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2. O inferno jamais teve inquilinos, no presente momento não possui e jamais terá;
e todas as passagens escriturísticas que falam dos ímpios os quais sofrem
tormentos eternos no lado de fogo estão completamente erradas (Lc 16.23, 25;
28; Ap 9:5; Ap 19.20; 20.10, 14, 15).
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“O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os
homens com fogo. Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor, e
blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se
arrependeram para lhe darem glória. Derramou o quinto a sua taça sobre o
trono da besta, cujo reino se tornou em trevas, e os homens remordiam a língua
por causa da dor que sentiam e blasfemaram o Deus do céu por causa das
angústias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeram de suas obras”.
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puro ódio do inferno, ou no lado de fogo que os pecadores partilharão com Satanás, e ali
terão sua habitação eterna (Ap 20.10; 21.8).
O Senhor Jesus foi muito claro em seu ensino a respeito do tormento infindável
dos que se perdem. “então, o rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda:
Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”
(Mt 25.41). Esse capítulo encerra-se com o mesmo conceito de eternidade tanto para os
redimidos como para os perdidos: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos,
para a vida eterna” (v. 46). Observemos que a palavra aionios é empregada para ambos
os lugares, e é usada para a vida eterna em João 3.16. Não há como degradar o termo
aionios de tal modo que signifique menos do que a eternidade sem fim (é o que os
universalistas tentam fazer), porque o inferno também é sofrimento eterno. Tampouco se
poderia deduzir a “vida eterna” a algo temporário, como moradia provisória dos salvos.
Em outras palavras, as Escrituras ensinam que tanto a vida com Cristo no céu e o
tormento dos perdidos do inferno são igualmente “eternos”. Escreveu o apóstolo João:
“...ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último e
aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo [eis tous aionas ton aionon] pelos
séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1:17-18).
Comparemos essa passagem com Apocalipse 20.10 “O diabo, o sedutor deles, foi
lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde também se encontram não só a
besta como o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos
séculos [eis tous aionas ton aionon]” Essa passagem descreve a última morada de todos
os que se perdem, de acordo com Apocalipse 21.8 (“o lago que arde com fogo e
enxofre, a saber, a segunda morte”). A natureza eterna dessa perdição mata de vez a
teoria do universalismo e expõe-na o ridículo diante da verdade bíblica.
No que concerne à objeção dos universalistas quanto à moralidade de um inferno
eterno, basta-nos salientar que todos os seres humanos foram criados por Deus, feitos à
imagem do Senhor (Gn 1.27), um Deus eterno. Portanto, sendo os seres humanos
criaturas que existirão para sempre, deverão levar sua existência consciente a algum
lugar do universo, céu ou inferno (a Bíblia não menciona alternativa). Visto que os
réprobos usaram mal sua livre-escolha e decidiram permanecer em estado de rebelião
contra Deus, e rejeitaram seu chamado ao arrependimento e nova vida, nada lhes resta
senão a eternidade sem fim no lugar de sua preferência, a habitação de Satanás.
Não existe a mínima possibilidade de arrependimento e mudança de coração
para o pecador atirado ao inferno. Dizem-nos as Escrituras: “Aos homens está ordenado
morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo” (Hb 9.27). Depois que o Senhor fechou a
porta da Arca, pondo em segurança lá dentro Noé e sua família (Gn 7.16), não havia
possibilidade de alguém daquela geração entrar na Arca e livrar-se do dilúvio. Todos se
deliciaram em zombar das advertências do patriarca, durante 120 anos, enquanto ele os
admoestava em vão a que se arrependessem e procurassem refúgio da forma que o
Senhor havia deliberado. Fechada a porta, os céus se abriram em uma chuva torrencial,
mortífera, e ficou tarde demais para alguém do lado de fora mudar de idéia. Seu destino
estava traçado. Não poderia ser diferente.
Tampouco é objeção válida contra a bondade do Senhor a que se levanta como
protesto comum: Como pode um Deus bondoso condenar alguém ao inferno eterno? Se
Deus é bom, deve ficar ao lado da justiça, do direito e da verdade. Nada permitiria que a
culpa da rebelião.