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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS- FACC

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO -


UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE LUCRO REAL, LUCRO PRESUMIDO E
SIMPLES NACIONAL

JÉSSICA MIRANDA DA SILVA ORTENCE

CUIABÁ- MT

2018
JÉSSICA MIRANDA DA SILVA ORTENCE

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO -


UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE LUCRO REAL, LUCRO PRESUMIDO E
SIMPLES NACIONAL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Banca Examinadora do Curso de
Ciências Contábeis da Universidade federal de
Mato Grosso, como requisito para obtenção do
título em Bacharel em Ciências Contábeis à UFMT-
FACC.

Orientador Prof. Dr. Varlindo Alves da Silva.

CUIABÁ- MT

2018
JÉSSICA MIRANDA DA SILVA ORTENCE

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO -


UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE LUCRO REAL, LUCRO PRESUMIDO E
SIMPLES NACIONAL

Monografia defendida e aprovada em 21/02/2018 pela banca examinadora


constituída pelos professores:

_____________________________________
Prof. Dr. Varlindo Alves da Silva
Presidente

_____________________________________
Prof. Msc. Ederaldo José Pereira de Lima
Membro

_____________________________________
Prof. Msc. João Soares da Costa
Membro
AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus, por ter me concedido a oportunidade de


ingresso e conclusão do curso de Ciências Contábeis na renomada instituição
Universidade Federal de Mato Grosso.
A minha mãe Iva Miranda e meu pai João Batista da Silva, agradeço pelo
apoio, paciência, e pelos valores morais e éticos impregnado.
Ao meu esposo Bruno Rodrigues Ortence expresso a minha imensa
gratidão pela sua dedicação, cuidado, apoio e motivação em todos os momentos.
Sua sabedoria, amor e o nosso filho Gabriel Miranda da Silva Ortence foi o pilar
que me sustentou até aqui.
Agradeço também aos meus sogros, Luzia Rodrigues Ortence e Reginaldo
Barboza Ortence, que juntamente apoiou e dispôs a ajudar.
Sou eternamente agradecida por tudo que me ensinaram, ajudaram e por
acreditarem que eu chegaria até aqui, até quando eu mesma desacreditei.
Aos Professores do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal
de Mato Grosso pelo aprendizado e atenção repassados, para a conquista desse
título, em destaque ao meu orientador, Professor Varlindo Alves da Silva, pela sua
disponibilidade e engajamento.

"Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração
humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam." 1 Coríntios 2:9.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IRPJ - Imposto de Renda de Pessoa Jurídica


CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
STN - Sistema Tributário Nacional
CTN – Código Tributário Nacional
CF - Constituição Federal
LC – Lei Complementar
EPP - Empresas de Pequeno Porte
FGTS – Fundo de garantia tempo de serviço
INSS- Instituto Nacional do seguro social
CPP- Contribuição Patronal Previdenciária
LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real
RAT – Riscos ambientais as trabalho
RIR- Regulamento do Imposto de Renda
RB – Receita Bruta
RBV- Receita Bruta de Venda
RBT12- Receita bruta acumulada nos doze meses
EUA – Estados Unidos da América
MERCOSUL - Mercado Comum do Sul
ME – Microempresa
PD – Parcela a deduzir
Aliq- Alíquota
ICMS-
PIS/PASEP- Programa de integração Social de programa de formação do
Patrimônio do Servidor Público
COFINS- Contribuição para o financiamento da Seguridade Social
IPI- Imposto sobre produto industrializado
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Alíquotas dos tributos sem desoneração -2017 ................................................. 43


Quadro 2: – Alíquotas dos tributos com desoneração- 2017 ................................................ 44
Quadro 3: Atividades e faixa RBV ........................................................................................ 45
Quadro 4: Folhas de pagamento ......................................................................................... 45
Quadro 5: 1º folha de pagamento sem desoneração ........................................................... 46
Quadro 6: 2º folha de pagamento sem desoneração ........................................................... 47
Quadro 7: 3º folha de pagamento sem desoneração ........................................................... 47
Quadro 8: Comércio Varejista. 1º folha de pagamento com desoneração ........................... 48
Quadro 9: Comércio Varejista. 2º folha de pagamento com desoneração ........................... 49
Quadro 10: Comércio Varejista. 3º folha de pagamento com desoneração ......................... 50
Quadro 11: Indústria. 1º folha de pagamento com desoneração .......................................... 51
Quadro 12: Indústria. 2º folha de pagamento com desoneração .......................................... 52
Quadro 13: Indústria. 3º folha de pagamento com desoneração .......................................... 52
Quadro 14: Transporte Carga. 1º folha de pagamento com desoneração ............................ 54
Quadro 15: Transporte Carga. 2º folha de pagamento com desoneração ............................ 55
Quadro 16: Transporte Carga. 3º folha de pagamento com desoneração ............................ 56
Quadro 17: Transporte Passageiro. 1º folha de pagamento com desoneração .................... 57
Quadro 18: Transporte Passageiro. 2º folha de pagamento com desoneração .................... 58
Quadro 19: Transporte Passageiro. 3º folha de pagamento com desoneração .................... 59
Quadro 20: Receita bruta anual - Simples Nacional ............................................................. 60
Quadro 21: Alíquotas CPP- 2017 ......................................................................................... 60
Quadro 22: Alíquotas efetivas CPP 2018 – Lei nº 155/2016 ................................................ 61
Quadro 23: Transporte Carga- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido.
............................................................................................................................................ 63
Quadro 24: Transporte Carga-Simples Nacional 2017 ......................................................... 64
Quadro 25: Comércio Varejista- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido
............................................................................................................................................ 65
Quadro 26: Comércio Varejista- Simples Nacional 2017...................................................... 66
Quadro 27: Indústria- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido ............. 67
Quadro 28: Indústria - Simples Nacional 2017 ..................................................................... 68
Quadro 29: Transporte Passageiro- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L.
Presumido ........................................................................................................................... 69
Quadro 30: Transporte Passageiro- Simples Nacional 2017 ................................................ 70
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Alíquotas e Partilha Simples Nacional - Comérico ..................................... 26


Figura 2: Alíquotas e Partilha Simples Nacional - Indústria ....................................... 26
Figura 3: Alíquotas e Partilha SimplesNacional - Prestação de Serviço .................... 27
RESUMO

Com o cenário do ano de 2017, o Brasil em crise política e econômica, possuindo


uma das maiores cargas tributária do mundo, surge à necessidade das empresas
em cortar os gastos desnecessários, uma vez que os encargos, somado aos demais
impostos, impactam diretamente na sustentabilidade da empresa. O planejamento
Tributário se torna uma ferramenta excelente para realizar um estudo prévio dos
atos e situações da empresa com finalidade de reduzir os custos com os tributos e
contribuições de forma de legal. O planejamento Tributário é útil para explanar as
alternativas diante da realidade da empresa e possibilitando a mais vantajosa, que
resulta em menor encargo para empresa com a finalidade de minimizar o impacto
dos tributos e contribuições sobre a situação econômica e financeira da empresa.
Assim este estudo visou esclarecer sobre o tema planejamento Tributário, com
enfoque sobre a folha de pagamento e seus tributos e contribuições patronais,
objetivando diminuir os gastos desnecessários com esses encargos. Portanto
realizou-se um estudo de caso, com dados hipotéticos e com objetivo de demonstrar
dentre as atividades Comércio Varejista, Indústria, Transporte Carga e Transporte
Passageiro, a alternativa mais vantajosa entre os regimes Lucro Real, Lucro
Presumido e Simples Nacional. Com a finalidade de constatar qual resultaria menor
ônus Tributário dos encargos INSS, FGTS, RAT+TERCEIROS, dentro dos critérios
legais. Na atividade Transporte Carga e Transporte passageiro verifica-se que os
resultados de vantagem predominantes foram os regimes Lucro Real e Presumido;
na atividade Indústria, apontou dentre ás cincos simulações, o resultado mais
vantajoso foi o regime Simples Nacional. Na atividade de Comércio Varejista o
regime Simples Nacional demonstrou sua vantagem pela não obrigação de
recolhimento do encargo do RAT+TERCEIROS, na primeira e terceira faixa.

Palavras-Chave: Planejamento Tributário. Carga tributária. Folha de Pagamento.


Encargos Sociais.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11
1.1. Tema ............................................................................................................ 12
1.2. Justificativa do trabalho ................................................................................ 12
1.3. Contribuição acadêmica ............................................................................... 12
1.4. Formulação do Problema ............................................................................. 13
1.5. Objetivos Gerais ........................................................................................... 13
1.6. Objetivos Específicos ................................................................................... 13
2. REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................. 14
2.1. Sistema Tributário Nacional ......................................................................... 15
2.1.1 Tributo .......................................................................................................... 15
2.1.2. O Fato Gerador ............................................................................................ 16
2.1.3. Base de Cálculo e Alíquota .......................................................................... 16
3. METODOLOGIA ............................................................................................. 18
4. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ..................................................................... 20
4.1. Elisão Fiscal ................................................................................................. 21
4.2. Evasão Fiscal / Sonegação fiscal ................................................................. 21
5. REGIMES TRIBUTÁRIOS ............................................................................... 24
5.1. Simples Nacional ......................................................................................... 24
5.2. Lucro Presumido .......................................................................................... 28
5.3. Lucro Real .................................................................................................... 29
6. FOLHA DE PAGAMENTO ............................................................................... 31
6.1. Planejamento tributário na folha de pagamento ........................................... 32
7. NOVA REFORMA TRABALHISTA .................................................................. 34
8. ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO ......................... 36
8.1. Instituto Nacional de Seguro Social - INSS .................................................. 36
8.2. Contribuição Patronal Previdenciária- CPP.................................................. 37
8.3. Risco de acidente de trabalho e Contribuições para Terceiros .................... 37
8.4. Fundo de Garantida de Tempo de Serviço- FGTS ....................................... 38
9. DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO ............................................ 39
10. ENCARGOS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO EM OUTROS PAISES. 40
10.1. Estados Unidos da América ......................................................................... 40
10.2. Argentina ...................................................................................................... 41
11. ESTUDO DE CASO ..................................................................................... 43
11.1. Comparativo Lucro Real e Lucro Presumido Com desoneração x. Sem
desoneração.............................................................................................................. 46
11.1.2. Ramo de atividade: Comércio Varejista .................................................... 48
11.1.3. Ramo de atividade Indústria: .................................................................... 51
11.1.4. Ramo de atividade Transporte Carga: ...................................................... 53
11.1.5. Ramo de atividade: Transporte de passageiro ......................................... 57
11.2. Comparativo Simples NacionalxLucro Real x Lucro Presumido .................. 59
11.2.1. Ramo de atividade: Transporte Carga ...................................................... 63
11.2.2. Ramo de atividade: Comércio Varejista .................................................... 65
11.2.3. Ramo de atividade: Indústria .................................................................... 67
11.2.4. Ramo de atividade Transporte Passageiro ............................................... 69
12. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 71
REFERÊNCIA ........................................................................................................... 73
ANEXOS ................................................................................................................... 77
11

1. INTRODUÇÃO

No atual cenário econômico a busca por redução de custo se faz necessária


para a continuidade da empresa. Na conjuntura que as empresas passam por
enormes dificuldades diante da crise econômica e política, a elevada carga tributária
e constante alterações tributária e fiscal, o mercado exige que cada vez seja mais
enxuta os custos para manter-se no mercado competitivo.
A contabilidade é essencial para o crescimento das empresas e muitas
enfrentam enormes problemas para sua sobrevivência, por não terem recursos
eficientes de informações contábeis.
Como ciência a Contabilidade tem a finalidade de orientar e registrar os fatos
administrativos das entidades, permitindo o controle patrimonial e as mutações
ocorridas em um determinado período, exercendo, portanto, grande importância na
questão ora apresentada e deve ser um instrumento essencial para a elaboração de
um planejamento Tributário eficaz (BORGES RODRIGUES, 1998).
A elaboração de um planejamento Tributário se torna imprescindível para
buscas estratégicas que possibilite a elisão fiscal. Assim o planejamento torna-se um
recurso disponível para as organizações que visam reduzir a carga tributária de
forma legal.
São oferecidas oportunidades pela própria legislação tributária, que autorizam
a utilização de meios e instrumentos legais para otimização dos encargos, a exemplo
disto é à desoneração de folha.
A desoneração da folha de pagamento é a substituição da contribuição de
20% INSS sobre a folha, por uma contribuição sobre a receita bruta com percentual
entre 1% á 3% dependendo do ramo de atividade.
Neste sentido, o trabalho de conclusão de curso visa apresentar o
planejamento Tributário como instrumento de redução de encargos sobre a folha de
pagamento, minimizando o impacto sobre o lucro das empresas.
Em função disso foi elaborado um estudo caso, com dados hipotéticos e com
objetivo de demonstrar dentre as atividades Comércio Varejista, Indústria,
Transporte Carga e Transporte Passageiro, a alternativa mais vantajosa entre os
regimes Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional.
12

Chiavenato (1995, p.5-7) define os ramos de atividades empresariais de


acordo com o setor de atividade:

Empresas Industriais: são as que produzem bens de consumo ou bens de


produção, mediante a transformação de matérias-primas em mercadorias
ou produtos acabados. Empresas Comerciais: são as que vendem
mercadorias ou produtos acabados diretamente ao consumidor (comércio
varejista) ou aquelas que compram do produtor para vender ao varejista
(comércio atacadista). Empresas de prestação de serviços: são as
empresas que oferecem trabalhos especializados como transporte,
educação, saúde, comunicação, lazer, serviços de manutenção etc. São as
que fazem parte do setor terciário da economia.

O estudo de caso tem a finalidade de constatar qual resultaria menor ônus


Tributário dos encargos INSS, FGTS, RAT+TERCEIROS, dentro dos critérios legais.

1.1. Tema

Planejamento Tributário sobre a folha de pagamento – Uma análise


comparativa entre Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional.

1.2. Justificativa do trabalho

A legislação tributária brasileira é complexa e muitas vezes incompreendida


por quem deve aplica-la. O que os leva a escolha errada do regime de tributação, e
assim a empresa produz valores de tributos desnecessários, podendo ameaçar
inclusive a continuidade da organização, já que a carga tributária é excessiva no
Brasil.
Para isto o estudo de planejamento Tributário se faz útil nas organizações.
Segundo Young (2005, p.76) o planejamento Tributário é:

O planejamento Tributário é o conjunto de condutas, comissivas ou


omissivas, da pessoa física ou jurídica, realizadas antes ou depois da
ocorrência do fato gerador destinados a reduzir mitigar transferir ou
postergar legal e licitamente os ônus dos tributos.

1.3. Contribuição acadêmica

Com esta pesquisa busca informar empresários e até mesmo contadores de


que o planejamento Tributário elaborado para cada realidade empresarial é possível
evitar gastos desnecessários, pagando menos tributos.
13

No que diz respeito ao estudo prático deste trabalho irá contribuir para
verificar os encargos sociais parte empresa sobre a folha de pagamento de
diferentes ramos de atividade visando à diferença de tributação que ocorre no
regime Lucro Real, Lucro Presumido e o Simples Nacional e assim demonstrando a
possibilidade legal de redução do valor dos tributos.

1.4. Formulação do Problema

Sobre folha de pagamento no Brasil há muitos relatos que a carga


tributária pode superar a 35,8% dependendo do ramo empresarial, pesando no bolso
do empregador e colocando em risco a oferta de empregos.
A problemática desta pesquisa pode ser determinada desta maneira: é
possível com o Planejamento Tributário reduzir a carga tributária sobre a folha de
pagamento?

1.5. Objetivos Gerais

Este trabalho objetiva verificar os encargos Tributários sobre a folha de


pagamento nos regimes Tributários utilizados no Brasil (Lucro Real, Lucro
Presumido e Simples Nacional).

1.6. Objetivos Específicos

A partir do objetivo geral, foram formulados os seguintes objetivos


específicos:
a. Discorrer sobre o Planejamento Tributário;
b. Aplicar diferentes regimes de tributação em diferentes ramos de
atuação e faixas de faturamento.
c. Elaborar quadros comparativos a fim de visualizar a melhor forma de
redução de imposto sobre a folha de pagamento.
d. Realizar pesquisa sobre encargos patronais que incorre sobre a folha
de pagamento em outros países (Estados Unidos e Argentina).
14

2. REFERENCIAL TEÓRICO

O tema proposto está voltado para as perspectivas que se apresenta nas


organizações, no que se refere o regime Tributário escolhido, com ênfase no
planejamento Tributário sobre a folha de pagamento.
A informação é um recurso essencial para as empresas sendo capaz de ser
uma vantagem competitiva. Destaca-se a contabilidade tributária, uma das esferas
que gera mais custos, ciente de elevada carga tributária, buscam de várias formas
(elisão/ou sonegação), para reduzir os custos gerados pelos tributos.
O Planejamento Tributário é fundamental com instrumento de estratégia
organizacional, assim maximizar os resultados e minimizar os custos.
Segundo Oliveira, em Manual de Contabilidade Tributária, (2014, p.22),
planejamento Tributário é:

Uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, o que exige alta dose de
conhecimento técnico e bom senso dos responsáveis pelas decisões
estratégicas no ambiente corporativo. Trata-se de um estudo prévio à
concretização dos fatos administrativos, dos efeitos jurídicos, fiscais e
econômicos de determinada decisão gerencial, com o objetivo de encontrar
a alternativa legal menos onerosa para o contribuinte.

Para Pêgas (2003, p.339) explica que “Planejamento Tributário pode ser
definido, de forma simplificada, como a utilização de alternativas mais vantajosas
econômica e financeiramente, amparada com alternativa que represente menos
desembolso de tributos para o contribuinte”.
O regime de tributação é a decisão mais importante para empresa. E é
necessário ter informações completas e fidedignas para decidir qual se adapta a
existência da empresa.
Sobre a folha de pagamento é sabido da alta incidência de tributação, há
muitos relatos que a carga tributária, pode superar a 35%.
A legislação tributária brasileira onera os salários pagos, sendo uma das
maiores cargas tributárias no mundo. A empresa recolhe quase 40% de encargos
previdenciários sobre a folha de pagamento, sendo 27,8% de INSS, RAT e
Contribuições para terceiros e 8% de FGTS, Total de 35,8%.
Nas rescisões contratuais, por vontade do empregador há ainda 10% de
contribuição sobre o saldo do FGTS, mais a multa de 40% revertida ao empregado.
15

Ainda há incidência de INSS e FGTS sobre 1/3 de férias. O 13° salário,


provisão 1/12 sobre a folha, chega até 11,66%.
Portanto essa pesquisa vai empenhar demostrar através de simulações de
faturamentos em diferentes regimes Tributários, o regime conveniente para cada
faixa de faturamento de cada ramo empresarial, objetivando a redução dos tributos
sobre a folha de pagamento.

2.1. Sistema Tributário Nacional

O STN é o conjunto de regras jurídicas, com normas e princípios, matéria


criada para disciplinar as atividades relacionadas a tributo.
De acordo com Harada (2010, p. 303):

Sistema Tributário é o conjunto de normas constitucionais de natureza


tributária, inserido no sistema jurídico global, formado por um conjunto
unitário e ordenado de normas subordinadas aos princípios
fundamentais, reciprocamente harmônicos, que organiza os elementos
constitutivos do Estado, que outra coisa não é senão a própria
Constituição.

A sua previsão situa-se nos art.145 a 162 da Constituição Federal de 1988,


que estão dispostos os princípios gerais, as limitações de poder. No entanto a
Constituição federal atribui á Lei Complementar nº 5.172/1966 o regulamento do
Sistema Tributário Nacional.
Desta maneira, ficou como competência da Lei nº 5.172/66 (denominado
de Código Tributário Nacional, através do artigo 7º do Ato Complementar nº 36, de
13 de março de 1967) a regulamentação do STN e o estabelecimento das normas
gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.

2.1.1 Tributo

A definição de tributo pelo Código Tributário Nacional no art. 3°:

“É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se


possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em Lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
16

A categorização dos impostos no art. 5° do CTN “Os impostos são tributos,


taxas, e contribuição de melhorias”.
Portanto imposto conforme definido no Código Tributário Nacional:

Art. 16 “Imposto é um tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal especifica, relativa ao
contribuinte”.

A função é gerar recurso para atender as necessidades da sociedade, sendo


administrado pelo Estado e distribuído para os entes federativos. É pago
independentemente da prestação de serviço por meio da administração pública.

2.1.2. O Fato Gerador

Para Nogueira, (1995, P.142), “o fato gerador, no sentido integral, é o


conjunto de pressupostos abstratos descritivos na norma de direito material, de cuja
concreta realização decorre os efeitos jurídicos previstos”.
No Código Tributário Nacional nos art. 114 e 115 descreve:

Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em Lei


como necessária e suficiente à sua ocorrência.

Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na


forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que
não configure obrigação principal.

O fato gerador dessa maneira é uma previsão da legislação para situações


que provavelmente acarretará uma obrigação de pagar o tributo ao Estado. É onde
gera “nasce” uma obrigação tributária. Deste modo origina uma obrigação principal
e/ou uma obrigação acessória.

2.1.3. Base de Cálculo e Alíquota

Base de cálculo é o montante o qual é aplicado uma alíquota, para determinar


o valor do tributo devido.
A base de cálculo é definida por Lei Complementar.
A base de cálculo, conforme a Constituição Federal deverá ser definida em
Lei Complementar, estando sua alteração sujeita aos princípios
constitucionais da legalidade, anterioridade e irretroatividade. (OLIVEIRA,
2014).
17

Sobre a alíquota segundo Carvalho (2005, p.342):

No direito Tributário brasileiro, a alíquota é matéria submetida ao regime de


reserva legal, integrando a estrutura da regra-modelo de incidência.
Congregada à base de cálculo dá a compostura numérica da dívida
produzindo o valor que pode ser exigido pelo sujeito ativo, em cumprimento
da obrigação que nascerá pelo acontecimento do fato típico. (...)

A alíquota é caracterizada por uma porcentagem estabelecida por Lei,


aplicada sobre a base de cálculo que determina o valor do tributo devido a ser pago.
18

3. METODOLOGIA

Com a finalidade de responder os objetivos propostos neste trabalho, o


método e técnicas de pesquisa utilizada é um estudo teórico, tendo como base a
pesquisa bibliográfica e experimental, sendo ele descritivo.
Portanto, está pesquisa é bibliográfica, pois foi realizado o estudo através de
livros, artigos publicados, revistas on-line, e buscas na Internet. Será desenvolvido
utilizando a ferramenta de Excel para as devidas simulações de resultados
comparativos.
A pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base
em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é,
material acessível ao público em geral. (VERGARA, 2009, p. 43).
Prodanov e Freitas (2013, p. 57) informam sobre a pesquisa experimental:

Pesquisa experimental: quando determinamos um objeto de estudo,


selecionamos as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo,
definimos as formas de controle e de observação dos efeitos que a
variável produz no objeto.
[...] A pesquisa experimental caracteriza-se por manipular diretamente as
variáveis relacionadas com o objeto de estudo. Nesse tipo de pesquisa, a
manipulação das variáveis proporciona o estudo da relação entre as
causas e os efeitos de determinado fenômeno. Através da criação de
situações de controle, procuramos evitar a interferência de variáveis
intervenientes.

Diante disso, a pesquisa utiliza a pesquisa descritiva, mas a sua


predominância é a pesquisa exploratória, devido buscar apresentar exemplos de
folhas de pagamento em diferentes regimes tributários Lucro real, Lucro Presumido
e Simples Nacional.
A pesquisa será limitada a legislação vigente de 2017/2018, referindo se a
incidência da carga tributária na folha de pagamento.
Outro método para pesquisa desta monografia é o estudo pratico, que
segundo, Gil (1999, p. 73):

O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um


de poucos objetos, de maneira a permitir conhecimentos amplos e
detalhados do mesmo, tarefa praticamente impossível mediante os outros
tipos de delineamentos considerados.

O estudo de caso foi desenvolvido com dados hipotéticos, que abrange as


empresas das atividades econômicas da Indústria, Transporte Passageiro,
19

Transporte Carga e comércio varejista. O caso prático a ser observado tem como
objetivo analisar qual a melhor alternativa de regime Tributário de acordo com a
faixa de faturamento e a folha de pagamento.
20

4. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

O Planejamento Tributário é uma ferramenta de escolha de ação, que


antecede a ocorrência do fato gerador, objetivando, direta ou indiretamente a
redução de tributos.
Pela Lei 6404/76 fazer o planejamento Tributário é um dever legal, não
apenas um direito. A inserção de planejamento Tributário esbarra com o equívoco
da informação da classe empresarial, que por “planejamento” entende que seja
oneroso para realização deste.
A falta de entendimento a respeito como esta ferramenta pode beneficiar e
aperfeiçoar a aplicação de seus recursos e a diminuição dos custos, principalmente
a carga tributária.
Conforme Fabretti, (2006, p. 32), planejamento Tributário é:

O estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato


administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e a
alternativas legais menos onerosas, denomina-se Planejamento Tributário,
que exige antes de tudo, bom senso do planejador.

Sendo assim compreende-se que o planejamento Tributário é uma ferramenta


administrativa realizada na legalidade, avaliando seus efeitos jurídicos, fiscais e
econômicos, com o propósito de reduzir os tributos e de poupar gastos
desnecessários.
Conforme a consultoria Trevisan, “gerenciar tributos é administrar custos –
particularmente no Brasil, cujo sistema Tributário além de complexo, passa por
frequentes alterações, acrescentando dificuldades imprevistas para o gerenciamento
dos negócios”. Deste modo, o planejamento Tributário é uma ferramenta corporativa
que proporciona aos administradores realizar uma análise da obrigação tributária na
qual a empresa poderá adquirir, em conformidade com o enquadramento da
tributação da entidade.
Planejamento Tributário jamais de ser confundido com evasão fiscal, pois
planejar é escolher dentre as opções licitas, á menos onerosa e melhores resultados
para empresa. Planejamento Tributário pode ser denominado de Elisão fiscal.
21

4.1. Elisão Fiscal

A elisão fiscal é uma prática contábil que as empresas utilizam o formato legal
mais vantajoso para pagar tributos, sem infringir a Lei. A elisão pode ser
disseminada por duas vertentes: aquela que decorre da Lei e a que fruto de
brechas/lacunas da própria Lei.
De acordo com Moreira:

Elisão induzida pela Lei: o próprio ordenamento jurídico contém disposições


ao sentido de reduzir a tributação de empresas que atendam a certos
requisitos, sendo estes, via de regra, exigidos em prol do interesse Nacional
ou regional. São os casos de isenções concedidas a empresas instaladas
em regiões pouco desenvolvidas (v. g. Zona Franca de Manaus).
Elisão por lacuna na Lei: esta é a típica elisão fiscal, que encontra forte
resistência do fisco e de certas correntes doutrinárias. Como a carata
magna prevê que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão
em virtude da Lei, a existência de lacuna nesta última possibilita ao
contribuinte utilizar se de eventuais “falhas legislativas” para obter economia
de tributos. (MOREIRA, 2011. pg. 06).

Conceito segundo Fabretti, (2014, p. 136), a elisão fiscal é:

A economia tributária resultante da adoção da alternativa legal menos


onerosa ou de lacuna de Lei denomina-se elisão fiscal. Ela é legitima e
lícita, pois é alcançada por escolhas feitas de acordo com o ordenamento
jurídico.

Outro conceito de elisão fiscal é:

A elisão fiscal representa a execução de procedimentos, antes do fato


gerador, legítimos, éticos, para reduzir, eliminar ou postergar a tipificação da
obrigação tributária, caracterizando, assim, a legitimidade do planejamento
Tributário. (Martinez, 2002).

Dessa forma a elisão fiscal resulta em real economia para empresas sem se
preocupar com problemas futuros com o fisco, pois está é realizada de acordo com o
ornamento jurídico ou lacuna decorrente da própria Lei.

4.2. Evasão Fiscal / Sonegação fiscal

A evasão fiscal compreende utilizar-se de recursos ilícitos de fraude,


sonegação ou conluio fiscal para deixar de recolher tributos devidos, ocorrendo uso
22

destes meios é considerado omissão dolosa que tende a impedir ou retardar o


conhecimento do fato gerador da obrigação.
A Lei n° 4.729/1965 constitui crime de sonegação fiscal em seu art. 1°:

Art. 1º Constitui crime de sonegação fiscal


I - Prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informação
que deva ser produzida a agentes das pessoas jurídicas de direito público
interno, com a intenção de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento
de tributos, taxas e quaisquer adicionais devidos por Lei;
II - Inserir elementos inexatos ou omitir, rendimentos ou operações de
qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pelas Leis fiscais, com
a intenção de exonerar-se do pagamento de tributos devidos à Fazenda
Pública;
III - alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operações
mercantis com o propósito de fraudar a Fazenda Pública;
IV - Fornecer ou emitir documentos graciosos ou alterar despesas,
majorando-as, com o objetivo de obter dedução de tributos devidos à
Fazenda Pública, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis.
V - Exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário
da paga, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida do
imposto sobre a renda como incentivo fiscal.

Fonseca (apud ORPHAM et al., 2009, p. 26), considera que:

“Evasão fiscal consiste em toda ação consciente, espontânea, dolosa, ou


intencional do contribuinte através de meios ilícitos para evitar, eliminar,
reduzir ou retardar o pagamento do tributo devido, não se configurando em
hipótese alguma com planejamento Tributário lícito”.

A evasão fiscal é um ato ilegítimo, que de forma desonesta dissimula com


intuito de não pagar ou reduzir o pagamento devido das obrigações. E pode ocorrer
também pela inobservância ou desconhecimento da legislação.
A tipificação da evasão fiscal está na Lei 8.137/1990 que aborda sobre crimes
contraordem tributária, econômica e contra as relações de consumo, em seus
artigos 1° e 2°, descritos a seguir:

Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo,


ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes
condutas:
I - Omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades
fazendárias;
II -Fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos,
ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido
pela Lei fiscal;
III- falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou
qualquer outro documento relativo à operação tributável;
IV - Elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou
deva saber falso ou inexato;
23

V - Negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou


documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de
serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a
legislação.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no
prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser convertido em horas em razão da
maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao
atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no inciso V.
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza:
I - Fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos,
ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de
pagamento de tributo;
II - Deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição
Social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de
obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;
III- exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário,
qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou
de contribuição como incentivo fiscal;
IV - Deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo
fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou entidade de
desenvolvimento;
V - Utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita

Ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil


diversa daquela que é, por Lei, fornecida à Fazenda Pública.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Posteriormente a Lei 9.249/95 no art. 34 – “Extingue-se a punibilidade dos


crimes definidos na Lei n° 8.137/90, quando o agente promover o pagamento do
tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, antes do recebimento da
denúncia”. Ou seja, se ocorrer o pagamento da dívida dos tributos antes da
denúncia, o devedor tem a possibilidade de extinguir as sanções previstas na Lei,
descaracterizando o crime de ordem fiscal.
24

5. REGIMES TRIBUTÁRIOS

5.1. Simples Nacional

O regime tributário Simples Nacional segundo Marins e Bertold:

“regime especial de tributação por estimação objetiva, constituindo em


microssistemas Tributário, material, formal e processual, que unifica a
fiscalização, o lançamento e a arrecadação de determinados tributos e
contribuições de competência da União, Estados, Municípios e Distrito
federal, aplicável opcionalmente às microempresas e Empresas de pequeno
porte, com o escopo de atribuir a estes contribuintes tratamento fiscal
diferenciado e favorecido, em carácter parcialmente substitutivo ao regime
geral e compulsório”.

O Simples Nacional nasceu de a necessidade no sistema Tributário fazer-se


aplicável os princípios constitucionais de favorecimento à micro e pequenas
empresas, da simplificação e da redução das obrigações e do tratamento jurídicos
particular dessas empresas, dispostos no art.170, ix e art. 179 da Constituição
Federal.
A Lei Complementar n°123 de 14 de dezembro de 2006, “estabelece normas
gerais relativas às microempresas e ás empresa de pequeno porte no âmbito dos
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, abrangendo,
não só o regime Tributário diferenciado (Simples Nacional), como também aspectos
relativos às licitações públicas, às relações de trabalho, ao estimulo ao crédito, a
capitalização e a inovação, ao acesso à justiça, dentre outro”.
O regime tributário Simples Nacional implica no recolhimento mensal, em um
documento único de arrecadação, o DAS. Como consta na Lei 123/2006 art. 13. Os
seguintes tributos e contribuições:

I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ;


II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado o disposto no
inciso XII do § 1º deste artigo;
III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL;
IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS,
observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo;
V - Contribuição para o PIS/PASEP, observado o disposto no inciso XII do
§ 1º deste artigo;
VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a
cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de
julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno
porte que se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no §
5º-C do art. 18 desta Lei Complementar;
25

VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e


Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal
e de Comunicação - ICMS;
VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS.

O Simples Nacional consiste em um sistema diferenciado, no qual enquadram


as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte devidamente registradas nos seus
respectivos órgãos responsáveis.
Definição de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte segundo a Lei
Complementar 123/2006 art. 3°:

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar consideram-se


microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a
sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o
empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas
Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso,
desde que:
I - No caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta
igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
I - No caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário,
receita bruta superiora R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e
igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).

A Lei Complementar 123/2006 sofreu modificações com a Lei Complementar


155/2016 que entra em vigor 01 de janeiro de 2018, e faz alterações significativas
sobre o regime Simples Nacional, e uma delas é o limite de faturamento para se
enquadrar no regime, que agora será de 4,8 milhões anual.
Para o microempreendedor Individual o faturamento permitido era de R$
60.000,00 ao ano, e aumentará para R$ 81.000,00 ao ano.
A Lei Complementar 155/2016 altera também as faixas de RBV e as
alíquotas, antes era vinte faixas de RBV agora passará para seis RBV.
Segue abaixo as figuras do anexo da Lei, das novas alíquotas, dos ramos de
atividades utilizados neste trabalho.
26

Figura 1: Alíquotas e Partilha Simples Nacional - Comérico

Base legal: Anexo I da Lei Complementar 155/2016

Figura 2: Alíquotas e Partilha Simples Nacional- Indústria

Base legal: Anexo II da Lei Complementar 155/2016


27

Figura 3: Alíquotas e Partilha Simples Nacional - Prestação de Serviço

Base legal: Anexo III da Lei Complementar 155/2016

Nos anexos da Lei refere-se à alíquota nominal, necessitando fazer cálculo


especifico para encontrar a alíquota efetiva.
Segundo a Lei Complementar n° 155/2016 art. 18:

§ 1º A. Alíquota efetiva é o resultado de: RBT12xAliq-PD, em que:


RBT12
I - RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período
de apuração;
II- Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V desta Lei
Complementar;
III PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V desta Lei
Complementar.

A alíquota efetiva será aquele percentual real aplicado para apuração do


tributo devido. Por meio da multiplicação do percentual efetivo pela base de cálculo
que é receita bruta mensal tributável.
Como exemplo dessa nova mudança expõe mais uma vez a importância do
tema planejamento Tributário, pois a escolha do regime de tributação é
extremamente ligada à continuidade da empresa.
28

5.2. Lucro Presumido


O Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada para definir a base
de cálculo da Contribuição social e imposto de renda. A legislação pré-fixa a base de
cálculo, como uma margem de lucro própria que será determinada para cada ramo
empresarial. Como o nome sugere, ele irá presumir o lucro da empresa a partir da
receita bruta e mais outras receitas tributáveis, isto é, não tributa o faturamento e
nem o lucro integramente.
Para enquadrar nesse regime, segundo a receita Federal (2016):

Cuja receita bruta total tenha sido igual ou inferior a R$78.000.000,00


(setenta e oito milhões de reais), no ano-calendário anterior, ou a
R$6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais), multiplicado pelo
número de meses em atividade no ano-calendário anterior; e que não
estejam obrigadas à tributação pelo Lucro Real em função da atividade
exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica.

A tributação é regulamentada pelos artigos 516 a 528 do Regulamento do


Imposto de Renda (Decreto 3.000/1999).
Sobre esse regime Tributário Crepaldi, comenta:

O regime do Lucro Presumido é muito utilizado, por ser considerado mais


simples e também por exigir menos documentação. Recebe o nome de
Presumido exatamente porque nesse regime o Imposto de Renda não é
calculado sobre o lucro efetivo. Crepaldi (2012, Pág. 175)

O imposto é apurado trimestralmente, tendo, portanto, seus períodos de


apuração finalizados respectivamente em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro
e 31 de dezembro. A partir do pagamento da primeira quota é considerada a opção
definitiva para todo ano calendário.
Conforme a Receita Federal (2016):

O imposto de renda com base no Lucro Presumido é determinado por


períodos de apuração trimestrais, encerrados em 31 de março, 30 de junho,
30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano- calendário. Via de regra, a
opção é manifestada com o pagamento da primeira quota ou quota única do
imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração, sendo
considerada definitiva para todo o ano-calendário(...)
29

Essa modalidade pode ser vantajosa para empresas que possuam boa
margem de lucro, ou seja, a lucratividade ser superior a presumida, sendo uns dos
instrumentos de avaliação de planejamento Tributário.

5.3. Lucro Real

O regime de tributação Lucro Real tem a base de cálculo o faturamento


trimestral ou mensal da empresa, incide somente sobre o lucro efetivo que só pode
ser determinado pela escrituração contábil.
Segundo o Art. 6º do Decreto de Lei n° 1598/77, o Lucro Real é o lucro líquido
do exercício, ajustado pelas adições, exclusões ou compensações (...).
Isso é demonstrado no livro de apuração chamado de LALUR – Livro de
Apuração do Lucro Real é um livro fiscal. Sua finalidade é ajustar os demonstrativos
contábeis pelas adições, compensações e devidas exclusões ao lucro líquido do
período base, para apurar a base de cálculo do imposto.
Conforme o art.262 do RIR/99, o LALUR deverá:

Art. 262. No LALUR, a pessoa jurídica deverá (Decreto-Lei nº 1.598, de


1977, art. 8º, inciso I):
I - Lançar os ajustes do lucro líquido do período de apuração;
II - Transcrever a demonstração do Lucro Real;
III - manter os registros de controle de prejuízos fiscais a compensar em
períodos de apuração subsequentes, do lucro inflacionário a realizar, da
depreciação acelerada incentivada, da exaustão mineral, com base na
Receita Bruta, bem como dos demais valores que devam influenciar a
determinação do Lucro Real de períodos de apuração futuros e não
constem da escrituração comercial;
IV - Manter os registros de controle dos valores excedentes a serem
utilizados no cálculo das deduções nos períodos de apuração
subsequentes, dos dispêndios com programa de alimentação ao
trabalhador, vale-transporte e outros previstos neste Decreto.

Não existe impedimento para optar pelo Lucro Real. Qualquer empresa pode
escolher o regime de tributação do Lucro Real, mas torna obrigatório para algumas
pessoas jurídicas.
Conforme a Lei nº 9.718, de 1998, art. 14: estão obrigadas à apuração do
Lucro Real as pessoas jurídicas:

I - Cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$


78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número
de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; ().
30

II - Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,


bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e
valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de
previdência privada aberta;
III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo do
exterior;
IV - Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios
fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;
V - Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento
mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2° da Lei n° 9.430, de
1996;
VI - Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção
e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços (factoring).
VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários,
financeiros e do agronegócio (.

As empresas que optam ou são obrigadas a se declararem pelo Lucro Real


poderão apurar o lucro e recolher o IRPJ e a CSLL anualmente ou trimestralmente,
ficando a critério da empresa seu período de apuração (HIGUCHI, 2005).
Neste regime de tributação o IRPJ e CSLL é o respectivo lucro adquirido no
período, ajustado, considerando as regras contábeis e fiscais.
A Alíquota do IRPJ é 15% sobre o Lucro Real, e o adicional de alíquota de
10% sobre o valor que exceder o limite legal permitido.
A Contribuição Social sobre Lucro Líquido– CSLL incide sobre o Lucro
Líquido do ano vigente antes da provisão do IR.

O art. 3o da Lei no 7.689, de 15 de dezembro de 1988, passa a vigorar com


a seguinte redação:
A alíquota da contribuição é de:
I – 15% (quinze por cento), no caso das pessoas jurídicas de seguros
privados, das de capitalização e das referidas nos incisos I a VII, IX e X do
§ 1o do art. 1o da Lei Complementar no 105, de 10 de janeiro de 2001; e
II – 9% (nove por cento), no caso das demais pessoas jurídicas .

O perfil de empresas que optam pelo Lucro Real são as de grande porte com
elevado faturamento, com ações no mercado Nacional e internacional.
Este regime exige uma escrituração complexa; é possível utilizar
compensações de créditos de tributos federais como exemplos PIS, CONFINS, IPI
(...) bem como estaduais e municipais. E é permitido deduzir do faturamento
despesas operacionais, financeiras, custos e despesas.
31

6. FOLHA DE PAGAMENTO

A elaboração da folha de pagamento é obrigatória para o empregador, o meio


mais comum de elaboração é o eletrônico pela grande agilidade de realizar os
cálculos, podem ser utilizados programas ou planilhas especificas como exemplo o
programa Microsoft Excel.
O art. 32 da Lei n° 8.212/91, determina a obrigatoriedade da empresa.

Art. 32. A empresa é também obrigada a:

I - Preparar folhas-de-pagamento das remunerações pagas ou creditadas a


todos os segurados a seu serviço, de acordo com os padrões e normas
estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade Social;
II - Lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma
discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das
quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos;
III – prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil todas as informações
cadastrais, financeiras e contábeis de seu interesse, na forma por ela
estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à
fiscalização; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
IV – Declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho
Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, na forma,
prazo e condições estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados a
fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição
previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho
Curador do FGTS.
VI – Comunicar, mensalmente, aos empregados, por intermédio de
documento a ser definido em regulamento, os valores recolhidos sobre o
total de sua remuneração ao INSS.

A folha de pagamento é composta por dois segmentos: proventos e


descontos.
Proventos:
 Salário
 Gratificações
 Comissões
 Horas extras
 Adicional de insalubridade
 Adicional de periculosidade
 Adicional noturno
 Férias
 13° salario
 Salario- maternidade
32

 Salário-família
 Diária-viagens
 Ajuda de custo

Descontos:
 Adiantamentos
 Faltas injustificadas e atrasos
 Contribuição previdenciária
 Contribuição sindical (uma vez ao ano)
 Imposto de renda retido na fonte
 Vale transporte
 Pensão Alimentícia
 Empréstimos
 Adiantamento da 1° parcela do 13° salario
 Plano de benefícios sociais (assistência médica, previdência privada,
etc.).
Além destes elementos principais, outras informações são importantes para
elaboração completa da folha de pagamento, como a folha deve indicar o valor
liquido a ser pago aos funcionários, o nome do colaborador, identificação da
empresa (nome e CNPJ), mês de referência, o total bruto, o total de descontos, os
encargos patronais de INSS, FGTS e RAT e contribuições para terceiros e total de
encargos.
A folha de pagamento deve ser contabilizada em observância do princípio
contábil de competência, no mês da ocorrência do fato gerador, mesmo que o
pagamento seja realizado no mês seguinte.

6.1. Planejamento tributário na folha de pagamento

O planejamento Tributário na folha de pagamento foca nos tributos e


contribuições parte empresa: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Fundo de
garantia por tempo de serviço (FGTS), Risco ambiental de trabalho (RAT), e
Contribuições para terceiros (sistemas „S‟).
Desta maneira o planejamento tributário permite verificar qual a melhor
alternativa entre os regimes Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional, com
33

finalidade de constatar qual regime resultaria menor ônus Tributário dentro dos
critérios legais.
Nos quadros 23: Transporte Carga- comparação Simples Nacional x Lucro
Real x L. Presumido, quadro 1: Transporte Carga-Simples Nacional 2017, quadro 2:
Comércio Varejista- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido,
quadro 3: Comércio Varejista- Simples Nacional 2017, quadro 4: Indústria-
comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido, quadro 5: Indústria -
Simples Nacional 2017, quadro 6: Transporte Passageiro- comparação Simples
Nacional x Lucro Real x L. Presumido, quadro 7: Transporte Passageiro- Simples
Nacional 2017, demonstrará o planejamento tributário sobre a folha de pagamento.
O objetivo é evidenciar a carga tributária em cada ramo de atividade:
Comércio varejista, Indústria, Transporte Carga e Transporte Passageiro.
34

7. NOVA REFORMA TRABALHISTA

A consolidação das Leis do Trabalho – CLT, criada através do Decreto-Lei n°


5.452/43 regulamenta a relação entre empregador e empregado individual ou
coletivo, desde a sua publicação já sofreu inúmeras alterações.
Os principais assuntos tratados na CLT são: Registro do trabalhador, jornada
de trabalho, período de descanso, férias, medicina do trabalho, contratos individuais,
organização sindical, convenções coletivas, proteção do trabalho da mulher,
categorias especiais de trabalhadores, fiscalização, justiça do trabalho e processo
trabalhista.
A Lei n° 13.467/2017 é mais recente alteração denominada a nova reforma
trabalhista, que altera significativamente a posição da CLT.
Essas mudanças influenciam diretamente na relação trabalhista entre
trabalhador e a empresa, relações sindicais, e envolvem questões judiciais do cunho
trabalhista.
Destaca-se a seguir comparativos de algumas principais mudanças
decorrente das novas regras:
Banco de horas antes da reforma: Período de 1° ano para compensação; as
horas de banco não sofrem acréscimo; pode haver períodos e situações diferentes
de compensação em convenção coletiva; Base legal: Lei 9.601/1998. Regra atual:
Poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra
no período máximo de 6 meses;
Contribuição Sindical antes da reforma: É obrigatório o desconto equivalente
a 1 dia do salário do empregado no mês de março de cada ano; Base legal:
art. 580 e 582 da CLT. Regra atual: A contribuição sindical passa a ser opcional, ou
seja, só haverá o desconto de 1 dia de salário se o próprio empregado autorizar;
Férias antes da reforma: As férias podem ser divididas em no máximo, 2
períodos; 1/3 do período de férias pode ser vendido. Base legal: § 1º do art. 134 da
CLT e art. 143 da CLT. Nova Regra: As férias podem ser divididas em até 3
períodos, não podendo ser inferior a 5 dias corridos e um deles deve ser de, no
mínimo, 14 dias corridos;
Demissão sem justa Causa (acordo entre as partes) antes da reforma: O
empregado tem direito ao pagamento da multa de 40% do saldo do FGTS e ao
saque de 100% do FGTS depositado; se pedir demissão, não tem direito a sacar o
35

FGTS; A empresa deve conceder um aviso prévio de, no mínimo, 30 dias; O


empregado recebe o seguro desemprego; Base legal: §1º art. 18 da Lei 8.036/90;
art. 487 da CLT; art. 7º, XXI da CF; Inciso I da Lei 7.998/90. Nova regra: A demissão
poderá ocorrer de comum acordo; O pagamento da multa de 40% será pela metade,
ou seja, 20% do saldo do FGTS; O empregado só poderá sacar 80% do FGTS
depositado; A empresa deve conceder um aviso prévio de, no mínimo, 15 dias; O
empregado não recebe o seguro desemprego;
Horas Extras antes da reforma:20% Superior à hora normal (§ 1º do art. 59 da
CLT - não aplicado);50% superior ao da hora normal (art. 7, XVI da CF – aplicado)
Base legal: art. 7, XVI da CF. Nova Regra: a remuneração será, pelo menos, 50%
superior à da hora normal;
Jornada de Trabalho antes da reforma: Limitadas há 8 horas diárias, 44
horas semanais e 220 mensais, podendo ocorres 2 horas extrapor dia. Nova regra:
A jornada diária poderá ser de 12/36 horas, limite semana de 44 horas ou 48 com
horas extras, 220 horas mensais.
Tempo na empresa antes da reforma: considera serviço efetivo o tempo que o
colaborador está à disposição da empresa. Nova Regra: Não serão considerados
dentro da jornada de trabalho os períodos de descanso, alimentação, higiene
pessoal, troca de uniforme, transporte.
A Lei n° 13.467/2017 prevê alteração também sobre trabalho intermitente,
descanso, remuneração, plano de cargo e salários, transporte, trabalho remoto
(home Office), trabalho parcial, prazo de validade das normas coletivas, danos
morais, terceirização, gravidez, rescisão contratual, e outras tantas mudanças.
36

8. ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO


Contribuição das empresas

8.1. Instituto Nacional de Seguro Social - INSS

De acordo com Decreto de n° 3.048/99 art. 5°. A previdência social será


organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação
obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e
atenderá a:

I - Cobertura de eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;


II - Proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família E auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados
de baixa renda; e
V - Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou
companheiro e dependentes. (DECRETO/LEI n° 3.048/99 art. 5°).

De acordo com a Lei Orgânica da Seguridade Social 8.212/91 Art.22 a


contribuição destinada a Seguridade Social cargo da empresa será de:

I- 20% vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou
creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e
trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o
trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos
habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de
reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo
tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da
Lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho
ou sentença normativa. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de
1999). (Vide Lei nº 13.189, de 2015) Vigência
II - Para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº
8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de
incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do
trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer
do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:
(Redação dada pela Lei nº 9.732, de 1998).
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o
risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante
esse risco seja considerado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante
esse risco seja considerado grave.
III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a
qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais
que lhe prestem serviços; (
§ 1o No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento
e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras,
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento
mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
37

capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e


entidades de previdência privada abertas e fechadas, além das
contribuições referidas neste artigo e no art. 23, é devida a contribuição
adicional de dois vírgula cinco por cento sobre a base de cálculo definida
nos incisos I e III deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de
1999). (Vide Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001).

Os regimes Tributários Lucro Real e Lucro Presumido não optante pela


desoneração aplica-se 20% INSS sobre a folha de pagamento. O Simples Nacional
é sistema diferenciado, que recolhe Contribuição Patronal Previdenciária – CPP
vinculada ao INSS.

8.2. Contribuição Patronal Previdenciária- CPP

A Contribuição Patronal Previdenciária – CPP é um dos subgrupos das


contribuições para seguridade social, é uma arrecadação federal vinculada ao INSS
que contribui para a manutenção do regime geral da previdência social.

VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a


cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de
julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno
porte que se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no §
5º-C do art. 18 desta Lei Complementar;

No regime Simples Nacional as alíquotas variam de acordo com os anexos


das atividades das empresas e faixa de receita bruta.
Segundo a Lei Complementar 123/2006, art. 13. O Simples Nacional implica o
recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação DAS-, abrange os
seguintes tributos e contribuições: IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS/PASEP, CPP-
Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da
pessoa jurídica, ICMS, ISS.

8.3. Risco de acidente de trabalho e Contribuições para Terceiros

Riscos ambientais de trabalho – RAT, é a nova denominação para SAT –


Seguro de acidente de trabalho, é uma contribuição paga pela empresa, para cobrir
os custos da previdência com os empregados, vítimas de acidentes ou doenças
decorridas do trabalho. A alíquota do RAT é progressiva varia de acordo com o grau
38

de risco de incidência de incapacidade, como citado anteriormente na Lei 8.212/91


Art.22, II a, b, c.
Contribuições para terceiros visam custear o sistema “S” e outros, criadas por
Lei ou decretos e mantidas por contribuições obrigatórias cobradas das empresas
sobre a folha de pagamento, devem ser recolhidos juntamente com as outras
contribuições.
A seguir discriminadas as contribuições patronais:
 2% Seguro acidente de trabalho - Sat
 2,5%. Salario educação
 0,2% INCRA
 1% SENAI
 1,5% SESI
 0,6% SEBRAE
Totalizando as taxas dos encargos sobre a remuneração RAT mais terceiros
7,8%.
Esses encargos são compulsórios para os regimes Lucro Real e Presumido
Com ou sem desoneração aplicadas alíquotas apenas sobre a folha de pagamento.

8.4. Fundo de Garantida de Tempo de Serviço- FGTS

Fundo de Garantia de tempo de Serviço – FGTS foi criado pela Lei n°


5.107/1966. Atualmente é regido pela Lei 8.036/90 e alterações posteriores.

Art. 2º O FGTS é constituído pelos saldos das contas vinculadas a que se


refere esta Lei e outros recursos a ele incorporados, devendo ser aplicados
com atualização monetária e juros, de modo a assegurar a cobertura de
suas obrigações. (Lei 8.036/90 art. 2°)

O FGTS tem como objetivo substituir a indenização e eliminar a estabilidade


do serviço. Todo colaborador contratado formalmente já é assegurado o direito aos
depósitos do FGTS, não havendo necessidade de escolha pelo fundo.
O empregador é obrigatório efetuar depósitos mensais em nome dos seus
colaboradores nas agências da Caixa econômica federal ou rede conveniada, um
percentual de 8% sobre a remuneração paga ou devida.
O FGTS é fixado em 8% para todos os regimes de tributação.
39

9. DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO

A desoneração é uma medida do governo para crescimento da produção,


reduzir os custos, aumentar a competividade e estimular a criação de empregos. A
desoneração beneficia 42 setores da economia.
A desoneração da folha foi realizada por medida provisória 540/2011 e
convertida na Lei n° 12.546/11 que altera a base da incidência da contribuição
previdenciária patronal.
Com a desoneração da folha de pagamento a empresa passa recolher INSS
sobre a receita bruta por um percentual de 1% a 3% dependendo do setor,
substituindo o recolhimento 20% INSS sobre a folha.
A substituição sobre a base de cálculo serve apenas para o INSS, as demais
contribuições FGTS, RAT e Contribuição para terceiros permanecem com as suas
alíquotas, e a base de cálculo sobre a folha de pagamento.
A empresa optante pelo Simples Nacional não se enquadra, permanecendo o
recolhimento em conformidade com os anexos do Simples.
A partir da Lei n° 13.161/2015 passa ser opcional a aplicação da desoneração
da folha, ou seja, o contribuinte pode escolher com forma é mais vantajosa. A opção
pela forma de tributação é manifestada mediante o pagamento da contribuição
relativa a janeiro e será irretratável para todo exercício anual.
Alíquotas de INSS sobre RBV vigente em 2017, setores utilizados nesta
pesquisa são: Transporte Carga 1,5%, Transporte Passageiro 3%, Comércio
varejista e Indústria 2,5%.
40

10. ENCARGOS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO EM OUTROS PAISES

O objetivo deste capítulo é citar as incidências tributárias existentes em dois


países: Estados Unidos da América e Argentina.
Num estudo mais aprofundado sobre as incidências tributárias sobre a folha
de pagamento seria oportuno uma análise comparativa entre os países.

10.1. Estados Unidos da América

No EUA uma das principais Leis que regula as relações de trabalho e define
regras básicas sobre questões fundamentais referentes ao pagamento dos
trabalhadores é a Lei de Padrões Justos de Trabalho – FLSA é válida em todos os
estados do país, pois é uma Lei federal.
A FLSA define valores mínimos por hora de trabalho e adicional por horas
extras, que depende da atividade executada pelo trabalhador, diferentemente do
Brasil que define um salário mínimo mensal fechado.
Além das regras básicas da FLSA, a maioria dos contratos entre o empregado
e empresa é definida através de contrato inicial de prestação de serviço, onde são
acordados todos os termos como: sobre férias remuneradas ou não; Sobre faltas por
motivo de doença, embora exista recomendação medica federal de oferecimento de
dias de ausência por doença, no EUA não é obrigação legal do empregador pagar,
ao contrário do Brasil que férias e falta por motivo de doença o empregador não tem
obrigatoriedade legal de pagar.
A idade mínima permitida depende da atividade exercida, crianças de 12 ou
13 podem trabalhar como babá, entregadores de jornais e atividades artísticas, aos
14 anos é permitido trabalhos de rotinas não perigosas, como trabalhar em cinemas,
escritórios, restaurantes; A partir dos 16 anos pode se trabalhar em qualquer função
não perigosa e aos 18 é permitido exercer qualquer cargo, assim como no Brasil.
As deduções estatutárias do imposto sobre a folha:
 Retenção do imposto de renda federal
 Retenção do imposto de segurança social (6,2%sobre o lucro
tributável)
 Recusamento do imposto de Medicare (1,45)
41

 Recusamento de imposto adicional do Medicare (0.9%, para o


funcionário, que ganha acima de US $ 200.000.00.
 Retenção imposte de renda do estado
 Retenções de tributos locais (municípios, distritos, seguro estatal...).

As obrigações fiscais do empregador nos EUA são:

 6,2% Social Security, calculado sobre o valor bruto pago ao


empregado.
 1,45% Medicare, calculado sobre o valor bruto pago ao empregado.
 Imposto de auxílio desemprego estadual depende da Lei de cada
estado (SUTA)
 0.006% imposto de auxílio desemprego federal, calculado em cima
dos primeiros $ 7.000,00 (valor Bruto), que cada empregado fizer a
cada ano. Atraso no pagamento acarretará em emissão de multas
(FUTA).
A Lei Federal de Contribuições de Seguros – FICA, consiste nos tributos
sobre Previdência social e Medicare, que são pagos pelo empregado e empregador
com a porcentagem igual para ambos, às alíquotas mencionadas anteriormente.
Os funcionários são categorizados em dois tipos: os funcionários “salário”, o
qual é contratado por um salário anual, esse não recebe hora extra. E o funcionário
“hora” o qual é contratado a ser pago por hora trabalhada, e nesse caso possui
direito há horas extra.

10.2. Argentina

A estrutura tributária da Argentina é baseada principalmente nos tributos


indiretos, o sistema fiscal está dividido em três esferas de governo sendo a Nacional,
Provincial e Municipal, que comparado ao Brasil o Nacional se equivale a União,
provincial ao Estado e a mesma nomenclatura para Municipal.
O sistema de contribuições sociais argentino segue o padrão europeu é
dividido entre empregado, empregador e autônomos este detalhe é significativo, pois
o Brasil possui um sistema diferente o que dificulta a comparação ente o Brasil e
Argentina.
42

As alíquotas das contribuições patronais sobre a folha de pagamento


destinada a Seguridade Social regida pelas Leis nº 19.032/71 e Lei nº 24.013/1991
do Fondo Nacional de Empleo, Lei nº 24.241/1993 do Sistema Integrado de
Jubilaciones y Pensiones e da Lei nº 24.714 do Régimen de Asisgnaciones
Familiares, são as seguintes:

a) Alíquota de 21% para os empregadores cuja atividade principal seja


locação e prestação de serviços, enquadrados no setor de Serviços ou no
setor de Comércio, pelas Resoluções nº 24/01, sempre que as vendas
anuais totais superarem, em ambos os casos, $ 48.000.000 (Pesos),
equivalentes a R$ 21.600.000,00 (Reais). Estão isentos dessa alíquota os
enquadrados nas Leis nº 23.551, das Asociaciones Sindicales de
Trabajadores, nº 23.660, das Obras Sociales, nº 23.661, dos Agentes del
Sistema Nacional de Seguro de Salud, e nº 24.467, de Pequeñas y
Medianas Empresas de 2000;
b) Alíquota de 17% para os demais empregadores não incluídos na
alíquota anterior, como entidades e organizações com participação estatal,
bancos e entidades financeiras nacionais, regidos pela Lei nº 21.526, e os
demais órgãos nacionais, provinciais ou municipais que vendam bens ou
prestem serviços a terceiros a título oneroso, compreendidos no art. 1° da
Lei nº 22.016 de 1979.

Todas as empresas devem contratar um seguro para acidente de trabalho de


empresas privadas, recolhido mensalmente que normalmente varia em função da
atividade da empresa, condições de segurança e higiene e quantidade de pessoal e
companhia de seguros.
Obra Social 6%, porcentagem que pode variar em conformidade de cada
sindicato.
Os Aportes y Contribuciones a la Seguridade Social (Recolhimente e
contribuições para a seguridade social) são formas de contribuições para a
seguridade social que incidem sobre o rendimento do trabalho, variando conforme o
vínculo de estabelecido na atividade desenvolvida, de acordo com Decreto nº
2284/91, artículos 86 y 87. (ARGENTINA, 1991, Tradução PFEUTI, Maria).
Os empregadores têm um benefício depois 24 meses do contrato
trabalhista novo ou regulação de algum vínculo informal no recolhimento para
seguridade social. O benefício é um desconto de 50% das contribuições durante
os 12 primeiros meses e 75% de desconto durante os segundos 12 meses, o
benefício só terá validade se não for reduzido o efetivo de trabalhadores por dois
anos.
43

11. ESTUDO DE CASO

O caso prático tem por objetivo analisar o planejamento Tributário como


ferramenta para redução de tributos e contribuições incidentes sobre a folha de
pagamento. Os regimes Tributários utilizados são Lucro Real, Lucro Presumido e
Simples Nacional. O estudo foi realizado por meio de dados hipotéticos e cálculos
que proporcionaram a visualização de qual melhor regime Tributário diante do
cenário.
Os ramos de atividade considerados foram os seguintes: 1. Comércio
varejista, 2. Indústria 3. Transporte Carga e 4. Transporte Passageiro.
Nesta pesquisa relacionou seis simulações para cada atividade, contendo
seis faixas de receita bruta e três folhas de pagamentos, sendo duas faixas de
receita bruta para cada folha de pagamento, com o propósito identificar qual regime
resultará em menor ônus Tributário. (Faixas criadas com proposito para análise das
simulações, não representa faixas de RBV dos anexos contidas no Simples
Nacional).
Nos quadros abaixo apresentam as taxas e contribuições dos encargos
sociais da empresa sobre a remuneração.
Sem desoneração conforme a Lei nº 8212/91 art.22 I e II:

Quadro 1 – Alíquotas dos tributos sem desoneração -2017


PERCENTUAL SOBRE A
FOLHA DE PAGAMENTO ALIQUOTAS
SEM DESONERAÇÃO
INSS PATRONAL 20,00%

RAT 2,00%

SALARIO E EDUCAÇÃO 2,50%

INCRA 0,20%
SENAI 1,00% RAT + TERCEIROS
SESI 1,50% 7,80%
SEBRAE 0,60%
FGTS 8,00%
TOTAL 35,80%
BASE LEGAL: Lei nº 8212/91 art.22 I e II,e Decreto nº 99.9684/90, adaptada pela autora.
44

Com desoneração conforme previsto na Lei nº 12.546/2011,que altera a base


da incidência da contribuição previdenciária patronal. O cálculo é sobre a receita
bruta da empresa, e permanecendo a BC e alíquotas para o FGTS e RAT+
TERCEIROS.
No quadro 2 abaixo, apresenta-se as alíquotas correspondentes para todos
os ramos de atividade em vigor.

Quadro 2: – Alíquotas dos tributos com desoneração- 2017


PERCENTUAL SOBRE A
COMÉRCIO TRANSPORTE TRANSPORTE
FOLHA DE PAGAMENTO INDÚSTRIA
VAREJISTA CARGA PASSAGEIRO
COM DESONERAÇÃO
INSS 2,50% 2,50% 1,50% 3,00%
RAT + TERCEIROS 7,80% 7,80% 7,80% 7,80%
FGTS 8,00% 8,00% 8,00% 8,00%
BASE LEGAL: Lei nº 12.546/2011, Lei nº 13.043/2014 e Decreto nº 99.9684/90, editado pela
autora.

O quadro 3 abaixo representa os ramos de atividades escolhidos para esta


pesquisa: Comércio Varejista, Indústria, Transporte Carga e Transporte Passageiro.
Optou-se por elaborar seis faixas de receita bruta sobre venda e três folhas
de pagamento que será comparado e analisado nos diferentes regimes de
tributação.
Para o Simples Nacional será utilizado o total da RBV das atividades
(representado na última linha do quadro 03) como receita bruta anual para a
determinação da faixa em seus anexos e alíquota correspondente. (Faixas criadas
com proposito para análise das simulações, não representa faixas de RBV dos
anexos Simples Nacional).
45

Quadro 3: Atividades e faixa RBV


1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
ATIVIDADE
(1° FOLHA DE (1° FOLHA DE (2° FOLHA DE (2° FOLHA DE (3° FOLHA DE (3° FOLHA DE
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)

COMÉRCIO
VAREJISTA 100.000,00 350.000,00 200.000,00 750.000,00 800.000,00 1.900.000,00

INDÚSTRIA 250.000,00 400.000,00 300.000,00 450.000,00 430.000,00 2.100.000,00

TRANSPORT
E CARGA 70.000,00 450.000,00 150.000,00 750.000,00 720.000,00 3.100.000,00

TRANSPORT
E 50.000,00 300.000,00 170.000,00 450.000,00 1.450.000,00 2.000.000,00
PASSAGEIRO
TOTAL =
RBV ANUAL
(SIMPLES 470.000,00 1.500.000,00 820.000,00 2.400.000,00 3.400.000,00 9.100.000,00
NACIONAL)
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

O Quadro 04 descreve os valores estabelecidos para três folhas de


pagamento, que foi considerada neste trabalho, 1º folha de pagamento com valor
total de R$ 31.910,00, 2º folha de pagamento com valor total de R$ 55.672,77 e a 3º
folha de pagamento com o valor total de R$ 230.838,30.

Quadro 4: Folhas de pagamento

FOLHAS DE PAGAMENTO VALOR TOTAL

1° FOLHA DE PAGAMENTO R$ 31.910,00

2° FOLHA DE PAGAMENTO R$ 55.672,77

3° FOLHA DE PAGAMENTO R$ 230.838,30


Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)
46

11.1. Comparativo Lucro Real e Lucro Presumido Com desoneração x.


Sem desoneração

A finalidade é comparar o valor do tributo devido, um calculado sobre a folha


de pagamento e o outro sobre receita bruta, considerando os cálculos com ou sem
desoneração nos regimes Tributários Lucro Real e Lucro Presumido.
Foi realizada três simulações de folha de pagamento, sem desoneração nos
regimes Lucro Real e Presumido. Representado pelos quadros a seguir.
Sobre os regimes Lucro Real e Presumido incide o mesmo imposto e alíquota
sobre a folha de pagamento sem desoneração, assim optou-se para apresenta-lo de
forma unificada, para evitar excessos de tabelas replicadas.
No quadro abaixo, os cálculos dos tributos INSS, RAT+ TERCEIROS E FGTS
sobre a 1° folha de pagamento sem desoneração nos regimes Lucro Real e
Presumido, para base de cálculo será considerada a 1º folha de remuneração de R$
31.910,00.

Quadro 5: 1º folha de pagamento sem desoneração


SEM DESONERAÇÃO
1° FOLHA DE PAGAMENTO
REAL/PRESUMIDO

FOLHA DE PAGAMENTO
ALIQUOTAS R$31.910,00
BASE DE CALCÚLO
20,00% INSS PATRONAL R$6.382,00
7,80% RAT+Terceiros R$2.488,98
8,00% FGTS R$2.552,80
35,80% TOTAL R$11.423,78
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

Observa-se no quadro 5 calculado sobre a folha de pagamento de R$


31.910,00 que o total de tributo devido foi de R$ 11.423,78, sendo o INSS com
percentual de 20% o responsável pelo maior valor.
A seguir os cálculos dos tributos sobre a 2° folha de pagamento sem
desoneração, sendo considerada para base de cálculo a 2º folha de remuneração
de R$ 55.672,77.
47

Quadro 6: 2º folha de pagamento sem desoneração


SEM DESONERAÇÃO
2° FOLHA DE PAGAMENTO
REAL/PRESUMIDO

FOLHA DE PAGAMENTO
ALIQUOTAS R$55.672,77
BASE DE CALCÚLO

20,00% INSS PATRONAL R$11.134,55


7,80% RAT+Terceiros R$4.342,48
8,00% FGTS R$4.453,82
35,80% TOTAL R$19.930,85
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

No quadro 6 o total de tributos foi de R$ 19.930,85, o INSS responsável por


R$ 11.134,55.
No quadro 7 os cálculos dos tributos sobre a 3° folha de pagamento sem
desoneração, sendo considerada para base de cálculo a 3º folha pagamento de
R$ 230.838,30.

Quadro 7: 3º folha de pagamento sem desoneração


SEM DESONERAÇÃO
3° FOLHA DE PAGAMENTO
REAL/PRESUMIDO

FOLHA DE PAGAMENTO
ALIQUOTAS R$230.838,30
BASE DE CALCÚLO

20,00% INSS PATRONAL R$46.167,66


7,80% RAT+Terceiros R$18.005,39
8,00% FGTS R$18.467,06
35,80% TOTAL R$82.640,11
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

Conforme demonstrado o INSS é responsável por 55% do dos tributos


devidos sobre a folha de pagamento.
Na opção sem desoneração todos os ramos de atividade escolhidas incidem
os mesmos tributos e alíquotas; incide 20% de INNS patronal, 7,8% de RAT e 8% de
FGTS, sendo a base para cálculo o valor total da remuneração mensal.
A seguir os cálculos das três folhas de pagamento, com desoneração, que
considera como base de cálculo a receita bruta, sendo duas opções de RBV para
cada folha de pagamento, assim totalizando em seis faixas de receita bruta para
cada ramo de atividade, e demonstrará a comparação do total de alíquotas com ou
sem desoneração, e o total de tributos mencionando qual opção é vantagem em
48

cada cenário. E apontando qual é porcentagem da folha de pagamento sobre a


receita bruta.

11.1.2. Ramo de atividade: Comércio Varejista

Simulações dos cálculos dos tributos da 1º da folha de pagamento com


desoneração, na atividade Comércio varejista com alíquota de 2,5% de INSS.
Sendo utilizado como base de cálculo a RBV da 1° faixa de R$ 100.000,00 e
a 2° faixa de R$ 350.000,00 em comparação a 1° folha de pagamento sem
desoneração de R$ 31.910,00.

Quadro 8: Comércio Varejista. 1º folha de pagamento com desoneração


COM DESONERAÇÃO 1º FOLHA DE PAGAMENTO

LUCRO REAL /PRESUMIDO R$ 31.910,00

COMÉRCIO VAREJISTA ALIQ 1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV

BASE DE CÁLCULO 100.000,00 350.000,00


INSS S/ RBV 2,50% 2.500,00 8.750,00
RAT+Terceiros 7,80% 2.488,98 2.488,98
FGTS 8,00% 2.552,80 2.552,80

ENCARGOS TOTAIS COM


DESONERAÇÃO
18,30% 7.541,78 13.791,78
ENCARGOS TOTAIS SEM
DESONERAÇÃO
35,80% 11.423,78 11.423,78
COM SEM
VANTAGEM: DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO
% FOLHA DE PAGAMENTO SOBRE
31,91% 9,12%
A RECEITA BRUTA
Fonte de dados: elaborado pela pesquisadora (2017)

Conforme exemplificado no quadro 8, na atividade Comércio Varejista com a


folha de pagamento correspondendo 31% do faturamento, se faz vantagem o regime
Lucro Real/Presumido com desoneração, pois INSS com alíquota de 2,5% sobre a
RBV é R$ 2.500,00 e sem desoneração é R$ 6.382,00.
Na segunda faixa de simulação demonstra que se a folha de pagamento for
de 9% em relação à receita bruta, compensara o Lucro Real/Presumido sem
desoneração, pois com volume de faturamento alto a alíquota passa gerar um valor
de tributo maior que a opção calculada sobre a folha.
49

As simulações dos cálculos dos tributos da 2º da folha de pagamento com


desoneração.
Sendo utilizado como base de cálculo a RBV da 3° faixa de R$ 200.000,00 e
a 4° faixa de R$ 750.000,00 em comparação a 2° folha de pagamento sem
desoneração de R$ 55.672,00.

Quadro 9: Comércio Varejista. 2º folha de pagamento com desoneração


COM DESONERAÇÃO 2º FOLHA DE PAGAMENTO

LUCRO REAL /PRESUMIDO R$ 55.672,00

COMÉRCIO VAREJISTA ALIQ 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV

BASE DE CÁLCULO 200.000,00 750.000,00


INSS S/ RBV 2,50% 5.000,00 18.750,00
RAT+Terceiros 7,80% 4.342,48 4.342,48
FGTS 8,00% 4.453,82 4.453,82

ENCARGOS TOTAIS COM DESONERAÇÃO 18,30% 13.796,30 27.546,30


ENCARGOS TOTAIS SEM DESONERAÇÃO 35,80% 19.930,85 19.930,85
VANTAGEM: COM DESONERAÇÃO SEM DESONERAÇÃO
% FOLHA DE PAGAMENTO SOBRE
27,84% 7,42%
A RECEITA BRUTA
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

No quadro 9 demonstra um cenário em que a empresa Comércio Varejista


tem uma folha que corresponde 27% e 7% respectivamente, da RBV. Com
faturamento mensal de R$ 200.000,00 a opção vantajosa é com desoneração, mas
se empresa obtiver o faturamento alto em relação à folha de remuneração a
vantagem será sem desoneração.
Abaixo as simulações dos cálculos dos tributos da 3º da folha de pagamento
com desoneração.
Sendo utilizado como base de cálculo a RBV da 5° faixa de R$ 800.000,00 e
a 6° faixa de R$1.900.000,00 em comparação a 3° folha de pagamento sem
desoneração de R$ 230.838,38.
50

Quadro 10: Comércio Varejista. 3º folha de pagamento com desoneração


COM DESONERAÇÃO 3º FOLHA DE PAGAMENTO

LUCRO REAL /PRESUMIDO R$ 230.838,38


COMÉRCIO VAREJISTA ALIQ 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
BASE DE CÁLCULO 800.000,00 1.900.000,00
RAT+Terceiros 2,50% 20.000,00 47.500,00
RAT 7,80% 18.005,39 18.005,39
FGTS 8,00% 18.467,06 18.467,06

ENCARGOS TOTAIS COM DESONERAÇÃO 18,30% 56.472,45 83.972,45


ENCARGOS TOTAIS SEM DESONERAÇÃO 35,80% 82.640,11 82.640,11
VANTAGEM: COM DESONERAÇÃO SEM DESONERAÇÃO
% FOLHA DE PAGAMENTO SOBRE
28,85% 12,15%
A RECEITA BRUTA
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

No quadro 10 a simulação foi baseada para empresa que fatura entre R$


800.000,00 e R$ 1.900.000,00. Conforme apresentada na faixa 5º, se a folha
representar aproximadamente 28% sobre RBV, a opção vantajosa será com
desoneração, e na faixa 6º demonstra que se a folha apresentar menor que 12% do
seu faturamento a vantagem será sem desoneração.
Na atividade Comércio as alíquotas dos tributos e contribuições com a
desoneração é INSS 2,5%, RAT 7,8% e FGTS 8%, total de 18,30%.
Conforme apresentado na atividade Comércio Varejista, que o percentual em
relação a folha de pagamento sobre a receita bruta sobre vendas for elevado
conforme nas simulações faixa um 31,91%, faixa três 27,84% e faixa cinco 28,85%,
a vantagem é da opção com a desoneração.
E como apresentado na faixa dois 9,12%, faixa quatro 7,42% e faixa seis
12,15%, a folha de pagamento mais vantajosa será sem desoneração, pois
representa o menor ônus de tributo.
51

11.1.3. Ramo de atividade Indústria:

Simulações dos cálculos dos tributos da 1º da folha de pagamento com


desoneração, na atividade Indústria com alíquota de INSS de 2,5%.
Sendo utilizado como base de cálculo a RBV 1° faixa de R$ 250.000,00 e a 2°
faixa de R$ 400.000,00 em comparação a 1° folha de pagamento sem desoneração
de R$ 31.910,00.

Quadro 11: Indústria. 1º folha de pagamento com desoneração


COM DESONERAÇÃO 1º FOLHA DE PAGAMENTO

LUCRO REAL /PRESUMIDO R$ 31.910,00

INDÚSTRIA ALIQ 1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV


BASE DE CÁLCULO 250.000,00 400.000,00
INSS S/ RBV 2,50% 6.250,00 10.000,00
RAT+Terceiros 7,80% 2.488,98 2.488,98
FGTS 8,00% 2.552,80 2.552,80
ENCARGOS TOTAIS COM DESONERAÇÃO 18,30% 11.291,78 15.041,78
ENCARGOS TOTAIS SEM DESONERAÇÃO 35,80% 11.423,78 11.423,78
VANTAGEM: COM DESONERAÇÃO SEM DESONERAÇÃO
% FOLHA DE PAGAMENTO SOBRE A
12,76% 7,98%
RECEITA BRUTA
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

No quadro n°11, percebe-se a pequena diferença entre os percentuais da


folha sobre a RBV 12,76% e 7,98 respectivamente. Demonstrando assim que a
alíquota INSS 2,5% sobre a RBV se faz vantagem somente para a empresa que
faturar até R$ 250.000,00 a opção vantajosa será com desoneração, e se a empresa
obtiver faturamento maior diante da mesma folha de remuneração a opção será sem
desoneração.
Abaixo as simulações dos cálculos dos tributos da 2º da folha de pagamento
com desoneração.
Sendo utilizado como base de cálculo a RBV da 3° faixa de R$ 300.000,00 e
a 4° faixa de R$ 450.000,00 em comparação a 2° folha de pagamento sem
desoneração de R$ 55.672,00.
52

Quadro 12: Indústria. 2º folha de pagamento com desoneração


COM DESONERAÇÃO 2º FOLHA DE PAGAMENTO

LUCRO REAL /PRESUMIDO R$ 55.672,00

INDÚSTRIA ALIQ 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV

BASE DE CÁLCULO 300.000,00 450.000,00


INSS S/ RBV 2,50% 7.500,00 11.250,00
RAT+Terceiros 7,80% 4.342,48 4.342,48
FGTS 8,00% 4.453,82 4.453,82

ENCARGOS TOTAIS COM DESONERAÇÃO 18,30% 16.296,30 20.046,30


ENCARGOS TOTAIS SEM DESONERAÇÃO 35,80% 19.930,85 19.930,85
VANTAGEM: COM DESONERAÇÃO SEM DESONERAÇÃO
% FOLHA DE PAGAMENTO SOBRE A
18,56% 12,37%
RECEITA BRUTA
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

No quadro 12 demonstra um cenário para as empresas que faturam R$


300.000,00 e R$ 450.000,00 na atividade Indústria, com os percentuais de 18% e
12% respectivos, da folha de pagamento sobre a RBV. Demonstrando a vantagem
na faixa 3ºà opção com desoneração e na faixa 4º sem desoneração.
A seguir as simulações dos cálculos dos tributos da 3º da folha de pagamento
com desoneração.
Sendo utilizado como base de cálculo a RBV da 5° faixa de R$ 430.000,00 e
a 6° faixa de R$ 2.100.000,00 em comparação a 3° folha de pagamento sem
desoneração de R$ 230.838,38.
Quadro 13: Indústria. 3º folha de pagamento com desoneração
COM DESONERAÇÃO 3º FOLHA DE PAGAMENTO

LUCRO REAL /PRESUMIDO R$ 230.838,38

INDÚSTRIA ALIQ 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV


BASE DE CÁLCULO 430.000,00 2.100.000,00
INSS S/ RBV 2,50% 10.750,00 52.500,00
RAT+Terceiros 7,80% 18.005,39 18.005,39
FGTS 8,00% 18.467,06 18.467,06

ENCARGOS TOTAIS COM DESONERAÇÃO 18,30% 47.222,45 88.972,45


ENCARGOS TOTAIS SEM DESONERAÇÃO 35,80% 82.640,11 82.640,11
VANTAGEM: COM DESONERAÇÃO SEM DESONERAÇÃO
% FOLHA DE PAGAMENTO SOBRE A
53,68% 10,99%
RECEITA BRUTA
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)
53

No quadro 13 demonstra na faixa 5º uma empresa que possui um gasto alto


com a folha correspondendo 53% do faturamento, neste caso a opção mais
vantajosa é com desoneração. Na faixa 6º demonstra a pequena diferença entre os
resultados de com ou sem desoneração, percebe-se que com valor de remuneração
sendo R$ 230.838,38 somente será vantagem sem desoneração se a folha
corresponder no máximo 10,99% sobre a RBV.
No ramo de atividade Indústria as alíquotas dos tributos com a desoneração é
2,5% INSS, RAT 7,8% e FGTS 8%, total de 18,30%.
Conforme os dados apresentados observam se na atividade Indústria que a
percentagem de diferença da folha de pagamento é menor que as outras atividades,
visto que as receitas brutas sobre vendas têm valores mais próximos com a exceção
entre a faixa 5º e 6º. Prevalece ainda que quão maior for o percentual da folha de
pagamento em relação à RBV será vantagem com a desoneração e o percentual
menor a vantagem será sem desoneração.

11.1.4. Ramo de atividade Transporte Carga:

Abaixo as simulações dos cálculos dos tributos INSS, RAT+ TERCEIROS E


FGTS da 1º da folha de pagamento com desoneração, no ramo de atividade de
Transporte Carga com alíquota de INSS de 1,5%.
Sendo utilizado como base de cálculo a RBV da 1° faixa de R$ 70.000,00 e a
2° faixa de R$ 450.000,00 em comparação a 1° folha de pagamento sem
desoneração de R$ 31.910,00. No quadro a seguir:
54

Quadro 14: Transporte Carga. 1º folha de pagamento com desoneração


COM DESONERAÇÃO 1º FOLHA PAGAMENTO
LUCRO REAL /PRESUMIDO R$ 31.910,00

TRANSPORTE CARGA ALIQ 1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV

BASE DE CÁLCULO R$70.000,00 R$450.000,00


INSS S/ RBV 1,50% R$1.050,00 R$6.750,00
RAT+Terceiros 7,80% R$2.488,98 R$2.488,98
FGTS 8,00% R$2.552,80 R$2.552,80

ENCARGOS TOTAIS COM DESONERAÇÃO 17,30% R$6.091,78 R$11.791,78


ENCARGOS TOTAIS SEM DESONERAÇÃO 35,80% R$11.423,78 R$11.423,78
VANTAGEM: COM DESONERAÇÃO SEM DESONERAÇÃO
% FOLHA DE PAGAMENTO SOBRE A
45,59% 7,09%
RECEITA BRUTA
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

No quadro 14 demonstra dois cenários para as empresas da atividade


Transporte Carga, que têm uma folha que corresponde 45% e 7% sobre a RBV, e
percebe-se, que na 1° faixa o INSS devido com desoneração é R$ 1.050,00 e sem
desoneração é 6.832,00 (quadro 5), sendo assim evidencia que a opção vantajosa é
com desoneração.
Na faixa 2º demonstra que neste ramo de atividade com percentual do INSS
1,5%, a empresa que fatura a partir de R$ 450.000,00 a opção que mais vantajosa
será sem desoneração.
Abaixo as simulações dos cálculos dos tributos da 2º da folha de pagamento
com desoneração.
Sendo utilizado como base de cálculo a RBV da 3° faixa de R$ 150.000,00 e
a 4° faixa de R$ 750.000,00 em comparação a 2° folha de pagamento sem
desoneração de R$ 55.672,00.
55

Quadro 15: Transporte Carga. 2º folha de pagamento com desoneração


COM DESONERAÇÃO 2º FOLHA DE PAGAMENTO

LUCRO REAL /PRESUMIDO R$ 55.672,00

TRANSPORTE CARGA ALIQ 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV

BASE DE CÁLCULO
R$150.000,00 R$750.000,00
INSS S/ RBV 1,50% R$2.250,00 R$11.250,00
RAT+Terceiros 7,80% R$4.342,48 R$4.342,48
FGTS 8,00% R$4.453,82 R$4.453,82

ENCARGOS TOTAIS COM DESONERAÇÃO 17,30% R$11.046,30 R$20.046,30


ENCARGOS TOTAIS SEM DESONERAÇÃO 35,80% R$19.930,85 R$19.930,85
VANTAGEM: COM DESONERAÇÃO SEM DESONERAÇÃO
% FOLHA DE PAGAMENTO SOBRE A
37,12% 7,42%
RECEITA BRUTA
Fonte de dados: elaborado pela pesquisadora (2017)

No quadro 15, verifica se que uma empresa deste ramo e tem um faturamento
de R$ 150.000,00 e uma folha que corresponde 37% sobre a RBV, conforme
exemplificado na 3º faixa, a vantagem é com desoneração, que demonstra uma
economia de R$ 8.884,55. Enquanto na faixa 4º evidência que a opção sem
desoneração somente é vantagem nestes parâmetros apresentados se a folha
corresponder no máximo 7% sobre a RBV.
A seguir as simulações dos cálculos dos tributos da 3º da folha de pagamento
com desoneração.
Sendo utilizado como base de cálculo a RBV da 5° faixa de R$ 720.000,00 e
a 6° faixa de R$ 3.100.000,00 em comparação a 3° folha de pagamento sem
desoneração de R$ 230.838,38.
56

Quadro 16: Transporte Carga. 3º folha de pagamento com desoneração


COM DESONERAÇÃO 3º FOLHA DE PAGAMENTO

LUCRO REAL /PRESUMIDO R$ 230.838,38

TRANSPORTE CARGA ALIQ 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV

BASE DE CÁLCULO R$720.000,00 R$3.100.000,00


INSS S/ RB 1,50% R$10.800,00 R$46.500,00
RAT+Terceiros 7,80% R$18.005,39 R$18.005,39
FGTS 8,00% R$18.467,06 R$18.467,06

ENCARGOS TOTAIS COM DESONERAÇÃO 17,30% R$47.272,45 R$82.972,45


ENCARGOS TOTAIS SEM DESONERAÇÃO 35,80% R$82.640,11 R$82.640,11
VANTAGEM: COM DESONERAÇÃO SEM DESONERAÇÃO
% FOLHA DE PAGAMENTO SOBRE A
32,06% 7,45%
RECEITA BRUTA
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

No ramo de prestação de serviço Transporte Carga o total de alíquotas dos


tributos com a desoneração é 17,30% sendo a atividade com a menor alíquota de
INSS 1,5%, e sem a desoneração o total é 35,80% sendo 20% de INSS.
Com base nesta simulação a empresa do ramo Transporte Carga nos
regimes Lucro Real e Lucro Presumido, possuindo uma folha de pagamento com
percentual alto sobre a RBV considerando os exemplos das simulações realizadas
na faixa 1° de 45%, faixa 3° de 37%, e faixa 5° de 32% obtêm-se vantagem com a
desoneração.
Nota-se a proporção da folha de pagamento for pequena comparada com
RBV a vantagem se torna sem desoneração, como nas simulações apresentadas na
faixa 2° de 7,09%, na faixa 4° de 7,42% e na faixa 6° 7,45%, mesmo existindo 20%
de INSS e o total de alíquota ser 35,80% sobre a folha, o resultado é menor tributo
devido, do que 17,30% calculada sobre a receita bruta.
57

11.1.5. Ramo de atividade: Transporte de passageiro

Abaixo as simulações dos cálculos dos tributos da 1º da folha de pagamento


com desoneração, na atividade Transporte Passageiro, com alíquota de INSS 3,0%.
Sendo utilizado como base de cálculo a RBV da 1° faixa de R$ 50.000,00 e a
2° faixa de R$ 300.000,00 em comparação a 1° folha de pagamento sem
desoneração de R$ 31.910,00

Quadro 17: Transporte Passageiro. 1º folha de pagamento com desoneração


COM DESONERAÇÃO 1º FOLHA DE PAGAMENTO

LUCRO REAL /PRESUMIDO R$ 31.910,00

TRANSPORTE PASSAGEIRO ALIQ 1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV


BASE DE CÁLCULO 50.000,00 300.000,00
INSS S/ RB 3,00% 1.500,00 9.000,00
RAT+Terceiros 7,80% 2.488,98 2.488,98
FGTS 8,00% 2.552,80 2.552,80

ENCARGOS TOTAIS COM DESONERAÇÃO 18,80% 6.541,78 14.041,78


ENCARGOS TOTAIS SEM DESONERAÇÃO 35,80% 11.423,78 11.423,78
VANTAGEM: COM DESONERAÇÃO SEM DESONERAÇÃO
% FOLHA DE PAGAMENTO SOBRE A
63,82% 10,64%
RECEITA BRUTA
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

No quadro 17 apresenta as simulações para empresa da atividade Trans.


Passageiro que na faixa 1° demonstra que a folha de pagamento representa
63,83%, sobre a RBV e na faixa 2° representa 10,64% sobre RBV.
No qual a opção com desoneração é vantagem na 1º faixa com total de
tributos devido de R$ 6.541,78, indicando uma economia de R$ 4.882,00 em relação
sem desoneração. E na 2º faixa evidência que para esta simulação nesta atividade
que o faturamento a partir de R$ 300.000,00 a vantagem será sem desoneração

Abaixo as simulações dos cálculos dos tributos da 2º da folha de pagamento


com desoneração.
Sendo utilizado como base de cálculo a RBV da 3° faixa de R$ 170.000,00 e
a 4° faixa de R$ 450.000,00 em comparação a 2° folha de pagamento sem
desoneração de R$ 55.672,00.
58

Quadro 18: Transporte Passageiro. 2º folha de pagamento com desoneração


COM DESONERAÇÃO 2º FOLHA DE PAGAMENTO

LUCRO REAL /PRESUMIDO R$ 55.672,00

TRANSPORTE PASSAGEIRO ALIQ 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV


BASE DE CÁLCULO 170.000,00 450.000,00
INSS S/ RB 3,00% 5.100,00 13.500,00
RAT+Terceiros 7,80% 4.342,48 4.342,48
FGTS 8,00% 4.453,82 4.453,82

ENCARGOS TOTAIS COM


DESONERAÇÃO
18,80% 13.896,30 22.296,30
ENCARGOS TOTAIS SEM
DESONERAÇÃO
35,80% 19.930,85 19.930,85
VANTAGEM: COM DESONERAÇÃO SEM DESONERAÇÃO
% FOLHA DE PAGAMENTO
32,75% 12,37%
SOBRE A RECEITA BRUTA
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

No quadro 18 demonstra a faixa 3° que a folha de pagamento representa


32,75%, sobre a receita bruta e a faixa 4° representa 12,37%, nesta situação a
empresa que fatura R$ 170.000,00 terá vantagem se calcular o INSS com a alíquota
de 3%, que constata a vantagem com desoneração e a empresa que obtêm um
faturamento R$ 450.000,00 será vantagem sem desoneração.
Abaixo as simulações dos cálculos dos tributos da 3º da folha de pagamento
com desoneração.
Sendo utilizado como base de cálculo a RBV da 5° faixa de R$ 1.450.000,00
e a 6° faixa de R$ 2.000.000,00 em comparação a 3° folha de pagamento sem
desoneração de R$ 230.838,38.
No quadro 19 simula para as empresas com alto faturamento e suas folhas de
pagamento representando 15% e 11% respectivamente, demonstrando que para
uma folha de R$ 230.838,38 a empresa tendo um faturamento de até 1.450.000,00 a
vantagem será com desoneração e com faturamento de R$ 2.000.000,00 a opção
vantajosa será sem desoneração.
59

Quadro 19: Transporte Passageiro. 3º folha de pagamento com desoneração


COM DESONERAÇÃO 3º FOLHA DE PAGAMENTO

LUCRO REAL /PRESUMIDO R$ 230.838,38


5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
TRANSPORTE PASSAGEIRO ALIQ
BASE DE CÁLCULO 1.450.000,00 2.000.000,00
INSS S/ RB 3,00% 43.500,00 60.000,00
RAT+Terceiros 7,80% 18.005,39 18.005,39
FGTS 8,00% 18.467,06 18.467,06

ENCARGOS TOTAIS COM DESONERAÇÃO 18,80% 79.972,45 96.472,45


ENCARGOS TOTAIS SEM DESONERAÇÃO 35,80% 82.640,11 82.640,11
VANTAGEM: COM DESONERAÇÃO SEM DESONERAÇÃO
% FOLHA DE PAGAMENTO SOBRE A
15,92% 11,54%
RECEITA BRUTA
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

Na atividade Transporte Passageiro o regime optante pela a desoneração


possui a maior alíquota de INSS 3%, e com o RAT 7,8% e FGTS 8%,tem um total de
18,80%.
Como já foi dito a atividade de prestação de serviço Transporte Passageiro
incide a maior alíquota de INSS na opção com desoneração 3% sobre RBV.

11.2. Comparativo Simples Nacional x Lucro Real x Lucro Presumido

Com a finalidade de verificar os regimes Tributários: Simples Nacional, Lucro


Real e Lucro Presumido e comparar qual é mais vantajoso para cada cenário
apresentado, neste tópico traz as simulações de cálculos dos tributos no regime
Simples Nacional e os resultados obtidos anteriormente do Lucro Real e Lucro
Presumido com e sem desoneração.
O Simples Nacional é um regime diferenciado, recolhendo de forma mensal
em um documento único de arrecadação de tributos, para a comparação sobre a
folha de pagamento será destacado somente a alíquota da Contribuição Patronal
Previdenciária– CPP que compõe o anexo. O regime Simples Nacional não se
categoriza como com ou sem desoneração, possui apenas uma forma do cálculo.
O FGTS e RAT que é recolhido da forma igual em todos os regimes
estudados.
60

Para efeito de comparação será utilizado às folhas de pagamento


anteriormente apresentadas1º de R$ 31.910,00, 2º de R$ 55.672,77 e 3º de R$
230.838,30.
Será considerado como receita bruta anual do Simples Nacional para
determinação da alíquota efetiva exercida por faixa, para a aplicação sobre o
faturamento mensal de cada atividade, conforme anteriormente demostrada no
quadro 03 e conforme abaixo:

Quadro 20: Receita bruta anual - Simples Nacional

1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
TOTAL (1° FOLHA DE (1° FOLHA DE (2° FOLHA DE (2° FOLHA DE (3° FOLHA DE (3° FOLHA DE
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)

RBVANUAL
(SIMPLES 470.000,00 1.500.000,00 820.000,00 2.400.000,00 3.400.000,00 9.100.000,00
NACIONAL)
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

Com propósito de confrontação entre os resultados do Simples Nacional


vigente em 2017 e 2018,foram realizadas demonstrações baseada na Lei
Complementar nº 123/2006, vigente para 2017 e na Lei Complementar nº 155/2016
que traz alterações nas alíquotas e faixas de receita bruta do regime do Simples
Nacional vigente para 2018.
As alíquotas do CPP vigentes em 2017, retirada dos anexos I,II e III da Lei
Complementar n° 123/2006 das respectivas RBV utilizadas neste trabalho, conforme
demonstrado a seguir:
Quadro 21: Alíquotas CPP- 2017
RBV COMÉRCIO TRANSPORTE TRANSPORTE
INDÚSTRIA
VAREJISTA CARGA PASSAGEIRO
470.000,00 (1FAIXA) 2,75% 2,75% 4,07% 4,07%
1.500.000,00 3,57% 3,57% 5,37% 5,37%
(2 FAIXA)
820.000,00 2,75% 3,02% 4,52% 4,52%
(3 FAIXA)
2.400.000,00 4,05% 4,05% 6,30% 6,30%
(4 FAIXA)
3.400.000,00 3,02% 4,56% 7,71% 7,71%
(5 FAIXA)
9.100.000,00 ACIMA DO ACIMA DO ACIMA DO LIMTE ACIMA DO
(6 FAIXA) LIMTE LIMTE LIMTE
Fonte de dados: anexo I, II e III da Lei 123/2006 e compilados pela autora, (2017).
61

As alíquotas de Contribuição Patronal Previdenciária de 2018, baseada na Lei


Complementar 155/2016,o cálculo das alíquotas efetivas é mediante á formula
descrita no art.18 da LC 155/2016 é:
.
Retira-se os dados sobre faixa, alíquota nominal e parcela a deduzir dos
anexos em Lei.
Exemplo: Atividade Comércio
 R$ 470.000,00 Receita bruta últimos 12 meses,
 9,50% Alíquota nominal – vigente 2018
 R$ 13.860,00 PD- Parcela a deduzir
 42% nominal CPP
Aplica-se:
470.000*9,5% = 44.650
PD: 44.650 – 13.860 = 30.790
Alíquota efetiva faixa:
30.790 / 470.000 = 6,55%
Alíquota efetiva CPP:
42% de 6,55% = 2,75%
No quadro abaixo as alíquotas efetivas do CPP vigentes para 2018, de acordo
dos anexos I, II e III da Lei Complementar n° 155/2016, conforme a receita bruta
elaborada neste trabalho, aplicada a formula.

Quadro 22: Alíquotas efetivas CPP 2018 – Lei nº 155/2016


COMÉRCIO TRANSPORTE TRANSPORTE
RBV INDÚSTRIA
VAREJISTA CARGA PASSAGEIRO
470.000,00 (1FAIXA) 2,75% 2,64% 4,23% 4,23%
1.500.000,00
3,86% 3,64% 5,91% 5,91%
(2 FAIXA)
820.000,00
3,34% 3,17% 5,06% 5,06%
(3 FAIXA)
2.400.000,00
4,48% 4,18% 6,84% 6,84%
(4 FAIXA)
3.400.000,00
4,93% 4,57% 7,51% 7,51%
(5 FAIXA)
9.100.000,00 ACIMA DO ACIMA DO
ACIMA DO LIMTE ACIMA DO LIMTE
(6 FAIXA) LIMTE LIMTE
Fonte de dados: elaborados pela autora (2017)
62

Conforme já exposto nesse trabalho o objetivo é verificar se é: possível


reduzir o ônus Tributário com planejamento tributário referente à folha de pagamento
no ramo de atividades já citado.
Então veremos abaixo as simulações do regime Simples Nacional com a
confrontação dos resultados anteriormente apresentando dos regimes Lucro
Real/Presumido com ou sem desoneração, e a comparação dos resultados entre o
Simples Nacional de 2017 e 2018.
Os quadros a seguir apresenta mais seis demonstrações de faixa de receita
bruta, e para cada folha de pagamento duas simulações de faixa, ou seja, a faixa
RBV 1° e 2° para primeira folha de pagamento, a faixa RBV 3° e 4° para segunda
folha de pagamento, e faixa RBV 5° e 6° para terceira folha de pagamento, e para
este caso a 6° faixa ultrapassa o limite anual permitido no Simples Nacional
impossibilitando a comparação.(Faixas criadas com proposito para análise das
simulações, não representa faixas de RBV dos anexos Simples Nacional).
63

11.2.1. Ramo de atividade: Transporte Carga

Conforme abaixo no quadro 23, evidência as alíquotas do CPP, e os


resultados dos regimes Tributários o Simples Nacional, Lucro Real/Presumido com
desoneração e Lucro Real/Presumido sem desoneração no ramo transporte carga.

Quadro 23: Transporte Carga- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido.
SIMPLES NACIONAL 2018

1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
TRANSPORTE
(1° FOLHA DE (1° FOLHA DE (2° FOLHA DE (2° FOLHA DE (3° FOLHA DE (3° FOLHA DE
CARGA PAGAMENTO)
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)

BASE DE
R$70.000,00 R$450.000,00 R$150.000,00 R$750.000,00 R$720.000,00 R$3.100.000,00
CÁLCULO
ALIQUOTAS CPP 4,23% 5,91% 5,06% 6,84% 7,51% -

CPP (tabela) R$2.961,00 R$26.595,00 R$7.590,00 R$51.300,00 R$54.072,00 -

FGTS R$2.552,80 R$2.552,80 R$4.453,82 R$4.453,82 R$18.467,06 -


TOTAL SIMPLES
NACIONAL R$5.513,80 R$29.147,80 R$12.043,82 R$55.753,82 R$72.539,06 -
TOTAL
REAL/PRESUMIDO
COM R$6.091,78 R$11.791,78 R$11.046,30 R$20.046,30 R$47.272,45 -
DESONERAÇÃO
TOTAL
REAL/PRESUMIDO
SEM R$11.423,78 R$11.423,78 R$19.930,85 R$19.930,85 R$82.640,11 -
DESONERAÇÃO
REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO
ACIMA DO
VANTAGEM: SIMPLES SEM COM SEM COM
LIMITE
DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO
% FOLHA DE
PAGAMENTO
SOBRE A RECEITA
45,59% 7,09% 37,12% 7,42% 32,06% 7,45%
BRUTA

Fonte de dados: elaborado pela pesquisadora (2017).

Na atividade Transporte Carga verifica-se que os resultados de vantagem


predominantes foram os regimes Lucro Real e Presumido.
Com a simulação sobre a primeira folha de pagamento na faixa 1° de RBV
indica que o regime mais vantajoso é o Simples Nacional para reduzir os encargos
Tributários, com percentual de 45,59% da folha de pagamento sobre a receita bruta
mensal.
Na segunda e quarta faixa de RBV é recomendado o regime Lucro
Real/Presumido sem desoneração, que gera um total de encargos de R$ 11.423,78
e R$ 19.930,85 respectivamente, enquanto no Simples origina encargos altíssimos
alcançando 6,5% percentual sobre receita bruta, e o Real/Presumido sem
64

desoneração apenas 2,66% sobre a receita bruta demonstrando assim que é


vantagem nesse contexto calcular os encargos sobre o total de remunerações, onde
é pequena percentagem da folha de pagamento sobre o faturamento alto.
Na simulação da terceira e quinta faixa de RBV o regime apropriado é Lucro
Real e Presumido com desoneração, na 3° faixa totalizando os tributos R$
11.046,30, e na 5° faixa o total de R$ 47.272,45, evidenciando uma economia de R$
8.884,55 e R$ 35.367,66 respectivamente, se comparado com a opção mais
onerosa.
Em comparação com Simples Nacional em vigor em 2017 e 2018.
Os optantes pelo Simples Nacional nas conjecturas das faixas de receita
bruta 1°, 2°, 3°, 4° para o ano de 2018 terá um aumento da carga tributária na folha
de pagamento e somente na 5° faixa haverá redução de alíquota de 7,71% para
7,51%, mas como demonstrado não é o regime adequado.
No quadro abaixo as alíquotas e resultados de 2017.

Quadro 24: Transporte Carga-Simples Nacional 2017


Alíquotas vigentes em 2017

1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV 3° FAIXA RBV (2° 4° FAIXA RBV 5° FAIXA RBV (3° 6° FAIXA RBV
TRANSPORTE CARGA (1° FOLHA DE (1° FOLHA DE FOLHA DE (2° FOLHA DE FOLHA DE (3° FOLHA DE
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)

ALIQUOTAS CPP 4,07% 5,37% 4,52% 6,30% 7,71% -


CPP R$2.849,00 R$24.165,00 R$6.780,00 R$47.250,00 R$55.512,00 -

TOTAL SIMPLES
NACIONAL
R$5.401,80 R$26.717,80 R$11.233,82 R$51.703,82 R$73.979,06
-
REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO
ACIMA DO
VANTAGEM: SIMPLES SEM COM SEM COM
LIMITE
DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO
Fonte de dados: elaborado pela pesquisadora (2017)

Através desta simulação temos a perspectiva geral dos resultados obtidos nas
simulações da atividade Transporte Carga, observa-se que as alíquotas em vigor
para 2018 são proporcionais ao faturamento anual.
Conforme foi apurado tanto como no ano 2017 ou 2018 o regime indicado
para as faixas RB 2° e 4° é o Lucro Real ou Presumido sem desoneração e as faixas
3° e 5° RB Lucro Real ou Presumido com desoneração, e a primeira faixa destaca a
vantagem como regime o Simples Nacional. Nota-se que para o Simples 2018 o
valor de tributo devido será mais oneroso que em 2017.
65

11.2.2. Ramo de atividade: Comércio Varejista

No quadro 25, evidência as alíquotas do CPP, e os resultados dos regimes


Tributários o Simples Nacional, Lucro Real/Presumido com desoneração e Lucro
Real/Presumido sem desoneração no ramo de atividade de Comércio Varejista.

Quadro 25: Comércio Varejista- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido
SIMPLES NACIONAL 2018

1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
COMÉRCIO VAREJISTA (1° FOLHA DE (1° FOLHA DE (2° FOLHA DE (2° FOLHA DE (3° FOLHA DE (3° FOLHA DE
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)

BASE DE CÁLCULO R$100.000,00 R$350.000,00 R$200.000,00 R$750.000,00 R$800.000,00 R$1.900.000,00

ALIQUOTAS CPP 2,75% 3,86% 3,34% 4,48% 4,93%


-

CPP (tabela) R$2.750,00 R$13.510,00 R$6.680,00 R$33.600,00 R$39.440,00 -

FGTS R$2.552,80 R$2.552,80 R$4.453,82 R$4.453,82 R$18.467,06


-

TOTAL SIMPLES
NACIONAL R$5.302,80 R$16.062,80 R$11.133,82 R$38.053,82 R$57.907,06
-
TOTAL
REAL/PRESUMIDO R$7.541,78 R$13.791,78 R$13.796,30 R$27.546,30 R$56.472,45
COM DESONERAÇÃO -
TOTAL
REAL/PRESUMIDO R$11.423,78 R$11.423,78 R$19.930,85 R$19.930,85 R$82.640,11
SEM DESONERAÇÃO -
REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO
ACIMA DO
VANTAGEM: SIMPLES SEM SIMPLES SEM COM
LIMITE
DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO
% FOLHA DE
PAGAMENTO SOBRE 31,91% 9,12% 27,84% 7,42% 28,85% 12,15%
A RECEITA BRUTA
Fonte de dados: elaborado pela pesquisadora (2017)

Conforme demonstrado nas simulações no quadro 25 da atividade Comércio


Varejista verifica diferentes possibilidade de opção de regime Tributário para a
mesma atividade.
Nas faixas de RBV 1° e 3° é indicado como melhor opção o regime Simples
Nacional que revela a vantagem pela não obrigação de recolhimento do encargo
7,8% do RAT, e aliado com as menores alíquotas e, o percentual da folha sobre a
receita bruta variando entre 27% a 32% constrói um cenário favorável.
Na 2° e 4° faixa fica evidenciado que a melhor opção para reduzir o ônus
Tributário é o regime Lucro Real e Presumido sem desoneração, nesses casos de
faturamento elevado e percentual da folha baixo mais acertado e é utilizar a base de
66

cálculo sobre a folha total de remuneração mesmo que alíquota do INSS seja 20%,
ela resultará em menor imposto a ser pago.
Semelhante, o faturamento é alto na 5° faixa, mas o percentual da folha sobre
a receita também, em torno de 28%, por isso nesta faixa a vantagem indicativa é o
regime Lucro Real e Presumido com desoneração.
Em comparação com Simples Nacional em vigor em 2017 e 2018.
Nesta atividade Comércio Varejista as mudanças ocorridas no Simples do ano
2017 para 2018 acarretará aumento no encargo para todas as faixas demonstradas,
e afetando quem se enquadra no cenário da faixa 5°, que deixa de ser vantagem o
Simples.
Demostrando que legislação trabalhista onerou mais uma vez a carga
tributária sobre a folha no ramo do Comércio Varejista.
Conforme demonstra o quadro 26, abaixo:

Quadro 26: Comércio Varejista- Simples Nacional 2017


Alíquotas vigentes 2017
1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV (1° 3° FAIXA RBV (2° 4° FAIXA RBV (2° 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
COMÉRCIO VAREJISTA (1° FOLHA DE FOLHA DE FOLHA DE FOLHA DE (3° FOLHA DE (3° FOLHA DE
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)
ALIQUOTAS CPP 2,75% 3,57% 2,75% 4,05% 3,02% -
CPP (tabela) R$2.750,00 R$12.495,00 R$5.500,00 R$30.375,00 R$24.160,00 -
TOTAL SIMPLES
NACIONAL R$5.302,80 R$15.047,80 R$9.953,82 R$34.828,82 R$42.627,06
-
REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO
ACIMA DO
VANTAGEM: SIMPLES SEM SIMPLES SEM SIMPLES
LIMITE
DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017).
67

11.2.3. Ramo de atividade: Indústria

No quadro 27, evidência as alíquotas do CPP, e os resultados dos regimes


Tributários o Simples Nacional, Lucro Real/Presumido com desoneração e Lucro
Real/Presumido sem desoneração no ramo de atividade de Indústria.

Quadro 27: Indústria- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L. Presumido


SIMPLES NACIONAL Alíquotas vigentes 2018

1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
INDÚSTRIA (1° FOLHA DE (1° FOLHA DE (2° FOLHA DE (2° FOLHA DE (3° FOLHA DE (3° FOLHA DE
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)

BASE DE CÁLCULO R$250.000,00 R$400.000,00 R$300.000,00 R$450.000,00 R$430.000,00 R$2.100.000,00

ALIQUOTAS CPP
2,64% 3,64% 3,17% 4,18% 4,57% -
CPP (tabela) R$6.600,00 R$14.560,00 R$9.510,00 R$18.810,00 R$19.651,00 -

FGTS
R$2.552,80 R$2.552,80 R$4.453,82 R$4.453,82 R$18.467,06 -
TOTAL SIMPLES
NACIONAL R$9.152,80 R$17.112,80 R$13.963,82 R$23.263,82 R$38.118,06 -
TOTAL
REAL/PRESUMIDO
COM
DESONERAÇÃO R$11.291,78 R$15.041,78 R$16.296,30 R$20.046,30 R$47.222,45 -
TOTAL
REAL/PRESUMIDO
SEM
DESONERAÇÃO R$11.423,78 R$11.423,78 R$19.930,85 R$19.930,85 R$82.640,11 -

REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO ACIMA DO


VANTAGEM: SIMPLES SIMPLES SIMPLES
SEM DESONERAÇÃO SEM DESONERAÇÃO LIMITE
% FOLHA DE
PAGAMENTO
SOBRE A RECEITA
12,76% 7,98% 18,56% 12,37% 53,68% 10,99%
BRUTA
Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

No quadro 27, a atividade Indústria apontou três vezes dentre às cincos


simulações, o resultado mais vantajoso foi o regime Simples Nacional.
As faixas 1°, 3° e 5° a opção mais vantajosa é o Simples Nacional, constata-
se que as alíquotas do CPP são menor esse comparadas com os outros ramos de
atividade. Demonstrando nestas faixas uma economia de R$ 2.270,98, R$ 5.967,03
e R$ 44.522,05 respectivamente, se comparado com regime mais oneroso.
Nas faixas 2° e 4° demonstra a vantagem no regime Lucro Real ou Lucro
Presumido sem desoneração, confirmando que o cálculo sobre a folha de
pagamento nessa situação é menos onerosa.
68

Em comparação com Simples Nacional em vigor em 2017 e 2018.


Observa-se que as faixas 2º à 5º houve aumento do CPP em razão das
maiores alíquotas para 2018. E o único cenário que apresenta uma redução na
alíquota do CPP de 2017 para 2018. Conforme demonstrado abaixo:

Quadro 28: Indústria - Simples Nacional 2017


Alíquotas vigentes em 2017

1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV (1° 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV (2° 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
INDÚSTRIA (1° FOLHA DE FOLHA DE (2° FOLHA DE FOLHA DE (3° FOLHA DE (3° FOLHA DE
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)

ALIQUOTAS CPP 2,75% 3,57% 3,02% 4,05% 4,56% -

CPP (tabela) R$6.875,00 R$14.280,00 R$9.060,00 R$18.225,00 R$19.608,00 -


TOTAL SIMPLES
R$9.427,80 R$16.832,80 R$13.513,82 R$22.678,82 R$38.075,06 -
NACIONAL
REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO
ACIMA DO
VANTAGEM: SIMPLES SEM SIMPLES SEM SIMPLES
LIMITE
DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO
Fonte de dados: elaborado pela pesquisadora (2017)

Percebe-se que este ramo possui as menores atribuições de percentual de


alíquotas no Simples Nacional para o ano de 2018 equiparado com as outras
atividades, exigindo na realidade um extenso estudo para atender os requisitos da
personalidade da empresa.
É a única atividade de acordo com os parâmetros desta pesquisa, que
nenhuma das simulações do quadro 27, obteve vantagem com a desoneração,
verifica se que onde tinha vantagem com a desoneração, vindo a ser comparado
com o simples perde-se o posto, já que apresenta um menor ônus Tributário.
69

11.2.4. Ramo de atividade Transporte Passageiro

No quadro 29, evidência as alíquotas do CPP, e os resultados dos regimes


Tributários o Simples Nacional, Lucro Real/Presumido com desoneração e Lucro
Real/Presumido sem desoneração no ramo de atividade de Transporte Passageiro.

Quadro 29: Transporte Passageiro- comparação Simples Nacional x Lucro Real x L.


Presumido.

SIMPLES NACIONAL
2018

6° FAIXA
RBV
1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV 5° FAIXA RBV (3°
TRANSPORTE PASSAGEIRO (1° FOLHA DE (1° FOLHA DE (2° FOLHA DE (2° FOLHA DE (3° FOLHA DE FOLHA
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) DE
PAGAME
NTO)
R$2.000.0
BASE DE CÁLCULO R$50.000,00 R$300.000,00 R$170.000,00 R$450.000,00 R$1.450.000,00
00,00

ALIQUOTAS CPP 4,23% 5,91% 5,06% 6,84% 7,51% -

CPP (tabela) R$2.115,00 R$17.730,00 R$8.602,00 R$30.780,00 R$108.895,00

FGTS R$2.552,80 R$2.552,80 R$4.453,82 R$4.453,82 R$18.467,06

TOTAL SIMPLES NACIONAL R$4.667,80 R$20.282,80 R$13.055,82 R$35.233,82 R$127.362,06


TOTAL REAL/PRESUMIDO
R$6.541,78 R$14.041,78 R$13.896,30 R$22.296,30 R$79.972,45
COM DESONERAÇÃO

TOTAL REAL/PRESUMIDO
R$11.423,78 R$11.423,78 R$19.930,85 R$19.930,85 R$82.640,11
SEM DESONERAÇÃO

ACIMA
REAL/PRES SEM REAL/PRES SEM REAL/PRES COM
VANTAGEM: SIMPLES
DESONERAÇÃO
SIMPLES
DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO
DO
LIMITE

% FOLHA DE PAGAMENTO
63,82% 10,64% 32,75% 12,37% 15,92% 11,54%
SOBRE A RECEITA BRUTA

Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

Diante da primeira simulação na 1° faixa de RB de R$ 50.000,00 com alíquota


de 4,23%, e com R$ 4.667,80 de encargos totais, recomenda-se o regime Tributário
Simples Nacional, perfazendo assim uma economia de R$ 6.755,98 se comprado
com o maior ônus gerado.
Na faixa 2º diante da mesma folha de pagamento com faturamento maior
como foi exemplificado e com percentual da folha de pagamento de 10% sobre a
receita bruta propõe que o regime favorável é o Lucro Real e Presumido sem
desoneração.
70

Na terceira faixa da simulação nota-se a vantagem o regime Simples Nacional


com valor total de R$ 13.055,82.
E a 4° faixa, o percentual ser 12% em relação à receita bruta é recomendável
o regime Lucro Real e Presumido sem a desoneração.
E a quinta faixa mesmo que observando o baixo percentual em relação à RBV
ser de 15% em comparação aos outros já vistos, neste caso a 3° folha de
pagamento por ter um valor expressivo de R$ 230.838,30, verifica-se que o regime
Lucro Real e o Presumido com desoneração é opção que gerou menor valor total de
encargos, indicando assim que o INSS sobre a receita bruta de 3% é a alternativa
menos onerosa.
Em comparação com Simples Nacional em vigor em 2017 e 2018.
Neste ramo de atividade para o ano de 2018 permanecerá os resultados nas
faixas, os regimes que se demonstrou mais vantajoso em 2017.
De acordo com as simulações propostas às alíquotas de 2017 para 2018
sofrerá um aumento com exceção da 5° faixa.

Quadro 30: Transporte Passageiro- Simples Nacional 2017

Alíquotas vigentes em 2017

1° FAIXA RBV 2° FAIXA RBV 3° FAIXA RBV 4° FAIXA RBV 5° FAIXA RBV 6° FAIXA RBV
TRANSPORTE
(1° FOLHA DE (1° FOLHA DE (2° FOLHA DE (2° FOLHA DE (3° FOLHA DE (3° FOLHA DE
PASSAGEIRO
PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO) PAGAMENTO)

ALIQUOTAS CPP 4,07% 5,37% 4,52% 6,30% 7,71% -

CPP (tabela) R$2.035,00 R$16.110,00 R$7.684,00 R$28.350,00 R$111.795,00

TOTAL SIMPLES NACIONAL R$4.587,80 R$18.662,80 R$12.137,82 R$32.803,82 R$130.262,06

REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO REAL/PRESUMIDO


ACIMA DO
VANTAGEM: SIMPLES SEM SIMPLES SEM COM
LIMITE
DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO DESONERAÇÃO

Fonte de dados: elaborado pela autora (2017)

Na atividade Transporte Passageiro demonstra-se similar reação aos cenários


da atividade de prestação de serviço Transporte Carga diante das simulações, pois
pertencente ao mesmo anexo III na Lei Complementar 155/2016, e manteve se
idênticas às alíquotas 2017/2018, devido ser provenientes do mesmo valor de
receita bruta anual definida neste trabalho.
71

12. CONCLUSÃO

Baseado na Lei nº 8.212/91 art.22 I e II, e Decreto nº 99.9684/90no Brasil os


encargos sobre a folha pode chegara 35,8% sobre a remuneração, o pais é um dos
que possuem as maiores cargas tributárias.
E assim, este trabalho teve por objetivo demonstrar o planejamento
Tributário como uma ferramenta legal, para escolher a melhor alternativa entre os
regimes Tributários Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional, que gere
menor ônus, com a finalidade de minimizar os impactos dos tributos e contribuições
na empresa.
Para atingir o objetivo nesta monografia foi elaborado o planejamento
Tributário, com enfoque nos tributos e contribuições parte empresa: Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), Fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS),
Risco ambiental de trabalho (RAT), e Contribuições para terceiros (sistemas „S‟).
O estudo de caso analisado teve propósito de verificar qual a melhor
alternativa entre o Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional diante dos
cenários apresentados, com finalidade de constatar qual regime resultaria menor
ônus Tributário dentro dos critérios legais.
Os quadros comparativos determinou para cada faixa o regime mais
vantajoso, que se altera com as variáveis: o ramo de atividade, o volume da folha de
pagamento, se a base de cálculo é sobre a remuneração ou receita bruta e os
preceitos jurídicos de cada regime, para o enquadramento das empresas nos ramos
de atividade Comércio varejista, Indústria, Transporte Carga e Transporte
Passageiro.
Os resultados obtidos nesta pesquisa nas atividades citadas, concluiu-se
através dos dados analisados, que é possível a redução dos encargos Tributários
sobre a folha de pagamento com estudo prévio de atos processuais e situações
materiais, ou seja, o planejamento Tributário de forma legal.
Na atividade Transporte Carga e Transporte passageiro os resultados de
vantagem predominantes foram os regimes Lucro Real e Presumido;
Na atividade Indústria predominou o regime Simples Nacional mais vantajoso,
é a única atividade que houve redução de alíquotas em todas as faixas para o ano
de 2018.
72

Na atividade Comércio Varejista demonstra um mix de possibilidades entre ás


faixas, se alternando os resultados entre os regimes Lucro Real/Presumido com e
sem desoneração e o Simples Nacional.
O trabalho demonstra uma variável constante verificada é que se a margem
da folha de pagamento sobre a receita bruta for de representatividade baixa o
regime mais vantajoso será Lucro Real/Presumido sem desoneração. Ao contrario, a
margem da folha sobre a receita bruta for de representatividade alta o regime mais
vantajoso será Simples Nacional ou Lucro Real/Presumido com desoneração.
Para que haja um bom planejamento Tributário, destaca se a importância de
valorizar os profissionais contábeis que fará a análise do conjunto de ações
referente ao negócio específico de cada empresa, atos ou situações que pode
resultar em uma carga tributária menor.
Por isto demonstra a extrema importância da realização do estudo de
planejamento Tributário como ferramenta de redução dos encargos e contribuições,
já que possibilita dentro do ambiente econômico e jurídico, alternativas legais para
redução do ônus Tributário, visando à economia com os gastos desnecessários..
Um dos objetivos específicos deste trabalho é a pesquisa sobre dados e
informações de outros países, Estados Unidos da América e Argentina, acerca dos
encargos patronais sobre a folha de pagamento.
Deste modo, através de pesquisa realizada na rede mundial de
computadores, encontrou se em artigos e matérias online sobre:
Estados Unidos da América (EUA) as obrigações federais é 6,2% Social
Security, 1,45% Medicare, calculado sobre o valor bruto pago ao empregado, de
acordo com a Lei Federal de Contribuições de Seguros – FICA; E 0.006% imposto
de auxílio desemprego federal (FUTA). O Imposto de auxílio desemprego estadual
depende da Lei de cada estado (SUTA).
Na Argentina os encargos patronais destinados a Seguridade Social varia
entre 21% e 17% que depende da atividade econômica da empresa.
Para Obra Social 6%, e seguro de acidente de trabalho, contratado de
empresas privadas, os percentuais variam de acordo com os sindicatos.
73

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ANEXOS

O anexo se encontra gravado no DVD. O documento anexado é:

 Planilha de Cálculo para o Estudo de Caso prático,


 E as tabelas do Simples Nacional 2018 e 2017.

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