Vous êtes sur la page 1sur 10

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO

SETOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS- SESA/G


DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO - DEADM

GLOBALIZAÇÃO, FLEXIBILIZAÇÃO, DESREGULAMENTAÇÃO


DAS LEIS TRABALHISTAS

Trabalho a ser entregue a professora


Mirian Caldas, pelos Acadêmicos
Joaquim Felipe Chalegre Oliveira
Santos e Francisco José Dellê, na
disciplina de Legislação Social do Curso
de Administração da Universidade
Estadual do Centro-Oeste, para
obtenção de nota parcial do 1°
Semestre.

Guarapuava

2015
GLOBALIZAÇÃO

A globalização se tornou uma palavra vastamente difundida e todas as esferas


da sociedade, da economia, da mídia e da cultura, com conotações distintas de acordo
com cada posicionamento. Segundo Rivero Llamas (2001,), a globalização “se
converteu para uns em uma palavra ídolo e para outros em uma palavra maldita, sem
dúvida porque a ela atribuem demasiados efeitos, favoráveis ou adversos, em relação
ao progresso ou a exclusão social, respectivamente”.
A economia e a globalização interagem através da retirada dos obstáculos que,
historicamente, dificultavam a circulação de capital entre países. Para Beck (1998), a
economia é apenas uma das estruturas da globalização, sendo esta uma maneira com
que a economia nacional integra-se progressivamente, avançando para a economia
mundial, chegando ao estágio em que o crescimento é dependente da conquista de
mercados internacionais e, portanto, dependa menos do governo nacional e da
maneira com que estruturam as políticas econômicas (Monereo Pérez, 2001, p. 39).
Para Marconatto (2010), a globalização apresenta duas linhas de princípios:

“por um lado é responsável pela integração econômica e jurídico-institucional


de grandes áreas econômicas como é o caso da União Europeia e Mercosul,
permitindo, assim, a livre-circulação global de capitais e mercadorias, com a
paralela defesa dos mercados regionais. [...]por outro lado, permite a
realização de políticas de liberalização dos mercados financeiros à escala
mundial num processo de internacionalização da produção de bens e
serviços em que a incorporação das novas tecnologias da informação e os
avanços nos sistemas de transporte permitem que diminua as distâncias em
todo o planeta.

As ponderações relacionando a globalização com relação ao Direito do


Trabalho costumam analisar as consequências trazidas no que se refere a regulação
normativa do trabalho assalariado, exibindo uma realidade que afeta inevitavelmente
a flexibilização da legislação nacional, desvalorizando as políticas internas e sua
competitividade (Duran López, 1998).
A empresa transnacional advém da deslocalização mundial da produção, o que,
segundo Baamonde (2000), acarreta na “desnacionalização” dos sistemas jurídico-
laborais, mas isso não justifica o desmerecimento das garantias trabalhistas
conquistadas no decorrer do século XX. Nos últimos anos, o efeito precarizador da
globalização fez crescer a desigualdade social, criando rivalidades entre pessoas,
regiões e territórios, além de incutir o pensamento de que o trabalho é um processo
individual, antissocial e de interesse capitalista. (Brunet Icart; Belzunegui Eraso, 2001)

FLEXIBILIZAÇÃO

Na evolução histórica da humanidade nota-se que a defesa do trabalhador e


suas necessidades foi vastamente discutida e gradualmente os direitos do trabalhador
foram adquiridos. Em contrapartida, as normas de proteção do trabalho foram
contraindo excessiva rigidez. Nesse contexto, a flexibilização de alguns direitos se fez
necessária a fim de minimizar e tentar
Com a globalização, o tema desemprego esteve em pauta em todas as
instâncias, e no Brasil não foi diferente, pois com os mercados livres, a globalização
tem grande parcela na contribuição para o desemprego. Segundo Aguiar (2007), a
política neoliberal empregada pelo então governo Collor, nos anos 90, abriram o
mercado brasileiro à globalização, o que desencadeou crises laborais que afetam a
economia até na atualidade.
A flexibilização foi a saída encontrada para muitos, visando minimizar os
impactos do desemprego. No entanto, existe muita divergência entre pensadores,
juristas e especialistas a respeito do tema, pois há linhas de pensamento contrarias e
a favor da flexibilização das leis trabalhistas.
Antônio Álvares da Silva trata a flexibilização, no âmbito etimológico, como:

"[...] o verbo português "flexibilizar" provém do latino "flecto, flectis, flectere,


flexi, flectum", que significa curvar, dobrar, fletir. Depois, por complementação
semântica, possui vários sentidos conexos ou paralelos, tais como fazer
voltar, dirigir o rumo, tornear, mover, comover, mudar, modificar. Flectere
arcus - disender o arco. Flectere gemina acies - voltar os dois olhos. Flecti
cursos ou iter - ter o curso mudado, desviar, afastar, etc. A palavra tem,
portanto, dois sentidos. Um, o etimológico, que é o básico: dobrar. O outro,
figurado, mudar de curso, de posição, etc. De fato, toda vez que flexibiliza,
inclusive no Direito, muda-se de situação[...]. (SILVA, 2002, p. 52).
Martins (1997) traz o significado da palavra flexibilização como “um conjunto de
regras que tem por objetivo instituir mecanismos tendentes a compatibilizar mudanças
de ordem econômica, tecnológica ou social existentes na relação entre o capital e o
trabalho."
Segundo Lima (2005), há dois tipos de flexibilização: da adaptação, sendo uma
variante mais moderada, e da desregulamentação, mais severa. O que vigora no
Brasil é a da adaptação, que busca analisar e adequar a legislação às mudanças e
necessidades da economia, sustentando as garantias laborais.
Desta maneira, a aplicação real da flexibilização traz consigo muita polêmica.
Uma ferramenta que tem por objetivo evitar o desemprego garantido, da melhor forma
possível, os direitos do trabalhador, acaba sendo utilizada, por muitas vezes, para
beneficiar o empregador. Segundo Aguiar (2007), a adoção dessa medida, em outros
países demonstrou que os resultados não foram alcançados como o prometido,
trazendo prejuízo aos trabalhadores. O nível de desemprego continua elevado nesses
países, o salário tem baixado e os empregos adquiriram maior grau de precariedade.
Com isso, nota-se que a flexibilização não é de interesse dos trabalhadores, mas é
um pensamento que vem das classes dominantes.

DESREGULAMENTAÇÃO

A desregulamentação, na visão de grande parte, denota na exclusão das fontes


de regulamentação do trabalho, e para outros, é um processo onde as normas de
trabalho são reestruturadas, para o ajustamento das relações trabalhistas a outro
sistema de produção.
Todavia, Hashimotto (2010) diz que a doutrina, em sua maioria, classifica a
desregulamentação como “a forma mais radical de flexibilização, por consistir na
abolição da legislação protetora do trabalho, onde toda a normatização seja
estabelecida por meio de negociação coletiva de trabalho.”
Para Hashimotto (2010), a desregulamentação e a flexibilização surgem como
novas formas de pensar sobre os comportamentos dos tomadores e prestadores de
serviços, oriundos da globalização e do maior intercâmbio entre os países.
Segundo Nascimento, desregulamentação é:

“política legislativa de redução da interferência da lei nas relações coletivas


de trabalho, para que se desenvolvam segundo o princípio da liberdade
sindical e a ausência de leis do Estado que dificultem o exercício dessa
liberdade, o que permite maior desenvoltura do movimento sindical e das
representações de trabalhadores, para que, por meio de ações coletivas,
possam pleitear novas normas e condições de trabalho em direto
entendimento com as representações empresariais ou com os
empregadores” ( NASCIMENTO, 2004)

É importante salientar a diferença entre desregulamentação e flexibilização,


pois a primeira é vocábulo que deve ser restrito ao direito coletivo do trabalho e a
segunda ao direito individual do trabalho.
Já para Hashimotto, na desregulamentação:

“o Estado deixa de intervir nas relações de trabalho, que ficam a cargo da


negociação individual ou coletiva: a lei simplesmente deixa de existir. Na
flexibilização, as regras existentes são alteradas, diminuindo a intervenção
do Estado, porém garantindo-se um mínimo indispensável de proteção ao
empregado, para que possa sobreviver dignamente. A flexibilização é feita
com a participação do sindicato e em certos casos, só é permitida para
modificar alguns direitos, como reduzir salários, reduzir e compensar jornada
de trabalho, como ocorre nas crises econômicas.”(HASHIMOTTO, 2010)

Considerando o exposto, pode-se afirmar que a desregulamentação é uma


ferramenta altamente perigosa para o Direito do Trabalho, tendo em vista que o
trabalhador corre grandes riscos quando a lei que ampara deixa de ter validade e o
Estado não é capaz de defende-lo, pois nesse caso não pode intervir.

CONCLUSÃO

Frente a globalização, o Direito do Trabalho foi gradativamente sendo


adequado as novas necessidades. É muito importar que na atualidade os temas
estudados continuem sendo discutidos, pois uma nova postura se faz necessária para
garantir direitos mínimos ao trabalhadores, em todos os lugares do mundo. O fato é
que, no que se refere à globalização, a normatização das leis trabalhistas se torna
ainda mais complexa, pois a mesma organização enfrenta inúmeras realidades em
diferentes países, e o trabalhador é o maior prejudicado, pois onde o Direito do
Trabalho não é uma realidade acontece a exploração e a rejeição dos seus direitos.
REFERÊNCIAS

AGUIAR, Marcelo Dias. Flexibilização das leis trabalhistas. UFSC, 2007. Acesso em:
25/07/15 Disponível em: <http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/
anexos/23269-23271-1-PB.pdf>

LIMA, Francisco Meton Marque de. Elementos de direito do trabalho e processo


trabalhista. 11. ed. São Paulo. Ltr, 2005

MARCONATTO, Alessandra. O Direito do Trabalho e a globalização: notas para um


debate. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 91, ago 2011. Disponível em:
<http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_
leitura&artigo_id=10055>. Acesso em jul 2015.

NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 19ª ed.; São Paulo:
Saraiva, 2004
PORTELA, Liana Maria Mota Dos Santos Rocha. A flexibilização no direito do
trabalho. Acesso em: 20/07/15 Disponível em: < http://www.faete.edu.br/
revista/Prof.%20Liana.pdf>

ROCHA, Paulo Santos. Flexibilização e desemprego. Rio de Janeiro. Forense, 2006

SENA, Adriana Goulart de. Direito do Trabalho, Flexibilização e Contemporaneidade:


Apontamentos para um debate em torno da afirmação dos direitos fundamentais. Belo
Horizonte, 2008. Acesso em: 20/07/15 Disponível em: <
http://www.trt3.jus.br/download/artigos/pdf/48_afirmacao_direitos_fundam entais.pdf>

SILVA, Antônio Álvares da. Flexibilização das relações de trabalho. São Paulo: LTr,
2002.

HASHIMOTTO, Aparecida Tokumi. Diferença entre flexibilização e


desregulamentação no direito do trabalho. 2010. Acesso em 20/07/15 Disponível em:
<http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/colunas/2831/diferenca+entre+
flexibilizacao+e+desregulamentacao+no+direito+do+trabalho.shtml>
GUARAPUAVA

2015
INTRODUÇÃO
Na globalização as empresas começaram a visar cada vez mais
diminuir custos e otimizar tempo e mão de obra para no fim ter lucros gigantescos,
tais meios por exemplo envolve a substituição de mão de obra artesanal por
máquinas que produzem mais ocasionando desemprego desses funcionários.

As vagas de emprego no mercado disponíveis diminuem cada vez mais


e mais enquanto que a carga de trabalho dos que continuam empregados só tende a
aumentar.

A substituição porém do trabalho humano pelas máquinas limita o


processo produtivo por isso sugere-se valorizar o chão de fábrica e orientá-los pois
por mais máquinas que existam estas devem sempre ser manejadas por pessoas.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
40141997000100017&script=sci_arttext&tlng=es

Mas ao invés disso as empresas visam o lucro apenas sem considerar


os trabalhadores como engrenagens principais no processo produtivo, sendo o
capital valorizado, e as leis trabalhistas apenas adequadas para as estratégias
comerciais e não o contrário, que deveria ser o capital humano considerado como
parceiro na busca pelo lucro.

Outro ponto importante da globalização é que houve uma grande


mudança para trabalhos terceirizados, descentralizando a mão de obra e gerando
cada vez menos vínculos empregatícios e menos solidariedade entre os
trabalhadores tornando-os mais individualizados.

http://www.uff.br/trabalhonecessario/images/TN_03/TN3_LESSA.pdf

Vous aimerez peut-être aussi