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Charles Tilly analisa como os elementos de coerção, capital e guerra contribuíram para a formação dos Estados europeus. Ele explica como os Estados emergiram a partir da formação de cidades e como usaram a guerra para expandir seus territórios e recursos, necessários para exercer coerção sobre as populações e acumular capital. Os Estados combinavam diferentes níveis de poder econômico e militar.
Charles Tilly analisa como os elementos de coerção, capital e guerra contribuíram para a formação dos Estados europeus. Ele explica como os Estados emergiram a partir da formação de cidades e como usaram a guerra para expandir seus territórios e recursos, necessários para exercer coerção sobre as populações e acumular capital. Os Estados combinavam diferentes níveis de poder econômico e militar.
Charles Tilly analisa como os elementos de coerção, capital e guerra contribuíram para a formação dos Estados europeus. Ele explica como os Estados emergiram a partir da formação de cidades e como usaram a guerra para expandir seus territórios e recursos, necessários para exercer coerção sobre as populações e acumular capital. Os Estados combinavam diferentes níveis de poder econômico e militar.
“As Cidades e os Estados na História do Mundo”, “As Cidades e os Estados Europeus” e
“Como a Guerra Fez s Estados, e Vice-versa"
Charles Tilly, sociólogo, cientista político e historiador norte-americano em sua obra
Coerção, Capital e Estados Europeus fez uma análise sobre os processos de formação dos Estados europeus e em como os elementos capital, coerção e guerra contribuíram para este desenvolvimento, que viria a ser replicado em grande parte do mundo. Ao longo dos três primeiros capítulos, Tilly faz uma investigação desse tripé e nos explica como a origem e formação do Estado moderno se deu de forma não linear e se fundamentou na formação de Estados, como a Rússia, que possuem grande poder de coerção e constituíram grandes burocracias, outros Estados que possuíam grande poder econômico e político mas que eventualmente eram dominados devido à sua fraca formação militar até chegar em estados como França, Grã-Bretanha e Espanha que combinavam grande poder econômico e militar e se despontando como potencias industriais e de dominação. Fazendo um recorte de mil anos, de 990 a 1990, Tilly discorre sobre como o Estado- Nacional não foi a forma de organização social dominante e que a ideia de nacionalidade também não era bem desenvolvida, a nacionalidade foi um recurso para seu fortalecimento e defesa. O autor também constrói uma cadeia de acontecimentos histórico-geográficas que buscam explicar, inicialmente, a formação das cidades, fruto de outras organizações sociais mais simples, como as tribos, e posteriormente, com a junção e crescimento dessas cidades o surgimento de Estados; que também surgem com o intuito de extrair e acumular capital das populações que formavam estes grupos. Assim, Tilly nos demonstra que a formação de um estado e posteriormente de estados-nacionais é fruto secundário deste processe de extração e acumulo de capital. Uma vez iniciado este processo de formação dos Estados e de uma estrutura central que controla e administra todo o processo de extração de capital, surgem também forças de coerção para manter a coesão desta estrutura na forma de um conjunto de forças difusas como milícias indo até formas mais sofisticas de coerção e controle, como as policias e o exército; este ultimo utilizado para o controle e expansão das fronteiras. Assim, Tilly chega ao terceiro elemento preponderante para a formação e manutenção dos Estados: a guerra. É por meio dela que os governantes mantinham o território e coagiam a população. Também é por meio da guerra que o processo de expansão destes territórios e consequentemente de dominação das forças de produção dos territórios conquistados se davam e permitiam junto, por exemplo, do pagamento de impostos, a manutenção desses Estados e do poder. A partir deste longo recorte da história da Europa e de sua constituição, Tilly nos mostra como o processo de formação dos Estados é dinâmico e está em constante mudança, assim como as forças que os regem e que os mantém coesos e para além de ser um processo de identificação nacional, seja pelos costumes ou língua, o que uniu esse conjunto de grupos sociais foi um desejo de expansão, produção e acúmulo de capital e de força.
Referência Bibliográfica
TILLY, Charles. As Cidades e os Estados na História do Mundo, As Cidades e os
Estados Europeus e Como a Guerra Fez os Estados, e Vice-versa . In: TILLY, Charles. Coerção, Capital e Estados Europeus. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1996. cap. 1, p. 45-88, cap. 2, p 89-122 e cap. 3, p. 123-156.