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A MÚSICA COMO INSTRUMENTO DE INTERVENÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA1

Karen Alessandra Deniz2

RESUMO

Este artigo trata sobre a importância da música como instrumento de intervenção


neuropsicopedagógica. Entendendo que a música e seus elementos são capazes de acionar as
múltiplas áreas cerebrais, inclusive a

PALAVRAS-CHAVES: cognição, plasticidade cerebral, música, cérebro, neuropsicopedagogia

INTRODUÇÃO

Durante toda a minha tragetória acadêmica me deparei com as mais diversas questões
acerca da cognição, seus processos e as dificuldades de aprendizado tanto em sujeitos com
desenvolvimento típico quanto em relação aos sujeitos com alguma deficiência. Na ânsia pela
busca de respostas, para meus próprios indagamentos: Por que uns aprendem e outros não? Como
é o processo de aprendizagem para sujeitos? Como funciona o nosso cérebro?, que busquei
realizar esta pós-graduação, em Neuropsicopedagogia Clínica, na tentativa de esclarecer algumas
dessas questões, e talvez, encontrar respostas para o meu inquietamento.
Em paralelo com a minha tragetória acadêmica, minha vida pessoal sempre esteve
interligada a música. Desde os 9 anos de idade em participo de corais e grupos musicais; e
encontrei no canto muito mais do que um lazer. Na área da música, estudei por dois semestres no
curso de Licenciatura em Música pela PUC-PR, realizei curso de técnica vocal, e uns cursos livres
sobre canto, saúde vocal, educação musical. No final do ano de 2017 comecei em parceria com
uma amiga um projeto de ensino da música para os pequenos, através da musicalização infantil, e
iniciamos um trabalho de educação musical com uma adolescente com síndrome de down. A partir

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Este texto foi produzido e apresentado como requisito parcial para a obtenção de título de especialista do
curso de Pós-Graduação em Neuropsicopedagogia Clínica no Instituto Souza. Curitiba/ 2019, sob orientação da
Professora Cheila
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Pedagoga graduada pela Universidade Federal do Paraná e Pós-graduanda em Neuropsicopedagogia Clínica
no Instituto Souza. karendeniz@gmail.com
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dessas vivências, comecei a perceber a influência que a música causava no desenvolvimento


daqueles sujeitos, tanto nos que apresentavam desenvolvimento típico, quanto naqueles com
deficiência intelectual, no caso Síndrome de Down. A mudança significativa dos sujeitos gerou em
mim, o interesse de pesquisar mais sobre a música e a sua relação com o desenvolvimento
cognitivo.
Em razão disto, este artigo, apresentará em três capítulos, as descobertas que obtive por
meio de uma pesquisa bibliográfica, que apontou estudos das mais diversas áreas do
conhecimento, entendendo que o campo de estudo da neuropsicopedagogia é vasto e de caráter
multidisciplinar. Para a realização deste artigo, foi realizada uma busca por artigos que
correlacionavam seguintes conceitos: cognição, plasticidade cerebral, música e cérebro. Após a
seleção dos materiais, leitura e reflexão sobre os mesmos, deu-se início há um maior
aprofundamento no que diz respeito ao uso da música como recurso de ampliação da capacidade
cognitiva.

O CAMPO DA NEUROPSICOPEDAGOGIA

Muitos estudos tem apontado a importância do conhecimento multidisciplinar na formação


dos sujeitos. Considerando em especial, o processo de aprendizagem, muitas são as áreas de
conhecimento que têm fornecido contribuições indispensáveis para que se obtenha êxito na
formação do educando como um todo. A neuropsicopedagogia é uma dessas áreas, que surge do
fomento de pesquisas interdisciplinares e articulações entre o campo da educação e da psicologia
cognitiva.
A Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (SBNPp), em seu código de ética, no artigo
10, traz o seguinte conceito:

A Neuropsicopedagogia é uma ciência transdisciplinar, fundamentada nos conhecimentos da


Neurociências aplicada à educação, com interfaces da Pedagogia e Psicologia Cognitiva que
tem como objeto formal de estudo a relação entre o funcionamento do sistema nervoso e a
aprendizagem humana numa perspectiva de reintegração pessoal, social e educacional. (p.
3)

É nessa transdisciplinaridade que a neuropsicopedagogia tem se tornado cada vez mais


importante no cenário educacional. Cada sujeito possui em algum nível, dificuldades e
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competências, e por esse motivo a relação entre ele próprio e o conhecimento se dá por diversas
maneiras. Não existe uma única maneira de ensinar, justamente pelo fato de que não existe uma
única maneira de aprender. A neurociência aponta que ao ativar as diferentes regiões do cérebro
é possível melhorar o desempenho das funções cognitivas relacionadas a estas regiões. Quando
ativamos as áreas do cérebro que facilitam a aprendizagem, de acordo com a especificidade
individual, ampliamos a capacidade cognitiva do sujeito. Ao ampliarmos essa capacidade,
auxiliamos o educando superar suas dificuldades, bem como a potencializar suas competências.

A PLASTICIDADE CEREBRAL E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Outro conceito importante que a neurociência traz para a educação é a plasticidade cerebral.
Segundo Cosenza; Guerra (2011), a plasticidade cerebral é a capacidade do sistema nervoso de
fazer e desfazer as ligações entre os neurônios, devido às integrações constantes com o ambiente
externo. Tratando-se de conceitos, precisamos entender também, as sinapses, que são as
comunicações entre os neurônios, realizadas através de substâncias químicas, os
neurotransmissores.
São as sinpses que controlam o tráfego de informações no sistema nervoso, sendo crucial
para o processo de aprendizagem. Ainda segundo os autores, “A formação de novas ligações
sinápticas entre células no sistema nervoso vai permitindo o aparecimento de novas capacidades
funcionais” (COSENZA; GUERRA, 2011, p. 33). Essa capacidade do cérebro de modificar sua
organização estrutural e funcional, em resposta a novos estímulos, a plasticidade cerebral, ocorre
ao longo da vida em uma maior escala na infância, é o que mantém a capacidade da aprendizagem,
desde que haja estímulo constante.

A APRENDIZAGEM MUSICAL E O CÉREBRO

Muitos estudos atuais sobre o funcionamento cerebral apontam que, o aprendizado musical
ativa inúmeros circuitos neuronais, ocasionado pela integração de diversas funções cognitivas.
Podemos citar alguns exemplos como a memória, atenção e áreas de associação sensorial e
corporal. (MUSZKAT, 2010).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

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