
CAPÍTULO I – DO PATRIMÔNIO
Art. 13. O patrimônio social será constituído pelos bens móveis e imóveis, doações,
subvenções e legados que venham a ser adquiridos pela Associação, assim como pelos demais
valores que venham a compor tal patrimônio, a título de contribuições dos associados.
Art.14. Os bens imóveis da Associação só poderão ser adquiridos, onerados ou alienados a
qualquer título, por proposta oriunda da Diretoria, desde que aprovada pela Assembleia
Geral, especialmente convocada em caráter extraordinário, por maioria dos presentes no
gozo de seus diretos estatutários.
§ 1º. No caso de aquisição de bens móveis ou imóveis, na forma de doação, esta somente
será submetida às formalidades previstas no caput do presente artigo, se estiver condicionada
a qualquer tipo de encargo.
§ 2º. A definição dos critérios a serem obedecidos, para o recebimento de doações sem
encargos, será de competência da Diretoria, ouvido o Conselho Fiscal através de parecer por
escrito.
CAPÍTULO II – DA ADMINISTRAÇÃO
Art. 15. São órgãos da administração da Associação: Assembleia Geral; Diretoria; Conselho
Fiscal.
§1º. Incumbe a todos os órgãos, dentro de seus campos de atividades, estatutariamente
estabelecidos, conjugarem esforços no sentido de serem atingidos os objetivos sociais.
§2º. Os associados não respondem, ainda que subsidiariamente, pelas obrigações contraídas
pela Associação, mesmo que, em virtude de ato regular de gestão e dentro de suas
competências estatutárias. Entretanto, os citados membros respondem civil e criminalmente
perante a Associação e terceiros, quando agirem com dolo e violação da Lei ou do Estatuto
Social.
Art. 16. O Diretor Presidente poderá ter remuneração mediante isenção da taxa mensal,
mediante aprovação da Diretoria.
Parágrafo único. Os demais cargos da administração não poderão ser remunerados.
TÍTULO V
Da Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária
I.I Convocações
Art. 21. Somente podem concorrer às eleições, candidatos que integrem chapa completa e o
associado não poderá concorrer por mais de uma chapa.
Art. 22. A inscrição das chapas concorrentes far-se-á no prazo máximo de 05 (cinco) dias
contados da data da publicação do edital de Convocação da Assembleia Geral Ordinária.
Parágrafo Único. Na primeira contagem de prazo, excluir-se-á o dia da publicação do primeiro
edital e será computado o dia do vencimento, que será automaticamente prorrogado para o
primeiro dia útil seguinte, se cair em sábado, domingo ou feriado.
Art. 23. A inscrição das chapas realizar-se-á na sede da Associação nos prazos estabelecidos,
em dias úteis, no horário comercial, devendo ser utilizado, para tal fim, o Livro de Registro de
Inscrição de Chapas.
§1º. As chapas serão registradas mediante requerimento dos interessados, contendo a
assinatura de todos os seus componentes, dirigindo ao Diretor Presidente da Associação, em
duas vias.
§2º. Cada associado poderá concorrer a um cargo em uma chapa, prevalecendo a ordem de
registro de chapas no livro próprio, vedado o registro da segunda chapa que contiver nome
de associado já registrado por outra.
§3º. Às 18 horas do dia do vencimento para registro de chapas, será encerrado o livro próprio
devendo ser assinado pelo responsável designado por escrito pela administração do
Loteamento para acompanhar o processo eleitoral, pelo Diretor Presidente e pelo
representante do Conselho Fiscal.
§4º. As chapas concorrerão às eleições através dos números ordinais, sequencias de registro
no livro próprio.
Art. 24. As chapas concorrentes aos cargos da Diretoria e do Conselho Fiscal, além de sua
dominação, deverão apresentar: a) Relação nominal dos integrantes; b) Autorização, por
escrito, de cada candidato para a sua inscrição.
Art. 25. Formalizado o registro, não será admitida substituição de candidatos, salvo em caso
de morte ou invalidez comprovada até o momento da instalação da Assembleia Geral.
Art. 40. A Assembleia Geral Extraordinária realizar-se-á sempre que necessário e poderá
deliberar sobre qualquer assunto de interesse da Associação, convocadas inclusive para
deliberar sobre matérias não previstas no título anterior, e desde que mencionadas no Edital.
Art. 41. É de competência exclusiva da Assembleia Geral Extraordinária deliberar sobre os
seguintes assuntos: I - Reforma e alteração do Estatuto e Regimento Interno; II - Dissolução
voluntária da Associação; III - Substituição dos cargos da Diretoria e Conselheiros no caso de
vacância; IV - Destituição dos cargos da Diretoria e Conselheiros; V - Situações emergenciais,
que não possam aguardar a realização da Assembleia Geral Ordinária.
Parágrafo Único. São necessários 2/3 (dois terços) dos votos do Loteamento para tornar
válidas as deliberações de que trata este artigo, exceto o inciso I, que se aplicará o quórum de
maioria absoluta dos presentes e do inciso V, em que se aplicará maioria simples dos
presentes.
Art. 42. O processo de apuração de responsabilidades, relativa a um membro ou vários
componentes da Diretoria ou do Conselho Fiscal, em caso de agirem em fraude ou de má fé
no exercício de seus respectivos mandatos, poderá ter início através de denúncia formulada
por um mínimo de 10 (dez) associados, formalizada por escrito e endereçada a um membro
da Diretoria para as providências cabíveis.
Parágrafo Único. A Assembleia que destituir membro da Diretoria ou do Conselho Fiscal dar-
lhe-á substituto. Caso não seja possível a nomeação imediata, e ocorrendo destituição, que
possa comprometer a regularidade administrativa e financeira da Associação, a Assembleia
poderá designar uma Comissão provisória, de no mínimo 05 (cinco) membros, até a eleição e
posse dos novos diretores e conselheiros, o que deverá ocorrer no prazo máximo de 60
(sessenta) dias.
TÍTULO VI
DA DIRETORIA E DO CONSELHO FISCAL
CAPÍTULO I – DA DIRETORIA
Art. 43. A Associação será administrada por uma Diretoria composta de 3 (três) membros,
todos associados, eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de 2 (dois) anos, permitida
a reeleição.
Art. 44. A Diretoria da Associação será composta dos seguintes cargos: Diretor Presidente,
Diretor Vice-Presidente, Diretor Administrativo.
Art. 45. O Diretor que se demitir não poderá abandonar suas funções do seu cargo até que a
Diretoria dê posse ao seu substituto, salvo se esta não o fizer na primeira reunião subsequente
ao pedido de demissão.
Art. 46. Os membros da Diretoria não respondem pessoalmente pelas obrigações contraídas
em nome da Associação na prática de ato regular de sua gestão, mas respondem
solidariamente perante a Associação e subsidiariamente aos terceiros prejudicados, por culpa
no desempenho de suas funções.
Art.47. Compete ao Diretor Presidente: a) representar os interesses da Associação perante as
repartições públicas federais, estaduais, municipais e empresas concessionárias ou
permissionárias de serviços públicos, assim como perante as demais pessoas físicas ou
jurídicas; b) representar a Associação, ativa ou passivamente, em juízo ou fora dele, podendo
outorgar procuração “ad-judicia” ou “ad-negotia”, sem a necessidade de assembleia geral
para este fim, sempre que se fizer necessária; c) convocar a Assembleia Geral, bem como
qualquer órgão da Associação, quando necessário; d) contratar funcionários, e fixar normas
para sua admissão e demissão, fixando-lhes as atribuições e remunerações; e) indicar o banco
ou bancos nos quais devam ser feitos os depósitos de numerário disponível, bem como
representar, juntamente com o Diretor Administrativo, a Associação perante estabelecimento
bancários, abrindo e movimentando contas; f) advertir verbalmente ou por escrito, o
associado que infringir as disposições deste Estatuto e seu Regulamento Interno; g) organizar,
aditar, alterar ou reformar Regulamento Interno da Associação, que será submetido à
aprovação da Assembleia Geral; h) prestar contas à Assembleia Geral Ordinária; i) transferir
atribuições, que lhe são próprias, ao Vice-Presidente da Diretoria; j) determinar taxas
destinadas às despesas dos serviços da Associação; k) zelar pelo patrimônio da Associação,
interpretar e resolver os casos omissos neste Estatuto; l) executar e fazer executar as
deliberações da Assembleia Geral; m) mandar executar quaisquer consertos ou reparos de
vulto, de caráter urgente, nas instalações, eventual ou acidentalmente danificadas,
independentemente de consultas aos associados; n) supervisionar as atividades da
Associação; bem como estabelecer as normas para o funcionamento da mesma; o) verificar
frequentemente o saldo de caixa; p) estabelecer, em instruções ou regulamentos, sanções ou
penalidades a serem aplicadas nos casos de violação ou abuso cometido contra disposições
da Lei, deste Estatuto ou das regras de relacionamento com a Associação, que vierem a ser
expedidas de suas reuniões; q) fixar normas de disciplina funcional; r) julgar os recursos
formulados pelos empregados contra decisões disciplinares; s) estabelecer as normas de
controle das operações e serviços verificando mensalmente, o estado econômico-financeiro
da Associação e o desenvolvimento das operações e atividades em geral, através de
balancetes da contabilidade e demonstrativos específicos; t) deliberar sobre admissão,
demissão, eliminação e exclusão de associados; u) adquirir, alienar ou onerar bens imóveis da
Associação com expressa autorização da Assembleia Geral; v) contrair obrigações, transigir,
alienar e onerar bens móveis, ceder direitos e constituir mandatários; x) zelar pelo
cumprimento das Leis, bem como pelo atendimento da Legislação Trabalhista e Fiscal; z)
exercer todos os demais direitos, cumpridos os deveres especificados neste Estatuto e no
Regulamento Interno.
Art. 48. Ao Diretor Vice-Presidente cabe, entre outras as seguintes atribuições: a) Substituir o
Presidente na falta temporária do mesmo em período inferior a 90 (noventa) dias, sem que
seja necessário se configurar nesse caso o impedimento temporário deste último; b) Estimular
e supervisionar as atividades de relações públicas e interesses da Associação; c) Representar
a sociedade, em conjunto ou isoladamente, dividindo com o Diretor Presidente, a
responsabilidade perante os órgãos da administração pública federal, estadual ou municipal,
ou em qualquer situação, desde que a mesma seja lícita e não fira os interesses da sociedade
ou deste estatuto; d) Supervisionar, em conjunto com o Diretor Presidente, a atuação dos
funcionários, especialmente as ligadas às áreas de pessoal.
Art. 49. Compete ao Diretor Administrativo: a) representar a Associação, juntamente com o
Diretor Presidente, perante estabelecimentos bancários, abrindo e movimentando contas;
b) arrecadar e contabilizar as contribuições, rendas, auxílios e donativos destinados
à Associação, mantendo em dia a escrituração; c) promover a arrecadação de todas as
receitas cabíveis à Associação; d) apresentar relatórios de receitas e despesas sempre que
forem solicitados; e) fiscalizar a escrituração dos bens patrimoniais, inclusive inspecioná-la
periodicamente; f) assinar os balancetes mensais; g) responder pela administração dos
recursos da entidade; h) determinar e efetuar os pagamentos das despesas autorizadas pelo
Diretor Presidente; i) acompanhar e supervisionar os trabalhos de contabilidade, contratados
com profissionais habilitados, cuidando para que todas as obrigações fiscais e trabalhistas
sejam devidamente cumpridas em tempo hábil; j) apresentar o relatório financeiro a ser
submetido à Assembleia Geral; k) publicar anualmente a demonstração das receitas e
despesas realizadas no exercício; l) elaborar, com base no orçamento realizado no exercício
em curso, a proposta orçamentária para o exercício seguinte a ser submetida à Diretoria, para
posterior apreciação da Assembleia Geral; m) manter todo o numerário em estabelecimento
de crédito, exceto valores suficientes para pequenas despesas; n) assinar, em conjunto com
o Presidente, todos os cheques emitidos pela Associação; o) tomar as medidas cabíveis para
cobrança amigável ou judicial de quaisquer créditos da Associação.
Art. 50. A Diretoria disporá dos seguintes elementos, que serão obrigatoriamente transferidos
a seus sucessores: Livro de Ata; Livro de Registro de Presença nas Assembleias Gerais; Fichário
de Empregados; Livro Caixa; Livro Diário; Registro de Procuradores; Outros que a prática
aconselhar e poderão ser físicos ou digitais.
Parágrafo Único. É facultada a adoção de livros de folhas soltas ou fichas, inclusive emitidas
por processamento eletrônico de dados.
Art. 51. A Diretoria reunir-se-á: (I) Ordinariamente: no último bimestre de cada ano, para
deliberar sobre as Propostas Orçamentárias para o ano seguinte, além de fixar, os valores das
Taxas de Manutenção e de atividades desenvolvidas, para submeter à aprovação da
Assembleia Geral; e (II) Extraordinariamente: para deliberar sobre assuntos de interesse
social, especialmente, mas não se limitando a: a) reajustes não primitivamente previstos,
revisões do valor das taxas, complementações ou cobrança de taxas extraordinárias, quando
necessário, para em seguida submeter à deliberação da Assembleia Geral; b) julgar, em grau
de recurso, os casos de aplicação de penalidades aos associados, bem como fixar o valor das
multas pecuniárias; c) ratificar o Regimento Interno, assim como todas as reformulações, bem
como demais Regimentos que se fizerem necessários para o bom funcionamento da
Associação, levando à aprovação da Assembleia Geral; d) aplicar sanções aos seus membros,
por faltas eventualmente cometidas, em razão do exercício de suas funções; e) instaurar
processo administrativo a respeito da destituição de membro da Diretoria que deva ser
afastado, encaminhando-o, com relatório e parecer, à Assembleia Geral; f) interpretar este
Estatuto Social e, quando necessário, suprir suas omissões, com relação às matérias de sua
competência, bem como cumprir e fazer cumprir as deliberações das Assembleias Gerais; g)
autorizar a venda de bens móveis da Associação e fixar regras para tal fim.
Art. 52. A Diretoria rege-se pelas seguintes normas: I - Delibera validamente com a presença
da maioria dos seus membros, e suas decisões serão tomadas por maioria de votos dos
presentes, reservado ao Diretor Presidente além de seu voto, o exercício do voto de
desempate; II - As deliberações serão consignadas em atas circunstanciadas, lavradas em Livro
próprio, lidas, aprovadas e assinadas ao final dos trabalhos pelos membros presentes.
§1º. Nos impedimentos por prazos até 90 (noventa) dias, o Presidente será substituído pelo
Vice-Presidente.
§2º. No mesmo prazo, Vice-Presidente será substituído pelo Diretor Administrativo.
§3º. Nos impedimentos por prazo superior a 90 (noventa) dias do Presidente, do Vice-
Presidente, e do Diretor Administrativo, o Conselho Fiscal indicará, dentre seus membros,
elementos para substituição.
§4º - Os escolhidos exercerão o mandato pelo prazo que restar aos seus antecessores.
§5º. Se ficarem vagos, por qualquer tempo, mais da metade dos cargos da Diretoria ou do
Conselho Fiscal, deverá o Presidente (ou membros restantes, se a Presidência estiver vaga),
convocar Assembleia Geral Extraordinária para o devido preenchimento.
Art. 53. As reuniões da Diretoria serão instaladas em primeira convocação com a presença de
todos os membros e, em segunda convocação, a ser realizada 30 (trinta) minutos após a hora
fixada, com, no mínimo, dois Diretores.
Parágrafo Único. As deliberações da Diretoria serão tomadas por maioria simples dos votos
dos presentes.
Art. 54. São inelegíveis para a Diretoria: a) associados que tenham a qualquer tempo praticado
ato(s) de conhecimento público, que prejudicaram os interesses e a imagem da associação;
b) associados inadimplentes junto às instituições financeiras ou para com a Associação,
envolvidas em cobranças judiciais e protestos no momento da eleição, ou condenados por
crimes de qualquer natureza nos últimos 5 (cinco) anos; c) os condenados a pena que vede,
ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de
prevaricação, suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema
financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de
consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação.
Parágrafo Único. Para ocupar o cargo de Diretor Presidente é necessário que o candidato seja
também morador do Loteamento Las Palmas.
Art. 55. Aos membros da Diretoria é vedado: a) praticar atos de liberalidade à custa da
Associação; b) tomar por empréstimo recursos ou bens da associação, ou usar, em proveito
próprio ou de terceiros, seus bens, serviços ou créditos; c) receber, de associados ou de
terceiros, qualquer benefício, direta ou indiretamente, em função do exercício do cargo; d)
participar ou influir em deliberações sobre assuntos de interesse pessoal, cumprindo-lhes
declarar os motivos de seu impedimento.
Art. 56. Os componentes da Diretoria, ficam responsáveis, pessoalmente, pelos prejuízos que
causarem à Associação, inclusive com exigência de devolução dos valores recebidos,
acrescidos de encargos compensatórios, quando proceder: a) Com violação da Lei e do
Estatuto; b) Dentro de suas atribuições ou poderes, com culpa ou dolo.
Parágrafo Único. A Associação responderá pelos atos a que se refere este artigo, se os houver
ratificado ou deles logrado proveito.
TÍTULO VII
DO ORÇAMENTO, DA TAXA DE MANUTENÇÃO E FORMA DE PAGAMENTO
CAPÍTULO I – DO ORÇAMENTO
Art. 62. A Diretoria, dentro dos 30 (trinta) primeiros dias de cada mês de janeiro, elaborará o
orçamento para o novo exercício anual, estimando as despesas e fixando a receita, para
estudo e deliberação da Assembleia Geral Ordinária.
Art. 63. Como o empreendimento é composto por coisas de propriedade e uso comuns,
inalienáveis e indivisíveis e por coisas de propriedade exclusiva ou privativa de cada associado,
haverá, correspondentemente, despesas comuns e particulares.
§1º. São despesas particulares aquelas que incidam exclusivamente sobre cada lote, ou
residência, sendo o pagamento desses gastos responsabilidade de seus proprietários,
titulares dos direitos de aquisição ou moradores a qualquer título.
§2º. São consideradas as despesas comuns e, portanto, rateadas, ficando a cargo de cada
proprietário todas aquelas relacionadas com a administração e segurança do Loteamento,
conforme descritas no artigo 3º do presente Estatuto.
Art. 64. O orçamento das despesas comuns dos associados será fixado, anualmente, pela
Assembleia Geral Ordinária e seu montante será parcelado mensalmente para efeito dos
pagamentos pelos associados.
Art. 65. Excepcionalmente, serão admitidos serviços de emergência, não previstos no
orçamento. A Diretoria poderá despender em cada mês e, independentemente de prévia
consulta aos associados, até o limite de 30 (trinta) vezes o valor de Taxa de Manutenção fixada
para cada lote no mês anterior.
Art. 66. As contas de despesas comuns serão devidas, ainda que o associado não resida no
Loteamento, ou não se utilize efetivamente dos serviços postos à disposição.
Art. 67. Havendo necessidade plenamente justificada, a Diretoria poderá tomar empréstimo
em nome da Associação que nunca poderá exceder ao valor de uma arrecadação mensal do
rateio, desde que autorizado em Assembleia Geral com a recomendação do Conselho Fiscal.
Art. 68. Excepcionalmente, a Proposta Orçamentária poderá ser suplementada no decurso do
exercício por deliberação do Conselho Fiscal e mediante proposta e solicitação fundamentada
da Diretoria, acompanhada de exposição da situação econômico-financeira da Associação,
submetendo-se à apreciação da Assembleia Geral.
Art. 69. Toda compra de material de qualquer tipo, contratação ou locação de serviços que
venham a onerar a Associação em valor superior a 30 (trinta) vezes o valor de Taxa de
Manutenção fixada para cada lote no mês anterior, deverão ser precedidos de tomadas de
preços de, pelo menos, 2 (dois) proponentes, salvo nos casos de fornecedor único de
produtos ou de serviços ou nos casos de emergência. Deverão ficar consignados em ata os
motivos determinantes do procedimento, no prazo de 5 (cinco) dias, para que este dê ciência
do fato a seus pares na primeira reunião que se realizar.
Artigo 70. Os associados se obrigam a concorrer com todas as despesas necessárias ao bom
funcionamento da Associação. Os valores ordinariamente devidos serão sempre a título de
taxas e abrangerão todas as despesas incorridas pela Associação em sua área de atuação.
Artigo 71. Será cobrada dos associados a taxa mensal denominada Taxa de Manutenção,
referente ao custeio das despesas com conservação em geral, vigilância, manutenção das
áreas de lazer e outros itens necessários ou convenientes à manutenção do Loteamento.
§1º. A Taxa de Manutenção, cujos valores serão fixados pela Diretoria, e aprovadas em
Assembleia Geral, será equivalente a 1/416 avos, independe da metragem do lote, bem como
se houver ou não construção.
§2º. A qualquer época, os valores das taxas poderão ser revistos ou complementados,
conforme a necessidade, desde que aprovado pela Assembleia Geral, por maioria dos
presentes, respeitada a previsão orçamentária.
Art. 72. A Taxa de Manutenção é devida por unidade de lote.
Art. 73. As Taxas de Manutenção serão devidas a partir da assinatura do Contrato de
Compromisso de Compra e Venda do lote.
Art. 74. Os pagamentos das Taxas e Manutenção serão efetuados adiantadamente até o dia
10 (dez) de cada mês a que se refere, na forma indicada pela Associação.
Parágrafo Único. A falta de recebimento do boleto não exime o associado das obrigações de
efetuar o pagamento, nem poderá servir como justificativa para o atraso em sua liquidação.
Art. 75. O atraso no pagamento das taxas acarretará ao associado multa de 10% (dez por
cento), calculada sobre o valor do débito em atraso, mais encargos financeiros fixados com
base na variação nominal da TR, ou outro indexador financeiro que a substitua, além de juros
moratórios convencionados em 1% (um por cento) ao mês e eventuais honorários
advocatícios.
Art. 76. As quotas para fazer frente a despesas extraordinárias serão pagas pelos associados,
em caso de urgência, dentro de 10 (dez) dias do respectivo aviso da Diretoria e, nos demais
casos, dentro de 30 (trinta) dias, desde que aprovada em assembleia geral.
Art. 77. A Associação criará um Fundo de Reserva num total equivalente a 1 (um) mês de
arrecadação das taxas devidas pelos associados destinado a cobrir despesas extraordinárias
do Loteamento.
§1º. Os valores para constituir o Fundo de Reserva serão cobrados dos associados juntamente
com os valores devidos à Associação e serão equivalentes a 5% (cinco por cento) da respectiva
Taxa de Manutenção.
§2º. Ao fim de cada exercício social o saldo existente em conta deverá ser remetido ao fundo
de reserva.
Art. 78. Para o cumprimento das obrigações acima previstas, a Associação poderá utilizar-se
de todos os meios admitidos para cobrança, inclusive levando a protesto o débito não pago,
inscrevendo o nome do inadimplente no cadastro de inadimplentes e promovendo o
respectivo processo de cobrança e/ou execução.
Art. 79. É vedado o pagamento do boleto bancário em valor diverso do grafado ou, nos casos
de atraso, sem as multas e juros.
Art. 80. A renúncia de qualquer associado a seus direitos em hipótese alguma valerá escusa
para exonerá-lo do cumprimento de seus deveres e obrigações e, principalmente, do
pagamento dos encargos a que ficar obrigado.
Art. 81. O associado responderá com seus bens pelo cumprimento das obrigações advindas
das despesas, orçamentárias e extraordinárias.
Art. 82. Após 60 (sessenta) dias de inadimplência, será feita cobrança extrajudicial do débito.
§ 1º. Esgotados os meios amigáveis de cobrança dos créditos da Associação, caberá à Diretoria
promover a competente Ação Judicial.
§ 2º. A cobrança também será judicial quando transcorridos 60 (sessenta) dias de atraso, após
a cobrança extrajudicial, nos casos em que o associado deixar de quitar uma das taxas de
contribuição, pagando as subsequentes.
§ 3º. Quando o associado pagar alternadamente as taxas de contribuição, ou seja, mês sim,
mês não, a cobrança será judicial depois de transcorridos 60 (sessenta) dias do primeiro
atraso.
§ 4º. As multas aplicadas por infrações ao Estatuto Social e/ou Regulamento Interno que não
são mais passíveis de recurso serão enviadas para cobrança judicial depois de decorridos 60
(sessenta) dias do vencimento.
Art. 83. Após a finalização de tentativa de cobrança amigável, além dos juros, multa, correção
monetária e despesas administrativas os inadimplentes responderão pelo pagamento das
despesas com arbitragem e/ou custas processuais, bem como pelos honorários advocatícios
estabelecidos pelo profissional contratado pela Associação, nos termos disciplinados no
Código Civil, sem prejuízo de outras despesas que se fizerem necessárias.
Art. 84. Verificada a hipótese de o associado deixar de pertencer ao quadro associativo,
devido à perda de titularidade de direito sobre o imóvel, quer por transferência, cessão,
rescisão amigável ou judicial, as contribuições pagas a qualquer título, não serão devolvidas
em hipótese alguma em razão dos benefícios usufruídos.
TÍTULO VIII
Das Construções, Da Comissão De Obras, Da Fiscalização
Art. 85. As construções e benfeitorias a serem levantadas nos lotes deverão obedecer às
restrições constantes neste Estatuto Social.
Art. 86. Os proprietários dos lotes deverão, além de apresentar as plantas e projetos para
aprovação do Poder Público, apresentá-la também para aprovação da Comissão de Obras do
Loteamento.
Art. 87. Nenhuma planta do projeto que não se enquadrar perfeitamente nas condições
descritas no Estatuto Social serão aprovados pela Comissão de Obras.
Art. 88. A Comissão de Obras será indicada pela Diretoria e será composta de 3 (três)
associados e de um profissional com conhecimento técnico para a devida análise de todos os
projetos que vierem a ser edificados no Loteamento.
Parágrafo Único. O profissional contratado não precisa ser associado.
Art. 89. A Comissão de Obras nomeada pela Diretoria, terá as seguintes atribuições: a) analisar
as plantas e projetos de construções novas, reformas ou ampliações das residências, que
deverão ser obrigatoriamente apresentadas pelos associados antes do início das obras; b)
verificar se tais plantas ou projetos enquadram-se nas determinações e restrições existentes
no Estatuto Social; c) aprovar ou não tais plantas ou projetos no prazo máximo de 10 (dez)
dias.
Art. 90. Para exames pela Comissão de Obras ser-lhe-ão fornecidas plantas necessárias ao
entendimento do projeto assim como nos respectivos Memoriais Descritivos. No caso de
aprovação, uma cópia será retida pela Comissão e as demais devolvidas aos interessados,
devidamente certificadas
Art. 91. Os associados pagarão a taxa de aprovação de projeto, referente à análise de
adequação dos projetos de construção às regras e restrições urbanísticas, bem como com
relação a eventuais alterações de projeto, conforme o previsto neste Estatuto Social.
§1º. A taxa de aprovação de projeto será devida em cada pedido de aprovação de projeto de
construção, e pagável juntamente com a formulação do pedido, observado o valor fixado pela
Diretoria e aprovado em Assembleia.
§2º. Em caso de alteração de projeto, será cobrada uma taxa de alteração, referente à análise
de adequação da alteração de projeto de construção anteriormente aprovado às regras e
restrições urbanísticas.
§3º. Os membros da Comissão, bem como o profissional contratado, só respondem civil e
criminalmente perante a Associação e terceiros, quando agirem com dolo na violação às Leis,
ao Código de Posturas e/ou ao Estatuto Social.
CAPÍTULO II – DA FISCALIZAÇÃO
Art. 92. A Associação contratará um profissional com conhecimento técnico para fazer a
fiscalização das obras em andamento no Loteamento.
§1º. O profissional contratado não precisa ser associado.
§2º. Caso o profissional constate irregularidades nas obras deverá, por escrito e
fundamentadamente, informar a Associação no prazo de 2 (dois) dias.
§2º. A Diretoria notificará o infrator para que desmanche a obra irregular, às suas custas, no
prazo de 15 (quinze) dias.
§3º. Caso o infrator assim não proceda, caberá à Diretoria, com autorização judicial, mandar
desmanchar a obra irregular.
§4º. O profissional contratado só respondem civil e criminalmente perante a Associação e
terceiros, quando agir com dolo e violação às Leis, ao Código de Posturas e/ou ao Estatuto
Social.
TÍTULO IX
Dos Danos
Art. 93. Todo dano causado ao empreendimento, seja aos lotes, seja as coisas comuns, deverá
ser indenizado por quem causar.
Art. 94. Caberá a cada associado a iniciativa e o ônus pela reparação das instalações internas
de seu respectivo lote ou residência, bem como dos ramais de luz, força, telefone, água,
esgoto até o encerramento tronco, assim como as servidões de seu uso exclusivo existentes
em faixa de recuo dos lotes vizinhos.
Art. 95. O associado será obrigado a reparar, por sua conta, todo e qualquer dano que for
causado por defeito nas instalações de sua propriedade e aos demais lotes. Os demais
associados terão o direito e exigir daquele que descuidar da manutenção do seu lote, o
ressarcimento das despesas feitas com reparação de danos dai advindos.
Art. 96. Se os danos não forem reparados em 10 (dez) dias, fica a Associação autorizada a
executar os reparos necessários e cobrar as despesas decorrentes dos mesmos do associado
que os ocasionou, cobrando a taxa de 100% (cem por cento), sobre o valor gasto, a título de
multa.
Art. 97. O associado é responsável solidariamente, pelos danos e estragos praticados por seus
familiares, convidados, empregados, empreiteiros, inclusive por seu locatário às partes
comuns no Loteamento ou demais lotes. Portanto, todos os usuários do Loteamento são
obrigados a respeitar e cumprir este Estatuto.
Art. 98. O associado poderá alterar ou modificar a obra que estiver construído no seu lote, ou
criar benfeitorias de qualquer tipo, desde que respeitadas às posturas municipais e as
restrições estabelecidas no presente Estatuto Social, responsabilizando-se pela perfeita
limpeza dos locais por onde transitarem os materiais de construção ou entulhos.
§1º. Não será permitida a colocação de entulho e materiais usados nos lotes de terceiros.
§2º. A utilização dos lotes de terceiros como depósito de materiais novos, estará condicionada
a autorização do proprietário desse lote, por escrito e com firma reconhecida, com prazo
máximo de 180 (cento e oitenta) dias, podendo ser prorrogada por igual período.
Art. 99. O associado que realizar obras em seu lote será responsável pela perfeita limpeza dos
locais comuns por onde transitarem os materiais de construção ou entulhos, correndo por
sua exclusiva o risco, ônus ou prejuízos que forem causados às partes comuns.
TÍTULO X
Das Penalidades
Art. 100. No caso de descumprimento de qualquer cláusula deste Estatuto em que não haja
penalidade específica, será imposta ao associado infrator multa correspondente a 10 (dez)
vezes o valor da Taxa de Manutenção de cada lote.
§1º. A imposição da multa será comunicada por escrito ao infrator ou quem por ele for
responsável dentro do vínculo de sua relação. O infrator terá o prazo de 05 (cinco) dias úteis
para se manifestar. Em não sendo apresentada defesa no prazo, seguirá o processo, até seus
termos finais. Eventual recurso interposto não terá efeito suspensivo.
§2º. O recurso será julgado pela Diretoria junto com Conselho, em reunião extraordinária.
§3º. As importâncias devidas a título de multas que não forem pagas até 30 dias após a data
em que vier a ser fixada ficarão sujeitas, desde a ocorrência e até o efetivo pagamento, à
incidência de multa de 10% (Dez por cento), e juros de 1% ao mês e correção monetária pelo
IPCA, IGP-M e INPC.
§4º. O pagamento das multas não dispensará o associado faltoso de desfazer a obra ou
abster-se da prática de ato contrário à Lei, a este Estatuto ou ao Memorial do Loteamento.
§5º. A Diretoria poderá, ainda, regulamentar as formas de aplicação, diminuição ou anistia
dos acréscimos sobre o atraso de pagamento.
§6º. Para o cumprimento das obrigações acima previstas por parte dos associados, a
Associação poderá utilizar-se de todos os meios admitidos para cobrança, inclusive levando a
protesto o débito não pago, inscrevendo o nome do inadimplente no cadastro de
inadimplentes e promovendo o respectivo processo de cobrança e/ou execução.
TÍTULO XV
Da Dissolução e Liquidação da Associação
Art. 101. A Associação poderá ser extinta por deliberação da maioria dos associados, em
qualquer tempo, desde que seja convocada uma Assembleia Extraordinária para tal fim.
Art. 102. Quando a dissolução for deliberada pela Assembleia Geral, esta nomeará um
liquidante, ou mais, e um Conselho Fiscal composto de 3 (três) membros para procederem a
sua liquidação, bem como estabelecer o modo da mesma.
Parágrafo Único. A Assembleia Geral, nos limites de suas atribuições, poderá em qualquer
época, destituir os liquidantes e os membros do Conselho Fiscal, designando seus substitutos.
Art. 103. Os liquidantes, investidos de todos os poderes normais de administração, devem
proceder à liquidação conforme o disposto na legislação cooperativista.
TÍTULO XVI
Das Restrições Impostas aos Lotes
Art. 104. O presente regulamento estabelece regras, limitações e restrições urbanísticas, com
a finalidade de disciplinar o uso e ocupação do solo, proteger o meio-ambiente e aprovar
projetos no âmbito de empreendimento. Define também as penalidades aplicáveis em caso
de infração a tais preceitos.
§1º. As disposições deste regulamento são complementares, não excluindo o cumprimento
do disposto nas legislações federal, estadual, municipal e nas normas técnicas aplicáveis,
especialmente as determinadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Não
exclui também o cumprimento do disposto em quaisquer outras normas regulamentares
editadas por outra entidade ou pelo Ministério do Trabalho, no que se refere ao pessoal de
obras.
§2º. No caso de contraposição entre eventuais modificações na legislação aplicável e
quaisquer disposições deste regulamento, tais modificações serão, quando impuserem
restrições mais gravosas, automaticamente assumidas pela Associação.
§3º. As disposições do presente regulamento aplicam-se indistintamente a todos os lotes e
devem ser cumpridas por todos os associados, salvo disposição expressa em contrário
prevista neste regulamento ou no Estatuto Social da Associação.
§4º. Incumbe ao associado informar aos projetistas, empreiteiros e a todas as pessoas
envolvidas, direta ou indiretamente na execução de obras no lote, as disposições do presente
regulamento.
§5º. O associado responde pelas infrações às disposições desse regulamento, ainda que
cometidas por seus contratados, sujeitando-se ao cumprimento das penalidades aplicáveis,
em relação à Associação, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal prevista em lei.
Art. 105. Todos os projetos de construção, modificação ou acréscimo em relação à edificação
já concluída, remembramento e desmembramento de lotes deverão ser previamente
apresentados para aprovação da Associação, que verificará o cumprimento das disposições
do presente regulamento.
Art. 106. Para a aprovação, o associado deverá fornecer à Associação os documentos que esta
julgar necessários ao perfeito entendimento e análise do projeto (VER ANEXO - PROCESSO DE
APROVAÇÃO DE PROJETO). Assim, serão exigidos os mesmos desenhos que são apresentados
para a Prefeitura e ainda é obrigatório entregar o levantamento topográfico inserido no
projeto arquitetônico. Este levantamento fica a cargo do proprietário do lote.
Parágrafo Único. Nos desenhos devem conter:
I. Cotas dos recuos (laterais, frontal e fundos) nas plantas DE TODOS PAVIMENTOS (inserir o
desenho do terreno em todas plantas baixas);
II.- A inserção das curvas de nível obtidas pelo levantamento topográfico no pavimento térreo
da edificação;
III. Representar nos cortes o perfil natural do terreno;
IV. Representar e cotar balanços (se houver);
V. Marcação dos muros com as devidas cotas e perfil natural do terreno;
VI. Se houver aterro, indicá-lo;
VII. Na planta baixa do térreo, deve constar a marcação no passeio dos acessos de pedestres
e veículos;
VIII. Demais informações exigidas também pela prefeitura municipal.
Art. 107. Aprovado o projeto, a Associação reterá uma cópia dos documentos e devolverá as
demais devidamente certificadas. O associado deverá, então, submeter o projeto à
apreciação das autoridades competentes.
Art. 108. Após a aprovação do projeto pela Prefeitura Municipal, o associado deverá
apresentar à Associação cópia do projeto aprovado, certificado pelo órgão público,
juntamente com o alvará de execução de obras, sendo somente a partir de tal momento,
permitido o início das obras.
Art. 109. O associado não poderá apresentar à prefeitura ou executar obra ou serviço
diferente do constante do projeto aprovado pela Associação, sob pena de ser a obra ou
serviço considerado irregular e sujeito às penalidades cabíveis, além das multas.
Art. 110. Caso o associado queira executar obra ou serviço diferente do constante do projeto
aprovado pela Associação, um novo projeto deverá ser apresentado a esta, com as
modificações pretendidas. O associado deverá proceder dessa mesma forma ainda que tais
modificações tenham sido necessárias em razão de lei superveniente à aprovação do projeto
pela Associação.
Art. 111. Nas hipóteses previstas acima, o associado deverá comprovar, no momento da
apresentação do projeto para a análise da Associação, o recolhimento da taxa de aprovação
de projeto, conforme o Estatuto Social da Associação.
Art. 112. A Associação poderá, a qualquer tempo, fiscalizar os lotes, as obras e as edificações,
mesmo depois de concluídas, com “habite-se” ou não, para verificar o integral cumprimento
das disposições do presente regulamento, aplicando as penalidades cabíveis.
Art. 113. O associado deverá permitir o acesso ao lote e à edificação pela pessoa designada
pela Associação para a finalidade prevista no item anterior.
V. Limite da construção
8. Nenhuma habitação poderá ter mais de dois pavimentos (térreo e superior) acima do nível
da rua, devendo também obedecer à grade máxima estabelecida pelo parágrafo 9 deste
artigo (obs.: sótão será considerado como pavimento).
X-Subsolos
24.Os SUBSOLOS não serão computados no cálculo da área total construída, sendo permitido
o seu uso e ocupação da seguinte forma:
24.1. A área máxima de ocupação do subsolo deverá ser de até 50% (cinquenta por cento)
da área total do terreno considerando os afastamentos e recuos obrigatórios estabelecidos
acima;
24.2. O subsolo deverá respeitar os mesmos afastamentos e recuos obrigatórios descritos nos
itens acima, com exceção de subsolos técnicos com pé direito menor que 2,00m (dois metros)
e área máxima de 5,00m² (cinco metros quadrados) que poderão estar colados no
alinhamento;
24.3. Somente será considerado subsolo as áreas que estiverem com pelo menos 50%
(cinquenta por cento) de sua área total com 2/3 (dois terços) do pé-direito abaixo da maior
cota de nível do terreno;
XII. Taludes
27. Para soluções de desníveis resultantes de alteração da topografia original do lote por meio
de TALUDES (aterros ou escavações), a inclinação máxima destes deverá respeitar a
proporção de 1,5 (base) : 1,0 (altura)
XIV. Passeio
29. O PASSEIO deve atender à dimensão e materiais de acabamento definidos pela
Associação. Sua topografia original deve ser mantida inalterada, mantendo-se livre de rampas
e degraus, exceto trecho de rebaixamento de guia para acesso de veículos. O passeio deve
ter ainda uma faixa contínua pavimentada, totalmente desobstruída para permitir o livre
trânsito de pedestres e uma faixa composta de grama, que será interrompida apenas nos
trechos para passagem de veículos e para o acesso de pedestres ao lote. O associado é
responsável pela execução, preservação e manutenção do passeio ao longo dos alinhamentos
do seu lote, conforme legislação municipal.
30. Os passeios terão largura de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) e serão
elevados aproximadamente 0,15m acima da pista e nivelados. Após a conclusão da edificação,
será obrigatória a execução dos passeios pavimentando-o conforme projeto padrão
estabelecido pela Associação. Deste modo, ele deverá ser composto de:
(a) Uma faixa de jardim com 1,00 m (um metro) de largura, junto ao meio-fio, com grama e
vegetação a ser definida conforme planejamento paisagístico;
(b) Uma faixa de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) pavimentada e nivelada pelo
meio-fio em toda a extensão do lote, admitindo-se uma inclinação máxima de 2% em direção
ao meio-fio.
V = 0,15 x Al x lp x t
Sendo que:
v = volume a ser reservado em m3
Ai = área impermeabilizada do lote em m2
Ip = índice pluviométrico adotado = 0,06 m/h
t = tempo de duração da chuva = 1 hora
XVIII. Exceções
34. Acréscimos ou construções que não observem as regras e restrições fixadas neste Estatuto
serão tratadas como exceções, e devem, obrigatoriamente, serem previamente aprovadas
pela Associação.
TÍTULO XV
Das Disposições Gerais
Art. 118. A Associação não distribui dividendos nem qualquer parcela de seu patrimônio ou
de suas rendas a título de lucro ou participação no resultado, aplicando inteiramente no País
os seus recursos financeiros, inclusive eventual superávit, de acordo com os objetivos
estatutários.
Art. 119. Os casos omissos serão resolvidos Diretor Presidente de acordo com as fontes e os
princípios gerais de direito, sem prejuízo das leis e do espírito da Associação.
Art. 120. O presente Estatuto entrará em vigor na data do registro no Cartório competente.
Art. 121. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Art. 122. Fica eleito o foro da Comarca de Pouso Alegre, Estado de Minas Gerais, para
qualquer ação fundada neste Estatuto.
Art. 123. Fica expressamente revogado o Estatuto Social e alterações registradas no
Tabelionato de Registro de Pessoas Jurídicas, Títulos e Documentos de Pouso Alegre, até a
presente data, devendo este entrar em vigor na data do seu registro em Cartório.
Declaro ter sido o presente Estatuto Social discutido e aprovado na Assembleia realizada no
dia ___ de _______ de 2018.
__________________________________
Luiz Maurício Fagundes Loyola
Diretor Presidente