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Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG

MATEMÁTICA
BÁSICA

Belo Horizonte
2015

1
Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior

Diretor Regional do SENAI


Altamir de Araújo Rôso Filho

Gerente de Educação Profissional


Edmar Fernando de Alcântara

2
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI
Departamento Regional de Minas Gerais
Centro de Formação Profissional Fidélis Reis

MATEMÁTICA BÁSICA

ESDER LIMÍRIO BRIGAGÃO

UBERABA
2015

3
© 01/07/2015. SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais

SENAI/MG
Centro Tecnológico de Eletroeletrônica “César Rodrigues” - CETEL

Ficha Catalográfica elaborada pelo Bibliotecária CRB-6/

SENAI FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Av. do Contorno, 4456
Industrial Bairro Funcionários
Departamento Regional de Minas 30110-916 – Belo Horizonte
Gerais Minas Gerais

4
Sumário

APRESENTAÇÃO......................................................................................................08
OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS...............................................................................09
1.1 OPERAÇÕES COM NÚMEROS RACIONAIS DECIMAIS...................................09
1.2 REGRA DE SINAIS..............................................................................................16
1.3 POTENCIAÇÃO...................................................................................................17
1.4 RADICIAÇÃO.......................................................................................................20
1.5 RACIONALIZAÇÃO..............................................................................................20
1.6 FRAÇÕES............................................................................................................22
1.7 NOÇÕES DE CONJUNTOS E CONJUNTOS NUMÉRICOS...............................24
2. EQUAÇÕES POLINOMIAIS...................................................................................29
2.1 EQUAÇÕES DO 1º GRAU...................................................................................30
2.2 EQUAÇÕES DO 1º GRAU COM DUAS INCÓGNITAS.......................................32
2.3 SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU..........................................................33
2.4 EQUAÇÕES DO 2º GRAU...................................................................................40
2.5 FATORAÇÃO.......................................................................................................43
2.6 PRODUTOS NOTÁVEIS......................................................................................45
2.7 EXPRESSÕES RACIONAIS................................................................................46
3. UNIDADES DE MEDIDAS......................................................................................48
3.1 UNIDADES DE COMPRIMENTO.........................................................................49
3.2 UNIDADES DE MASSA.......................................................................................51
3.3 UNIDADES DE SUPERFÍCIE..............................................................................52
3.4 UNIDADES AGRÁRIAS.......................................................................................54
3.5 UNIDADES DE VOLUME.....................................................................................55
3.6 UNIDADES DE TEMPO.......................................................................................56
4. RAZÕES E PROPORÇÕES..................................................................................57
4.1 RAZÃO.................................................................................................................57
4.2 PROPORÇÃO......................................................................................................59
5. GEOMETRIA PLANA E ESPACIAL.......................................................................59
5.1 ÂNGULOS............................................................................................................59
5.2 TRIÂNGULOS......................................................................................................64
5.3 QUADRILÁTEROS...............................................................................................65
5.4 POLÍGONOS........................................................................................................66
5.5 CIRCUNFERÊNCIA (CÍRCULOS).......................................................................67
5.6 ÁREA DAS FIGURAS..........................................................................................68
5.7 GEOMETRIA ESPACIAL.....................................................................................72
5.8 PRISMAS.............................................................................................................75
5.9 PIRÂMIDES..........................................................................................................82
5.10 CILINDRO..........................................................................................................86
5.11 CONE.................................................................................................................90
6. TRIGONOMETRIA.................................................................................................94
6.1 TRIÂNGULO RETÂNGULO.................................................................................94
6.2 TRIGONOMETRIA EM UM TRIÂNGULO QUALQUER.......................................99
6.3 ARCOS DA CIRCUNFERÊNCIA........................................................................103
6.4 CICLO TRIGONOMÉTRICO..............................................................................104
6.5 FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS......................................................................113

5
7. MATEMÁTICA FINANCEIRA E ESTATÍSTICA....................................................117
7.1 REGRA DE TRÊS..............................................................................................117
7.2 PORCENTAGEM. .............................................................................................125
7.3 JUROS SIMPLES ..............................................................................................130
7.4 JUROS COMPOSTOS.......................................................................................133
7.5 NOÇÕES DE ESTATÍSTICA..............................................................................138
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA..............................................................................140

6
Prefácio

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do


conhecimento”.
Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os


perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção,
coleta, disseminação e uso da informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e


consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a égide do conceito da
competência: ”formar o profissional com responsabilidade no processo
produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos
técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e
consciência da necessidade de educação continuada.”

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área tecnológica,


amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária.
Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de
suas escolas à rede mundial de informações – internet- é tão importante quanto
zelar pela produção de material didático.

Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os
diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada!

Gerência de Educação Profissional

7
Apresentação
Estamos vivendo em um mundo que exige a cada dia um nível maior de
especialização, onde o trabalhador deverá ser flexível, empreendedor, preparado
profissionalmente para enfrentar desafios e encontrar soluções para situações
diversas e que tenha disposição para aprender continuadamente.
Este é um trabalho destinado alunos que estão fazendo os cursos do SENAI.
O assunto aqui tratado, Matemática Básica, será a base para a compreensão de
diversas disciplinas dos cursos.
Procuramos um meio termo entre uma abordagem intuitiva e formal. Em
alguns momentos somos formais, em outras, intuitivos.
O trabalho está dividido em sete módulos. Ao final de cada tema, propomos
exercícios que tentamos sequenciá-los pela ordem crescente de dificuldade.
Outrossim, apresentamos ao longo do desenvolvimento dos assuntos, sempre
que oportuno, algumas pequenas notas históricas relacionadas com o tema.
Bons estudos!

O autor

8
MÓDULO 1

1. OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS
São as operações de adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e
radiciação. Essas operações são fundamentais para cálculos e resoluções de
problemas cotidianos, como: medições, escalas, cálculos financeiros, etc.

1.1 OPERAÇÕES COM NÚMEROS RACIONAIS DECIMAIS

1.1.1 ADIÇÃO

Considere a seguinte adição:

1,28 + 2,6 + 0,038

Método prático

1º) Igualar o número de casas decimais, com o acréscimo de zeros;

2º) Colocar vírgula debaixo de vírgula;

3º) Efetuar a adição, colocando a vírgula na soma alinhada com as demais.

Exemplos:

1,28 + 2,6 + 0,038 35,4 + 0,75 + 47 6,14 + 1,8 + 0,007

1.1.2 SUBTRAÇÃO

Considere a seguinte subtração:

3,97 - 2,013

Método prático

1º) Igualar o número de casas decimais, com o acréscimo de zeros;


2º) Colocar vírgula debaixo de vírgula;
3º) Efetuar a subtração, colocando a vírgula na diferença, alinhada com as demais.
Exemplos:

9
3,97 - 2,013 17,2 - 5,146 9 - 0,987

1.1.3 MULTIPLICAÇÃO

Considere a seguinte multiplicação: 3,49 · 2,5

Método prático:

Vamos multiplicar os dois números decimais como fossem naturais. Colocamos a


vírgula no resultado de modo que o número de casas decimais do produto seja
igual à soma dos números de casas decimais dos fatores.

3,49 · 2,5

1,842 · 0,013

Observação:
1. Na multiplicação de um número natural por um número decimal, utilizamos o
método prático da multiplicação. Nesse caso o número de casas decimais do
produto é igual ao número de casas decimais do fator decimal.
Exemplo: 5 · 0,423 = 2,115

10
2. Para se multiplicar um número decimal por 10, 100, 1.000, basta deslocar a
vírgula para a direita uma, duas, três, casas decimais.

3. Os números decimais podem ser transformados em porcentagens.

Exemplos

0,05 = = 5% 1,17 = = 117% 5,8 = 5,80 = = 580%

1.1.4 DIVISÃO
1.1.4.1 Divisão exata

Considere a seguinte divisão: 1,4 : 0,05

Método prático

1º)Igualamos o número de casas decimais, com o acréscimo de zeros;

2º)Suprimimos as vírgulas;

3º)Efetuamos a divisão.

 1,4 : 0,05
Igualamos as casas decimais: 1,40 : 0,05 Efetuado a divisão
Suprimindo as vírgulas: 140 : 5

11
Logo, o quociente de 1,4 por 0,05 é 28.

 6 : 0,015 Efetuando a divisão


Igualamos as casas decimais 6,000 : 0,015
Suprimindo as vírgulas 6.000 : 15

Logo, o quociente de 6 por 0,015 é 400.


Efetuando a divisão
 4,096 : 1,6
Igualamos as casas decimais 4,096 : 1,600
Suprimindo as vírgulas 4.096 : 1.600

Veja que na divisão acima o quociente inteiro é 2 e o resto corresponde a 896


unidades. Podemos prosseguir a divisão determinando a parte decimal do
quociente. Para a determinação dos décimos, colocamos uma vírgula no quociente e
acrescentamos um zero resto, uma vez que 896 unidades correspondem a 8.960
décimos.

Continuamos a divisão para determinar os centésimos acrescentando outro zero ao


novo resto, uma vez que 960 décimos correspondem a 9600 centésimos.

O quociente 2,56 é exato, pois o resto é nulo.

Logo, o quociente de 4,096 por 1,6 é 2,56.

 0,73 : 5 Efetuando a divisão

12
Igualamos as casas decimais 0,73 : 5,00
Suprimindo as vírgulas 73 : 500

Podemos prosseguir a divisão, colocando uma vírgula no quociente e


acrescentamos um zero à direita do três. Assim:

Continuamos a divisão, obtemos:

Logo, o quociente de 0,73 por 5 é 0,146.


Em algumas divisões, o acréscimo de um zero ao resto ainda não torna possível a
divisão. Nesse caso, devemos colocar um zero no quociente e acrescentar mais um
zero ao resto. Exemplos:
 2,346 : 2,3 Verifique 460 (décimos) é inferior ao
divisor (2.300). Colocamos, então, um
zero no quociente e acrescentamos mais
um zero ao resto.

Logo, o quociente de 2,346 por 2,3 é 1,02.

Observação:
Para se dividir um número decimal por 10, 100, 1.000, ..., basta deslocar a vírgula
para a esquerda uma, duas, três, ..., casas decimais. Exemplos:

13
1.1.4.2 Divisão não-exata

No caso de uma divisão não-exata determinamos o quociente aproximado por falta


ou por excesso.
Seja, por exemplo, a divisão de 66

Tomando o quociente 3 (por falta), ou 4 (por excesso), estamos cometendo um erro


que uma unidade, pois o quociente real encontra-se entre 3 e 4.
Logo:

Assim, na divisão de 66 por 21, temos: afirmar que:


3 é o quociente aproximado por falta, a menos de uma unidade.
4 é o quociente aproximado por excesso, a menos de uma unidade.

Prosseguindo a divisão de 66 por 21, temos:

Podemos afirmar que:


3,1 é o quociente aproximado por falta, a menos de um décimo.

14
3,2 é o quociente aproximado por excesso, a menos de um décimo.
Dando mais um passo, nessa mesma divisão, temos:
Podemos afirmar que:
3,14 é o quociente aproximado por falta, a menos de um centésimo.
3,15 é o quociente aproximado por excesso, a menos de um centésimo.

Observação:
1. As expressões têm o mesmo significado:
2. Aproximação por falta com erro menor que 0,1 ou aproximação de décimos.
3. -Aproximação por falta com erro menor que 0,01 ou aproximação de centésimos
e, assim, sucessivamente.

Determinar um quociente com aproximação de décimos, centésimos ou milésimos


significa interromper a divisão ao atingir a primeira, segunda ou terceira casa
decimal do quociente, respectivamente. Exemplos:
13 : 7 = 1,8 (aproximação de décimos)
13 : 7 = 1,85 (aproximação de centésimos)
13 : 7 = 1,857 (aproximação de milésimos)

1.1.5 Representação Decimal de uma Fração Ordinária

Podemos transformar qualquer fração ordinária em número decimal, devendo para


isso dividir o numerador pelo denominador da mesma. Exemplos:

Converter em número decimal.

Logo, é igual a 0,75 que é um decimal exato.

Converter em número decimal.

Logo, é igual a 0,333... que é uma dízima periódica simples.

Converter em número decimal.

15
Logo, é igual a 0,8333... que é uma dízima periódica composta.

1.2 REGRA DE SINAIS

Adição e subtração:

Sinais iguais: o resultado será o mesmo sinal e adiciona-se


Exemplos:
a) 9 + 6 = 15
b) -4 -8 = -12

Sinais diferentes: resulta o sinal do maior (valor absoluto) e subtrai-se.


Exemplos:
a) -9 + 15 = 6
b) -20 + 8 = -12

Multiplicação e divisão

Sinais iguais: o resultado será positivo ( + ).


Exemplos:
a) (-5) . (-4) = 20
b) -27 : (-3) = 9
c) 3 . 7 = 21
d) 12 : 3 = 4

Sinais diferentes: resulta o sinal negativo ( - ), operando com dois a dois termos.
Exemplos:
a) -3 . 6 = -18
b) 25 : (-5) = -5

Para quaisquer "a" e "b" reais, têm-se:

a) -(-a) = a
b) (-a).b = - (a.b) = a (-b)
c) (-a).(-b) = ab

Exemplos:

a)  1   3   1   3  3

16
b)   x  2    x  2   1   1 x  2    x  2    x  2    x  2 

Agora é sua vez!

1. Complete a seguinte tabela, calculando as operações de números inteiros,


aplicando as regras de sinais da adição, subtração e multiplicação:

X Y x+y x-y xy x+xy xy-y

+3 +2

-1 +5

+7 -4

-4 -2

-1 0

2. Calcule:
a) (-3) - (-5) + (-6) b) (-18) + (+9) - (-17) – (-20)

c)(-20) - (-9) - (+4) + (-1) – (+6) d)(-3) . (-5) . (-6)

e)(-8) : (-2) . (-5) – (-3) f)(-3) . (-8) : (-6)

g) (-1 – 2).[ -7.(2 – 5) – 3.(4 – 2) – 1 ] h) (-1 – 2).[ -7.(2 – 5) –3.(4 – 2) – 1 ]

1.3 Potenciação

1.3.1 Potência com expoente inteiro positivo


a1  a a = base
a 2  a.a n = expoente
a0

17
a n  a.a.a.....a (n vezes)  Exemplo: a 3  a.a.a

Exemplos:
2 4  2.2.2.2  16  23   2.  2.  2  8

1.3.2 Potência com expoente nulo


a0  1 para qualquer a  0.

1.3.3 Potência com expoente negativo


n n
1 1 1 a b
a 1  a 2  a n     
a a2 an b a

Exemplos:
1
a) 4 1 
4

2 2 2
b)   1   1

1  1
 4 ou   
 2
    4
 2  2  1
2
 1 1
  4
 2

c)  11 
1
 1
 11

d)  2 2 
1 1

 2  2 4

3 3
e)     3
2 27
    
 3  2  8

1.3.4 Regras de potenciação

1. Produto de potencias de mesma base: a m .a n  a m n


1 3 1 7
Exemplo: a3  a 2
a 2
a 2

am
2. Divisão de potencias de mesma base:  a mn
an
Exemplos:
a3
a) 1
 a 31  a 2
a

2
2  4  2 4
y 5    2
b) 4
y 5  5 
y 5 5
y 5

5
y

18
3. Potência de potência: a m   n
 a m.n

 
3
3 2. 6 3
Exemplo: a 2 4
a 4 a 4 a 2

n
a an
4. Potência de um quociente:    n
b b
Exemplos:
3
 
3 33 27
a)    
2 2 3 8

2
 
1 12 1
b)    
 
2 2 2 4

2
 2x  22 x2 4x 2
c)    
 3  32 9

 
d)   3x 2 . 2 x 3     32 x 2   2 x 3   9 x 2   2 x 3   18x 2 x 3  18x 5

Agora é sua vez!

Simplifique as expressões abaixo realizando as operações indicadas:

a) 5 3 b) 2 3.2 4

c) 10 1.10 5 d) 4 2  4 5

2
 9
 
2
3
e) 5 f)   
 4

3 3
7  7
3 2
 3  3
g)       h)     
 5  5  4   4

3
  4x  2   2x 
4

i)     j)  
 5    3y 
 

5 3
 2x   4x 
k)   l)   
 3   3 

19
1.4 RADICIAÇÃO

1.4.1 Expoente inteiro par

 b   b
n 1 n n
Seja b  0 e n > 1 um inteiro par, então: n
 b n n
b

Exemplos:
1
a) 4 1  1 4 1

b) 4 81  81
1
4  34  1
4
3

c) 4
 8  não existe solução real

1.4.2 Expoente ímpar


Seja b um número real qualquer e n > 1 um número impar, têm-se:

 b   b
n 1 n n
n
 b n n
b
Exemplo:
a) 3 8  3 2 3  2

b) 3  8  3  2 3  2

1.4.3 Propriedades da radiciação

Sejam m, n, p inteiros, n > 1, p > 1 e m > 1.

a) Raiz de um produto: n
a  b  n a .n b

a na
b) n  para qualquer b diferente de zero.
b nb

 a
m m
c) n
 n am ou n
am  a n

n p
a 
p n
d) a

1.5 RACIONALIZAÇÃO

Racionalizar uma fração é reescrevê-la sem raízes no denominador. Abaixo


são apresentados alguns exemplos de como se proceder na racionalização.

Exemplos:
1 1 2 2 2
a)  .  
2 2 2 2 2 2

20
c c x 3 c x 3 c x 3
b)  .  
x 3 x 3 x 3 x  32 x 3

a

a  x b   a x  ab  a x  ab
 x  b
c) .
x b x b x b
2 2 xb 2

a a 3
x  b  a3 x  b  a3 x  b 
2 2 2

d) 3 .  
3
x b x  b 3 x  b 2 3
x  b3 x b

Agora é sua vez!

01) Calcule o valor de:


4
a) 16 b) 256

c) 3
27 d) 4 2

6
16  3
e) f) 3  
25  4

 9    27 
g)   h) 3  
 100   100 

3
 4x 2   2x 
i)   j) 3  
 25   3y 

1. Racionalize as expressões abaixo:


3 2
a) b)
5 8

1 x
c) d)
x2 x 7

2x  4 2
e) f)
3x  4
2
2b  8

21
y 1 3
g) h)
y2 3
x2

1.6 FRAÇÕES

Uma fração indica a divisão (ou razão) entre dois números quaisquer a e b, com
a
b  0 e pode ser representada por , onde a é numerador e b é o denominador.
b

a
Nota: Qualquer número real “a” pode ser pensado como uma fração, pois  a.
1

1.6.1 Igualdade de frações

a c
Para que duas frações e sejam iguais, tem-se obrigatoriamente que:
b d
a c
 ou a  d  b  c para quaisquer b  0 e d  0.
b d

Exemplo: Calcule o valor de x, de modo que as frações sejam iguais.

1 4
  4x  8  x2
x 8

1.6.2 Soma de frações

Denominadores iguais: copia-se o denominador e soma-se os numeradores.


4 3 7
 
5 5 5
Denominadores diferentes: deve-se encontrar o mínimo múltiplo comum (mmc).
Observe o exemplo abaixo:
4 3 1 24  9  5 28 14
  tira-se o mmc e faz-se  
5 10 6 30 30 15

1.6.3 Produto de frações


a c a c ac
Para duas frações e , com b  0 e d  0, tem-se: . 
b d b d bd
Exemplo:
2 3 23 6
.  
5 7 5  7 35

22
1.6.4 Divisão de frações
a
a c a d ad
Para duas frações e , com b  0 e c  0, tem-se: b   
b d c b c bc
d
Exemplos:
2 2
a) 3  2 . 5  10  5 b) 16  16  5  80  20 c) 3  21 2
4 3 4 12 6 4 1 4 4 5 3 5 15
5 5

Nota: quando se deseja dividir uma fração por um número inteiro, basta
considerar este inteiro como uma fração de denominador igual a 1 e, em seguida,
aplicar a propriedade da divisão de frações mostrada anteriormente.

Agora é sua vez!

1. Calcule:
5 3 1 3
a)  b) 
6 4 3 8

11 21 1 4 5 1
c)   d)  
9 10 5 3 6 2

8 2 1 1 2 2
e)   f)  
9 5 8 9 10 3

3 8 1 5 10 2 1
g)    h)  
7 5 8 4 25 5 15

2. Encontre a fração mais simples que resulta das operações a seguir:


5 3 10 3
a) . b) .
7 4 3 8

11 21 4 5
c) . d) .
9 10 3 6
3 18
e) 5 f) 11 
4 81
7 22
3 8 10 2
g)  h) 
7 5 25 125

 1   15 3  4  3  1 1 1 
i)  5       j)     
 3  4 2 3  4  2 3 8 

23
1.7 NOÇÕES DE CONJUNTOS E CONJUNTOS NUMÉRICOS

1.7.1 Conjunto dos números naturais

É o conjunto N = {0, 1, 2, 3, 4, 5,...}.


Excluindo-se o 0 (zero) deste conjunto, obtemos o conjunto N* = {1, 2, 3, 4, 5,...}.

Conjunto dos números inteiros

É o conjunto Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}. Os principais subconjuntos de Z são:

 Z * = {..., -3, -2, -1, 1, 2, 3,...}: conjunto dos números inteiros não nulos;
 Z  = {0, 1, 2, 3,...}: conjunto dos números inteiros não-negativos. Obs: Z+ = N;
 Z * = {1, 2, 3,...}: conjunto dos números inteiros positivos;
 Z  = {..., -3, -2, -1, 0}: conjunto dos números inteiros não-positivos;
 Z * = {..., -3, -2, -1}: conjunto dos números inteiros negativos;

Como todo número natural é um número inteiro, consideramos que N está


contido em Z.

N Z

1.7.2 Conjunto dos números racionais ou fracionários

É o conjunto de todos os números que podem ser escritos na forma de fração


a
, com o numerador a   e o denominador b   * . Este conjunto é denominado pela
b
letra Q e em linguagem simbólica temos: Q   x / x  a , com a  Z e b  Z *
 b 
a
A fração pode ser:
b
4
a) Um decimal exato. Exemplo:  0,8
5
2
b) Um decimal periódico. Exemplo:  0,666...
3
10
c) Um número inteiro, quando a for múltiplo de b. Exemplo: 2
5

Desse modo, todo número inteiro pode ser representado por uma fração, ou
seja, Z está contido em Q, e pode-se representar através de um diagrama:

Z Q

24
Os principais subconjuntos de Q são:

 Q * : conjunto dos números racionais não-nulos;


 Q : conjunto dos números racionais não-negativos;
 Q* : conjunto dos números racionais positivos;
 Q : conjunto dos números racionais não-positivos;
 Q* : conjunto dos números racionais negativos.

1.7.3 Conjunto dos números irracionais ou não fracionários

De uma fora geral, podemos entender número irracional como aquele que,
quando escrito na forma decimal, apresenta um número infinito de casas decimais
sem, contudo, formar períodos, como nos decimais periódicos. Indica-se este
conjunto por I.
Como exemplos de seus elementos temos as raízes quadradas não exatas de
números naturais, o número  e a base do logaritmo natural e:
 = 3,1415... 2 = 1,41421... 3 = 1,73205....

1.7.4 Conjunto dos números reais

O conjunto dos números reais, indicado pela letra R, é obtido através da união
entre o conjunto Q dos números racionais e o conjunto I dos números irracionais, ou
seja: R  Q  I
Em forma de diagrama, os conjuntos numéricos podem ser representados da
seguinte maneira:

Q
N
Z

Os principais subconjuntos de R são:

 R * - conjunto dos números reais não-nulos;


 R  - conjunto dos números reais não-negativos;
 R* - conjunto dos números reais positivos;
 R - conjunto dos números reais não-positivos;
 R* - conjunto dos números reais negativos;

1.7.5 Conjunto unitário e conjunto vazio

Quando um conjunto tem um único elemento, ele é chamado de conjunto


unitário. Exemplo:

25
O conjunto das seleções que são pentacampeãs da copa do mundo FIFA tem
somente o elemento Brasil.

Analogamente, entendemos por conjunto vazio o conjunto que não possui


elementos. Exemplo:

O conjunto dos seres humanos que estão vivos e possuem mais de 700 anos de
idade.

Nota: Indica-se o conjunto vazio pela letra grega  (lê-se: “fi”) ou também por { }.
Igualdade de conjuntos

Dizemos que dois conjuntos A e B, são iguais se, e somente se, todo
elemento que pertence a um deles também pertence ao outro. Indicamos por A = B
e lemos “A é igual a B” ou “A coincide com B”. Exemplo:
{1, 2, 3, 4} = {4, 3, 2, 1}

1.7.6 Relação de inclusão entre conjuntos

Dizemos que um conjunto A está contido ou incluído em um conjunto B se todo


elemento de A for também elemento de B. Escrevemos A  B e lemos “A está
contido em B”. O conjunto A é chamado de subconjunto de B. Exemplo:
{1, 2, 3}  {1, 2, 3, 4, 5}
Se A não estiver contido em B, escrevemos A  B e lemos “A não está
contido em B”.

1.7.7 Intersecção de conjuntos

Dados dois conjuntos, A e B, chama-se conjunto intersecção ou


simplesmente intersecção de A e B o conjunto formado pelos elementos comuns a
A e B. Indicamos a intersecção de A e B por A  B e lemos “A inter B”. Exemplo:
A = {1, 2, 3}
A 4
B = {2, 3, 4, 5} 2
1 B
A  B = {2, 3} 3 5

1.7.8 União de conjuntos

Dados dois conjuntos, A e B, chama-se conjunto reunião ou simplesmente


união de A e B o conjunto formado pelos elementos que pertencem a A ou a B.
Indicamos a união de A e B por A  B e lemos “A união B”. Exemplo:
4
A = {1, 2, 3} A 2 B
1
B = {2, 3, 4, 5} 3 5
A  B = {1, 2, 3, 4, 5}

26
1.7.9 Diferença entre conjuntos

Dados dois conjuntos, A e B, chama-se conjunto diferença ou simplesmente


diferença de A e B o conjunto formado pelos elementos de A que não pertencem a
B. Indicamos por A - B e lemos “A menos B”. Exemplo:
4 B
A = {1, 2, 3} A 2
1
B = {2, 3, 4, 5} 3 5
A - B = {1}

1.7.10 Conjunto complementar

Se tivermos dois conjuntos, A e B, de modo que B  A, chama-se conjunto


complementar de B em relação a A, ou simplesmente complemento de B em A, à
B
diferença B – A. Indicamos por C A este conjunto, e lê-se: “complementar de B em
A” ou “complemento de B em A”. Exemplo:

A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
B = {5, 6} A 2
4
B 5
C A = A – B = {1, 2, 3, 4} 1
3 6
B

1.7.11 Relação entre elemento e conjunto

Dados um elemento x qualquer e um conjunto A, para indicarmos que:

 x é elemento de A, escrevemos x  A (lê-se: x pertence a A).


 x não é elemento de A, escrevemos x  A (lê-se: x não pertence a A).

1.7.12 Intervalos numéricos

Um conjunto de números reais pode ser representado na forma de um


intervalo. Por exemplo, seja um intervalo de valores reais, definido pelos números a
(extremo inferior do intervalo) e b (extremo superior do intervalo). Este intervalo
representa todos os números reais que estão localizados entre os extremos a e b,
podendo ou não incluir estes extremos. Veja os exemplos a seguir:

a) { x  x  R e a < x < b} = ] a , b [
a b
É um intervalo aberto em a e b.

b) { x  x  R e a  x < b} = [ a , b [
a b
É um intervalo fechado em a e aberto em b.

c) { x  x  R e a < x  b} = ] a , b ]
a b

27
È um intervalo aberto em a e fechado em b.

d) { x  x  R e a  x  b} = [ a , b ]
a b
É um intervalo fechado em a e b.

e) { x  x  R e x  a} = ] –  , a ]
– a

f) { x  x  R e x  b} = [ b , +  [
b +

g) ] –  , +  [ =
– +

Nota: O número (b – a) é chamado de amplitude do intervalo

1.7.13 Interseção de intervalos

A
2 6

B 3 7

AB 3 6 A  B = ] 3, 6]

1.7.14 União de intervalos

A
2 6
B
3 7

AB 2 7 A  B = [2, 7]

Agora é sua vez!

b) Relacione o elemento e o conjunto numérico utilizando os símbolos  ou :


1
a) 2 _____ N b) _____ Z c) -3 _____ N
2
2 4
d) -3 _____ Z e) _____ Q f)  _____ Z
3 5
7
g) _____ Q h) 7 _____ Q i) 7 _____ I
8

28
1
j) 7 _____ R k) _____ Q * l) 4 _____ N
7
7
m) 3 _____ R* n) 8 _____ Q o)  _____ Q-
8

c) Relacione os conjuntos usando  ou :

a) N _____ Z b) Z ______Q c) Q ______ R


d) Z _____ Q+ e) Q* _____ R f) I ______ R

d) Escreva em notação de intervalo e represente na reta real os conjuntos abaixo:


a) A = { x  R  3  x  8}

b) B = { x  R  -4  x  5}

c) C = { x  R  -1  x  3 }

d) D = { x  R  - 2  x  3 }

e) E = { x  R  3 < x  10}

f) F = { x  R  -3  x < 5 }

e) Usando os conjuntos do exercício anterior, faça usando a reta real:

a) A  B

b) A  C

c) B  D

d) C  D

e) B  C

f) D  A

g) E  A

h) D  E
Módulo 2
2. Equações Polinomiais

29
Equações polinomiais são todas as equações de apenas uma variável x que
apresentam a forma geral an x n  an1 x n1  an2 x n2  ...  a2 x 2  a1 x  ao  0 . A
ordem das equações é definida pelo número n, ou seja, a ordem de uma equação
polinomial é dada pelo maior expoente da variável. Iremos abordar os métodos de
resolução de equações de 1o e 2 o grau.

2.1 Equações do 1o Grau

As equações de 1° grau são do tipo ax  b  0 . Para resolvê-las, basta isolar a


variável na expressão, como mostra o exemplo a seguir:
2 x  3  5
2 x  5  3
2 x  8
8
x
2
x  4

Agora é sua vez!

1. Resolva as equações abaixo:

a) 3x  10  2 x  3 b) 24 x  3  52 x  3

c) 4 x  7  33x  8  2 x d) 5x  12  23x  40

e) 6 x  2 x  16 f) 2 x  5  x  1

g) 5x  4  3x  2 x  4 h) (4 x  6)  2 x  ( x  6)  10  14

i) 3x  2(4 x  3)  2  3( x  1) j) 5( x  3)  4( x  2)  2  3(1  2 x)

30
2. Resolva as equações abaixo:

x x x
a)  1 b)  4  2x
2 3 3

x x 3 1
c) x  1  5  d)  
4 2 4 6

1 1 x x
e) 2 x   5x  f) 1  5 
2 3 2 4

x x x x x
g)    26 h)   2 x  50
4 6 8 4 3

3. Resolva as equações:

x3 3 3 6
a)  c) 
x4 5 x 8 x  2

31
2x  5 2 2 4
b)  d) 
x2 5 2x  3 x  5

4. A soma da quarta parte com a sexta parte de um número é o mesmo que a


diferença entre o número e 56. Qual é esse número?

5. Um número decimal é tal que a soma desse número com a sua quinta parte é
igual ao dobro do número menos 30. Qual é esse número?

6. Júnior e Luís jogam no mesmo time de futebol de areia. No último campeonato,


os dois juntos marcaram 52 gols. Júnior marcou 10 gols a mais que Luís. Quantos
gols Júnior marcou nesse campeonato?

2.2 Equações do 1º grau com duas incógnitas

É toda equação escrita na forma ax + by = c, com a  0 e b  0 , onde x e y são


incógnitas e a, b e c   , e que a e b são coeficientes.

Exemplos:
a) x + y = 10
Solução:
1. para x = 1, temos:
1 + y = 10  y = 10 – 1  y = 9

2. para x = 3, temos:
3 + y = 10  y = 10 – 3  y = 7

3. para x = 2,5, temos:


2,5 + y = 10  y = 10 – 2,5  y = 7,5

32
Observe que uma equação de 1º grau com duas incógnitas admite várias soluções.
Sendo cada solução um par ordenado (x; y). Assim como algumas das soluções
desse exemplo temos: (1; 9), (3; 7), (2,5; 7,5).

2.3 Sistemas de equações do 1º grau

É um conjunto de equações de 1º grau com duas ou mais incógnitas. Quando


duas equações se referem ao mesmo fato, elas são ligadas pelo conectivo e. Em
matemática, dizemos que formam um sistema de duas equações do 1º grau com
duas variáveis, x e y.
Alguns problemas de matemática são resolvidos a partir de soluções comuns
a duas equações do 1º a duas variáveis.
Nesse caso, diz-se que as equações formam um sistema de equações do 1º
grau a duas variáveis, que indicamos escrevendo as equações abrigadas por uma
chave. Veja os exemplos:

x  y  5 3x  y  10
a)  b) 
2 x  y  9  x  y  18

O par ordenado que verifica ao mesmo tempo as duas equações, é chamado


solução do sistema. Indicamos pela letra S, de solução.
 x  y  10
Por exemplo, o par (7,3) é solução do sistema 
 x  3 y  2

7  3  10
Pois verifica as duas equações. Ou melhor: 
7  3.(3)  2

Os processos ou métodos mais comuns são: o método da substituição, método da


adição, método da comparação, além do método gráfico.

2.3.1 Método da Substituição

Para aprender a trabalhar com esse método, você deve acompanhar os passos
indicados nos exemplos a seguir:

Exemplo:
x  y  7
1. Resolver o sistema 
x  y  1
1º passo: Isola-se uma das variáveis em uma das equações. Vamos isolar x na 1ª
equação:
x y  7 x  7 y

2º passo: Substitui-se a expressão encontrada no passo 1 na outra equação.


Obtemos então uma equação do 1º com apenas uma incógnita

33
x  y 1
(7  y )  y  1
7  y  y 1
7  2y 1
3º passo: Resolvemos a equação obtida no 2º passo:
7  2y 1
2 y  1  7
2 y   6
6
y
2
y3

obtendo, assim, o valor de y.

4º passo: (Para encontrarmos o valor de x) Substitui-se o valor encontrado no 3º


passo em qualquer uma das equação iniciais.

x y 7
x  (3)  7
x  73
x4

5º passo: Por último, escrevemos a solução do sistema: S = {(4,3)}.

x  2 y
2. Resolva o sistema 
2 x  5 y  3

Passo1: x  2 y
Passo 2 :
2 x  5 y  3  2(2 y )  5 y  3  4 y  5 y  3  1 y  3
Passo 3 :  y  3  y  3
Passo 4 : x  2 y
x  2.(3)
x  6

A solução do sistema é: S  {(6, 3)}

Agora é sua vez!

Aplicando o método da substituição, resolva os seguintes sistemas 2x2:

34
x  y  5 3x  2 y  6 x  y  4
a)  b)  c) 
x  3y  9 x  3y  2 2 x  y  7

2.3.2 Método da Comparação

Este método consiste, basicamente, em isolar a mesma variável nas duas equações.

Exemplo:
x  y  1
1. Resolver o sistema a) 
 x  3 y  3

1° passo) Isolando x na 1ª equação:

x  y  1  x  1 y 1

2º passo: Isolando x na 2ª equação:

x  3 y  3  x  3  3 y 2

3º passo) Comparando 1 e 2, vem:

xx
1  y  3  3 y
y  3 y  3  1
2 y   4
4
y
2
y2

35
4º passo) Como x = 1+y, temos:

x = 1+(2)
x=3
Conjunto-Solução: S = {(3,2)}

x  5 y
2. Resolver o sistema 
 x  3 y  16

1º passo: x = 5y 1

2º passo: Isola-se x na 2ª equação

x  3 y  16
x  16  3 y 2
3º passo: Comparando 1 e 2, vem

5y = 16 – 3y
5y + 3y =16
8y = 16
y=2

4º passo: Como x = 5y, temos:

x = 5.(2)
x = 10

A solução é S = {(10,2)}

Agora é sua vez!

1) Aplicando o método da comparação, resolva os seguintes sistemas:

x  y  1 x  3y 2 x  y  3
a)  b)  c) 
 x  2 y  3 x  2 y  3  x  y  1

36
2) Aplicando o método mais conveniente para o caso, resolva os seguintes sistemas:

x  y  3 x  3y  x  y  10 x  2 y
a)  b)  c)  d) 
2 x  y  9  x  2 y  10 2 x  y  8 3x  5 y  55

3) Por um refrigerante e um hambúrguer paguei R$7,00. Nas mesmas condições eu


paguei R$10,00 por dois refrigerantes e um hambúrguer. Quanto custou cada item?

4) João e José são colegas. Ao passarem por uma livraria, João comprou 2
cadernos e 3 livros e pagou por eles R$ 15,40, no total dos produtos. José gastou
R$ 9,20 na compra de 2 livros e 1 caderno. Quanto custou cada livro e cada
caderno?

2.3.3 Método da Adição

Adicionando ou subtraindo membro a membro duas igualdades, obtemos uma nova


igualdade.
O método consiste em somar as duas equações, mas isso deve ser feito
sempre de modo a eliminar uma das variáveis na nova equação obtida. Ou seja, é
preciso chegar a uma só equação, com uma só incógnita. Para que isso ocorra, é
necessário existam termos opostos nas duas equações (em relação a uma mesma
letra...).
Exemplo:
5 x  3 y  15
1. Considere o sistema 
2 x  3 y  6

37
Observe que a equação 1 tem o termo -3y, e a equação 2 tem o termo +3y (oposto
de -3y).

Esse fato nos permite obter uma só equação sem a incógnita y, somando as duas
equações membro a membro.

5 x  3 y  15 Como  3 y  3 y  0, o y desaparece.
  
2 x  3 y  6 Aí , fica tudo mais fácil !
7 x  0  21
7 x  21
x3
Agora, é só substituir o valor de x em uma das equações do sistema:

5 x  3 y  15
5.(3)  3 y  15
15  3 y  15
3 y  15  15
3 y  0
y0

A única solução do sistema é o par (3,0)

Exemplo:
2 x  5 y  16
2. Vamos resolver o sistema 
3x  2 y  2

Aqui, seria inútil somar imediatamente as equações. Como não observamos termos
opostos (que somados resulta 0), nenhuma letra desaparece. Mas, podemos obter
termos opostos.

Veja que o MMC entre 5 e 2 (coeficientes de x nas duas equações) é 10. Daí,
multiplicamos a 1ª equação por 2 e a 2ª equação por -5:

2 x  5 y  16  (2)  4 x  10 y  32
 
3x  2 y  2  (5) 15 x  10 y  10

Você viu bem?!!! Com isso, conseguimos termos opostos neste último sistema.

E como +10y –10y = 0, vem:

38
 4 x  10 y  32
 
15 x  10 y  10
 11x  0  22
 11x  22
22
x
11
x  2

Agora, levamos x = -2 na 2ª equação para encontrar o valor de y:


3x  2 y  2
3(2)  2 y  2
6  2 y  2
2y  2  6
2y  8
y4

A solução é o par (-2,4).

Exemplo:
3x  y  3
3. Resolva pelo método da adição o sistema 
3x  4 y  30

Vamos tornar opostos (ou simétricos) os coeficientes em x. Para isso, basta


multiplicar a primeira equação por -1 (não mexer na 2ª):

3x  y  3 .(1) 3x  y  3


  
3x  4 y  30 .(1) 3x  4 y  30
3 y  27
De 3y = 27, tiramos y = 9.

Calculando x:

Substituímos y = 9 na 1ª equação:
3x  y  3
3 x  (9)  3
3x  3  9
3 x  6
6
x
3
x  2

39
Nota importante: Podemos aplicar o método da adição de outra forma, neste
caso procurando zerar a incógnita y. Veja:
Multiplicamos a 1ª equação por 4 e a 2ª por 1... e então

3x  y  3 .(4) 12 x  4 y  12


  
3x  4 y  30 .(1)  3x  4 y  30
 9 x  0  18

18
De 9 x 18 , encontramos x   2 (Viu?!! Dá o mesmo resultado!). Portanto,
9
pode-se usar o processo da dição duas vezes seguidas

 6a  5b  15
Exemplo 4: Resolver o sistema pelo processo da adição 
7a  16b  13

Temos que o MMC(6,7) = 42. Então, multiplicamos a 1ª equação por 7 e a 2ª por 6,


temos:

 42a  35b  105


 
42a  96b  78
 6a  5b  15 .(7)  42a  35b  105
  61b  183
7a  16b  13 .(6) 42a  96b  78 183
b 3
61
Substituindo b = 3 na 2ª equação, vem:

7 a  16b  13
7 a  16.(3)  13
7 a  48  13
7 a  13  48
7 a  35
35
a
7
a5

2.4 Equações do 2o Grau ou Equações Quadráticas

Uma equação na incógnita x é chamada de Equação Quadrática se puder ser


colocada na forma ax2  bx  c  0 , com a, b e c   e a  0 . Se um dos coeficientes b
ou c for nulo a equação está na forma incompleta, caso na equação apareçam os
três termos ela é dita completa.

40
Nota: As equações do 2o grau podem ser sempre resolvidas aplicando-se o método
de Bháskara. No entanto, nos casos de equações incompletas, pode-se encontrar as
raízes de forma mais rápida e direta, como demonstrado nos exemplos seguintes.

Métodos de resolução:

 Equações incompletas com b = 0

4x 2  9  0
4x 2  9
9
x2 
4
9
x
4
3
x
2

Assim a solução é: S   , 


3 3
 2 2
 Equações incompletas com c = 0

x 2  12 x  0

Fatorando-se a expressão temos:

x  x  12  0

Quando chegamos a um produto de expressões polinomiais cujo resultado é


igual a zero, obrigatoriamente um dos termos desta multiplicação é nulo. Dessa
forma basta igualar a zero cada um dos termos para obter a solução da equação.

x0 ou x  12  0
x  12

Assim a solução será: S  0,12

 Equações completas

Resolução pelo método de Bháskara:

b 
x onde   b 2  4ac
2a

x 2  5x  6  0

   5 2  416   25  24  1

41
  5   1
x
21
5 1 5 1
x'  2 e x' '  3
2 2

A solução da equação será S  2,3

Nota: De acordo com o sinal do  da fórmula de Bháskara tem-se o número de


raízes da equação:
Para   0 temos duas raízes reais e distintas; para   0 duas raízes reais e iguais e
finalmente para   0 a equação não apresenta raízes reais.

2.4.1 Equações que recaem em Equações Quadráticas

Existem alguns casos especiais de equações que podem ser reduzidas a


equações quadráticas, facilitando a sua resolução.

Exemplo:
A equação pode ser reescrita na forma x 8   x 8  2  0
2
x 16  x 8  2  0

Fazendo x 8  z , temos: z 2  z  2  0

Ao resolvermos resolvendo esta equação encontramos as raízes z'  1 e z' '  2

Substituindo em x 8  z :
x 8  1  Não existe solução real e x8  2 
x  8 2

A solução da equação será S   8 2 , 8 2 


Agora é sua vez!

Resolva as equações:
a) x 2  100  0 b) 2 x 2  5 x  0

c) 5 x 2  64  0 d) 3 x 2  10 x  0

42
e) 10 x 2  81  0 f) 7 x 2  28  0

g) x 2  8 x  20  0 h) y 2  9 y  20  0

i) 2 x 2  2 x  12  0 j) 3 x 2  4 x  10  0

2.5 Fatoração

Realizar a fatoração de uma expressão significa, de uma forma geral, reescrever


esta expressão na forma de um produto de dois ou mais termos. Para nossos
estudos de Cálculo Diferencial este tipo de operação será de extrema importância na
simplificação de expressões para o cálculo de limites. A seguir estão descritos
alguns exemplos de fatorações importantes:

2.5.1 Fator comum colocado em evidência

Nas expressões onde há um termo comum, pode-se colocar este termo em


evidência reescrevendo a expressão como um produto de dois termos:

43
Exemplos:

a) x4  3x3  8x pode ser reescrita como x  x  3x  8
3 2

b) 3x  12 x  15x . Todos os termos com múltiplos de 3x e dessa forma é possível
2 3


reescrever a expressão como 3x  x  4 x  5
2

7a 2 x 4 3a3 x 2 9a 4 x3 a2 x2  7 x2 9a 2 x 
c)   pode ser reescrita como   3a  
4 2 10 2  2 5 
d) 20 z  4 zx  60b 12bx . Os dois primeiros termos são múltiplos de 4 e ainda
apresentam em comum o a variável z ; os dois últimos termos são múltiplos de 12
e apresentam o termo b em comum. Assim, reescrevemos:
4 z   5  x   12b   5  x  . No entanto ainda podemos continuar fatorando a
expressão, colocando-a na forma  5  x    4 z  12b  , e finalmente colocando o
termo comum em evidência obtemos: 4   5  x    z  3b  .

2.5.2 Diferença de dois quadrados

Expressões que apareçam na forma a  b , podem ser reescritas como


2 2

 a  b   a  b .
Exemplos:

a) y  25   y  5   y  5
2
 
c) b  16  b  4  b  4
6 3 3

b) 1  49 x  1  7 x   1  7 x 
2

2.5.3 Expressões quadráticas do tipo ax  bx  c


2

Desde que existam as raízes x ' e x '' da equação do segundo grau


ax2  bx  c  0 , é possível reescrever expressões deste tipo na forma
a   x  x '   x  x '' .
Exemplos:
a) 2 x  16 x  30 pode ser reescrita na forma 2   x  3   x  5
2

b) x  6 x  16 pode ser reescrita como 1  x  8   x  2 


2

2.5.4 Inequações do 1o Grau

As inequações do 1° grau são do tipo ax  b  0 , ax  b  0 , ax  b  0 ou


ax  b  0 . A forma de resolvê-las é semelhante àquela utilizada na resolução das
equações dos 1o grau.

Nota: Se durante a resolução da inequação houver a necessidade de se


multiplicar a inequação por (-1), deve-se inverter o sinal da desigualdade.

44
Exemplo:
x  4  2x  1
x  2x  1  4
 x  5 (-1)
x  5 S  x  R | x  5

Agora é sua vez!

Resolva as inequações indicadas a seguir:

a) 2 x  1  3x  3 b) 53 x  3  5x  3

c) 4 x  2x  3  2 d) x  2  23x  5  3x

2.6 Produtos Notáveis

a) Produto da soma pela diferença: x  a x  a   x 2  a 2


b) Quadrado da soma: x  a 2  x 2  2ax  a 2
c) Cubo da soma: x  a 3  x 3  3 x 2 a  3 xa 2  a 3
d) Quadrado da diferença: x  a 2  x 2  2ax  a 2
e) Cubo da diferença: x  a 3  x 3  3 x 2 a  3 xa 2  a 3

Agora é sua vez!

1) Complete a tabela a seguir com os termos correspondentes:

Produto Quadrado 2 x (1º T.) x Quadrado


Notável do 1º T. (2º T.) do 2º T.
(a + 5)²
(2x+y)²
(3a+4)²
(x²+a²)²

45
2) Desenvolva os produtos abaixo:

a) x  4 2 b) x  5 2

c) 2 x  6 2 d)  3 x  12

2
e)  y  2a 2 f)   4 
3x
 2 

2 2
g)  x   h)   
1 x 4
 3 3 7

i) x  4 3 j) 2 x  6 3

3 3
k)    l)   
x 3 2 x 10
2 5  3 9 

m) x  4 x  4  n)  x   x  
1 1
 6  6

o)   2   2  p)     
x x 3x 3 3x 3
2  2   5 11  5 11 

2.7 Expressões Racionais

2.7.1 Adição e subtração

Exemplo 1:

46
2 5x 4 2  5x 4
 
x2  1 x2  1 x2  1

Exemplo 2:
2 5x 4 2 5x 4 2x  1  5 x 4 x  1 2 x  2  5 x 5  5 x 4
    
x2  1 x 2  2x  1 x  1x  1 x  12 x  1x  12 x  1x  12

Exemplo 3:
2 1 x 3
 2  3  2
x x x  2x 2
x  2x

Fatorando o denominador temos: 2  12  x



3
Após encontrar o mmc
x x x  x  2  x x  2 
2

obtém-se:

2 x  x  2  x  2  x  3x 2 x 2  4 x  x  2  x  3x 2 x 2  x  2
  2
x 2 x  2 x 2  x  2 x  x  2

2.7.2 Produto e quociente

Exemplo 4:
2x 1 x x  (2 x  1)
.  2
x  1 x  1 ( x  1)  ( x  1)
2

Exemplo 5:
2x 1
x 2  1  2 x  1 . x  1  (2 x  1)  ( x  1)
x x2 1 x x  ( x 2  1)
x 1

Vamos supor que igualemos a expressão anterior a zero, ou seja: 2 x  12 x  1  0 .



x  x 1 
Para resolver a expressão, Basta encontrarmos os valores de x que fazem o numerador
se tornar nulo e, em seguida, verificarmos se algum dos valores encontrados não tornam o
denominador nulo. Assim:
2 x  1x  1  0
2x 1  0
x 1  0
2x  1 ou
x  1
1
x
2
Verifica-se que o denominador x  x 2  1  0 é diferente de zero se x  0 .
Dessa forma as soluções da equação são: S   1, 1
2
 
Exemplo 6:

47
x 2  16
.
x 1

x  4x  4 . x  1  x  4 ou x4
x 2  2 x  1 x 2  5x  4 x  12 x  1x  4 x  1x  1 x 2 1

Agora é sua vez!

f) Realize as operações indicadas a seguir simplificando a expressão resultante:

a) 3x  1  x b) x 2 2  2 x  1
2

x 1 x 1 x 2x  1

x 2 2 3 5 x
c)  d)  
x  4 x2  5 x  6
2
x 1 x  1 1  x2

4x  8
x4  a4 x  a
e) x  7  f) .
3 x 2  12 x  a x2  a2
2 x 2  98

Módulo 3

3. UNIDADES DE MEDIDAS
Unidade de medida é uma quantidade específica de determinada grandeza física e
que serve de padrão para eventuais comparações, e que serve de padrão para
outras medidas.

Sistema internacional de unidades (SI): Por longo tempo, cada região, país teve
um sistema de medidas diferente, criando muitos problemas para o comércio devido
à falta de padronização de tais medidas. Para resolver o problema foi criado o
Sistema Métrico Decimal que adotou inicialmente três unidades básicas: metro, litro
e quilograma.

Entretanto, o desenvolvimento tecnológico e científico exigiu um sistema padrão de


unidades que tivesse maior precisão nas medidas. Foi então que em 1960, foi criado
o Sistema Internacional de unidades (SI). Hoje, o SI é o sistema de medidas mais
utilizado em todo o mundo.

48
Existem sete unidades básicas do SI que estão na tabela abaixo:

Grandeza Unidade Símbolo


Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente Elétrica Ampère A
Temperatura kelvin K
Quantidade de matéria mol mol
Intensidade luminosa candela cd
Figura 1. Sistema Internacional de Unidade (Fonte:
http://www.inmetro.gov.br/noticias/conteudo/sistema-internacio nal-unidades.pdf)

3.1 Unidades de comprimento


A unidade padrão para comprimento é o metro, indicada pelo símbolo m. Com o uso
de alguns prefixos e radicais, foram criados seus múltiplos e submúltiplos decimais.

Figura 02 – Unidades de Comprimento. (Fonte: www.google.com.br)

Exemplos:

1. Expresse em cm a medida 50dam:

Figura 03 – Unidades de Comprimento. (Fonte: www.google.com.br)

Como a unidade será diminuída, o valor numérico será aumentado por uma
multiplicação por 103 (três casas para irmos do dam ao cm). Logo:
50dam = 50 × (103)cm
50dam = 50 × (10 × 10 × 10)cm
50dam = 50 × 1.000cm
50dam = 50.000cm

2. Expresse em hm a medida 1.200mm:

49
Figura 04 – Unidades de Comprimento. (Fonte: www.google.com.br)

Como a unidade será aumentada, o valor numérico será diminuído por uma divisão
por 10 5 (cinco casas para irmos do mm ao hm). Logo:
1.200mm = 1.200/(10 5 )hm
1.200mm = 1.200/(10 × 10 × 10 × 10 × 10)hm
1.200mm = 1.200/100.000hm
1.200mm = 0,012hm

Agora é sua vez!

1.Para cada situação de medir, devemos usar de bom senso na hora de escolher a
unidade mais adequada. Escreva, então, a unidade que você usaria para medir:
a)A distância entre duas cidades
b)O comprimento de uma sala
c)A largura da folha do seu trabalho
d)A altura de uma parede
e)A espessura de uma chapa de madeira compensada
f)A distância da Terra à Lua
g)A altura de uma montanha
h)A frente de um terreno
i)O diâmetro da terra

2.Expresse:

a) 15 dm em cm
b) 1200 m em km
c) 3 mm em cm
d) 13 m em cm
e) 10000 mm em km
f) 15 hm em dm

3.Um dos lados de uma rua tem 18 quarteirões, com 94 m de comprimento cada um.
Qual é a extensão dessa rua em quilômetros?

4.Um barbante de 5,60 m de comprimento foi cortado em 40 pedaços de mesmo


tamanho. Qual o comprimento de cada pedaço, em centímetros?

5. Para cercar uma propriedade quadrada de 5hm de lado, temos 20 rolos de 100m
de arame farpado. Sabendo que a cerca deve apresentar quatro fileiras de arame,

50
quantos rolos de 200m de arame o proprietário deverá comprar de modo a cercar
completamente a propriedade?

3.2 UNIDADE DE MASSA

A grandeza massa, vulgarmente chamada de peso, indica a quantidade de matéria


de um corpo.
Apesar de a unidade de uma massa adotada no Sistema Internacional de Unidades
ser o quilograma, indicaremos como unidade padrão o grama, já que os demais são
múltiplos ou submúltiplos deste, como mostraremos a seguir:

Figura 05 – Unidades de Massa. (Fonte: www.google.com.br)


Exemplo:
Expresse em g a medida 400mg:

Figura 06 – Unidades de Massa. (Fonte: www.google.com.br)

Como a unidade está sendo aumentada, o valor numérico será obtido pela divisão
de 400 por 1.000. Logo:
400 mg = 400/(10 3 )g
400 mg = 400/(10 × 10 × 10)g
400 mg = 400/1.000g
400 mg = 0,4g

Agora é sua vez!

1. O miligrama é uma unidade de massa que pode ser observada nas embalagens
de medicamentos. De acordo com uma embalagem de um medicamento com 10
comprimidos, cada comprimido contém 500 mg de vitamina C, que é o principal
componente de seus comprimidos. Calcule quantos gramas de vitamina C uma
pessoa terá ingerido depois de 10 dias:

2. Um caminhão suporta cargas de até 3.000 kg. Qual é o maior número de caixas
que ele pode transportar, se cada uma delas tem 120.000 g?

51
a) 25 b) 26 c) 27 d) 250 e) 260

3. Expresse:

a) 90 kg em g = c) 1300 mg em g =
b) 2000 g em kg = d) 8 g em mg =

4. Reduza as unidades para grama:

11dag = 7cg =
4kg = 4,5dg =
16dg = 11229hg =
112,3mg = 5,46dag =
7,84dag = 3dg =
78kg = 55cg =
6dag = 3,121kg =
7,8963dag = 1234,6 mg =
4112mg = 4,33dag =
2333cg = 7,23245kg =
45682mg = 0,1222hg =

3.3 UNIDADE DE SUPERFÍCIE

A unidade padrão para superfície é o metro quadrado, indicada pelo símbolo


2
m , que expressa o espaço existente dentro de um quadrado de lado 1m.
Utilizamos os mesmos prefixos e radicais para indicar seus múltiplos e submúltiplos
decimais.
Fórmula da área de uma superfície: A = L x L ou A = L 2

Figura 07 – Unidades de Superfície. (Fonte: www.google.com.br)

Caso você precise converter uma medida de superfície de uma unidade para
outra, o fator de conversão será uma potência de 10, cujo expoente será dado pelo
dobro do número de casas a percorrer na tabela anterior. Observe os dois exemplos
a seguir:

Exemplo 1:
Expresse em mm 2 a medida 5m 2 :

52
Figura 08 – Unidades de Superfície. (Fonte: www.google.com.br)
Como a unidade será diminuída, o valor numérico será aumentado pela
multiplicação por 10 6 (três casas para irmos do m 2 ao mm 2 ). Logo:
5m 2 = 5 × (10 2 ) × (10 2 ) × (10 2 )mm 2
5m 2 = 5 × (10 ×10) × (10 × 10) × (10 × 10)mm 2
5m 2 = 5 × 100 × 100 × 100mm 2
5m 2 = 5 × 1.000.000mm 2
5m 2 = 5.000.000mm 2

Exemplo 2:
Expresse em m 2 a medida 142dm 2 :

Figura 09 – Unidades de Superfície. (Fonte: www.google.com.br)


Como a unidade será aumentada, o valor numérico será diminuído pela divisão por
10 2 (uma casa para irmos do dm 2 ao m 2 ). Logo:
142dm 2 = 142/(10 2 )m 2
142dm 2 = 142/(10 × 10)m 2
142dm 2 = 142/100m 2
142dm2 = 1,42m2

Agora é sua vez!

1. Que unidade você usaria para medir a área da sala de aula?

2. Alexandre mediu a área da sala de aula usando como unidade uma folha de seu
caderno e Júlia mediu a área da mesma sala usando como unidade o centímetro
quadrado. Quem obteve maior valor (absoluto) ao medir?

3. Complete:

a) 0,01m 2 = 1_____ b) 0,0001m 2 = 1______

c) 100cm 2 = 1_____ d) 10.000m 2 = 1______

53
e) 1.000.000m 2 = 1_____

4. Quantos metros quadrados cabem em:

a) 947 dm 2 = b) 10615 cm 2 =

c) 0,48 dam 2 = d) 3 km 2 =

e) 101.223mm 2 =

3.4 UNIDADES AGRÁRIAS

As unidades agrárias são usadas principalmente para medir grandes extensões de


terra.
Temos:
- 1 a (are) = 100 m 2
- 1 há (hectare) = 100 a ou 10.000m 2
- 1 alqueire do Norte → 27 225 m2 → 2,72 há
- 1 alqueire Mineiro → 48 400 m2 → 4,84 há
- 1 alqueire paulista → 24 200 m2 → 2,42 há
- 1 alqueire baiano → 96 800 m2 → 9,68 ha

Agora é sua vez!

1. Quantos metros quadrados há em:

a) 15 a = b) 1,25 ha =

c) 6,2 a = d) 5,9 há =

e) 2 alqueires paulista =

2. O sítio de seu José mede 15 há. Ao lado do sítio fica a fazenda Lago Azul, que
mede 200 alqueires. Na Lago Azul, uma plantação de eucaliptos cobre uma área
equivalente a 57 alqueires paulista.

a) Qual é a área do sítio de seu José em metros quadrados? E em quilômetros


quadrados?

b) Qual é a área, em metros quadrados, da fazenda Lago Azul? E em quilômetros


quadrados?

c)Qual é a área, em metros quadrados, ocupada pela plantação de eucaliptos?

3.5 UNIDADES DE VOLUME

54
Normalmente, os livros didáticos fazem distinção entre as unidades de volume e as
unidades de capacidade. As primeiras seriam originadas das unidades de
comprimento e serviriam para expressar o espaço tridimensional ocupado por um
objeto. Já as segundas teriam como unidades de medida o litro, com seus múltiplos
e submúltiplos, e serviriam para expressar a capacidade de recipientes. Creio ser
mais coerente falar em unidades de volume, lembrando que, em caso de recipientes,
estamos indicando o volume necessário para enchê-los com certo líquido.
Fórmula do volume: V = L x L x L ou V = L 3

Figura 10 – Unidades de Volume. (Fonte: www.google.com.br)

Nesse caso, a conversão se dará como ocorre nas unidades de comprimento, ou


seja, o fator de conversão será uma potência de 10, cujo expoente será dado pelo
número de casas a percorrer. Dentre essas unidades, podemos citar como mais
utilizadas o litro, o mililitro e o metro cúbico. Essa última é a unidade utilizada pela
Companhia de Água ao indicar o consumo mensal de água em cada residência.

1l = 1dm 3 ou 1m 3 = 1.000 l

Figura 11 – Unidades de Volume. (Fonte: www.google.com.br)

Exemplo:
Expresse em m 3 a medida 40.000cm 3 .

Figura 12 – Unidades de Volume. (Fonte: www.google.com.br)

Como a unidade aumenta, o valor numérico da medida será diminuído pela divisão
por 10 6 (duas casas para irmos de cm 3 a m 3 ). Logo:

55
40.000cm 3 = 40.000/(10 6 )m 3
40.000cm 3 = 40.000/(10 × 10 × 10 × 10 × 10 × 10)m 3
40.000cm 3 = 40.000/1.000.000m 3
40.000cm 3 = 0,04m 3

Agora é sua vez!

1. Uma indústria embala sua produção de óleo vegetal em latas de 500cm 3 .


Quantas destas latas são necessárias para embalar uma produção de 9.000 litros de
óleo vegetal?

2. Um balde cabem 16 L de água. Um aquário tem a forma de um cubo com


capacidade de 512.000 ml. Quantos baldes serão necessários para encher o
aquário?

3. Expresse:

a) 90 l em cl = b) 0,8 cl em ml =
c) 1300 ml em l = d) 2000 l em kl =

4. Quanto tempo leva uma torneira que despeja 720 L de água por hora para encher
uma piscina com capacidade para 144 kl ?
a) 2 dias b) 3 dias c) 4 dias d) 8 dias

5. Quantos metros cúbicos cabem em:

a) 10 dm 3 = b) 1.947 cm 3 =
c) 6.485 dam 3 = d) 67.811 cm 3 =

3.6 UNIDADES DE TEMPO

A unidade de tempo adotada pelo Sistema Internacional de Unidades é o segundo.


Entretanto, a utilização dessa unidade é conveniente em pequenos intervalos de
tempo. Por isso, são também utilizadas medidas de tempo expressas em horas e/ou
em minutos.

Figura 13 – Unidades de Tempo. (Fonte: www.google.com.br)

A conversão entre essas unidades será feita utilizando-se um fator de conversão 60


ao passarmos de uma casa para a seguinte, mas continuaremos com o princípio
utilizado nos casos anteriores.

56
Exemplo:

Expresse em h a medida 360s:

Figura 14 – Unidades de Tempo. (Fonte: www.google.com.br)

Como a unidade de tempo será aumentada, o valor numérico será diminuído pela
divisão por 60 2 . Logo:
360s = 360/(60 2 )h
360s = 360/(60 × 60)h
360s = 360/3.600h
360s = 0,1h

Agora é sua vez!

1. Expresse:

a) 90 min em s = b) 0,8 h em min =

c) 1300 min em h = d) 2000 s em h =

Módulo 4
4. RAZÕES E PROPORÇÕES
4.1 RAZÃO:
Considere a seguinte situação:
Numa classe há 15 meninos e 20 meninas.
a)Qual a razão entre o nº de meninos e o nº de meninas?

b)Qual a razão entre o nº de meninas e o nº de meninos?

Assim : A razão entre dois números é o quociente do primeiro


pelo segundo, com o segundo número diferente de zero.

Exemplos:
3
a)a razão de 3 para 5 é:
5

57
1
1 2 3
b)a razão de para é: 4 , que é igual a
4 3 2 8
3
Termos de uma razão:
Os termos de uma razão recebem nomes especiais:
4
Na razão: o número 4 é chamado antecedente e o número 7 é chamado
7
consequente.

4.1.1 Razão de duas grandezas da mesma espécie


Considere a seguinte situação:
A altura de Ari 1,60m e a altura de Jair é 180cm. Qual a razão entre as alturas de Ari
e Jair?
Assim :
A razão entre duas grandezas de mesma espécie é o quociente dos números que
medem essas grandezas numa mesma unidade.

Agora é sua vez!

1. Determine qual é a razão:


a)3 para 7: b) 9 para 2:
c)6 para 18: d)18 para 6:
e)9 para 15: f)15 para 9:

2. Numa prova de 20 questões, um aluno acertou 12. Dê a razão do:


a)Nº de questões que acertou para o nº total de questões:

b)Nº de questões que errou para o nº total de questões:

c)Nº de questões que errou para o nº total de questões que acertou:


d)Nº de questões que acertou para o nº total de questões que errou:

4.2 PROPORÇÃO:

58
3 6 30
Sentenças do tipo   ... , que expressam razões equivalentes, recebem o
4 8 40
nome de proporções.
Assim:
Chamamos de proporção a igualdade entre duas razões.
De um modo geral, indica-se a/b = c/d ou a:b = c:d, que se lê: “a está para b assim
como c está para d”. Os termos recebem os seguintes nomes:
a,d são extremos
b,c são meios.
Podemos enunciar, então a propriedade fundamental da proporções.
Em toda proporção , o produto dos meios é igual ao produto dos extremos
Esta propriedade fundamental das proporções permite calcular o valor de um termo
desconhecido de uma proporção.
x 10
Vamos calcular o valor de x na proporção: 20  5

Agora é sua vez!

1.Determine o valor da variável nas proporções abaixo.

Módulo 5

7. Geometria Plana & Espacial


5.1 Ângulos
Ângulo é o nome que se dá à abertura formada por duas semirretas que partem
de um mesmo ponto. A

0 

B 59
AÔB ou 
Figura 15 – Ângulo. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)
A

 C
0

B
Figura 16 – Bissetriz. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)
Bissetriz de um ângulo é uma semirreta de origem no vértice do ângulo que divide o
mesmo em duas partes iguais:

Em que:
OA e OB são lados do ângulo; O é o vértice.

ângulo Representação Medida em graus


B

reto A 90º
0

raso A 0 B 180º

agudo 
menor que 90º
0
B

A

obtuso maior que 90º
0
B

Figura 17 – Ângulos. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

No plano, o sentido positivo atribuído aos ângulos é contrário ao dos ponteiros do


relógio. Na figura 2 está indicado o sentido de crescimento de um ângulo. O ângulo
 aumenta se a abertura aumentar no sentido indicado pela seta. O sentido negativo
é definido pela semirreta OA movendo-se no sentido horário.
Em trigonometria, especialmente quando se usam funções trigonométricas, definidas
mais adiante, é costume usar outra unidade para os ângulos em vez da indicada: é o
radiano. É definido de tal forma que um ângulo de π radianos é igual a 180º:
 radianos = 180º
5.1.1 Ângulos Complementares.

60
Dois ângulos são complementares quando a soma de suas medidas é igual a 90º.

 +  = 90º


Figura 17 – Ângulos. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

Obs Ângulo Complemento


.:
30º 60º
10º 80º
x 90 – x

5.1.2 Ângulos Suplementares.


Dois ângulos são suplementares quando a soma de suas medidas é igual a 180º.

  +  = 180º

Figura 18 – Ângulo. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

Obs Ângulo Suplemento


.:
100º 80º
40º 140º
x 180 – x

5.1.3 Ângulos Replementares


Dois ângulos são replementares quando a soma de suas medidas é igual a 360º.

 
 +  = 360º

Figura 18 – Ângulo. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

Obs Ângulo Replemento


.:

200º 160º

61
50º 310º
x 360– x

5.1.4 Ângulos Opostos pelo Vértice


São aqueles cujos lados de um são semirretas opostas dos lados do outro.

 e  são opostos pelo vértice.
   e  são opostos pelo vértice.

Figura 19 – Ângulos opostos. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

Unidades de medida de um ângulo

5.1.5 Grau
A medida de uma volta completa é 360º.

1º = 60’ º = grau
1’ = 60” ‘ = minuto e “ = segundo

5.1.6 Radiano
A medida de uma volta completa é 2  radianos.
Um radiano é a medida do ângulo central de uma circunferência cuja medida do arco
correspondente é igual à medida do raio da circunferência.

Exemplos:
Vamos efetuar algumas operações com graus:
a) 125º 40’ 34” + 39º 33’ 27”

125º 40’ 34”


+ 39º 33’ 27”
164º 73’ 61”

Já sabemos que 1º é igual a 60’ e que 1’ é igual a 60”, assim vamos transpor essas
equivalências para seu correspondente.

125º 40’ 34”


+ 39º 33’ 27”
164º 73’ 61”
+ 1’
125º 40’ 34”
+ 39º 33’ 27”
164º 74’ 01”

+ 1º + 1’

62
125º 40’ 34”
+ 39º 33’ 27”
165º 14’ 01”

b) 85º 40’ 24” - 69º 33’ 27”


85º 40’ 24”
- 69º 33’ 27”

Veja que não temos como tirar 27 de 24, então vamos pedir emprestado aos
minutos.
60”
85º 39’ 24”
- 69º 33’ 27”

Assim:
85º 39’ 84”
- 69º 33’ 27”
16º 06’ 57”

Agora é sua vez:

1.Assinale V para verdadeiro e F para falso nas sentenças abaixo


( ) 80º e 10º são suplementares.
( ) 30º e 70º são complementares.
( ) 120º e 60º são suplementares.
( ) 20º e 160º são complementares.
( ) 140º e 40º são complementares.
( ) 140º e 40º são suplementares.

2. Calcule o complemento dos seguintes ângulos:


a) 25º
b) 47º
c) 52º

3. Calcule o suplemento dos seguintes ângulos:


a) 125º
b) 132º
c) 121º

4) Dado um ângulo de medida x, indique:


a) seu complemento;
b) seu suplemento;
c) o triplo de seu suplemento;
d) o complemento da sua terça parte;
e) o suplemento do complemento de x;

5. Dê a medida do ângulo que vale o dobro de seu complemento.

63
6.Efetue as operações com graus abaixo solicitadas.
a) 48º 27' 39" + 127º 51' 42" b) 106º 18' 25" + 17º 46' 39"

c) 90º - 61º 14' 44" d) 136º 14' - 89º 26' 12"

5.2 TRIÂNGULOS

Os triângulos são polígonos de três lados. Iremos classificar os triângulos de duas


maneiras: quanto aos lados e quanto aos ângulos.

Quanto aos lados:

Equilátero Isósceles Escaleno


todos os lados iguais dois lados iguais todos os lados diferentes

Figura 20 – Triângulos. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

Quanto aos ângulos:

Acutângulo Obtusângulo Retângulo

Um ângulo agudo Um ângulo obtuso Um ângulo reto

Figura 21 – Ângulos dos Triângulos. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

Algumas propriedades:

- Se o triângulo tem dois lados iguais, os ângulos que lhes são opostos também
são iguais.

64
- Num triângulo, ou em triângulos iguais, a lados iguais opõem-se ângulos iguais.
- Num triângulo, ou em triângulos iguais, a ângulos iguais opõem-se lados iguais.
- Num triângulo, ao maior lado opõem-se o maior ângulo.

5.3 Quadriláteros

- Os quadriláteros podem ser trapézios (com dois lados paralelos) e não trapézios
(quando não tem lados paralelos).
- Os trapézios podem ser paralelogramos (com lados opostos paralelos) e
trapézios propriamente ditos (apenas com dois lados paralelos).

Paralelogramos
Retângulo Losango Quadrado Paralelogramo

Figura 22 – Quadrilateros. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

Propriedades:
Retângulo: - lados opostos iguais
- quatro ângulos retos
- diagonais iguais que se bissetam
- dois eixos de simetria

Losango: - quatro lados iguais


- ângulos opostos iguais
- diagonais perpendiculares que se bissetam
- dois eixos de simetria

Quadrado: - quatro lados iguais


- quatro ângulos retos
- diagonais perpendiculares
- quatro eixos de simetria

Paralelogramo obliquângulo: - lados opostos iguais


- ângulos opostos iguais
- diagonais que se bissetam
- não tem eixos de simetria

Trapézios propriamente ditos

Isósceles Retangular Escaleno

Figura 23 – Trapézios. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

65
Propriedades:
Isósceles: - dois lados iguais
- um eixo de simetria
Retângular: - um ângulo reto
- não tem eixos de simetria
Escaleno: - quatro lados diferentes
- não tem eixos de simetria

5.4 Polígonos
Pentágonos - São polígonos com cinco lados e cinco ângulos. Por exemplo:

Figura 24 – Polígonos. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

Hexágonos - São polígonos de seis lados e seis ângulos. Por exemplo:

Figura 25 – Polígonos. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)


Heptágonos - São polígonos de sete lados e sete ângulos. Por exemplo:

Figura 26 – Polígonos. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)


Octógonos - São polígonos de oito lados e oito ângulos. Por exemplo:

Figura 27 – Polígonos. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

Os polígonos podem ser côncavos ou convexos.


Um polígono diz-se côncavo quando o prolongamento de pelo menos um dos
seus lados corta o polígono em duas partes.
Exemplo:

66
Figura 28 – Polígonos. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

Um polígono diz-se convexo quando o prolongamento de qualquer dos segmentos


que o determina deixa o polígono de um só lado.
Exemplo:

Figura 29 – Polígonos. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)


Os polígonos podem ser regulares ou não regulares.
Um polígono é regular se tem todos os lados e todos os ângulos iguais, caso
contrário, dizemos não regular.
Exemplo de polígonos regulares:

Figura 30 – Polígonos. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

Polígono No. de lados Polígono No. de lados


Triângulo 3 Quadrilátero 4
Pentágono 5 Hexágono 6
Heptágono 7 Octógono 8
Eneágono 9 Decágono 10
Undecágono 11 Dodecágono 12

5.5 Circunferência (Círculo)

Circunferência é a figura geométrica formada por todos os pontos de um


plano que distam igualmente de um ponto fixo. Esse ponto fixo é denominamos de
CENTRO da circunferência (ponto O). A distância constante denominamos de RAIO
(indicado por r).

Por exemplo:

67
Figura 31 – Círculo. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

Vejamos alguns elementos da circunferência:

* Qualquer segmento que une o Centro a qualquer ponto da circunferência


chama-se raio (r).
* Qualquer segmento que une dois pontos quaisquer e distintos de uma
circunferência chama-se CORDA.

Figura 32 – Corda. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)


* A corda que passa pelo centro da circunferência chama-se DIÂMETRO.
Assim, o diâmetro é a maior corda da circunferência e seu comprimento é igual ao
dobro do comprimento do raio. Vamos indicar o diâmetro por d, logo d=2r.

Figura 33 – Diâmetro. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

5.6 ÁREAS AS FIGURAS

5.6.1 ÁREA DO RETÂNGULO


Em um retângulo de lados a e b, figura abaixo, onde:

Figura 34 – Área do retângulo. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

68
* a = medida do comprimento ou base
* b = medida da largura ou altura
* s = área total

temos que:
área do retângulo = b.h

5.6.2 ÁREA DO QUADRADO

Considerando que o quadrado é um caso particular do retângulo, onde todos os


lados são iguais, figura abaixo:

Figura 35 – Área do quadrado. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

* l = medida do comprimento ou base


* l = medida da largura ou altura
* s = área total

temos que:
área do quadrado = l.l ou l 2

5.6.3 ÁREA DE UMA REGIÃO TRIANGULAR (OU ÁREA DO TRIÂNGULO)

Considere as seguintes figuras:

Figura 36 – Área do triângulo. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)


Observe que, em qualquer uma das três figuras, a área do triângulo destacada é
igual à metade da área do retângulo ABCD. Assim, de modo geral, temos:
(b.h)
área do triângulo =
2

Neste caso, podemos considerar qualquer lado do triângulo como base. A altura a
ser considerada é a relativa a esse lado.

5.6.4 ÁREA DE UM LOSANGO


O quadrilátero abaixo é um losango onde vamos considerar:

69
Figura 37 – Área do losango. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

* O segmento PR representa a Diagonal Maior, cuja medida vamos indicar por D.

* O segmento QS representa a Diagonal Menor, cuja medida vamos indicar por d.


Você nota que a área do losango PQRS é igual à metade da área do losango
cujas dimensões são as medidas D e d das diagonais do losango, então:

( D.d )
área do losango =
2

5.6.5 ÁREA DO TRAPÉZIO

Considerando o Trapézio abaixo, podemos destacar:

Figura 38 – Área do trapézio. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

* MN é a base maior, cuja medida vamos representar por B.


* PQ é a base menor, cuja medida vamos representar por b.
* A distância entre as bases é a altura do trapézio, cuja medida indicaremos por h.
Se traçarmos a diagonal QN, por exemplo, obteremos dois triângulos, QPN e QMN,
que têm a mesma altura de medida h.

Figura 39 – Área do trapézio. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

Da figura temos:

- área do trapézio MNPQ=área do triângulo QPN + área do triângulo QMN

70
( B.h) (b.h)
- área do trapézio = 
2 2
( B.h  b.h)
- área do trapézio =
2
( B  b).h
área do trapézio =
2

5.6.6 ÁREA DE UM POLÍGONO REGULAR

Considerando o polígono regular da figura abaixo, que é um pentágono.

Figura 40 – Área do polígono regular. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

A partir do centro vamos decompor esse pentágono em triângulos que são


isósceles e congruentes, em cada um desse triângulos temos.
* base do triângulo, que corresponde ao lado do polígono e cuja a medida vamos
indicar por l.
* altura relativa à base do triângulo, que corresponde ao apótema do polígono e cuja
medida vamos indicar por a.
(l.a )
A área de cada triângulo é dada por:
2
(l.a)
Como são cinco triângulos, a área do polígono seria dada por: 5.
2
(l.a)
Logo, a área de um polígono regular, é dada por n. , onde n = nº de lados do
2
polígono.
(l.a)
área de um polígono regular = 5.
2

Sabendo, que 5.l , representa o perímetro (2p) do pentágono regular considerado, a


l
expressão 5. representa a metade do perímetro ou o semi perímetro (p) do
2
pentágono.

l
Assim temos: área do pentágono = 5.
2

71
Para todos os polígonos regulares, podemos escrever:

área de um polígono regular = p.a

5.6.7 ÁREA DE UM CÍRCULO

Observe a sequência de polígonos regulares inscritos numa Circunferência.

Figura 41 – Área do círculo. (Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/geometria_plana.doc)

Repare que a medida que o número de lados aumenta, o polígono regular


tende a se confundir com a região limitada pela CINCUNFERÊNCIA, ou seja, o
CÍRCULO.

Assim:

* o perímetro do polígono regular tende a se confundir com o comprimento da


CINCUNFERÊNCIA ( C  2 .r ).
2 .r
* o semi perímetro do polígono tende ao valor   .r .
2
* o apótema do polígono tende a coincidir com a altura o raio do círculo, então:

área de um círculo =  .r 2

5.7 Geometria Espacial

5.7.1 Poliedros convexos

Observe os sólidos abaixo cujas faces são polígonos convexos.

Figura 43 – Poliedros convexos. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-


115.191.doc)

72
Podemos servar que:
a) Cada aresta é comum a duas e somente a duas faces
b) Duas faces nunca estão num mesmo plano
c) O plano de cada face deixa as demais faces no mesmo semi-espaço.

Aos sólidos que satisfazem essas condições chamamos poliedros convexos.


Assim, um poliedro possui
 Faces (são polígonos convexos)
 Arestas (são os lados do polígono)
 Vértices (são os vértices do polígono)
 Superfície (é a união das faces do poliedro)

5.7.2 Classificação
Classificamos um poliedro de acordo com o número de faces. O número mínimo de
faces de um poliedro convexo são quatro.

Veja alguns exemplos:


 Tetraedro: 4 faces
 Pentaedro: 5 faces
 Hexaedro: 6 faces
 Heptaedro: 7 faces
 Octaedro: 8 faces
 Decaedro: 10 faces
 Dodecaedro: 12 faces
 Icosaedro: 20 faces

Figura 44 – Poliedros. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

5.7.3 Teorema de Euler

Num poliedro convexo, se V, A e F são os números respectivamente, de


vértices, de arestas e de faces, então vale a seguinte relação:

V  A F  2
Veja:

Poliedro convexo V A F V - A+ F
Hexaedro 8 12 6 8 – 12 – 6 = 2
Heptaedro 10 15 7 10 – 15 + 7 = 2
Decaedro 12 20 10 12 – 20 + 10 = 2
Dodecaedro 20 30 12 20 – 30 +12 = 2

5.7.4 Poliedros regulares

Um poliedro é regular se, e somente se, forem obedecidas as seguintes condições:

 Todas as suas faces são polígonos regulares e congruentes entre si


 Todos os seus ângulos poliédricos são congruentes entre si.

73
Exemplos:

a) Um poliedro convexo tem 22 arestas. O número de vértices é igual ao número de


faces. Calcular o número de vértices desse poliedro

Solução:
Apenas utilizando a formula resolvera o exercício logo V – A + F = 2 como o numero
de vértices é igual ao numero de faces temos:

2V – A = 2,
2V = 2 + 22,
V = 12

b) Um poliedro convexo tem cinco faces quadrangulares e duas faces pentagonais.


Calcular o número de arestas e o número de vértices.

Agora é sua vez!

1) (UFPA) Um poliedro convexo tem 6 faces e 8 vértices. O número de arestas é:


a) 6 b) 8 c) 10 d) 12

2) (PUC-SP) O número de vértices de um poliedro convexo que possui 12 faces


triangulares é:
a) 6 b) 8 c) 10 d) 12

3) (Cesgranrio) Um poliedro convexo é formado por 80 faces triangulares e 12


pentagonais. O número de vértices do poliedro é:
a) 80 b) 60 c) 50 d) 48

4) (Acafe-SC) Um poliedro convexo tem 15 faces triangulares, 7 faces pentagonais e


2 faces hexagonais. O número de vértices desse poliedro é:
a) 25 b) 48 c)73 d) 96

74
5) (Puccamp-SP) O “cubo octaedro” é um poliedro que possui 6 faces
quadrangulares e 8 triangulares. O número de vértices desse poliedro é:
a) 16 b) 14 c) 12 d) 10

5.8 Prismas

O prisma é um sólido delimitado por faces planas, conforme verificamos nas


figuras seguintes.

Figura 45 – Prismas. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

5.8.1 Elementos principais

 Bases: formada por polígonos


 Arestas das bases: lados das bases
 Faces laterais: formadas por paralelogramos
 Altura : distância H entre os planos das bases
 Superfície lateral: conjunto de todas as faces laterais
 Superfície total : união da superfície lateral com as duas bases

Figura 46 – Elementos principais. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-


115.191.doc)

5.8.2 Classificação:

Podemos classificar um prisma de acordo com o número de lados das duas


bases.
 Prisma triangular: bases : triângulos
 Prisma quadrangular : bases : quadriláteros
 Prisma pentagonal : bases: pentágonos

75
 Prisma hexagonal: bases: hexágonos

Se as bases são polígonos regulares, o prisma é chamado regular.

Figura 47 – Prismas. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

Um prisma é reto se as arestas laterais forem perpendiculares às bases; caso


contrário, o prisma é dito oblíquo.

5.8.3 Paralelepípedos

Denomina-se paralelepípedo o prisma no qual as seis faces são


perpendiculares.

Figura 48 – Paralelepípedos. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-


115.191.doc)

As dimensões são chamadas comprimento, largura e altura, cujas medidas


são indicadas por a, b e c, respectivamente.

Figura 49 – Paralelepípedo. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-


115.191.doc)
5.8.4 Cubo

É um paralelepípedo cujas arestas são congruentes entre si. O cubo é


também chamado hexaedro regular.

76
Figura 50 – Cubo. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

5.8.5 Diagonal

Chamamos diagonal D de um prisma todo segmento de reta cujas


extremidades são vértices que não pertencem a uma mesma face desse prisma.
O paralelepípedo a seguir apresenta as arestas de medidas a, b, e c.

D  a 2  b2  c 2

Figura 51 – Diagonal do paralelepípedo. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-


Espacial-115.191.doc)

Considerando o cubo um caso particular, temos todas as arestas iguais e de


medida a.

D  a 2  b2  c2

D  a2  a2  a2

Da 3

Figura 52 – Diagonal do cubo. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-


115.191.doc)
5.8.6 Áreas Dos Prismas

Como a superfície lateral de um prisma é a reunião de suas faces


laterais, então a área dessa superfície é a soma das áreas das faces laterais,
indicamos a área da superfície lateral por AL.

AL = soma das áreas das faces laterais


AL = 2pH, onde 2p é o perímetro da base e H é a altura do prisma.

77
Observação

Superfície total de um prisma é a reunião das suas faces laterais com as


suas bases.
Indicamos a área da superfície total por AT .

AT  AL  2  AB

Devemos considerar dois casos particulares:

 No paralelepípedo as arestas a, b e c, temos como faces

 Dois retângulos de área: a . b


 Dois retângulos de área: a . c
 Dois retângulos de área: b . c

Figura 53 – Área. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

Logo temos
AT  2  ab  ac  bc 

 No cubo de aresta de medida a, temos

AT  2  aa  aa  aa 
AT  2  a 2  a 2  a 2 

AT  6a 2
Figura 54 – Área. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

5.8.7 Volume Dos Prismas

Todo sólido ocupa uma porção do espaço. Essa porção é o volume desse
sólido.
O volume V de um prisma é igual ao produto da área de sua base AB pela
medida da sua altura H.

V  AB .H

 Para um paralelepípedo, devemos considerar a área da base como sendo


o produto a . b e a altura a aresta c. Logo

V  a.b.c

78
 No caso de uma cubo, as arestas de medida a, o volume é

V  a3
Exemplos:

1) Determinar a área total, o volume e a diagonal do paralelepípedo de


dimensões 3cm, 4 cm e 5 cm.

2) O volume de um cubo mede 27 cm3. Calcule.

a) sua área total

b) sua diagonal da face

c) sua diagonal

3) Um prisma regular triangular tem arestas laterais de 6 cm e arestas de base


de 4 cm. Obter:

a) O seu volume

b) A sua área lateral

79
c) A sua área total

Agora é sua vez!

1)Calcule a área total dos prismas retos das figuras.

2)Um prisma reto com 1,5 m de altura tem secção transversal como mostra a figura.
Determine a área total desse prisma.

3)Um prisma pentagonal regular tem 20 cm de altura. A aresta da base do prisma


mede 4 cm. Determine a sua área lateral.

4)Num prisma quadrangular, a aresta da base mede a = 6 m. sabendo que a área


lateral do prisma é 261 m², calcule a medida h da altura do prisma.

80
5)Um prisma reto tem por base um triângulo isósceles com medidas 8dm de base e
altura 3 dm.

6)(UFPA) Num prisma regular de base hexagonal a área lateral mede 36 m² e a


altura é 3 m. A aresta da base é:
a) 2m b) 4 m c) 6 m d) 8m e) 10 m

7)(UFCE) As dimensões de um paralelepípedo retângulo são proporcionais a 3, 5 e


7. Sabendo que a diagonal mede 4 cm, calcule o volume do paralelepípedo.

8)(Unicruz-RS) Se a soma das arestas de um cubo é igual a 72 cm, então o volume


do cubo é igual a:
a) 100 cm³ b) 40 cm³ c) 144 cm³ d) 16 cm³ e) 216 cm³

9)(UEPG-PR) As medidas internas de uma caixa d’água em forma de paralelepípedo


retângulo são: 1,2 m, 1 m e 0,7 m. Sua capacidade é de:
a) 8 400 litros b) 84 litros c) 840 litros d) 8,4 litros e) n.d.a

81
10) O volume do paralelepípedo retângulo cuja diagonal mede 7 cm e duas de
suas dimensões medem, respectivamente, 2 cm e 3 cm é
a) 6 cm³ b)7 cm³ c) 36 cm³ d) 49 cm³

11) (UFMG) As dimensões de um paralelepípedo retângulo são três números inteiros


e consecutivos. Se a diagonal desse paralelepípedo retângulo é cm, então seu
volume, em cm³, é:
a) 6 b) 24 c) 36 d) 60

12) Em um prisma regular de base hexagonal, a área lateral mede 36 m 2 e a altura é


3 m. a aresta da base é:
a)2 m b) 4 m c) 6 cm d) 8 m

5.9 Pirâmide

A pirâmide é um sólido delimitado por faces planas. Sua base é um polígono


e suas faces laterais são triângulos.
Observe as figuras seguintes:

Figura 55 – Pirâmides. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

5.9.1 Elementos principais

 Base: formada por polígono


 Vértice: ponto V

82
 Arestas da Base : lados do polígono da base
 Faces laterais : formada por triângulos
 Arestas laterais: lados dos triângulos das faces laterais, com exceção
dos lados do polígono da base
 Altura: distância H do ponto V ao plano da base
 Superfície lateral: conjunto de todas as faces
 Superfície total: união da superfície lateral com a base

Figura 56 – Área total. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

5.9.2 Classificação

Podemos classificar uma pirâmide de acordo com o tipo de polígono que constitui a
sua base.
 Pirâmide triangular: base triângulo
 Pirâmide quadrangular: base quadrilátero
 Pirâmide pentagonal: base : pentágono
 Pirâmide hexagonal: base : hexágono

Figura 57 – Classificação da pirâmide. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-


115.191.doc)

Se a base é um polígono regular, a pirâmide é chamada regular. As arestas laterais


são congruentes entre si e as faces laterais são triângulos isósceles congruentes
entre si.

5.9.3 Dimensões lineares da pirâmide


Na figura a seguir, temos uma pirâmide regular, na qual vamos destacar
alguns segmentos importantes. A medida de cada um estará sendo representada
por uma letra.

83
 Aresta da base (b)
 Apótema da base (m)
 Raio da base (r)
 Altura (h)
 Aresta lateral (a)
 Apótema da pirâmide (g)
Figura 58 – Dimensões da pirâmide. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-
Espacial-115.191.doc)

Chama-se apótema de uma pirâmide regular cada uma das alturas de suas
faces laterais, relativas às arestas da base.
Os triângulos VOM, VOB e VMB são retângulos. Aplicando-se o teorema de
Pitágoras, obtemos algumas relações importantes entre as dimensões lineares
citadas anteriormente. Vejamos:

 No triângulo VOM : g2 = H2 + m2
 No triângulo VOB : a2 = H2 + r2
 No triângulo VMB : a2 = g2 + (b/22

5.9.4 Áreas

Superfície Lateral é a reunião das faces laterais. Já a Superfície Total é a reunião


das faces laterais com a base.

Figura 59 – Áreas da pirâmide. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-


115.191.doc)

Indicando por AB, AL e AT, respectivamente, as áreas da base, da superfície


lateral e da superfície total de uma pirâmide, temos:

AT  AB  AL
AB = (dependerá do polígono da base)
AL = soma das áreas das faces laterais

5.9.5 Volume:

84
O volume de uma pirâmide é a terça parte do volume de um prisma de base e
altura iguais às da pirâmide. Assim temos:

AB  H
V
3
Exemplo:

1) Determinar o volume, a área lateral e a área total de uma pirâmide hexagonal


regular cujo apótema da base mede 3 cm e o apótema da pirâmide mede 6 cm.

2) Uma pirâmide quadrangular regular de altura 4 cm tem aresta da base medindo


6 cm. Determinar:
a) O seu volume
b) O seu apótema
c) A sua área total

3) Numa pirâmide regular de base quadrada, a área da base é 16cm 2 e a altura


mede 8 cm. Determinar:

a) A aresta da base
b) O apótema da base
c) O apótema da pirâmide
d) A aresta lateral
e) A área lateral
f) A área total
g) O volume

85
5.9.6 Tetraedro Regular

Chama-se tetraedro regular o tetraedro que possui as seis arestas congruentes entre
si. Nesse caso, todas as faces são triângulos equiláteros. O tetraedro é uma
pirâmide triangular.

Figura 60 – Tetraedro. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

Para o cálculo da área total, da altura e do volume de um tetraedro regular,


utilizamos
a 6 a3 2
AT  a 2
3 H V
3 12
Exemplo:

1) Dado um tetraedro regular de aresta 12 cm, calcular a medida H da altura, a


área total e o volume.
a 6 12 6
H H  H  4 6cm
3 3
AT  a 2 3  AT  12 2 3  AT  144 3cm 2
a3 2 12 3 2 1728 2
V V  V   V  144 2cm
3

12 12 12

5.10 Cilindro

5.10.1 Classificação e elementos

Um cilindro pode ser classificado em:

 Cilindro reto: Quando as geratrizes são perpendiculares às bases. Nesse caso,


a secção meridiana é um retângulo. Num cilindro reto, a geratriz e a altura são
iguais (g = h)

 Cilindro oblíquo: Quando as geratrizes são obliquas às bases. Nesse caso, a


secção meridiana é um paralelogramo.

86
Figura 61 – Cilindros. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

 Cilindro equilátero: Se a altura do cilindro for igual ao diâmetro da base, ou


seja, h = 2R, então a secção meridiana é um quadrado e o cilindro recebe o
nome de cilindro equilátero

Figura 62 – Cilindro equilátero. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-


115.191.doc)

Observação: O cilindro também recebe o nome de cilindro de revolução, porque


pode ser pensado como um retângulo que gira em torno de um dos seus lados.

Veja a figura a seguir:

Figura 63 – Cilindro de revolução. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-


115.191.doc)

5,10.2 Área da base, área lateral, área total e volume do cilindro reto

Consideremos um cilindro de raio R e altura h.

5.10.2.1 Área da base

A área da base de um cilindro reto é um círculo cuja área é definida por:

87
AB   r 2
5.10.2.2 Área lateral
A área lateral do cilindro é a reunião de todas as suas geratrizes.

Figura 64 – Área lateral. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

Desenvolvendo-se a superfície lateral, obtém-se um retângulo cuja base


mede 2 r e cuja altura é h. assim,

AL  base x altura = 2 rh

5.10.2.3 Área total

A área total do cilindro é dada por


A T =A L + 2A B

A T =2 Rh + 2 R 2

AT  2 R  h  R 

5.10.2.4 Volume

O volume do cilindro reto é dado pelo produto da área da base pela altura ou
pela geratriz.
V  AB  h   R2  h

V   R2  h
Exemplos:

1) Um retângulo de dimensões 3 cm e 6 cm gira segundo um eixo que contém seu


maior lado. Obter o volume do solido gerado.

88
Figura 61 – Cilindro. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

2) Num cilindro circular reto, a área lateral é o dobro da área da base, e sua altura é
igual a 5 cm. Obter a área de sua secção meridiana.

Figura 62 – Cilindro. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

3) Um cilindro apresenta o raio da base medindo 5 cm. Ele é seccionado


através de um plano paralelo ao seu eixo, a uma distância de 4cm. A secção obtida
é um retângulo cuja área mede 240 cm 2. Obter a área total e o volume desse
cilindro. Observar a figura dada. Considerando O o centro da figura, temos: OB = R
= 5 cm

Figura 63 – Cilindro. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

4) Obter a razão entre os volumes de dois cilindros: o primeiro inscrito e o


segundo circunscrito a um cubo de aresta a.
Na figura, temos um cilindro inscrito num cubo de aresta a

Figura 64 – Cilindro. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

89
Agora é sua vez!

1. (PUC-SP) Quantos litros comporta, aproximadamente, uma caixa d’água cilíndrica


com 2 m de diâmetro e 70 cm de altura?
a) 1 250 b) 2 200 c) 2 450 d) 3 140

2. (PUC-SP) Quantos mililitros de tinta podem ser acondicionados no reservatório


cilíndrico de uma caneta esferográfica, sabendo que seu diâmetro é 2 mm e seu
comprimento é 12 cm?
a) 0,3768 b) 3,7678 c) 0,03768 d) 37,68

3. (Fatec) Um cilindro reto tem volume igual a 64 dm³ e área lateral igual a 400 cm².
O raio da base mede:
a) 16 dm b) 24 dm c) 32 dm d) 48 dm

5.11 Cone

5.11.1 Conceito
Consideremos um círculo de centro O e raio r, situado num plano  , e um ponto
V fora de  . Chama-se cone circular, ou cone, a reunião dos segmentos com uma
extremidade em V e a outra em um ponto do círculo.

Figura 65 – Cone. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

90
5.11.2 Elementos
Considerando o cone representado a seguir, temos:
 O ponto V é o vértice do cone:
 O círculo de raio r é a base do cone;
 Os segmentos com uma extremidade em V e a outra nos pontos da
circunferência da base são as geratrizes do cone;
 A distância do vértice ao plano da base é a altura
do cone
 Secção transversal de um cone é qualquer
intersecção não vazia do cone com um plano
paralelo à base (desde que este não passe pelo
vértice); trata-se de um círculo.
Figura 66 – Cone. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

Figura 67 – Secção transversal do cone. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-


Espacial-115.191.doc)

5.11.3 Classificação: Um cone pode ser classificado conforme a inclinação da reta


VO sendo O o centro da base, em relação ao plano da base:

Figura 68 – Cones. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)


 O cone circular é
 obliquo quando a reta
 VO é oblíqua à base;
 O cone circular é reto quando a reta VO é perpendicular à base

Observação: O cone circular reto é também chamado cone de revolução. Ele


gerado pela rotação de um triângulo retângulo em torno de um de seus catetos.
No cone de revolução a reta VO é o eixo, e vale a relação
r 2  h2  g 2

91
Figura 69 – Cones. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

5.11.4 Áreas
5.11.4.1 Área da base
A área da base de um cone é a área de um círculo de raio r.

Ab   r 2

Figura 70 – Área da base. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-


115.191.doc)

5.11.4.2 Área Lateral: Al


A planificação da superfície lateral (ou a reunião das geratrizes) de um cone nos dá
um setor circular com as seguintes características:
 Raio: g (geratriz do cone)
 Comprimento do arco: 2 r (perímetro da base)

A área lateral do cone é dada por:

Al   rg

Figura 71 – Área lateral. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

92
5.11.4.3 Área total: At
A superfície total de um cone é a reunião da superfície lateral com o
círculo da base. A área dessa superfície é chamada área total.
At  Al  Ab

At   rg   r 2

At   r  g  r 

Exemplo:
O raio de um setor circular de 150°, em papel, mede 10 cm; o setor vai ser utilizado
na confecção de um cone. Vamos determina a área lateral e a área total desse cone.

5.11.5 Volume:

O volume de um cone vale um terço do produto da área da base pela altura:

1
V   r 2h
3
Exemplo:
Seja um cone reto de geratriz de 10 cm e altura de 8 cm. Vamos determinar o seu
volume.

5.11.6 Seção meridiana e cone equilátero

Seção meridiana de um cone é a intersecção dele com um plano que contém o eixo.
A seção meridiana de um cone reto é um triângulo equilátero.

Figura 72 – Cones. (Fonte: www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Geometria-Espacial-115.191.doc)

Cone equilátero é um cone cuja seção meridiana é um triângulo equilátero.

93
Módulo 6
6. Trigonometria

A trigonometria é o ramo da matemática que estuda as características dos


ângulos e arcos de circunferências e suas aplicações à resolução de triângulos,
deslocamentos na Terra, Astronomia dentre outros.
Muitos atribuem aos gregos o início do estudo da trigonometria, mas sabe-se
hoje que esta informação é controversa. Há relatos históricos do conhecimento de
propriedades trigonométricas no Papiro de Rhind e em tabelas cuneiformes
babilônicas, ambos datados de aproximadamente 5000 a.C.

6.1 Triângulo Retângulo

Uma das mais importantes ferramentas da trigonometria e através da qual iremos


definir em breve as primeiras propriedades trigonométricas é o triângulo retângulo,
que é o triângulo que possui um ângulo reto (igual a 90°) e dois ângulos agudos
(denotados por e  na figura abaixo):

Figura 73 – Triângulo retângulo. Fonte:http://bit.profmat-


sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

* Hipotenusa: É o lado oposto ao ângulo reto. É também o maior lado do triângulo:

No triângulo acima, o lado de medida a é a hipotenusa.

* Cateto Oposto: É o lado oposto a algum dos ângulos agudos tomado como
referência:

No triângulo acima, o lado de medida c é o cateto oposto a  e o lado de medida b é


o cateto oposto a .

* Cateto Adjacente: É o lado adjacente (que está ao lado) a algum dos ângulos
agudos tomado como referência.

No triângulo acima, o lado de medida b é o cateto adjacente a  e o lado de medida


c é o cateto adjacente a  .

6.1.1 Trigonometria no Triângulo Retângulo

94
Os estudos da trigonometria iniciaram com o triângulo retângulo, e através do
triângulo retângulo vamos definir as três primeiras propriedades trigonométricas dos
ângulos, chamadas seno, cosseno e tangente.

Dado um triângulo retângulo, de ângulos agudos  e , definimos:

* Seno: razão entre as medidas do cateto oposto e hipotenusa, ou seja,

cateto oposto
Seno 
hipotenusa

De acordo com o triângulo acima, temos:

c b
Sen  e Sen 
a a

* Cosseno: razão entre as medidas do cateto adjacente e hipotenusa, ou seja,

cateto adjacente
Cosseno 
hipotenusa

De acordo com o triângulo acima, temos:

b c
Cos  e Cos 
a a

* Tangente: razão entre as medidas do cateto oposto e cateto adjacente, ou seja,

cateto oposto
Tangente 
cateto adjacente

De acordo com o triângulo acima, temos:

c b
tg  e tg 
b c

Note agora que, uma vez conhecidas as definições de seno, cosseno e


tangente de um ângulo agudo através do triângulo retângulo, podemos concluir uma
fórmula alternativa para a tangente que é:

sen
Tangente 
cos

6.1.2 Teorema de Pitágoras: Em todo triângulo retângulo, a soma dos quadrados


das medidas dos catetos é igual ao quadrado da medida da hipotenusa.

95
a2  b2  c2

6.1.3 Fórmula fundamental da trigonometria


A fórmula fundamental da trigonometria surge como um caso particular do teorema
de Pitágoras.
x2 y2
x2  y 2  h2   1
h2 h2

Pela definição de seno e de cosseno de um ângulo, temos que:

sen 2 ( )  cos 2 ( )  1 .
Exemplos:

1. No triângulo retângulo abaixo, calcule os valores do seno, cosseno e tangente


dos ângulos e .

O seno é obtido pela razão entre as medidas do cateto oposto e hipotenusa,


então:

5 12
Sen  e Sen 
13 13

O cosseno é obtido pela razão entre as medidas do cateto adjacente e hipotenusa,


então:

b c
Cos  e Cos 
a a

A tangente é obtida pela razão entre as medidas do cateto oposto e cateto


adjacente, então:

c b
tg  e tg 
b c

2. Um importante triângulo retângulo é aquele cujos lados medem 3, 4 e 5. Sabendo


que os ângulos deste triângulo medem aproximadamente 37° e 53°, calcule o valor
do seno, cosseno e tangente destes ângulos apresentando os resultados na forma
decimal.
Para desenhar o triângulo, devemos nos lembrar que quanto maior o lado, maior
também será seu ângulo oposto. Desta forma, teremos o triângulo:

96
O seno é obtido pela razão entre as medidas do cateto oposto e hipotenusa,
então:

3 4
Sen37    0,6 e Sen53   0,8
5 5

O cosseno é obtido pela razão entre as medidas do cateto adjacente e hipotenusa,


então:

4 3
Cos37    0,8 e Cos53   0,6
5 5

A tangente é obtida pela razão entre as medidas do cateto oposto e cateto


adjacente, então:

3 4
tg 37    0,75 e tg 53   1,33...
4 3

6.1.4 Ângulos Notáveis

Os ângulos de 30°, 45° e 60°, também conhecidos como ângulos notáveis,


formam o conjunto de ângulos mais importantes da trigonometria. São estes que
justificarão grande parte dos resultados que obteremos daqui em diante neste texto
e, para isso, devemos conhecer os valores de seus senos cossenos e tangentes
dados pela tabela abaixo:

Figura 75 – Tabela de ângulos. Fonte:http://bit.profmat-


sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1
Agora é sua vez!

97
1. Nas figuras abaixo, determinar o valor de x:

2. Se ela caminhar em linha reta 120 m chegará a um ponto B, de onde poderá ver o
ponto C de um prédio, sob um ângulo de 60º. Quantos metros ela deverá afastar do
ponto A, andando em linha reta do ponto A para B, para que possa enxergar o topo
do prédio sob um ângulo de 30º?

3. Um avião está a 600 m de altura quando se vê a cabeceira da pista sob um


ângulo em declive de 30º. A que distância o avião está da cabeceira da pista?

4. Na figura a seguir, calcule o valor do ângulo .

98
5. (UNESP) Uma escada apoiada em uma parede, num ponto que dista 3m do solo,
forma, com essa parede, um ângulo de 30°. A distância da parede ao “pé” da
escada, em metros, é de:
3
a) 3 3m b) 2 3m c) 3m d) m e) 2m
2

6. As circunferências da figura abaixo são tangentes entre si e tangentes à reta t nos


pontos A e B.

6.2 Trigonometria em um triângulo qualquer

Resolver triângulos é estabelecer um conjunto de cálculos que nos permitam


determinar os lados, ângulos e outros segmentos do triângulo. A lei dos senos e dos
cossenos, são utilizadas para a resolução de triângulos quaisquer.

6.2.1 Lei dos senos

O seno de um ângulo de um triângulo qualquer é proporcional à medida do


lado oposto a esse ângulo. Então:

99
Figura 76 – Lei dos senos. Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_dos_senos

a b c
   2R
senA senB senC

Exemplo:

Determine o valor de x no triângulo a seguir:

a b c x 100 x 100
   2R      0,705x  86,5 
senA senB senC sen60º sen45º 0,865 0,705

x  122,5

6.2.2 Lei dos cossenos

Em qualquer triângulo, o quadrado de um dos lados é igual à soma dos


quadrados dos outros dois lados, menos o dobro do produto desses dois lados pelo
cosseno do ângulo formado entre eles. Então:

Figura 77 – Lei dos cossenos. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_dos_cossenos

100
a 2  b 2  c 2  2bc. cos A
b 2  a 2  c 2  2ac. cos B
c 2  a 2  b 2  2ab. cos C

Exemplo:

Determine o valor de x no triângulo a seguir:

c 2  a 2  b 2  2ab. cos C  7 2  x 2  32  2ab. cos 60º  49  x 2  9  2.x.3.0,5 


x 2  40  3x  0

Resolvendo a equação do 2º grau, temos:


x’ = 8 e x” = – 5, por se tratar de medidas descartamos x” = –5 e utilizamos x’ = 8.
Então o valor de x no triângulo é 8 cm.

Agora é sua vez!

1.No triângulo ABC da figura abaixo, B̂  60, Ĉ = 45 e AB = 6 cm :

O valor do lado AC é igual a:


a) 1 cm b) 2 cm c) 3 cm d) 4 cm e) 5 cm

2. Dois lados consecutivos de um triângulo medem 6m e 8m e formam entre si um


ângulo de 60. A medida do terceiro lado deste triângulo oposto a esse ângulo é
igual a:
a) 2 3
b) 2 13
c) 3 13
d) 5 13
e) 3 2

101
3. Dados: ABC, B̂ = 60, Ĉ = 45 e AB = 3 2

O valor do lado AC mede :


a) 3 3 b) 2 3 c) 3 5 d) 5 3 e) 3 2

4. (ENEM) Para se calcular a distância entre duas árvores, representadas pelos


pontos A e B, situados em margens opostas de um rio, foi escolhido um ponto C
arbitrário, na margem onde se localiza a árvore A . As medidas necessárias foram
tomadas, e os resultados obtidos foram os seguintes:
AC  70 m BÂC  62º e AĈB  74º
Sendo cos 28º = 0,88 , sen 74º = 0,96 e sen 44º = 0,70 , podemos afirmar que a
distância entre as árvores é :

a) 48 metros
b) 78 metros
c) 85 metros
d) 96 metros
e) 102 metros

5.Um triângulo T tem lados iguais a 4, 5 e 6. O cosseno do maior ângulo de T é:

5
a)
6
4
b)
5
3
c)
4
2
d)
3
1
e)
8

102
6.3 Arcos de Circunferência
Sendo uma circunferência e dois pontos A e B de seu contorno, definimos
como arco AB qualquer uma das duas partes da circunferência compreendidas entre
estes pontos:

Figura 78 – Arcos. Fonte:http://bit.profmat-


sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

6.3.1 Medida de Arcos

Na geometria plana, estudamos diversas relações entre as medidas de um


arco e de ângulos presentes nos arredores da circunferência (central, inscrito,
excêntricos). No entanto, para a trigonometria, será suficiente lembrarmos que um
arco de circunferência possui a mesma medida que o ângulo central correspondente:

Figura 79 – Medidas dos arcos. Fonte:http://bit.profmat-


sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

6.3.2 Conversões entre graus e radianos

Quando houver a necessidade de converter arcos medidos em graus para


radianos e vice-versa. Esta conversão pode ser feita através de uma regra de três, já
que 2 rad e 360° são equivalentes:

Exemplos:

1. Converta para radianos o arco de 60°:

103
360º 2rad 
  x  rad
60º x 3


21 Converta para graus o arco de rad :
6
360º 2rad 360 60
  2x   2x  60  x   x  30º
x  6 2
6

6.3.3 Comprimento de Arcos

Precisamos entender a diferença conceitual entre medida e comprimento de


um arco. Enquanto o conceito de medida de um arco se refere à uma característica
angular do mesmo (medida em graus ou radianos) o comprimento por sua vez é
uma medida de tamanho, dada em unidades de comprimento como centímetros,
metros, quilômetros, etc.
Na verdade, este conceito é uma consequência da definição dos radianos.

Exemplos:

1. Calcule o comprimento de um arco de 2rad em uma circunferência de raio


10cm.

Figura 80 – Arcos. Fonte:http://bit.profmat-


sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

Procedimento padrão: multiplicar a medida do arco em radianos pelo raio da


circunferência: onde é a medida do arco em radianos e R o raio da circunferência
em que o arco se encontra.
C   .R
C   .R  C  2.10  C  20cm

2. Calcule o comprimento de um arco de 30em uma circunferência de raio 24km.


Para aplicarmos a fórmula de comprimento de arcos temos a única exigência de
usar a medida do arco em radianos.

30º  rad
6
 24
C   .R  C  .24  C   C  4 Km
6 6

104
Agora é sua vez!

1. Converta para radianos o arco de 45°:

2. Converta para radianos o arco de 220°:

3.Converta para radianos o arco de 330°:


4.Converta para graus o arco de rad :
8

4
5.Converta para graus o arco de rad :
3

6. Calcule a medida de um arco de 6cm contido em uma circunferência de raio


12cm.

7. Um arco de circunferência cuja medida é 300° possui 2000m de extensão.


Calcule o raio desta circunferência.

8. Um relógio marca que faltam 20 minutos para o meio-dia. Então, o menor ângulo
formado pelos ponteiros das horas e dos minutos é:
a) 90° b) 100° c) 110° d) 115° e) 125°

105
6.4 Ciclo Trigonométrico

Ciclo trigonométrico ou circunferência trigonométrica é uma circunferência


com centro na origem do plano cartesiano e raio igual a 1. Estudamos este caso
particular de circunferência pois, assim como o triângulo retângulo, esta também
será uma ferramenta para a obtenção de propriedades trigonométricas mas com a
diferença que poderemos extrapolar os ângulos agudos ( 0    90º ).

Figura 81 – Fonte: Origem dos arcos. Fonte:http://bit.profmat-


sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

Convenciona-se que os arcos (com origem em A) demarcados no sentido


anti-horário terão medida positiva e aqueles demarcados no sentido horário terão
medida negativa.
Exemplos:

Figura 82 – Arcos. Fonte: http://bit.profmat-


sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

6.4.1 Seno e Cosseno no Círculo Trigonométrico

Dado um arco AB=do círculo trigonométrico em que A é a origem dos arcos


e B um ponto qualquer de coordenadas ( x0 , y 0 ), então, o x 0 = cos e o y 0 = sen:

106
Figura 83 - Seno e cosseno. Fonte:http://bit.profmat-
sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

6.4.2 Arcos Divisores de Quadrantes

Desta forma podemos observar as propriedades trigonométricas para


descobrir o seno e cosseno dos arcos divisores de quadrantes: 0º, 90º, 180º, 270º e
 3
360º (0 rad, rad,  rad, rad e 2  rad).
2 2

Figura 84 - Graus. Fonte:http://bit.profmat-


sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

O cosseno e o seno de cada um destes arcos pode ser obtido pelas


coordenadas de cada um dos pontos acima:

107
Figura 85 - Seno e cosseno. Fonte:http://bit.profmat-
sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

Então podemos deduzir:

6.4.3 Variação de Sinais – Seno e Cosseno

O seno e o cosseno de um arco podem ser observados como as coordenadas


de um ponto, estas poderão assumir valores positivos, negativos e nulos.

Figura 86 – Sinais do seno e cosseno. Fonte:http://bit.profmat-


sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

108
Observação: o menor e o maior valor que podemos encontrar para o cosseno ou
para o seno de um arco são, respectivamente, -1 e 1, portanto, para qualquer que
seja um arco .

6.4.4 Relação Fundamental da Trigonometria

Figura 87 – Triângulo retângulo. Fonte:http://bit.profmat-


sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

Tratando de um triângulo retângulo, podemos satisfazer o teorema de Pitágoras


assim:
(sen ) 2  (cos  ) 2  12

sen 2  cos 2   1

Exemplo:
8
Calcule o cos  , sabendo que  é um arco do 2º quadrante e que o sen  = :
17
2
8 64 64
sen   cos   1     cos 2   1 
2 2
 cos 2   1  cos 2   1  
 17  289 289
289  64 225 225 15
cos 2    cos 2    cos     cos   
289 289 289 17

Agora vamos analisar os quadrantes para a escolha do sinal do cosseno. Sabendo


que  é um arco do 2º quadrante, então seu sinal deverá ser negativo.
15
cos   
17

6.4.5 Redução ao primeiro quadrante

Podemos observar pela análise do círculo trigonométrico a possibilidade da


obtenção de propriedades trigonométricas de arcos pertencentes ao 2°, 3° e 4°
quadrantes através da comparação com o 1° quadrante. Observe:

109
Figura 88 – Redução ao 1º quadrante. Fonte:http://bit.profmat-
sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
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Exemplo:
1. Encontre o valor do seno, cosseno e tangente de 120°.

Primeiro identificamos o quadrante a que o arco pertence: 12090;1802°


quad.
A expressão que gera o arco correspondente a no 2° quadrante é 180 , assim:
180 12060

As propriedades trigonométricas de 120° são iguais às do 60°, em módulo. Para


decidir o sinal, basta lembrarmos que no 2° quadrante o seno é positivo, o cosseno
negativo e a tangente, por ser o quociente entre seno e cosseno, será negativa
também:
3 1
sen120º   cos 120º   tg120º   3
2 2

6.4.6 Tangente, Cotangente, Secante e Cossecante

6.4.6.1 Tangente e Secante:

É através do círculo trigonométrico, com o auxílio de um novo eixo ordenado,


vertical e que contém o ponto (1,0), chamado eixo das tangentes.
Sendo um arco do círculo trigonométrico com ponto final em B. O valor da
tgserá numericamente igual à coordenada encontrada pela intersecção do
prolongamento de OB com o eixo das tangentes (T). Além disso, o módulo da
secante de será numericamente igual ao comprimento do segmento OT.

110
Figura 89 – Tangente e secante. Fonte:http://bit.profmat-
sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

sen 1
tg  e sec  
cos  cos 

6.4.7 Variações dos sinais

Figura 90 – Sinais da tangente e secante. Fonte:http://bit.profmat-


sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

6.4.8 Cotangente e Cossecante

Obtidas através do círculo trigonométrico, com o auxílio de um novo eixo


ordenado, horizontal e que contém o ponto (0,1), chamado eixo das cotangentes.
Sendo um arco do círculo trigonométrico com ponto final em B. O valor da
cotgserá numericamente igual à coordenada encontrada pela intersecção do
prolongamento de OB com o eixo das cotangentes (C). Além disso, o módulo da
cossecante de será numericamente igual ao comprimento do segmento OC.

111
Figura 91 – Cotangente e cossecante. Fonte:http://bit.profmat-
sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

cos  1
cot g  e cos sec  
sen sen

6.4.9 Variações dos sinais

Figura 92 – Sinais da cotangente e cossecante. Fonte:http://bit.profmat-


sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

Agora é sua vez!

1. Determine o valor do seno, cosseno e tangente de cada arco:


5
a) 135° b)
4

112
c) 5 d) 300º

 3  3
2. Seja    ,  tal que cos    , calcule sen, tg, cotg, sece cossec
 2  5

6.5 Funções Trigonométricas

O objetivo é observar como se comportam estas propriedades quando as


analisamos no formato gráfico e suas consequentes características.

6.5.1 Função Seno

Vamos analisar a função f (x) senx com o auxílio da tabela abaixo:

113
Aplicando esses pontos aos eixos cartesianos:

Figura 93 – Função seno. Fonte:http://bit.profmat-


sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

Figura 94 – Função seno. Fonte:http://bit.profmat-


sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

Características fundamentais da função f (x) senx :


Domínio: São os valores de x para os quais a função está definida. Logo, Domf
  , pois para cada x  , existe f (x) senx .
Imagem: São os valores que a função assume. Logo, Imf 1;1, pois x  ,
1senx 1.
Amplitude: É a distância entre o menor e o maior valor que a função assume. Logo,
A 2
Período: É o intervalo percorrido no eixo das abcissas até que o gráfico volte a se
repetir. Logo, P 2.
Paridade: Se f (x) é uma função cujo domínio é um intervalo simétrico em  , isto
é, se xDomf xDomf e obedece f (x) f (x) , xDomf , então, f (x) é

114
denominada função ímpar. Logo, f (x) senx é uma função ímpar, pois sen(x)
sen(x), x  .

6.5.2 Função Cosseno

Como a tabela de valores da função seno já foi elaborada no item anterior, a


mesma não será abordada para a montagem da função cosseno para evitar
redundâncias.

O gráfico da função f (x) cos x é:

Figura 95 – Função cosseno. Fonte:http://bit.profmat-


sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

Características fundamentais da função f (x) cos x :


Domínio: São os valores de x para os quais a função está definida. Logo, Domf
  , pois para cada x  , existe f (x) cos x .
Imagem: São os valores que a função assume. Logo, Imf 1;1, pois x  ,
1cos x 1.
Amplitude: É a distância entre o menor e o maior valor que a função assume. Logo,
A 2.
Período: É o intervalo percorrido no eixo das abcissas até que o gráfico volte a se
repetir. Logo, P 2.
Paridade: Se f (x) é uma função cujo domínio é um intervalo simétrico em  , isto
é, se xDomf xDomf e obedece f (x) f (x) , xDomf , então, f (x) é
denominada função par. Logo, f (x) cos x é uma função par, pois cos(x) cos(x),
x  .

6.5.3 Função Tangente

O gráfico da função f (x) tgx é como se segue:

115
Figura 96 – Função tangente. Fonte:http://bit.profmat-
sbm.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1537/2012_01348_CARLOS_EDUARDO_DE_OLIVEIR
A.pdf?sequence=1

Características fundamentais da função f (x) tgx :


Domínio são os valores de x para os quais a função está definida. Logo, Dom f =
  
 x   / x   k , k  
 2 
Imagem: São os valores que a função assume. Logo, Imf   .
Amplitude: É a distância entre o menor e o maior valor que a função assume. Logo,
este conceito não é definido para f (x) tgx já que esta função não possui ponto
mínimo ou máximo.
Período: É o intervalo percorrido no eixo das abcissas até que o gráfico volte a se
repetir. Logo, P .
Paridade: f (x) tgx é uma função ímpar, pois tg(x) tg(x), x  .

Agora é sua vez!

Considere a função y = 2 + sen 3x, resolva:


1. Qual o período dessa função:

 3 2 
a) b) c) d)
2 2 3 3

2. Qual a imagem dessa função?


a)  3,3 b)  2,2 c)  3,2 d)  1,3

116
Módulo 7
7. Matemática Financeira e Estatística

7.1 REGRA DE TRÊS:


Chamamos de regra de três ao processo de cálculo utilizado para resolver
problemas que envolvam duas ou mais grandezas direta ou inversamente
proporcionais.
Quando o problema envolve somente duas grandezas é costume denominá-lo de
problema de regra de três simples.

Grandezas Diretamente Proporcionais


Um automóvel em:
 1 hora percorre 60 Km
 2 horas percorre 120Km
 3 horas percorre 180Km
Vamos colocar esses dados numa tabela:
Tempo (hora) Distância (Km)
1 60
2 120
3 180
Observe:
1 60
2 o tempo aumenta 120 a velocidade aumenta
3 180

Então, tempo e distância são grandezas diretamente proporcionais

Portanto duas grandezas são diretamente proporcionais quando, aumentando


uma delas, a outra aumenta na mesma razão da primeira.

Grandezas Inversamente Proporcionais


Um automóvel faz um percurso em:
 1 hora com velocidade de 90Km/h
 2 horas com velocidade de 45Km/h
 3 horas com velocidade de 30Km/h

117
Vamos colocar esses dados numa tabela:

Tempo (hora) Velocidade (Km/h)


1 90
2 45
3 30

Observe:
1 90
2 o tempo aumenta 45 a velocidade diminui
3 30

Então, tempo e velocidade são grandezas inversamente proporcionais.

Portanto duas grandezas são inversamente proporcionais quando,


aumentando uma delas, a outra diminui na mesma razão da primeira.

7.1.2 Regra de Três Simples

Regra de 3 . Há três termos conhecidos


Qual é o quarto? . Acha-se o quarto termo

Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente proporcionais ou


inversamente proporcionais podem ser resolvidos através de um método prático,
chamado regra de três simples.

a. Relação de Proporção Direta


Duas grandezas variáveis mantêm relação de proporção direta quando
aumentando uma delas para duas, três, quatro, etc. vezes o seu valor, a outra
também aumenta respectivamente para duas, três, quatro, etc. vezes o seu valor.
Exemplo 1 - Considere as duas grandezas variáveis:
(comprimento de um tecido) (preço de venda da peça)
1 metro.......................... custa....................R$ 5,00

118
2 metros...........................custam.................R$ 10,00
3 metros...........................custam..................R$ 15,00
4 metros...........................custam..................R$ 20,00

Observamos que, quando o comprimento do tecido tornou-se o dobro, o triplo etc.,


o preço de venda da peça também aumentou na mesma proporção. Portando as
grandezas “comprimento do tecido” e “preço de venda da peça” são
diretamente proporcionais.

Exemplo 2 - Se 5 metros de um certo tecido custam R$ 30,00 quanto custarão 33


metros do mesmo tecido?
Metros Preço total

Aumenta 5...............................................................30,00 Aumenta


33...............................................................x
33x30,00
x  x  R$198,00
5

As flechas de mesmo sentido indicam grandezas diretamente proporcionais

b. Relação de Proporção Inversa


Duas grandezas variáveis mantêm relação de proporção inversa quando
aumentando uma delas para duas, três, quatro, etc. vezes o seu valor, a outra
diminuir respectivamente para metade, um terço, um quarto, etc. do seu valor.
Considere as duas grandezas variáveis:
Velocidade do automóvel Tempo de viagem
A 20 Km/h.....................a viagem dura....................6 horas
A 40 Km/h.....................a viagem dura....................3 horas
A 60 Km/h.....................a viagem dura....................2 horas
Observamos que quando a velocidade tornou-se o dobro, o triplo do que era, o
tempo de duração da viagem tornou-se correspondentemente a metade, a terça
parte do que era. Portanto, as grandezas “velocidade” e “tempo de duração de
viagem” são inversamente proporcionais.
Exemplo 3 - Com 8 pedreiros podemos construir um muro em 3 dias. Quantos dias
levarão 6 pedreiros para fazer o mesmo trabalho?
Pedreiros Dias

119
8.....................................................3
Diminui Aumenta
6.....................................................X

6 3
  6  x =3  8
8 x
x=4

Nota
Devemos inverter a grandeza “pedreiros”

Diminuindo a quantidade de pedreiros, o número de dias aumenta.


As flechas de sentidos contrários indicam grandezas inversamente
proporcionais.

Agora é sua vez!

1) Com 10 kg de trigo podemos fabricar 7kg de farinha. Quantos Kg de trigo serão


necessários para fabricar 28 Kg de farinha?

2) 8 pedreiros fazem um muro em 72 horas. Quanto tempo levarão 6 pedreiros para


fazer o mesmo muro?

3)Um relógio adianta 40 segundos em seis dias. Quantos minutos ele adiantará em
54 dias ?

120
4)Com 4 latas de tintas pintei 280m2 de parede. Quantos metros quadrados
poderiam ser pintados com 11 latas de dessa mesma tinta?

5)Um automóvel percorreu uma distância em 2 horas, à velocidade média de


90Km/h. Se a velocidade média fosse 45Km/h, em quanto tempo o automóvel faria a
mesma distância?

6)Para transportar cimento para a construção de um edifício, foram necessários 15


caminhões de 2m3 cada um. Quantos caminhões de 3m3 seriam necessários para
transportar o mesmo cimento?

7)7 litros de leite produzem 1,5Kg de manteiga. Quantos litros de leite serão
necessários para obtermos 9 Kg de manteiga?

8) Ao abrimos 32 caixas de bombons encontramos 160 bombons. Quantas caixas


iguais necessitamos abrir para obter 385 bombons?

9) Com 50kg de milho, obtemos 35kg de fubá. Quantas sacas de 60kg de fubá
podemos obter com 1200kg de milho?

121
10) Se 4 máquinas fazem um serviço em 6 dias, então 3 dessas maquias farão o
mesmo serviço em:

11) Faça a adaptação da receita da “Broa Italiana” considerando a quantidade de


leite integral equivalente a 984 gramas.

Ingredientes Quant. I (Gramas) Quant.II (Gramas)


Leite integral 3000
Açúcar refinado 1300
Ovos 1000
Coco ralado 565
Queijo minas padrão 500
Farinha de trigo 438
Farinha de fubá 405
Fermento em pó 80
TOTAL

12) Faça a adaptação da receita de Pão Italiano – Fermentação Láctica


considerando a quantidade de farinha de trigo especial equivalente a 4250 gramas.

ESPONJA
Matéria Prima Quant. I(Gramas) Quant. II(Gramas)
Farinha de trigo especial 1500
Água 600
Iogurte Natural 200
Fermento Biológico 20
Sal 20
Esponja 800
TOTAL

13) Faça a adaptação da receita do Pettit Four de Frutas considerando a quantidade


de farinha de trigo especial equivalente a 9010 gramas.

122
Ingredientes Quant.I (Gramas) Quant.II (Gramas)
Farinha de trigo 750
Margarina especial 500
Açúcar 284
Gema de ovos 75
Raspa de casca de laranja 2
Frutas cristalizadas picadas 278
Cerejas picadas 40
Essência de baunilha 2,87
Sal 0,93
TOTAL

7.1.2 Regra de três composta

As soluções para a Regra de três composta serão apresentadas aplicando a


propriedade: Quando uma grandeza for diretamente proporcional à duas outras ou
mais grandezas, então será diretamente proporcional ao produto dessas grandezas.
Se uma grandeza for inversamente proporcional, sua razão será invertida, tornando-
se diretamente proporcional.

Exemplos:

1. Um construtor utilizando 16 operários trabalhando 6 horas por dia constrói uma


determinada obra em 180 dias. Quantos operários podem executar a mesma obra
trabalhando 8 horas por dia no prazo de 120 dias?

a) 23 b) 25 c) 28 d) 18 e) 20

Solução. Construindo a tabela e analisando as proporcionalidades das grandezas,


temos:

Nº de operários Horas/dia Dias trabalhados


16 6 180
x 8 120
Mais hora por dia necessita Obra executada em menos dias
menos operário. nas mesmas condições. Logo há
Inversamente proporcional. mais operários. Inversamente
proporcional.

16 8 120 16 2 16 16
Resolvendo, temos:  .   8.    x  18 .
x 6 180 x 18 x 18

123
2. Se 20 homens trabalhando durante 15 dias constroem 500 metros de um muro,
quantos homens serão necessários para construir mais 1000 metros deste muro em
30 dias?

a) 25 b) 27 c) 24 d) 22 e) 20

Solução. Construindo a tabela e analisando as proporcionalidades das grandezas,


temos:

Nº de homens Dias trabalhados Medida (m)


20 15 500
x 30 1000
Mais dia trabalhado indica Maior medida no mesmo número
menos homens. de dias indica mais homens.
Inversamente proporcional. Diretamente proporcional.

20 30 500 20 1 20
Resolvendo, temos:  .   2.   1  x  20 .
x 15 1000 x 2 x

Agora é sua vez!

1. Se 10 carros consomem em 6 dias a quantidade de 1000 litros de gasolina,


quantos carros usaremos para consumir somente 500 litros de gasolina no espaço
de 2 dias?
a) 15 b) 17 c) 18 d) 20 e) 16

2. Um supermercado dispõe de 20 atendentes que trabalham 8 horas por dia e


custam R$2800,00 por mês. Quanto o supermercado gastará por mês, em reais, se
passar a ter 30 atendentes trabalhando 5 horas por dia?
a) 2.500 b) 3.200 c) 2.450 d) 2 625 e) 2.800

124
3. Sabe-se que 4 máquinas, operando em 4 horas por dia, durante 4 dias, produzem
4 toneladas de certo produto. Quantas toneladas do mesmo produto seriam
produzidas por 6 máquinas daquele tipo, operando 6 horas por dia, durante 6 dias?
a) 6 b) 8 c) 10,5 d) 13,5 e) 15

4. (ENEM) Uma escola lançou uma campanha para seus alunos arrecadarem,
durante 30 dias, alimentos não perecíveis para doar a uma comunidade carente da
região. Vinte alunos aceitaram a tarefa e nos primeiros 10 dias trabalharam 3 horas
diárias, arrecadando 12 kg de alimentos por dia. Animados com os resultados, 30
novos alunos somaram-se ao grupo, e passaram a trabalhar 4 horas por dia nos dias
seguintes até o término da campanha. Admitindo-se que o ritmo de coleta tenha se
mantido constante, a quantidade de alimentos arrecadados ao final do prazo
estipulado seria de:
a) 920kg b) 800kg c) 720kg D) 600kg e) 570kg

5. Um a família de 6 pessoas consome em 2 dias 3 kg de pão. Quantos quilos serão


necessários para alimentá-la durante 5 dias estando ausentes 2 pessoas?

a) 3 b) 5 c) 4 d) 6 e) 8

7.2 PORCENTAGEM

Porcentagem é uma razão centesimal representada pelo símbolo % (por cento)


Exemplos:

125
51%

51
a. cinqüenta e um por cento 
100

0,51
7%

7
100
b) sete por cento 
0,07
Essa forma de representação (7%, 51% etc) chama-se taxa percentual. Nos
exemplos, as porcentagens estão representadas de três maneiras.

RESOLUÇÃO DE PROLEMAS:
Exemplos:
a) Calcular 5% de 800.
Solução:
Podemos resolver de dois modos:
5 5 4000
A) 5% de 800 é o mesmo que de 800 = . 800 = = 40
100 100 100
(FORMA UNITÁRIA)

B) 5% de 800 é o mesmo que 0,05 de 800 = 0,05 . 800 = 40

b) Numa escola de 900 alunos, 42% são rapazes. Calcule o nº de rapazes.


42 37800
42% de 900 = . 900 = = 378 rapazes
100 100

c) Numa classe de 40 alunos, 25% são meninas. Quantos são os meninos?


Porcentagem de meninos = 100% - 25% = 75%
75 3000
75% de 40 = . 40 = = 30 meninos
100 100

126
Agora é sua vez!

1) Calcule na forma unitária:


a) 0,35% de R$ 200,00

b) 0,78% de R$ 500,00

c) 0,97% de R$ 3000,00

d) 1,35% de R$ 3200,00

e) 11,6% de R$ 7400,00

f) 17,6% de R$ 7089,00

g) 25,7% de R$ 4532,00

h) 21,74 % de R$ 7890,00

2) Calcule a quantidade utilizando porcentagem da receita de Pão Minuto Doce


considerando a quantidade de farinha de trigo especial equivalente a 800 gramas.
MASSA

% QUANTIDADE
INGREDIENTES
(gramas)
Farinha de trigo 100
Açúcar refinado 40
Margarina 25
Leite líquido 25
Ovos inteiros 15
Queijo minas padrão ralado grosso 15
Fermento em pó 2,5
Essência de baunilha 0,25
Gemas para pincelar 10
TOTAL

OBS:

127
Formar bolas de 60g com a massa.
Rendimento:__________________________________________________

3) A receita de Pão Minuto Doce rendeu ____pães. Nós recebemos uma


encomenda de 85 pães. Como deverá ser fragmentada a nossa receita?
MASSA

% QUANTIDADE
INGREDIENTES
(gramas)
Farinha de trigo 100
Açúcar refinado 40
Margarina 25
Leite líquido 25
Ovos inteiros 15
Queijo minas padrão ralado grosso 15
Fermento em pó 2,5
Essência de baunilha 0,25
Gemas para pincelar 10
TOTAL

OBS:
Formar bolas de 60g com a massa.
Rendimento:__________________________________________________

4) Precisamos fazer os pães de minuto porém só temos 150gr de leite. Como


vamos proceder?
MASSA
% QUANTIDADE
INGREDIENTES
(gramas)
Farinha de trigo 100
Açúcar refinado 40
Margarina 25
Leite líquido 25
Ovos inteiros 15
Queijo minas padrão ralado grosso 15
Fermento em pó 2,5
Essência de baunilha 0,25
Gemas para pincelar 10
TOTAL
OBS:
Formar bolas de 60g com a massa.
Rendimento:__________________________________________________

128
5) Calcule a quantidade utilizando porcentagem da receita de Quibe de carne
recheado considerando a quantidade de trigo para quibe (massa) 500 gramas e para
o recheio carne moída 750 gramas.
MASSA

QUANTIDADE
INGREDIENTES %
(gramas)
Trigo para quibe 100
Carne moída (patinho) 25
Água 80
Hortelã 4
Cebolinha fresca 0,4
Cebola branca ralada 16
Creme de alho sem sal 3
Sal 3
Caldo de carne 1
TOTAL

RECHEIO

% QUANTIDADE
INGREDIENTES
(gramas)
Carne moída (patinho) 100
Água 33,4
Cebolinha 0,3
Cebola branca ralada 20
Pimentão Verde 6,7
Creme de alho sem sal 2
Sal 2
Caldo de carne 1
Óleo 2
TOTAL

OBS:
 Modelar os quibes utilizando 50g de massa e 50g de recheio.
Rendimento: __________________

6) Precisamos fazer o mesmo quibe de carne recheado anterior , porém só


dispomos de 800 gramas de carne que deverá ser dividida entre a massa e o
recheio. Qual será o novo balanceamento dessa receita?

129
MASSA

QUANTIDADE
INGREDIENTES %
(gramas)
Trigo para quibe 100
Carne moída (patinho) 25
Água 80
Hortelã 4
Cebolinha fresca 0,4
Cebola branca ralada 16
Creme de alho sem sal 3
Sal 3
Caldo de carne 1
TOTAL

RECHEIO

% QUANTIDADE
INGREDIENTES
(gramas)
Carne moída (patinho) 100
Água 33,4
Cebolinha 0,3
Cebola branca ralada 20
Pimentão Verde 6,7
Creme de alho sem sal 2
Sal 2
Caldo de carne 1
Óleo 2
TOTAL

OBS:
 Modelar os quibes utilizando 50g de massa e 50g de recheio.
Rendimento: __________________

7.3 JUROS SIMPLES

Quando falamos de juros, devemos considerar:


O Capital (quantia que se empresta ou que se pede emprestado) que será
representado por C.
O tempo (período do empréstimo) que será representado por t.
O juro (a renda obtida), que será representada por j.
A taxa de juro (“por cento”, a taxa de porcentagem que se paga ou que se recebe
pelo aluguel do dinheiro) que será representada por i.

Os problemas sobre juros simples podem ser resolvidos através de regra de três
composta.

130
Exemplo:

Qual o juro produzido pelo capital de R$ 12.0000,00, durante 2 anos, a uma taxa de
4% ao ano?
Solução 1
Capital Tempo Juros
100 1 4
12.000,00 2 x
Quanto maior o capital, maior o juro.
Quanto maior o tempo, maior o juro
Como as grandezas são diretamente proporcionais, temos:
12000 x2 x4 96000
x   960 Portanto o juro é de R$ 960,00
100 100

Solução 2.
4
Juro por ano: 12000 x  12000 x0,04  480
100
4
Juros em 2 anos: 12000 x x2  12000 x0,04 x2  960
100
Portanto o juro é de R$ 960,00

Fórmula de Juros
Na prática, esses problemas são resolvidos através de formulas.
O capital 100 em 1 ano produz i
O capital c em t anos produzirá j
Fazendo um esquema teremos:

Capital Tempo Juros


100 1 i
C t j

ci t
Portanto teremos: j
100

Observação: Devemos sempre relacionar a taxa e o tempo numa mesma unidade.

131
Taxa anual .......................................................tempo em anos
Taxa mensal ...................................................tempo em meses
Taxa diária ......................................................tempo em dias

Agora é sua vez!

ci t
Calcule utilizando a fórmula: j
100
1) Calcule o juro produzido por R$ 1500,00 durante 4 anos, a uma taxa de 8% ao
ano.

2) Calcule o juro produzido por R$ 60000,00 durante 3 meses, a uma taxa de 2%


ao mês.

3) Calcule o juro produzido por R$ 24000,00 durante 5 meses, a uma taxa de 6,5%
ao mês.

4) Calcule o juro produzido por R$ 4800,00 durante 10 meses, a uma taxa de 36%
ao ano.

5) Calcule o juro produzido por R$ 5000,00 durante 1 ano e 8 meses, a uma taxa de
2,5% ao mês.

6) Uma empresa empregou a juros, durante 48 meses, os seguintes capitais;


a) R$ 450.000,00 a 72% ao ano

132
b) R$ 550.000,00 a 3% ao mês

c) R$ 600.000,00 a 90,5% ao ano

d) Qual foi total de juros recebido?

7) Calcular o juro que o capital de R$ 12.000,00 rende, durante 23 dias, à taxa de


30% ao mês.

8) Que capital, aplicando durante 2 anos, à taxa de 15% ao ano, produz juros de R$
1.500,00?

9) Qual o capital que , depositado a 48% ao ano, rende em 4 meses os juros de


R$ 6.400,00?

10) Em quanto tempo um capital de 50.000,00, empregado a uma taxa de 12% ao


ano rendeu 2000,00 de juros?

11) Calcular o tempo em que o capital de R$ 4.800,00 rendeu R$ 720,00 à taxa de


5% ao mês.

7.4 Juros Compostos

Da capitalização simples, sabemos que o rendimento se dá de forma linear ou


proporcional. A base de cálculo é sempre o capital inicial. No regime composto de
capitalização, dizemos que o rendimento se dá de forma exponencial. Os juros do
período, são calculados com base num capital, formando um montante, que será a
nova base de cálculo para o período seguinte.

133
EXEMPLO:
Na aplicação de R$ 1.000,00 durante 5 meses, à taxa de 2% a.m., temos contada
uma capitalização mensal, 5 períodos de capitalização, ou seja, a aplicação inicial
vai render 5 vezes.

Observando o crescimento do capital a cada período de capitalização, temos:


1º período:

100% R$ 1.000
102% M M = R$ 1.020,00 (esta é a nova base de cálculo para o
período seguinte)

CAPITAL MONTANTE
2º período: R$ 1.020,00  1,02 = R$ 1.040,40
3º período: R$ 1.040,40  1,02 = R$ 1.061,21
4º período: R$ 1.061,21  1,02 = R$ 1.082,43
5º período: R$ 1.082,43  1,02 = R$ 1.104,08

Portanto, o montante ao final dos 5 meses será R$ 1.104,08.

No cálculo, tivemos
R$ 1.000  1,02  1,02  1,02  1,02  1,02
= R$ 1.000  (1,02)5
= R$ 1.000  1,10408
= R$ 1.104,08

Observamos o fator (1,02)5. Essa potência pode ser calculada com calculadoras
científicas ou com auxílio das tabelas financeiras.

Generalizando, o cálculo do montante a juros compostos será dado pela expressão


abaixo, na qual M é o montante, C o capital, i é a taxa de juros e n é a quantidade
de capitalizações.

M = C  (1 + i)n
Comparando o cálculo composto (exponencial) com o cálculo simples (linear),
vemos no cálculo simples:

CAPITAL JUROS MONTANTE


R$1.000,00 0,02 = R$ 20,00  M = R$ 1.020,00
R$1.000,00 0,02 = R$ 20,00  M = R$ 1.040,00
R$1.000,00 0,02 = R$ 20,00  M = R$ 1.060,00
R$1.000,00 0,02 = R$ 20,00  M = R$ 1.080,00
R$1.000,00 0,02 = R$ 20,00  M = R$ 1.100,00

Portanto, o montante simples, ao final dos 5 meses será R$ 1.100,00.

134
Pelas duas tabelas anteriores observamos que ao final do primeiro período de
capitalização, os juros compostos e os juros simples, apresentam valores
iguais. A partir daí, o rendimento composto passa a superar o simples.

EXEMPLOS:

1) Calcular o montante, ao final de um ano de aplicação, do capital R$ 600,00, à


taxa composta de 4% ao mês.
Resolução:
A capitalização é mensal, portanto, no tempo de aplicação considerado teremos 12
capitalizações.
C = R$ 600
i = 4% = 0,04
n = 12
M = C  (1 + i)n  M = 600  (1 + 0,04)12  M = 600  (1,04)12
 M = 600  1,60103
M = R$ 960,62

2) O capital R$ 500,00 foi aplicado durante 8 meses à taxa de 5% ao mês. Qual o


valor dos juros compostos produzidos?
Resolução:
C = R$ 500
i = 5% = 0,05
n = 8 (as capitalizações são mensais)
M = C  (1 + i)n  M = 500  (1,05)8  M = R$ 738,73

O valor dos juros será:


J = 738,73 – 500
J = R$ 238,73

3) Qual a aplicação inicial que, empregada por 1 ano e seis meses, à taxa de juros
compostos de 3% ao trimestre, se torna igual a R$ 477,62?
Resolução:
M = R$ 477,62
i = 3% = 0,03
n = 6 (as capitalizações são trimestrais)
M = C  (1 + i)n
477,62 = C  (1,03)6
477,62
C = 1,19405
C = R$ 400,00

Agora é sua vez!

1) Calcular o montante gerado a partir de R$ 1.500,00, quando aplicado à taxa de


5% ao mês com capitalização mensal, durante 1 ano.

135
2) Aplicando R$ 800,00 à taxa de juros de 1% ao mês, durante um ano e meio, qual
o valor do montante?

3) Um capital de R$ 300,00 foi aplicado em regime de juros compostos com uma


taxa de 10% ao mês. Calcule o Montante desta aplicação após dois meses.

4) Um dono de empresa consegue um empréstimo de R$ 30.000,00 que deverá


ser pago, no fim de um ano, acrescidos de juros compostos de 3% ao mês. Quanto
o dono da empresa deverá pagar ao final do prazo estabelecido.

5) Calcule o capital que aplicado à taxa composta de 4% a.m. dará origem a um


montante de R$ 4.650,00 no fim de 08 meses.

6) Calcule o valor do capital que, aplicado a uma taxa de 2% ao mês, rendeu em 10


meses a quantia de R$ 15.237,43?

7) Fernando empresta o capital inicial de R$ 4000,00 (quatro mil reais) para Pedro
cobrando juros compostos de 4% ao mês. Pedro prometeu pagar tudo após 5
meses. Qual será o valor que ele terá que pagar?

136
7.5 Noções de Estatística

A Estatística é parte da Matemática Aplicada que fornece métodos de coleta,


organização, descrição, análise e interpretação de dados, úteis nas tomadas de
decisão.

7.5.1 Medidas de tendência central

As medidas de tendência central mais utilizadas são: média aritmética,


moda e mediana.

7.5.1.2 MÉDIA ARITMÉTICA (Ma) =

É igual ao quociente entre a soma dos valores do conjunto e o número total


dos valores.

x1  x2  x3  ...xn
Ma 
n

onde xi são os valores da variável e n o número de valores.

Exemplo: Sabendo-se que a venda diária de arroz tipo A, durante uma semana, foi
de 10, 14, 13, 15, 16, 18 e 12 kilos, temos, para venda média diária na semana de:

10  14  13  15  16  18  12
Ma   14 kilos
7

7.5.1.3 Média Aritmética Ponderada (MP)

A média ponderada é calculada através do somatório das multiplicações entre


valores e pesos, e divididos pelo somatório dos pesos.

Exemplos: Na escola de Júlio, a média anual de cada matéria é calculada de acordo


com os princípios da média ponderada. Considerando que o peso das notas esteja
relacionado ao bimestre em questão, determine a média anual de Gabriel sabendo
que as notas em Matemática foram iguais a:

1º Bimestre: 7,0
2º Bimestre: 6,0
3º Bimestre: 8,0
4º Bimestre: 7,5
7,0.1  6,0.2  8,0.3  7,5.4 73
Mp    7,3
1 2  3  4 10

137
A média anual de Júlio é de 7,3 pontos.

7.5.1.4 MODA - Mo

É o valor que ocorre com maior frequência em uma série de valores.


Desse modo, o salário modal dos empregados de uma fábrica é o salário
mais comum, isto é, o salário recebido pelo maior número de empregados dessa
fábrica.

A Moda quando os dados não estão agrupados

 A moda é facilmente reconhecida: basta, de acordo com definição, procurar o


valor que mais se repete.

Exemplo: Na série { 7 , 8 , 9 , 10 , 10 , 10 , 11 , 12 } a moda é igual a 10.

 Há séries nas quais não exista valor modal, isto é, nas quais nenhum valor
apareça mais vezes que outros.

Exemplo: { 3 , 5 , 8 , 10 , 12 } não apresenta moda. A série é amodal.

 .Em outros casos, pode haver dois ou mais valores de concentração.


Dizemos, então, que a série tem dois ou mais valores modais.

Exemplo: { 2 , 3 , 4 , 4 , 4 , 5 , 6 , 7 , 7 , 7 , 8 , 9 } apresenta duas modas: 4 e 7. A


série é bimodal.

7.5.1.5 MEDIANA - Md

A mediana de um conjunto de valores, dispostos segundo uma ordem (


crescente ou decrescente), é o valor situado de tal forma no conjunto que o separa
em dois subconjuntos de mesmo número de elementos.

Exemplo: Dada uma série de valores como, por exemplo: { 5, 2, 6, 13, 9, 15, 10 }

De acordo com a definição de mediana, o primeiro passo a ser dado é o da


ordenação (crescente ou decrescente) dos valores: { 2, 5, 6, 9, 10, 13, 15 }

O valor que divide a série acima em duas partes iguais é igual a 9, logo a Md = 9.

Método prático para o cálculo da Mediana:

Se a série dada tiver número ímpar de termos: O valor mediano será o termo de
ordem dado pela fórmula :
.( n + 1 ) / 2

138
Ex: Calcule a mediana da série { 1, 3, 0, 0, 2, 4, 1, 2, 5 }

1º - ordenar a série { 0, 0, 1, 1, 2, 2, 3, 4, 5 }

n = 9 logo (n + 1)/2 é dado por (9+1) / 2 = 5, ou seja, o 5º elemento da série


ordenada será a mediana

A mediana será o 5º elemento = 2

Se a série dada tiver número par de termos: O valor mediano será o termo de
ordem dado pela fórmula :....

.[( n/2 ) +( n/2+ 1 )] / 2

Obs: n/2 e (n/2 + 1) serão termos de ordem e devem ser substituídos pelo valor
correspondente.

Ex: Calcule a mediana da série { 1, 3, 0, 0, 2, 4, 1, 3, 5, 6 }

1º - ordenar a série { 0, 0, 1, 1, 2, 3, 3, 4, 5, 6 }

n = 10 logo a fórmula ficará: [( 10/2 ) + (10/2 + 1)] / 2

[( 5 + 6)] / 2 será na realidade (5º termo+ 6º termo) / 2

5º termo = 2

6º termo = 3

A mediana será = (2+3) / 2 ou seja, Md = 2,5. A mediana no exemplo será a


média aritmética do 5º e 6º termos da série.

Agora é sua vez!

1) As idades dos 11 alunos de uma turma de matemática são respectivamente iguais


a: 11;11;11;12;12;13;13;13;13;15;16.

A moda e a mediana desses 11 valores correspondem a:


a) 16, 12 b) 12, 11 c) 15, 12 d) 13, 13 e) 11, 13

2) Suponha que parafusos a serem utilizados em tomadas elétricas são embaladas


em caixas rotuladas como contendo 100 unidades. Em uma construção, 10 caixas
de um lote tiveram o número de parafusos contados, fornecendo os valores 98, 102,
100, 100, 99, 97, 96, 95, 99 e 100.
Calcule as medidas de posição (média, mediana e moda) para o número de
parafusos por caixa.

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Referências Bibliográficas

Coleção Básica de Matemática. SENAI – MG

Dante, L.R. Matemática: Contexto & Aplicações. Vol. 1. Ed. Ática: São Paulo, 2002

Dante, L.R. Matemática: Contexto & Aplicações. Vol. 2. Ed. Ática: São Paulo, 2002

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Giovanni júnior, José Ruy. A conquista da matemática, 6º ano/ Josó Ruy Goivanni
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