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1) A cabala especulativa (Kabbalah iyyunit) trata de ideias complexas sobre a emanação divina que são difíceis de resumir;
2) Os cabalistas viam Deus (Ain Soph) como um ser ilimitado, sem qualidades ou envolvimento com o mundo, o que criava um dilema para explicar a criação;
3) Foi proposta a ideia de que o título de "Deus" deveria se referir a um ser acessível à oração e meditação, e não ao Ain Soph inacessível.
1) A cabala especulativa (Kabbalah iyyunit) trata de ideias complexas sobre a emanação divina que são difíceis de resumir;
2) Os cabalistas viam Deus (Ain Soph) como um ser ilimitado, sem qualidades ou envolvimento com o mundo, o que criava um dilema para explicar a criação;
3) Foi proposta a ideia de que o título de "Deus" deveria se referir a um ser acessível à oração e meditação, e não ao Ain Soph inacessível.
1) A cabala especulativa (Kabbalah iyyunit) trata de ideias complexas sobre a emanação divina que são difíceis de resumir;
2) Os cabalistas viam Deus (Ain Soph) como um ser ilimitado, sem qualidades ou envolvimento com o mundo, o que criava um dilema para explicar a criação;
3) Foi proposta a ideia de que o título de "Deus" deveria se referir a um ser acessível à oração e meditação, e não ao Ain Soph inacessível.
ideias que compõem a cabala especulativa (Kabbalah iyyunit), uma vez que são envolventes e extensas demais para um tratamento sucinto; mas é necessário abordar a doutrina das emanações citada por Agrippa no capítulo X, l. III, para que os leitores que não são estudantes de cabala tenham alguma noção do que ele está falando. Em seus esforços para obter o mais alto e perfeito conceito de Deus, os mecubalistas despiram a divindade de todas as qualidades que, segundo eles, não podiam fazer parte do Deus primordial porque cada uma era limitada por sua definição e, portanto, imperfeita. Negavam à divindade um nome, um rosto, uma forma e até um propósito. Tudo o que poderia ser concebido foi removido dessa compreensão negativa de um Deus existente antes ou separado do mundo criado. O resultado eles chamavam de Ain Soph (pws ya), cujo significado literal seria ―que não termina‖, ou seja, ilimitado. Tendo alcançado esse protótipo, que não difere da aristotélica Causa de Todas as Causas, eles se viram em um dilema. O Ain Soph não pode ser concebido de maneira alguma, por pessoa alguma, nem mesmo por meio da mais profunda meditação mística. Mais desconcertante, sendo desprovido de qualidades, o Ain Soph não tem o menor envolvimento com o mundo das coisas limitadas. O autor de uma antiga obra cabalística chamada Ma‘arekhet haElohut (ver Scholem, Kabbalah 1977, 1:3:89) defende uma posição nada insensata de que, como o Ain Soph não é citado na Bíblia nem na lei oral, seria absurdo referir-se a esse deus absconditus como Deus; o título pertenceria a um ser que era acessível à meditação e à oração. Tal visão, porém, era bastante impopular. Em termos filosóficos, a percepção suprema de Deus como um ser (ou nãoser) sem limite que engloba todas as coisas de uma maneira indiferenciada é inescapável. Também é logicamente necessária a existência de um criador supremo, ou causa primeira. Para explicar o processo de criação pelo qual um Deus que não pode mudar nem diminuir criou o mundo de seres imperfeitos limitados a partir de sua própria substância, e ainda dentro dela, ele devia ter o 953