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CAPÍTULO I

1- IMPOSTO, DIREITO FINANCEIRO, DIREITO TRIBUTÁRIO E


DIREITO FISCAL
1.3. Actividade Financeira do Estado na Economia de Mercado
O Estado tem a incumbência de satisfazer necessidades públicas, e para tanto
precisa de disponibilidade de receitas. A actividade pela qual o Estado arrecada receitas
e as afecta a determinadas despesas, é chamada actividade financeira.
A actividade financeira do Estado é a actividade que integra um conjunto de
fenómenos de natureza heterogénea que por se situarem no domínio da actuação e
emprego de meios económicos adequados ao à satisfação de necessidades públicas, se
identifiquem como fenómenos económicos, daí a sua dimensão económica. É a actividade
que se circunscreve na ao desenvolvimento de um conjunto de fenómenos de âmbito e
natureza financeiros, proposto a satisfação de necessidades públicas e que se concretiza
através da cobrança de receitas e da realização de despesas públicas.
A actividade financeira do Estado é uma actividade instrumental, pois visa a
arrecadação de receitas para a satisfação das necessidades públicas.
A actividade financeira do Estado tem ainda uma dimensão política na medida
que é motivada por determinações políticas, dispõe ainda de uma dimensão jurídica, pela
sua estrita relação com a organização dos institutos financeiros, na base de critérios de
justiça, cuja realização se faz mediante uma equitativa distribuição de dos encargos e
benefícios dos serviços públicos entre os cidadãos.
As necessidades podem ser de satisfação activa ou individual e de satisfação
passiva ou colectiva. No primeiro caso, exigem para a sua satisfação, um comportamento
ou actividade opor parte do consumidor, aqui o preço funciona como elemento de
exclusão, o que nos permite afirmar que neste caso vigora o princípio da exclusão ou a
exclusividade, essas necessidades são satisfeitas por bens divisíveis e rivais; e no segundo
caso, incluiremos as necessidades cuja satisfação não exige qualquer actividade do
consumidor, essas necessidades são satisfeitas com bens cujo consumo é inexcluível, e
cuja produção tem de ser empreendida por uma colectividade, normalmente uma
colectividade pública. Existem bens que simultaneamente satisfazem necessidades
activas e necessidades passivas, dado que, existem bens que satisfazem necessidades
activas, havendo uma externalidade ou externidade.
Há externidade sempre que um acto de produção ou de consumo origina benefício
(externidade positiva) ou prejuízo (externidade negativa) para outras pessoas que não
adquirentes dos bens. Essa espécie de bens é normalmente produzida pelo Estado,
podendo apenas quando conveniente ser confiada a entidades particulares.
A produção de bens pelo Estado implica a realização de despesas as quais carecem
de cobertura por receitas, isto é por dinheiro ou meios de financiamento.
Do ponto de vista jurídico os meios de financiamento do Estado podem apresentar
a seguinte classificação:
a) Meios de financiamento voluntaristas e
Inclui os preços negocialmente estabelecidos que o Estado recebe pela venda de
seu património privado ou pela prestação de serviços e pela venda de bens semi-públicos
e os empréstimos somas que o Estado obtém através do recurso ao crédito.
A actividade financeira do estado porém não visa apenas a arrecadação de receitas
pode visar a produção de outros bens públicos, como a defesa da indústria nacional e a
estabilidade económica.
b) Meios de financiamento autoritarista
Incluímos nesta classe as prestações que o Estado cobra sem dar especificamente
nada em troca a quem as paga (Impostos) e as que implicam uma contrapartida a quem
as paga que pode retirar determinada utilidade relacionada com o funcionamento de um,
serviço ou a utilização de um bem (Taxas) [1].
Na economia de mercado, o imposto é a principal fonte de receitas do Estado,
pois, está estreitamente ligado à liberdade económica e à propriedade privada.
O rendimento e o património são as tradicionais bases para a cobrança de
impostos (prestação pecuniária unívoca devida por quem tem capacidade de criar
rendimentos e património)[2].

1.4. Direito Financeiro, Direito Fiscal e Direito Tributário[3]


Direito financeiro (público) é o conjunto de normas jurídicas que disciplinam a
actividade financeira do Estado. É o complexo de normas que jurídicas que disciplinam
a obtenção e distribuição do dinheiro necessário ao funcionamento dos entes públicos e à
gestão dos bens propriedade desses mesmos entes. Este ramo de Direito regula as receitas
(patrimoniais, creditícias e tributárias), despesas e administração ou gestão financeira
públicas.
Direito Tributário é o direito das receitas tributárias, isto é, o direito das receitas
coactivas do Estado e demais entidades públicas nomeadamente das taxas e dos impostos.
O Direito Fiscal é o ramo de Direito Tributário que disciplina a o sector das
receitas coactivas unilaterais, isto é, é o Direito dos impostos.
A doutrina em alguns momentos estuda o direito financeiro como se tendo por
objecto os tributos (Direito Tributário) – Itália, Espanha e Brasil - por um lado ou como
tendo como objecto os impostos (Direito Fiscal) – Portugal França Alemanha; mas sem
fazer acentuada diferença de conteúdo entre ambos.
O nosso objecto de estudos é o imposto, por isso, não trataremos
desenvolvidamente, aqui, dos outros tributos.
Nós abordaremos o Direito Fiscal definido como o sistema de normas jurídicas
que têm por objectivo assegurar a capacidade funcional do Estado, proporcionando-lhe
os meios financeiros que suportam tanto a sua existência como o seu funcionamento.

[1] Este texto teve como fonte, a obra da Professora Elisa Rangel Nunes, Lições
de Finanças Públicas e Direito Financeiro, 2ª Edição, Anistia Edições Lda., Viseu
Portugal, 2009. Páginas 25-54.
[2] Todas as frases em itálico são resultado de apontamentos feitos em aulas
ministradas pelos Profs. Rui Cruz, Alexandra, Gracione eAnabela vidinhas.
[3] Fonte: José Casalta Nabais, Direito Fiscal, 6ª Edição Almedina, Coimbra 2010
páginas 3-10

CAPÍTULO
II
IMPOSTO E FIGURAS AFINS
1. Noção de Imposto e seus Elementos Essenciais;
O imposto é uma prestação unilateral e definitiva estabelecida por lei a favor de
uma pessoa colectiva de Direito Público e visa a prossecução de fins públicos.
Podemos definir o imposto com base em diferentes elementos:
a) Em sentido objectivo ou com base num elemento objectivo, podemos
definir o imposto como sendo uma prestação (integra uma relação de natureza
obrigacional) pecuniária (de dare pecunia – concretizada em dinheiro, mas não foi sempre
assim durante os tempos passados) unilateral (não lhe corresponde qualquer
contraprestação específica a favor do contribuinte), definitiva (não dá lugar a qualquer
reembolso, restituição ou indemnização) e coactiva (é uma prestação definida por lei).
b) Em sentido subjectivo ou de acordo a uma base subjectiva o imposto
será a prestação pecuniária devida por detentores individuais ou colectivos de capacidade
contributiva a favor de entidades que exerçam tarefas públicas (às quais a lei fiscal atribui
a qualidade de titulares activos de relações jurídico-fiscais).
c) Com fundamento no elemento teleológico o imposto pode ser definido
como sendo exigido para o exercício de funções públicas. O imposto pode ter uma
finalidade financeira ou fiscal (arrecadação de receitas) e outras finalidades públicas não
sancionatórias de natureza económica e social, como por exemplo a protecção da indústria
nacional.
No liberalismo «puro», oitocentista, os impostos tinham uma função
simplesmente redictícia (arrecadação de receitas), com alguma ligeira preocupação com
outros fins económicos.
Daqui podemos distinguir os impostos fiscais (os que têm por objectivo principal
a arrecadação de receitas), também chamados verdadeiros impostos, dos impostos
extrafiscais ou falsos impostos cuja finalidade principal é evitar ou obstar à verificação
do respectivo pressuposto de facto ou do facto gerador; são verdadeiros impostos suicidas
daí a sua incompatibilidade com a titularidade de suporte na constituição fiscal.

2. Imposto e Taxa;
A figura dos tributos tem sido objecto de uma divisão dicotómica, bipartida ou de
uma divisão tripartida ou ternária que distingue entre impostos, taxas e contribuições ou
tributos especiais. Temos sido favoráveis, pelo menos jurídico-constitucionalmente ou
para efeitos jurídico-constitucionais a uma verdadeira summa divisio dicotómica dos
tributos, em Portugal, sendo estes, independentemente do nome que ostentam, tributos
unilaterais que integram a figura dos impostos ou tributos bilaterais que se reconduzem à
figura de taxas.
Enquanto os impostos obedecem ao princípio da legalidade fiscal e a sua medida
tem por base o princípio da capacidade contributiva, as taxas bastam-se com a reserva à
lei parlamentar (ou decreto lei – legislativo presidencial, parlamentarmente autorizado) –
art.º do regime geral e a sua medida assenta no princípio da proporcionalidade taxa/custos
específicos causados à respectiva comunidade.
A taxa é uma prestação estabelecida por lei como contrapartida pela prestação
de um serviço público, pelo acesso a um bem do domínio público ou pela remoção de um
limite à actividade dos particulares.
A taxa diferencia-se do imposto pelo seguinte:
a) A unilateralidade do imposto e a bilateralidade da taxa, como já acima
referido;
b) O imposto só pode ser criado por lei em sentido formal e somente o
regime geral das taxas deve ser definido por lei em sentido formal, podendo a sua
concretização ser operada por lei em sentido material;
c) O imposto é pago por quem tem capacidade contributiva e a taxa é paga
por quem beneficie dos serviços do Estado.
3. Imposto e Contribuições para a Segurança Social e Contribuições
Especiais
No ordenamento jurídico-constitucional Angolano regista-se uma divisão
dicotómica dos tributos entre:
1. impostos (art.º 101.º e 102.º Constituição da República de Angola
adiante CRA) – caracterizados como sendo prestações unilaterais e baseadas na
capacidade contributiva; e
2. Contribuições Especiais (art.º 103.º CRA) – estas definidas como
prestações devidas pelo benefício de uma prestação de serviços públicos, utilização do
domínio público e demais casos previstos na lei (art.º 103.º CRA n.º 1) e são classificadas
em:
a) Contribuições para a segurança social; e
b) Contraprestações devidas por actividades ou serviços prestados por
entidades ou organismos públicos, segundo normas de direito privado – as quais se
reconduzem a figura das taxas, só assim se justifica a definição do regime geral das taxas
como sendo da competência relativa da Assembleia (art.º 165.º n.º 1 al. o) CRA), nacional,
bem como outras contribuições especiais previstas na lei (art.º 103.º CRA, n.º 2).
Vejamos o enquadramento doutrinário:
As contribuições Para a segurança social
As contribuições para a segurança social têm por objectivo prover o sistema de
segurança social com meios financeiros para acudir às pessoas em situação de carência.
São prestações definidas por lei, a favor de uma pessoa colectiva de direito público para
fins públicos.
Uma parte da doutrina as confunde integra na classe de impostos pela sua
unilateralidade. Outros porém defenderam que destas prestações há uma contrapartida
específica e mediata para os trabalhadores. E o empregador tem uma contraprestação
imediata que passa pelo benefício de um bom clima de trabalho, pressuposto para um
manifesto aumento da produtividade.
A doutrina actual defende se tratar de um tertius genus, não se enquadrando nem
na figura de impostos nem a de taxa. Pois a prestação do empreiteiro é uma prestação
unilateral sem qualquer contraprestação sendo um imposto, e a prestação feita pelo
trabalhador é uma taxa, pois, quando acontecer um facto legalmente previsto como apto
para tal, impende sobre o Estado uma obrigação de prestar.
É costume atribuir-lhe a natureza de prémio de seguro obrigatório.
As contribuições Especiais
As contribuições são as prestações devidas por pessoas individuais ou colectivas
em função de benefícios especiais da actividade administrativa ou pelo aumento
extraordinário das despesas do Estado.
Existem duas modalidades de contribuições especiais:
1. As contribuições especiais de melhoria – a prestação que é devida em
virtude de uma vantagem económica particular resultante de uma actividade
administrativa, por parte daqueles que tal actividade indistintamente beneficia.
2. Contribuições por maiores despesas ou por encargos extraordinários
para o Estado – são as prestações devidas em virtude de as coisas possuídas ou de a
actividade exercida pelos particulares darem origem a uma maior despesa das
autoridades públicas.
Estas contribuições especiais não deixam de ser impostos especiais, que têm por
base manifestações da capacidade contributiva de determinados grupos de pessoas
resultantes do exercício de uma actividade pública e não de uma actividade exclusiva do
contribuinte com acontece nos demais impostos.
Em conclusão, a CRA no seu artigo 103.º tratou da figura das contribuições
especiais tendo integrado nesta categoria as taxas, as contribuições para a segurança social
bem como as demais contribuições financeiras.
CAPÍTULO III – CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS
Várias são as distinções a que tradicionalmente se submetem os impostos. Dentre
elas estudaremos aqui, as que têm alguma importância prática para o nosso ordenamento
jurídico:
1. Impostos Directos e Impostos Indirectos
Vários são os critérios económicos e jurídicos apontados para a distinção clássica
dos impostos. Entre os critérios económicos apontamos:
a) Segundo o critério financeiro, critério que atende ao objecto do imposto,
são impostos directos, aqueles que atingindo manifestações imediatas de capacidade
contributiva, têm por pressuposto a própria existência duma pessoa, dum património ou
de um rendimento; e os impostos indirectos são aqueles que atingindo manifestações
mediatas da capacidade contributiva, tributam manifestações indirectas da capacidade
contributiva, por exemplo a despesa e a transferência de bens. É um critério com uma
histórica importância nas finanças públicas e no direito financeiro mas com um escasso
valor actual.
b) O Critério económico stritu sensu ou da contabilidade nacional, que tem
em conta a natureza económica (a sua integração ou não nos custos da empresa) dos
impostos, define os impostos directos como sendo os que não constituem custos de
produção das empresas (por isso não são tidos nem havidos no apuramento do produto e
rendimentos nacionais) e impostos indirectos os que constituem custos de produção das
empresas (por isso são deduzidos ao produto nacional, líquido ou bruto para o apuramento
do rendimento nacional líquido ou bruto, o rendimento nacional é igual ao produto
nacional menos os impostos indirectos ou sobre o consumo).
c) Segundo o critério da repercussão económica, que tem em conta se os
impostos repercutíveis (impostos indirectos) ou não (impostos directos) no consumidor
ou mais rigorosamente, no adquirente final dos bens e serviços.
d) Critério da natureza do facto gerador da obrigação fiscal, segundo este
critério são impostos direitos os que têm como facto gerador um facto duradouro, e são
impostos indirectos os que têm origem num facto ocasional.
Entre os critérios jurídicos temos a citar os seguintes:
e) O critério do lançamento administrativo, criado por O. Mayer no
princípio do século XX, impostos directos ou com lançamento são aqueles em cujo
procedimento fiscal houvesse lugar a um acto administrativo de lançamento ou acto
tributário e impostos indirectos ou sem lançamentos, como sendo aqueles em que esse
acto administrativo não tivesse lugar. Este critério perde validade na medida em que
actualmente todos os impostos para a sua concretização exigem a intervenção da
administração fiscal por meio de um acto tributário, visando a sua liquidação.
f) O Critério do rol nominativo dos contribuintes ou da determinação dos
contribuintes define os impostos directos como aqueles cujo lançamento se baseia na
existência junto da administração fiscal duma lista ou rol nominativo de contribuintes e
indirectos os impostos cujo lançamento não tivesse por base essa lista ou rol. Porém, com
um sistema fiscal complexo como o actual, em que em regra a matéria colectável dos
impostos é levada a ao conhecimento da administração fiscal ou determinada pelos
contribuintes ou por terceiros, em que é cada vez mais frequente o recurso a técnicas de
autoliquidação, retenção na fonte e pagamentos por conta, o papel da administração fiscal
tende a limitado. O que torna este critério inadequado aos tempos actuais.
g) O critério do tipo da relação jurídica base do imposto, define o
imposto directo como sendo o que tem por base uma relação contínua ou periódica e o
imposto indirecto é o que tem por base uma relação jurídica fiscal ocasional ou
instantânea[1]. Fazendo aqui uma equiparação desta distinção com a que se faz entre
impostos periódicos ou duradouros e impostos de obrigação única ou instantâneos.
O artigo 736.º, 1 do Código Civil, adopta o critério do tipo da relação base do
imposto.
A arrumação orçamental das receitas, segue o critério da contabilidade
nacional ou financeiro.
2. Impostos Reais e Impostos Pessoais
Atendendo ao critério do peso relativo da incidência real ou objectiva e da
incidência subjectiva ou pessoal podemos distinguir entre os impostos reais e os impostos
pessoais.
Os impostos reais são os que tributam o rendimento, o património e o consumo
ou a despesa sem ter em conta a situação económica do seu titular. V. g.: Imposto predial
urbano. É um imposto sobre coisas. Aqui, a matéria colectável é objectivamente
determinada abstraindo-se da concreta situação económica e social do contribuinte.
Os impostos pessoais têm por base, levam em consideração a situação económica
do seu contribuinte. V. g.: Imposto sobre o Rendimento do Trabalho. É por se levar em
conta o rendimento a situação económica do contribuinte que se exclui a tributação de
rendimento laboral com valor igual ou inferior a AKZ: 25.000.00 (vinte e cinco mil
kwanzas). Aqui tem-se em conta a situação económica e social do contribuinte para a
definição da matéria colectável.
Os impostos pessoais podem ser mais ou menos pessoais consoante partilhem
mais ou menos das características dos impostos pessoais, que são as seguintes:
a) Atendem ao rendimento global do contribuinte, o que define a
pessoalidade do imposto, pois que de modo diferente desta característica, não é possível
minimamente a situação económica do contribuinte;
b) Excluem da tributação o mínimo para a existência, isto é, aquela quota
de rendimentos necessária para a satisfação das necessidades essências de salvaguarda da
dignidade humana do contribuinte e da sua família;
c) Têm em conta os encargos com a família, abatendo-os à matéria
colectável, ou tendo-os em conta através de deduções à colecta;
d) Sujeitam a matéria colectável a uma taxa progressiva.
3. Impostos Sobre o Rendimento, o Património, o Consumo e o
Comércio Externo
Segundo o critério da matéria colectável (é a coisa, facto sobre que recai o
imposto[2]) podemos ter a seguinte classificação de impostos:
a) Impostos sobre o rendimento – é o imposto que recai sobre as utilidades
económicas resultantes da actividade produtiva. Este imposto tem por objecto o
rendimento-produto ou rendimento em sentido estrito (o acréscimo em bens obtidos no
correspondente período a título de contribuição para a actividade produtiva, tributa os
bens percebidos a título de salários, juros, rendas ou lucros)[3] ou o rendimento acréscimo
ou rendimento em sentido lato (que além dos bens que integram o rendimento produto,
tributam os acréscimos obtidos a outros títulos que não o da contribuição para a actividade
produtiva e sem dano do património inicial – integra também os incrementos
patrimoniais, isto é, as mais-valias ou os rendimentos acidentais ou fortuitos) – é o
rendimento usado nos estados modernos.
b) Imposto sobre o património – nesta espécie de impostos tributa-se a
titularidade ou a transmissão de valores pecuniários líquidos (valores activos menos
passivos), constituam os mesmos bens capital produtivo, capital lucrativo ou bens de
consumo duradouro. No nosso ordenamento jurídico, tributa o património imobiliário e
tem por base o valor que resultaria do arrendamento do imóvel.
c) Imposto sobre o consumo – aqui tributa-se o rendimento ou o
património, isto é, o rendimento de ontem, utilizado no consumo. Tributa o consumo. No
nosso ordenamento jurídico é regulado pelo Decreto n.º 41/99 de 10 de Dezembro.
d) Imposto sobre o comércio externo – tributa a importação e a exportação
de bens e serviços. Tem por base o valor dos bens importados ou exportados.
Normalmente os estados não tributam a exportação.
4. Impostos Proporcionais, Progressivos e Regressivos[4].
De acordo com a natureza da taxa do imposto os impostos podem ser:
a) Impostos proporcionais - são impostos cujo montante varia em função
da matéria colectável numa proporção ou taxa fixa. São os que têm uma taxa única,
constante, independentemente do valor da matéria colectável: Imposto Industrial taxa de
35% do rendimento.
b) Impostos progressivos – são impostos definidos numa taxa variável em
função da matéria colectável, sendo a taxa ou proporção ascendente elevando-se até certo
limite máximo definido. São aqueles cuja taxa cresce a medida que se eleva o valor da
matéria colectável. V.g.: O Imposto sobre o rendimento do trabalho (adiante IRT).
c) Impostos regressivos – são impostos cuja taxa ou alíquota sofre uma
variação descendente diminuindo até certo limite mínimo da matéria colectável. São
aqueles em que a taxa de impostos diminui a medida que o valor da matéria colectável
aumenta. Tributavam peças valiosas e já não existem na maioria dos actuais
ordenamentos jurídicos.
5. Impostos Fiscais e Extra-fiscais (Remissão)
Tivemos oportunidade de nos debruçarmos sobre esta classificação aquando da
definição dos impostos, pelo que para lá dirigimos para fins de sua compreensão.
Enfim cabe-nos alertar que os impostos podem admitir muito mais classificações
porém nos interessam as aqui abordadas, sem prejuízo do valor das demais.

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