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HEPÁTICA1
BASSOTTO, Maria Julia Stoever.2; SCREMIN, Luana Thomazette Cechin2;
BITTENCURT, Mariana Oriques2; BARCELOS, Louise Muniz2; RANGEL, Rosiane
Filipin3; ZAMBERLAN, Claudia3; COSTENARO, Regina Gema Santini.3
1
Pesquisa vinculada a atividade de ensino. Curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano
(UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil.
2
Acadêmica do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Membro do
GIPES. Santa Maria, RS, Brasil.
3
Enfermeira. Professora Curso de enfermagem-UNIFRA,Membro do GIPES Santa Maria, RS, Brasil.
E-mail: mah_stoever@hotmail.com; reginacostenaro@hotmail.com
RESUMO
INTRODUÇÃO
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publica. No Brasil os dados apontam o aumento do consumo de álcool em faixas etárias
cada vez mais precoces.
Entre os jovens de 12 a 17 anos a taxa de alcoolismo é de 7,0%, este nível
representa 554.000 jovens com sérios problemas sociais e de saúde (BRASIL,
2007).Salienta-se também que o alcoolismo é o principal fator etiológico para o surgimento
da cirrose hepática, que é uma doença crônica em que ocorre a substituição do tecido
hepático normal por fibrose difusa, rompendo com as estruturas e função do fígado
(SMELTZER & BARE, 2005).
Nos Estados Unidos as doenças hepáticas induzidas por álcool são a principal causa
de morte, sendo que 40 a 90% destas mortes são devidas a cirrose hepática, o que é
responsável por 10 000 a 24 000 mortes por ano. O relatório do Instituto Nacional de
Alcoolismo e Abuso de Álcool sugere que a cirrose hepática está geralmente associada ao
consumo de cinco doses de álcool/dia por um período de pelo menos cinco anos
(ANDRADE, 2009). Corroborando (PARISE, OLIVEIRA, CARVALHO, 2007) mostram, por
meio de estudos epidemiológicos, que, independente da dose de etanol ingerida, apenas 30
a 35% dos alcoolistas evoluem para a cirrose hepática, presumindo que outros fatores,
como sexo (entre as mulheres, essa evolução para a cirrose ocorre com ingestão de
menores doses de etanol e em menor tempo de alcoolismo), herança genética e outras
influências ambientais, particularmente infecção viral crônica, teriam importante papel na
gênese e na evolução da doença hepática alcoólica.
Justifica-se este estudo devido ao alto índice de consumidores abusivos de álcool, e
ao fato de que muitas pessoas evoluem para cirrose hepática. Contextualizando a
importância dos profissionais de saúde, mais especificamente a equipe de enfermagem ter
conhecimento científico dessa patologia, para que realize uma promoção à saúde voltada a
orientações que esclareçam sobre os malefícios do álcool ao organismo humano. Assim,
objetivou-se nesta pesquisa descrever a cirrose hepática e a fisiopatologia desta doença no
alcoolismo, enfatizando a importância deste conhecimento clínico para enfermagem.
OBJETIVOS
METODOLOGIA
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Trata-se de uma pesquisa descritiva bibliográfica, desenvolvido como critério de
avaliação na disciplina Optativa III: “Clínica Ampliada na Enfermagem – Cuidados no
Processo de Morrer” no período de maio a junho de 2012, do Curso de Enfermagem do
Centro Universitário Franciscano. Foram selecionados artigos completos disponíveis em
suporte eletrônico no idioma português. A busca ocorreu nas bases de dados LILACS
(Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific
Electronic Library On line).
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acaba sendo feito por meio de algum exame complementar solicitado em decorrência de
outro sintoma não relacionado à hepatopatia (NAKAMOTO, TAKAHASHI, MENDES,
CARDOSO, 2005; FONSECA, 2009).
Desta forma, é importante que o paciente acometido por esta patologia tenha uma
dieta adequada e uma rígida prevenção do álcool. Embora a fibrose do fígado cirrótico não
possa ser revertida, sua progressão pode ser lentificada por essas medidas.
Foi construído um mapa, conceitual para auxiliar na compreensão da fisiopatologia
da cirrose hepática por alcoolismo. A utilização dos mapas conceituais, tem se apresentado
como uma ferramenta de ação pedagógica bastante útil para o ensino de diversos temas.
Devido a sua estrutura organizacional hierarquizada, procura facilitar o aprendizado e a
assimilação do conteúdo dado com a estrutura cognitiva já existente (NAKAMOTO,
TAKAHASHI, MENDES, CARDOSO, 2005).
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manter o paciente em repouso e outras medidas de suporte para permitir que o fígado
restabeleça sua capacidade; estabelecer uma dieta nutritiva rica em proteínas e vitaminas
do complexo B; fornecer cuidado cutâneo por causa do edema, imobilidade, icterícia e
suscetibilidade aumentada à ruptura e infecção da pele; reduzir o risco de lesão, protegendo
o paciente de quedas devido à possibilidade de sangramento pela anormalidade de
coagulação(SMELTZER, BARE, 2005). Além disso, a equipe de enfermagem deve estar
atenta há presença de sangue nas fezes (sinal de possível sangramento interno) e
monitoramento rigoroso dos sinais vitais. O paciente e a família precisam ser informados
sobre essas possíveis complicações, receber explicações sobre tratamento e também
receber suporte emocional.
Nesse contexto, destaca-se a importância da equipe de enfermagem além do
cuidado realizado ao paciente, valorizar a família e orientá-los sobre todas as possibilidades
de cuidado e recaídas que possam acontecer com o paciente. No momento da doença,
todos os componentes da família acabam também adoecendo e precisam de atenção,
orientação, apoio conforme as necessidades, e realidade vivenciada por cada paciente e
seus familiares.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, A.G. Centro de informações sobre saúde e álcool. São Paulo; 2009. [Acesso 15 out.
2009]. Disponível em: www.cisa.gov.br.
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ANTCZAK, S.E, et al. Coleção Práxix Enfermagem - Fisiopatologia básica. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2005.
FILHO, J.R.F. Mapas conceituais: estratégia pedagógica para construção de conceitos na disciplina
química orgânica. Ciências & Cognição [online]. v.12, n.4, 2007.
FONSECA, J.C.F. O fígado e suas doenças: o que você precisa saber. Manaus: Amazonas; 2009.
FRIEDMAN, S.L. Hepatopatia alcoólica, cirrose e suas principais seqüelas. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2001.
NAKAMOTO, P.T.; TAKAHASHI, E.K.; MENDES, E.B.; CARDOSO, A.; JUNIOR, E.L. Utilização de
Mapas Conceituais na Construção de Ambientes Virtuais de Aprendizagem. São Leopoldo/RS:
XXV Congresso da Sociedade Brasileira de Computação; 2005.