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CUIABÁ- MT
2018
JÉSSICA MIRANDA DA SILVA ORTENCE
CUIABÁ- MT
2018
JÉSSICA MIRANDA DA SILVA ORTENCE
_____________________________________
Prof. Dr. Varlindo Alves da Silva
Presidente
_____________________________________
Prof. Msc. Ederaldo José Pereira de Lima
Membro
_____________________________________
Prof. Msc. João Soares da Costa
Membro
AGRADECIMENTOS
"Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração
humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam." 1 Coríntios 2:9.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11
1.1. Tema ............................................................................................................ 12
1.2. Justificativa do trabalho ................................................................................ 12
1.3. Contribuição acadêmica ............................................................................... 12
1.4. Formulação do Problema ............................................................................. 13
1.5. Objetivos Gerais ........................................................................................... 13
1.6. Objetivos Específicos ................................................................................... 13
2. REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................. 14
2.1. Sistema Tributário Nacional ......................................................................... 15
2.1.1 Tributo .......................................................................................................... 15
2.1.2. O Fato Gerador ............................................................................................ 16
2.1.3. Base de Cálculo e Alíquota .......................................................................... 16
3. METODOLOGIA ............................................................................................. 18
4. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ..................................................................... 20
4.1. Elisão Fiscal ................................................................................................. 21
4.2. Evasão Fiscal / Sonegação fiscal ................................................................. 21
5. REGIMES TRIBUTÁRIOS ............................................................................... 24
5.1. Simples Nacional ......................................................................................... 24
5.2. Lucro Presumido .......................................................................................... 28
5.3. Lucro Real .................................................................................................... 29
6. FOLHA DE PAGAMENTO ............................................................................... 31
6.1. Planejamento tributário na folha de pagamento ........................................... 32
7. NOVA REFORMA TRABALHISTA .................................................................. 34
8. ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO ......................... 36
8.1. Instituto Nacional de Seguro Social - INSS .................................................. 36
8.2. Contribuição Patronal Previdenciária- CPP.................................................. 37
8.3. Risco de acidente de trabalho e Contribuições para Terceiros .................... 37
8.4. Fundo de Garantida de Tempo de Serviço- FGTS ....................................... 38
9. DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO ............................................ 39
10. ENCARGOS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO EM OUTROS PAISES. 40
10.1. Estados Unidos da América ......................................................................... 40
10.2. Argentina ...................................................................................................... 41
11. ESTUDO DE CASO ..................................................................................... 43
11.1. Comparativo Lucro Real e Lucro Presumido Com desoneração x. Sem
desoneração.............................................................................................................. 46
11.1.2. Ramo de atividade: Comércio Varejista .................................................... 48
11.1.3. Ramo de atividade Indústria: .................................................................... 51
11.1.4. Ramo de atividade Transporte Carga: ...................................................... 53
11.1.5. Ramo de atividade: Transporte de passageiro ......................................... 57
11.2. Comparativo Simples NacionalxLucro Real x Lucro Presumido .................. 59
11.2.1. Ramo de atividade: Transporte Carga ...................................................... 63
11.2.2. Ramo de atividade: Comércio Varejista .................................................... 65
11.2.3. Ramo de atividade: Indústria .................................................................... 67
11.2.4. Ramo de atividade Transporte Passageiro ............................................... 69
12. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 71
REFERÊNCIA ........................................................................................................... 73
ANEXOS ................................................................................................................... 77
11
1. INTRODUÇÃO
1.1. Tema
No que diz respeito ao estudo prático deste trabalho irá contribuir para
verificar os encargos sociais parte empresa sobre a folha de pagamento de
diferentes ramos de atividade visando à diferença de tributação que ocorre no
regime Lucro Real, Lucro Presumido e o Simples Nacional e assim demonstrando a
possibilidade legal de redução do valor dos tributos.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, o que exige alta dose de
conhecimento técnico e bom senso dos responsáveis pelas decisões
estratégicas no ambiente corporativo. Trata-se de um estudo prévio à
concretização dos fatos administrativos, dos efeitos jurídicos, fiscais e
econômicos de determinada decisão gerencial, com o objetivo de encontrar
a alternativa legal menos onerosa para o contribuinte.
Para Pêgas (2003, p.339) explica que “Planejamento Tributário pode ser
definido, de forma simplificada, como a utilização de alternativas mais vantajosas
econômica e financeiramente, amparada com alternativa que represente menos
desembolso de tributos para o contribuinte”.
O regime de tributação é a decisão mais importante para empresa. E é
necessário ter informações completas e fidedignas para decidir qual se adapta a
existência da empresa.
Sobre a folha de pagamento é sabido da alta incidência de tributação, há
muitos relatos que a carga tributária, pode superar a 35%.
A legislação tributária brasileira onera os salários pagos, sendo uma das
maiores cargas tributárias no mundo. A empresa recolhe quase 40% de encargos
previdenciários sobre a folha de pagamento, sendo 27,8% de INSS, RAT e
Contribuições para terceiros e 8% de FGTS, Total de 35,8%.
Nas rescisões contratuais, por vontade do empregador há ainda 10% de
contribuição sobre o saldo do FGTS, mais a multa de 40% revertida ao empregado.
15
2.1.1 Tributo
Art. 16 “Imposto é um tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal especifica, relativa ao
contribuinte”.
3. METODOLOGIA
Transporte Carga e comércio varejista. O caso prático a ser observado tem como
objetivo analisar qual a melhor alternativa de regime Tributário de acordo com a
faixa de faturamento e a folha de pagamento.
20
4. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
A elisão fiscal é uma prática contábil que as empresas utilizam o formato legal
mais vantajoso para pagar tributos, sem infringir a Lei. A elisão pode ser
disseminada por duas vertentes: aquela que decorre da Lei e a que fruto de
brechas/lacunas da própria Lei.
De acordo com Moreira:
Dessa forma a elisão fiscal resulta em real economia para empresas sem se
preocupar com problemas futuros com o fisco, pois está é realizada de acordo com o
ornamento jurídico ou lacuna decorrente da própria Lei.
5. REGIMES TRIBUTÁRIOS
Essa modalidade pode ser vantajosa para empresas que possuam boa
margem de lucro, ou seja, a lucratividade ser superior a presumida, sendo uns dos
instrumentos de avaliação de planejamento Tributário.
Não existe impedimento para optar pelo Lucro Real. Qualquer empresa pode
escolher o regime de tributação do Lucro Real, mas torna obrigatório para algumas
pessoas jurídicas.
Conforme a Lei nº 9.718, de 1998, art. 14: estão obrigadas à apuração do
Lucro Real as pessoas jurídicas:
O perfil de empresas que optam pelo Lucro Real são as de grande porte com
elevado faturamento, com ações no mercado Nacional e internacional.
Este regime exige uma escrituração complexa; é possível utilizar
compensações de créditos de tributos federais como exemplos PIS, CONFINS, IPI
(...) bem como estaduais e municipais. E é permitido deduzir do faturamento
despesas operacionais, financeiras, custos e despesas.
31
6. FOLHA DE PAGAMENTO
Salário-família
Diária-viagens
Ajuda de custo
Descontos:
Adiantamentos
Faltas injustificadas e atrasos
Contribuição previdenciária
Contribuição sindical (uma vez ao ano)
Imposto de renda retido na fonte
Vale transporte
Pensão Alimentícia
Empréstimos
Adiantamento da 1° parcela do 13° salario
Plano de benefícios sociais (assistência médica, previdência privada,
etc.).
Além destes elementos principais, outras informações são importantes para
elaboração completa da folha de pagamento, como a folha deve indicar o valor
liquido a ser pago aos funcionários, o nome do colaborador, identificação da
empresa (nome e CNPJ), mês de referência, o total bruto, o total de descontos, os
encargos patronais de INSS, FGTS e RAT e contribuições para terceiros e total de
encargos.
A folha de pagamento deve ser contabilizada em observância do princípio
contábil de competência, no mês da ocorrência do fato gerador, mesmo que o
pagamento seja realizado no mês seguinte.
finalidade de constatar qual regime resultaria menor ônus Tributário dentro dos
critérios legais.
Nos quadros 23: Transporte Carga- comparação Simples Nacional x Lucro
Real x L. Presumido, quadro 1: Transporte Carga-Simples Nacional 2017, quadro 2:
Comércio Varejista- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido,
quadro 3: Comércio Varejista- Simples Nacional 2017, quadro 4: Indústria-
comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido, quadro 5: Indústria -
Simples Nacional 2017, quadro 6: Transporte Passageiro- comparação Simples
Nacional x Lucro Real x L. Presumido, quadro 7: Transporte Passageiro- Simples
Nacional 2017, demonstrará o planejamento tributário sobre a folha de pagamento.
O objetivo é evidenciar a carga tributária em cada ramo de atividade:
Comércio varejista, Indústria, Transporte Carga e Transporte Passageiro.
34
I- 20% vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou
creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e
trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o
trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos
habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de
reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo
tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da
Lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho
ou sentença normativa. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de
1999). (Vide Lei nº 13.189, de 2015) Vigência
II - Para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº
8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de
incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do
trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer
do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:
(Redação dada pela Lei nº 9.732, de 1998).
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o
risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante
esse risco seja considerado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante
esse risco seja considerado grave.
III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a
qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais
que lhe prestem serviços; (
§ 1o No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento
e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras,
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento
mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
37
No EUA uma das principais Leis que regula as relações de trabalho e define
regras básicas sobre questões fundamentais referentes ao pagamento dos
trabalhadores é a Lei de Padrões Justos de Trabalho – FLSA é válida em todos os
estados do país, pois é uma Lei federal.
A FLSA define valores mínimos por hora de trabalho e adicional por horas
extras, que depende da atividade executada pelo trabalhador, diferentemente do
Brasil que define um salário mínimo mensal fechado.
Além das regras básicas da FLSA, a maioria dos contratos entre o empregado
e empresa é definida através de contrato inicial de prestação de serviço, onde são
acordados todos os termos como: sobre férias remuneradas ou não; Sobre faltas por
motivo de doença, embora exista recomendação medica federal de oferecimento de
dias de ausência por doença, no EUA não é obrigação legal do empregador pagar,
ao contrário do Brasil que férias e falta por motivo de doença o empregador não tem
obrigatoriedade legal de pagar.
A idade mínima permitida depende da atividade exercida, crianças de 12 ou
13 podem trabalhar como babá, entregadores de jornais e atividades artísticas, aos
14 anos é permitido trabalhos de rotinas não perigosas, como trabalhar em cinemas,
escritórios, restaurantes; A partir dos 16 anos pode se trabalhar em qualquer função
não perigosa e aos 18 é permitido exercer qualquer cargo, assim como no Brasil.
As deduções estatutárias do imposto sobre a folha:
Retenção do imposto de renda federal
Retenção do imposto de segurança social (6,2%sobre o lucro
tributável)
Recusamento do imposto de Medicare (1,45)
41
10.2. Argentina
RAT 2,00%
INCRA 0,20%
SENAI 1,00% RAT + TERCEIROS
SESI 1,50% 7,80%
SEBRAE 0,60%
FGTS 8,00%
TOTAL 35,80%
BASE LEGAL: Lei nº 8212/91 art.22 I e II,e Decreto nº 99.9684/90, adaptada pela autora.
44
COMÉRCIO
VAREJISTA 100.000,00 350.000,00 200.000,00 750.000,00 800.000,00 1.900.000,00
TRANSPORT
E CARGA 70.000,00 450.000,00 150.000,00 750.000,00 720.000,00 3.100.000,00
TRANSPORT
E 50.000,00 300.000,00 170.000,00 450.000,00 1.450.000,00 2.000.000,00
PASSAGEIRO
TOTAL =
RBV ANUAL
(SIMPLES 470.000,00 1.500.000,00 820.000,00 2.400.000,00 3.400.000,00 9.100.000,00
NACIONAL)
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)
FOLHA DE PAGAMENTO
ALIQUOTAS R$31.910,00
BASE DE CALCÚLO
20,00% INSS PATRONAL R$6.382,00
7,80% RAT+Terceiros R$2.488,98
8,00% FGTS R$2.552,80
35,80% TOTAL R$11.423,78
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)
FOLHA DE PAGAMENTO
ALIQUOTAS R$55.672,77
BASE DE CALCÚLO
FOLHA DE PAGAMENTO
ALIQUOTAS R$230.838,30
BASE DE CALCÚLO
BASE DE CÁLCULO
R$150.000,00 R$750.000,00
INSS S/ RBV 1,50% R$2.250,00 R$11.250,00
RAT+Terceiros 7,80% R$4.342,48 R$4.342,48
FGTS 8,00% R$4.453,82 R$4.453,82
No quadro 15, verifica se que uma empresa deste ramo e tem um faturamento
de R$ 150.000,00 e uma folha que corresponde 37% sobre a RBV, conforme
exemplificado na 3º faixa, a vantagem é com desoneração, que demonstra uma
economia de R$ 8.884,55. Enquanto na faixa 4º evidência que a opção sem
desoneração somente é vantagem nestes parâmetros apresentados se a folha
corresponder no máximo 7% sobre a RBV.
A seguir as simulações dos cálculos dos tributos da 3º da folha de pagamento
com desoneração.
Sendo utilizado como base de cálculo a RBV da 5° faixa de R$ 720.000,00 e
a 6° faixa de R$ 3.100.000,00 em comparação a 3° folha de pagamento sem
desoneração de R$ 230.838,38.
56
1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
TOTAL (1° FOLHA DE (1° FOLHA DE (2° FOLHA DE (2° FOLHA DE (3° FOLHA DE (3° FOLHA DE
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)
RBVANUAL
(SIMPLES 470.000,00 1.500.000,00 820.000,00 2.400.000,00 3.400.000,00 9.100.000,00
NACIONAL)
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)
Quadro 23: Transporte Carga- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido.
SIMPLES NACIONAL 2018
1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
TRANSPORTE
(1° FOLHA DE (1° FOLHA DE (2° FOLHA DE (2° FOLHA DE (3° FOLHA DE (3° FOLHA DE
CARGA PAGAMENTO)
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)
BASE DE
R$70.000,00 R$450.000,00 R$150.000,00 R$750.000,00 R$720.000,00 R$3.100.000,00
CÁLCULO
ALIQUOTAS CPP 4,23% 5,91% 5,06% 6,84% 7,51% -
1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV 3° FAIXA RBV (2° 4° FAIXA RBV 5° FAIXA RBV (3° 6° FAIXA RBV
TRANSPORTE CARGA (1° FOLHA DE (1° FOLHA DE FOLHA DE (2° FOLHA DE FOLHA DE (3° FOLHA DE
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)
TOTAL SIMPLES
NACIONAL
R$5.401,80 R$26.717,80 R$11.233,82 R$51.703,82 R$73.979,06
-
REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO
ACIMA DO
VANTAGEM: SIMPLES SEM COM SEM COM
LIMITE
DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO
Fonte de dados: elaborado pela pesquisadora (2017)
Através desta simulação temos a perspectiva geral dos resultados obtidos nas
simulações da atividade Transporte Carga, observa-se que as alíquotas em vigor
para 2018 são proporcionais ao faturamento anual.
Conforme foi apurado tanto como no ano 2017 ou 2018 o regime indicado
para as faixas RB 2° e 4° é o Lucro Real ou Presumido sem desoneração e as faixas
3° e 5° RB Lucro Real ou Presumido com desoneração, e a primeira faixa destaca a
vantagem como regime o Simples Nacional. Nota-se que para o Simples 2018 o
valor de tributo devido será mais oneroso que em 2017.
65
Quadro 25: Comércio Varejista- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido
SIMPLES NACIONAL 2018
1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
COMÉRCIO VAREJISTA (1° FOLHA DE (1° FOLHA DE (2° FOLHA DE (2° FOLHA DE (3° FOLHA DE (3° FOLHA DE
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)
TOTAL SIMPLES
NACIONAL R$5.302,80 R$16.062,80 R$11.133,82 R$38.053,82 R$57.907,06
-
TOTAL
REAL/PRESUMIDO R$7.541,78 R$13.791,78 R$13.796,30 R$27.546,30 R$56.472,45
COM DESONERAÇÃO -
TOTAL
REAL/PRESUMIDO R$11.423,78 R$11.423,78 R$19.930,85 R$19.930,85 R$82.640,11
SEM DESONERAÇÃO -
REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO
ACIMA DO
VANTAGEM: SIMPLES SEM SIMPLES SEM COM
LIMITE
DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO
% FOLHA DE
PAGAMENTO SOBRE 31,91% 9,12% 27,84% 7,42% 28,85% 12,15%
A RECEITA BRUTA
Fonte de dados: elaborado pela pesquisadora (2017)
cálculo sobre a folha total de remuneração mesmo que alíquota do INSS seja 20%,
ela resultará em menor imposto a ser pago.
Semelhante, o faturamento é alto na 5° faixa, mas o percentual da folha sobre
a receita também, em torno de 28%, por isso nesta faixa a vantagem indicativa é o
regime Lucro Real e Presumido com desoneração.
Em comparação com Simples Nacional em vigor em 2017 e 2018.
Nesta atividade Comércio Varejista as mudanças ocorridas no Simples do ano
2017 para 2018 acarretará aumento no encargo para todas as faixas demonstradas,
e afetando quem se enquadra no cenário da faixa 5°, que deixa de ser vantagem o
Simples.
Demostrando que legislação trabalhista onerou mais uma vez a carga
tributária sobre a folha no ramo do Comércio Varejista.
Conforme demonstra o quadro 26, abaixo:
1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
INDÚSTRIA (1° FOLHA DE (1° FOLHA DE (2° FOLHA DE (2° FOLHA DE (3° FOLHA DE (3° FOLHA DE
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)
ALIQUOTAS CPP
2,64% 3,64% 3,17% 4,18% 4,57% -
CPP (tabela) R$6.600,00 R$14.560,00 R$9.510,00 R$18.810,00 R$19.651,00 -
FGTS
R$2.552,80 R$2.552,80 R$4.453,82 R$4.453,82 R$18.467,06 -
TOTAL SIMPLES
NACIONAL R$9.152,80 R$17.112,80 R$13.963,82 R$23.263,82 R$38.118,06 -
TOTAL
REAL/PRESUMIDO
COM
DESONERAÇÃO R$11.291,78 R$15.041,78 R$16.296,30 R$20.046,30 R$47.222,45 -
TOTAL
REAL/PRESUMIDO
SEM
DESONERAÇÃO R$11.423,78 R$11.423,78 R$19.930,85 R$19.930,85 R$82.640,11 -
1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV (1° 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV (2° 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
INDÚSTRIA (1° FOLHA DE FOLHA DE (2° FOLHA DE FOLHA DE (3° FOLHA DE (3° FOLHA DE
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)
SIMPLES NACIONAL
2018
6° FAIXA
RBV
1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV 5° FAIXA RBV (3°
TRANSPORTE PASSAGEIRO (1° FOLHA DE (1° FOLHA DE (2° FOLHA DE (2° FOLHA DE (3° FOLHA DE FOLHA
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) DE
PAGAME
NTO)
R$2.000.0
BASE DE CÁLCULO R$50.000,00 R$300.000,00 R$170.000,00 R$450.000,00 R$1.450.000,00
00,00
TOTAL REAL/PRESUMIDO
R$11.423,78 R$11.423,78 R$19.930,85 R$19.930,85 R$82.640,11
SEM DESONERAÇÃO
ACIMA
REAL/PRES SEM REAL/PRES SEM REAL/PRES COM
VANTAGEM: SIMPLES
DESONERAÇÃO
SIMPLES
DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO
DO
LIMITE
% FOLHA DE PAGAMENTO
63,82% 10,64% 32,75% 12,37% 15,92% 11,54%
SOBRE A RECEITA BRUTA
1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
TRANSPORTE
(1° FOLHA DE (1° FOLHA DE (2° FOLHA DE (2° FOLHA DE (3° FOLHA DE (3° FOLHA DE
PASSAGEIRO
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)
12. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Vamos abrir um novo negócio. São Paulo: Makrn Books,
1995.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 Ed. São Paulo: Atlas, 1999.
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
NOGUEIRA, Ruy Barbosa. Curso de direito Tributário. 14 ed. São Paulo: Saraiva,
1995.
SILVA, Varlindo Alves. Livro 1- Contabilidade Tributária. 19° Ed. Cuiabá- MT. 2017
.
77
ANEXOS