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ADERÊNCIA DO AÇO-CONCRETO: ENSAIOS PULL-OUT EM

CANTEIROS DE OBRA NA AVALIAÇÃO DO CONTROLE DE


QUALIDADE DOS CONCRETOS

BOND OF STEEL-CONCRETE: PULL-OUT TESTS IN SEEDBEDS


OF WORKMANSHIP IN THE EVALUATION OF THE QUALITY
CONTROL OF THE CONCRETE ONES
Igor Vinicius Santana, Profª Dra. Mônica Pinto Barbosa – Campus de Ilha Solteira –
Faculdade de Engenharia – Engenharia Civil – igorvsantana@gmail.com – PIBIC/CNPq.

Palavras chaves: aderência do aço-concreto; garrafas PET; Pull-Out Test.


Keywords: bond of steel-concrete; PET bottles; Pull-Out Test.

1 INTRODUÇÃO

Em decorrência dos inúmeros casos de desabamentos ou destruições que afetam


os canteiros de obras, particularmente as construções em concreto armado, evidencia-se
constantemente a necessidade de desenvolvimento de procedimentos acessíveis e
econômicos que visem o controle da qualidade dos materiais empregados nestes tipos
de edificações.
Atualmente, especificamente em relação ao controle de qualidade do concreto
armado, existe basicamente o ensaio de compressão e ruptura simples de corpos de
provas cilíndricos e o ensaio de tração e ruptura das barras de aço, sendo que ambos os
ensaios são realizados utilizando-se individualmente o concreto e o aço, sem que haja a
combinação desses materiais representando a realidade do concreto armado empregado
normalmente. Outro empecilho para estes tipos de ensaios está no fato de necessitarem
de laboratórios e equipamentos específicos que em muitos casos são caros e estão
distantes, inviabilizando sua realização.
O ensaio de aderência entre o aço e o concreto não tem como objetivo substituir
os ensaios de caracterização já existentes e mencionados, mas sim busca apresentar uma
alternativa simplificada e que traga respostas confiáveis e exeqüíveis.
Elaborar ensaios de aderência aço-concreto em canteiros de obras, de forma
pratica, utilizando corpos de prova elaborados com garrafas PET descartadas na
natureza, tornou-se um dos motivos de pesquisa dentro de um projeto de âmbito
internacional. Nesse estudo, procura-se viabilizar esse tipo de ensaio, avaliando-se a
forma e o tipo de garrafa PET a ser utilizada no ensaio de arrancamento.

2 OBJETIVOS

O objetivo deste projeto é investigar e avaliar se o ensaio de aderência pode ser


utilizado corriqueiramente e confiávelmente no controle de qualidade do concreto
armado mesmo no próprio canteiro de obras, além de examinar qual a melhor forma e
tamanho de garrafa PET a ser utilizada e sua influência nos ensaios de aderência.
Propõe-se realizar uma seqüência de ensaios, com o intuito de analisar, em uma
primeira etapa, o comportamento das propriedades mecânicas de concretos de diferentes
classes de resistência, analisando a influencia do tipo de garrafa PET a ser utilizada
enquanto molde.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Ensaio de Aderência PULL-OUT-TEST

O ensaio de aderência, conhecido e colocado em prática depois do início da


construção em concreto armado, é destinado a avaliar a resistência da ligação entre o
concreto e a armadura. É um ensaio sobre o material composto concreto armado. Não é
evidentemente o caso do ensaio de compressão simples, realizado unicamente com o
material concreto. Sendo, portanto, considerado como um ensaio composto, que pode
ser conduzido por arrancamento de uma barra envolvida dentro de um bloco de
concreto, ele está diretamente correlacionado com a tensão de compressão (fc).
Os procedimentos para a realização destes ensaios são numerosos e variados. O
ensaio de aderência denominado por PULL-OUT TEST é considerado o mais
tradicional deles. É um procedimento normalizado pela CEB RC6 (1983), e também
recomendado pelo RILEM (1983) e pela na ASTM C234 (1991).
Este ensaio consiste em fazer extrair uma barra de armadura de aço, geralmente
posicionada no centro de um bloco de concreto, arrancando ou puxando sobre ela
(ensaio de “PULL-OUT TEST“ ou ensaio de “PUSH-OUT TEST”). Uma vez rompida a
ligação aço-concreto, a barra se desloca com mais ou menos facilidade dentro do bloco
de concreto dependendo da rugosidade da sua superfície envolvida (armadura lisa ou
armadura nervurada). O valor do pico de resistência permite de calcular
convencionalmente a tensão de cisalhamento ultima da ligação, denominada tensão de
aderência pela divisão da força máxima aplicada pela superfície nominal de ancoragem.
Salienta-se que nesse método a reação das placas de apoio coloca o concreto sob
compressão criando importantes restrições às deformações transversais do corpo de
prova, o que pode superestimar as tensões de aderência no concreto, já que esse se
encontra confinado.
BARBOSA et al. (2000), ressaltam que as vantagens desse ensaio são o baixo
custo, a simplicidade do corpo-de-prova, possibilidade de se isolar as variáveis que
influenciam a aderência, e a possibilidade de uma visualização objetiva do próprio
conceito de comprimento mínimo de ancoragem, sendo, dessa forma, um ensaio
bastante didático, segundo diversos autores.
Esse tipo de ensaio tem sido utilizado, principalmente para pesquisar o
comportamento de barras de diferentes perfis e avaliar a aderência das barras em
concretos de diferentes qualidades assim como para determinar o efeito da influência da
direção de concretagem, entre outros (BARBOSA, 2002).

3.2 Vantagens Aparentes e Inconvenientes do Ensaio de Aderência

Algumas vantagens do ensaio de aderência encontram-se no fato de que o este


ensaio é considerado como sendo um ensaio “real”, verdadeiro, sobre o material
composto concreto armado. Não é evidentemente o caso do ensaio de compressão
simples, realizado unicamente com o material concreto. Sem deixar de considerar que
os esforços exercidos são moderados, mesmo no caso de concretos de alta resistência,
também se têm aqui uma forte correlação entre a resistência à compressão simples. É a
mesma que foi anteriormente mencionada no item de vantagens do ensaio de
compressão simples. É esta correlação que permite de garantir a resistência à aderência
a partir da resistência do concreto à compressão.
Naturalmente o ensaio de aderência traz também desvantagens ligadas quer seja
à sua execução, quer seja a sua interpretação. Pode-se citar além das dificuldades

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ligadas a sua execução a diversidade de protocolos operacionais possíveis e em estado
de validade e a dependência de resultados vis-à-vis da rugosidade da armadura
normalmente caracterizada pelo coeficiente de conformação superficial fR fornecido
pelos fabricantes de armaduras.

4 METODOLOGIA

Um estudo por meio de ensaio de arrancamento normalizado pela CEB RC6


(1983) em diferentes tipos de garrafas PET, todas elas com diâmetro mínimo de 8 cm
para concreto com resistências variando de 20 a 60 MPa, com barras de aço de
diâmetro de 8,0 mm foram realizados. A figura 1 ilustra alguns dos possíveis tipos de
garrafas a serem utilizadas. Passa-se a partir da figura 1 denominar cada uma das
garrafas pelo tipo 1, 2 ou 3 conforme ilustrado abaixo. A figura 2 ilustra o ensaio pull-
out sendo realizado.

Fig. 1: Tipos de garrafas PET avaliadas. Fig 2: Ensaio de arrancamento em realização.

Nesta pesquisa está sendo avaliado um concreto de classe de resistência 35 MPa,


aos 7 e 28 dias. O concreto é dosado de acordo com métodos disponíveis na literatura
mantendo-se, preferencialmente, os mesmos componentes (agregado graúdo, cimento e
areia) e as mesmas condições de fabricação estipuladas na Normalização Brasileira.
(ABNT NBR 6118:2003).
Para a determinação das propriedades mecânicas do concreto, serão utilizados
corpos-de-prova cilíndricos metálicos de 100 mm x 200 mm.
Os ensaios de resistência à compressão axial serão realizados de acordo com a
NBR 5739:1994, nas idades de 7 e 28 dias.
A cura dos corpos-de-prova será realizada de acordo com a norma ASTM C511
apud ASTM C234 91a(1996). Os corpos-de-prova após 24 horas serão desmoldados e
envolvidos em sacos plásticos, em seguida serão colocados em câmara úmida.

4.1 Ensaios experimentais de aderência aço-concreto

A investigação experimental do comportamento da aderência aço-concreto


ocorrerá aos 7 dias de idade por ensaios de arrancamento normalizado pela CEB RC6
(1983) e referido também na ASTM C-234 -91a (1996) em modelos cilíndricos feitos a
partir de garrafas plásticas PET de 10 cm de diâmetro, de diferentes formatos.
A força de arrancamento será aplicada com a ajuda de um macaco hidráulico
vazado munido de um manômetro, tal qual utilizado sobre canteiro de obra.
Salienta-se que as barras de aço a serem ensaiadas foram posicionadas no centro
do corpo-de-prova com suas extremidades projetadas para fora. Segundo o RILEM/
CEB RC 6 (1983) o comprimento de ancoragem efetivo é de 5∅, sendo ∅ o diâmetro

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nominal ou dimensão da barra. Neste caso, para fim de comparação com ensaios
realizados em outros centros de pesquisa, tomaremos o comprimento de ancoragem
igual a 10∅.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Até o presente momento, apenas parte dos ensaios foram realizados,


inviabilizando uma comparação mais aferida da influência da fôrma da garrafa PET no
ensaio de arrancamento. Verificou-se através dos ensaios que a tensão média obtida
para o ensaio realizado com a garrafa Tipo 1 foi da ordem de 2,67 MPa, enquanto que
para a garrafa Tipo 2 essa tensão foi de 2,06 MPa, aos 7 dias. O gráfico da figura 3
compara média das tensões em função do tipo de garrafa utilizada como molde nos
ensaios de aderência. As rupturas observadas nos ensaios, independente do tipo de
garrafa utilizada, foram todas de deslizamento da barra de aço.

Comparação das Tensões Médias de Aderência obtidas em


função do tipo de garrafa PET utilizada como corpo de prova.

2,5
Tensão Média (MPa)

2
Garrafa tipo1
1,5
Garrafa tipo2
1

0,5

0
tensão media
Tipo de garrafa PET

Figura 3: Comparação das tensões médias de aderência em função do tipo de


garrafa PET utilizada como molde.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, Projeto de estruturas de


concreto – Procedimentos, ABNT NBR 6118 :2003.
LORRAIN, M.; PINTO BARBOSA, M., “Controle de Qualidade dos Concretos
Estruturais: ensaio de aderência aço-concreto”, Revista Concreto, Julho-Agosto-Set
2008, pgs 55- 60.
EUROCODE 2, Calcul des structures en béton, Partie 1-1 Recommandations.
RILEM/CEB/FIP-RC 6, Matériaux et Constructions, n. 32, 1973 Normes NF EN
12390-1 à 12390-7.
VALE SILVA, B.,CAETANO, L. F. ,BARBOSA, M.P., SILVA JR, L.C.P.,
LORRAIN,M., GOMES, L. E. S., KINDLEIN JR., W., Aderência Aço-Concreto:
Análise geométrica experimental de Armaduras de Aço para construção civil
com o auxílio do Scanner Tridimensional a laser, 51° Congresso Brasileiro do
Concreto, Curitiba, 2009.
LORRAIN, MICHEL S., BARBOSA, MÔNICA P., ARNAUD, MAURICE, VALE
SILVA, BRUNO, Avaliação da resistência do concreto armado usando o ensaio de
aderência aço-concreto, CONPAT2009, Chile.

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