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24/08/2019

MECÂNICA DOS
SOLOS

MECÂNICA DOS SOLOS


PROF. SALVADOR 1

INTRODUÇÃO

MECÂNICA DOS
SOLOS

MECÂNICA DOS SOLOS 2


PROF. SALVADOR

1
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Geologia
Fundações Barragens

Pavimentos Aterros

Mecânica dos
Solos GEOTECNIA
Estruturas de contenção

Mecânica das
Obras subterrâneas
Rochas

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INTRODUÇÃO

Problemas comuns que necessitam o conheci-


mento de Mecânica dos Solos:
-Recalque em fundações;
-Ruptura de taludes;
-Escolha de material para aterro ou barragem
de terra;
-Percolação de água e rebaixamento do nível
freático;

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INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO
Principio da Mecânica dos Solos:
-Estudos antigos baseados na física e matemática;
-Grandes acidentes e novas necessidades de
obras;
-Acidentes históricos;
-A partir do inicio do século passado começou-se
a desenvolver a Mecânica dos Solos

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INTRODUÇÃO

Segundo Terzaghi (1948): "A Mecânica dos


Solos é a aplicação das leis da mecânica e da
hidráulica aos problemas de engenharia que
lidam com sedimentos e outras acumulações
inconsolidadas de partículas sólidas produzidas
pela desintegração mecânica e química das
rochas, independentemente de conterem ou
não uma mistura do componente orgânico."

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EMENTA DA DISCIPLINA
1-Introdução a mecânica dos solos
2-Origem e formação dos solos
• Introdução
• Conceituação de solo
• Formação: intemperismo
• Fatores de formação dos solos

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EMENTA DA DISCIPLINA
3-Textura e estrutura dos solos

4-Índices físicos

5-Plasticidade e consistência dos solos

6-Caracterização e classificação dos solos

7-Compactação

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EMENTA DA DISCIPLINA
8-Permeabilidade
• Permeabilidade dos solos
• Lei de Darcy aplicada a solos
• Gradientes hidráulicos em solos
9-Capilaridade e sucção

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EMENTA DA DISCIPLINA
10-Fluxo de água no solo
• Fluxo unidimensional
• Filtros e drenos
• Fluxo bidimensional
• Traçado de redes de fluxo

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EMENTA DA DISCIPLINA
11-Teoria do adensamento
• Teoria unidimensional de Terzaghi
• Processo para acelerar o adensamento
12-Estado de tensões
• Tensão num plano qualquer
• Coeficiente de empuxo de repouso
• Critérios de ruptura
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EMENTA DA DISCIPLINA
13-Resistência ao cisalhamento das areias

14-Resistência ao cisalhamento das argilas

15-Comportamento dos solos típicos


• Solos não-saturados
• Solos colapsáveis e expansivos

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OBJETIVOS DA DISCIPLINA
• Definir e descrever o processo de intemperismo e o
processo de formação dos solos;
• Definir as propriedades dos solos e suas interfaces
com o processo de formação dos solos;
• Analisar, calcular, discriminar os índices físicos dos
solos, comparando com o comportamento mecânico;
• Classificar os tipos de solos;
• Analisar e calcular as tensões do solo;
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OBJETIVOS DA DISCIPLINA
•Compor e formular alternativas para consolidação dos
solos;
•Analisar e classificar o comportamento superficial do
solo.
•Descrever o processo de recalque e as interfaces com
as estruturas de fundações;
• Definir, classificar, analisar e criticar as sondagens de
solo com vistas ao dimensionamento de fundações;
• Explicar e demonstrar os empuxos de terra.
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BIBLIOGRAFIA
• PINTO, Carlos de Souza. Curso básico de
Mecânica dos Solos: Exercícios resolvidos em 16
aulas. São Paulo: Oficina de Textos, 2001.
• PINTO, Carlos de Souza. Curso Básico de
Mecânica dos Solos com Exercícios Resolvidos. 2.
ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2002.
• CAPUTO,HP. Mecânica dos solos e suas
Aplicações. Vol. I,II,III. Rio de Janeiro. Livros
Técnicos e Científicos. 1998.

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BIBLIOGRAFIA
• CRAIG, Robert F. Mecânica dos solos. 7 ed.
Rio de Janeiro: LTC, 2007
• ORTIGÃO, J.A.R. Introdução à mecânica dos
solos dos Estados Críticos. Livros Técnicos e
Científicos. Rio de Janeiro, 1995.
• MACIEL FILHO, Carlos leite. Introdução à
geologia de engenharia. 3. ed. Rio Grande
do Sul: UFSM, 2008.

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NORMAS
 NBR 6457:1996 - Preparação para ensaios de
compactação e ensaios de caracterização
 NBR 7180:1984 - Solo - Determinação do limite de
plasticidade
 NBR 6459:1984 - Solo - Determinação do limite de
liquidez
 NBR 7183:1982 - Solo - Determinação do limite e
relação de contração dos solos
 NBR 6508:1984 - Grãos de solos que passam na
peneira de 4,8 mm - Determinação da massa
específica
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NORMAS
 NBR 7181:1996 - Solo - Análise granulométrica
 NBR 7182:1984 - Solo - Ensaio de compactação
 NBR 9895:1987 - Solo - Índice de suporte Califórnia
 NBR 13292:1995 - Solo - Determinação do
coeficiente de permeabilidade de solos granulares à
carga constante
 NBR 14545:2000 - Solo - Determinação do
coeficiente de permeabilidade de solos argilosos a
carga variável

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NORMAS
 NBR 9604:1986 - Abertura de poço e trincheira de
inspeção em solo, com retirada de amostras
deformadas e indeformadas

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AVALIAÇÕES
 PRIMEIRA ETAPA
• 1 AVALIAÇÃO: 15 PONTOS
• 3 ATIVIDADES: TOTAL 15 PONTOS
• LABORATÓRIO: 5 PONTOS
 SEGUNDA ETAPA
• 1 AVALIAÇÃO: 15 PONTOS
• 2 ATIVIDADES: TOTAL 10 PONTOS
• LABORATÓRIO: 5 PONTOS

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PLANEJAMENTO - MECÂNICA DOS SOLOS

DATA
AULA DESCRIÇÃO
PROG
INTRODUÇÃO/ORIGEM
1 13/ago
SOLOS/ESTRUTURA/AMOSTRAGEM
2 14/ago FORMATURA
3 15/ago ÍNDICES FÍSICOS
4 17/ago SÁBADO LETIVO
5 20/ago ÍNDICES FÍSICOS
6 21/ago AULA LABORATÓRIO-01
7 22/ago ÍNDICES FÍSICOS
8 24/ago SÁBADO LETIVO
9 27/ago ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
10 28/ago AULA LABORATÓRIO-02
11 29/ago ATIVIDADE-01
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12 31/ago SÁBADO LETIVO


13 03/set ÍNDICES DE CONSISTÊNCIA
14 04/set AULA LABORATÓRIO-03
15 05/set COMPACTAÇÃO
16 10/set COMPACTAÇÃO
17 11/set AULA LABORATÓRIO-04
18 12/set COMPACTAÇÃO
19 14/set SÁBADO LETIVO
20 14/set SÁBADO LETIVO
21 17/set ATIVIDADE-02
22 18/set AULA LABORATÓRIO-05
23 19/set PERMEABILIDDAE
24 24/set PERMEABILIDDAE
25 25/set AULA LABORATÓRIO-06
26 26/set AVALIAÇÃO-01
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27 01/out PERMEABILIDADE
28 02/out AULA LABORATÓRIO-07
29 03/out CAPILARIDADE E SUCÇÃO
30 05/out SÁBADO LETIVO
31 08/out FLUXO DE ÁGUA NO SOLO
32 09/out AULA LABORATÓRIO-08
33 10/out FLUXO DE ÁGUA NO SOLO
34 16/out AULA LABORATÓRIO-09
35 17/out FLUXO DE ÁGUA NO SOLO
36 19/out SÁBADO LETIVO
37 22/out TEORIA DO ADENSAMENTO
38 23/out AULA LABORATÓRIO-10
39 24/out TEORIA DO ADENSAMENTO
40 26/out SÁBADO LETIVO
41 29/out TEORIA DO ADENSAMENTO
42 30/out AULA LABORATÓRIO-11
43 31/out ATIVIDADE-03
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44 05/nov ESTADO DE TENSÕES


45 06/nov AULA LABORATÓRIO-12
46 07/nov ESTADO DE TENSÕES
47 12/nov ESTADO DE TENSÕES
48 13/nov AULA LABORATÓRIO-13
49 14/nov RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DAS AREIAS
50 19/nov RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DAS ARGILAS
51 20/nov AULA LABORATÓRIO-14
52 21/nov COMPORTAMENTO DOS SOLOS TÍPICOS
53 23/nov SÁBADO LETIVO
54 26/nov ATIVIDADE-04
55 27/nov AULA LABORATÓRIO-15
56 28/nov COMPORTAMENTO DOS SOLOS TÍPICOS
57 03/dez PROVA INTEGRADORA
58 30/nov SÁBADO LETIVO
59 04/dez AVALIAÇÃO-02
60 05/dez REVISÃO PROVA FINAL
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ORIGEM E FORMAÇÃO
DOS SOLOS

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A ORIGEM DO SOLO

 Em geral, os solos são formados pela decomposição


das rochas a partir de agentes de intemperismo
 São constituídos por um conjunto de partículas
sólidas e vazios, preenchidos ou não
 O comportamento do solo depende:
 Do movimento de suas partículas entre si

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Minerais

“Matéria formada por processos inorgânicos da natureza e


que possui composição química definida” (CHIOSSI, 2013).

“Substância sólida natural e homogênea com estrutura


atômica característica” (FRASCÁ; SARTORI, 1998).

“Formam a fase sólida do solo e são o produto da erosão das


rochas” (DAS, 2007).

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Rochas

“Corpo sólido natural, resultante de um processo geológico


determinado, formado por agregados de um ou mais
minerais, arranjados segundo as condições de temperatura
e pressão existentes durante sua formação” (FRASCÁ;
SARTORI, 1998).

Ígneas Sedimentares Metamórficas

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ROCHAS
Arrefecimento
e solidificação Fusão

Pressão e temperatura
Rocha
Rocha Ígnea Metamórfica

Erosão,
transporte e Pressão e
deposição temperatura

Rocha
Sedimentos Sedimentar
Erosão, transporte e
deposição

Cimentação e compactação
(litificação)

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Solos

São materiais com origem recente ou remota e são


provenientes da alteração das rochas por ação do
intemperismo (agentes físicos ou químicos).

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Intemperismo

 É o conjunto de modificações de ordem física


(desagregação) e química (decomposição)
que as rochas sofrem ao aflorar na superfície
da Terra.
 Interação entre o material geológico e a
atmosfera, a hidrosfera e a biosfera.

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Intemperismo
Principais agentes físicos:
 Água (gelo/degelo – exerce elevadas tensões)

Fragmentação por ação do gelo. A água líquida ocupa as fissuras da rocha (a),
sendo posteriormente congelada, expandindo e exercendo pressão nas paredes (b).

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Intemperismo
Principais agentes físicos:
 Água (gelo/degelo – exerce elevadas tensões)

Bloco de gnaisse fraturado pela ação do gelo nas fissuras

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Intemperismo
Principais agentes físicos:
 Temperatura (provocam trincas, nas quais penetra a água, atacando
quimicamente os materiais)

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Intemperismo

Principais agentes físicos:


 Vento

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Intemperismo
Principais agentes físicos:
 Vegetação

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Intemperismo

Principais agentes químicos:


 Oxidação (mudança que sofre
um mineral em decorrência da
penetração de oxigênio na
rocha)

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Intemperismo
Principais agentes químicos:
 Hidratação (moléculas de água entram na estrutura
mineral, modificando-a e formando um novo mineral).

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Intemperismo
Principais agentes químicos:
 Hidrólise
 O mais importante agente do intemperismo químico;
 Íons da água combinam-se com os íons dos minerais formando
novas substâncias;
 Destruição de silicatos:

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Intemperismo
Principais agentes químicos:
 Carbonatação
 O CO2 contido na água forma ácido carbônico, contribuindo para a
decomposição da rocha;
 Mais acentuado em rochas calcárias.

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Perfil de formação do solo


É mais homogêneo e não apresenta
nenhuma relação com a rocha mãe

Grande quantidade de pedregulho;


São bastante heterogêneos (coloração,
resistência, compressibilidade e
permeabilidade)

Guarda características da rocha sã e


tem basicamente os mesmos minerais,
porém sua resistência é bem reduzida

Preserva parte da estrutura e de seus


minerais, porém com dureza inferior à
da rocha matriz (muito fraturada)

Rocha inalterada

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Classificação quanto à origem

 Solos residuais:
 São solos provenientes da decomposição das rochas e não
foram submetidos a ações de transporte
 Se conservam no local da rocha mãe
 Centro-Sul do Brasil

 Solos transportados ou sedimentares:


 São solos, que após o processo de alteração, foram
transportados para outros locais.
 Coluviões, tálus, aluvionares, eólicos, glaciais

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Classificação quanto à origem

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Classificação quanto à origem

 Solos transportados ou sedimentares:


 Solos coluviais (ou depósito de tálus)
 O transporte se dá pela ação da gravidade e são muito
heterogêneos
 Ocorrência localizada, em pé de encostas ou provenientes de
escorregamentos
 Apresentam boa resistência, porém elevada permeabilidade
 Colúvio: material predominantemente fino (Serra do Mar e
planalto brasileiro)
 Tálus: material predominantemente grosseiro (sul da Bahia e
Salvador)

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Classificação quanto à origem


 Solos transportados ou sedimentares:
 Solos aluvionares
 Origem pluvial ou fluvial
 Fonte de materiais de construção, mas “péssimos” como
fundação

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Classificação quanto à origem

 Solos transportados ou sedimentares:


 Solos eólicos
 O vento é o agente de transporte
 Os grãos tendem a ser arredondados e uniformes
 Dunas: norte brasileiro
 Loess: depósitos eólicos formados a grandes distâncias
 Areias finas e siltes
 Solos glaciais (geleiras)
 Regiões temperadas e altitudes elevadas
 São os solos formados pelas geleiras ao se deslocarem pela
ação da gravidade

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Classificação quanto à origem

 Solos orgânicos
 Possuem alto teor de matéria orgânica em decomposição e
apresentam coloração escura
 Turfa (solos com alto teor orgânico)

 Solos de evolução pedogenética


 São solos, que após o processo de formação, são alterados
por processos físico-químicos, como lixiviação, laterização,
cimentação, etc.
 Ex.: solos lateríticos (solos vermelhos de zonas úmidas e
quentes, compostos por hidróxido de alumínio e ferro)

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Tamanho das partículas


 A primeira característica que diferencia os solos é o
tamanho das partículas que os compõem
Fração Lim. Inferior Lim. Superior
Bloco de rocha >1m -
Matacão 20cm 1m
Pedra de mão 6cm 20cm
Pedregulho Grosso 2cm 6cm
Pedregulho Médio 6mm 2cm
Pedregulho Fino 2mm 6mm
Areia Grossa 0,6mm 2mm
Areia Média 0,2mm 0,6mm
Areia Fina 0,06mm 0,2mm
Silte 0,002mm 0,06mm
Argila - <0,002mm

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Tamanho das partículas


Barril

Prato
Moeda

Silte Argila

ABNT NBR 7181:2016

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Constituição mineralógica
 Os minerais encontrados no solo são basicamente os
mesmos que constituem a rocha matriz. Podem ser
divididos em:
a) Fração grossa:
- Silicatos (quartzo, feldspato, mica, clorita, etc)
- Óxidos (hematita, magnetita, limonita)
- Carbonatos (calcita, dolomita)
- Sufatos (gesso, anidrita)
b) Fração fina:
-Com composição mais complexa, destacam a sílica (SiO2) e os
sesquióxidos metálicos. Principais grupos argílicos:
 Caulinitas, ilitas e montmorilonitas

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Constituição mineralógica
b) Fração fina
Os argilominerais são formados pela combinação de diferentes
estruturas atômicas. Composição química:

 O

O O
 Si
O
Tetraedros justapostos em planos à base de óxidos de silício (SiO2)

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Constituição mineralógica
b) Fração fina
Os argilominerais são formados pela combinação de diferentes estruturas
atômicas. Composição química:

O O
O
Al

O
O O

Octaedros formados por átomos de oxigênio e hidroxilas

MECÂNICA DOS SOLOS 55


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Constituição mineralógica

i) Caulinitas
Minerais formados pela
associação de uma camada
tetraédrica e uma camada
octaédrica (1:1).

A ligação entre as estruturas


é feita pelo hidrogênio, que é
uma ligação forte.

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Constituição mineralógica
i) Caulinitas
Essa ligação forte impede a separação das estruturas, bem como
a entrada de moléculas de água.

MECÂNICA DOS SOLOS 57


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Constituição mineralógica

ii) Ilitas
Minerais formados pela
associação de uma camada
octaédrica entre duas
tetraédricas (2:1).

A ligação dos minerais é feita


por íons de potássio (K), que
são ligações firmes.

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Constituição mineralógica
iii) Montmorilonitas
Também são argilominerais
2:1, em que a ligação entre os
minerais é feita por diversos
cátions (Ca++, Na+), que
promovem ligações fracas e
não impedem a entrada ou
saída de moléculas de água
nas ligações.

Os cátions são facilmente


trocáveis pela percolação de
soluções químicas.
MECÂNICA DOS SOLOS 59
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Constituição mineralógica

 O tipo de cátion presente numa argila condiciona a


sua estabilidade, o que condiciona seu
comportamento
 Superfície específica:
 Caulinitas: 10 m²/g
 Ilitas: 80 m²/g
 Montmorilonitas: 800 m²/g

MECÂNICA DOS SOLOS 60


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Forma das partículas


• Arredondadas: predominam nos pedregulhos, areias e siltes;
• Lamelares: formas de placas, que predominam nas argilas e micas;
• Fibrilares: característica de solos altamente orgânicos (turfas).

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ESTRUTURA DS SOLOS

MECÂNICA DOS
SOLOS

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Estrutura dos solos argilosos

Quando duas partículas de argilominerais estão


próximas surgem forças de atração e/ou de
repulsão.

A combinação destas forças, bem como do líquido


circundante, irá determinar a forma de contato entre
as diversas partículas de argila, resultando em
diferentes estruturas para os solos finos.

MECÂNICA DOS SOLOS 63


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Estrutura dos solos argilosos


Estrutura floculada: predominam as ligações
“borda-face”.

Floculado em sal. Floculado sem sal.

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Estrutura dos solos argilosos


Estrutura dispersa: predominam as ligações “face-
face”.

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AMOSTRAGEM E
PREPARAÇÃO DOS SOLOS

MECÂNICA DOS
SOLOS

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INTRODUÇÃO
IMPORTÂNCIA DOS ENSAIOS DE LABORATÓRIO

Caracterização e Compactação: Servem para


classificação e previsão de comportamento.

• Granulometria
• Limites de Atterberg
• Massa específica real dos grãos
• Curva de compactação
• Expansão e Índice de Suporte Califórnia

Ensaios Mecânicos: Servem para obtenção direta de


parâmetros de projeto
• Permeabilidade •Resistência ao
• Adensamento Cisalhamento
MECÂNICA DOS SOLOS
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INTRODUÇÃO

COMO OBTER AMOSTRAS


REPRESENTATIVAS PARA
EXECUÇÃO DE ENSAIOS?

MECÂNICA DOS SOLOS 68


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AMOSTRAGEM

NBR 9604 – Abertura de poço e trincheira de inspeção


em solo, com retirada de amostra deformadas e
indeformadas.

DEFINIÇÕES: Poço, Trincheira, Amostra deformada e


Indeformada.

MECÂNICA DOS SOLOS 69


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AMOSTRAGEM
 NBR 9604 – Retirada de amostras
(1) Limpeza do terreno;
(2) Abertura de sulco para drenagem;
(3) Utilizar sarilho a partir de 2m de profundidade (poço);
(4) Escoramento caso seja observada instabilidade;
(5) Depositar solo retirado ao redor do poço, de forma sequencial;
(6) Determinar profundidade das amostras;
(7) Não pisotear quando faltar 10cm para retirar amostra indeformada;
(8) Se atingir lençol d’água, interromper e observar o nível;
(9)Caso seja necessário avançar além do lençol, utilizar bombas d’água,
ar comprimido ou rebaixamento;
(10) Quando interromper escavação?
a) Quando atingir profundidade planejada;
b) Insegurança;
c) Infiltração acentuada;
d) Material não escavável.
(11) Tampar com lona poço/trincheira durante interrupções;
(12) Preencher ao fim dos trabalhos.
MECÂNICA DOS SOLOS
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AMOSTRAGEM
 NBR 9604 - Retirada de amostras deformadas
(1) Retirar amostra a cada metro de profundidade ou quantas vezes forem
necessárias. Variações nas camadas podem exigir retiradas adicionais;
(2)Quantidade de amostra retirada em função da quantidade necessária em
laboratório;
(3) Colocar etiqueta de identificação dentro e fora do saco plástico
(a) Obra, Responsável;
(b) Data, Local;
(c) Número do poço/trincheira;
(d) Profundidade
(4)Utilizar recipientes hermeticamente fechados para amostras que devem ser
mantidas com a umidade de campo
(5) Manter amostra à sombra e em local ventilado

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AMOSTRAGEM
 NBR 9604 - Retirada de blocos indeformados

(1) Amostra deve ter formato cúbico, com aresta de 0,10 a 0,40 m;
(2) Escavar com cuidado, moldando o bloco;
(3) Colocar camadas de tela e parafina nas laterais e topo do cubo;
(4)Colocar caixa por cima, preencher vazios nas laterais com areia e/ou serragem.
Tampar;
(5)Seccionar a base do cubo, tombar cuidadosamente, regularizar a base e aplicar
parafina e tela.

MECÂNICA DOS SOLOS


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PROF. SALVADOR

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24/08/2019

AMOSTRAGEM
 NBR 9604 - Retirada de blocos indeformados

(6) Colocar etiqueta e indicar topo do bloco


(7) Transporta com cuidado ao laboratório
(8) Fazer relatório de amostragem e croqui do local

MECÂNICA DOS SOLOS


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PROF. SALVADOR

SLIDES 03 –MECÂNICA
Capítulo 2 – O Estado
DOS SOLOSdo Solo 7447
GEOTECNIA I – Prof.PROF.
MSc. SALVADOR
Douglas M. A. Bittencourt

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24/08/2019

SLIDES 03 –MECÂNICA
Capítulo 2 – O Estado
DOS SOLOSdo Solo 7548
GEOTECNIA I – Prof.PROF.
MSc. SALVADOR
Douglas M. A. Bittencourt

SLIDES 03 –MECÂNICA
Capítulo 2 – O Estado
DOS SOLOSdo Solo 7649
GEOTECNIA I – Prof.PROF.
MSc. SALVADOR
Douglas M. A. Bittencourt

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24/08/2019

SLIDES 03 –MECÂNICA
Capítulo 2 – O Estado
DOS SOLOSdo Solo 7750
GEOTECNIA I – Prof.PROF.
MSc. SALVADOR
Douglas M. A. Bittencourt

PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
NBR 6457 - Amostras de solos. Preparação para
ensaios de caracterização.

Aparelhagem:
- Almofariz (recipiente), mão de gral 9 (pilão), quarteardor
- Balanças: 1,5 kg (0,1 g); 10 kg (1g); 20 kg (5g)
- Peneiras de várias aberturas: 76,2 –50,8 –19,1 –4,8 –2,0 –0,42 mm-
Bandejas metálicas

MECÂNICA DOS SOLOS


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24/08/2019

PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
 NBR 6457 - Amostras para ensaios de caracterização

• Sem ou com secagem prévia ao ar


1) Secar (ou não), quartear, destorroar, homogeneizar;

- GRANULOMETRIA : tomar a quantidade de amostra


conforme (Tab. 3)

MECÂNICA DOS SOLOS 79


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PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
 NBR 6457 - Amostras para ensaios de caracterização

2) Passar toda a amostra na # 10 (2mm);


3) O material retido será a amostra para o peneiramento
grosso;
4) O material passante na #10 será nas amostras para Limites,
massa específica e granulometria por sedimentação;
5) Retirar a umidade higroscópica da amostra.

- LIMITES DE ATTERBERG: Após passar as amostras na


#10, tomar 200g de solo que passa na # 40 (0,42mm).

- MASSA ESPECÍFICA DOS GRÃOS: tomar 500g de solo


que passe na # 10 (2mm).
MECÂNICA DOS SOLOS
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PROF. SALVADOR

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24/08/2019

PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
 NBR 6457 - Amostras para ensaios de caracterização

-DETERMINAÇÃO DA UMIDADE HIGROSCÓPICA:


secar três amostras em estufa a 105 - 110°C / 3 determinações

w = mw/mss
w = (M1–M2)/(M2–M3)

M1: massa do solo úmido + tara


M2: massa do solo seco + tara
M3: tara
mw: massa de água
mss: massa de solo seco
w(%)
MECÂNICA DOS SOLOS
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PROF. SALVADOR

PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS

MECÂNICA DOS SOLOS


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PROF. SALVADOR

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24/08/2019

PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS

MECÂNICA DOS SOLOS


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PROF. SALVADOR

Identificação tátil-visual
dos solos
 É um processo que exige experiência individual
 Permite classificações preliminares
 Procedimentos:
Esfrega-se uma porção de solo na mão.
Tato As areias são ásperas, as argilas parecem com um
pó quando secas e com sabão quando úmidas.

Moldar bolinhas ou cilindros de solo úmido.


Plasticidade As argilas são moldáveis enquanto as areias e siltes
não são moldáveis.

MECÂNICA DOS SOLOS 84


PROF. SALVADOR

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24/08/2019

Identificação tátil-visual
dos solos
 Procedimentos (continuação):
Misturar uma porção de solo seco com água em
uma proveta, agitando-a.
Dispersão
As areias depositam-se rapidamente, enquanto que
em água
as argilas turvam a suspensão e demoram a
sedimentar.

Esfregar solo úmido na palma da mão.


Colocar a mão embaixo de uma torneira aberta e
Impregnação observar a facilidade com que a palma da mão fica
limpa.
Solos finos impregnam e não saem com facilidade.

MECÂNICA DOS SOLOS 85


PROF. SALVADOR

COLETA DE AMOSTRA
DO SOLO

MECÂNICA DOS
SOLOS

MECÂNICA DOS SOLOS 86


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24/08/2019

ÍNDICES FÍSICOS

MECÂNICA DOS
SOLOS

MECÂNICA DOS SOLOS 87


PROF. SALVADOR

Introdução
 Solo: Sólidos Água Ar

 O comportamento de um solo depende da quantidade


relativa de cada uma das três fases (sólidos, água e ar).

 A água no solo pode se apresentar sob as seguintes formas:

a) Água de constituição: faz parte da molécula;


b) Água adsorvida ou adesiva: é a película de água que envolve e
adere fortemente a partícula sólida;
c) Água higroscópica: é água que se encontra em um solo seco ao ar
livre (fracamente ligada às partículas). Água que o solo possui quando
em equilíbrio com a umidade atmosférica e à temperatura ambiente.

MECÂNICA DOS SOLOS 88


PROF. SALVADOR

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24/08/2019

Introdução

 A água no solo pode se apresentar sob as seguintes formas:


d) Água livre: é a água que se encontra desligada das partículas,
preenchendo os vazios deixados pelos grãos (abaixo do N. A.);
e) Água capilar: é aquela que em solos finos sobe pelos tubos capilares
além do N. A. Quanto mais fino o solo, maior a sucção capilar.

Obs.:
Secar ao ar livre: retira água livre
Secar em estufa: retira água livre + higroscópica

MECÂNICA DOS SOLOS 89


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Índices Físicos
Pa = peso do ar (desprezível)
Pw = peso da água (livre + higroscópica)
Ps = peso dos sólidos
P = peso total do solo úmido
Va = volume do ar
Vw = volume da água
Vs = volume dos sólidos
V = volume total do solo úmido

MECÂNICA DOS SOLOS 90


PROF. SALVADOR

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24/08/2019

Índices Físicos

 Teor de umidade ( w em %)
Pw
w Depende do tipo de solo e situam-se,
geralmente, entre 10 e 40%.
Ps
 Índice de vazios (e)

Vv
e Calculado a partir de outros índices;
Situa-se, geralmente, entre 0,5 e 1,5.
Vs

MECÂNICA DOS SOLOS 91


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Índices Físicos

 Porosidade (n)

Vv Depende do tipo de solo e situa-se,


n= geralmente, entre 30 e 70%.
V
 Grau de Saturação (S)

𝑽𝒘 Não é determinado diretamente, mas calculado.


S= Varia de zero (solo seco) a 100% (solo saturado).
𝑽𝒗

MECÂNICA DOS SOLOS 92


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24/08/2019

Índices Físicos
 Peso específico dos sólidos (ou dos grãos) – γs
Ps
s 
Vs
 Densidade real dos grãos (adimensional) – δ

 s  Peso dosolo seco


w Peso da água que ocupa o mesmo volume de solo seco

Método do picnômetro

MECÂNICA DOS SOLOS 93


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Índices Físicos
 Peso específico da água – γw
 Peso específico (do solo) natural – γn
 Peso específico aparente seco – γd
 Peso específico aparente saturado – γsat
 Peso específico submerso – γsub sub  sat w
Pw Ps P
w  n  P d   sat  sat
Vw V V V
MECÂNICA DOS SOLOS 94
PROF. SALVADOR

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24/08/2019

Índices Físicos
 Correlações obtidas a partir das definições anteriores:
n
d   n   w   S  e  
1 w  1 e 
s 1 S
s w
 n   s 1 w e
1 e d e w
n e
S  e  w e n
1 n 1 e
MECÂNICA DOS SOLOS 95
PROF. SALVADOR

MECÂNICA DOS SOLOS 96


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