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FATECE

Faculdade de Teologia do
Ceará

Unidade de Educação Científico-Teológico-


Missionária
MANTENEDORA: Igreja Evangélica Assembléia
de Deus Bela Vista

Programa de Pós-Graduação (Lato-


sensu)

Especialização em Missiologia

FORTALEZA –CE- BRASIL ANO/2005


ÍNDICE

I- Título do Curso
II- Descrição do Curso
III- Introdução
IV- Justificativa
V- Objetivo Geral
VI- Objetivos Específicos
VII- Estratégia
VIII-Linhas de Pesquisa
IX- Metodologia
X- Carga Horária Total
XI- Cronograma das Disciplinas
XII- Ementário das Disciplinas / Conteúdo
Programático/Referências Bibliográficas
XIII-Glossário Missiológico
I- Título do Curso:

Programa de Pós-Graduação (Lato-


sensu)

Especialização em Missiologia
II- Descrição do Curso

O presente projeto proposto pela direção do Centro de Pesquisa e Pós-graduação da


Faculdade de Teologia do Ceará – FATECE, objetiva capacitar educadores cristãos em
nível de Especialização em Missiologia.
III- Introdução

O curso visa esboçar alguns princípios teológicos que possam orientar


este interesse missionário crescente. Tanto os detalhes quanto a própria linha mestre
desta reflexão precisam ser debatidos e modificados amplamente nas igrejas.
Servem de base para tal tarefa. As sugestões são derivadas de três fontes: uma
reflexão bíblica, a tradição reformada, e as discussões de missiólogos
contemporâneos. Idealmente os princípios propostos devem ser os mais patentes
possíveis para servirem de orientação em todos os níveis da igreja. Aqui
organizamos os princípios em três afirmações.

1. Primeira Afirmação

A missão tem a sua origem no próprio relacionamento da Trindade (princípio 1)


e encontra o seu instrumento na incumbência missionária atribuída à igreja (princípio
2). Disto surge o princípio de integralidade da missão (princípio 3). Noivo (Cristo) e
noiva (igreja) possuem estratégias, metodologias, alvos e objetivos em comum.

1.1 A origem da missão: O Deus triuno

Através de toda a revelação bíblica se torna patente que o principal agente no


drama é Deus. “No princípio criou Deus...” É Deus quem cria, quem julga, quem age,
quem escolhe, e quem se revela. Ele é ativo não só na criação, mas também nos
julgamentos, na libertação do seu povo do Egito, nas exortações dos seus profetas e na
promessa de restauração vindoura. Ele é o único e verdadeiro Deus e deseja que sua
glória seja conhecida nos céus (Salmo 19) e nas extremidades da terra (Isaías 11.9).

Portanto, “missão” é uma categoria que pertence a Deus. A missão, antes de ter
uma conotação humana que fala da tarefa da igreja, antes de ser da igreja, é de Deus.
Esta perspectiva nos guarda contra toda atitude de auto-suficiência e independência na
tarefa missionária. Se a missão é de Deus, então é Dele que a igreja deve depender na
sua participação na tarefa. Isto implica numa profunda atitude de humildade e de oração
para a capacitação missionária, uma dependência confiante em Deus, em vez da
independência característica da queda, do dilúvio, da torre de Babel e do próprio
cativeiro.

Por outro lado, se a missão é de Deus, temos a segurança de que é Deus quem
está comandando a expansão do seu reino, nos seus termos, e isto nos dá plena
convicção de que ele realizará os seus propósitos.

Implicações

1.1.1 O embasamento teológico para a tarefa missionária da igreja é especialmente


importante por causa da dependência que a igreja tem dele e para medir os nossos
esforços com o padrão divino.

1.1.2 Isto releva mais ainda o papel da oração e a postura de humildade que a igreja
necessita. Em termos práticos, deve se indagar se a igreja está devidamente informada
através das publicações, materiais didáticos, congressos e conferências para sempre orar
pelo desempenho missionário.

1.2 O instrumento da missão: a Igreja

Se Deus é o agente e a origem da missão, ele não trabalha sozinho. Seu


instrumento é um povo específico. A missão também é a tarefa da igreja que, por sua
vez, é derivada então da missão de Deus. Deus escolhe um povo específico como
instrumento da sua missão. Elegeu um povo, Israel, no Velho Testamento e com este fez
uma aliança peculiar a fim de que este fosse a sua testemunha no meio das nações
(Gênesis 12.3; Êxodo 19.5-6; Efésios 3.10; 1 Pedro 2.9-10). A eleição de Israel, antes de
denotar qualquer favoritismo exclusivista de Deus, teve um propósito inclusivo de
serviço missionário para as nações. Quando não cumpria este propósito, Israel era
julgado através das mesmas nações para as quais ele deveria ter dado testemunho e
deveria ter sido uma bênção.

Esta perspectiva nos guarda contra todo sentimento de favoritismo exclusivista.


Não nos orgulhemos na nossa eleição com atitude de superioridade espiritual para com
os que não crêem, separando-nos socialmente deles. A eleição não é para separação
social (separação moral, sim!), mas participação e serviço. A igreja não encontra sua
identidade verdadeira em contraposição social ao mundo, mas justamente numa relação
com ele, uma relação não de identificação com seus valores, mas uma relação
evangelística de serviço e testemunho ousados. Então, esta perspectiva também nos
guarda contra todo escapismo deste mundo para um plano espiritual além.

Também nos guarda contra toda passividade e comodismo. A missão de Deus


não inibe a atividade do seu povo, mas dinamiza-a. Se foi Deus quem escolheu, fica
patente que escolheu um povo para, através dele, realizar sua missão. A igreja passiva
quanto ao seu envolvimento missionário não poderá invocar a soberania exclusiva de
Deus como justificativa pela sua passividade, pois o Deus soberano escolheu o seu povo
para testemunhar. Usando um exemplo do Novo Testamento, era necessário que Pedro
pregasse para Cornélio, muito embora o anjo que o precedeu bem pudesse ter anunciado
o evangelho para este centurião (Atos 10). Para atingir alvos universais, a restauração de
toda a criação, Deus escolheu meios particulares, um povo.

Implicações

1.2.1 Baseado neste princípio convém refletir sobre o tipo de estrutura(s) missionária(s)
mais apropriada (s) para a igreja. A tarefa missionária pertence à igreja toda e em todas
as suas dimensões e níveis. Uma coordenação estrutural, fiscal e administrativa seria
uma maneira de refletir isto. Entretanto, não significa necessariamente que as estruturas
de envio não -denominacionais ou mesmo projetos denominacionais locais
independentes estejam fora da vontade de Deus. Trata-se em parte da definição de
“igreja” e trata-se historicamente do mistério da vontade de Deus em situações em que
uma estrutura denominacional não atenda às múltiplas dimensões da sua incumbência
missionária. Seja como for, cremos que a denominação deve assumir sua tarefa
missionária estruturalmente, procurando manter em sadia tensão os seus órgãos. Não
seria, de maneira alguma uma tarefa fácil, mas também não impossível.
Poder-se-ia aplicar este mesmo princípio às estruturas educacionais da denominação
que, dentro dos parâmetros acadêmicos e eclesiásticos estabelecidos por ela, seriam
regidos mais pelas suas juntas locais e poderiam ter os seus enfoques mais específicos
de preparo.

1.2.2 Se a tarefa missionária tem como o seu instrumento a igreja, é importante que isto
se reflita na igreja cristã toda. Celebramos o desejo atual de muitas pessoas nas igrejas
que querem ampliar as suas parcerias com outras denominações. Acreditamos que o
próprio testemunho missionário diante do mundo depende disto (João 17.20-21). É
também uma tarefa difícil e delicada que não poderá ser apressada. Entretanto, sem um
diálogo bíblico e sadio, o testemunho missionário cai por água abaixo.

1.3 A integralidade da missão: Deus e a Igreja

Como os dois conceitos do Servo de Iahweh e do Filho do Homem no Antigo


Testamento oscilam entre uma referência individual e uma coletiva, nossa referência à
missão varia entre uma referência à missão de Deus e outra à missão do povo de Deus.
Discursando a respeito de missão, referimo-nos, ora à missão de Deus, ora à missão da
igreja, considerando o conteúdo do primeiro, e por conseqüência, logo refletindo sobre
as implicações disto para o segundo. Tal discurso ilustra a dinâmica e integralidade da
missão como sendo a missão de Deus e da igreja.

Deus partilha sua tarefa com seu povo e nela o convida a participar. Este recebe
a promessa de que Ele estará sempre presente na realização da missão. Decerto, a
missão de Deus jamais poderá ser sinônimo da missão da igreja. Por outro lado, nem
tampouco poderá a missão da igreja ser considerada absolutamente divorciada da
missão de Deus. A dinâmica entre os dois encontra sua expressão ideal à medida que a
igreja discerne a missão de Deus e se conforma à mesma, um ideal que embora nunca se
realize perfeitamente, mesmo assim se manifesta em parte.

A vice-regência do homem sobre a criação teve como um propósito refletir a


soberania de Deus, mas jamais duplicá-la ou substituí-la. Israel herda este papel de
embaixador de Deus no meio das nações, ou melhor, de sacerdote e testemunha.
Portanto, Deus e o seu povo não são competidores na missão, e, sim, cooperadores,
sendo a igreja serva da missão de Deus. Enquanto o povo de Deus é convidado a
participar com Deus na sua missão de restauração, Deus promete sua presença no
desempenho da missão do povo de testemunha diante das nações.

Implicações

1.3.1 Tal perspectiva da dinâmica da missão nos guarda, por um lado, contra uma
identificação completa dos programas missionários das denominações e agências
missionárias com o propósito e missão global e integral de Deus. O povo de Deus
reflete, apenas parcial e imperfeitamente, a missão de Deus. Historicamente, nem
sempre a missão da igreja refletiu o caráter justo, salvador e libertador de Deus. A
íntima associação de missões com a política expansionista e conquistadora do Império
Carolíngio do século VIII na Europa e da Ibéria do século XVI na América Latina, ou
com o colonialismo do século XIX na África Negra, proíbe qualquer identificação
estreita da missão de Deus com o conceito que às vezes se tem de missão da igreja. Até
hoje, um certo triunfalismo às vezes se evidencia nas nossas promoções e nos slogans
missionários que jamais poderá ser comparável com a adoção humilde do papel de
missionário-servo do povo de Deus no meio das nações.

1.3.2 Por outro lado, esta dinâmica da missão estimula e capacita o povo de Deus a uma
aproximação e à participação com a missão de Deus e nos dá a confiança, mesmo em
meio de dificuldades e desânimo, de que Deus vai levar avante sua missão. Ele é criador
do mundo e autor da história, e sua missão de restaurar aquele e completar esta vai se
realizar, não apesar, mas através do seu povo.

1.3.3 A cruz é o supremo padrão vivencial e paradigmático do procedimento


missionário. Implica em humildade e não orgulho (Filipenses 2:5-11), sofrimento e não
glória (Colossenses 1:24), sacrifício e o desafio radical para as nossas congregações.
Isto deve temperar todo o nosso planejamento e organização.

2. Segunda Afirmação
A existência de toda a Bíblia é a primeira evidência de que Deus tem uma
missão, um propósito salvífico para este mundo (princípio 4). Ele não é um Deus
abstrato mas é o Deus que age no nosso meio, que se revela por si mesmo a nós e que
tem uma finalidade para sua criação. Se a origem da missão está em Deus - “no
princípio criou Deus...” - seu fim está no alcance universal da sua misericórdia e graça
(princípio 5) – “a graça do Senhor Jesus seja com todos” (Apocalipse 22.21). E este
propósito restaurador da missão tem uma dimensão universal.

Se Deus é o principal agente ou sujeito da missão, e a restauração o seu


conteúdo, então seu alcance abrange a criação toda. Este é o lugar onde a missão se
desdobra, o mundo, e o seu processo se realiza na história deste mundo (princípio 6).

2.1 O propósito da missão: a Salvação

Para usar um termo mais abrangente, podemos descrever o propósito da missão


como sendo o de restauração. É a missão da salvação. Aquilo que Deus criou, ele
pretende restaurar. Contudo, a restauração é salvação não só no sentido de poupar, mas
também no sentido de julgar. Haverá um novo céu e uma nova terra, mas isto através do
sofrimento, tribulação e julgamento. A mensagem de restauração no Velho Testamento,
consistentemente, inclui estas duas dimensões de salvação e de julgamento. Vemo-nas
no relato do dilúvio (julgamento) e da arca (salvação), da torre de Babel (julgamento) e
do chamamento de Abraão (salvação), no Êxodo, na aliança com Israel e na conquista
de Canaã. Vemo-nas nas críticas dos profetas (julgamento) e nas suas promessas de
salvação vindoura. E vemos-nas na resposta humana à provisão do perdão dos pecados
pela morte e ressurreição de Jesus.

Ou misericórdia ou julgamento, era a sorte dada a Israel e às nações, de acordo


com o seu relacionamento de dependência de Deus e com o seu relacionamento de
misericórdia sobre a criação, duas características da imagem de Deus no homem. Por
isso, tanto a adoração apropriada e genuína para com Deus (que demonstra a sua
dependência) quanto a justiça expressa nos relacionamentos sociais e ecológicos dentro
e fora de Israel (que demonstra a sua função de mordomo), eram o critério usado para
determinar a ação divina, ou julgamento ou salvação, ambos como alvo da restauração
da criação e da humanidade.

Este critério duplo, adoração e justiça, integra as dimensões pessoais e sociais


da missão de restauração, fundindo as distinções espirituais e materiais da fé. A
verdadeira espiritualidade terá expressão mais aguda nas relações concretas em que o
povo de Deus vive.

Esta perspectiva do propósito restaurador da missão nos guarda contra a falsa


dicotomia da tarefa missionária e da fé. Restauração é este propósito, portanto a obra
redentora de Jesus Cristo e a evangelização permanecem centrais à missão de Deus.
Contudo, esta redenção deve ser entendida como resultando tanto em adoração própria e
sincera a Deus quanto em relações de justiça para com o próximo e para com toda a
criação.

Implicações

2.1.1 Em termos de adoração, isto implica na dinamização nas igrejas cristãs, do culto e
especialmente da liturgia. Implica na valorização e implementação de músicas e
liturgias contextualizadas, com conteúdo bíblico e expressão afetiva, enfim, um culto
que leve o povo à profunda e sincera adoração e não ao mero estímulo intelectual.

2.1.2 O propósito da missão como sendo a restauração, além de implicar em adoração


própria, também implica em relações de justiça dentro e fora do povo de Deus. Decerto,
pouco o povo de Deus teria de testemunho quanto às questões de justiça se no seu
próprio meio estes padrões não encontrassem expressão. Ser povo de Deus implica em
refletir algo do caráter de Deus, e isto inclui fundamentalmente a qualidade de justiça.
Por isso, a diaconia na igreja primitiva assumiu uma importância essencial para o seu
testemunho no mundo. A igreja necessita de uma perspectiva bíblica da sua tarefa para
formular seu entendimento sobre estas questões de acordo com os padrões e ensinos
bíblicos. Tal formulação só poderá desafiar a igreja a participar no propósito da missão
como sendo a remissão dos seres humanos e da criação toda; e esta participação se
manifestará através de uma adoração sincera e exclusiva ao Senhor e através de padrões
de justiça dentro da igreja que a chame a anunciar o domínio de Deus ao mundo, o que
implica, simultaneamente, em padrões de justiça no mundo.

2.2 O alcance da missão: Universal

Deus se propõe a restaurar aquilo que criou. Sua missão é uma missão para a
criação. Não é por acaso que a revelação escrita que descreve a missão de Deus começa
com a criação dos céus e da terra e termina com a restauração dos mesmos num novo
céu e nova terra. O homem não só é guardião do seu próximo, mas mordomo da própria
criação. Através do julgamento do dilúvio, não só parte da raça humana é salva, mas
também parte representativa da criação toda. As leis da aliança detalham as dimensões
religiosas, sociais e ecológicas da fé e da obediência do povo de Deus, provendo
instruções para o bem-estar de toda a criação e toda a vida, em todas as suas múltiplas
dimensões. Os salmos e hinos no Velho Testamento incluem os louvores não só do povo
de Deus, mas também da própria natureza; e a era vindoura de salvação só pode incluir
a expectativa de restauração não só de Israel e das nações, mas da criação toda (Isaías
43.18-21; 65.17-25).
Implicações

2.2.1 Esta perspectiva nos guarda contra toda sorte de miopia missionária. Não nos
satisfazemos até que todos os povos, línguas, tribos e nações recebam o evangelho do
reino (Mateus 24.14) para o louvor do Cordeiro de Deus (Apocalipse 5.9-14; 7.9-12),
implica então numa motivação e estratégia evangelística que procure ir não só para os
mais distantes lugares, mas aonde quer que Cristo não tenha sido anunciado (Romanos
15.20), quer sejam grupos humanos negligenciados ou “escondidos” por perto, quer
sejam povos não-alcançados mais distantes.

2.2.2 Os meios concretos desta missão evangelística incluem primordialmente a


proclamação verbal do evangelho, e também a implantação de igrejas locais.

2.2.3 Mas o alcance da missão não pára com toda a raça humana. Também implica na
igreja assumir a tarefa de mordomo sobre a criação toda. Problemas ecológicos como a
seca no nordeste, enchentes no sul, desflorestamento da Amazônia, poluição do meio-
ambiente, o uso apropriado e a redistribuição de terras também devem ser tratados pelo
povo de Deus. Fazem parte da sua missão. Que isto seja dever do governo não há
dúvida, contudo a igreja antes, tendo uma restauração substancial da imagem de Deus
nela, deve opinar e se envolver num testemunho para toda humanidade e toda a criação.

2.3 O local da missão: o Mundo e a História

Desde o início do testemunho bíblico observamos que Deus age dentro e através
de eventos concretos na vida dos seres humanos. Ele não se manifesta num plano
contemplativo e fora deste mundo, mas dentro e através da história. Julga através da
expulsão do Éden, através do dilúvio e da dispersão de povos. Julga as nações através
das pragas no Egito, a conquista de Canaã e a queda de um império por outro. Julga seu
povo através dos profetas e através do exílio. Mas também abençoa através da libertação
do Egito, do exílio, e de modo supremo e definitivo através da morte e ressurreição de
Jesus. São todos estes eventos históricos, acontecimentos neste mundo. Até mesmo a
literatura apocalíptica, que enfatiza um contraste com este mundo, ensina que a
intervenção futura e catastrófica de Deus será uma irrupção para dentro desta história e
deste mundo. Embora enfatize descontinuidade com a progressividade natural da
história humana, não transfere o cenário dos atos salvíficos de Deus para um plano
extra-histórico ou ultra-mundano. Apenas ressalta a opção sempre presente e
futuramente iminente da intervenção divina na história, como sendo abrupta e
extraordinária.

Implicações

2.3.1 Creio que a perspectiva bíblica ilumine muito a tarefa ou a missão da igreja no
Brasil e em toda a América Latina. Sabendo que Deus atua num projeto histórico, a
igreja tem uma boa base para se perguntar: “Onde, nos eventos históricos da realidade
latinoamericana, podemos discernir a mão de Deus?” Alguns podem entender isto como
sendo uma secularização da fé. Não é nossa intenção. Em vez de reduzir a missão de
Deus aos afazeres deste mundo, queremos discernir onde e como Deus poderá estar
manifestando seu reino na nossa história. Implica na proclamação do evangelho para
arrependimento e conversão. E implica em participar na luta pela justiça. Com os pés no
chão, as mãos em oração e os olhos abertos à realidade multidimensional e
latinoamericana, a igreja dá testemunho pela proclamação das boas novas e pela
promoção de justiça de maneira concreta e visível.

2.3.2 Implica numa desmistificação da fé. A verdadeira espiritualidade não é aquele


jejum “sagrado” com orações de belas palavras perfumadas, mas é um estilo de vida
cotidiano para com o seu próximo que reflete o caráter justo de Deus (Isaías 58.6-7).

Uma análise, até superficial, da situação socio-econômica na América Latina deixa a


igreja sem desculpa quanto à sua missão neste mundo e nesta história: anunciar às
nações a chegada do reino de Deus e viver um modelo deste reino através de sincera
adoração e de um padrão de justiça que tome expressão no mundo e na história.

2.3.3 Não obstante, este processo jamais poderá ser identificado simplesmente com o
processo histórico e humano. A literatura apocalíptica e as intervenções singelas e
dramáticas de Deus na história de Israel (ex.: o êxodo) nos distanciam de uma plena
confiança nos processos apenas humanos da história. O reino de Deus não poderá ser
identificado com o processo histórico, embora possamos e devamos detectar indícios
deste reino na história. Conquanto a era escatológica seja apenas divinamente
inaugurável, o povo de Deus também participa na sua promoção. E, conquanto sua
realização seja apenas futura, já podemos discernir sinais dela na história presente.

2.3.4 Não podemos tolerar uma visão estreita e imediatista que sempre vê apenas os
desafios atualmente urgentes. Tal visão curta se alimenta duma escatologia superficial,
se sujeita à tirania do urgente e evidencia cegueira histórica. Paulo, que desejava o
retorno de Cristo, teria razão de pensar assim, mas não o fez. Sempre pressupôs o longo
prazo para o seu desempenho pastoral e missionário. Necessitamos, portanto, duma
visão larga, profunda e extensa do presente porque os desafios são eternamente
urgentes, uma visão escatológica do agora baseada no passado distante e um futuro que
é prerrogativa apenas de Deus (Atos 1.8, repare que o “mas” responde à tentação de
identificar datas ou prazos temporais). Entre outras coisas, este princípio implica num
preparo prolongado, diante tanto do tamanho quanto da urgência do trabalho

2.3.5 O ensino, a proclamação, a cura e a libertação todos fazem parte da missão da


igreja. Isto deve ser refletido nas atividades dos nossos obreiros missionários, sendo eles
pregadores da Palavra (evangelistas e pastores/apóstolos), e também professores, gente
da área de saúde, agronomia, etc.

3. Terceira Afirmação
O alvo e o fim último da missão é a glória de Deus, não a atividade missionária em si. O
desafio missionário existe e persiste porque o culto pleno a Deus ainda não existe. O
culto é o alvo último da igreja. O culto a Deus deve ter prioridade na igreja, não a obra
missionária, porque Deus é último, e não o ser humano. Quando esta era terminar e
representantes de toda raça, tribo e nação se dobrarem diante do Cordeiro de Deus, a
obra missionária não mais existirá na igreja. Mas existirá o louvor e a adoração.
Permanecerá na igreja o culto. O culto é o fim último da igreja e o desejo máximo de
Deus para toda a humanidade. A primeira pergunta do Catecismo de Westminster diz:

“Qual é o fim principal do ser humano?” E a resposta acertada é: “O fim principal do


ser humano é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.” Uma reflexão sobre Romanos
15.4-13 ilustrará que a glória de Deus no culto e a razão (princípio 7), o combustível
(princípio 8) e o alvo (princípio 9) da obra missionária.

3.1 A razão de missões: a Glória de Deus

Os versos 8 a 9 de Romanos 15 fazem uma afirmação: Jesus Cristo comprova a


fidelidade e veracidade de Deus porque, através dele, as promessas de Deus para o povo
judeu se cumprem. Afinal, somente um deus falso e infiel não cumpre as suas
promessas. Em Romanos 15.12, Paulo cita Isaías 11.10 como apoio das Escrituras para
sua afirmação que em Jesus Deus se prova fiel às suas promessas. Os beneficiários das
promessas são primeiro os judeus e também as nações. Este, aliás, é o tema principal de
toda a carta aos Romanos, como vemos no 1.16: “Na verdade, não me envergonho do
evangelho: ele é força de Deus para a salvação de todo aquele que crê, em primeiro
lugar do judeu, mas também do grego.”

Em Romanos 15.9 as nações glorificam a Deus “por causa da sua misericórdia”.


Isto é, em Jesus Cristo, elas também se beneficiam da salvação que Deus dá, e como
Paulo havia falado nos capítulos 9 a 11, as nações estavam, de fato, aceitando em
grandes números, o evangelho. Portanto, a misericórdia de Deus em estender a salvação
para as nações é a suprema razão da obra missionária. É iniciativa e obra dEle, portanto,
nós, os embaixadores de Deus, teremos toda razão de anunciar tão grande oferta.
Enraizamos a razão da obra missionária não no ser humano, na sua carência de Deus, ou
no seu amor para com aqueles que não tem Deus, mas a razão da obra missionária está
firmemente enraizada na iniciativa e na misericórdia de Deus, isto é, na sua soberania.

3.2 O combustível de missões: a Glória de Deus

A paixão por Deus no culto precede a oferta de Deus na pregação. Não se pode
recomendar com convicção aquilo que não se estima com paixão. Não poderá clamar,
“Alegrem-se e exultem as gentes” (Salmo 67.4a) aquele que não pode afirmar no seu
coração, “eu me alegrarei no SENHOR” (Salmo 104.34b; 9.2). “Quando a chama do
culto queima com o calor da verdadeira dignidade de Deus, a luz da obra missionária
brilhará até os povos mais distantes da terra” (John Piper, p. 12). Quando a paixão por
Deus está fraca, o zelo por missões certamente será fraco também. As igrejas que não
exaltam a majestade e a beleza de Deus dificilmente poderão acender um desejo
efervescente para “anunciar entre as nações a sua glória” (Salmo 96.3).

Os nossos cultos fervem com a exaltação da glória de Deus? O zelo pela glória
de Deus no culto motiva a obra missionária. John Piper, cita o seguinte pronunciamento
de Andrew Murray feito há mais de cem anos: “Enquanto buscamos a Deus sobre por
que, com tantos milhões de cristãos, o verdadeiro exército de Deus que está combatendo
os exércitos da escuridão é tão pequeno, a única resposta é - falta de coragem e
entusiasmo. O entusiasmo pelo reino de Deus está faltando. E isto é porque há tão
pouco entusiasmo pelo Rei.”

Ninguém poderá se dispor à magnitude da causa missionária se não


experimentar a magnificência de Cristo (Apocalipse 15.3-4; cf. Salmos 9.11; 18.49;
45.17; 57.9; 96.10; 105.1; 108.3; e Isaías: 12.4; 49.6; 55.5)

Nunca esquecerei do jovem rapaz que nos visitou em Santa Maria, Rio Grande
do Sul. Ele falava do seu entusiasmo de evangelizar, no início da sua fé. Naquele
momento, entretanto, ele achava que já amadurecera e portanto não possuía mais tanto
zelo de evangelizar! Ele precisava mesmo renovar a alegria da sua salvação para que
fluísse, em conseqüência disto, o culto a Deus e a evangelização (Salmo 51.10-15). O
culto é o verdadeiro combustível para a obra missionária.

3.3 O alvo de missões: a Glória de Deus

O culto é o alvo da obra missionária simplesmente porque nosso propósito é


levar as nações a se regozijarem em Deus e glorificá-lo acima de tudo. O alvo da obra
missionária é a alegria dos povos na grandeza de Deus (Salmo 97.1; 67.3-4; cf. 47.1;
66.1; 72. 11, 17; 86.9; 102.15; 117.1; e Isaías 25.6-9; 52.15; 56.7; 66.18-19.

Há um aspecto desta verdade que precisamos explorar mais. É o seguinte: O


culto a Deus como alvo da obra missionária ajuda a entender a própria definição da obra
missionária. Pois a obra missionária enfatiza a prioridade de alcançar povos, ou etnias
não alcançadas. Isto se evidencia na repetida descrição bíblica da tarefa missionária em
termos de etnias (Mateus 24.14; 28.18-20; Romanos 15.19-21). Na Bíblia, a frase, panta
ta ethn, significa “todas as nações” ou “todas as etnias”. A palavra na forma singular,
ethnos, de fato, sempre se refere à coletividade dum povo ou duma nação. Nunca se
refere a indivíduos gentílicos. O mesmo é geralmente verdade em relação a palavra na
forma plural, ethn. A frase, panta ta ethn, quase sempre denota esta referência coletiva
na Bíblia, também. Que a estratégia bíblica seja de alcançar especialmente as etnias não
alcançadas é claro em Romanos 15.19-21. Para muitos cristãos, talvez até a maioria,
esta estratégia não parece muito lógica. Antes alcançar todos os indivíduos ao nosso
alcance e semelhantes culturalmente a nós, que procurar alcançar representantes de
etnias que podem ser geográfica ou culturalmente distantes. Parece uma questão de
mordomia de esforços.

Este raciocínio parece, sem dúvida, bastante lógico e leva muitas igrejas a
desconfiar da estratégia missionária de alcançar representantes de diversas etnias. Meu
ponto é o seguinte: se fosse pelo amor humano pelo ser humano, nossa ênfase deveria
estar na salvação de indivíduos que estão próximos, e isto, de fato, é a prática comum. O
amor a Deus, entretanto, leva a outra conclusão, que acredito ser a bíblica: a ênfase na
prioridade de etnias, e especificamente etnias não alcançadas porque: 1) há mais beleza
e poder de adoração na unidade de culto derivada da diversidade de povos que canta
todas as partes dum hino a Deus do que no coro que canta uníssono (Salmo 96.3-4); 2) a
fama, a grandeza, e o valor dum objeto de beleza aumenta na proporção da diversidade
daqueles que reconhecem tal beleza; 3) a força, a sabedoria e o amor dum líder se
magnifica na proporção da diversidade de povos que ele inspira para segui-lo; e 4) ao
focalizar todos os grupos humanos do mundo, Deus está subvertendo o orgulho
etnocêntrico que se baseia em alguns atributos distintivos que cada povo gosta de
destacar. Ao invés disto, o orgulho etnocêntrico natural de cada povo dá lugar à graça
imerecida de Deus.

Implicações

3.3.1. A liturgia, a educação cristã, e o evangelismo todos fazem parte da missão e


testemunho da igreja. Como expressar isso estruturalmente na igreja?

3.3.2. A estratégia missionária se resume na frase: os não-alcançados. O lema de Paulo


era “não onde Cristo já fora anunciado” (Rm 15.20-21) e não “até aos confins da terra”
(At 1.8). Ele literalmente "preenchia" os vãos onde o evangelho não fora anunciado
(Rm 15.19 cf. Cl 1.25). Esse slogan deve ser o nosso: não onde Cristo já fora anunciado.
De certo modo a denominação se preocupará com o estabelecimento de igrejas onde
igrejas desta denominação ainda não foram estabelecidas. Tal meta tem uma certa lógica
organizacional, mas esta meta deve ser secundária (não descartada) da meta maior de
“não onde Cristo já fora anunciado.”

Conclusão

A obra missionária começa e termina com o culto prestado à glória de Deus.


Começa, porque somente o culto genuíno e profundo pode motivar adequadamente a
igreja para assumir sua vocação missionária. E termina, porque o alvo último e o fim
principal de toda humanidade é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. E na obra
missionária, procuramos levar as nações à mesma alegria e exaltação que carateriza o
nosso culto a Deus. Portanto, quando afirmamos que a obra missionária é a prioridade
penúltima na igreja não estamos diminuindo a sua importância. Estamos meramente
fazendo o que devemos, maximizando a tarefa de glorificar a Deus e gozá-lo para
sempre. E assim, enxergamos a verdadeira importância da obra missionária, certamente
acima de outras atividades na igreja, isto é, estender e diversificar, e assim intensificar o
culto que glorifica e se deleita em Deus entre todas as nações da terra (Apocalipse 5.9-
10; 7.9-10).
IV- Justificativa

A FATECE- Faculdade de Teologia do Ceará tem como uma de suas linhas de


ação a Pós-Graduação Lato-sensu em missiologia visando habilitar a Igreja de
Cristo, no seu compromisso com o Reino de Deus. Desta forma lança o curso de
Especialização em Missiologia que foi projetado tendo como pressuposto a
necessidade cada vez maior de capacitar missionários que desejam obter
conhecimentos mais específicos de sua área de ação ministerial. Considerando as
transformações da realidade social, o curso tem como finalidade capacitar em nível
de especialização, licenciados, bacharéis, teólogos e demais áreas de graduação em
Ciências Humanas e Sociais.
V-Objetivo Geral

Equipar a Igreja para o melhor cumprimento de seu mandado missionário,


vivendo abundantemente alicerçada no trinômio: Fé. Esperança e Amor.
VI- Objetivos Específicos

 Preparar uma Igreja que atue como Reino de Deus, cumprindo a função de
despenseiros e sejam achados fiéis expositores da Bíblia Sagrada;
 Habilitar missionários para que estudem com profundidade as Escrituras e
as transmitam com fidelidade, simplicidade, clareza e praticidade para os
dias atuais bem como treinar líderes para a Igreja, enfatizando a aplicação
das Escrituras a todos os aspectos da vida: espiritual, social e cultural;
dando-lhes sólida instrução acadêmica associada a uma vida piedosa e
produtiva, de tal forma que se tenha uma Igreja melhor, mais dinâmica e
voltada para os conceitos bíblicos.
 Animar a Igreja do Brasil para a missão "além-fronteiras" e "ad gentes;
 Formar os evangelizadores para a dimensão missionária;
 Fortalecer a espiritualidade missionária no dinamismo pastoral
 Tornar presente a realidade dos povos do mundo, especialmente da Ásia.
 Promover debates sobre a missão hoje, dentro de um mundo globalizado.
VII- Estratégia

Promover o compromisso e a conscientização do Evangelho de Jesus Cristo,


através de treinamento, prática e relacionamentos.
VIII-Linhas de Pesquisa

 Missões Transculturais
 Missões Nacionais
 Missões Urbanas
IX- Metodologia

O Curso será desenvolvido em quatro encontros mensais com aulas presenciais,


pesquisas, reflexões a partir de leituras elaboradas pelos professores tendo por base uma
bibliografia específica.
Ao término do curso, será exigida do discente uma dissertação original que
caracterizará a competência da pesquisa e espírito crítico do pós-graduado, numa
abordagem teórica e prática da Missiologia.
X-Carga Horária Total- 960 H/A

Prazo para realização do curso: 15 meses

OBS: As disciplinas ou módulos serão ministradas em um período de 15 meses,


deixando o período restante para elaboração do Trabalho de conclusão do curso.

Com relação ao ementário e conteúdo programático, caberá a cada professor


adequar seu plano de aula dentro do contexto fornecido. Além do mais, a
Bibliografia complementar fica a critério do professor.
XI-Cronograma das Disciplinas

DISCIPLINA CH CR
01-Metodologia do Trabalho Científico 60 04
02-Didática do Ensino Superior 60 04
03-História das Religiões 60 04
04-História da Igreja - Idade Antiga 60 04
05-História da Igreja-Idade Média 60 04
06-História da Igreja-Idade Moderna 60 04
07-História da Igreja no Brasil 60 04
08-Missiologia e Inculturação 60 04
09-Fundamentos Bíblicos da Missão 60 04
10-Teologia Contemporânea de Missões 60 04
11-Antropologia Cultural 60 04

12- Estratégias e Metodologias Missionárias 60 04

13-Dissertação 120 08

TOTAL 840 56
XII-Ementário das Disciplinas/Conteúdo
Programático/Referências Bibliográficas

01-DISCIPLINA: Metodologia do Trabalho Científico

CARGA HORÁRIA: 60 h/a

EMENTA:

A disciplina tem como objetivo desenvolver habilidades de análise, interpretação e


elaboração de conhecimentos científicos, assim como, familiarizar o aluno com as
diversas estratégias de coleta, processamento e análise de dados.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1- METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

a. Técnicas de levantamento bibliográfico, estudo e documentação. Diretrizes para


a leitura, análise e interpretação de textos
b. Etapas da pesquisa social: definição, coleta de dados, processamento, análise,
redação e revisão. Estratégias quantitativas e qualitativas.
c. Apresentação de resultados de pesquisas. Orientações para a elaboração de
trabalhos científicos. Normas técnicas para o trabalho científico (ABNT)

2- O CONHECIMENTO DA REALIDADE SOCIAL

a. questão da neutralidade-objetividade da ciência

b. A relação sujeito-objeto do conhecimento

3- MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

b. Principais correntes teórico-metodológicas


c. Pesquisa de campo: questionários, entrevistas individuais e grupais,
experimento, história oral, história de vida, estudo de caso, observação, pesquisa
participante, técnicas audiovisuais (fotografia, vídeo), etc.
d. Pesquisa bibliográfica e/ou documental: livros, atas, discursos, relatórios,
jornais, dados estatísticos, indicadores, censos, etc.

4- A CONSTRUÇÃO DO OBJETO CIENTÍFICO: PROJETO DE PESQUISA

a. Título/ delimitação do tema


b. Justificativa ou introdução
c. Formulação do problema
d. Hipóteses
e. Objetivos: gerais e específicos
f. Fundamentação teórica
g. Metodologia
h. Cronograma operacional
i. Recursos
j. Referências bibliográficas

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BABBIE, Earl. Métodos de pesquisas de survey. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.

BARBETTA, Pedro Alberto. Estatística aplicada às ciências sociais. Florianópolis: Ed


da UFSC, 1998.

BARROS, Aidil de J. P. e LEHFELD, Neide A. de S. Projeto de pesquisa: propostas


metodológicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

BAUER, Martin W. e GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e


som. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, Jean-Claude; PASSERON, Jean-Claude. El


ofício de sociólogo. Buenos Aires: Siglo XXI, 1975.

BRANDÃO, Carlos (Org.) Pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1999.

ECO, Humberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1983.

FLICK, Uwe. Uma introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Bookman, 2004.

FURASTÉ, Pedro. Normas técnicas para o trabalho científico: explicitação das normas
da ABNT. Porto Alegre: s.n., 2005.
GIL, Antonio C. Métodos e Técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1987.

_____________. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1988.

GOODE, W. e HATT, P. Métodos em pesquisa social. São Paulo: Companhia Editora


Nacional, 1975.

HIRANO, Sedi (Org.) Pesquisa social, projeto e planejamento. São Paulo: Queiroz,
1979.

LABES, Emerson Moisés. Questionário: do planejamento à aplicação na pesquisa.


Chapecó: Grifos, 1998.

LANG, Alice B. da Silva Gordo. Reflexões sobre a pesquisa sociológica. São Paulo:
CERU, 1999.

LAKATOS, Eva. e MARCONI, Marina. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2004.

___________ Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982.

___________ Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1985.

___________ Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1991.

LIMA, Monolita Correia. Monografia: a engenharia da produção acadêmica. São Paulo:


Saraiva, 2004.

LÖWY, Michel. Ideologias e ciência social. São Paulo: Cortez, 1985.

LUNA, Sérgio V. de. Planejamento de pesquisa: uma introdução; elementos para uma
análise metodológica. São Paulo: EDUC, 2002.

MARRE, Jacques. História de vida e método biográfico. Cadernos de Sociologia,


Metodologias de pesquisa, Porto Alegre, v.3, n.3, p. 89-141, 1991.

MINAYO. Maria Cecília de S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis,


RJ: Vozes, 1994.

NASCIMENTO, Dinalva Melo do. Metodologia do trabalho científico: teoria e prática.


Rio de Janeiro: Forense, 2005.

NOVAES, Silvia Cauby et.al, (Org.). Escrituras da imagem. São Paulo: Fapesp, Editora
Universidade/USP, 2004.

RICHARDSON, Roberto H. Pesquisa social, métodos e técnicas. São Paulo, Atlas,


1999.
ROSEMBERG, Morris. A lógica da analise do levantamento de dados. São Paulo:
Cultrix, Ed. Universidade/ USP, 1976.

RUDIO, F. Vítor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis: Vozes, 2001.

SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia: elementos de metodologia do trabalho


científico. Belo Horizonte: Interlivros, 1974.

SANTAELLA, Lucia. Comunicação e pesquisa: projetos para mestrado e doutorado.


São Paulo: Hacker Editores, 2001.

SANTOS, Tania Steren dos. Da neutralidade ao compromisso: a construção do


conhecimento científico na pesquisa social. Cadernos de Sociologia.
Metodologias de pesquisa, Porto Alegre, v.3, n.3, p. 33-53, 1991.

SCHRADER, Achim; BAETA NEVES, Clarissa E e SOBOTTKA Emil (Orgs.).


Métodos de pesquisa social empírica e indicadores sociais. Porto Alegre: Ed.
Universidade/UFRGS, 2002.

SELLTIZ et. al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Queiroz, 1975.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez


& Moraes, 2002.
SORIANO, Raúl Rojas. Métodos para la investigación social: una proposición
dialéctica. México: Plaza y Valdés, 2001.
TACHIZAWA, Takeshy e MENDES, Gildásio. Como fazer monografia na prática. Rio
de Janeiro: Ed FGV, 2004.

THIOLLENT, Michael. Crítica metodológica, investigação social e enquete operária.


São Paulo: Polis, 1980.

TRIVIÑOS, Augusto. N. Introdução à pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas,


1987.

WAGNER, Mario B et.al. SPSS passo a passo: Statistical Package for the Social
Sciences. Caxias do Sul: Educs, 2004.

YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman,


2005.
02-DISCIPLINA: Didática do Ensino Superior

CARGA HORÁRIA: 60 h/a

EMENTA:

Estudo dos paradigmas predominantes no ensino superior do Brasil e das


principais questões ligadas à formação de professores competentes em nível de
graduação e pós-graduação.

Pressupostos e características da didática. O contexto da prática pedagógica. A


dinâmica da sala de aula. A construção de uma proposta de ensino-aprendizagem. A
vivência e o aperfeiçoamento da didática.

Concepções históricas da didática. A didática e a formação do educador e


missionário. Competências necessárias à sua formação. O ensino como processo;
organização e dinâmica.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

 Modelos de formação do professor de ensino superior.


 Competências para a docência no ensino superior.
 O processo de ensino e de aprendizagem: o que significa ensinar e aprender.
 Principais elementos envolvidos no ato de ensinar.
 Fatores que impulsionam e interferem na aprendizagem de indivíduos adultos.
 Modelo de orientação cognitiva para entender como se processa a aprendizagem
em estudantes do ensino superior: conseqüências para o ensino.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALVES, R. Conversas com quem gosta de ensinar. 12a. São Paulo: Cortez, 1985.

ARENDT, Hannah. A Crise da Educação. In: Entre o Passado e o Futuro. Trad. Mauro
W. B. de Almeida. 4.ed. São Paulo: Perspectiva, 1997, pp. 221-247.

BRANDÃO,C.R. Saber e ensinar. Campinas:papirus, 1984.

BRASIL. Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da


Educação Nacional.

BRZEZINSKI, Iria. A formação e a carreira de profissionais da educação na LDB


9.394/96: possibilidades e perplexidades. In: LDB Interpretada: diversos olhares se
entrecruzam. São Paulo: Cortez, 1997, pp. 141-158.

CANDAU, Vera Maria, LELIS, Isabel Alice. A Relação teoria-prática na formação do


educador. In: Rumo a uma nova didática. 7 ed. Petrópolis: Vozes, 1995, pp. 40-63.

FAZENDA, Ivani (org.). A pesquisa em educação e as transformações do


conhecimento. 2 ed. Campinas: Papirus, 1997.

GOODSON, Ivor F. Currículo: Teoria e História. Trad. Hamilton Francischetti.


Petrópolis: Vozes, 1995.

HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de


trabalho. Trad. Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

HUBERMAN, Michaël. O Ciclo de Vida Profissional dos Professores. In: NÓVOA,


António. (Org.). Vidas de Professores. 2 ed. Porto: Porto Editora, 1995, pp. 31-61.
MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa. Currículo, Utopia e Pós-Modernidade. In:
Currículo: Questões Atuais. Campinas: Papirus, 1997, pp. 9-28.

MOREIRA, Antonio Flávio & SILVA, Tomaz Tadeu (orgs.). Currículo, Cultura e
Sociedade. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995.

NÓVOA, António. Formação de professores e profissão docente. In: Os professores e a


sua formação. 2 ed. Lisboa: Dom Quixote, 1995.

NÓVOA, António. (org.). Vidas de Professores. 2 ed. Porto: Porto Editora, 1995.

_____________________ . Profissão Professor. 2 ed. Porto: Porto Editora, 1995.

PERRENOUD, Philippe. Práticas Pedagógicas, Profissão Docente e Formação:


perspectivas sociológicas. Trad. Helena Faria e outros. Lisboa: Publicações Dom
Quixote, 1993.

RAYS, Oswaldo Alonso. A relação teoria-prática na didática escolar crítica. In: VEIGA,
Ilma Passos Alencastro (org.). Didática: o ensino e suas relações. Campinas: Papirus,
1989, pp. 33-52.

SAVIANI, Dermeval. A Nova Lei da Educação: trajetória, limites e perspectivas. 2 ed.


Campinas: Autores Associados, 1997.
03-DISCIPLINA: História das Religiões

CARGA HORÁRIA: 60 h/a

EMENTA:

Oferece aos alunos um quadro teórico abrangente que possibilita a compreensão


do fato religioso vinculado às suas condições de produção e reprodução. Analisa o fato
religioso na história. As condições histórico-sociais como "matriz interpretativa" do fato
religioso.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

2.1. Introdução Geral: Religião, possibilidades de uma definição, características. O fato


religioso vinculado à cultura. As duas visões de cultura: como "propriedade indivisa de
toda sociedade", e como sistema de poder.

2.2. Metodologias de abordagem do fato religioso enquanto fato histórico. A dialética


das relações religião/sociedade. A Religião: reflexo "direto" das condições do real. A
divisão social do trabalho e a Religião. Das religiões naturais às religiões universais.
2.3. A autonomia relativa do religioso; os agentes religiosos e o desenvolvimento das
religiões; o comportamento religioso e suas repercussões na ética econômica; classes
sociais e Religião. Religião como recusa ou aceitação do mundo. As classes
privilegiadas e suas "teodicéias da boa sorte". Quadro histórico sumário dentro das
perspectivas teóricas expostas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

DESROCHE, H., O Homem e suas religiões, São Paulo, Paulinas, 1985

ELIADE, M., Histórias das Idéias e Crenças Religiosas, Rio de Janeiro, Zahar, 1984, 6
volumes

   , Tratado de História das Religiões, Lisboa, Cosmos, 1977

PUECH, H. C., História de las religiones, México, Siglo XXI, 1982, 12 volumes

QUEIRUGA, André Torres. O diálogo das Religiões ,Ed. Paulus- 1999.

RIBEIRO, Helcion. Religiosidade Popular na Teologia, Latino Americana. Ed.


Paulinas-1984.

CHAPLIN ,RR. E Bentes , JM. Enciclopédia da Bíblia e Filosofia, Vol. I e IV, Ed.
Candeias, São Paulo, 1991.
04-DISCIPLINA: História da Igreja – Idade Antiga

CARGA HORÁRIA: 60 h/a

EMENTA:

Analisa os primórdios do cristianismo no período convencionalmente


estabelecido como idade antiga: 01 a 476 da era cristã. Em um primeiro momento
estuda o contexto no qual surgiu o cristianismo, ou seja, o Império Romano. Em seguida
a situação do judeu-cristianismo na Palestina, sua expansão até Roma. As perseguições
e a liberdade religiosa com Constantino. As lutas contra as heresias e a formação da
"Igreja Imperial" até a queda do Império no Ocidente.

Estuda a presença da Igreja na História do Homem, sua atuação, e influência na


sociedade humana a partir da perspectiva da Revelação e atuação do Espírito no tempo.
Investiga e analisa os fatos relativos ao surgimento e atuação da Igreja dos primeiros
séculos no contexto do Império Romano.

Dá elementos para a formação de um quadro referencial de dados e fatos


relativos ao processo histórico da formação da Igreja no início da era cristã. Fundamenta
historicamente a ação pastoral da Igreja de hoje confrontando-a com a Igreja dos
primeiros séculos.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. Introdução: O estudo da História

2. História da Igreja no contexto dos estudos teológicos

3. Cultura greco-romana e ambiente religioso do paganismo.

4. O judaísmo e o contexto palestinense- sec. I.

Primeiro período.

1. Movimento de Jesus e nascimento da Igreja.

2. Difusão do cristianismo.

3. O judeu-cristianismo.

4. Tempos apostólicos e pós-apostólicos.

5. Origem do gnosticismo.

6. A Igreja no final do séc. I.

7. Conflito com o Império Romano: as perseguições.

8. Desde Nero até a metade do séc. III.

9. Da perseguição de Décio à de Diocleciano.

10. Fim das perseguições.

11. Organização e consolidação interna da Igreja.

12. Desenvolvimento da Doutrina Cristã.

13. As heresias em geral e a reação da Igreja.


Segundo Período.

1. Surgimento da Igreja Imperial, Igreja de Estado.

2. De Constantino a Teodósio.

3. Surgimento do monacato e expansão do cristianismo.

4. Os padres da Igreja.

5. Controvérsias doutrinárias: o arianismo e o Concílio de Nicéia e Constantinopla.

6. De Éfeso a Calcedônia.

7. Vida Intraeclesial.

8. As invasões dos bárbaros e sua conversão.

9. A Igreja e o império bizantino.

10. Gregório Magno e o fim da Idade Antiga.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ADAM, C., "Teologia da História da Igreja". em BARTMANN, B., Teologia


Dogmática, São Paulo, Paulinas, 1962, Vol. 2, pp. 561-568

BIHLMEYER, K., - TUECHLE, H., História da Igreja, Vol. I. São Paulo, Paulinas,
1964

DANIÉLOU, J. - MARROU, H., Nova História da Igreja, vol. I, Petrópolis, Vozes,


1973

DONINI, A., A história do Cristianismo, Lisboa, Ed. 70, 1980

DRANE, J., A vida da Igreja primitiva, São Paulo, Paulinas, 1985

DREHER, M.N., A Igreja no Império Romano, São Leopoldo, IECL, 1994


ENOIT, A., - SIMON, M., Judaismo e Cristianismo Antigo, São Paulo,
EDUSP/Pioneira, 1987

FROHLICH, R., Curso básico de História da Igreja, São Paulo, Paulinas, 1987

HOORNAERT, E., Memória do Povo Cristão, Petrópolis, Vozes, 1986

JEDIN, H., Manual de História de la Iglesia, Barcelona, Herder, 1966, vol. I e II

LOTZ, J., História de la Iglesia desde la perspectiva de Historia de las ideias, Madrid,
Ed. Guadarrama, 1962

PIERRARD, P., História da Igreja Católica, São Paulo, Paulinas, 1980

ROSTOVTZEFF, M., História de Roma, Rio de Janeiro, Ed. Zahar, 1977

05-DISCIPLINA: História da Igreja- Idade Média

CARGA HORÁRIA: 60 h/a

EMENTA:

Analisa criticamente as relações da História da Igreja e o processo sócio-político


medieval europeu. Privilegia a Igreja no processo de evangelização da Europa, as
relações do poder expressas em uma sociedade de ordens, crises e conflitos na transição
do "mundo" medieval para o "mundo" moderno.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

2. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. A Igreja e o processo de formação histórica da Europa medieval

1.1. Transição do escravismo para o feudalismo

1.2. A Igreja e as "invasões" bárbaras

1.3. A evangelização da Europa

1.3.1. A Igreja merovíngia

1.4. "Os Reinos Bárbaros": conversão e conflitos

1.5. A aliança da Igreja e o Reino Franco

1.5.1. Merovíngios e Carolíngios: origem dos Estados Pontifícios

1.6. A Igreja bizantina e a cristianização da Península Balcânica e Europa Oriental

1.6.1. A relação entre a "Pax Romana" e a "Pax Christiana"

1.7. Período Carolíngio: Carlos Magno e o auge da cristandade

2. A Igreja e o sistema feudal: política e sociedade

2.1. Igreja: intelectual orgânico do feudalismo

2.2. A sociedade de ordens

2.3. "O marginal" na ordem feudal

3. A crise da cristandade medieval

3.1. O conflito entre o Estado e a Igreja

3.1.1. As Reformas na Igreja: Reforma Gregoriana

3.2. As cruzadas: tentativa de recuperação do projeto da cristandade

3.3. Heresias e inquisição


3.3.1. O movimento cátaro

3.4. A problemática religiosa do final da Idade Média

3.4.1. Projetos alternativos e modelos de "Igrejas"

3.4.1.1. "Igreja e cristianismo primitivo"

3.4.1.2. "Igreja cátara"

3.4.1.3. "Igreja nacional"

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ANDERSON, P., Passagens da antiguidade ao feudalismo, Porto, Edições


Afrontamento, 1982

BARRACLOUGH, G., Os papas na idade média, Lisboa, Editora Verbo, 1982

BLOCH, M., A sociedade feudal, Lisboa, Edições 70, 1982

BOSSY, J., A cristandade no Ocidente: 1400-1700, Lisboa, Edições 70, 1990

DUBY, J., As três ordens ou o imaginário do feudalismo, Lisboa, Editorial Estampa,


1982

FRANCO JÚNIOR, H., Peregrinos, monges e guerreiros, São Paulo, Editora Hucitec,
1990.

KNOWLER, D., Nova História da Igreja: a Idade Média, Petrópolis, Vozes, 1983

LE GOFF, J., A civilização do Ocidente medieval, Lisboa, Estampa, 1983

  , O homem medieval, Lisboa, Editorial Presença, 1989

MOLLAT, T., Os pobres na idade média, Rio de Janeiro, Editora Campos, 1989

RICHÉ, P., As invasões bárbaras, Lisboa, Publicações Europa-América, s/d


06-DISCIPLINA: História da Igreja- Idade Moderna

CARGA HORÁRIA: 60 h/a


EMENTA:

Analisa a formação da modernidade européia a partir da elaboração da crise do


"modo de produção feudal", onde se gestou o "modo de produção capitalista". As novas
relações de produção se articulam com os eventos do Renascimento e Reforma, novas
realidades que expressaram múltiplas rupturas. Analisa a vinculação da Igreja ao mundo
moderno inserida no processo histórico, participando da problemática do Estado
moderno e das crises políticos-religiosas das Revoluções burguesas.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. Transição do mundo Medieval para o mundo Moderno

1.1. A Igreja e a Crise do Sistema Feudal

1.1.1. O processo político-econômico durante a transição: a crise do século XIV

1.1.2. A problemática religiosa do século XV: a crise da cristandade

2. Igreja e Renascimento

2.1. Situações históricas

2.2. O Renascimento como espaço de crítica à Igreja

2.3. Renascimento e Paganismo

3. A reforma luterana

3.1. Reforma: as origens históricas

3.2. Reforma: o processo de evolução

3.3. Lutero e os conflitos com a Igreja

3.3.1. As 95 teses

3.4. As guerras camponesas


4. Os reformadores suiços

4.1. Ulrico Zuínglio: o reformador de Zurique

4.2. João Calvino: o reformador de Genebra

4.2.1. As influências do calvinismo

4.3. Protestantismo e Capitalismo

5. A Igreja e a Contra-Reforma

5.1. As concepções históricas da Contra-Reforma

5.1.1. Concepção tradicional e atual

5.2. As origens da Contra-Reforma

5.3. O Concílio de Trento, A Companhia de Jesus, o index dos livros proibidos

5.4. Projeto político, religioso da Igreja

5.5. Religião, inquisição, feitiçaria

6. Reforma e Estado Moderno

6.1. O Estado Inglês: Igreja Anglicana

6.2. O estado francês: guerras religiosas

6.3. A Guerra dos 30 anos

7. A Igreja e as Revoluções burguesas

7.1. A Igreja e a Crise do Antigo Regime

7.2. A Igreja e o Liberalismo

7.3. A Igreja e a Revolução Francesa

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

3. BIBLIOGRAFIA
ANDERSON, P., Linhagens do Estado Absolutista, Porto, Edições Afrontamento, 1984

BETTENSON, H., Documentos da Igreja Cristã, São Paulo, Aste, 1967

BOISSET, J., História do Protestantismo, São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1971

DELURNEAU, J., A Civilização do Renascimento, Lisboa, Editorial Estampa, 1984

DICKENS, A.G., A Reforma, Lisboa, Verbo, 1971.

ELTON, J.R., A Europa durante a Reforma, Lisboa, Editorial Presença, 1984

KNOWLES, D., - OBOLENSKI, O., Nova história da Igreja: a idade Média,


Petrópolis, Vozes, 1983

MARTIM. L., Casa Editora Vecchi, Rio de Janeiro, 1968.

MULLETT, M., A Contra-Reforma, Lisboa, Gradiva, 1985.

SOBOUT, A. História da Revolução Francesa, Rio de Janeiro, Zahar, 1981.

SOUZA, L.M., A feitiçaria na Europa Moderna, São Paulo, Editora Ática, 1987.

STROHL, H., O pensamento da Reforma, São Paulo, Arte, 1963.

TAWNEY, R. H., A Religião e o surgimento do Capitalismo, São Paulo, Editora


Perspecitva, 1971

TREVAS-ROPER, H.R., Religião, Reforma e Transformação Social, Lisboa, Editorial


Presença, 1981

TUCHLE, G., - BOUMAN, C . A., Nova história da Igreja: Reforma e Contra-


Reforma, Petrópolis, Vozes, 1971

07-DISCIPLINA: História da Igreja no Brasil


CARGA HORÁRIA: 60 h/a

EMENTA:

Analisa criticamente as relações da Igreja com a História portuguesa e brasileira,


privilegiando: a Igreja, formação e expansão comercial portuguesa, projeto da
cristandade colonial e colonização do Brasil, a Igreja e o comércio brasileiro, o processo
de romanização e a República do Brasil.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

I. A FORMAÇÃO DO ESTADO PORTUGUÊS E A IGREJA:

1. A cristandade ibérica: cruzadismo, reconquista e "Guerra Santa".

2. A fundação de Portugal e a instituição do Padroado.

3. A expansão marítima-comercial portuguesa.

3.1. A Igreja e a sacralização do comércio: missionário, colono, soldado.

II. O PROCESSO COLONIAL PORTUGUES NO BRASIL:

1. A empresa e o projeto da cristandade das Índias Ocidentais.

1.1. A Igreja: escravismo, grande lavoura e resistência.

2. O processo de evangelização: ciclos de evangelização.

3. A presença jesuítica: missão, utopia e conquista.

III. A IGREJA E A CRISE DO SISTEMA COLONIAL:

1. A ruptura do Pacto Colonial: contexto histórico.

2. A contestação da cristandade e o projeto liberal.


2.1. O clero "nativo", seminários e liberalismo "revolucionário".

3. O movimento inssurrecional.

3.1. As conjurações mineira, baiana, pernambucana.

IV. A IGREJA E O IMPÉRIO BRASILEIRO:

1. A fundação da monarquia brasileira: Estado liberal.

2. O pacto entre Estado e Igreja: o Padroado.

3. O galicanismo: influências e projeto de Igreja nacional.

4. A problemática da escravidão e a Igreja.

5. A crise do II Reinado: a questão religiosa, movimento republicano.

V. A IGREJA E A REPÚBLICA BRASILEIRA

1. A separação da Igreja e o Estado: oposição à laicização.

2. A reconciliação entre Igreja e o Estado: formação de pactos políticos.

3. Os movimentos religiosos - messiânicos de protesto social: de Canudos ao


Contestado.

4. A romanização do catolicismo brasileiro, Dom Macedo Costa e Dom Sebastião Leme:


Reforma na Igreja.

5. A presença do protestantismo no Brasil.

6. A Era Vargas: as relações Igreja e Governo.

7. A República populista brasileira: a Igreja, projetos, crises e o regime político-militar.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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século XIX, Petrópolis, Vozes, 1980

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DORNAS FILHO, J., O padroado e a Igreja brasileira, São Paulo, Editora Nacional,
1931

DUSSEL, E., 1942: o encobrimento do outro. A origem do mito da modernidade,


Petrópolis, Vozes, 1993

FAUSTO, B., História do Brasil, São Paulo, EDUSP, 1995

HOORNAERT, E. (org.), História da Igreja no Brasil: primeira época, Tomo II,


Petrópolis, Vozes, 1977

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MAINWARING, S., A Igreja católica e política no Brasil, 1916-1985, São Paulo,


Brasiliense, 1989

MENDONÇA, A. G., - VELASQUES, P., Introdução ao protestantismo no Brasil, São


Paulo, Loyola, 1990
08-DISCIPLINA: Missiologia e Inculturação

CARGA HORÁRIA: 60 h/a

EMENTA:

Para as Igrejas, o paradigma da inculturação norteia todas as atitudes


pastorais. Esse paradigma que tem as suas raízes nos mistérios da encarnação e da
redenção, situa o seguimento de Jesus Cristo nos contextos históricos e culturais de cada
época. Num continente que passou por séculos de colonização e que hoje novamente
está ameçado pelo neocolonialismo dos mercados globalizados, a inculturação é uma
tarefa que fortalece a identidade dos povos e grupos sociais, cujo projeto de vida está
ameaçado.
Alguns tópicos e aprendizados da antropologia cultural e de outras ciências humanas
ajudam na construção do paradigma da inculturação que permite viver a fé no interior
da herança de tradições autênticas (contra qualquer tradicionalismo e fundamentalismo
religioso), e no meio dos desafios do mundo moderno, sem adaptação superficial a
“modas” ou “ondas”.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1-INCULTURAÇÃO: CONCEITO, PRÁTICAS, HORIZONTES

- Ponto de partida: colonização, ruptura e incompreensão

-Descolonização e seguimento

-Costura e proximidade

-Tradução e comunicação

2. Surgimento histórico do paradigma da inculturação

-Exemplos pré-conciliares de inculturação

-A realidade e a história como lugares teológicos


-Da inserção à inculturação

-Novos discernimentos a partir da Patrística

-Analogia entre encarnação e inculturação

3- Elementos da antropologia cultural

-Culturas

-Monogenismo versus evolucionismo

-Todos são cultos segundo seus padrões culturais

-Projetos históricos e segundo meio ambiente

-Cultura ou civilização

-Aproximação cultural: enculturação, aculturação, inculturação

-Projetos de vida atravessados por “estruturas de pecado”

4-Evangelho e culturas

-A história da salvação na história dos povos

-A cultura é o Primeiro Testamento dos povos

-Verificação do Evangelho em todas as culturas

-Embaçamento cultural do Evangelho

-Cultura e identidade

5- Evangelização inculturada

-Analogia entre inculturação e encarnação

-Evangelizar com o culturalmente disponível

-Normatiavidade da inculturação

-Conteúdos normativos, ensinamentos paradigmáticos e regras convencionadas

-Precariedade da inculturação
-Inculturação e libertação

-Identidade e alteridade

-Intervenção missionária

-A comunidade missionária relativiza sua cultura

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AZEVEDO, Marcello de Carvalho. Viver a fé cristã nas diferentes culturas. São Paulo:
Loyola, 2001.

COMBLIN, José. As aporias da inculturação. REB, v. 56 e 57, n. 223 e 224, p. 664-684


e 903-929, set. e dez. 1996.

IRARRÁZAVAL, Diego. Inculturación. Amanecer eclesial en América Latina, Lima:


CEP, 1998.

LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge


Zahar, 1986.

MIRANDA, Mario de França. Inculturação da fé. Uma abordagem teológica. São


Paulo: Loyola, 2001.

PEELMAN, Achiel. L´inculturation. L´Église et les cultures. Ottawa: Desclée/Novalis,


1989.

PHAN, Peter. In our own tongues. Perspectives from Asia on mission and inculturation.
Maryknoll, New York: Orbis Books, 2003.

SUESS, Paulo. Inculturação. Desafios, caminhos, metas. REB, v. 49, n. 193, p. 81-126,
março 1989. - Também CELAM (Org.). Pastoral indígena hoy en la Amazonia. Bogotá,
(Col. Demis, 10), 1989, p. 15-84. - Tb. ELLACURÍA, Ignacio; SOBRINO, Jon (Orgs.).
Mysterium liberationis. Conceptos fundamentales de la Teología de la Liberación. 2
vols., Madrid: Trotta, 1990, vol. 2, p. 377-422.

SUESS, Paulo. Apontamentos para a evangelização inculturada. In: COUTO A. Márcio;


BATAGIN Sônia (Orgs.). Novo milênio. Perspectivas, debates, sugestões. São Paulo:
Paulinas, 1997, p. 11-52.

SUESS, Paulo. O paradigma da inculturação revisitado. Apontamentos para itinerário,


limites e desafios de um conceito frente ao pluralismo religioso. In:
TAVARES, Sinivaldo S. (Org.). Inculturação da fé. Petrópolis: Vozes, 2001.

09-DISCIPLINA: Fundamentos Bíblicos da Missão

CARGA HORÁRIA: 60 h/a

EMENTA:

A Bíblia, em sua totalidade, aponta para uma dimensão teológica particular e


universal. O Deus que criou a humanidade é o mesmo Deus que elegeu o povo de Israel.
O Deus que “fez sair” Israel do Egito é o mesmo que “fez sair” os Filisteus de Cáftor e
os Arameus de Quir (Am 9,7). Ele é o Senhor de toda a história e de todos os povos.
Nesse horizonte global a eleição de Israel não estabelece entre Israel e as nações uma
situação de exclusão recíproca, mas coloca os dois numa relação necessária e bipolar. O
povo de Israel desempenha na história a função de testemunha entre as nações do Deus
único; o povo da Aliança continua sendo o detentor das promessas de salvação para si e
para todos os povos. Entretanto, também os outros povos têm uma própria história
dirigida pelo mesmo Deus, também eles têm uma Lei que não é aquela de Moisés, mas
aquela de Noé, também eles são “sujeito teológico”. O encontro entre Israel e as nações
é importante para reconhecer que também elas possuem uma própria luz, indo na
direção de Jerusalém (Is 60) ou na direção do Messias (Mt 2,1-12), porque para elas
Deus indicou um caminho a seguir (Mt 2,9-10) e nelas estão presentes a “Semente da
Palavra” e o Espírito Santo que enche o universo.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

- 1-A MISSÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

-Ponto de partida: o verbo hebraico shalah: enviar/mandar.

-A “missão” dos profetas

-Israel e as nações
- A mensagem universal do AT
-2. A MISSÃO NO NOVO TESTAMENTO

- A MISSÃO EM PAULO

-A MISSÃO NOS ATOS DOS APÓSTOLOS

-A fonte da missão
- Os protagonistas da missão

- Os destinatários da missão
- A finalidade e o método missionário

- 3. A MISSÃO NO EVANGELHO DE MATEUS

- A missão de Jesus
- A missão dos discípulos

4. A MISSÃO NO EVANGELHO DE MARCOS

- O ensino missionário de Marcos


-A pregação na Galiléia
- O caminho da cruz
-A pregação do evangelho às nações

5. A MISSÃO NO EVANGELHO DE LUCAS

-A inauguração da missão de Jesus na sinagoga de Nazaré: Lc 4,14-30


- primeira característica:iniciativa divina
-segunda característica: evangelização dos pobres
- A fonte da missão: Lc 24,46-49

6. A MISSÃO NO EVANGELHO DE JOÃO

-A missão de Jesus é universal


- A figura do Pai

-A figura do Filho

-A figura do Espírito
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AZEVEDO de OLIVEIRA, W. Comunidade e missão no evangelho de Marcos. São


Paulo: Loyola, 2002.

BARBAGLIO, G. Cartas de Paulo Vol I e II, São Paulo: Loyola, 1989/1991.

BARBAGLIO, G.;FABRIS, R.; MAGGIONI, B.. Os evangelhos. Vol. I, 2 ed., vol II 3


ed. São Paulo: Loyola, 2002/1998.

BRIGHT, J. História de Israel. São Paulo: Paulus, 2003.

CASALEGNO, A. Lucas. A caminho com Jesus missionário. São Paulo: Loyola, 2003.

FABRIS, R. Cartas de Paulo. Vol. III, São Paulo: Loyola, 1992.


FABRIS, R. Os Atos dos Apóstolos. São Paulo: Loyola, 1991.

GALLAGHER, R.L.; HERTIG, P. (Ed.). Mission in Acts. Ancient narratives in


contemporary context. Maryknoll (NY): Orbis Books, 2004.

KAISER JR, W.C. Mission in the Old Testament. Grand Rapid (MI): Baker Books,
2001.

KERTELGE, K. (Ed.). Mission im Neuen Testament. Freiburg/Basel/Wien: Herder,


1982.

LARKIN JR; W.J.-WILLIAMS, J.F. (Ed). Mission in the New Testament. An


evangelical approach. Maryknoll (NY): Orbis Books, 1998.

LEGRAND, L. Le Dieu qui vient: la mission dans la Bible. Paris, Desclée, 1988.

MARTIN-ACHARD, R. Israël et les nations. La perspective missionaire de l’Ancien


Testament. Paris-Neuchatel: Delachaux & Niestlé, 1959.

NISSEN, J. New Testament and mission. Historical and hermeneutical perspectives.


Frankfurt am Main: Peter Lang, 1999.

SENIOR,D.; STUHLMUELLER, C. Os fundamentos bíblicos da missão. São Paulo:


Paulinas, 1987.

ZENGER, E. ET ALII. Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Loyola, 2003.


10-DISCIPLINA:Teologia Contemporânea de Missões

CARGA HORÁRIA: 60 h/a

EMENTA:

A teologia da missão constitui a verdadeira teologia fundamental, isto é, a


exposição dos fundamentos ou das bases do cristianismo e dos fundamentos de toda a
teologia. Ela fornece o quadro dentro do qual a teologia deve evoluir, e oferece os
princípios que orientam toda a reflexão teológica. Durante séculos, a teologia
fundamental foi identificada com o tratado Da Revelação. Ora, ao colocar a revelação
como conceito básico, o mais abrangente da teologia e o conceito diretivo de todo o
pensamento cristão, os teólogos e a instituição que se reconheciam nos seus
ensinamentos, achavam e ensinavam que o cristianismo era essencialmente uma
doutrina e que esta doutrina vinha de Deus. A teologia cristã era a exposição das
verdades reveladas por Deus. A teologia fundamental consistia em estudar a maneira
como Deus comunicava essas verdades aos seres humanos. Hoje em dia sabemos que o
cristianismo é muito mais do que uma revelação e que o conceito de revelação é o
menos adequado para expressar de modo sintético o que é o cristianismo. O cristianismo
é a caminhada do reino de Deus, aqui e agora, a história da relação de Deus com a
humanidade, aqui e agora, o que abrange a história humana toda. A teologia não estuda
uma doutrina, mas um movimento, a humanidade em marcha dentro da caminhada do
reino de Deus. Por isso a teologia da missão é a verdadeira teologia fundamental.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1- TEOLOGIA DA MISSÃO: CONCEITOS BÁSICOS

-Formação da Teologia da Missão


-O passado
-Fatos novos

2- Das missões divinas às missões humanas


-As missões divinas

-A entrega da missão aos discípulos

3-O que é a missão?

-O envio aos pobres

-Por que a missão é envio aos pobres?

-O amor
-A esperança
-A fé
-A conversão
-A vocação para a liberdade

4-Memória e culto
-A memória de Jesus
-O culto de Jesus
-Culto e reino de Deus
-Missão e administração

5- As duas vias da missão

-A via do poder

-A aliança com as elites

-A manipulação da religião popular

-A tentação do poder
-A via da fraqueza

6- Historicidade da missão

-As condições históricas


-Condições físicas
-As condições políticas
-Condições culturais
-Condições internas
-Os modos da missão

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALVES DE MELO, Antonio. Evangelização no Brasil. Dimensões teológicas e desafios


pastorais. O debate teológico e eclesial (1952-1995). Roma: Pontifícia Universitá
Gregoriana, 1996.

BOSCH, David J. Missão transformadora. Mudanças de paradigma na teologia da


missão. São Leopoldo/RS: Sinodal/EST, 2002.

CLAI. Missão, unidade e identidade da Igreja. Processo Regional de Reflexão para a


Quarta Assembléia Geral do CLAI. Quito: CLAI, 2000.

COMBLIN, José. Teologia da missão. Petrópolis: Vozes, 1980.

DONEDA, Alberto. Iglesia en camino. 2000 años de historia de la misión. Quito, 2000.

DONEGANA, Constanzo (org.). Terceiro milênio. O desafio missionário. São Paulo:


Ave Maria, 1999.

LAS CASAS, Bartolomé de. De unico vocationis modo. Obras completas. Vol. 2.,
Madrid: Alianza, 1990.

MÜLLER, Karl. Teologia da missão. Petrópolis: Vozes, 1995.

PONTIFÍCIAS OBRAS MISSIONÁRIAS/CNBB, Tornar-se próximo. A missão além-


fronteiras. Brasília: Pontifícias Obras Missionárias/CNBB, 1999.
RICHARD, Pablo. Morte das cristandades e nascimento da Igreja. Análise histórica e
interpretação teológica da Igreja na América Latina. São Paulo: Paulinas, 1982.

SUESS, Paulo (Org.). Os confins do mundo no meio de nós. Simpósio missiológico


internacional. São Paulo/Quito: Paulinas/Abya Yala, 2000.

VV.AA. La misión en el umbral del tercer milenio. Simposio latinoamericano de


misionología. Cochabamba/Buenos Aires: UCB/Verbo Divino/Guadalupe, 2000.

11-DISCIPLINA: Antropologia Cultural

CARGA HORÁRIA: 60 h/a

EMENTA:

Toda teologia pressupõe uma antropologia, pois a fé cristã traz consigo uma
exigência de compreensão do ser humano, a ser pensada e explicitada teologicamente. A
Antropologia Teológica como parte da teologia cristã consagrada especificamente à
compreensão do ser humano, tanto sob o prisma individual quanto coletivo ou
comunitário, e por isso ela pode ser entendida também como uma “teologia do humano”
em geral. A tradição cristã crê e afirma que os seres humanos foram criados à imagem
de Deus, na unidade da pessoa humana (corpo-e-alma) chamada a existir em liberdade :
este será o eixo do curso, e em torno dele procurar-se-á apresentar e desenvolver noções
fundamentais da fé cristã, tais como criação, consciência, liberdade, graça, pecado,
salvação.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
 Antropologia, ou as visões do ser humano: abordagem pluridisciplinar.
 Como pensar teologicamente o ser humano?
 A comunidade humana, ou o mundo do ethos.
 Pressupostos da reflexão teológica sobre o ser humano. Consciência, liberdade e
lei.
 O homem, imagem de Deus.
 O homem no mundo e em face de Deus.
 Liberdade e graça.
 A dignidade da pessoa humana.
 O apelo da Verdade. Categorias do pensar teológico : as tradições bíblica,
patrística, medieval e moderna.
 O cristianismo é um humanismo?
 A interação fé e moral.
 A Gaudium et Spes : uma nova moral cristã? A espiritualidade da criatividade
humana.
 A luta pela liberdade de consciência : a declaração conciliar Dignitatis humanae.
 Liberdade e responsabilidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Vaticano II. Mensagens, discursos, documentos. Trad. de Francisco Catão, Ed. Paulinas,
1998.

Catecismo da Igreja Católica, edição revisada, 1997.

Dicionário crítico de Teologia, Ed. Loyola e Paulinas, 2004.

MONDIN, Battista, Antropologia teológica, São Paulo, Paulinas.

MONDIN, Battista. O homem: quem é ele? São Paulo, Paulinas.

O’CONNOR, J. Murphy. A antropologia pastoral de Paulo: tornar-se humanos juntos.


São Paulo, Paulus, 1994.

GARCIA RUBIO, Alfonso, Elementos de Antropologia Teológica.


12-DISCIPLINA: Estratégia e Logística em Missiologia

CARGA HORÁRIA: 60 h/a

EMENTA:

Desenvolve uma teologia e estratégia para o ministério eficaz, focalizando os


desafios sociais e espirituais que o ambiente provoca. Examina diversos modelos de
ministérios urbanos, inclusive através de estudos de campo, e fornece critérios para a
elaboração de um ministério bíblico de impacto na cidade.

Destaca a importância das ciências sociais para a tarefa missionária da Igreja na


transmissão da sua mensagem e na prática da sua fé. Realiza estudos comparativos de
campo entre diferentes tradições evangélicas e cristãs em diversas regiões do mundo.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. FENÔMENO DAS CIDADES

2. AS CIDADES NA BÍBLIA

3. JESUS E AS CIDADES
4.DESAFIO DAS MISSÕES URBANAS
4.1. PONTOS FAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS
4.2. PONTOS DESFAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS

- Populações concentradas verticalmente em edifícios fechados.


- Excesso de entretenimento.
- A concentração de igrejas diferentes
-0 elevado grau de materialismo e consumismo
-Os movimentos filosófico- religiosos

5 ESTRATÉGIAS PARA AS MISSÕES URBANAS

-ORAÇÃO E JEJUM PELA CIDADE


- PREPARO DAS PESSOAS PARA A EVANGELIZAÇÃO DAS CIDADES.
- PLANEJAMENTO DA EVANGELIZAÇÃO

a) Definir áreas a serem evangelizadas


b) Definir os grupos de evangelização
c) Distribuir as áreas com os grupos
d) Estabelecer metas ou alvos
e) Preparar os meios necessários

f) Mobilizar todos os setores da igreja

6- MÉTODOS DE EVANGELISMO PARA AS MISSÕES URBANAS

6.1. EVANGELISMO PESSOAL


6.2. EVANGELISMO EM GRUPO
6.3. EVANGELISMO EM MASSA
7. DISCIPULADO

8. MEIOS PARA A EVANGELIZAÇÃO URBANA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FERREIRA, Dam. Evangelismo total Rio, Juerp, 1990.
HESSELGRAVE, David J. Plantando igrejas. 5. Paulo, Vida Nova, s.d.
LINTHICUM, Roberto. A transformação da cidade. Belo Horizonte, Missão Editora,
1990.

AZEVEDO, Israel Belo de (ed). A missão da unidade. O debate entre evangélicos e


católicos sobre a missão. Relatório de um grupo de teólogos reunidos entre 1977 e
1984. Belo Horizonte, Missão, 1989 (edição em castelhano: MEEKING, Basil &
STOTT, John (eds). Diálogo sobre la misión. Informe sobre un diálogo entre
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CASALDÁLIGA, Pedro & VIGIL, José Maria. Espiritualidade da libertação. Tomo IX,
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-------. Espiritualidade e antropologia. Um diálogo com Leonardo Boff. Estudos


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-------. Espiritualidade na vertigem do tempo. Estudos Teológicos, 40, 2000(2): 40-52.

13-DISCIPLINA: Dissertação

CARGA HORÁRIA: 120 h/a

EMENTA:

Caracterização da dissertação como gênero de obra Missiologia sua fase elaboração: definição
e formulação do problema de pesquisa, identificação do método de investigação, visualização do plano
de desenvolvimento da dissertação, escolha das referências bibliográficas e redação do projeto atendendo
as exigências dos órgãos financiadores de pesquisa. Realização de seminários com gêneros literários e
científicos, sobre redação e estilo.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

 (Processos de identificação e delimitação de problemas missiologicos formulação de


perguntas e pesquisa hipóteses, teses, etc.);
 Relevância teológica, social, histórica e pessoal do problema de pesquisa (área de
conhecimento, linhas de pesquisa, etc.);
 Estudos de textos e função dos comentadores na elaboração da dissertação (função
dos textos missiológicos: e de comentadores e dos periódicos nacionais e
internacionais de Missiologia ).
 Distinção e características entre dissertação e tese (distinção entre produção de
conhecimentos originais e sistematização de conhecimentos já produzidos);
 Pressupostos de redação de texto missiológico e de método em missiologia )
 Estudo das características lingüísticas, estilísticas, de gêneros, de método (analítico,
dialético, hermenêutico e suas combinações) em obras diversas.
 A função do professor orientador na elaboração da dissertação de Especialização
 A função do professor orientador na elaboração da dissertação.

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XIII-Glossário Missiológico

Com o intuito de estabelecer critérios (e evitar confusões lingüísticas) se


seguem os principais termos e conceitos utilizados no plano Adote Um
Povo. Tê-los em mente nos ajudará a compreender melhor a magnitude da
tarefa e o processo natural que implica em adotar um povo. Que eles--os
que jamais ouviram de nosso glorioso Senhor Jesus Cristo e seu amor
redentor--possam conhecê-Lo e fazer parte de sua família espiritual.

COMO VER NOSSO MUNDO E NOSSA TAREFA

Mundo A
No esquema dos três mundos que alguns missiólogos usam refere-se
ao mundo não-evangelizado ou seja toda a população que jamais
ouviu falar de Jesus Cristo.

Mundo B

No esquema acima citado dos três mundos faz referência ao mundo


evangelizado mas não cristão.

Mundo C

No mesmo esquema significa o mundo "cristão" ou seja todos aqueles


que se consideram cristãos (incluíndo obviamente todos os nominais).

Janela 10/40

É a região entre o Atlântico e o Pacífico e entre os paralelos 10 e 40


de latitude norte onde vive a maior população mundial com menos
oportunidade de ouvir o evangelho.

Evangelismo E0 E1 E2 E3

Escala usada para medir a distância cultural que o missionário deve


atravessar desde sua própria cultura para evangelizar e estabele-cer
igrejas. E0 se refere à tarefa de ganhar para Cristo os filhos de
crentes; E1 quando se evangeliza cristãos nominais; E2 quando se
evangeliza gente de uma cultura parecida mas não idêntica à do
missionário; e E3 quando o missionário deve evangelizar gente de
uma cultura diferente da sua.

OS SEGMENTOS HUMANOS

Segmentação

É o processo de dividir a população do mundo em pequenos


segmentos úteis para desenvolver estratégias missionárias de tal
maneira que sejam mais facilmente selecionados para evangelizar.
Alguns dos segmentos mais úteis são países povos etnolingüísticos
grupos humanos e cidades.

País
As entidades geo-políticas (225 das quais são membros da ONU) que
são identificadas por suas fronteiras estabelecidas e governos
mundialmente reconhecidos.

Povo (Grupo Humano)

Um grupo de indivíduos sociológicamente falando significativamente


grande que têm uma afinidade comum porque compartilham do
mesmo idioma etnicidade religião residência profissão classe social
casta situação etc. ou uma combinação de alguns destes fatores.

Metrópole

Cidade com uma população acima de cem mil habitante.

Mega-cidade

Metrópole ou cidade com uma população acima de um milhão de


habitantes.

TIPOS DE POVOS

Povo Etnolingüístico

É um grupo étnico ou racial distinto de outros que fala o mesmo


idioma ou língua materna. Pode se encontrar vivendo dentro de um só
país ou distribuído por vários.

Mega Povo

Um povo etnolingüístico com população acima de um milhão.

Mini-Povo

Tipo de "povo etnoligüístico" só que menor. Muitas vezes um povo


etnolingüístico grande ("mega-povo") contém vários mini-povos. Do
ponto de vista evangelístico trata-se do maior grupo dentro do qual o
evangelho pode se espalhar através de um movimento de
implantação de igrejas sem encontrar barreiras de entendimento ou
aceitação. Também conhecido como "povo unimax".

Povo Socio-econômico

Um grupo humano cujos membros se sentem "vinculados" por algum


tipo de afinidade ligada à classe econômica profissão bairro hobby
orientação política ou religiosa.

ALCANÇANDO UM POVO
Povo não alcançado

Um grupo humano (povo) dentro do qual não existe uma comunidade


de crentes que dispõe de pessoas ou recursos suficientes para
evangelizar o restante do próprio povo e portanto precisam de um
esforço missionário de fora principalmente transcultural.

Povo fronteiriço

Este termo enfatiza a necessidade de que alguém atravesse certas


barreiras culturais ou lingüísticas que separam o povo dos demais
onde já existe uma igreja que pode alcançá-lo. Sinônimo de "povo
não-alcançado".

Povo oculto

Esta denominação salienta que o grupo falando em termos práticos


está fora de vista e consideração (atenção) da igreja de Jesus Cristo
mesmo que se encontre dentro de seu alcance geográfico. Sinônimo
de "povo não-alcançado".

Povo não-penetrado

Esta expressão destaca a idéia da necessidade de um esforço


missionário transcultural inicial para depois continuar com o trabalho
evangelístico normal do povo. Sinônimo de "povo não-alcançado".

Movimento de Povo

Trata-se de quando um determinado povo responde ao evangelho de


forma tão positiva que produz uma conversão maciça.

Movimento missionário

Quando uma igreja implantada num campo missionário se tranforma


numa força que envia missionários transculturais para levar o
evangelho a outros povos não-alcançados.
TIPOS DE PAÍSES E MISSIONÁRIOS

País de accesso restrito limitado ou criativo

País cujo governo limita por razões políticas ou religiosas a entrada de


missionários estrangeiros que desejam se radicar nele.
Freqüentemente tal acesso se limita devido a cotas reduzidas para
vistos missionários ou prazos de permanência cada vez mais curtos.

País fechado

País cujo governo fechou as portas para a entrada de missionários do


estrangeiro negando-lhes vistos de permanência.

Missionário bi-vocacional fazedor de tendas

Missionário com uma profissão dupla servindo como profissional em


um país de acesso restrito ou fechado e realizando ao mesmo tempo
um ministério evangélistico de tempo parcial.

Missionário não-residente

Missionário que está servindo em algum país de acesso restrito ou


fechado e que por isso se vê impossibilitado de residir ali. Desenvolve
seu trabalho a partir de um país próximo visitando freqüentemente o
país-alvo e realizando seu ministério de forma itinerante.

ETAPAS PARA SE ALCANÇAR UM POVO

Normalmente para levar o evangelho a um povo não alcançado e


implantar uma igreja autóctone dentro dele leva um período
relativamente longo provavelmente vários anos. Para nossa
mentalidade latina acostumada com o improviso e querendo ver
resultados quase imediatos convém compreender bem que tratando-
se de missões pioneiras e povos não-alcançados não poderemos
esperar frutos tão rápidos como os que temos aqui.

Segue-se um esboço das etapas que naturalmente seguem o


processo de adotar um povo esclarecendo assim as fases pelas quais
teremos que passar para atingir um povo não-alcançado.

Nota: Dentro de cada etapa existem vários passos que precisam ser
dados. Compare com o texto "Qual é o Processo Para Se Adotar Um
Povo"
Etapa 1: Reportamento

Alguém informa que um determinado povo existe e ainda não foi


alcançado.

Etapa 2: Verificação

Comprova-se através de fontes confiáveis que de fato se trata de um


povo que precisa ser alcançado.

Etapa 3: Avaliação

Realiza-se uma pesquisa levantando dados precisos que possam


ajudar a entender melhor o povo e até mesmo estabelecer uma
estratégia para alcançá-lo.

Etapa 4: Seleção

Uma denominação igreja ou agência missionária resolve iniciar um


esforço missionário para alcançá-lo com o evangelho.

Etapa 5: Adoção

Uma igreja ou um grupo de igrejas (associação junta) ou agência


missionária assume o compromisso de enviar missionários para
alcançar com o evangelho o povo selecionado.

Etapa 6: Iniciação

Os missionários chegam ao povo adotado e iniciam seu trabalho


missionário transcultural pregando o evangelho e implantando igrejas
autóctones.

Etapa 7: Alcançado

O povo já conta com uma igreja autóctone com crentes e recursos


suficientes para alcançar o restante do próprio povo sem necessidade
(ou com pouca necessidade) de ajuda externa.

VÁRIOS

Agência missionária

Qualquer organização pequena ou grande seja uma junta de missões


de uma denominação uma agência interdenominacional um conselho
(comitê comissão) missionário de várias igrejas de diversas
denominações etc. que atua como facilitador ou enviador de
missionários.
Movimento AD2000

É um movimento evangélico com uma rede de ligações internacionais


que vincula os diversos esforços missionários que têm como meta a
implantação de uma igreja autóctone dentro de cada povo não-
alcançado até o ano 2000.

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