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Aluno: Edmar Joaquim Gomes da Silva - RA: 215119

Política I: Introdução à Ciência Política

RESENHA : Coerção, Capital e Estados Europeus

“As Cidades e os Estados na História do Mundo”, “As Cidades e os Estados Europeus” e


“Como a Guerra Fez s Estados, e Vice-versa"

Charles Tilly, sociólogo, cientista político e historiador norte-americano em sua obra


Coerção, Capital e Estados Europeus fez uma análise sobre os processos de formação dos
Estados europeus e em como os elementos capital, coerção e guerra contribuíram para este
desenvolvimento, que viria a ser replicado em grande parte do mundo.
Ao longo dos três primeiros capítulos, Tilly faz uma investigação desse tripé e nos
explica como a origem e formação do Estado moderno se deu de forma não linear e se
fundamentou na formação de Estados, como a Rússia, que possuem grande poder de coerção e
constituíram grandes burocracias, outros Estados que possuíam grande poder econômico e
político mas que eventualmente eram dominados devido à sua fraca formação militar até chegar
em estados como França, Grã-Bretanha e Espanha que combinavam grande poder econômico
e militar e se despontando como potencias industriais e de dominação.
Fazendo um recorte de mil anos, de 990 a 1990, Tilly discorre sobre como o Estado-
Nacional não foi a forma de organização social dominante e que a ideia de nacionalidade
também não era bem desenvolvida, a nacionalidade foi um recurso para seu fortalecimento e
defesa.
O autor também constrói uma cadeia de acontecimentos histórico-geográficas que
buscam explicar, inicialmente, a formação das cidades, fruto de outras organizações sociais
mais simples, como as tribos, e posteriormente, com a junção e crescimento dessas cidades o
surgimento de Estados; que também surgem com o intuito de extrair e acumular capital das
populações que formavam estes grupos. Assim, Tilly nos demonstra que a formação de um
estado e posteriormente de estados-nacionais é fruto secundário deste processe de extração e
acumulo de capital.
Uma vez iniciado este processo de formação dos Estados e de uma estrutura central que
controla e administra todo o processo de extração de capital, surgem também forças de coerção
para manter a coesão desta estrutura na forma de um conjunto de forças difusas como milícias
indo até formas mais sofisticas de coerção e controle, como as policias e o exército; este ultimo
utilizado para o controle e expansão das fronteiras.
Assim, Tilly chega ao terceiro elemento preponderante para a formação e manutenção
dos Estados: a guerra. É por meio dela que os governantes mantinham o território e coagiam a
população. Também é por meio da guerra que o processo de expansão destes territórios e
consequentemente de dominação das forças de produção dos territórios conquistados se davam
e permitiam junto, por exemplo, do pagamento de impostos, a manutenção desses Estados e do
poder.
A partir deste longo recorte da história da Europa e de sua constituição, Tilly nos mostra
como o processo de formação dos Estados é dinâmico e está em constante mudança, assim
como as forças que os regem e que os mantém coesos e para além de ser um processo de
identificação nacional, seja pelos costumes ou língua, o que uniu esse conjunto de grupos
sociais foi um desejo de expansão, produção e acúmulo de capital e de força.

Referência Bibliográfica

TILLY, Charles. As Cidades e os Estados na História do Mundo, As Cidades e os


Estados Europeus e Como a Guerra Fez os Estados, e Vice-versa . In: TILLY, Charles.
Coerção, Capital e Estados Europeus. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo,
1996. cap. 1, p. 45-88, cap. 2, p 89-122 e cap. 3, p. 123-156.

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