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Orçamento para Construção Civil– Autoria (Família Carielo)

Bem vindo, a Escola Técnica Leiaut Carielo. Esperamos que o CURSO que se inicia atenda integralmente
suas expectativas e que sua permanência na Leiaut seja agradável e produtiva.

1. MATRÍCULA
Se você ainda não assinou a sua Ficha de Matrícula procure a Recepcionista que lhe atendeu.

2. SALA DE AULA
 Evite concentrações e barulhos próximos às salas de aula em atividade;
 Evite o uso de celulares após o início da aula;
 Evite atrasos para não prejudicar o aprendizado e o bom desenvolvimento da aula;
 Não é permitida a presença do aluno em sala de aula, ANTES ou DEPOIS do seu horário de
curso, sem a presença do Instrutor;
 Copie em um PEN DRIVE os seus exercícios de sala de aula. A Leiaut não se responsabilizará
pela manutenção dos mesmos;
 Para evitar danos aos computadores, não é permitido entrar com bebidas e comidas em
Sala de Aula.

3. FREQUÊNCIA
Ao assinar a ATA DE PRESENÇA, verifique se o seu NOME e seu telefone estão corretos. O nome
que está na ATA é o que será impresso no seu CERTIFICADO. Assine a ATA, pois ela é a garantia da
sua presença em sala de aula. Para receber o CERTIFICADO, você deverá ter no mínimo 80% de
freqüência.

4. AVALIAÇÃO
Cada curso tem o seu método de avaliação, que é representado por uma prova no último dia ou
pelo desenvolvimento de vários projetos ao longo do curso.

5. CERTIFICADOS

Quando o aluno estiver na última aula do curso, deve procurar o professor para dar entrada em seu
CERTIFICADO. O certificado será confeccionado em até 7(sete) dias úteis após o termino do curso, para
todos aqueles que efetuarem o pagamento á vista ou cartão de crédito ou débito. Em caso de pagamento
feito através de cheques pré-datados ou boletos bancários, o CERTIFICADO é liberado após a quitação total
do valor do curso contratado.

Nome:

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LEIAUT Carielo – Escola de Informática com Eletrônica
Av. Governador Carlos de Lima Cavalcante, nº 168 – Derby / Recife PE
Fone: 3223.0387
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INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Olá, começaremos agora o nosso curso de Orçamento para Construção Civil, algumas informações devem
ser salientadas antes do início do curso, para o seu pleno desenvolvimento.

1º Fique atento ao nosso site, www.leiautdicas.com , lá você encontrará todos os arquivos necessários para
a realização das atividades propostas ao longo das aulas da apostila. Quando for necessário, acessá-lo, a
apostila lhe informará.

Ao acessar o site, você deve procurar os arquivos na categoria: Orçamento P/C.Civil

2º Os exercícios teóricos deverão ser respondidos no final da apostila na área de resolução de exercícios
teóricos e entregues ao final do curso, juntamente com o projeto final e a avaliação teórica.

3º Caso você não tenha domínio ainda do Excel, aconselhamos que você comece o curso aprendendo a
manipular essa ferramenta.

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1ºAula de Orçamento para Construção Civil

SINOPSE DA AULA

Nesta 1º aula de Orçamento, você aprenderá a dimensionar área e perímetro, calcular a quantidade de
cerâmica e argamassa necessária para a colocação em pisos e paredes.

DIMENSIONAMENTO DE ÁREA

O conceito de área é matemático, ela define a quantidade de espaço em uma área bidimensional, ou seja,
de uma superfície. Existem várias unidades de medida de área, sendo a mais utilizada o metro quadrado
(m²) e os múltiplos e sub-múltiplos.

Você aprenderá agora passo a passo como dimensionar a área do seguinte ambiente.

1ºPasso: Abra o Excel e observe a sua interface de trabalho.

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2ºPasso: A fórmula que irá representar a área será Área = A(Maior comprimento vertical) x B(Maior
comprimento horizontal), mas ela poderá sofrer variações, dependendo da forma do objeto, veremos isso
mais adiante. Digite os seguintes dados em sua planilha, para que possamos calcular a nossa área.

Digite os seguintes dados


em sua planilha

3ºPasso: Na célula c2 que será respectiva ao valor da área, faça a multiplicação de =A2 x B2.

Faça a seguinte
multiplicação

DIMENSIONAMENTO DE PERÍMETRO

O conceito de perímetro será diferente, ele irá representar a soma de todos os lados de seu projeto, e a sua
unidade de medida será o metro.

1ºPasso: A fórmula que irá representar o seu perímetro será Perímetro = soma de todos os lados de seu
objeto. Digite os seguintes dados em sua planilha, para que possamos calcular o nosso perímetro.

Digite os seguintes dados


em sua planilha

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2ºPasso: Na célula i2 que será respectiva ao valor do perímetro, faça a soma de todos os lados.

Nesta célula realize a


soma de todos os lados

Obs – Como o ambiente é um quadrado, o valor de área e perímetro foram os mesmos, porém, você irá
notar nos próximos exercícios que em ambientes que não são regulares, esse valor irá sempre ser
diferenciado.

DIMENSIONAMENTO DE ÁREA EM LOCAIS IRREGULARES

1ºPasso: Para que você possa trabalhar com o dimensionamento da área desse ambiente d ivida-o em
dois ambientes regulares, observe:

Observe a linha que você


deverá realizar

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2ºPasso: Agora com as suas áreas divididas, insira os valores da área1 de comprimento e largura em
sua planilha, feito isso, multiplique-os e defina a área.

1ºInsira os valores da
área 1 2ºRealize a multiplicação
dos comprimentos

3ºPasso: insira os valores da área2 de comprimento e largura em sua planilha, feito isso, multiplique-os
e defina a área.

1ºInsira os valores da 2ºRealize a multiplicação


área 2 dos comprimentos

FERRAMENTA DIMINUIR CASAS DECIMAIS

1º Passo: Selecione as suas duas áreas encontradas, da seguinte forma e depois clique em diminuir
casas decimais duas vezes.

2ºClique aqui

1ºSelecione as duas
áreas dessa forma

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Observe os seus valores de área, após a utilização da ferramenta.

EXERCÍCIOS1.1

Informe a área e o perímetro dos seguintes ambientes, no excel. Essas imagens, estão sendo
disponibilizadas no nosso site: leiautdicas.com, realize o download para lhe ajudar na realização do
dimensionamento.

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DIMENSIONAMENTO DA QUANTIDADE DE CERÂMICA PARA O PISO

Você já deve ter observado que existem vários tipos de cerâmicas disponíveis no mercado, e com certeza
você já se perguntou sobre quantas cerâmicas deveriam ser compradas para o revestimento completo de
um piso.

1ºPasso: Observe a seguinte cerâmica, ela possui 0,30m x 0,30m.

2ºPasso: Observe o seguinte ambiente, quantas cerâmicas serão necessárias para revesti-lo
completamente?

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3ºPasso: Dimensione a área do seu ambiente, inserindo os dados de comprimento e largura no excel.

Insira os seguintes dados


em sua planilha

Não esqueça de utilizar a ferramenta diminuir casas decimais em sua área.

4ºPasso: Insira as seguintes informações em sua planilha, para que possamos inserir os dados da
cerâmica.
Insira os seguintes dados
em sua planilha

5ºPasso: Dimensione a área de sua cerâmica, inserindo os dados de comprimento e largura no excel.

2ºFaça o
dimensionamento da área
de seu ambiente

1ºInsira os seguintes
dados de comprimento e
largura

6ºPasso: Informe o seguinte dado em sua planilha em uma coluna específica.

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7ºPasso: Para encontrar o número de cerâmicas basta dividir o valor da área de seu ambiente pela área
de sua cerâmica.
Divida a área do ambiente
pela área da cerâmica

Diminua as suas casas decimais até ficar dessa forma.

DISPERDÍCIO DAS CERÂMICAS

Um detalhe importante é o percentual de desperdício que você deverá acrescentar 10% ao valor total de
cerâmicas calculado, caso você também deseje guardar algumas peças para reposição futura, faça o cálculo
com 20%

1ºPasso: Insira o seguinte dado em sua planilha.


Insira o dado em sua
coluna de desperdício

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2º Passo: Para o cálculo com percentual sendo acrescido, digite a seguinte fórmula = Quantidade de
Cerâmicas + Quantidade de Cerâmicas X O percentual.

Realize a fórmula do
percentual de desperdício

Diminua as suas casas decimais até ficar dessa forma.

2º Passo: Observe o seu projeto realizado, foram necessárias 256 cerâmicas.

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EXERCíCIOS1.2

1) Informe quantas cerâmicas de 1.00x1.00 seriam necessárias para revestir todo esse ambiente.

2) Informe quantas de 0.50 x 0.50 seriam necessárias para revestir todo esse ambiente.

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DIMENSIONAMENTO DA QUANTIDADE DE CERÂMICA PARA A PAREDE

Observe a representação da seguinte parede. Como você irá calcular a quantidade de cerâmicas para
revesti-la?

1ºPasso: Se você não tivesse que desconsiderar as áreas da porta e da janela, qual seria a área total
de sua parede?
1ºDimensione a área total
de sua parede

2ºPasso: Calcule a área respectiva a sua porta.

2ºÁrea respectiva a porta

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3ºPasso: Informe a área respectiva a sua janela.

3ºÁrea respectiva a
janela

4ºPasso: Subtraia a área total de sua parede da área de sua porta e da área de sua janela.

4ºSubtraia a área total de


sua parede das portaas e
janelas

5ºPasso: Quantas cerâmicas do seguinte modelo (40x40) deverão ser necessárias para serem inseridas em
seu projeto?

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5ºPasso: Dimensione a área de sua cerâmica, inserindo os dados de comprimento e largura no


excel.
1ºDimensione a área de
sua cerâmica

6ºPasso: Divida agora a área útil do projeto pela área em m² da cerâmica.

2ºDivida a área útil do


projeto pela área da
cerâmica

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7ºPasso: Pegue o valor de cerâmicas e some aos 10% do valor de tolerância do seu projeto, para
saber o número necessário de cerâmicas que você precisará para o projeto.
3ºInsira o valor de 10%
ao percentual de
desperdício da cerâmica

EXERCíCIOS1.3

1) Informe a quantidade de cerâmicas (0,30 x 0,30) necessárias para revestir essa parede.

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2) Informe a quantidade de cerâmicas (0,50 x 0,50) necessárias para revestir essa parede.

3) Informe a quantidade de cerâmicas (0,50 x 0,50) necessárias para revestir essa parede, considerando que
deverá ser revestido apenas 1.00 de altura.

4) Informe a quantidade de cerâmicas (0,40 x 0,40) necessárias para revestir essa parede, considerando que
deverá ser revestido apenas 1.00 de altura.

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TIPOS DE ARGAMASSAS

Existem 3 tipos de Argamassas Colantes que recebem as siglas AC-I, AC-II e AC-III. Todas elas são compostas
por cimento + areia + aditivos. O que muda de uma para outra é o consumo de cimento e a quantidade de
aditivos que promovem a aderência e a retenção de água (AC-I < AC-II < AC-III em ordem crescente de
aderência).

Tipos de Argamassa

AC-I (ou AC1)

A AC-I é indicada para assentamento de revestimentos cerâmicos de pisos em ambientes internos e


térreos. Ela pode ser utilizada no assentamento de pisos das áreas molháveis de uma residência como
banheiros, cozinhas e áreas de serviço.

AC-II (ou AC2)

A argamassa AC-II já possui propriedades que permitem absorver os efeitos de variações de temperatura e
umidade e à ação do vento, podendo ser utilizada em ambientes internos e externos em pisos, paredes, e
em lajes com vão inferior a 5 metros como áreas ao ar livre, fachadas, piscinas de água fria, pisos cerâmicos
industriais ou de áreas públicas.

AC-III (ou AC3)

A AC-III é a mais poderosa em aderência, por esse motivo ela é indicada para assentamento de
porcelanatos e de revestimentos cerâmicos em ambientes mais agressivos como piscinas de água quente,
saunas e churrasqueiras e também é utilizada para grandes placas (maiores que 60x60cm).

Obs. Quando uma argamassa recebe a denominação “E” (AC-I-E, AC-II-E, AC-III-E) ela apresenta maior
tempo em aberto. Assim que a argamassa é espalhada na base ela entra em processo de cura
(endurecimento) e a cada minuto que passa ela vai perdendo seu poder de aderência. As argamassas do
tipo “E” retardam o início do endurecimento. Se as condições de assentamento não exigirem essa
necessidade (muito vento, por exemplo), você não precisa adquirir este tipo de argamassa, uma vez que ela
é mais cara que as comuns.

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DIMENSIONAMENTO DA QUANTIDADE DE ARGAMASSA CERÂMICO

1ºPasso: A quantidade de argamassa deve ser calcula de acordo com o rendimento médio do saco de
20kg, que de acordo com as especificações dos fabricantes é de 4m².

A regularidade do contra piso é um fator preponderante para a máxima economia com a argamassa, pois
evita acrescentar muito produto para eliminar eventuais desníveis e irregularidades.

2ºPasso: Observe esse ambiente com 40m², quantos sacos de argamassa deverão ser comprados?

3ºPasso: Construa a seguinte planilha.

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4ºPasso: Divida o valor da área total em m² pelo fator da argamassa.

Divida o valor da área


total pelo fator da
argamassa

5ºPasso: Será necessário para o ambiente de 40m², 10 sacos de argamassa (20Kg/cada).

O consumo médio de argamassa por metro quadrado indicado pelos fabricantes varia de 4 a 7 kg/m². Todas
as vezes em que usamos o rendimento de 4kg/m² acabou faltando material para terminar o serviço. A
diferença de consumo acontece pela imperfeições da base (quanto mais irregular, mais massa, ainda mais
quando se utiliza argamassa na base e no tardoz da peça cerâmica). Nossa recomendação é de, pelo
menos, 5 kg/m². Portanto se você for revestir uma sala de 12 m², você vai precisar de 60 kg de argamassa
colante (5×12=60).

Atenção: para revestimentos de fachada (principalmente de edifícios), sugerimos que você consulte
vendedores técnicos das marcas fabricantes de argamassa. Eles são treinados para adequar a escolha ao
tipo de material (pastilha, cerâmica, porcelanato, rocha…) aos tipos de esforços que o revestimento vão
sofrer (insolação, vento, chuva, impacto…). Tente conseguir com que ele mande por escrito essa escolha
(ex. e-mail) para que você registre e tenha argumentos caso ocorra algum problema (ex. placa descolada
que machuque alguém).

Para quem quer se aprofundar mais no assunto, a norma técnica relacionada é a NBR 14081 de 04/2012 –
Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas.

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EXERCíCIOS1.4

1) Informe a quantidade de cerâmicas (0,30 x 0,30) necessárias para revestir as paredes/ piso e a
quantidade de sacos de argamassa cerâmica para essa planta, supondo que as paredes possuem pé direito
de 2,80m. Monte todo o seu orçamento no Excel.

5 SEGREDOS DE COMO ASSENTAR REVESTIMENTO CERÂMICO SEM DESPERDÍCIO

Você já viu alguma peça cerâmica trincada num piso pronto? Alguma vez pisou em uma placa cerâmica que
parece estar solta ou prestes a descolar? Ou pior, já percebeu aquele porcelanato desalinhado e que
enrosca no sapato por estar desnivelado?

Essas são situações indesejadas e que provocam enorme constrangimento e desconforto na frente de um
cliente seja você engenheiro civil, arquiteto, técnico em edificações ou azulejista.

Para facilitar a organização, dividimos o processo de assentar revestimento cerâmico em 5 fases que
consistem nos segredos da execução perfeita:

 Cuidados com os materiais;

 Condições para início do serviço;

 Superfície de assentamento;

 Durante a execução;

 Finalização do serviço.

1.CUIDADO COM OS MATERIAIS

Tenha certeza que você possui material para revestir toda a área pretendida acrescida de 5-10%. Essa
quantidade extra supri perdas durante o assentamento e proporciona peças de reserva para futuras trocas
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e reparos. Também é interessante comprar cada tipo de peça uma única vez, pois lotes diferentes da
mesma peça podem diferenciar na tonalidade. Em obras maiores como prédios, as compras podem ser
divididas por apartamentos ou andares, mas deve-se tomar cuidado para não misturar os lotes.

Leia as recomendações dos fabricantes dos materiais a serem usados: existe uma infinidade de produtos no
mercado é você precisa saber para quais ambientes o produto foi feito outras recomendações para seu
uso. Por exemplo, ambientes expostos ao sol exigem argamassas mais resistentes, rejuntes especiais e de
espessuras maiores do que de ambientes internos.

Armazenar os materiais em local adequado: massas em geral devem ser armazenadas em lugares secos, as
peças cerâmicas devem ser mantidas limpas e suas embalagens íntegras (embalagens facilitam o transporte
e protegem as peças). Além disso, planejar onde as mesmas serão armazenadas para evitar de ter que
realocá-las antes do uso.

2.CONDIÇÕES PARA INÍCIO DO SERVIÇO

Paginações e detalhes: é importante conhecer os detalhes pretendidos e acompanhar se as marcações do


azulejista batem com o projeto de paginação (se você não possui um, peça para o azulejista explicar como
ele pretende executar os detalhes previstos, se for o caso faça um desenho para ajudá-lo). Uma vez iniciada
a aplicação, o reinício do processo é complicado e custoso.

Atenção 1: Devemos buscar a paginação que resulte no menor consumo de peças (menos recortes).
Devemos tomar cuidado com os recortes gerados porque tiras de peça cerâmica muito finas são de difícil
execução e podem dar aparência ruim. Elas devem ter pelo menos 5cm. Detalhes arquitetônicos e pontos
de água e energia também devem ser analisados na paginação.

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Atenção 2: A aplicação de revestimentos em fachadas, locais de grande insolação ou ambientes amplos,


exigem projeto especial. As práticas e produtos comuns aos outros ambientes não são suficientes para um
bom revestimento.

Veja este exemplo de projeto de paginação de pisos e paredes e repare em todos os detalhes indicados
pelo arquiteto.

Limpeza da base: poeira, tintas, óleos, restos de massa, ou qualquer outra sujeira atrapalham a boa
aderência da massa de assentamento. Utilize no mínimo uma vassoura no local de aplicação.

Conferir os seguintes serviços previamente executados:

 Hidráulica: checar se os pontos de água e esgoto estão nas posições exatas e testar a rede para ver
se não há vazamentos.

 Elétrica: verificar se as caixinhas de elétrica já estão em suas posições corretas, preferencialmente


ter passado a fiação ou, pelo menos, o arame guia (conduítes entupidos ou avariados provocam
retrabalhos custosos).

 Impermeabilização: testar impermeabilização, checar defeitos em ralos, cantos e quinas.

 Atenção: Em edifícios de múltiplos pavimentos devemos tomar cuidado com as movimentações


causadas pelos carregamentos dos pavimentos superiores. O início do serviço deve seguir as
recomendações do projetista para evitar acúmulo de tensões que provocam trincas e
desplacamentos.

3.SUPERFÍCIES DE ASSENTAMENTO

De acordo com a superfície em que vamos assentar devemos tomar cuidados específicos que fazem muita
diferença na qualidade final do revestimento. Lembra daqueles problemas de piso solto, oco, trincado?
Muitas vezes a superfície mal preparada tem grande culpa nas patologias, mesmo que o assentador seja
muito bom, ele não será capaz de esconder todas as imperfeições, por isso leve muito a sério o conteúdo a
seguir:

Contrapiso:

 Verificar os níveis – banheiros devem estar em nível inferior aos demais ambientes (ex. 1 cm mais
baixo)

 Caimentos d’água – essa é fundamental, jogue uma vasilha de água para conferir se ela corre toda
para o ralo ou se está empoçando. Se empoçar, conserte antes de executar o piso!

 Esperar o contrapiso secar – o ideal é colocar o revestimento cerâmico 14 dias após a finalização do
contrapiso, para garantir que ele estará endurecido e não vai sofrer deslocamentos ou retrações.

 Verificar se o contrapiso não está solto – dê leves batidas com o cabo de um martelo ou uma barra
metálica para ouvir se não há sons de cavidades ocas (verificação acústica).

 Verificar os detalhes para colocação de soleiras – as soleiras geralmente possuem espessura maior
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que o piso, por isso é necessário fazer um rebaixo onde serão colocadas.

Reboco /Emboço:

Aguardar 7 dias após a execução do reboco/emboço para o assentamento dos azulejos em parede.

Dica: Rodapés devem ser feitos depois dos revestimentos espessos de parede, como reboco e gesso,
evitando que ele fique “encravado” na parede.

Bloco:

Durante a elevação das paredes é recomendável que o pedreiro trabalhe do lado da parede onde o
revestimento exige maior qualidade. Se tivermos cerâmica de um lado e gesso do outro, por exemplo, o
pedreiro deve trabalhar do lado da cerâmica.

Esperar 7 dias da elevação da parede.

Regularizar a superfície eliminando buracos, massas soltas e rebarbas. Em certos casos o azulejista aplica
uma camada de massa de assentamento para corrigir a superfície e posteriormente assenta o
revestimento, mas lembre-se que isso significa mais tempo e mais custo…

Devemos ter cuidado com blocos muito lisos (como os cerâmicos vermelhos), onde é recomendado o uso
de chapisco rolado para a argamassa colante ter melhor aderência.

Concreto:

Para melhor aderência deve ser aplicado chapisco rolado antes do assentamento.

Esperar 28 dias após a concretagem.

Em geral se a superfície for razoavelmente plana, o que é possível conferir com uma régua de alumínio
(desvios de até 1cm na parede, por exemplo, serão pouco visíveis), o revestimento encobrirá pequenas
imperfeições. Se a superfície estiver muito ruim é necessário taliscar e rebocar.

4.DURANTE A EXECUÇÃO

Durante a aplicação deve-se dar maior atenção quando do início do serviço, evitando o retrabalho. Seguem
abaixo alguns detalhes à observar

Use espaçadores! Os espaçadores são fundamentais para o alinhamento das peças e para garantir a
espessura do rejunte. Ele contribui tanto na questão estética quanto para evitar o desplacamento devido à
dilatação das peças (o rejunte absorve as deformações das peças).

Umedeça a base de assentamento (umedecer não é saturar…) em locais sujeitos ao vento ou ao sol.

Preste atenção no uso de pregos pelo azulejista, isso pode danificar a impermeabilização.

Separe peças com defeito para recortes e evite desperdício: peças recortadas ainda podem servir para
certos detalhes.

No caso de revestimento nas paredes, executar a linha inferior de peças após o assentamento do piso.
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Observar o modo de preparo da massa e a forma de aplicação como orienta o fabricante (massas não
aceitam pausa para almoço nem reaproveitamento).

Em peças com 50cm ou mais é aconselhável fazer a dupla colagem (passar a argamassa colante no tardoz
da peça e na superfície base).

5.FINALIZAÇÃO DO SERVIÇO

Assim que o assentamento das peças for finalizado, há algumas tarefas que você deve ter cuidado para
garantir um acabamento impecável:

Isole a área até que a massa atinja o tempo de secagem (o tempo estipulado pelo fabricante seria o
recomendável, mas é prática comum, por exemplo, esperar 24 horas para pisar no piso, evitando grandes
cargas sobre o mesmo).

Avalie o alinhamento – os critérios de aceitação são muito relativos e variam de acordo o material, para um
porcelanato retificado com rejunte de 2mm, por exemplo, distorções acima de 1mm já são perceptíveis.
Por outro lado, em cerâmicas com rejunte de 5mm distorções maiores 2 ou 3mm podem passar
despercebidas. Leve em conta a qualidade das peças, cerâmicas muito baratas ou porcelanatos importados
(chineses, sempre eles) costumam vir cada peça com um tamanho. A análise visual é suficiente.

Observe se existem peças fora do plano de aplicação do revestimento. Uma técnica simples é passar um
cartão de crédito nas juntas e perceber se ele enrosca por conta do desnivelamento das peças.

Confira a aderência por meio de percussão (leves batidas com uma pedrinha ou cabo de madeira) se
existem peças soltas (regiões de recortes, tomadas, canos e conduítes tendem a ter problemas de
aderência). Lembrar de esperar o tempo de cura da massa).

Deve ser dada atenção aos recortes das peças: cantos pontiagudos e recortes irregulares são os principais
problemas.

Troque sempre as peças defeituosas.

Proteja o piso assentado: evitar tráfego no local, manter o piso ou azulejo limpo e protegido com plásticos
e afins para não riscar, evitar contato com metais que possam enferrujar. O ideal seria realizar o máximo de
atividades possíveis antes da colocação do revestimento para evitar danificá-lo.

Rejuntamento: deve ocorrer no mínimo 48 horas após o assentamento. Após o rejuntamento, o local deve
ser isolado por 24 horas. O rejunte auxilia na estanqueidade da camada de revestimento e no acabamento
estético.

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EXERCÍCIOS 1.5

1) Informe os tipos de argamassa e as suas respectivas aplicações.


2) O que significa a denominação “E” na argamassa?
3) Qual a norma técnica que fala sobre as argamassas colantes industrializadas?
4) O que é um projeto de paginação e qual a sua finalidade?
5) Realize o projeto de paginação do exercício 1.4. Não esqueça de realizar o corte das edificações
para demonstrar todas as vistas e delimitar uma legenda para diferencias as pedras que serão
utilizadas.
6) Informe três verificações que devem ser realizadas no contrapiso antes do assentamento cerâmico?
7) Para o assentamento de azulejos em paredes, será necessário aguardar quantos dias?
8) Qual a finalidade dos espaçadores?
9) No que consiste o método de percussão relativo a aderência das pedras?
10) Quando será necessário utilizar o processo da dupla colagem no assentamento cerâmico?
11) O rejunte deve ocorrer quantos horas depois do assentamento?
12) Em seguida, dimensione quantos kg de rejunte serão necessários para o seu projeto, confira como
será realizado o dimensionamento nas páginas a frente.

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DIMENSIONAMENTO DO REJUNTE

O rejunte tem várias funções nos revestimentos cerâmicos. Ele é um material que, além de auxiliar no
desempenho estético do piso ou azulejo, preenche as juntas entre cada placa, garantido a regularidade
superficial. Essa capacidade de vedar o revestimento, garante a estanqueidade, isto é, evita a penetração
de água e umidade nas juntas e promovendo mais salubridade no acabamento.

Como o rejunte é um composto mais maleável que a cerâmica ou porcelanato, sua maior resiliência
proporciona alívio de tensões do pano revestido. Essa capacidade facilitar a troca de placas cerâmicas,
quando uma manutenção for necessária, seja para trocar peças quebradas ou dar manutenção nas
instalações hidráulicas.

O rejunte também é utilizado para compensar as irregularidades dimensionais das placas, facilitando o
alinhamento. Ou então, se o seu azulejista ou assentador de piso não caprichar em algum cantinho, o
rejunte disfarça essa falha.É claro que ele não faz milagre com serviço mal feito ou placas muito tortas, mas
ele quebra vários galhos no assentamento.

Sendo bem direto e prático, temos 3 principais tipos de massa de rejunte disponíveis para comprar:

 Rejunte Cimentício: Sua composição é cimento + agregados minerais (nome bonito para areia fina)
+ pigmentos (para atingir a tonalidade do seu piso) + aditivos e polímeros (que variam conforme o
tipo de exposição que o revestimento terá).

 Rejunte Acrílico: Composto por uma resina acrílica (de onde vem o nome), cimento (sim, ele
também tem cimento!), agregados minerais (olha a areia de novo), pigmentos (você já sabe
porquê), aditivos e polímeros.

 Rejunte Epóxi: É um produto bicomponente de resina epóxi (em várias cores), e catalisador (que
provoca o endurecimento da massa).

Vamos ao primeiro critério: Cor. Como escolher a cor do rejunte? A maioria das pessoas escolhe um tom
próximo das placas cerâmicas para provocar a sensação de continuidade. Mas isso não é uma regra, muita
gente prefere rejuntes em tons escuros porque “esconde” a sujeira. Também há quem prefira cores em
contraste das placas para formar a arquitetura do espaço. Logo, não há regras para esse critério.

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Segundo critério: local de aplicação. Todos possuem praticamente os mesmos usos: interior e exterior para
pisos e paredes em condições normais de uso, tais como banheiros, cozinhas, lavanderias. Assim, sua
escolha é quase exclusivamente de acordo com os últimos critérios.

Tamanho da junta: esse é um critério relevante para a escolha! Os rejuntes cimentícios são indicados
para juntas maiores, trabalhe com o intervalo entre 3 e 10mm para facilitar sua aplicação. Para juntas
menores, recomenda-se usar rejunte acrílico ou epóxi.

Há diferença de acabamento então? É claro que há. O rejunte cimentício é o mais barato e o que dá menor
acabamento, isto é, ele é mais rugoso e áspero. Já o acrílico, um pouco mais caro, é mais liso. Você já deve
imaginar, então, que o Epóxi é o mais caro e que dá o acabamento mais perfeito!

Vale comentar que o rejunte de epóxi precisa de uma mão de obra que tenha experiência de aplicação.
Erros não são reparáveis, se o serviço apresentar rebarbas ou ficar esteticamente ruim, será necessário
trocar as placas da região afetada.

CÁLCULO DO REJUNTE

Observe abaixo a fórmula matemática que deveremos utilizar para determinar o nosso rejunte.

Vamos a um exemplo prático para facilitar a compreensão do dimensionamento.

Considerando as medidas do revestimento que será usado em um banheiro:

Largura: 33 cm (330 mm); Comprimento: 33 cm (330 mm); Altura: 6 mm.

O rejuntamento será epóxi e terá 2 mm de largura. Lisinho e fininho pra evitar que junte sujeira e facilitar a
limpeza.

Obs: É preciso que todos os números estejam na mesma unidade de medida.


Vamos à matemática:
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Qtde. Rejunte kg/m²= (330+330) x 6 x 2 x 1,58 / (330 x 330) => 0,11 kg/m2

O resultado é a quantidade de rejunte necessária para rejuntar 1m2. Como no banheiro será usado 22m²
de revestimento, basta multiplicar 0,11 x 22 que teremos o resultado final => 2,42kg.

Dicas e macetes

Uma dica preciosa é: leia as informações fornecidas pelo fabricante do piso e do rejunte. Lá você vai
encontrar orientações quanto ao rejunte mais adequado para seu revestimento. Isso também é importante
quando pensamos na garantia que o fabricante oferece, ela é condicionada aos procedimentos da
orientação;

Os rejuntes acrílico e epóxi podem ser usados em juntas maiores. Mas, se compararmos o custo do rejunte
ao custo das peças que utilizam juntas grandes veremos que a prática não é aconselhável.

No box de banheiros e locais que recebem água diariamente o rejunte cimentício deve ser escolhido com
cuidado. Se for comprado um rejunte de baixa qualidade ou que não tenha aditivo que o torne resistente à
formação de fungos, você provavelmente terá problemas desse tipo;

Use exatamente a quantidade de água indicada pelo fabricante quando for preparar a massa, se não o
feitiço vira contra o feiticeiro. Se você diluir demais o rejunte, ele vai retrair e, ao invés de vedar, poderá
trincar ou formar sulcos que juntam sujeira e enroscam o sapato, diminuindo a qualidade final do
acabamento;

Casos mais específicos, como piscinas e pisos sujeitos ao ataque de agentes químicos, exigem rejuntes
especiais e devem ser estudados com maior critério;

Verifique sempre o caimento para os ralos, é importante que não haja empoçamento nessa região. Se
possível, planeje o revestimento previamente com o pedreiro, isso pode evitar perda de material e tempo.

Tome sempre cuidado protegendo as peças antes da aplicação do rejunte e limpe assim que finalizar a
aplicação para não deixar o rejunte endurecer na superfície das placas.

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2ºAula de Orçamento para Construção Civil

SINOPSE DA AULA

Nesta 2º aula de orçamento para construção civil, você aprenderá a dimensionar a quantidade de tijolos
necessários para a construção de uma parede, o dimensionamento dos insumos necessários para a
argamassa de assentamento de tijolos

DIMENSIONAMENTO DA QUANTIDADE DE TIJOLOS EM PAREDES

1ºPasso: Informe a área em metros quadrados da seguinte parede.

1ºInforme a área útil do


seu projeto

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2ºPasso: A área de um tijolo, incluindo juntas será de 0,23m (23cm) x 0,07m (7cm) = 0,0161m²

2ºDimensione a área do
seu tijolo

3ºPasso: Para sabermos a quantidade de tijolos necessárias para essa parede, você deverá dividir a área
da parede pela área do tijolo.

3ºDivida a área útil da


parede pela área do tijolo

4ºPasso: Insira a taxa de 10% relacionada a desperdício em seu projeto e informe quantos tijolos serão
necessários.

Observe a fórmula, caso 4ºAcrescente ao número


você não lembre de tijolos a taxa de 10%

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EXERCíCIOS2.1

1) Dimensione a quantidade de tijolos necessários para a construção dessa parede.

2) Dimensione a quantidade de tijolos necessários para a construção dessa parede.

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3) Informe a quantidade de tijolos necessários para a construção dessa planta. (Considere o pé-direito de
suas paredes com 2.80m)

DIMENSIONAMENTO DA ARGAMASSA PARA ASSENTAMENTO DE TIJOLOS

1ºPasso: A nossa argamassa será composta de cimento, cal hidratada e areia grossa lavada, traço de 1:2:8
em volume.

Um aspecto de obra muito pouco discutido entre leigos é o das misturas realizadas no canteiro. Se
pararmos para pensar, areia, cimento, pedra e cal são elementos que todos conhecemos e sabemos que
são utilizados na construção.

Utilizar os traços corretos pode ser a diferença de anos a mais de durabilidade de sua casa, inexistência de
trincas em sua fachada e ficar livre da dor de cabeça com muitas outras patologias.

Traço para argamassa de assentamento de tijolinhos: 1:2:8

O que significa: uma parte de cimento para duas partes de cal para oito partes de areia grossa. É
importantíssimo seguir os traços indicados pela engenharia, caso eles existam.

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2ºPasso: Para dimensionar a quantidade de argamassa para o assentamento o primeiro passo será
dimensionar a área de 1 tijolo, excluindo as juntas: 0,22(22cm) x 0,06(6cm) = 0,0132m²

1ºDimensione a área de
um tijolo excluindo as
juntas

3ºPasso: Divida a quantidade de tijolos por 1m²: 1,00m² ÷ 0,0161m²(área do tijolo com juntas) = 62 peças

2ºDivida a área de um
tijolo por 1m²

Observe como deverá ficar o seu projeto após a realização da ferramenta, diminuir casas
decimais.

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4ºPasso: Multiplique a quantidade de tijolos pela área dos tijolos sem as juntas: 62 x 0,0132m² = 0,8199m²

3ºMultiplique a
quantidade de tijolos pela
área (m²) sem argamassa

5ºPasso: Subtraia a área das juntas(1m²) pela área total dos seus tijolos = 1,00m² - 0,8199m² =
0,1801m² (você irá descobrir a área específica de sua argamassa em uma parede de 1m²).

4ºSubtraia 1m² da área dos


tijolos, para que você encontre a
área específica de sua argamassa

5ºPasso: Para encontrar o volume de argamassa de assentamento por m², você deverá multiplicar
a área da argamassa pela espessura de meio tijolo sem revestimento (0,11m): 0,1801m² x 0,11m
(11cm) = 0,02m³ (1m² = 0,02m³ argamassa)

5ºMultiplique a área da argamassa pela


espessura do tijolo s/revest para
encontrar o volume

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Diminua as casas decimais, para que o seu projeto fique dessa forma.

Recapitulando:

*Os quatro primeiros passos realizados por você, teve como finalidade, determinar a área total de tijolos
em uma parede de 1m². Para isso foi necessário, encontrar a área dos tijolos sem as juntas, encontrar a
quantidade de tijolos

VOLUME DE ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO

1ºPasso: O volume de argamassa de assentamento deverá ser relacionado com 10m² de construção,
devemos então multiplicar por 10 o volume da argamassa por m³.

Multiplique por 10 o volume de


argamassa de assentamento

VOLUME/PESO DE CIMENTO

1ºPasso: Para dimensionarmos o volume do cimento, deveremos levar em consideração as proporções do


traço considerando 1 parte sobre 11 (traço 1:2:8) = 0,2/11 = 0,0180m³

Divida o volume da argamassa


pela totalidade do traço

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2ºPasso: Para que você possa calcular o peso do cimento, você deverá considerar um peso específico de
1200kg/m³ e multiplicar o volume do cimento de 0,0180(volume) x 1200 = 21,6kg

Multiplique o volume do cimento


pelo seu peso

VOLUME/PESO DA CAL

1ºPasso: Para dimensionarmos o volume da cal, deveremos levar em consideração as proporções do traço
considerando 2 partes sobre 11 (traço 1:2:8) = 0,0180(const) x 2(proporção) = 0,0360m³

Multiplique o volume constante


pelo seu traço

2ºPasso: Para que você possa calcular o peso da cal, você deverá considerar um peso específico de
1700kg/m³ = 0,036(volume) x 1700(peso) = 61,2kg

Multiplique o volume da cal pelo


peso de 1700kg/m³

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VOLUME/PESO DA AREIA GROSSA

1ºPasso: Para dimensionarmos o volume da areia, deveremos levar em consideração as proporções do


traço considerando 8 partes sobre 11 (traço 1:2:8) = 0,0180(const) x 8(proporção) = 0,1440m³

Multiplique o volume constante


pelo seu traço

2ºPasso: Para que você possa calcular o peso da areia, você deverá considerar um peso específico de
1700kg/m³ = 0,1456(volume) x 1700(peso) = 244,8kg.

Multiplique o volume da areia


pelo peso de 1700kg/m³

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TRAÇO DE ARGAMASSA

Temos 2 principais tipos de argamassas:

Argamassas Prontas ou Industrializadas: Necessitam apenas do acréscimo de água e podem ser ensacadas
ou fornecidas em silos.

Argamassas Dosadas em Obra:

 Comuns (Cimento, Cal Hidratada e Areia): São as argamassas comuns de obra.

 Argamassas com aditivos: São derivações das argamassas comuns acrescidas de aditivos para
melhoria de desempenho ou redução de algum dos componentes.

Essas argamassas tem várias funções numa obra de construção civil, como:

 Revestimento de vedações, com as camadas de chapisco, emboço e reboco;

 Assentamento de blocos de concreto ou cerâmico;

 Encunhamento das últimas fiadas de bloco;

 Nivelamento de superfícies pelo contrapiso;

 Preenchimento de vazios e ajustes como rasgos na parede;

Técnicas erradas são as maiores fontes de patologias em obra. No Brasil não existem regras formais sobre
os traços de argamassa e assim fica difícil fazer a escolha ideal. Isso, somado ao fato que muitas vezes o
responsável pela escolha não tem conhecimento técnico para tal, gera problemas como fissuração do
reboco, esfarelamento, desplacamento de camadas de revestimento e baixa aderência às superfícies, etc.

Para contornar esses problemas, separamos 3 pontos principais de atenção que um responsável técnico
deve se atentar durante a dosagem e aplicação de argamassas:

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 Componentes

 Tipos de uso e dosagem

 Qualidade de fontes de informação

1) Componentes

A dosagem das argamassas são sempre referenciadas com relação aos volumes de seus componentes
materiais cimento: cal: areia. Vale aqui uma breve explicação e dicas sobre cada um deles:

Cimento: exerce papel importante na aderência, na resistência mecânica da parede e na estanqueidade à


água das juntas.

Dica: Evite a utilização de cimentos de alto forno (CP III) ou pozolânico (CP IV). Devido à grande presença de
escória de alto forno e de material pozolânico, a argamassa poderá ter elevada retração (provocando
trincas) caso não haja adequada hidratação do aglomerante.

Cal Hidratada: seu poder de retenção de água propicia maior potencial de acomodar movimentações, ela
deixa a argamassa menos suscetível às fissuras ao custo de diminuir a resistência.

Aditivos: A cal vem perdendo espaço para aditivos que além de cumprir sua função geram maior economia
e eficiência no canteiro. Por esse motivo, citaremos alguns exemplos de aditivos, também é importante
frisar que existem muitas outras opções de aditivos no mercado. O site Casa D’água é um bom local para
achar outros aditivos comuns no mercado.

Site: http://www.casadagua.com/produtos/aditivos-para-concreto-e-argamassas/

Areia: As argamassas em geral devem utilizar areia lavada média (módulo de finura em torno de 2 a 3).

Exceções: Para reboco utilizar areia peneirada. Para chapisco podemos utilizar também a areia lavada
grossa.

Dica: Tome cuidado com areias com excesso de finos (muito pó), eles podem prejudicar o desempenho
argamassa.

Água: Essa é a parte mais “complexa” da argamassa. Nas argamassas comuns o volume de água utilizado
será em torno de 20% do volume dos demais materiais.

Dica: Não acrescente toda a água de uma vez, deixe uma parte para o final e acrescente aos poucos até
atingir a trabalhabilidade necessária.

2) Argamassa para assentamento

Alvenaria de vedação

 Comum para Bloco de concreto: 1: 0,5: 6.

 Comum para Bloco Cerâmico: 1: 2: 9 a 12.

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 Com Vedalit: 1:8 (cimento: areia), 100mL de aditivo para 50kg de cimento ou 50mL para cada lata
de cimento.

 Com Alvenarit: 1:8 (cimento: areia), 200mL de aditivo para 50kg de cimento ou 100mL para cada
lata de cimento.

 Com BotaMIX Alvenaria: 1:8, 200 a 250mL de aditivo para 50kg de cimento ou 100 a 125mL para
cada lata de cimento.

 Com Argaplast: 1:8 a 9, 100 a 250mL de aditivo para 50kg de cimento ou 50 a 125mL para cada lata
de cimento.

Dica: Nas dosagens com intervalo, “1:2:9 a 12”, por exemplo, o traço pode ser escolhido de acordo com
a qualidade da areia. Na dúvida utilize a menor, 1:2:9.

EXERCíCIO 2.2

1) Dimensione a quantidade de cerâmica que será necessário para o revestimento desse piso.

2) Informe a quantidade de sacos de argamassa que será necessária para a colocação da cerâmica do piso.

3) Informe a quantidade de tijolos que será necessário para a construção dessas paredes. (Pé-
direito=2,80m)

4) Considerando o traço 1:2:8, informe a quantidade em Kg que deverá ser adquirido de, cimento, cal e
areia grossa para a realização da argamassa de assentamento dos tijolos.

Pesos específicos médios considerados:

Cimento portland comum - 1200kg/m3

Cal hidratada - 1700kg/m3

Areia grossa seca - 1700kg/m3

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EXERCíCIO 2.3

1) Dimensione a quantidade de cerâmica que será necessário para o revestimento desse piso.

2) Informe a quantidade de sacos de argamassa que será necessária para a colocação da cerâmica do piso.

3) Informe a quantidade de tijolos que será necessário para a construção dessas paredes. (Pé-
direito=2,80m)

4) Considerando o traço 1:2:8, informe a quantidade em Kg que deverá ser adquirido de, cimento, cal e
areia grossa para a realização da argamassa de assentamento dos tijolos.

Pesos específicos médios considerados:

Cimento portland comum - 1200kg/m3

Cal hidratada - 1700kg/m3

Areia grossa seca - 1700kg/m3

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EXERCÍCIOS 2.4

1) Como você definiria argamassa?


2) O que é o traço? E qual a sua finalidade?
3) Quais são os dois principais tipos de argamassas?
4) Informe os três pontos principais que um técnico deve se atentar durante a dosagem e aplicação de
argamassa?
5) Qual a finalidade do cimento na composição da argamassa?
6) A Cal Hidratada vem perdendo espaço para qual material e por quê?
7) Qual areia poderá ser utilizada para o reboco e o chapisco?
8) Nas argamassas comuns o volume de água utilizado será em torno de quantos por cento?

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3ºAula de Orçamento para Construção Civil

SINOPSE DA AULA

Nesta 3º aula de orçamento para construção civil, você aprenderá a dimensionar os insumos necessários
para o revestimento interno e externo de sua parede e aprenderá a diferença das fases de construção de
sua parede (chapisco,emboço e reboco).

DIMENSIONAMENTO DO REVESTIMENTO INTERNO

Tipos de Uso para Argamassa e Traço

De modo geral, as argamassas devem ser dosadas na proporção volumétrica de 1:3 a 1:4, sendo
aglomerante (cimento+cal) e agregado respectivamente. Veja alguns exemplos práticos de dosagem para
usos específicos.

Dica: Um saco de cimento de 50kg tem aproximadamente 36L, se o traço está sendo trabalhado em latas
(18L cada), um saco equivale a duas latas de cimento.

CHAPISCO (CIMENTO + AREIA GROSSA)

O chapisco de nossa parede possuirá uma espessura de 5mm e será composta de cimento e areia grossa
lavada, com o traço de 1:4 em volume.

1ºPasso: Volume de chapisco para 10,00m², considerando espessura de 5mm: 10m² x 0,005m (5mm) =
0,05m³

Multiplique o volume do chapisco


pela sua espessura

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2ºPasso: O volume do cimento que irá compor o chapisco, considerando uma parte (1) sobre 5 (traço 1:4) =
0,05 / 5 = 0,01m³

Divida o valor do cimento por 5


para encontrar o seu volume
3ºPasso: Para determinarmos o peso do cimento e multiplicarmos pelo seu volume, devemos considerar
um peso específico de 1200kg/m³ = 0,01 x 1200 = 12,00kg.

Multiplique o volume do cimento


pelo seu peso específico

4ºPasso: O volume de areia que irá compor o chapisco, considerando quatro partes (4) sobre 5 (traço 1:4)
0,01 x 4 = 0,04m³.

Multiplique a constante do traço


pela sua proporção

5ºPasso: Para determinarmos o peso da areia, devemos considerar um peso específico de 1700kg/m³ =
0,04 x 1700 = 68,00kg.

Multiplique o volume da areia


pelo peso específico
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EMBOÇO (CAL + AREIA MÉDIA)

O emboço de nossa parede possuirá uma espessura de 20mm e será composta de cal e areia, com o traço
de 1:4 em volume.

1ºPasso: Volume de emboço para 10,00m², considerando espessura de 20mm: 10m2 x 0,02m (20mm) =
0,2m³.
Multiplique o volume para 10m²
da espessura do emboço

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2ºPasso: Volume de cal, considerando uma parte (1) sobre 5 (traço 1:4) = 0,2 / 5 = 0,04m³
Divida o volume do emboço pelo
seu traço

5ºPasso: Para determinarmos o peso da cal, devemos considerar um peso específico de 1200kg/m³ = 0,04 x
1200 = 48,00kg.
Multiplique o volume da cal pelo
seu peso específico

4ºPasso: Volume de areia média, considerando quatro partes(4) sobre 5(traço 1:4) = 0,04 x 4 = 0,16m³

Multiplique a constante do traço


pela sua proporção

5ºPasso: Para determinarmos o peso da areia média, devemos considerar um peso específico de
1500kg/m³ = 0,16 x 1500 = 240,00kg.
Multiplique o volume da areia
média pelo seu peso específico

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REBOCO (CAL + AREIA FINA)

O reboco de nossa parede possuirá uma espessura de 5mm e será composta de cal e areia, com o traço de
1:4 em volume.

1ºPasso: Volume de reboco para 10,00m², considerando espessura de 5mm: 10m² x 0,005m (5mm) =
0,05m³

Essa multiplicação por 10m², é


um exemplo de parede, nosso
projeto, esse valor poderá variar

2ºPasso: Volume de cal, considerando 1(uma) parte sobre 5 (traço 1:4) = 0,05 ÷ 5 = 0,01m³.
Divida o volume total do reboco
por 5 para encontrar a parte da
cal

3ºPasso: Para determinarmos o peso da cal, devemos considerar um peso específico de 1200kg/m³ = 0,01
x 1700 = 17,00kg.

Multiplique o volume da cal pelo


seu peso específico

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4ºPasso: Volume de areia, considerando 4(quatro) partes sobre 5 (traço 1:4) = 0,01 x 4 = 0,04m³.

Multiplique a constante do traço


pela sua proporção

5ºPasso: Para determinarmos o peso da areia fina, devemos considerar um peso específico de 1400kg/m³
= 0,04 x 1400 = 56,00kg.
Multiplique o volume da areia
fina pelo seu peso específico

ADITIVOS PARA ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS PARA PAREDES

Observe abaixo a relação dos traços de argamassa com o acréscimo de alguns aditivos. Fique atento ao
dimensionamento de suas composições.

Emboço e Reboco:

– Com Vedalit: 1: 6, sendo 100mL de aditivo para 50kg de cimento ou 50mL para cada lata de cimento.

– Com Alvenarit: 1: 6, sendo 200mL de aditivo para 50kg de cimento ou 100mL para cada lata de
cimento.

– Com Sikanol Alvenaria: Interno 1:8, Externo 1:6, 100 a 300mL de aditivo para 50kg de cimento ou 50 a
150mL para cada lata de cimento.

– Com Bautech Plast C: Interno 1:8, Externo 1:6, 100mL de aditivo para 50kg de cimento ou 50mL para
cada lata de cimento.

– Com BotaMIX Alvenaria: Interno 1:8, Externo 1:6, 200 a 250mL de aditivo para 50kg de cimento ou
100 a 125mL para cada lata de cimento.

– Com Argaplast: Interno 1:8 a 9, Externo 1:6, 100 a 250mL de aditivo para 50kg de cimento ou 50 a
125mL para cada lata de cimento.

Obs: O uso de aditivos é imprescindível se você não possui muito espaço para guardar os materiais de sua
obra, através deles, vários sacos de cal podem ser substituídos por pequenos potes de aditivos.
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DIFERENÇA DO EMBOÇO PARA O REBOCO

Emboço: cimento + areia grossa ou média + água


Reboco: cimento + areia fina + água
A diferença, portanto está na granulometria do agregado (areia no caso) que se usa.
Reboco também é conhecido como "massa fina" e serve para dar acabamento fino na parede que receberá
a massa corrida e pintura (por exemplo) Repare que: No sistema revestimento de argamassa, as camadas
vão se afinando (pelo agregado que você está usando) Existem casos que em obra, por questões de
economia e falta de preocupação com o acabamento liso da superfície, é utilizada uma "argamassa única"
depois do chapisco. Esta argamassa única faz a função de emboço e reboco juntos.

Esse é o emboço

Esse é o reboco

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EXERCíCIOS3.1

1) Qual a diferença do emboço para o reboco em sua composição e na sua visualização?

2) Informe a quantidade de insumos necessários em kg para a realização do revestimento interno sendo ele
composto por:

a) Chapisco (traço 1:4)

b) Emboço (traço 1:4)

c) Reboco (traço 1:4)

d) Escolha algum aditivo e realize o dimensionamento para o seu emboço e reboco.

Demonstre esses cálculos em sua planilha do excel.

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DIMENSIONAMENTO DO REVESTIMENTO EXTERNO

CHAPISCO (CIMENTO + AREIA GROSSA)

O chapisco de nossa parede possuirá uma espessura de 5mm e será composta de cimento e areia grossa
lavada, com o traço de 1:4 em volume.

1ºPasso: Volume de chapisco para 10,00m², considerando espessura de 5mm: 10m² x 0,005m (5mm) =
0,05m³

Multiplique o volume do chapisco


pela sua espessura

2ºPasso: O volume do cimento que irá compor o chapisco, considerando uma parte (1) sobre 5 (traço 1:4) =
0,05 / 5 = 0,01m³

Divida o valor do cimento por 5


para encontrar o seu volume

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3ºPasso: Para determinarmos o peso do cimento e multiplicarmos pelo seu volume, devemos considerar
um peso específico de 1200kg/m³ = 0,01 x 1200 = 12,00kg.

Multiplique o volume do cimento


pelo seu peso específico

4ºPasso: O volume de areia que irá compor o chapisco, considerando quatro partes (4) sobre 5 (traço 1:4)
0,01 x 4 = 0,04m³.

Multiplique a constante do traço


pela sua proporção

5ºPasso: Para determinarmos o peso da areia, devemos considerar um peso específico de 1700kg/m³ =
0,04 x 1700 = 68,00kg.

Multiplique o volume da areia


pelo peso específico

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EMBOÇO (CIMENTO + CAL + AREIA MÉDIA)

O emboço de nossa parede possuirá uma espessura de 20mm e será composta de cal e areia, com o traço
de 1:4 em volume.

1ºPasso: Volume de emboço para 10,00m², considerando espessura de 20mm: 10m2 x 0,02m (20mm) =
0,2m³.
Multiplique o volume para 10m²
da espessura do emboço

2ºPasso: O volume do cimento que irá compor o emboço será de 1 parte sobre 12 (traço 1:2:9) = 0,2/12 =
0,0167m³

Divida o volume do emboço por


12

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3ºPasso: Para determinarmos o peso do cimento, devemos considerar um peso específico de 1200kg/m³ =
0,0167 x 1200 = 20,00kg.

Multiplique o volume do cimento


pelo seu peso específico

2ºPasso: O volume de cal que irá compor o emboço será de 2 partes sobre 12 (traço 1:2:9) = 2 x 0,0167 =
0,033m³.

Multiplique a constante do traço


pela sua proporção

3ºPasso: Para determinarmos o peso da cal, devemos considerar um peso específico de 1700kg/m³ = 0,033
x 1700 = 56,67kg.

Multiplique o volume da cal pelo


seu peso específico

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4ºPasso: O volume da areia que irá compor o emboço será de 9 partes sobre 12 (traço 1:2:9) = 0,0167m³ x
9 = 0,15³

Multiplique a constante do traço


pela sua proporção

5ºPasso: Para determinarmos o peso da areia média, devemos considerar um peso específico de
1500kg/m³ = 0,15 x 1500 = 225kg.

Multiplique o volume da areia


pelo seu peso específico

REBOCO (CAL + AREIA FINA)

O reboco de nossa parede possuirá uma espessura de 5mm e será composta de cal e areia fina, com o traço
de 1:3 em volume.

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1ºPasso: Volume do reboco para 10,00m², considerando espessura de 5mm: 10m2 x 0,005m (5mm) =
0,05m³.
Multiplique o volume do reboco
pela espessura do reboco

2ºPasso: O volume da cal que irá compor o reboco será de 1 parte sobre 4 (traço 1:3) = 0,05 / 4 =
0,0125m³.

Divida o volume do reboco pela


proporção do traço

3ºPasso: Para determinarmos o peso da cal, devemos considerar um peso específico de 1700kg/m³ =
0,0125 x 1700 = 21,25kg.

Multiplique o volume da cal pelo


seu peso específico

4ºPasso: O volume da areia fina que irá compor o reboco será de 3 partes sobre 4 (traço 1:3) = 0,0125m³ x
3 = 0,0375m³.

Multiplique a constante pela


proporção do traço

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3ºPasso: Para determinarmos o peso da areia fina, devemos considerar um peso específico de 1400kg/m³ =
0,0375 x 1400 = 52,50kg.

Multiplique o volume da areia


pelo seu peso específico

DETALHES IMPORTANTES

1) Cimento e areia medidos secos e soltos. Cal hidratada medida em estado pastoso firme.

2) Para cada m³ de argamassa, são consumidos de 350 a 370 litros de água limpa.

3) Considerar um acréscimo de 5% nas quantidades dos materiais a título de taxa de quebra.

4) No caso de tijolos furados, considerar um acréscimo de 5% nas quantidades dos materiais para
argamassa de assentamento.

5) Os pesos específicos considerados para os diferentes materiais são médias estimadas.

6) Existem diferentes tipos de aditivos químicos que podem ser utilizados nas argamassas, entre eles:
impermeabilizantes, adesivos, aceleradores de pega, retardadores de pega, plastificantes, controladores de
fissuração, etc. Recomendamos que se consulte o fabricante dos aditivos para definição dos traços das
argamassas a serem aditivadas e a especificação e proporção do aditivo a ser utilizado.

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EXERCíCIOS3.2

1) Informe a quantidade de insumos necessários em kg para a realização do revestimento externo sendo


ele composto por:

a) Chapisco (traço 1:4)

b) Emboço (traço 1:4)

c) Reboco (traço 1:3)

*Demonstre esses cálculos em sua planilha do excel.

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4ºAula de Orçamento para Construção Civil

SINOPSE DA AULA

Nesta 4º aula de orçamento para construção civil, você aprenderá a dimensionar a quantidade de massa
corrida e o cálculo da quantidade de tinta para a realização da pintura dos ambientes internos.

PINTURA (SELADOR)

Você deve aplicar o selador sempre que a parede for nova ou quando estiver muito castigada pelo tempo,
possuindo partes soltas ou com absorção desuniforme.

O selador serve para corrigir a absorção da parede, bem como para fixar resíduos que passam
desapercebidos na preparação da parede para a pintura. Através do selador teremos a economia de massa
corrida e de tinta no final de nossa aplicação.

A aplicação do selador deve proceder como se estivesse aplicando uma tinta Látex comum.

Dilua o selador até o limite recomendado na embalagem. Misture bem o material e aplique na parede com
rolo de lã de carneiro em uma única demão.

Deixe secar normalmente por 1 a 4 horas, dependendo do estado da parede e posteriormente aplique a
tinta na cor de sua preferência.

PINTURA (MASSA CORRIDA / MASSA NIVELADORA)

A finalidade da massa corrida será de corrigir as imperfeições da superfície, até obtê-la, lisa e nivelada. Será
recomendado utilizar exclusivamente para uso de interiores e deverá ser aplicada após o selador.

Através da massa corrida será possível corrigir: bolhas, trincas, imperfeições nas paredes de maneira geral.
Poderá ser aplicada nas superfícies não seladas, reboco, gesso, fibrocimento, massa fina e concreto.

O número de demãos de massa corrida, dependerá das condições da parede, porém, em regra teremos
duas ou três demões com o intervalo de três horas entre elas.

A quantidade de tinta (e também lixamento, selador e massa corrida, se aplicáveis) depende da área total a
ser pintada, porém antes de haver a pintura deverá ser passada a massa corrida no ambiente.

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PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE

Todas as superfícies a serem pintadas deverão estar corretamente preparadas, observando as condições
abaixo:

 Perfeitamente limpa, isenta de partículas soltas, óleos, graxas, ceras, mofo ou qualquer outra
sujidade;

 O pó originado pelo lixamento de massa, pinturas antigas, etc., deve ser completamente removido
com pano umedecido no solvente recomendado para diluição da tinta a ser utilizada;

 Com textura e grau de absorção uniformes;

 Livre de calcinação, sais solúveis, eflorescência, trincas, fissuras, descascamento ou sangramento;

 Aguarde a cura do concreto/reboco por no mínimo 28 dias antes de pintar;

 Seca, curada, impermeabilizada, livre de umidade e infiltrações.

 Em caso de repintura se esta estiver em boas condições, lixar até remover o brilho.
Caso contrário remova toda a pintura e corrija a superfície;

 Para superfícies com sujeira, mofo/algas ou degradadas pela intempérie, realizar a limpeza
utilizando uma solução de água clorada a 1% de cloro ativo (mistura de água sanitária com água
1:1), aguardar 15 minutos para a solução agir, lavar para remover a solução e os resíduos, e
aguardar secagem completa para executar a pintura.

 Em caso de superfícies muito contaminadas com fungos, algas e mofo, repetir este processo após
15 dias para evitar o reaparecimento do problema

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1ºPasso: Vamos supor que iremos pintar essa parede, tire a área da parede abaixo.

1)Área total = 2,80 x 2,50 = 7m²

2)Área desconsiderada(não será pintada) = 2,10 x 0,60 (porta) + 0,30 x 0,60 = 1,26 + 0,18 = 1,44m²

3)Área a ser pintada = 7 – 1,44 = 5,56m²

2ºPasso: Antes de pintarmos a nossa parede, precisamos passar massa corrida nela e temos 2 tipos de
latas:

18 litros e 3,600 litros.

3ºPasso: Já o rendimento da massa corrida será de:

Lata de 18 litros, 45 a 60m² por demão de massa;

Galão de 3,600 litros, 9 a 11m² por demão.

Obs: Em teto de gesso, aplicamos uma demão de massa corrida, e nas paredes aplicamos duas ou três
demão de massa.

4ºPasso: Voltando ao exemplo da parede a ser pintada com 5,56m² multiplique a sua área por 2 (número
de demão de massa corrida) = 11,12m².

5ºPasso: Logo 11,12m² poderão ser preenchidos por um galão de 3,600litros.

Construa uma planilha como essa


e fique atento aos dados

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EXERCíCIOS4.1

1) Informe a metragem quadrada que deverá ser preenchida pela parede e informe quantos galões ou
latões serão necessários para o revestimento dessa parede.

2) Informe a metragem quadrada que deverá ser preenchida pela parede e informe quantos galões ou
latões serão necessários para o revestimento dessa parede.

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PINTURA (REVESTIMENTO INTERNO)

Na fase de acabamento, uma das contas mais importantes a serem feitas é o cálculo da área total de
pintura e a quantidade de tinta a ser comprada. É preciso levar em conta o número de cômodos e suas
medidas, lembrando que os banheiros, cozinhas e lavabos, levam tinta somente no teto, se forem
azulejados.Também é necessário ter a área construída do imóvel e a medição da superfície de cada teto ou
parede a ser pintada, além do número de demãos de tinta a aplicar.

1ºPasso: Deve-se somar todas as áreas de paredes e tetos que serão pintadas. A área de pintura pode ser
estimada da forma indicada a seguir, ou seja, a primeira conta é dividir a área de construção do imóvel pelo
número total de cômodos, sem considerar aqueles com paredes revestidas de azulejos na área externa. O
número obtido corresponde à área média de cada cômodo.

2ºPasso: Exemplo: em um imóvel de 105,00 m² de área construída (área de planta), com três quartos
(suítes), sala de jantar, sala de estar, cozinha, área de serviço, lavabo, garagem e quintal, deve-se contar
cinco cômodos, pois cozinha, área de serviço, lavabo, garagem e quintal não entram na conta, por serem
azulejados. Considere-os apenas se não forem azulejados. Portanto: área construída dividida pelo número
de cômodos:

105,00 / 5 (3quartos e 2 salas) = 21 m² (área média de cada cômodo).

3ºPasso: O valor da área total será multiplicado por um número (fator) de 3,2 (representa a pintura de
paredes e tetos na tabela da pág.58).
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Área total = 105,00m² x 3,2 = 336,00m²

4ºPasso: Caso a área da pintura seja somente das paredes, sem tetos, o fator é 2,2 (representa a pintura de
paredes na tabela da pág.58).

Área total = 105,00m² x 2,2 = 231,00m²

PINTURA (CÁLCULO DE CONSUMO)

1ºPasso: Após definir a metragem quadrada da superfície a ser pintada, fica faltando apenas calcular a
quantidade de tinta (volume). Calcule da seguinte maneira levando em conta o primeiro exemplo:

A = área calculada = 336,00m²

R = rendimento do produto de acordo com a embalagem = 200m² por lata

N = número de demãos = 2

Sabendo que a lata de 18 litros

2ºPasso: Divida o valor do rendimento (200m²) pela quantidade de demãos (2) = 200 / 2 =100.

3ºPasso: Pegue a área total do ambiente e divida pela constante encontrada anteriormente, 336 / 100 =
3,36latas.

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EXERCíCIOS4.2

1) Dimensione a quantidade de latões ou galões de massa corrida necessária para o revestimento interno
desse projeto.

2) Dimensione a quantidade de latões ou galões de massa corrida necessária para o revestimento interno
desse projeto.

3) Considerando que será realizada duas demãos, informe o número de latas necessárias para o seu
projeto.

TABELA PARA DETERMINAÇÃO DA ÁREA DA PINTURA (M²)

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DETALHES IMPORTANTES

1) O rendimento da tinta não está relacionado ao tamanho da embalagem. Depende do tipo de superfície
(reboco, massa, repintura, ou parede selada); do grau de absorção da superfície; da cor que anteriormente
já havia na parede e da cor escolhida para pintura (rendimento maior ou menor conforme as demãos).

2) Como regra geral, recomenda-se que cada área de aplicação receba duas demãos de tinta. Para não
gastar material à toa, avalie a necessidade de demãos extras.

3) Lembre-se: área total de pintura é diferente da área construída. A área de pintura leva em conta todas as
superfícies a serem pintadas, ou seja, a metragem quadrada de paredes e tetos de toda a residência. Já a
área construída é o valor da largura e comprimento da planta baixa da edificação.

4) Para saber o rendimento de uma tinta por metro quadrado e por demão de cada produto, consulte a
embalagem do produto.

5) Não se usa maior ou menor quantidade de tinta em ambiente interno ou externo. É necessário apenas
usar produtos específicos para cada caso.

FORMULÁRIOS DE LEVANTAMENTO

A maneira mais prática de calcular e documentar os quantitativos de chapisco, emboço, reboco, massa
única, pintura de paredes, azulejo e rodapé é mediante a utilização de um formulário cujos dados de
entrada são o perímetro e a altura de cada cômodo. Como estes serviços estão vinculados à área e
perímetro de paredes, o cálculo fica mais simples. (CONSTRUA A PLANILHA ABAIXO NO EXCEL)

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A realização de um formulário como esse na fase inicial do projeto, irá facilitar bastante a sua organização e
a sua visão do todo que compõe o seu projeto. Existem mais alguns tipos de formulários como esse para
assuntos distintos, ao longo do curso você aprenderá mais.

EXERCíCIOS4.3

1) Construa um formulário de levantamento para o projeto realizado anteriormente, no Excel.

TIPOS DE TINTA

O mercado oferece uma infinidade de tipos de tintas, massas e outros produtos para aplicação em
revestimenos interno e externos. As possibilidades e variações podem ser desconcertantes para o
consumidor final, deixando muitas dúvidas na hora de realizar a compra desses produtos.

Por conta dessa grande variedade de opções, é importante que a pessoa que está realizando uma obra
saiba algumas diferenças básicas entre os grandes grupos de tintas. Tenha em mente que não existe uma
tinta para todas as superfícies e usos. A escolha do produto adequado para cada superfície e local é
essencial para um bom acabamento e durabilidade de sua pintura.

A seguir iremos comentar brevemente os grandes grupos de tintas e suas principais aplicações para que
fique mais claro como a diferenciação entre os produtos ocorre.

Látex PVA

O látex é talvez a tinta mais comumente encontrada atualmente, nos interiores das residências, e
certamente você já ouviu falar a respeito.

O PVA vem do nome da substância usada atualmente para fabricar a tinta látex, o Acetato de Polivinila. O
látex tem uma base solúvel em água e, por isso, facilita muito a vida do pintor, que pode preparar seus
pincéis e rolos apenas com água. Além disso, caso a tinta espirre em algum outro revestimento, basta lavar
com água.

O acabamento em látex PVA é adequado para a parte interna das residências, que podem ser limpas
apenas com um pano úmido. O acabamento desse tipo de tinta é muito bom, assim como seu
recobrimento da camada anterior de pintura (se ela existir). Seca rapidamente, e o odor típico de pintura é
mínimo.

Porém, o produto não é adequado para áreas molhadas ou que possam receber chuva, e para
recobrimentos de acabamento em alto brilho, como um corrimão, por exemplo; as superfícies pintadas
com látex PVA também são mais difíceis de limpar.

Tinta acrílica

A tinta acrílica, de forma geral, tem aspecto muito similar ao do látex, também é solúvel em água e seca
rapidamente. A diferença é que sua fórmula contém resinas acrílicas, o que proporciona ao produto alta
impermeabilidade uma vez aplicado, tornando-o especialmente eficaz para pinturas externas.

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Essa impermeabilidade também torna a tinta acrílica interessante para uso em áreas molhadas da casa,
como na cozinha e lavabo. As tintas acrílicas podem ser lavadas, ao contrário do látex, que deve ser limpo
apenas com pano úmido.

O acabamento tende a ser mais brilhante que o do látex, ainda que exista a versão fosca: portanto, preste
atenção ao comprar para garantir o tipo de acabamento final que deseja. Outro fator importante é o custo.
A tinta acrílica tenderá a ser mais cara que a látex, então cuidado com a especificação.

Tinta esmalte

O esmalte, ao contrário dos exemplos anteriores é um tipo de tinta que não é solúvel em água, visto que
possui o que é chamado de “base a óleo”, material que compunha sua fórmula antigamente. Atualmente
são outros produtos sintéticos que compõem a base mais comum para esse tipo de acabamento.

As tintas esmalte são especialmente boas para a utilização em superfícies de ferro ou madeira. Assim,
janelas de ferro, corrimãos e estruturas metálicas leves terão um acabamento melhor e mais durável se
pintados com tinta esmalte. E embora a madeira possa receber vários tipos de acabamentos, portas feitas
desse material são tradicionalmente pintadas com esmalte por conta do alto nível de manuseio, visto que o
esmalte permite a lavagem dessa superfície com mais facilidade.

O acabamento de esmalte é bastante peculiar e as pessoas geralmente percebem quando ele foi utilizado.
Possui alto brilho, embora exista a versão fosca. Seu acabamento dá sensação de uma película formada
sobre a superfície e, por isso mesmo, não é muito adequada para o uso direto na parede, porque
dependendo da aplicação podem surgir bolhas ou descascamento. O custo dessa tinta é mais alto do que o
das outras, por conta de seu uso mais espcífico, e em menores superfícies. A embalagem mais comum é o
galão (que contém 3,8 litros do material), enquanto as outras podem ser facilmente encontradas em latas
(existem latas com até 18 litros de tinta, e as pequenas, com 900 ml).

Tintas epóxi e poliuretano

As tintas epóxi e de poliuretano são sintéticas e não solúveis em água, e têm usos mais específicos, como,
por exemplo, a pintura de caixas d’água. Existem ainda fórmulas para aplicação em pisos, mas dependem
de mão de obra altamente especializada.

Essas tintas, que são geralmente diluídas em solvente específico e possuem catalizadores para auxiliar no
processo de pintura, devem ser aplicadas sempre por mão de obra que conheça o material e os processos,
para evitar que se formem bolhas, ocorra descolamento da camada de tinta ou simplesmente mau
acabamento.

Como são tintas específicas para aplicação em áreas molhadas e até inundadas, como piscinas e caixas
d’água, podem ser uma excelente possibilidade para banheiros, boxes, cozinhas e áreas dessa natureza,
desde que harmonizadas corretamente com os outros revestimentos. Vale a pena conferir os tipos de
acabamentos possíveis para fugir do revestimento cerâmico convencional de locais muito úmidos.

Além dos grupos citados acima, existem muitos outros tipos de tinta. Há as feitas com cal, e produtos de
efeito, como as tintas magnetizadas, do tipo lousa e para piso; existem também as massas e texturas de
muitas naturezas diferentes. E não se pode deixar de mencionar os vernizes e fundos preparadores
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específicos para superficies diversas (como para galvanizados ou gesso, por exemplo).

Dependendo do que se quer pintar é necessária a aplicação de vários produtos. Quando isso acontece,
chamamos o processo de pintura de um “sistema”, e não simplesmente uma pintura simples como nos
exemplos acima. Se você pretende realizar uma pintura em uma superfície que pareça mais complexa,
sugerimos que procure um pintor muito experiente para aconselhar qual sistema é o mais adequado.

EXERCÍCIO 4.4

1.Qual a finalidade do selador?

2.Qual a finalidade da massa corrida?

3.O número de demãos de massa corrida dependerá de quais condições?

4.Cite três condições essenciais da superfície da parede para que ocorra a pintura da superfície.

5.Como regra geral, recomenda-se quantas demãos de tinta?

6.A tinta látex PVA será recomendada para quais ambientes?

7.Qual o diferencial da tinta acrílica e aonde a mesma deverá ser aplicada?

8.A tinta esmalte será aplicada em quais superfícies?

9.Informe aonde serão aplicadas as tintas epóxi.

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5ºAula de Orçamento para Construção Civil

SINOPSE DA AULA

Nesta 5º aula de orçamento para construção civil, você aprenderá a dimensionar a área do seu telhado, a
quantida de detelhas que serão necessárias para revesti-lo e o seu percentual de perdas.

COBERTURA

O levantamento de quantidades dos serviços de cobertura desdobra-se em madeiramento e telhamento,


obviamente no caso de esses dois elementos estarem presentes.

Deve-se sempre tomar em consideração a inclinação de cada água do telhado, que normalmente é dada
sob a forma percentual.

Como geralmente as dimensões do telhado são obtidas em projeção horizontal a partir da planta baixa, é
necessário obter a área real do telhado, ou seja, ao longo da hipotenusa. Para isso, basta multiplicar a área
em projeção horizontal pelo fator abaixo.

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LEVANTAR ÁREA DO TELHADO

1ºPasso: Defina a área do seu telhado sem levar em consideração a inclinação. Observe que teremos dois
fatores, pois teremos
duas inclinações
diferentes

2ºPasso: Após tirar a sua área multiplique pelo fator que será respectivo a sua inclinação.

3ºPasso: Essa será a área do seu telhado.

QUANTIDADE DE TELHAS

1ºPasso: Iremos utilizar a Top Telha Mediterrânea M14, o consumo desta telha é de 13,7 telhas por metro
quadrado.

2ºPasso: Multiplique a área encontrada pelo telhado de 354,0m² pelo número de telhas por metro
quadrado, o valor encontrado, será o respectivo ao número total de telhas do seu telhado.

Total = 354,0 x 13,7 = 4850 telhas.

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PERCENTUAL DE PERDAS

1ºPasso: Conforme já descrevemos nos demais insumos, sempre deverá haver um acréscimo na
quantidade total para suprir eventuais quebras, cortes e reposições. Acrescente aqui 5% ao número total
de telhas do seu projeto.

2ºPasso: Total = 4850 + 5% = 5093 telhas.

CÁLCULO DAS DEMAIS PEÇAS QUE COMPÕE O TELHADO

Para calcular a estimativa de peças o procedimento é o mesmo da telha. Entretanto, devemos levantar a
metragem linear de cada uma das partes do telhado, não esquecendo que em linhas inclinadas (como
beirais laterais e espigões), devemos também aplicar o fator de correção (F.C.) para que não ocorra uma
distorção no quantitativo de peças.

Depois de levantadas as metragens lineares, multiplicamos pelo consumo específico de cada peça, obtendo
assim a quantidade de peças a ser consumida.

Este esquema de estudo das quantidades é muito prático e auxilia na hora de adquirir o produto.

Pendural: Peça vertical da Tesoura. Recebe as cargas das peças diagonais.

Diagonal: Tem esse nome devido a sua posição diagonal na Tesoura. Responsável por receber as cargas das
terças.

Terças: Peças que estão posionadas na longitudinal dos telhados. Responsável por unir as Tesouras do
telhado e por receber a carga dos caibros e distribuir para as Tesouras.

Caibros: Tem a posição transversal em todo o telhado. Responsável por receber as cargas das ripas e
transferir para as terças.

Ripas: Tem a posição longitudinal nos telhados, como as terças. Nas ripas que são apoiadas as telhas
cerâmicas. São responsáveis, também, por transferir a carga (peso) das telhas e transferir para os caibros.

Chapuz ou Calço: Responsável por travar as Terças nas Diagonais.


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Linha: Peça inferior da Tesoura. Tem a função de distribuir as cargas da tesoura para a viga ou pilar ou peça
estrutural que ela estiver apoiada.

Cumeeira: Parte superior do telhado. É o divisor de águas do telhado. A telha que vai sobre a cumeeira é
chamada de Selote.

Rincão: Quando duas águas do telhado se encontram em uma parte baixa, chama-se rincão ou água
furtada. Essas águas estão sempre perpendiculares uma com a outra, ou seja, estão a 90° uma com a outra.

Beiral: Parte do telhado que se projeta além das paredes externas da edificação (casa, prédio, edícula, área
pra churrasqueira, etc).

Testeira: Acabamento do telhado em madeira, geralmente peça com 15cm de largura.

http://estruturasdemadeira.blogspot.com.br/2012/05/pre-dimensionamento-de-vigas-de-madeira.html

EXERCíCIOS5.1

1) Informe o número de telhas (mediterrâneas m14) necessário para revestir o telhado dessa casa,
considerando um beiral de 0,50m e uma inclinação de 30%.

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2) Informe o número de telhas(brasilit) necessário para revestir o telhado dessa casa, considerando um
beiral de 0,40m e uma inclinação de 23%.

Telha Brasilit Brasiflex – 2,44 x 1,10 metros

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VOCÊ SABIA?

A maioria dos tetos planos são escuros e refletem só até 20% da luz solar. Pintados de branco ou outra cor
clara, com reflexão de 0,60 ou mais, os efeitos da incidência solar diminuiriam. Cada 100 m2 pintados
compensam 10 t de emissão de CO2.
É recomendável que tetos planos sejam pintados de branco e os inclinados com cores frias.
Permanentemente aumentando a reflexão solar de tetos e pavimentos em todo o mundo pode gerar uma
compensação equivalente à emissão de 11 bilhões de carros por ano. Isto significa tirar das ruas cerca de
600 milhões de carros por 18 anos.
Há uma campanha internacional para a utilização de materiais reflexivos na construção e reforma de tetos
em regiões temperadas e tropicais.
Os tetos frios: reduzem o uso de ar-condicionado e aumentam o conforto das construções sem estes;
combatem as ilhas de calor no verão nas cidades, melhorando a qualidade do ar , o conforto do ambiente
urbano e reduzem a temperatura global.

Adaptado do site do Green Building Council Brasil

PERDAS DE INSUMOS

Durante a orçamentação, é necessário que o construtor leve em consideração as perdas de material que
inevitavelmente acontecem. Essas perdas têm diversas origens e só podem ser combatidas ou controladas
até certo limite. Infelizmente, apesar de valores elevados de desperdício, é comum entre as empresas
considerar normais esses índices, devido à cultura de que eles fazem parte do processo construtivo.

Causas causadoras de desperdício:

1) Carga e descarga malfeita;

2) Armazenamento impróprio;

3) Manuseio e transporte impróprio;

4) Furto.

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DIFERENÇA ENTRE FURTO E ROUBO

Quando um ladrão toma algo que pertence a outra pessoa sem estabelecer contato com ela, comete furto.
Se houver contato com a vítima, violência ou ameaça, é roubo. Assalto é um termo que não existe no
direito, mas equivale ao roubo. Quando alguém entra numa casa vazia sem que os donos estejam lá dentro
e leva bens de valor, configura-se um furto. O roubo, por sua vez, aconteceria se o ladrão invadisse a casa,
encontrasse os moradores e os ameaçasse para levar seus bens.

Logo, furto é a subtração de um bem sem o uso de força. Enquanto roubo é a subtração de um bem,
mediante o uso de força ou violência.

Ao analisar as nossas situações específicas no canteiro de obras, poderemos caracterizar como furto e não
roubo.

EXERCíCIOS5.2

1) Supondo que você precise utilizar 1200m² de cerâmica, considerando as perdas, quantas cerâmicas
serão adquiridas?

2) Supondo que você precise utilizar 800m² de cerâmica, considerando as perdas, quantas cerâmicas serão
adquiridas?

3) Supondo que você precise utilizar 22m² de cerâmica, considerando as perdas, quantas cerâmicas serão
adquiridas?

4) Supondo que você precise utilizar 300m² de aço, considerando as perdas, quantos m² de aço serão
adquiridos?

5) Supondo que você precise utilizar 120m² de aço, considerando as perdas, quantos m² de aço serão
adquiridos?

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INÍCIO DO CANTEIRO DE OBRAS

Já tivemos uma noção da estrutura geral dos componentes que irão compor o nosso projeto. Já vimos do
assentamento do piso a estrutura da coberta.

Faremos agora um check-list de tudo o que precisamos desde o início da obra até a etapa final, analisando
cada um dos momentos. A medida que formos citando os exemplos, você deverá ir realizando as etapas em
um projeto de sua escolha e ir desenvolvendo o mesmo em sala de aula com o seu professor.

PROJETO ARQUITETÔNICO

O projeto arquitetônico é a base do projeto, a obra só poderá começar depois de definido todas as
diretrizes do mesmo e aprovado pelo cliente.

Obviamente, modificações surgem ao longo da execução, porém, após definido com o cliente a base do
desenvolvimento do projeto, não deverá ser modificada.

1ºPasso: Para realizar o projeto arquitetônico, primeiramente você deverá conhecer o local, realizar um
croqui do mesmo e colocar a sua representação no CAD.

Obs: Pergunte ao seu cliente se o mesmo já possui a planta baixa do seu projeto, ou se a administradora do
prédio possui a planta dos pavimentos. Geralmente os novos empresariais possuem as plantas dos
pavimentos com as suas respectivas salas.

Observe o projeto acima, ele representa um consultório odontológico com duas salas de atendimento, uma
sala de planejamento e uma de esterilização.

Em nosso projeto, as cotas do mesmo estão representadas em (mm), a unidade padrão de projeto
arquitetônico será (m), porém, certas vezes em projetos de interiores é comum mudarmos a unidade de
cotagem para trazer maior precisão no dimensionamento e espaçamento dos móveis que utilizaremos em
nosso projeto.
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PROJETO DE SISTEMAS (ELÉTRICA+HIDRÁULICA+AR-COND)

1ºPasso: Após a definição junto ao seu cliente de todo o dimensionamento físico do nosso projeto,
precisaremos delimitar os sistemas elétricos, hidráulico e de ar-condicionado do mesmo.

Fique atento, muitos dos empresariais modernos possuem uma estrutura de piso elevada, onde se
distanciam cerca de 40cm da laje e com isso, teremos um shaft por de baixo de toda a edificação.

Teremos vantagens e desvantagens quando trabalhamos com esse tipo de instalação. Por exemplo, caso
seja necessário realizar algum reparo, precisaremos quebrar todo o piso que lá se encontra, desaparafusar
as placas e realizar o reparo na instalação.

Uma outra opção se encontra na utilização de piso vinílico, é feito de PVC e minerais e pode ser aplicado
em ambientes fechados e cobertos, de casas, escritórios e ambientes corporativos. A instalação é muito
simples e pode ser feita direto sobre o piso antigo, com algumas condições. Este deve estar seco, limpo e
firme e não pode ser feito de madeira. Caso seja, ele deve ser trocado, já que a madeira desprende um
líquido que pode manchar o piso vinílico.

Além de isolamento acústico, térmico e elétrico, o piso vinílico é antialérgico e fácil de limpar, pode ser
usado um pano úmido com água e sabão.

O único detalhe desse piso, é que ele não poderá ser aplicado por qualquer profissional, é interessante que
você procure pessoas capacitadas e especializadas para sua aplicação. Fique atento a mais um detalhe, caso
você deseje utilizar esse piso, ele deverá ser a última atividade de sua execução, visto a sua fragilidade.

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Obs: Fique atento a mais um detalhe, as plataformas elevadas são compostas por um metal que não
poderá entrar em contato com a argamassa, logo, não será possível o assentamento de piso cerâmico
sobre essa estrutura.

PROJETO ELÉTRICO

Para que o nosso projeto possa começar e fluir tranquilamente, precisaremos de energia. Caso você esteja
começando um projeto do zero, você encontrará o seguinte problema. A falta do contador de energia em
seu projeto, logo, será necessário que você realize o requerimento na rede concessionária de energia.

Para realizar o requerimento do seu contador de energia é simples, vá até um dos postos da rede
concessionária localizados pela cidade, portando xerox da identidade e cpf e cópia do contrato de locação
do imóvel. Chegando lá, você deverá realizar o preenchimento de um formulário, com o endereço do
imóvel e coisas desse tipo, uma informação importante que você deverá informar será sobre o tipo de
instalação, caso você esteja realizando um projeto comercial você deverá solicitar uma rede trifásica, se for
um projeto residencial, solicite uma rede monofásica.

A rede concessionária lhe dará um prazo de cerca de 10 dias úteis para instalação do seu contador. Fique
atento, caso você deseje um prazo menor, você poderá solicitar em caráter de urgência na hora da
solicitação e pagar uma pequena taxa, com isso, o seu prazo será reduzido.

Enquanto o seu contador não chega e você fica impossibilitado de realizar grandes coisas em seu projeto,
você deve se concentrar em terminar de desenvolver o seu projeto elétrico e hidráulico.

Converse com o seu cliente e fique atento as necessidades dos mesmos, aonde serão necessários os pontos
elétricos para o bom funcionamento de sua edificação.

Além das demandas demonstradas pelo seu cliente, será necessário que você conheça sobre o
dimensionamento de tomadas e iluminações que deveram compor o seu projeto, sobre elas teremos a
NBR5410 determinando toda a sua formatação.

NBR 5410

A NBR 5410, será a responsável pelo dimensionamento dos circuitos elétricos de baixa tensão. Daremos
agora as principais dicas de dimensionamento, para que você possa dimensionar o seu projeto elétrico.

Como gestor de projetos é fundamental, primeiramente que você conheça sobre os principais símbolos
utilizados nos projetos elétricos. No exemplo abaixo, estamos representando a disposição apenas das
tomadas que irão compor o seu projeto.

Fique atento a um detalhe, as simbologias mais conhecidas dos projetos elétricos serão representadas
através da NBR5444, porém não existe uma obrigatoriedade para a representação dessas simbologias, o
mais importante está na construção e inserção do quadro de legendas na mesma prancha de apresentação
do seu projeto.

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TOMADAS

As tomadas são fundamentais em qualquer tipo de edificação, realizar um projeto e inserir poucas tomadas
nos ambientes representará futuras dores de cabeça para a ligação dos aparelhos dos seus clientes. Por
isso, a NBR determina o número mínimo de tomadas por ambiente e por tipo de ambiente.

ÁREA ENXUTA

Para realizar o dimensionamento das tomadas é simples, basta pegar o perímetro da edificação e dividir
por uma constante. Tomemos como exemplo uma sala de estar, cujo o perímetro é de 15m em seguida
basta realizar a divisão por 5 valor constante e encontrar o número mínimo de tomadas para essa sala.

NºT.U.G = 15 / 5 = 3

Fique atento, esse valor encontrado, será um valor mínimo de tomadas. Normalmente inserimos em um
projeto mais pontos do que esse valor estipulado pela norma em consonância com as necessidades
específicas dos clientes.

As construtoras entregam os apartamentos novos com exatamente o valor mínimo estipulado pela norma,
caso o cliente deseje inserir mais pontos, normalmente é vendido à parte pela própria construtora no
período de acabamentos.

ÁREA MOLHADA

O dimensionamento do número de tomadas para áreas molhadas diverge um pouco das áreas enxutas, por
exemplo, para dimensionarmos o número de tomadas para uma cozinha com 15m de perímetro,
realizaremos a divisão não por 5, mas agora por 3,5.

NºT.U.G = 15 / 3,5 = 4

Logo, podemos observar que mesmo ambientes com as mesmas dimensões, porém com qualificações
diferentes irão diferencia o número de tomadas que deverão compor o nosso projeto.

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TOMADAS (T.U.G X T.U.E)

Já aprendemos a realizar o dimensionamento das tomadas que irão compor o nosso projeto, esses pontos
já dimensionados possuem uma característica comum, são tomadas de uso geral, ou melhor conhecidas
como T.U.G. Essas tomadas são os pontos elétricos padrões nas nossas edificações de até 10A, onde será
possível ligar a elas aparelhos eletro-eletrônicos dos mais diversos, como: televisão, liquidificador,
computadores, etc.

Quando trabalhamos com aparelhos de corrente superior a 10A, precisaremos de tomadas específicas. Ou
seja, para ligarmos um ar condicionado, será necessário além de uma tomada exclusiva para o mesmo, uma
fiação também exclusiva e o dispositivo de proteção exclusivo (disjuntor).

Logo, tecnicamente encontramos em um projeto elétrico dois tipos de tomadas: A de uso geral e as de uso
específico. As de uso geral podem ligar aparelhos dos mais diversos, enquanto as de uso específico são
exclusivas dos aparelhos com potências elevadas.

DIMENSIONAMENTO DAS TUES

Para o dimensionamento do número de TUES não será utilizado nenhuma


operação matemática. A norma estabelece apenas que a quantidade de TUES
será diretamente proporcional a demanda do cliente em específico.

Tomemos como exemplo um apartamento com 4 suítes, onde cada uma delas
possua um ar-condicionado. O projetista, em conjunto com o cliente deve definir
esses detalhes previamente e dimensionar toda a fiação e os dispositivos de
manobra que irão realizar a segurança dos circuitos individualmente.

ILUMINAÇÃO

Após dimensionarmos o número de tomadas para a nossa edificação, será necessário a realização do
projeto luminotécnico. Geralmente esse projeto fica à cabo do arquiteto ou do designer de interiores.
Porém, o gestor de projetos precisa conhecer o que a NBR fala sobre o dimensionamento mínimo de
potência para iluminação de um ambiente.

Para o dimensionamento da potência mínima necessária para iluminação ambiente é necessário


determinar a área do ambiente. Em seguida, basta aplicar a seguinte função matemática e encontrar a
potência necessária para iluminar o ambiente, fique atento ao exemplo abaixo.

Em uma sala com 18m² o dimensionamento é feito da seguinte forma.

O valor da área será fracionado em segmentos de 4m², porém a primeira fração desse valor deverá ser de
6m². Ao final precisaremos encontrar o valor total da área.

Fique atento, valores menores do que 4m² serão desconsiderados.

18m² = 6m² + 4m² + 4m² + 4m²

Após realizar o fracionamento do valor o dimensionamento da potência é simples. 6m² representa 60W e
4m² representa 40W. Agora é simples, basta somar todos os segmentos com as suas respectivas potências.
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18m² = 6m² + 4m² + 4m² + 4m²

60W + 40W + 40W + 40W = 180W

Após delimitar o valor da potência total necessária, basta que você agora defina em seu projeto como será
a disposição de sua iluminação se teremos 3 lâmpadas de 60 ou 2 lâmpadas de 100. O importante aqui é
ter no mínimo 180W.

EXERCÍCIO

Utilizando os seus conhecimentos já adquiridos, realize o dimensionamento das tomadas de uso geral e da
iluminação que será utilizada no seguinte projeto abaixo.

Ao finalizar, não esqueça de realizar o quadro de legendas para indicar o significado dos seus pontos
elétricos.

Obs: Os pontos elétricos dentro do projeto não possuem uma simbologia obrigatória, a NBR5444, sugere
alguns modelos gráficos, porém a obrigatoriedade se encontra na existência da presença do quadro de
legendas.

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DIMENSIONAMENTO DE DISJUNTORES

Após realizar o dimensionamento das cargas do seu projeto se faz necessário o dimensionamento dos
circuitos de proteção.

O disjuntor possui como finalidade proteger o circuito elétrico de sobrecargas, excesso de corrente e curto
circuitos. Esse dispositivo é encontrado com facilidade para aquisição no comércio e será fundamental para
proteção do circuito elétrico de sua edificação.

Para realizar o dimensionamento da corrente necessária para o seu disjuntor é simples. Basta recorrermos
a fórmula: I = P/V

Onde: I = Corrente Elétrica (AMPÉRE);

P = Potência Elétrica (WATTS);

V = Tensão Elétrica (VOLTS).

Para exemplificar o dimensionamento, vamos a um exemplo prático para facilitar a nossa vida. Supondo
que você deseje instalar em sua residência um disjuntor de 4400W onde o mesmo está ligado em uma
tomada de 220V. Qual será o disjuntor necessário para a proteção do seu circuito elétrico?

A resposta para essa situação é simples, basta aplicar as nossas grandezas a fórmula da corrente elétrica.

I = 4400 / 220 = 20Ampéres


Após delimitarmos a corrente que está circulando pelos nossos circuitos, nos resta um último detalhe,
acrescentar uma margem de tolerância para a atuação do nosso disjuntor. Geralmente trabalhamos com
uma margem de 30%. Logo, basta acrescer ao valor encontrado + 30% ou simplesmente multiplicar por 1,3
que encontraremos o mesmo resultado.

I = 20A x 1,3 = 26A


Encontrado o valor respectivo ao seu disjuntor você precisa adequar o valor encontrado aos valores que
encontramos no comércio disponível. Por exemplo, os disjuntores disponíveis variam seu valor de 5 em 5.
Por exemplo, teremos disjuntores de: 5,10,15,20,25,30,35,40,45.... Com o valor encontrado a partir do
dimensionamento foi 26, será aconselhável inserir um de 30A.

PREVISÃO DE DISJUNTORES NO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

O quadro de distribuição será o local onde os disjuntores deverão estar devidamente instalados.
Atualmente a NBR5410, prevê que o circuito de iluminação e de T.U.G devem estar ligados separadamente,
ou seja, devem possuir disjuntores independentes. Além deles, as T.U.E também devem possuir um circuito
independente, como já vimos no decorrer do curso.

Os quadros de distribuição atualmente são feitos de PVC, não se utiliza mais quadros metálicos, pois eles
enferrujam e podem ocasionar curto nos circuitos elétricos.

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Observe a foto do quadro de distribuição abaixo. Além dos disjuntores, temos mais alguns elementos que
você precisa conhecer para poder inspecionar o momento de sua confecção pelo eletricista.

As chapas metálicas que estão demarcadas com um retângulo vermelho, são representados pelo
barramento. O barramento possui como finalidade ser um dispositivo de propagação comum e evitar
emenda nos fios. Por exemplo, o fio do neutro será posicionado no barramento, consequentemente toda a
chapa metálica se tornará em uma continuidade do fio neutro, em seguida, todos os condutores neutro do
circuito serão conectados ao barramento. A mesma lógica ocorrerá para o barramento do Terra,
posicionado no lado oposto.

Nos projetos de instalações elétricas é necessário que o projetista também efetue uma previsão de
aumento de carga devido às ampliações futuras na instalação. A Norma NBR 5410:2004 define que deverá
ser prevista nos quadros de distribuição, uma capacidade de reserva (espaço), que permita às ampliações
futuras da instalação elétrica interna, compatível com a quantidade e tipo de circuitos efetivamente
previstos no projeto atual.

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DISJUNTOR X DR X DPS

Dentre os dispositivos de proteção do quadro de distribuição o mais


conhecido, com certeza é o disjuntor. Porém além dele, teremos mais
dois dispositivos que são obrigatórios para proteção do circuito elétrico.

Além do disjuntor, teremos o DR e o DPS. Vamos por partes, analisar a


finalidade de cada um deles.

Enquanto o disjuntor protege o circuito elétrico de curto, sobrecarga e


excesso de corrente o DR terá como finaldiade proteger o usuário, contra
correntes de fuga, ou seja, choque elétrico.

O DR, diferentemente do disjuntor que protege o circuito, tem como


função proteger os usuários. Caso algum indivíduo, usuário do circuito elétrico venha a levar um choque, o
DR entra em ação e abre o circuito, impedindo a continuação do choque elétrico.

Na prática o DR difere do disjuntor não apenas em sua atuação, mas


também na sua estrutura física, enquanto o disjuntor apenas será ligado na
fase do circuito, o DR será ligado entre fase e neutro.

O DPS diferere ainda mais dos outros dois, ele atuará protegendo o circuito
elétrico de sobre tensões. Por exemplo, o circuito elétrico monofásico será
alimentando pela rede concessionária com 220V, em casos de sobretensão,
que podem ocorrer em dias com grande incidência de descargas
atmosféricas o dispositivo responsável pela proteção do circuito será o DPS
(dispositivo de proteção contra surto elétrico).

Observe o corpo do DPS, ele possui um LED que indicará quando o mesmo
apresentar falha e deverá ser substituido.

O DPS é obrigatório e deverá ser ligado entre Fase e Terra e Neutro e Terra. Caso você possua um circuito
trifásico, você deverá possuir um DPS em cada linha de fase.

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Para o dimensionamento do DPS e a sua aquisição, não será necessário a especificação da corrente, mas
sim o valor de sobretensão, geralmente 25% maior do que o valor da tensão eficaz da rede elétrica. Por
exemplo, a rede elétrica possui tensão eficaz de 220V + 25% = 275V.

EXERCÍCIO

1) Realize o dimensionamento para um disjuntor blindado de 6600W, submetido a uma tensão de 220V.

2) Informe a diferença na atuação do disjuntor para o DR.

3) Qual a finalidade do DPS e como o mesmo deverá ser ligado?

PROJETO HIDRÁULICO

Definido os detalhes do projeto elétrico, precisamos agora realizar a delimitação do projeto hidráulico.
Normalmente os clientes não possuem nenhum conhecimento de hidráulica. Porém, eles já possuem em
mente os pontos de hidráulica que necessitam e você como gestor no projeto terá que fazer a interligação
desses pontos necessários dentro do projeto hidráulico em contato com o seu mestre de obras e as
especificações do local aonde será executado.

1ºPasso: Considerando que o nosso projeto se passa numa sala empresarial, é fundamental que você possa
estar comparecendo no local com antecedência e entrando em contato com o setor de engenharia do
edifício. Como experiência já posso lhe garantir que eles não lhe passaram nenhum projeto hidráulico da
sala, então uma saída está em pedir o auxílio da equipe de manutenção do prédio para lhe informar sobre
aonde poderemos pegar os pontos de água fria, esgoto e por onde irão passar as tubulações do ar-
condicionado.

NOÇÃO BÁSICA DE HIDRÁULICA

Dentro de um projeto hidráulico simples você precisa conhecer sobre os tipos de instalações que precisam
estar bem definidas em uma edificação. Se você não tem nenhum conhecimento em hidráulica, lhe
aconselho a fazer o curso de projetos hidráulicos, ele é fundamental para lhe dar uma ideia do macro e do
específico dentro de uma obra de pequeno a grande porte.

Hidráulica é relativamente simples. Em uma edificação como a que


estamos analisando, a construtora já deverá ter deixado os pontos
de água fria e esgoto instalados nos banheiros, pois, normalmente
as construtoras entregam os banheiros instalados.

Água fria – Essa água será a nossa água potável que vem
diretamente do reservatório superior da edificação, própria para
consumo e que deve ser direcionada para todos os pontos da
edificação.

Esgoto (Água Suja) – Através da tubulação de esgoto realizaremos o


direcionamento de todos os dejetos de nossos pontos hidráulicos.

Para uma compreensão mais clara, observe o exemplo de uma pia.

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Observe que para ligação da pia são necessárias duas tubulações distintas, uma responsável por trazer a
água potável (água fria) diretamente a torneira e outra tubulação que será responsável por evacuar a água
proveniente dos dejetos.

2ºPasso: Por isso, antes de começar o “quebra quebra” do seu projeto, pergunte a administração do prédio
aonde está a entra de água fria para que você possa por meio de conexões deslocar a água para os pontos
necessários e aonde se encontra o esgoto para direcionar os seus dejetos.

Aqui vai uma dica para facilitar a identificação, a tubulação de água fria possui uma bitola menor que a do
esgoto e a sua cor também é diferente, enquanto a de água potável será da cor marrom a de esgoto será
branca.

ESPECIFICAÇÕES DENTRO DO PROJETO

Fique atento, ao projeto arquitetônico ele sempre será o seu guia para os acertos dos detalhes. Observe o
projeto abaixo, podemos citar os seguintes pontos que precisaremos água e esgoto.

Precisaremos dos pontos hidráulicos no banheiro e também nas cadeiras odontológicas. Essas cadeiras
possuem um detalhe, elas precisaram além da ligação de água e esgoto, uma ligação de gás com a
mangueira do compressor, que deverá ser de cobre e é feita da mesma forma que a instalação de ar
condiconado.

Aqui vai uma dica bem importante, aparelhos que possuem ligações extremamente específicas é
fundamental que você entre em contato com as empresas especializadas nas instalações desses aparelhos,
para que você possa dimensionar as bitolas corretas, conexões e descobrir a melhor metodologia para
ligação dos dispositivos.

VAI PARA A LAJE

Observe o projeto acima, não temos aqui um projeto hidráulico com as suas especificações técnicas
obviamente, porém através das duas linhas podemos identificar dois tipos de instalações para as cadeiras

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odontológicas.

A linha em azul está representando a tubulação de água fria, enquanto a tubulação preta está
representando a tubulação para o compressor (cobre), estão sendo direcionadas para uma tubulação que
irá direcionar até a laje externa aonde estarão posicionados os compressores das cadeiras.

DETALHES TÉCNICOS

Em projetos de empresarias com piso elevado, se faz necessário criar uma piscina embaixo dos pontos de
água de 2.00 x 2.00. Essa piscina será feita com alvenaria e se possível com argamassa pronta para evitar a
sujeira e aumentar a agilidade da construção.

COMPRA DE MATERIAIS

Fique atento ao processo de aquisição de materiais, grande parte deles poderá ser adquirido em grandes
lojas de construção civil, porém, materiais específicos como: Vidro, Madeira, Forra para Portas, Mármore e
Granito, terão que ser adquiridos em outros estabelecimentos específicos.

Importantíssimo: Se você não possui um local para armazenamento desses materiais, como um
almoxarifado, não adianta colocar o carro na frente dos bois, no desenvolvimento de sua obra, você poderá
solicitar, fique atento apenas ao prazo que cada um de seus fornecedores estabelece. Caso você seja um
marinheiro de primeira viagem, vale à pena ligar, realizar a cotação dos valores e perguntar sobre os prazos
de entrega. Uma dica prática, some ao prazo fornecido pela empresa mais dois ou três dias, dessa forma,
nem você, nem o seu cliente ficarão tão ansiosos e preocupados com a chegada do material e você poderá
trabalhar mais tranquilamente.

LEVANTANDO AS PAREDES

As paredes que irão compor o nosso projeto podem ser construídas de diversos materiais. Poderemos
utilizar o gesso acartonado para as paredes de Dry Wall, também teremos o gesso comum e a alvenaria
(tijolos) como terceira opção.

Fique atento, a escolha do material que irá constituir a sua parede será do projetista, logo, você deve
conhecer sobre esses três materiais a diferença entre cada um deles e os pontos positivos e negativos para
a adequação no seu projeto.

Analisaremos agora, um por um.

ALVENARIA

A Alvenaria é a construção de estruturas e de paredes utilizando unidades unidas entre si por argamassa.
Estas unidades podem ser blocos (de cerâmica, de vidro ou de concreto e pedras).

A mais comum entre os três tipos de materiais citados, normalmente utilizada para construção de
ambientes externos, visto a sua maior força e resiliência. Para ambientes internos, você deverá optar por
uma das opções abaixo.

GESSO

O gesso comum é o mais conhecido, mas também o mais trabalhoso. Ele precisa de alinhamento e de ser
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plumado. Além disso, ele corre o risco de mofar e não aguenta tanto peso. Mas em compensação é em
torno de 50% mais barato que o drywall.

Cada vez mais as empresas estão abandonando o gesso e optando por trabalharem somente com o
drywall. Isso é ótimo para a gente pois com mais concorrência no mercado, o preço tende a cair.

Na minha opinião o drywall possui uma infinidade de vantagens, pois é bem mais rápido e prático de
instalar e quase não faz a sujeira. A resistência à umidade é muito maior, embora também corra o risco de
mofar. Mas como disse acima ele é mais caro, pois além de toda a estrutura é necessário utilizar perfil,
montante, parafusos, fita, etc para a instalação.

DRY WALL

É uma placa de gesso revestida de papel acartonado. O forro de gesso acartonado é constituído por chapas
parafusadas em uma ou duas estruturas metálicas que permitem configurar o forro para as exigências ou
necessidades de cada ambiente. O gesso acartonado evita os problemas de trinca e amarelamento muito
comum no gesso convencional e pode ser aplicado em qualquer área independente da dimensão.

O uso do gesso acartonado (drywall) proporciona ganho de área útil por ter espessura fina, é um sistema de
construção seca, fácil de montar e desmontar, além disso, o sistema drywall é mais inteligente na hora de
se fazer instalações elétricas e hidráulicas.

Ele ainda permite isolamento acústico e conforto térmico. O isolamento acústico do drywall já é utilizado
nas melhores casas de shows e cinemas do país e a proteção sonora é, no mínimo, igual às paredes
convencionais. Dependendo das especificações pode tornar-se muito superior. Com relação ao conforto
térmico, as propriedades das chapas de gesso contribuem para regular e estabilizar a temperatura. Mais
fresco no verão e mais aquecido no inverno.

Essa imagem demonstra uma típica edificação em Dry-Wall. As linhas brancas que separam as placas são
bem características. Fique atento, caso um ponto elétrico tenha sido posicionado em cima de uma linha
dessa ele deverá ser deslocado, visto que, elas compõem os trilhos de sustentação das placas.

EXERCÍCIO TEÓRICO

1.Qual a finalidade do projeto arquitetônico?

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2.O que é um shaft? Qual a sua finalidade?

3.Qual a importância do quadro de legendas no projeto elétrico?

4.Informe a distinção no dimensionamento das tomadas para as áreas enxutas e as áreas molhadas.

5.Como serão realizados o dimensionamento das TUES?

6.Qual a diferença na atuação do disjuntor, DR e DPS?

7.Informe os três tipos de pontos de água em um projeto hidráulico.

8.Qual a diferença entre o gesso tradicional e o dry wall? Qual você utilizaria em seu projeto e por quê?

A PALAVRA CHAVE É A TERCEIRIZAÇÃO

Atualmente, com o mercado cada vez mais competitivo é extremamente difícil encontrar aquele
profissional que seja qualificado em diversos setores. Por isso, quanto mais profissionais qualificados de
diversas áreas você tiver, mais rápido ocorrerá a sua obra. Aqui abaixo colocaremos uma listagem de
profissionais que você deverá conhecer:

1) Mestre de Obras =

2) Gesseiro =

3) Eletricista =

4) Encanador =

5) Téc. Ar – Condicionado =

6) Azulejista =

7) Mármore =

8) Vidro =

9) Madeira (marceneiro) =

10) Acabamento (pintura) =

11) Limpeza =

Obs – Fique atento, embora alguns desses terceirizados realizem mais de um serviço, é importante
que você defina o seu orçamento por etapas. Exemplo, mesmo que o mestre de obras possa
realizar o papel do azulejista, defina com ele sobre essa atividade no momento da aplicação dos
azulejos, dessa forma, o seu orçamento ficará sobre controle e você evitará os conhecidos
“complementos” que são os serviços realizados a mais que na hora do pagamento, podem fugir do
seu controle.

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DEFININDO UM CRONOGRAMA

Após termos realizado um estudo da nossa obra de maneira “macro”, vamos colocar no papel e definir o
nosso cronograma. Para a definição de um cronograma, precisaremos respeitar algumas etapas e seguir
algumas metodologias, seja criterioso e lembre-se, você trabalhará com seres humanos. Logo, eles
adoecem, faltam, engravidam, fazem aniversário, o calendário possui feriados e ainda ocorrem demais
imprevistos como o atraso na entrega de materiais, falta de energia e acidentes na logística. Esses são
apenas alguns imprevistos que podem e vão ocorrer para atrapalhar o desenvolvimento de sua obra. Por
isso, todo cuidado é pouco.

Um cronograma bem elaborado é fundamental para atender os prazos, controlar o financeiro, programar
compras, gerir e contratar mão-de-obra e prevenir conflitos entre atividades. Por esses motivos grandes
obras contam com equipes de engenheiros de planejamento controlando a execução de toda construção.

Estudaremos agora os 4 passos para elaborar cronogramas de obras de forma completa e eficiente, que
pode ser usado tanto em pequenas reformas como em grandes edifícios. São eles:

 Definir as Atividades;

 Sequenciar as Atividades;

 Estimar as Durações das Atividades;

 Desenvolver o Cronograma.

1.DEFINIR AS ATIVIDADES

Nesta etapa seu objetivo é construir a chamada Estrutura Analítica do Projeto (EAP) ou, do inglês, Work
Breakdown Structure (WBS), que nada mais é do que a listagem de todas as atividades necessárias para
entregar o projeto finalizado.

Aqui, o significado de “atividade” tem o conceito de pacote de trabalho que utiliza os mesmos insumos e
serviços profissionais. Mas não existe uma regra, você pode simplificar resumindo as atividades (por
exemplo: uma atividade chamada “Fundações”) ou detalhando (exemplo: “perfuração de estacas”,
“armação de estacas”, “concretagem de estacas”). O ideal é quebrar em itens que facilite o seu controle. Se
uma atividade ocorre no mesmo dia, como armação e concretagem de estaca, será que vale a pena
separar?

Não se preocupe com a relação do que vem antes ou depois, o importante neste passo é garantir que a
lista esteja completa.

Utilize as seguintes técnicas para elaborar a EAP e garantir que você não se esqueceu de nada:

 Analise todo o escopo das plantas disponíveis (projeto de arquitetura, estrutural, elétrico,
hidráulico, drenagem, etc.) e do orçamento da obra;

 Faça o desdobramento ou decomposição de alguns itens: ex. Piscina > você pode quebrar em
Escavação + Fundações + Alvenaria + Impermeabilização + Revestimentos Cerâmicos + Instalações
Hidráulicas + Iluminação;
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 Utilize padrões, modelos ou templates de outros projetos semelhantes já executados;

 Sempre consulte a opinião especializada de profissionais com mais experiência.

 Uma outra técnica que eu utilizo é a do “O QUE? + ONDE?”. Por exemplo, num edifício residencial,
temos o serviço de alvenaria ocorrendo em vários locais. Então procure quebrar a etapa de
“Alvenaria” em atividades menores como “Alvenaria do Térreo”, “Alvenaria do 1º Pavimento”,
“Alvenaria do 2º Pavimento”.

Dica: Se você está sem criatividade, entre no site da Editora Pini (www.piniweb.com.br) e pesquise por
“orçamento detalhado”. Você terá acesso a inúmeros orçamentos de diversos tipos de obras (casas,
edifícios residenciais, comerciais, galpões, etc.) com a lista e custos de cada etapa.

PLANILHA DE EAP (ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO)

Estamos disponibilizando no leiautdicas, uma planilha de EAP, o que lhe ajudará a atualizar as suas
atividades e definir o cronograma de atividades juntamente com o físico financeiro.

2.SEQUENCIAR AS ATIVIDADES

Uma vez listadas todas as atividades necessárias para a conclusão da obra, você precisa definir o
relacionamento entre as atividades, isto é, qual atividade ocorre depois de outra.

A determinação da dependência é fundamental e exige conhecimento técnico da execução. Por exemplo,


você precisa ter a alvenaria definida para iniciar a instalação elétrica.

Nessa etapa, você deve indicar as precedências de cada item da EAP. Dá-se o nome de predecessoras as
etapas anteriores a uma atividade.

Considere nesse processo:

 Ligações finish-to-start (fim com início) quando uma etapa inicia após o fim de outra;

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 Ligações start-to-start (início com início) quando duas etapas devem começar juntas;

 Ligações finish-to-finish (fim com fim) quando duas etapas devem finalizar juntas;

Aplicações de antecipações e atrasos (lags) – por exemplo, a etapa de retirar as escoras da estrutura
geralmente ocorre após 28 dias da concretagem.

Dica: Cuidado com redundâncias: se seu projeto fosse fazer um bolo dividido em 4 etapas – misturar os
ingredientes / bater na batedeira / assar no forno / servir – a etapa “servir” tem a predecessora “assar no
forno” e as outras duas, mas você não precisaria listar essas outras duas etapas. Coloque o mínimo de
predecessoras possível, isto é, sempre as imediatamente anteriores.

Seja cuidadoso com a sobreposição de atividades. A execução do contrapiso ou trabalhos na fachada, por
exemplo, são atividades que exigem interdição. Evitar atividades simultâneas no mesmo ambiente facilita o
controle da mão-de-obra de empreiteiros diferentes, diminuindo confusões como responsabilidade por
danos e sujeira ou roubo de ferramentas.

3.ESTIMAR AS DURAÇÕES DAS ATIVIDADES

Nesse passo, você deve dar o primeiro chute da duração de cada etapa. Digo primeiro porque conforme o
resultado final do cronograma (data de entrega do projeto), você provavelmente terá de fazer ajustes para
que o projeto tenha a duração exata que você precisa. Se você pretende, por exemplo, executar o prédio
em 24 meses e na primeira estimativa resultou em 30 meses, você terá que ajustar as durações das
atividades para se adequar a esta condição.

Você pode estimar as durações por 3 formas:

 Estimativas análogas: em uma obra semelhante, o revestimento de fachada durou 2 meses, logo
adotarei 2 meses na minha obra;

 Estimativas paramétricas: o piso cerâmico do apartamento de 100 m² foi feito em 5 dias, logo, no
apartamento de 60 m² vou adotar 3 dias.

 Opinião especializada: consultei um engenheiro de fundações e ele estimou que as sapatas levarão
20 dias úteis para serem executadas.

Sempre considere os recursos das atividades. Você pode ter alguns fatores limitantes como: dinheiro,
disponibilidade de caminhões betoneiras, quantidade de mão-de-obra. Todos esses itens podem impor
restrições ao prazo que você está estimando.

Atividades de campo, devem ser planejadas em conjunto. O gestor de projetos deve ficar próximo e atento
as informações do mestre de obras, do técnico responsável e dos especialistas para a realização das
atividades, não adianta inserir em seu cronograma uma data que não poderá ser cumprida em sua
plenitude.

Obs: Em obras menores, é bastante comum que o gestor de projetos, tenha um contato muito grande com
o proprietário (contratante) e por isso tenha que passar de maneira constante o feedback das atividades
que estejam ocorrendo durante o decorrer da obra. Em uma situação como essa, é importante que você
não informe os prazos que as empresas lhe fornecem diretamente aos clientes, é recorrente o atraso das
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empresas na entrega dos materiais, por isso, ao informar o prazo é importante que você dê um acréscimo,
como margem de atraso para o seu cronograma. Caso a empresa entregue na data, o seu cliente ficará
satisfeito e caso a empresa atrase, você ainda estará no prazo. Dessa forma, você evitará situações
desagradáveis com o seu cliente.

Fique atento: Mesmo em obras grandes, é comum nos contratos de empreitada uma cláusula que permite
o acesso diário e a qualquer momento dos proprietários para inspeção e acompanhamento da obra.

4.DESENVOLVER O CRONOGRAMA

Tendo em mãos a EAP, as predecessoras e as durações de cada atividade, você tem condições de montar o
cronograma.

Neste passo, praticamente todos os profissionais fazem uso de ferramentas para o desenvolvimento de
cronogramas, como MS Project, Primavera, OpenProj ou mesmo o MS Excel porque mostram graficamente
o sequenciamento das atividades do projeto. Independente de qual software você utilizar, você precisará
dos produtos dos três passos anteriores.

Ao inserir os dados no programa escolhido, ele fornecerá a primeira versão do cronograma da obra. Mas já
vimos que geralmente ele precisará sofrer alguns ajustes, como compressão ou extensão de atividades ou
revisão das predecessoras, caso algum dado tenha sido preenchido incorretamente.

Quando você terminar os ajustes e definir a versão final do cronograma, você terá a “Linha de base do
cronograma” ou “baseline”, isto é, o cronograma de “partida” ou referência para desenvolvimento do
projeto.

O baseline também fornecerá uma informação essencial para você: o caminho crítico. Ele representa a
sequência de atividades que não possuem folgas. Se alguma dessas atividades atrasarem, você atrasará a
obra inteira. Você precisa ter muito cuidado com ele para garantir o prazo de entrega. Por outro lado, você
perceberá que algumas atividades possuem folgas, isto é, elas permitem atrasos sem comprometer a data
de entrega da obra porque são atividades que não estão no caminho crítico.

DOWNLOAD DO OPENPROJ

Se você ainda não adquiriu o Ms Project, acesse o leiautdicas e realize o download do openproj, esse é um
software free que lhe auxiliará, enquanto você migra aos poucos para o Project.

EXERCÍCIO - CRONOGRAMA

Antes de utilizar o openproj, você deverá realizar à mão a montagem do seu cronograma, aqui você não
deverá ainda definir prazos, visto que, as atividades específicas como já cometamos é fundamental que
sejam realizadas em conjunto com os profissionais que irão realiza-las. Mas, o que você deverá realizar aqui
são as especificações das atividades que ocorreram: passo a passo e como as mesmas poderão estar
interligadas entre si, as conhecidas predecessoras.

http://engenheironocanteiro.com.br/cronograma-de-obras/

http://engenheironocanteiro.com.br/openproj-cronograma/

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REVISÃO DO CONTEÚDO

Só para revisar, vamos rever os conceitos aprendidos neste artigo:

 EAP: Estrutura Analítica do Projeto / Work Breakdown Structure / WBS é a lista com todas as
atividades necessárias para executar e finalizar a obra ou projeto;

 Predecessoras: atividades imediatamente anteriores a uma outra atividade;

 Linha de base: ou baseline é o cronograma de “partida” ou referência para desenvolvimento do


projeto;

 Caminho crítico: atividades que não possuem folgas e qualquer atraso compromete a data de
entrega do projeto.

EXERCÍCIO TEÓRICO

1. Quais são os quatro passos para definir um cronograma?

2.O que é a EAP? Qual a sua finalidade?

3.O que são predecessoras e como poderemos definir as mesmas?

4.Informe duas formas que você pode utilizar para estimar a duração de um projeto.

5.O que é a baseline e como ela está relacionada com o caminho crítico?

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6ºAula de Orçamento para Construção Civil

SINOPSE DA AULA

Nesta 6º aula de orçamento para construção civil, você aprenderá a dimensionar os custos diretos e
indiretos de sua obra e transformará o seu valor quantitativo de materiais em custo para o seu
orçamento.

OPEN PROJ

Estudaremos agora o open proj e como realizaremos nessa plataforma o cronograma de nossa obra e a
relação entre as nossas tarefas.

1ºPasso: Ao abrir o open proj, você irá se deparar ao seguinte menu. Selecione a opção Criar projeto.

CLIQUE AQUI

2ºPasso: Observe a opção Novo Projeto, insira aqui o nome do seu projeto, quem será o responsável pela
sua execução (gerente) e caso você deseje inserir alguma nota de observação, realize no espaço abaixo.
Feito isso, clique em Ok.

1ºEDITE AQUI

2ºCLIQUE AQUI

3ºPasso: Com a opção Open Proj aberto, fique atento a sua interface.

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INSERINDO TAREFAS

1ºPasso: Começaremos agora a inserir as tarefas que irão compor as etapas do nosso projeto. Para isso,
siga o exemplo abaixo.

Note que ao definir uma tarefa, simultaneamente aparecerá a opção de duração e início e término da
atividade.

INSIRA AQUI
UMA TAREFA

2ºPasso: Defina como duração dessa tarefa, 5 dias. Observe que ao lado o seu gráfico de gantt será
atualizado com a duração de sua tarefa.

DEFINA AQUI

Fique atento a um detalhe, o open proj sempre definirá a data de início sendo a data atual do seu
computador.

3ºPasso: Em seguida, insira todas as atividades da primeira etapa do nosso projeto.

INSIRA TODAS AS
TAREFAS

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DURAÇÃO

1ºPasso: Precisaremos agora definir a duração de nossas tarefas, como já vimos anteriormente essa etapa
do projeto é fundamental ser realizada juntamente com pessoas mais experientes, para que você não insira
durações que não são reais e o seu projeto não saia da realidade.

DEFINA AQUI

Fique atento a mais um detalhe, ao finalizar uma etapa, deveremos inserir a duração da atividade como
0 dias, instantaneamente a sua atividade modificará no gráfico de gantt e se transformará em um marco.

Os marcos são fundamentais para dividir as etapas de um projeto, por exemplo, em nosso cronograma
definimos o marco início da construção para informar que a etapa da realização dos projetos foi finalizado.

PREDECESSORAS

Após definir as suas tarefas, será fundamental que você informe como as mesmas estarão dispostas entre
si. Através da coluna predecessoras você definirá o vínculo que elas possuirão.

1ºPasso: A tarefa 02 (Projeto Elétrico) apenas poderá ocorrer após a finalização do projeto arquitetônico.
Logo, para criar o vínculo entre elas, basta informar na opção de predecessoras o número da tarefa
anterior.

EDITE AQUI

Observe que ao inserir a tarefa anterior, automaticamente a tarefa 2 ficará vinculada com a mesma de
maneira término-início. A tarefa 2 apenas começará após a finalização da tarefa 1.

2ºPasso: Agora realizaremos o vínculo da tarefa 3, para criar o vínculo de sua tarefa, o ideal é que você
conheça como cada atividade funciona ou se você não possui tanta experiência esteja realizando o
cronograma do seu projeto em conjunto com um cronograma já realizado.

A tarefa 3 projeto hidráulico poderá ser realizada paralelamente com a tarefa de projeto elétrico, o único
requisito dela será a realização após o projeto arquitetônico.

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EDITE AQUI

Observe sempre o seu gráfico de gantt, fique atento ao posicionamento das tarefas. Elas devem seguir a
lógica deseja por você para o decorrer do projeto.

3ºPasso: Chegamos agora a tarefa 4 (Contratação da Equipe de Execução), para ela ocorrer, será necessário
que tenhamos concluídos as tarefas 2 e 3. Logo, você precisará definir essas informações na coluna de
predecessoras.

Observe que para separar as suas atividades predecessoras serão separadas através do “;”

INSIRA AQUI: 2;3

4ºPasso: Realizaremos agora o vínculo entre as tarefas 5,6,7. Todas elas serão vinculadas paralelamente
após a atividade 4 (Contratação da Equipe de Execução).

EDITE AQUI

5ºPasso: Para finalizar e inserir o seu marco, precisamos vincular todas as suas tarefas ao seu marco.

VINCLUE AQUI

Observe que o marco estará vinculado com todas as suas atividades.


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RECURSOS

Agora começaremos a definir os recursos que irão compor o seu projeto. Aqui serão definidos como
Material ou Trabalho.

A opção de material, será utilizada para definir todos os produtos que você utilizará em seu projeto.
Enquanto na opção de trabalho você deverá definir os funcionários que estarão na execução do seu
projeto.

1ºPasso: Selecione a opção Recursos no lado esquerdo e observe que instantaneamente será direcionado
para uma tabela que você deverá cadastrar os seus recursos.

CLIQUE AQUI

2ºPasso: Definiremos agora alguns funcionários e materiais que serão necessários para a realização das
tarefas já dispostas em nosso cronograma.

Observe que ao digitar o nome do seu recurso, precisaremos em seguida o tipo do recurso se material ou
trabalho, em seguida, a opção Grupo você utilizará para definir qual a função do funcionário dentro do
projeto e na opção de Taxa Padrão, será utilizado para definir o valor da sua remuneração por hora.

DEFINA AQUI

Em seguida, desloque a barra de rolagem para o lado direito e observe que teremos a opção Taxa de Hora
Extra, a opção Acumular que será a forma de recebimento do salário se será rateado, no início ou no fim e
também a opção Calendário Base, que falaremos mais adiante.

EDITE AQUI

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2ºPasso: Após definir o seu recurso, selecione a opção Gráfico de Gantt e observe a tabela de recursos.

1ºCLIQUE AQUI

2ºABRA ESSA COLUNA

3ºPasso: Para definir um recurso que está presente em uma tarefa é simples, basta escrever de maneira
literal o nome do recurso que está constituído na planilha de recursos. Instantaneamente ele aparecerá no
seu gráfico de gantt, ao lado de sua tarefa correspondente.

DIGITE AQUI

Fique bem atento a grafia de seu recurso, do contrário o mesmo não será reconhecido e indicará erro no
open proj.

CRIANDO CALENDÁRIOS (ALTERAR PERÍODO DE TRABALHO)

Aprenderemos agora a definir calendários. Através deles será possível definir o horário de trabalho que os
recursos terão dentro do seu projeto. Além disso, é fundamental para que o seu cronograma tenha
sucesso, a definição dos dias não úteis, a exemplo dos feriados e datas comemorativas.

1ºPasso: Para definir os seus calendários, selecione a opção Alterar Período de Trabalho.

CLIQUE AQUI

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2ºPasso: Dê um clique na seguinte seta de opções. Observe que já temos configurado três tipos de
calendário.

Aprenderemos agora a criar calendários personalizados. Fique atento a um detalhe:

Os funcionários dentro de um projeto em grande parte possuem o mesmo calendário (horário de trabalho),
porém é comum que o arquiteto, ou o engenheiro não trabalhem 8horas por dia dedicado a uma única
obra. Ou seja, o horário de trabalho dele é fracionado entre os projetos de sua atuação. Logo, precisaremos
criar dentro do Open Proj os calendários específicos desses funcionários. Do contrário, não será possível ter
um orçamento preciso de sua obra.

O Open Proj definirá o custo de um trabalhador a partir da seguinte relação. Horário de trabalho x Valor
por Hora trabalhada.

3ºPasso: Selecione a opção Novo e em seguida, defina o calendário: Engenheiro e clique em Ok.

2ºEDITE AQUI

3ºCLIQUE AQUI

1ºCLIQUE AQUI
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4ºPasso: Instantaneamente o seu calendário novo será definido.

OBSERVE AQUI

5ºPasso: No nosso exemplo, o engenheiro trabalhar apenas 4 horas nas sextas feiras. Não é possível no
Open Proj realizar a edição na formatação padrão de horário de trabalho.

Logo, você deverá trabalhar com a formatação. Não padrão. Para editar o horário de trabalho. Observe o
projeto abaixo, excluímos o segundo expediente e instantaneamente aquele horário não padrão, ficará
definido no seu calendário como vermelho. Em seguida, clique na próxima data que você deseja editar.

2ºCLIQUE AQUI
E EDITE

1ºCLIQUE NA
DATA

6ºPasso: Deixe o seu projeto da seguinte forma.

Lembrando que, se você não estiver no mês de março. Realize essa atividade no mês que você se
encontra.
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7ºPasso: Realizaremos agora a inserção de alguns feriados em nosso projeto. Para isso, selecione o dia 28 e
29 e selecione a opção Período de folga.

2ºCLIQUE AQUI

1ºCLIQUE AQUI

Observe que os dias de folga também ficarão vermelhos, porém o seu calendário ficará cinza, indicando
que são dias não úteis.

Obs: No caso de um projeto de grande duração será importantíssimo que você defina todo o seu
calendário, todos os dias em que o horário não será o padrão e os dias de folga (feriados e datas
comemorativas).

8ºPasso: Após realizar as edições do seu calendário, clique em Ok.

INSERINDO UM CALENDÁRIO EM UM RECURSO

Após definir o calendário e o recurso que será utilizado em sua tarefa, o programa estará devidamente
alimentado para começar a informar custos relacionados aos seus recursos.

1ºPasso: Retornando ao gráfico de gantt, selecione a opção Recursos.

CLIQUE AQUI

2ºPasso: Na planilha de recursos, selecione a opção calendário base e modifique para a opção Engenheiro,
que foi o calendário criado por você.

2ºCLIQUE AQUI

1ºCLIQUE AQUI

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EXERCÍCIO

Agora é com você, crie o seguinte cronograma para a atividade, projeto e instalação elétrica, de acordo
com os dados informados abaixo.

1.Desenvolvimento de Projeto Elétrico – 2Dias;

2.Compa de Materiais – 1Dia;

3.Instalação das caixas e passagem dos eletrodutos – 3Dias;

4.Instalação do quadro de distribuição e passagem da fiação – 1Dia;

5.Ligação e finalização dos pontos elétricos – 2Dias;

6.Possíveis trocas e acréscimos de pontos – 2Dias;

7.Entrega da instalação – 0Dias (Marco).

Recursos: Aqui você deverá qualificar o tipo de recurso como trabalho ou material e encaixar na sua
planilha de custos.

1.Logística – R$100,00 (transporte);

2.Alimentação – R$200,00;

3.Custos eventuais – R$50,00;

4.Mão de Obra – R$50 x 30(pontos elétricos) = 1500,00

5.Compra de materiais – R$2500,00

Obs: Fique atento, esse é um cronograma bem simples, apenas para que você pratique as suas habilidades
no OpenProj. Em seguida, lhe passaremos um projeto, onde por meio dele você deverá dimensionar os
materiais e inserir os seus valores discriminadamente.

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REDE

Uma outra forma de visualização do seu projeto é no formato de Rede. Através dessa ferramenta, você
poderá visualizar o seu projeto através de blocos e facilitará a apresentação para o seu cliente de todas as
etapas pelos quais o seu projeto irá tramitar.

1ºPasso: Selecione a opção Rede no Open.

CLIQUE AQUI

2ºPasso: Observe as tarefas organizadas através de uma rede de informações. No canto superior direito é
possível realizar através de alguns filtros, identificações de elementos específicos do seu projeto.

OBSERVE AQUI

3ºPasso: Selecione o primeiro campo e selecione a opção Tarefas críticas.

1ºCLIQUE AQUI

2ºCLIQUE AQUI

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Dentro de um projeto com diversas tarefas, teremos tarefas que podem ter algum tipo de atraso,
diferentemente de outras que são indispensáveis para o curso de todo o projeto, essas tarefas
indispensáveis, serão denominadas: tarefas críticas.

4ºPasso: Fique bem atento. Essas são as suas tarefas críticas, se possível. Imprima esse relatório e tenha o
máximo de cuidado com essas tarefas, elas são a chave do sucesso para o seu cronograma.

OBSERVE AQUI

RELATÓRIO

Após organizar todas as suas tarefas, está na hora de visualizar o seu relatório. Aqui você poderá visualizar
quem está realizando o que dentro do seu projeto, o custo pontual e macro do seu projeto e mais alguns
detalhes que fazem a diferença na vida de um gerente de projetos.

1ºPasso: Para termos um relatório com maior complexidade, vamos inserir um pouco mais de informações
em nosso projeto.

Selecione a planilha de recursos e insira os seguintes trabalhadores. 2ºDEFINA OS


RECURSOS

1ºCLIQUE AQUI

2ºPasso: Em seguida, insira os mesmos nas suas respectivas tarefas no gráfico de gantt.

INSIRA AQUI OS
RECURSOS
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3ºPasso: Agora que temos os nossos recursos definidos em nossas tarefas, selecione a opção Relatório.

CLIQUE AQUI

4ºPasso: Observe o seu relatório. Ele lhe informará a data de início e término, a duração de sua obra, a
quantidade de horas trabalhadas, o custo total e mais diversas informações.

Aqui é importante que você conheça os tipos de relatórios que podem ser fornecidos. Selecione a seguinte
seta de opções.

CLIQUE AQUI

Observe as suas opções de relatórios:

1.Project Details – Aqui teremos os detalhes do seu projeto;

2.Resource Information – São as informações dos recursos;

3.Task Information – Informações das tarefas;

4.Who does what – Quem realiza o quê dentro do projeto.


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5ºPasso: Visualize os quatro tipos de relatórios. Em seguida, selecione a opção Save para exportarmos o
nosso arquivo em PDF.

CLIQUE AQUI

6ºPasso: Selecione o local em que você deseja salvar o seu relatório e modifique a extensão do seu arquivo
para pdf. Em seguida, clique em salvar.

OPEN PROJ

Finalizaremos aqui o conteúdo sobre o open proj, caso você deseje se aperfeiçoar ainda mais no open,
disponibilizaremos mais alguns conteúdos no leiautdicas. Porém o nosso curso de orçamento tem que
continuar e essa plataforma de trabalho é apenas uma entre tantas.

O ideal se você deseja se aperfeiçoar no desenvolvimento de projetos e no seu gerenciamento é aprender o


MS Project, plataforma da Microsoft extremamente versátil e com milhares de recursos a mais que o Open.

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O CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Após finalizar o projeto, o cronograma e todos os custos de sua obra,


está na hora de amarrar todas essas informações em um contrato.

O contrato, é um instrumento jurídico onde duas ou mais pessoas


podem realizar um acordo e dentro dele estipular as suas regras, ele
deverá ser seguido à risca, dessa forma o seu direito e o do seu cliente
estarão garantidos.

Diversos modelos de contratos estão disponibilizados na internet, por isso, com o auxílio do nosso
departamento jurídico, separamos um e disponibilizamos no leiautdicas, onde obviamente você deverá
preencher alguns detalhes em relação a você e ao seu cliente, porém ele já apresenta grande parte das
informações necessárias para proteger o seu serviço.

Fique atento, você poderá inserir mais cláusulas dentro do seu contrato e não é necessário a presença de
um advogado para a realização disso. Estipule em conjunto com o contratante detalhes que não estão
presentes e realizem a sua inserção na sua peça contratual, lembre-se o contrato faz lei entre as partes.
Logo, se futuramente por conta de problemas vocês precisarem resolver um conflito na justiça, o juiz
tomará como base as disposições encontradas no seu contrato.

Para que você possa treinar o preenchimento de um contrato, realize o download no leiautdicas, e altere os
dados do seu contrato no próprio word, de acordo com o cliente abaixo.

EXERCÍCIO

Você está sendo contratado para realizar uma reforma na parte elétrica e hidráulica em um escritório de
advocacia: Macedo e Carielo, localizado na avenida Ernesto de Paula Santos, nº126 em Boa Viagem.

Diretor da Macedo e Carielo:

Diego Alexandre Braga Carielo – 8888555, cpf:02255588891, domiciliado na Av.Rosa e Silva, nº1020,
Aflitos.

Os materiais da construção serão fornecidos pelo escritório de advocacia, mediante solicitação de sua
empresa.

Estipule em contrato as seguintes atividades que serão realizadas pela sua empresa no contrato:

Elétrica – Solicitação do contador de energia, instalação do quadro de distribuição com os seus respectivos
dispositivos de segurança, instalação dos pontos de tomada e iluminação.

Hidráulica – Solicitação do hidrômetro da rede concessionária de água, instalação dos pontos de água fria,
água quente, esgoto sanitário e água pluvial (reutilizável).

Obs: Em um contrato formal, é importante que você detalhe cada vez mais os serviços que serão utilizados,
para evitar problemas futuros com o seu cliente.

Estipule o prazo do seu contrato, como 1 mês.


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E o foro, será o local onde possíveis conflitos serão dirimidos. O foro, sempre será na residência do
contratante (cliente), parte mais frágil do contrato. Por isso, caso a sua empresa realize um serviço em
outra cidade, você deverá determinar como foro a cidade em que o serviço será executado.

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7ºAula de Orçamento para Construção Civil

SINOPSE DA AULA

Nesta 7º aula de orçamento para construção civil, você aprenderá a dimensionar o lucro e a incidência
dos impostos no preço de venda do seu orçamento e a calcular o preço unitário do seu serviço.

CUSTOS E PREÇOS

LUCRO

PREÇO DE VENDA
IMPOSTOS

CUSTO

Para melhor entendimento, suponha-se que a obra esteja orçada para R$100,00. A diretoria da empresa
determinou que a lucratividade almejada é de 12% do preço da venda e o orçamentista verificou que os
impostos na localidade atingem o patamar de 8%. Um orçamentista sem experiência poderia aplicar as
duas taxas percentuais sobre os R$100,00, chegando a um preço de R$120,00. Isso está tremendamente
errado, pois imposto e lucro foram calculados sobre custo, quando deveriam ser aplicados sobre a venda.

1.2CÁLCULO ERRADO

1ºPasso: Preço de venda (PV) = R$120,00

2ºPasso: Imposto = 8% de R$120,00 = R$9,6

3ºPasso: Lucro = 12%deR$120,00 = R$14,4

4ºPasso: 120 – 9,6 – 14,4 = 96 foi o valor sobrado, porém anteriormente o valor orçado tinha sido de
R$100,00.

1.3CÁLCULO CORRETO

1ºPasso: A fórmula será a seguinte: PV(1-0,12-0,08) = 100

2ºPasso: PV = 100/(1-0,20) = 100/ 0,80 = R$125,00 (VALOR CORRETO)

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FÓRMULA SIMPLIFICADA

1ºPasso: PV = CUSTO / 1 – i

2ºPasso: Uma obra foi orçada em R$250.000,00(custo total). Na localidade da obra, os impostos atingem
7% e a lucratividade desejada pelo construtor é de 8%. Calcule o preço de venda.

3ºPasso: CUSTO = R$250.000,00

4ºPasso: IMPOSTOS = 7%

LUCRO = 8%

INCIDÊNCIA SOBRE O PREÇO DE VENDA = 15%(SOMA)

5ºPasso: PV = 250.000,00 / 1 – 0,15 = 294.117,65

VERIFICAÇÃO

1ºPasso: CUSTO = R$250.000,00

2ºPasso: IMPOSTOS = 7% de R$294.117,65 = 20.588,24

LUCRO = 8% de R$294.117,65 = 23.529,41

SOMA = R$44.117,65

VERIFICAÇÃO = 250.000 + 44.117,65 = 294.117,65 (ORÇAMENTO PERFEITO)

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EXERCíCIOS7.1

1)Uma obra foi orçada em R$350.000,00(custo total). Na localidade da obra, os impostos atingem 7% e a
lucratividade desejada pelo construtor é de15%. Calcule o preço de venda.

2) Uma obra foi orçada em R$550.000,00(custo total). Na localidade da obra, os impostos atingem 7% e a
lucratividade desejada pelo construtor é de 25%. Calcule o preço de venda.

3) Uma obra foi orçada em R$400.000,00(custo total). Na localidade da obra, os impostos atingem 10% e a
lucratividade desejada pelo construtor é de 12%. Calcule o preço de venda.

4) Uma obra foi orçada em R$430.000,00(custo total). Na localidade da obra, os impostos atingem 7% e a
lucratividade desejada pelo construtor é de 10%. Calcule o preço de venda.

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ORÇAMENTO - CUSTO DIRETO

Esse é um orçamento de custo direto (CD), proveniente das composições de custos unitários, já
considerando os insumos para cada descrição abaixo.

ORÇAMENTO - CUSTO INDIRETO

Esse é um orçamento de custo indireto (CI), proveniente da composição de custos referentes a


funcionários, materiais de escritório e despesas com os órgãos legais.

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1.1CUSTOS ACESSÓRIOS

1)Administração Central(AC) – 4% sobre os custos diretos mais indiretos.

AC = 4% x (980.000,00 + 250.560,00) = R$49.222,4

2)Custo Financeiro(CF) – 1,5% sobre os custos diretos mais indiretos.

CF = 1,5% X (980.000,00 + 250.560,00) = R$18.458,4

3)Imprevistos e contingências(IC) – 1% sobre os custos diretos mais indiretos.

CF = 1% X (980.000,00 + 250.560,00) = R$12.305,6

1.2INCIDÊNCIA SOBRE O FATURAMENTO (LUCRO E IMPOSTOS)

1)Lucro Operacional (LO%) = 8% sobre o faturamento.

2)Impostos (IMP%):

-CONFINS = 3% sobre o faturamento

-PIS = 0,65% sobre o faturamento

-CPMF =0,38% sobre o faturamento

-ISS = 3% sobre o faturamento

*IMP = 7,03%

Total de incidências sobre o faturamento: LO + IMP% = 8% + 7,03% = 15,03%

1.3CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA (PV) DA OBRA

1)PV = CUSTO / 1 – i% = 2)CD + CI + AC + CF + IC / 1 – (LO% + IMP%) =

3)980.000 + 250.560 + 49.222,4 + 18.458,4 + 12.305,6 / 1 – 0,1503 =

4)1310546,4 / 0,8497 = 1.542.363,65

1.4CÁLCULO DO BDI

1)BDI% = PV/CD – 1

2)BDI% = 1.542.363,65 / 980.000 – 1 = 1,5738 – 1 = 0,5738 = 57,38%

O preço de venda de cada serviço será o seu custo acrescido em 57,38%. Este percentual representa a
diluição da administração central, custo financeiro, imprevistos, contingências, lucros e impostos sobre o
custo direto do serviço.

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1.5CÁLCULO DO PREÇO UNITÁRIO DOS SERVIÇOS

O preço unitário de cada serviço será seu custo unitário multiplicado pelo coeficiente de BDI (=1,5738)

Multiplicado pela constante


1,5738 (BDI)

NEM TODA OBRA TEM O MESMO BDI

Por depender diretamente da composição dos custos indiretos, administração central, custo financeiro,
imprevistos e contingências, lucros e impostos, cada obra terá seu próprio BDI. Não se pode requerer que
todas as obras de uma mesma empresa apresentem o mesmo percentual. Mudando as condições,
modifique o BDI.

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EXEMPLO

1)Para a construção de uma ponte, o orçamentista chegou aos valores abaixo. Calcular o preço de venda e
o BDI.

*Custo Direto – R$400.000,00

*Custo Indireto:

*custo médio mensal das despesas indiretas da obra = R$6.000,00

*custo médio mensal do escritório central = R$10.000,00

*prazo da obra = 10 meses

*total de custo dos contratos da empresa nos próximos 10meses = R$2.000.000,00

*Parâmetros Financeiros:

*prazo entre medições = 1mês

*prazo para pagamentos = 30 dias

*taxa mensal de juros = 5 %

*Parâmetros Tributários:

*CONFINS = 3,0%

*PIS = 0,65%

*CPMF = 0,38%

*ISSQN = 4% SOBRE O FATURAMENTO

*REGIME DE TRIBUTAÇÃO = lucro presumido

IRPJ - 1,2%sobre o faturamento

CSLL – 1,08sobre o faturamento

*Outros parâmetros:

*imprevistos = 0,5%

*lucro pretendido sobre o valor do contrato = 7%

*Custo Direto (CD) = R$400.000,00

*Custo Indireto (CI) = 10meses x 6.000/mês = 60.000,00

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*Administração central (AC):

A quota da obra é proporcional a sua participação no total de custos da empresa nos próximos 10 meses
(prazo da obra):

*custos dos contratos da empresa = R$2.000.000,00

*custo da obra = R$460.000,00 (=CD+CI), ou seja, 23%

*o custo da matriz = 10 meses x 10.000/mês = R$100.000,00

*quotas da obra = 23% x R$100.000 = 23.000 = AC

*Custo Financeiro (CF):

*CF = 2,26% x (CD+CI) = 2,26% X (460.000) = 10.396,00

*Imprevistos e Contingências (IC):

*IC = 0,5% x (CD+CI) = 0,5% X (460.000) = 2.300,00

*Lucratividade (LO%):

*LO% = 7% do faturamento

*Impostos (IMP):

*CONFINS + PIS + CPMF + ISSQN + IRPJ + CSLL =

3,00% + 0,65% + 0,38% + 4% + 1,2% + 1,08% = 10,31%

*Incidência sobre o faturamento = LO% + IMP% = 17,31%

PV = CUSTO / 1 – i% = CD+CI+AC+CF+IC / 1 – (LO%+IMP%) =

= (400.000 + 60.000 + 23.000 + 10.396 + 2.300) / (1-0,1731) = 495.696/0,8269 = R$599.463

BDI% = PV/CD – 1

BDI% = 599.463/400.000 -1 = 1,4987 – 1 = 0,4897 = 49,87%

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EXERCÍCIO7.2

2)Para a construção de uma casa, o orçamentista chegou aos valores abaixo. Calcule o preço de venda e o
BDI.

*Custo Direto – R$600.000,00

*Custo Indireto:

*custo médio mensal das despesas indiretas da obra = R$5.000,00

*custo médio mensal do escritório central = R$5.000,00

*prazo da obra = 4 meses

*total de custo dos contratos da empresa nos próximos 10meses = R$2.000.000,00

*Parâmetros Financeiros:

*prazo entre medições = 1mês

*prazo para pagamentos = 30 dias

*taxa mensal de juros = 5 %

*Parâmetros Tributários:

*CONFINS = 3,0%

*PIS = 0,65%

*CPMF = 0,38%

*ISSQN = 4% SOBRE O FATURAMENTO

*REGIME DE TRIBUTAÇÃO = lucro presumido

IRPJ - 1,2%sobre o faturamento

CSLL – 1,08sobre o faturamento

*Outros parâmetros:

*imprevistos = 0,5%

*lucro pretendido sobre o valor do contrato = 7%

*Custo Direto (CD) = R$600.000,00

*Custo Indireto (CI) = 10meses x 8.000/mês = 80.000,00

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*Administração central (AC):

A quota da obra é proporcional a sua participação no total de custos da empresa nos próximos 10 meses
(prazo da obra):

*custos dos contratos da empresa = R$2.000.000,00

*custo da obra =

*o custo da matriz =

*quotas da obra =

*Custo Financeiro (CF):

*CF =

*Imprevistos e Contingências (IC):

*IC =

*Lucratividade (LO%):

*LO% =

*Impostos (IMP):

*Incidência sobre o faturamento =

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EXERCÍCIO7.3

3)Para a construção de três casas, o orçamentista chegou aos valores abaixo. Calcule o preço de venda e o
BDI.

*Custo Direto – R$1.000.000,00

*Custo Indireto:

*custo médio mensal das despesas indiretas da obra = R$15.000,00

*custo médio mensal do escritório central = R$5.000,00

*prazo da obra = 6 meses

*total de custo dos contratos da empresa nos próximos 10meses = R$2.000.000,00

*Parâmetros Financeiros:

*prazo entre medições = 1mês

*prazo para pagamentos = 30 dias

*taxa mensal de juros = 5 %

*Parâmetros Tributários:

*CONFINS = 3,0%

*PIS = 0,65%

*CPMF = 0,38%

*ISSQN = 4% SOBRE O FATURAMENTO

*REGIME DE TRIBUTAÇÃO = lucro presumido

IRPJ - 1,2%sobre o faturamento

CSLL – 1,08sobre o faturamento

*Outros parâmetros:

*imprevistos = 1,5%

*lucro pretendido sobre o valor do contrato = 10%

*Custo Direto (CD) = R$1.000.000,00

*Custo Indireto (CI) = 10meses x 15.000/mês = 150.000,00

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*Administração central (AC):

A quota da obra é proporcional a sua participação no total de custos da empresa nos próximos 10 meses
(prazo da obra):

*custos dos contratos da empresa = R$2.500.000,00

*custo da obra =

*o custo da matriz =

*quotas da obra =

*Custo Financeiro (CF):

*CF =

*Imprevistos e Contingências (IC):

*IC =

*Lucratividade (LO%):

*LO% =

*Impostos (IMP):

*Incidência sobre o faturamento =

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8ºAula de Orçamento para Construção Civil

SINOPSE DA AULA

Nesta 8º aula de orçamento para construção civil, você irá realizar o seu projeto final, caso você tenha
conhecimento em AutoCad construa o seu projeto, em seguida, abra o Open Prof e defina todas as
atividades que irão compor o seu projeto e os recursos que deverão acompanhar o mesmo.

Em seguida, levante o custo de venda do seu projeto.

Após finalizar, apresente ao seu professor, para finalizar o seu curso.

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EXERCÍCIOS TEÓRICOS

As próximas cinco páginas estão destinadas a resolução dos exercícios teóricos dos capítulos anteriores. Por
favor, responda aqui, dessa forma seu material didático ficará mais organizado.

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EXERCÍCIOS TEÓRICOS

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