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PERGUNIE
E
RESPONDEREMOS
ON-LlNE
No mundo da Ilcçlo :
AINDA UMA VEZ ERrCH VON OÃNIKEN .. . . ........ .. ........ .. .. . 12
Sensacional:
.....S PROFECIAS DE NOSTRAOAMUS" ......................... . 22
Comunlcaç6es do Além?
eo NOVO CASAMENTO OI! GILDA DE ABREU ? ... . . .• _.. ... ... .. 36
y ---
.PERGUNTE E RESPONDEREMOS .
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OS ~ KO\'OS fILOSOFOS:. FRANCESES 5
-5-
G_ _ _ _,,P..:E,,R:.:G,,U,,NTE=
e..:E'-"R"'ES=PO=N"'D"'E=-R:.:E,,':::<O:<S,,.c;21,,7'-',,1978=_ _
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OS -<NOVOS FILóSOFOS, FRANCESES 7
1 .5 , Guy Lardreau
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os cNOVOS FILOSOFOS. FRANCESES 9
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10 .. PERGCNTE 10: RESPOXOEREMOS:. 21i/ 19iS
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_ _ _ _ _"O$"'..:''''
.>1,,
'O,,VOS fo'ILOSOroS " FRAKCESES 11
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No mundo da ficção :
No tocante ao nome Elohlm, com que a SIbila designa Deus. ÍI;lga que
deveria ser traduzido por deu..,; Iralar..se-ia da um plural que lembraria
os asilonautas vlndcl à lerra noa primórdios da hlslória da humanidade.
_ Na verdade. e:nbora ;:a torma gramatical de Elohim seja a de plural, 8ste
sub$lanliy!) na Sibile eOSluma tar o sou verbo no sIngular; designa o único
Deus, rcalçando. pela 10lma de plural. il majestade fi o poder des.se (mico
Senhor.
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,\IXUA .l::nICH \'ON D./lNIKEN 13
- - - -- - - - - -'=""--"=--'-""-"""""-"''-----
1. O nome de Deus «Elohim »
Eis pala"ras de E, \'on Daniken na citada entrevista:
"Moisés, no Gtne.is, usa a palavra Elol'Jlm quando se relere a Deus,
Elohlm, entretanto, do plural - o que m e deixou curioso, Por oxemplo,
Moisés diz: 'E 0$ deuses (Elohim) disseram : Façamos a nossa imagem
e semelhança', Deduzi assim q ue a ltaduçllo 'Oeu$ lez o homem • sua
imagem. semelhança' I! Inco rreta" , Todu as civilizaçlJes lalavam de
deuses, EJohlm, nunca de um 196 Deul_ Diziam : 'E os deuses vieram do
céu, precedidos por f Orles lrovoadas', e assim por d ianle, PortanlO lodes
1119 questões que eu passll a formular, começaram a partir de uma l:1cor·
reçlo d as Iraduçi5es blbllcas",
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1-1 - PERGU;,TE E RESPONDERE?IOS;, 211'11978
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AIKDA I::RICH VQN D;\NIKEN
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36 <.PERGUI\'TE E RESPONDEREMOS~ 217/1978
DI 4. 35: "A 1/ 101 dtldo ver 1$10 tudo, pari que saibas Gue Javé é
o verdade1ro Deus (Elohfm) e que nio ha oulro",
I. 45, 5: "Eu .ou Javé, e nlo há oulro, Fora de mim, nlo hé DIIUS
(Eklhlm)".
1 . 2 . 3. plural de dlólogo
Ao comentarem Gn 1,26; 11, 7, Gerard \'on Rad e outros
exegetas julgam que, em tais casos, Deus dialoga com os
anjos, propondo-lhes: _Façamos o homem ... :.. ou tI:Vamos!
Desçamos! ... )
Tal sentença é inadequada, pois, em última análise,
nivela Deus e os anjos e supõe o homem criado à imagem
não só de Deus, mas também dos anjos. Por isto não é
aceita na exegese católica.
Vé-se. pois, que não tem autoridade a afirmação de
E. "on Dãniken segundo a qual se deveria, sem mais, tra-
duzir na Biblla &ohim por deuses. Embora a palavra, con-
siderada do ponto de vista morfológico. tenha a desinência
de plural, no contexto bíblico e no ambiente do escritor isae·
lita que a utilizou, tol vocábulo designa geralmente um sujeito
singular ou, mais precisamente, o Deus único, excetuando-se
os poucOs textOs em que o vodbulo designa os deuses do
paganismo, os s~rcs celestes (anjos. fidos como filhos de
Deus) ou hom~ns relevantes.
Verdade é que o povo de Israel descende do patrial'ca
Abraão, que no sêc. XIX a.C. emlgrou de Ur da Caldéia
para Canaã; as primeiras gerações de israelitas podem ter
professado e vivido um certo sincretismo religioso (cf. Gn 31,
19; 15m 15,23). Este, porém, foi·se dissipando mais e mais,
('mbol'a o povo de Israel sempre tenha sido tentado a cair
na idolatria ou no culto dos deuses dos povos vizinhos.
Quando os escritores de Israel se dispuseram a escrever peças
literárias Que hoje integram a Bíblia Sagrada, professaram
a fé oficial de Israel, ou seja, a ercnça em um sô De'US,
nindn que usassem o nome Elohlm.
Compl'eende-se outrossim que gratuita é a hipótese de
E. von Dãniken segundo a qual o nome Elohlrn (que van
DAniken quer traduzir por deUle5) tem sua origem em visi-
tas de astronautas à terra: os homens terrestres primitivos.
espantados pela presença de tão sábios e poderosos visitantes.
tê-Ios~iam chamado deuses. Em conseqüência, o vocábulo
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18 " I'ERGUNTE E RF:SPONDEREMOS, 217/1978
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Grande Pir!mldo montem a quasCl outro tanto, Pela planta, pela slluaçlo
das portas, d01l corredores, dos compartimentos, da camara monu!"a,
tem-se lido toda a história d. esptcle humana I Baseado nessa 'história'
gravada na plrAmlde, um pesquiSador predisstl o começo da PrimeIra Guerra
Mundial para o Ino de 1~13, e os crentes nolaram qce ele '56 elTou
num ano'.
Não ~ aiUci!, medindo uma obra muUo grande com padrõ~s de medida
muito pequenos, chega, a lel6ç6a~ impressionanles. " bem provil.ve l que,
se 8vólliâssamos a cllledrs.1 de Chartres ou o domo de Col6nla em canll~
melros, chegsriamos pelas convenlonte s adlçãe.s, Subtrações li mulllpllcl·
çOes é.s mais inesperadas eomparaç6es com valores numéricos ç6smlços.
Nesle plano ê muito prev""al que se encontre também a prova de que
o ".10, pi nAo deve ser mtlis considerado o 'numero de ludolf', porquanto
iA era conhec ido dos const.utores das pirâmides,
Ainda qua se demon(Oll'a~se torem 05 eglpciot. empregado realmente
conhecimentos astron 6mlcos al6 certo grau nas medidas da Grande Pira-
mlde (conheclmenlOS equivalentes 105 qu-e a ciência moderna s6 descobriu
nos seeulos XIX e XX - e1)mo, por e.emplo, a dislAncia e.ata do Sol).
iss:) n20 ser il razAo para supor el!sUr nesses valores numéricos qualquer
relaçlo mlsUee ou biS' para lazer protecias.
No ano de 1922, o eglpt61ogo alemio ludwig Borehardt publicou, apó5
opurado estudo, um livro Intitulado 'Conlra a M/sliea Numorica da Grande
Pirâmide de Giz" . AI eneonlllrnOS argumentos que mandam por Igua abaixo
toda a torronle da mlslica" ("Ceuses, túmulos e sábios". Ed. Mell\oramentos,
Sêo Paulo 1911, p. 136s),
c) Ainda mCI"'ecc a tC!1çRO a coleção intitulada .. Histoirc
Génél'alc dcs Sciencch (Histól'ia Geral das Ciêne!:lsl p ubli·
cada sob a dlreçào de Rene Taton ( o.: Pl'csses Uni\'~rsitaires
de Francc, Paris), Em scu primeiro volume, que versO! f?bl'c
[l Ciêncin Antiga c Med:eval, observa o uutar à p. 49:
"~ mlsler diter uma palal/ra lobre aquilo q'Je em diversas obras ainda
e chamado '/I eiônçla .ec:reta dos faraos". Nio ê inutil lembrar que nllda
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211 -PEKGIJNT"; fo: H.F:SPO~IJJo":RE:\IOS . 2 17/ 1978
sal)olmo::. de uma lal ci6 01;:ia e que e 8Ktremamente duvkloso tenha ela
iamals exlslido. Todas as e,p~uI3çOe s leU .. sobra OS 'r'lUmeros' da Granda
PlrAmlde, entre outras, s'o puros de ... anelos Infanth; seriam tal. m esmo
se os au:ore!; respectivos tlvessem ullllzado medidas 8 numeros exatos
- o que "a verdade 010 se deu. De resto, por que 50 e Grande Pltêmlde
nos ~e'i a tran'lmltldo, da maneira obscura I, numa palayra, Impenetrjyel,
uma ciér:cia t;lo eyo lulda que ultr.pa~~ayil. a c iencia grega e se assemelhaya
à ciência moderna? Hã, no ...ale do Nilo, desde o della até o SudA,
mais de cenlo e cinquenta piram idas : ora somente a de Oueops nos leria
fornecido o verdadeiro vator de p/, a d imansAo do ralo da Terra e Q medld.
e:.". de um , reo do meridiano terr8stre? VI·se o absurdo dnu poslçJo,
fundada sobre medidas inex811$·',
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21
BlbUogrllla;
L. Pauwells e J , aargier. "0 despe!!tar dos. magieos". Slo Paulo,
3~ ed. 1968.
C, W. Ceram, " Oeu,es, tumulos !li .'blo''' . S lo PaulO 1911.
Hiatoi, • . Géné"l. des Seieflces, publiêe sous la dire etion de RefIé
Tlton. Pres:ses Universltal res de Franç •. Paris 1958.
A , vlln den Born, " OielonArio Enclel0p.6dico da Biblia" , verbe tes EI.
Elohlm, Petrópolis 197 \.
Grande Lesslco dei Nuovo Testamenlo, da Gerl1a rd KIUel e Gerhlrd
Frie<lrich. Ed. Italiana I eura di F. Montagnlni, G, Searpat, O. Softrinl, vol. IV,
verbete Thêos. Breseia 1968.
p , van Imsctl oot, "Tl1eo logi. de r.AM:len Teslamenf'. Paris 1 9~,
pp. 8-14,
M ,·J. l agranga, " Eludes 5Uf las r,ligion! sémiliQues", Palis, 2a.
éd.. 1905.
E, [)harme, "la reliolon de! hé breuIC nomades" , Bru.xe1l8:' 1937,
pp. 333-3-49.
- 21-
SensacIonal :
/I as profecias de nostradamus"
• • •
-22-
pois parece dizer-lhe que sera testemunha da consuma Cão da
história. A repercussão que as Centúrias de Nostradamus
tiveram em seus quatro séculos e mais de existência, assim
como o interesse do públlco de nossos dias, justificam uma
apreciação não só do livro de Erika Cheetham, mas tam-
bém da pessoa e dos orãculos do cprofeta:. nas páginas
de PRo
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24 ,·PERGUNTE E RESPONDEREMOS!> 21TJ197S
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"O Ido jovom ven~crá 10 velho num singular duelo em campo aberto.
pe/lurar-Ihe·' os olhos numa jaula de ouro. Ce duas classes, uma. Cepol.
morrer. morte cru.!" .
2. Os escritos
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«AS PROFECIAS DE NOSTRADAMUS» 27
(p. 13); todavia julga que ao menos cinco por cento dos res-
tnntes vaticinios não podem ser explicados por simples coin-
cidência; são autênticas previsões de acontecimentos que
ocorreriam <ou aindn ocorrerão .. , A autora afirma que as
profecias de Nostradamus se estendem até 1999, o que signi-
fica que o fim do mundo está para ocorrer naquele ano ou
quiçá no ano seguinte.
3. Autênticas prof.cios?
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..~s PROFECIAS DE NOSTRADAMUS .. 28
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30 ~ PERCUNTE E RESPONDEREMOS' 217/ 1978
I Em provençal: Medl,lllne.
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«AS PROFECIAS DE NOSTRADAMUS. 31 .
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32 -:PERCU.N TE E_R_ESPO
_N_D_E_R_E_M_OS_,_21_7.Q978,_ _ __
4. A.trologiá
Os oráculo.s de Nostradamus referem-se não raro a sím-
bolos da astrologia (Aquário, Câncert Arles ... ), de modo Que
sAo Interpretados na base da significação de tais slmbolos na
cstrologia. Eis por que jnteressa examinar o valor cientifico
c objetivo que possa ter 8 astrologia.
A astrologIa e o horóscopo são a "arte de definir caracte~
ristlcas da personalidade e prIncipalmente da vida de llIguém
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4PERCUNTE E RESPONDEREMOS, 217/1978
81bllogra!'l. :
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Comun"'aç60 do Além?
• • •
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o NOVO CASAMEN1'O DE GILDA DE ABREU
1. A narra,ão
Aos oito anos de idade, o menino José Esplno começou
a ouvJr a voz do cantor Vicente Celestino, que lhe despertou
sentimentos slnguJaresj parecia-lhe já. ter ouvido tal voz, como
se se tratasse da voz de um familiar.
No decorrer do tempo, José foi-se aproximando de Vi-
cente e de GUda, pois que escolheu também ele a carrelra de
cantor de teatro. Os traços de alinldade existentes entre José
e () casal de cantores foram-se evidenciando e acentuando
aos poucos.. . .
2. 1. P,o(yrCl de l,ulificalivCl
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400 <PERGUNTE E RESPONDEREMOS, 21711978
2.3. Reencama.siio
2 . 3,1. As dftigualdades
2 ,3 ,2 , E O' sofrt...... o,
Insistem. porém, dizendo: Se ainda se podem entender
desigualdades fis:lcas e psiquJcas, não se pode admitir que
Deus seja autor da infelicidade de muitas crlatur8.s: alguns
nascem cegos, outros aleijados, outros mentecaptos, uns ricos,
outros pobres . . . Ora a desgraca só pode ser expUcada pelo
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o NOVO CASAMENTO DE GILDA DE ABREU 43
" Quando te~ de culigar meu IUno ou meu servo,. . . começo por
admoesli-Io. li fim de se lembl1lrem bem p.r. O fuluro a ... Im podarem
evitar fACalr no mamo erro. NIo deverle Deus. quandO ,nvII u mel.
lerrlvel. punlçCes, Instruir aquelea que IS solrem,. resP4lto do mollvo de_
casllgol? Poderia Ele tlr.r-nos de lodo a racordeglo de nouOSo crimes" ...
Cu. proveito .e hi de esperar da punlçlo .. ninguém no. mo.lrar qual
101 li nossa GUlpl7 Em vero.d., .emalnanta c ••llgo vai contl1l o que p'"
tende : irrita e leva' revolta " ("Thaophrast~ ... Ecf. M~ne grega t. 85, 302).
2 . 3.4. E OI 9Anl0l1
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o NOVO CASAMENTO DE GILDA DE ABREU 45
3. Conclusão
As ponderações apresentadas evidenclam que a explica-
ção esplrita para o casamento de GUda de Abreu e Josê Es-
pino é sUbjetivaj a ciê ncia de hoje eluC:1da a fenomenologia
aduzida como sendo a expressão de uma reacão psicológica.
Que procurou na religião e na mlstica um apoio para justi-
ficar plenamente um comportamento que poderia parecer
estranho tanto aos dois lnteressados como ao grande público,
O enlace de GUda e J~ merece respeito, indepente-
• mente da explicação dos antecedentes respectivos. ~ esse res-
peito que desejamos aqui consignar. ao mesmo t~mpo que
evidenciamos o vazio e a inépcia das teorias espiritas que
pretensamente justilicarlam esse enlace.
BIbUogralla :
B. Klop~nburg. "O EsplrlU.mo no Brasil", Petrópolls 1960.
GUY Df LARIGAUDIE