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Impresso em 28/06/2019 às 00:15h. Mitologia Grega


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A maldição da casa de Tântalo


 
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Hipodamia, Mírtilo, Crisipo, Atreu, Tiestes, Aérope, Plístenes, Agamémnon, Menelau, Pelópia,
Egisto

A Guerra de Tróia, a última grande reunião

dos heróis da mitologia grega, teve muitas

causas. Foram as queixas recentes que

levaram a armada grega até Tróia, mas

também causas que recuam uma geração e

outras que exigem um retrocesso até aos

primórdios da humanidade, quando os deuses e os homens se misturavam mais

livremente.

As causas da Guerra de Tróia podem ser procuradas tão para trás até chegar a

Tântalo, um filho dos Titãs anterior às guerras que fizeram com que Zeus (Júpiter)

passasse a ser o rei dos deuses. Tântalo era rei da Lídia e tinha três filhos: Pélops,

Níobe e Bróteas, e todos eles ofenderam os deuses. Níobe era uma mulher que se

considerava superior a uma deusa na sua abundância de filhos, e acabou

transformada numa pedra. Bróteas teve um destino ainda pior e o comportamento

de Pélops redobrou as ofensas que Tântalo tinha feito aos deuses.

Os problemas começaram quando Tântalo abusou da confiança que Zeus tinha

depositado nele, pois era um convidado frequente para os banquetes do Olimpo e

apreciava um pouco demais o delicioso sabor da ambrosia, tendo roubado alguma

da comida dos deuses para partilhar com os amigos. Este foi um ato insensato, que

Zeus poderia ter ignorado por amizade, mas quando Tântalo convidou os deuses

para uma festa no seu palácio e cozinhou o corpo do próprio filho Pélops para lhes

servir, cometeu um crime contra as leis dos deuses e dos homens, e este ato

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monstruoso não podiaser ignorado. Ninguém sabe com certeza se ele preparou

esta horrenda festa na esperança de agradar aos deuses imortais, ou se estava a

testar os limites do conhecimento de Zeus. A estranha carne deixou os deuses

aterrados e instantaneamente reconheceram-na como sendo humana e recusaram-

se a comer - todos eles à exceção de Deméter (Ceres) que continuava à deriva em

busca da filha, Perséfone (Proserpina) e, por isso, comeu o ombro esquerdo de

Pélops com o espírito totalmente ausente.

Zeus atingiu Tântalo com o seu raio e puniu-o para além da morte, ao pendurar o

seu corpo numa árvore de fruto que pendia sobre um ribeiro. Tântalo tinha sofrido

de sede, com a água a correr ao seu alcance, mas quando se debruçava para beber,

ela retrocedia fugindo-lhe das mãos. Tinha desejado comer a fruta, que era

abundante, mas quando se esticou para a apanhar, os ramos afastavam-se do seu

alcance. Tântalo é o símbolo da frustração e o seu destino continua a ser celebrado

na palavra «tantalizante.»

Zeus ordenou a Hermes (Mercúrio) que apanhasse todos os pedaços da criança

assassinada e que voltasse a cozê-los no caldeirão. Em seguida, o rei dos deuses

usou os seus poderes divinos para reconstituir Pélops mas faltava-lhe o ombro,

Deméter criou um novo feito em marfim e ele foi o rei seguinte da Lídia.

O seu corpo reconstituído era tão belo que Posídon (Neptuno) se apaixonou por ele

e levou-o para o Olimpo como seu copeiro.

O outro filho de Tântalo, Bróteas, era um grande caçador e seguiu o exemplo do

pai ao desafiar os deuses. Recusou-se a venerar Ártemis (Diana), a deusa da caça,

e como castigo, ela enlouqueceu-o. Chegou ao ponto de acreditar que era

invencível ao fogo e saltou para cima de uma pira para o provar. As chamas

consumiram-no, reforçando a terrível lição da morte de Tântalo, de que os deuses

destroem quem os ofende. Apesar de ter estes dois exemplos presentes e da sua

própria morte e reconstituição, Pélops não se portou melhor que o pai e o irmão.

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Uma Praga sobre a Casa de Pélops

Pélops perdeu o reino que lhe foi retirado pelos bárbaros e andava em busca de

novo para o conquistar. Também procurava uma mulher e escolheu a princesa

Hipodamia, filha do rei Enómao, da Arcádia.

Este estava relutante em deixar casar a filha, talvez porque ele próprio

secretamente a desejasse, pelo que combinou uma corrida de carros em que cada

concorrente tinha de competir com o rei.

O prêmio seria Hipodamia e o preço do perdedor seria a morte. O rei estava

preparado para dar um avanço generoso aos pretendentes e até permitiu que a

filha fosse nos seus carros, mas estava seguro da vitória porque os cavalos dele

tinham sido um presente de Ares (Marte) e corriam mais depressa que o vento.

Enómao tinha já matado pelo menos 12 pretendentes, espetando as suas cabeças

por cima dos portões do palácio e esperava vir a empilhar crânios suficientes para

construir um templo para troçar dos deuses imortais. Pélops implorou a Posídon

por ajuda e o deus forneceu-lhe cavalos alados assim como um carro com asas

capaz de correr sobre o mar sem quebrar a superfície da água. Pélops deveria ter

confiado nas dádivas do deus, mas quando chegou ao palácio de Enómao e viu as

cabeças a apodrecer sobre os portões, começou a duvidar. Falou com o condutor

do carro do rei, Mírtilo o filho de Hermes, prometendo-lhe o que ele quisesse para

trair o amo. Mírtilo pediu metade do reino e o privilégio de partilhar da cama de

Hipodamia na noite de núpcias, e Pélops concordou precipitadamente. Mírtilo

retirou as cavilhas que seguravam as rodas aos eixos do carro de Enómao e

substituiu-os por outros feitos de cera. O rei concedeu a Pélops o avanço habitual

e depois deu ordem a Mírtilo para conduzir o carro mais depressa que o vento

enquanto ele aprontava a lança para matar Pélops.

Mas à medida que o carro rodava cada vez mais depressa, a cera foi derretendo e,

de repente, as rodas caíram. O carro espatifou-se e Enómao morreu no meio dos

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destroços. Pélops pôde casar com Hipodamia

e, como parte dos festejos do casamento, conduziu o carro alado sobre o mar, na

companhia do traidor Mírtilo. Hipodamia teve sede, pelo que Pélops conduziu os

cavalos para terra tendo aportado numa ilha onde foi em busca de água. Quando

ele regressou, a mulher estava banhada em lágrimas e contou-lhe como é que o

condutor tinha tentado violá-la. «Isso não é verdade!», interrompeu Mírtilo, «Tu

prometeste-me que eu podia desfrutar da tua noiva na noite de núpcias e,

portanto, eu estava apenas a tentar receber o que me é devido.» Pélops não disse

nada e continuaram o caminho até que estavam perto de Euboea. De repente,

Pélops empurrou Mírtilo para fora do carro, pelo que caiu ao mar. À medida que se

afundava, Mírtilo rogou uma praga sobre Pélops e todos os membros da sua casa.

Pélops conquistou a maior parte do sul da Grécia e deu-lhe o nome de Peloponeso.

Construiu um grande reino e, na maior parte do tempo, reinou bem, embora

também tenha cortado o corpo de um rei rival, Estínfalo da Arcádia, e espalhado os

bocados de tal forma que ninguém, nem mesmo um deus, pôde reconstituí-lo.

Pélops e Hipodamia tiveram numerosos filhos, entre os quais Piteu de Trezeno, os

gêmeos Ateu e Tiestes, e Círon o assassino que Teseu matou. Pélops tinha outro

filho, Crisipo, cuja mãe era a ninfa Axíoque. O rei Laio  de Tebas visitou em certa

altura Pélops e ficou completamente perdido por Crisipo, pelo que o raptou e o

levou à força, no seu carro, para Tebas. Hipodamia há muito que sentia ciúmes do

afeto de Pélops por Crisipo e receava que este filho ilegítimo fosse nomeado

herdeiro do reino em vez dos filhos dela.

E o ciúme era de tal ordem que ela o seguiu até Tebas onde o foi encontrar na

cama de Laio e apunhalou-o até à morte. A vítima ainda teve tempo de pronunciar

o nome da assassina antes de morrer. Esta fugiu de Tebas e depois suicidou-se.

Esta foi a primeira consequência infeliz da praga lançada por Mírtilo sobre a casa

de Pélops.

Uma Praga sobre a Casa de Atreu


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Pélops deu aos filhos, Atreu e Tiestes, um rebanho de belos carneiros, esperando

que o fato de terem a propriedade comum do rebanho os ajudaria a viver juntos

em paz, mas o que é certo é que não tardaram a guerrear entre si. A culpa foi de

Hermes, que tinha querido vingar a morte do irmão Mírtilo e enviou um borrego

com velo de ouro para se juntar ao rebanho. Atreu tinha prometido sacrificar o

melhor dos animais à deusa Ártemis, mas nem sequer podia pensar em perder este

novo tesouro. Matou o borrego mas ficou com o velo de ouro que encheu para que

parecesse estar vivo. O irmão Tiestes ficou cheio de inveja e de cobiça do velo de

ouro. Quando a mulher de Atreu, Aérope, lhe fez uma investida sexual, Tiestes

disse-lhe:

«Farei tudo o que quiseres, desde que me devolvas o borrego de ouro, pois a

verdade é que ele me pertence, já que fazia parte da minha metade do rebanho.»

Aérope abriu a arca onde estava guardado o borrego de ouro e, secretamente,

entregou-o ao novo amante.

O rei de Micenas morreu sem deixar herdeiro e o povo enviou um mensageiro ao

oráculo para saber quem deveria ser o próximo rei. «Aquele que tem o borrego de

ouro», foi a resposta. Quando o mensageiro regressou, Atreu reclamou a subida ao

trono. «Concordas que o homem que tem o borrego de ouro seja o rei?»,

perguntou Tiestes ao irmão e quando Atreu concordou, mostrou-lho e exigiu o

trono. Desta vez havia de ser Zeus a interferir nas vidas dos irmãos. Ele queria que

fosse Atreu e não Tiestes a reinar em Micenas, pelo que enviou Hermes à cidade

para perguntar a este último se concordaria em desistir da exigência do trono se o

Sol invertesse o seu curso nos céus. Tiestes pensou que isto seria impossível e

concordou alegremente.

Zeus virou os cavalos do Sol para trás no seu percurso e Tiestes teve de renunciar

ao reino de Micenas e partir para o exílio.

A vingança de Atreu

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Atreu agora sabia que a mulher tinha sido amante do irmão, mas quis perdoar a

ambos, mesmo quando ela deu à luz os filhos gêmeos de Tiestes, Plístenes e

Tântalo. Aérope e Atreu tiveram dois filhos, Agamémnon e Menelau, e uma filha, e

Atreu também teve um filho Plístenes, de um casamento anterior. A maldição

contra a casa de Pélops atuou de novo quando Atreu enviou assassinos para

matarem Plístenes, o filho de Tiestes, e eles, por engano, mataram Plístenes, o seu

próprio filho. Em seguida, Atreu ofereceu a Tiestes o perdão e metade do reino, e

este foi suficientemente tolo para acreditar. Regressou a Micenas com os bebês,

filhos de Aérope, Plístenes e Tântalo e mais três filhos mais velhos, cuja mãe era

uma ninfa. Atreu convidou-o para uma festa de reconciliação e fez grandes

preparações para o banquete. Matou os três filhos mais velhos de Tiestes, cortou-

os em pedacinhos e depois juntou a carne dos dois bebês e cozeu tudo fazendo

uma grande empada. Esta foi servida ao convidado de honra, Tiestes, que comeu o

recheio. Nessa altura, Atreu fez sinal a um servo para que trouxesse a travessa

onde estavam empilhadas as cabeças, mãos e pés. Horrorizado e dominado pela

dor, Tiestes vomitou tudo o que tinha comido e lançou uma maldição sobre a casa

do irmão.

Tiestes consultou depois o oráculo de Delfos para conhecer a melhor forma de se

vingar de Atreu e foi-lhe dito que ele teria de ser pai de um filho da sua própria

filha. O ódio que o movia contra o irmão era tão profundo que não hesitou em

procurar a filha Pelópia, uma sacerdotisa de Atenas, e violá-la, escondido sob uma

máscara para que ela não o reconhecesse. Quando fugiu, caiu-lhe a espada que

Pelópia guardou como pista para o identificar. Ela já estava grávida quando Atreu a

foi cortejar, após ter atirado a primeira mulher, Aérope, ao mar onde morreu.

Pelópia casou com Atreu, mas a criança que nasceu passados oito meses do

casamento, era filho de Tiestes. Deu-lhe o nome de Egisto e em seguida tentou

matá-lo expondo-o numa colina, mas Atreu, julgando que Pelópia estava a sofrer

das sequelas do parto, mandou os servos à montanha para salvarem a criança.

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Egisto foi tratado como filho verdadeiro de Atreu e foi proclamado herdeiro

legítimo de Micenas. Até agora tudo mal, mas o pior ainda estava para vir!

Os filhos verdadeiros de Atreu, Agamémnon e Menelau capturaram Tiestes e

trouxeram-no de volta a Micenas. Atreu ordenou ao, por assim dizer, filho Egisto

que matasse Tiestes na masmorra onde se encontrava, apesar de o rapazito ter

apenas sete anos. Tiestes não teve dificuldade em dominar o miúdo e tirar-lhe a

espada das mãos, preparando-se para o matar quando, de repente, reconheceu a

arma. Era aquela espada que ele, Tiestes, tinha perdido quando violara a própria

filha:

«Prometo poupar-te a vida se me jurares que farás três coisas que eu te mandar

fazer», disse ele ao rapaz. «Primeiro, traz a mulher do teu pai aqui, em segredo.»

Egisto cumpriu a promessa e levou Pelópia à masmorra. Ela ficou radiante por

voltar a ver o pai - quer dizer, até Tiestes lhe revelar que ele era o dono da espada

de Egisto, e o homem que a tinha violado.

Pelópia ficou tão horrorizada que enfiou a espada no peito até ao coração, tendo morrido na frente
do pai violador e do filho-irmão. Em seguida, Tiestes ordenou a Egisto que mostrasse a Atreu a
espada ensanguentada e que lhe dissesse que Tiestes estava morto, como ele lhe mandara. Logo que
isto foi feito, Tiestes contou a Egisto quem ele era e pediu ao rapaz que matasse Atreu por ele. Egisto
apanhou Atreu de surpresa quando estava sentado a celebrar a morte do irmão. Com o
desaparecimento de Atreu, Tiestes voltou a ser o rei de Micenas, sendo Egisto o seu herdeiro. E a
maldição sobre as casas de Pélops e de Atreu ainda não nha terminado.

Texto extraido de:

ABNT
MILLS, Alice. A era clássica. in: CHEERS, Gordon. (org.) Mitologia:
Mitos e lendas de todo o mundo. Lisboa/PT: Caracter Editora, 2011. Cap. 1. p.163-168.

APA
Mills, A . (2011). A era clássica. in: G . Cheers, (Ed.), Mitologia: Mitos e lendas de todo o mundo.
(pp.163-168). Lisboa/PT: Caracter Editora.

Notas
Referências
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FERREIRA FH., O.A. . Portal Templodeapolo.net, Porto Alegre-RS. Disponível em: Ñ Linkado . Consulta:
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