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Quando o prolapso é total, o útero vai descendo pela vagina e leva a bexiga,
até sair totalmente. Esse processo não é do dia para a noite, são anos.
O prolapso genital é subestimado, pois não há uma padronização, uma vez
que nem todos os ginecologistas adotam a mesma padronização para
classificar o prolapso.
30% das mulheres na pós-menopausa vão ter algum quadro de
distopia/prolapso de órgão pélvico, e 15% dessas precisam de tratamento
cirúrgico, portanto nem sempre uma paciente com distopia vai precisar de
um tratamento cirúrgico. As possibilidades são o tratamento
medicamentoso e/ou Fisioterapia.
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Com o tempo, se a pessoa não tem hábitos de vida saudáveis, ou então se Ainda dentro do aparelho de
ela foi submetida a um parto traumático, esses músculos cedem, eles se sustentação, temos a Fáscia
rompem e pode haver a distopia também. endopélvica, e que atua como um
Além do diafragma pélvico, também temos o diafragma urogenital (os que “plástico filme” recobrindo a bexiga,
estão circulados abaixo fazem parte do mecanismo de sustentação dos o útero e o reto, bem como ligando
órgãos pélvicos) os órgãos pélvicos (útero/vagina).
FATORES DE RISCO PARA PROLAPSO
GENITAL:
o Gestação: se uma mulher
engravida, é obesa e faz um
polidrâmio (bebê
macrossômico), a chance
dela é bem maior, pois
aumenta a pressão intra-
abdominal
o Parto vaginal (mas mesmo assim isso não deve ser motivo para não
realizar o parto vaginal, pois a própria gravidez já é um fator, por si
só, de risco); se o parto vaginal for bem assistido, os riscos diminuem
o Menopausa
o Pressão intra-abdominal aumentada
o Traumatismo do assoalho pélvico
o Fatores genéticos (investigar histórico familiar de distopias pélvicas)
o Histerectomia
CLASSIFICAÇÃO
Exemplo 3: Retocele
Exemplo 2: Cistocele
Exemplo 4: o ginecologista fez as seguintes anotações
Aa +3, Ba +5, C -8, D -10, Ap +2, Bp+2
+3 +5
Prolapso de
parede vaginal
anterior
ACENTUADO e
prolapso de
parede posterior
+2 +2
Ausência de
prolapso
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QUADRO CLÍNICO (SINTOMAS ASSOCIADOS A PROLAPSO DE ÓRGÃOS É importante diferenciar esses dois tipos de Cistocele, pois se temos um defeito
PÉLVICOS): paravaginal, se não pegarmos o arco tendíneo para corrigir, o defeito volta. A
o Sintomas de abaulamento taxa de recidiva é muito alta.
o Sintomas urinários RETOCELE X ENTEROCELE
o Sintomas gastrointestinais
o Disfunção sexual Retocele Enterocele
o Dor pélvica e lombar
o Mulheres assintomáticas
DIAGNÓSTICO
o Anamnese
o Exame ginecológico
Inspeção estática e dinâmica (dinâmica: pede para ela fazer
força)
Exame vaginal bimanual (toque combinado)
Tração do colo uterino (faz com a pinça de Pozzi): para ver
se o colo desce, e para ver também se o colo está
hipertrofiado, pois muitas vezes, ao toque, o colo está mais
baixo do que o normal, então temos que ver se é o útero que
está mais baixo ou é o colo que é longo, hipertrofiado
(tamanho normal do colo é 3-4 cm, mas se estiver
hipertrofiado pode chegar a 5-6 cm).
PROLAPSO UTERINO
Cistocele de Deslocamento
(PARAVAGINAL) No prolapso uterino, a vagina everte e sai, inclusive desce junto com a bexiga,
Cistocele de Distensão
(Defeito na LINHA MÉDIA) (perda da sustentação mais a qual está grudada à parede anterior do útero
Aspecto liso lateral que central)
Aspecto enrugado
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