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CAMPINA GRANDE, PB
2018
GISELLY MARIA DA SILVA GONÇALVES
CAMPINA GRANDE, PB
2018
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pelas bênçãos concedidas, por ter sido minha força
diante às dificuldades e pelas pessoas que me proporcionou conhecer, tornando os meus dias
mais fáceis e alegres.
Ao meu amigo e namorado, João Pedro, por ter sido o semblante de paciência,
companheirismo e amor; por ter sempre as mãos estendidas em momentos que precisei, me
incentivando e encorajando. Agradeço, também, por toda ajuda acadêmica e pessoal, se fazendo
presente em diversos momentos da elaboração deste trabalho e de minha vida.
Ao meu orientador Marcello, por ter me norteado com paciência e atenção, desde o
início desta pesquisa; por ter sido um excelente profissional ao me ensinar, sendo indispensável
em todas as etapas desse trabalho.
À Jomar, por ser uma pessoa maravilhosa e por ter me ajudado não só neste trabalho,
mas nos momentos em que o procurei.
Aos familiares que se fizeram presentes e que me ajudaram de diferentes maneiras até
o presente momento de minha jornada acadêmica e pessoal. Dentre todos, agradeço de forma
especial, à minha vó Gercina, que com seu bondoso coração tornou os meus dias melhores.
Agradeço a Eric, Janayna, João Carlos, Kedna, Germano, João Vitor e Geovanna, pela
companhia e por terem me ensinado, cada um ao seu modo, um pouco sobre a vida. Serei
eternamente grata por ter vivido esses anos ao lado de cada um.
GISELLY MARIA DA SILVA GONÇALVES
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Prof. Me. Marcello Araújo Dantas
Orientador – IFPB
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo avaliar cordões de soldas, a fim de verificar a presença de
descontinuidades que possam os rejeitar. Para tanto foram desenvolvidos 10 corpos de provas
de aço doce com dimensões equivalentes a 42,5 mm de comprimento por 100 mm de largura
em uma plaina semiautomática e estes passaram pela soldagem SMAW (eletrodo revestido)
para realização do cordão de solda. Após isto, os corpos de provas passaram por um processo
de limpeza química e mecânica. Sobre eles foi aplicado o líquido penetrante e esperou-se 15
minutos para remoção do excesso do mesmo. Em seguida, sobre as superfícies dos cordões, foi
aplicada uma camada fina e uniforme de revelador que permitiu a visualização das
descontinuidades. Os resultados mostraram que 50% dos corpos de provas foram aceitos,
apresentando uma boa qualidade de solda e livre de indicações relevantes, consoante às normas
ASME SEC.VIII DIV.1 AP.8 e ASME SEC. VII. 2., concluindo que estes cordões são
exemplos de soldas adequada para diversas aplicações.
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1. INTRODUÇÃO
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2. OBJETIVOS
Esse trabalho tem como objetivo avaliar os cordões de soldas feitos por soldagem com
eletrodo revestido utilizando o método de líquido penetrante.
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O eletrodo revestido é constituído por duas partes: (i) um núcleo metálico, denominado
alma, responsável por conduzir a corrente elétrica, servindo também como metal de adição e
(ii) a parte intitulada como revestimento, o envoltório da alma do eletrodo, que gera escória e
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gases que protegem a peça que está sendo soldada da atmosfera, estabilizando também o arco
(MODENESI & MARQUES, 2005).
Os eletrodos utilizados na soldagem manual a arco elétrico podem ser nus ou revestidos.
O primeiro caso, tendo sido muito utilizado no passado, consiste em uma vareta metálica de
composição definida. Atualmente foi substituído pelo eletrodo revestido, denominado assim
devido ao material que o envolve. O material desse revestimento é definido com base na peça
a que será soldada (PAULI & ULIANA, 1996), e sua composição influencia diretamente na
constituição química e nas propriedades mecânicas da solda (MARQUES et. al, 2009).
De acordo com Fortes (2005) e Marques et.al (2009), o revestimento possui diversas
funções, principalmente:
• Age estabilizando o arco, fazendo com que ele atue igualmente, independente de ser
curto ou longo, sendo fácil de abrir e que tenha uma queima suave mesmo em baixas
correntes;
• O revestimento serve também para adicionar elementos que são perdidos durante a
soldagem devido a volatilização e as reações químicas;
• Deve agir como escória protegendo a poça de fusão contra a contaminação da
atmosfera através de geração de gases;
• Deve conferir características operacionais, mecânicas e metalúrgicas ao eletrodo e à
solda;
• Para que o arco seja bem direcionado, é necessário que tenha uma cratera formada
na extremidade do eletrodo. Essa cratera é formada pelo revestimento e é assegurada
com o uso de aglomerantes adequados (FORTES, 2005).
Pauli & Uliana (1996) e Marques et. al, (2009) explicam que, de acordo com sua
formulação, o revestimento pode ser classificado em:
• Revestimento rutílico: de grande versatilidade e em sua composição, apresentam
quantidade significativa de rutilo (TiO2). A escória obtida é densa e pode ser
destacada com facilidade. O aspecto do cordão de solda produzido apresenta uma
boa qualidade e com média penetração. A utilização desse revestimento torna-se
vantajosa, por exemplo, em chapas finas;
• Revestimento básico: é constituído por quantidade considerável de carbonato de
cálcio e fluorita, que quando posto a elevada temperatura se dissolve gerando escória
básica e dióxido de carbono obtido pela decomposição do carbonato, protegendo a
solda da atmosfera, diminuindo assim os níveis de alguns compostos como os
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sulfetos no cordão de solda produzido, reduzindo a possibilidade de trincas de
solidificação, concedendo as melhores propriedades mecânico-metalúrgica entre
todos os eletrodos, destacando-se o fator da tenacidade. O cordão de solda possui
uma faixa média de penetração. Sua utilização é recomendada para aplicações de
alta responsabilidade;
• Revestimento celulósico: são constituídos de matérias orgânicos e quando estes
passam pelo arco elétrico, geram grandes quantidades de gases que atuam
protegendo a solda. Porém, a utilização desse revestimento resulta em pequena
quantidade de escória, sendo esta facilmente destacável, além de um arco violento e
uma alta penetração. Consequentemente, o aspecto do cordão de solda não é bom,
mas apresentam, em geral, boas características mecânicas. Esse tipo de revestimento
é utilizado em peças que não são planas como tubulações.
Marques et. al (2009) e Santos & Rufini (2002) comentam ainda sobre os revestimentos
que caíram em desuso devido suas propriedades e comportamentos na atividade de soldagem.
• Revestimento oxidante: a composição desse tipo de revestimento é, principalmente,
óxido de ferro e o manganês, que dão origem a um cordão de solda com uma boa
aparência. Porém, a escória obtida é oxidante e de fácil destacabilidade, além de
possui uma baixa penetração. A utilização não é conveniente em situações de
responsabilidade, mas caso o aspecto do cordão seja mais importante que a
resistência mecânica, o revestimento pode ser utilizado.
• Revestimento ácido: os compostos que formulam o revestimento ácido são óxido de
ferro, óxido de manganês e sílica, principalmente. Marques et. al, (2009) explica
que esse revestimento origina a uma escória ácida e porosa que pode ser removida
com facilidade. A penetração, neste caso, é média e a fusão é elevada. Apesar de a
solda possuir propriedades consideradas boas, a resistência em relação à formação
de trincas é baixa.
Santos e Ruffini (2002) definem o arco elétrico como um fenômeno físico gerado por
uma passagem de corrente elétrica em atmosfera gasosa, provocando o calor elevado que é
utilizado em processos de soldagem. A alta temperatura do processo funde os metais
relacionados à soldagem gerando uma única massa. Além do papel de fonte de calor, o arco
direciona as gotas do material do eletrodo, depositando-as na poça de fusão formada na peça.
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Pauli e Uliana (1996), explicam que essa transferência do metal para a peça é influenciada pela
corrente de soldagem, composição do eletrodo, comprimento do arco e composição do
revestimento.
Tendo em vista que o ar não é um bom condutor elétrico, o arco deve ser iniciado a
partir de um curto-circuito intencional, fazendo com que, no instante que se eleve o eletrodo, a
corrente flua com elevada amperagem; a corrente gerada por esse processo provoca um intenso
aquecimento e, portanto, uma elevada temperatura (PAULI & ULIANA, 1996). Após a
estabilização do arco, inicia-se um movimento de alimentação (mergulho) para manter o
comprimento do arco constante enquanto se distribui o metal fundido ao longo do comprimento
da solda (RIBEIRO, 2000).
3.1.3. Equipamentos
Conforme Toniazzo (2014), a soldagem a arco elétrico com eletrodo revestido exige
alguns equipamentos para sua execução, sendo, em geral: EPI’s (equipamento de segurança
individual), fonte de energia, cabos, ferramentas e porta-eletrodo.
Devido a presença de elevadas temperaturas e corrente elétrica durante o processo de
soldagem, o soldador deve utilizar equipamentos para sua proteção individual, os EPI’s, a fim
de evitar danos em seu corpo, cabeça e os olhos, sem que estes prejudiquem o manuseio
operacional. São utilizadas, por exemplo, roupas de couro, já tecidos de algodão ou sintéticos
há uma restrição quanto sua utilização, por não serem resistente ao calor. Outros acessórios de
proteção são: toucas, avental, ombreira, perneira, luva, máscara facial, óculos, protetores de
ouvido, capacetes, entre outros, esclarece Áquila (2012).
Segundo Fortes (2005), tratando-se de fonte de energia, na soldagem com eletrodo
revestido a corrente utilizada pode ser tanto corrente contínua (CC) quanto corrente alternada
(CA). Entretanto, a fonte designada deve ser do tipo corrente constante, mesmo que ocorra
variação no comprimento do arco devido a oscilações do soldador.
Áquila (2012) também salienta a necessidade de cabos durante a soldagem que
transferem a energia elétrica tanto da peça para fonte (cabo terra) quanto da fonte para a peça
(cabo de soldagem). Estes devem possuir flexibilidade para facilitar o manuseio em locais de
difícil acesso. Outro fator importante relacionado aos cabos, é a necessidade de um material
isolante e resistente para o envolver, evitando, assim, acidentes por eletricidade. Também
devem possuir a bitola de acordo com ciclo de trabalho, comprimento dos cabos, corrente de
soldagem e fadiga do operador.
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Para energizar e prender firmemente o eletrodo, é utilizado o porta-eletrodo
(TONIAZZO, 2014). É essencial que os cabos desse equipamento sejam bem isolados,
minimizando, assim, o risco de choque elétrico no operador. Além do mais, suas garras devem
estar continuamente limpas, eliminando possibilidades de superaquecimento (MARQUES et.
al, 2009).
Antes e após a fusão dos metais, são utilizados equipamentos de limpeza que são de
extrema importância. Anterior à soldagem, para eliminar alguma sujeira, poeira ou outros
resquícios uma escova de aço é utilizada. Posterior à fusão dos metais, utilizando uma espécie
de martelo, denominado picadeira, em que um dos lados possui uma ponta e no outro um
formato de talhadeira (TONIAZZO, 2014).
Marques et. al (2009) salienta que o posicionamento do eletrodo no que diz respeito à
junta que será soldada é um fator importante e este será definido com base nas características
da operação e habilidade do soldador. Esse posicionamento deve impedir que a escória se
encontre à frente da poça de fusão, possibilitar uma distribuição de calor na peça, além de ajudar
na visualização da poça formada.
Em termos de posição de soldagem, existe poucas restrições quanto a eletrodo revestido,
limitando-se somente quando se trata de revestimento ácido ou revestimento oxidante, em que
só é permitido o posicionamento plano ou horizontal (SENAI. DR. PE., 2001).
Segundo Modenesi & Marques (2005), para especificar os eletrodos de baixa liga e aço
carbono, conforme sua composição, a AWS (American Welding Society) possui um sistema de
identificação por letras e números que oferecem informações do tipo de eletrodo. Essa
classificação é dada da seguinte forma:
• A identificação se inicia com a letra “E” o que indica que o consumível é um
eletrodo;
• Logo em seguida, um grupo de dois ou três algarismos trazem informações a
respeito da resistência mínima em relação a tração do metal que o eletrodo
depositou;
• O próximo dígito indica a posição que o eletrodo pode ser submetido durante a
soldagem. O algarismo “1” significa todas as posições; o “2” sugere posição plana
e horizontal; e o “4” indica posições vertical descendente, horizontal e plana;
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• O último dígito determina qual o revestimento do eletrodo.
O ensaio por líquido penetrante, caracterizado como um método não destrutivo, presta
a detecção de descontinuidades em superfícies sólidas e não porosas. Este meio de inspeção
teve origem antes da Grande Primeira Guerra Mundial. Porém, foi em 1942 que o ensaio tomou
impulso com o desenvolvimento do líquido penetrante fluorescente e que, através de pesquisas,
desenvolveu-se até sua fase atual (ANDREUCCI, 2017; SAMPAIO, 2009).
A inspeção por liquido penetrante possui diversas vantagens, como a simplicidade na
aplicação e interpretação, não tem limitação quanto ao formato da peça, detecta
descontinuidades extremamente finas (de ordem 0,001 mm), possui um baixo custo e, além
disso, não requer muito tempo de treinamento do inspetor. Por outro lado, existem uma
limitação em relação a localidade da descontinuidade, só aquelas que se apresentam na
superfície da peça serão detectadas. A superfície trabalhada também não deve ser porosa ou
absorvente, pois possibilitaria um mascaramento de resultados (ZOLIN, 2010; SAMPAIO,
2009).
Esse método exige uma sequência experimental, iniciada a partir de uma limpeza na
superfície que será inspecionada, para remoção de quaisquer resquícios que possam interferir
no ensaio. Em seguida, é posto sobre o local que será inspecionado o Líquido Penetrante de cor
vermelha ou fluorescente, que entrará nas descontinuidades. Logo após, retira-se da superfície
o excesso do produto e aplica-se o Revelador que exibirá as descontinuidades sobre a superfície,
ocasionada pela absorção do líquido das cavidades (CHEDE et. al, 2013).
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Fatores como temperatura, tempo de penetração e iluminação também requerem seus
devidos cuidados. No que tange à temperatura, desde que as superfícies não estejam com
temperaturas inferiores 5°C e superiores a 52°C não há restrição ao procedimento. Referindo-
se ao tempo de penetração, a determinação será em função do produto utilizado, material
inspecionado e temperatura. A iluminação é de fundamental importância, pois, caso
inadequada, ocorrerá erro na interpretação dos dados, além de diminuir a fadiga do inspetor,
esclarece Santos (2009).
Sampaio (2009) explica sobre a versatilidade do método relacionado aos materiais que
podem ser inspecionados. O ensaio pode ser realizado em vidros, plásticos, cerâmicas, além da
possibilidade de execução em diversos setores, desde aplicação do liquido penetrante em
tanques que armazenam produtos até sistemas automáticos, como em computadores.
• Linhas contínuas: aparecem geralmente como linhas finas, como é o caso de trincas
e riscos;
• Linhas intermitentes: são aquelas que se originam, por exemplo, com
esmerilhamento, usinagem e martelamento. Essas descontinuidades podem aparecer
com a superfície fechada;
• Interrompidas finas e pequenas: geralmente causadas a partir da presença de
porosidade ou existência de grãos grosseiros;
• Indicações arredondadas: são aquelas originadas pela presença de porosidade ou
alguma trinca profunda. Nessas indicações, a quantidade de penetrante absorvida
para superfície é grande.
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• Defeituosa: são aquelas não definidas que necessitam da repetição do ensaio ou
podem ser indicações falsas devido a lavagem não suficiente.
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aberturas entre o cordão de solda e o metal de base, como pode ser observado na
Figura 3.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1. MATERIAIS
• Aço doce;
• Plaina semiautomática;
• Esquadro 90°;
• Pastilha de widea;
• Pastilha de aço rápido;
• Lubrificante Cadoz 32;
• Estopa;
• EPI´s: óculos, capacete, luva, peneira e avental;
• Fonte de energia Origo tig (corrente contínua)
• Picadeira;
• Escova metálica;
• 20 eletrodos revestidos;
• Flanela;
• Solvente aguarrás;
• Líquido penetrante SKL - WP;
• Revelador SKD – S2;
• Paquímetro digital.
4.2. MÉTODOS
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necessitou-se de um alinhamento das laterais do aço feito por uma plaina semiautomática
(Figura 5) que realiza cortes com ângulos retos, com o auxílio de um esquadro de 90° para
posicionar corretamente o corpo de prova na morsa acoplada à plaina, sendo possível realizar
cortes, realizados por uma pastilha de widea – elemento com dureza similar à do diamante, que
definiram as suas dimensões.
Fonte: Autor
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Figura 6: Corte superficial no corpo de prova
Fonte: Autor
Após finalizada, a peça recebeu uma limpeza manual para eliminar o excesso de
lubrificante que restou em sua superfície com auxílio de uma estopa, conforme ilustrado na
Figura 7.
Fonte: Autor
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A soldagem foi iniciada a partir da abertura do arco na peça, formando, assim, o cordão
de solda e a escória – que foi destacada com o auxílio de uma picadeira. Os resquícios da escória
foram retirados da superfície dos corpos de prova com o auxílio de uma escova metálica. Vinte
(20) eletrodos revestidos OK 61.30. – AWS6013 foram utilizados na soldagem e o resultado
desta operação pode ser verificado conforma a Figura 8.
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Fonte: Autor
Após a soldagem dos 10 corpos de prova, foi realizada a limpeza mecânica das
superfícies com o auxílio de uma escova metálica, para retirar resíduos que poderiam ter aderido
à peça no processo de soldagem. Posteriormente a isso, com ajuda uma flanela, foi aplicado o
Aguarrás, a fim de realizar a limpeza química da superfície. Vale ressaltar que caso a limpeza
seja ineficiente ou não seja realizada, os resíduos podem impedir que o liquido alcance as
descontinuidades.
Em seguida, foi aplicado o líquido penetrante SKL - WP de cor vermelha e em forma
de “spray” sobre os cordões de solda (Figura 9) e esperou-se 15 minutos para que este
adentrasse nas descontinuidades presentes.
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Figura 9: Aplicação do líquido penetrante nos cordões de solda dos corpos de prova
Fonte: Autor
Após isso, o excesso do produto foi retirado da superfície com água potável e estopa
limpa; nessa etapa é essencial o cuidado, pois o liquido presente nas descontinuidades não deve
ser retirado.
Posteriormente, deixou-se que os corpos de prova secassem naturalmente e sobre as
superfícies foi aplicado um filme uniforme de revelador SKD-S2, que transportou o penetrante
para superfície e revelou as imagens das descontinuidades. Após a aplicação do revelador, que
possui colocação esbranquiçada, as descontinuidades ficam evidentes, assim como observa-se
na Figura 10.
Fonte: Autor
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Figura 11: Corpo de prova 1 Figura 12: Corpo de prova 2
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Figura 15: Corpo de prova 5 Figura 16: Corpo de prova 6
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Nos corpos de provas que apresentaram descontinuidades, constatou-se somente a
presença de porosidade que, de acordo Marques et. al (2009), a origem destas podem ter como
explicação a presença de gases no momento de solidificação do cordão de solda, humidade ou
impureza na região soldada e tensão ou corrente elevada. Além de que, estudos do SENAI. DR.
PE (2001), apontam que o arco muito curto ou muito longo também dão origem a poros.
As chances para que o comprimento do arco e correntes ou tensões elevadas tenham
formado porosidade nos cordões de solda, diminuíram, em razão da ausência de mordeduras,
pois, segundo Áquila (2012), estes são fatores que também podem as originar. Evidenciando
que a humidade, impurezas na região soldada ou gases no momento de solidificação do cordão
de solda podem ter acarretado em poros.
Diante disso, após a avaliação da porosidade feita de acordo com as normas ASME
SEC.VIII DIV.1 AP.8 e ASME SEC. VII. 2., que possuem os seguintes critérios de aceitação:
• As superfícies não devem apresentar indicações lineares maiores ou iguais a 1,5 mm;
• A superfície deve está isenta de indicações arredondadas maiores ou iguais a 1,5
mm; e
• Se houver 4 ou mais indicações arredondadas em uma superfície, a distância entre
estas deve ser igual ou maior que 1,5 mm;
constatou-se que os cordões de soldas 1, 4, 5 e 6 foram aceitos conforme os critérios
estabelecidos pelas normas acima mencionadas. Por outro lado, os cordões enumerados por 2,
3, 7 e 8 foram rejeitados por apresentarem indicações superiores a 1,5 mm.
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6. CONCLUSÕES
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REFERÊCIAS
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SANTOS, J.; RUFFUNI, M. L. Soldagem: processo eletrodo revestido. Curitiba: SENAI,
2002.
SENAI. DR. PE. Tecnologia de solda – processo TIG e eletrodo revestido. Pernambuco:
SENAI, 2001.
ZOLIN, I. Ensaios mecânicos e análises de falhas. santa maria: [s. n.], 2011.
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