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CASO 1
“[...] the view that states, like individuals, can and do have differing interests and
values, and consequently that international society is limited to the creation of
a framework that will allow them to coexist in relative harmony... For pluralists,
one of the features that distinguishes international society from any other form
of social organisation is its procedural and hence non-developmental
character.” (Buzan, 2004 apud Mayall (2000: 14))
Quando a OEA interfere no caso brasileiro ela busca uma forma de manter a
Justiça na Política Internacional tentando garantir os direitos individuais da família de
Vladimir. Como Justiça Internacional podemos entender como regras morais que
atribuem direitos e deveres aos Estados e às Nações (BULL, 1997)
“[...] justiça individual ou humana são entendidas as regras morais que atribuem
direitos e deveres individualmente aos seres humanos. Sob a forma da doutrina
do direito natural, as ideias sobre a justiça humana precederam historicamente
o desenvolvimento das noções da justiça entre os estados ou internacional,
proporcionando talvez os principais fundamentos intelectuais sobre os quais as
ideias de justiça entre estados ou internacional se basearam no princípio
A criação de regras e normas faz com que o Estado tenda a segui-las, porém,
o Estado é soberano, com isso, cabe a ele a decisão de respeitar ou não essas
normas, mas para que se mantenha a ordem no sistema internacional é necessário
que essas regras sejam cumpridas, mas caso ocorra o descumprimento das mesmas,
medidas devem ser tomadas para com os Estados, entretanto, essas medidas não
podem ser tão severas pois devem respeitar a soberania dos estados, por isso
houveram as criações de tratados e organizações que tem como função primordial
fiscalizar os estados. No caso do Brasil vemos essa situação após a condenação pelo
assassinato de Herzog no período do regime militar, ele acata a acusação feita pela
CIDH e resolve reabrir as investigações e punir os verdadeiros culpados, buscando
se retratar após descumprir o tratado.
CASO 2
O Estado tem sua soberania para atuar em casos doméstico, desde que não
infrinja o tratado de direitos humanos. E isso vem acontecendo com os povos
indígenas no Brasil, o atual presidente da república, Jair Messias Bolsonaro, declarou
no início de seu governo que a demarcação das terras indígenas ficará a cargo do
ministério da agricultura, cuja ideologia é contrária a preservação de terras indígenas.
Com isso é possível compreender a falta de fundamentos básicos presentes no
pluralismo no caso indígena brasileiro, o governo brasileiro, há anos, vem adiando o
cumprimento do artigo constitucional que diz respeito à demarcação dos territórios dos
índios. Porem essa situação se agravou com a posse do novo presidente, podendo
levar esse conflito a níveis mais críticos.
“[...]Em primeiro lugar, todas as sociedades procuram garantir que a vida seja
protegida de alguma forma contra a violência que leve os indivíduos à morte
ou produza danos corporais. Em segundo lugar, todas as sociedades procuram
a garantia de que as promessas feitas sejam cumpridas, e que os acordos
ajustados sejam implementados. Em terceiro lugar, todas as sociedades
perseguem a meta de garantir que a posse das coisas seja em certa medida
estável, sem estar sujeita a desafios constantes e ilimitados."
“[...]É bem verdade que a justiça, em qualquer uma das suas formas, se é
realizável dentro de um contexto de ordem. Os objetivos secundários ou
avançados da vida social só podem ser garantidos se os seus objetivos
elementares ou primários estiverem de algum modo realizados. (Bull, 2002)
[…] is about the institutionalization of mutual interest and identity among states
and puts the creation and maintenance of shared norms, rules and institutions
at the centre of IR theory. The basic idea of international society is quite simple:
just as human beings as individuals live in societies which they both shape and
are shaped by, so also states live in an international society which they shape
and are shaped by. (Buzzan, 2014)