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CRISTO NOS SALMOS – Manual Bíblico Vida Nova – David Dockery

Uma das questões mais polêmicas enfrentadas pelos intérpretes do livro dos
Salmos é como compreender as muitas referências ao “rei” ou “ungido” (heb. Messias).
Essas referências falam de um rei humano no antigo Israel ou apontam para Jesus, no
futuro, como o Rei e Messias ideal?

Os autores bíblicos escreveram sobre pessoas e situações da vida real. O rei


desempenhava função da maior importância na vida nacional do antigo Israel. Mais de
60 referências nos salmos destacam o prestígio do rei. Os primeiros leitores dos salmos
naturalmente entendiam que essas referências falavam do rei humano, cuja função era
importantíssima na vida cotidiana deles. Uma vez que o significado básico de um texto é
o que o autor pretendia que os primeiros leitores entendessem, “rei” em Salmos
referem0se primeiramente a um rei humano do antigo Israel.

É possível que referências ao “rei” ou “ungido” falem do rei humano e também


apontem para Jesus, no futuro, como o rei ideal.

A única passagem clara que descreve um rei humano em seu contexto no AT, o
qual é visto como o rei messiânico ideal num texto subsequente, é o salmo 2. (Hb 2
considera esse salmo explicitamente messiânico.) Assim, o rei humano no salmo 2
funcionava como um tipo, ou seja, alguém que possuía valor no próprio ambiente
histórico, mas também servia como prenúncio ordenado por Deus de alguém que viria
mais tarde na revelação bíblica.

Em termos genéricos, as referências ao rei em Salmos falam do rei humano na


época do autor bíblico. Por vezes, a referência ao rei era originariamente dirigida a um
rei humano, mas passou a ser aplicada ao Messias ideal. Em um salmo (Sl 110), o rei não
poder ninguém senão o Rei dos reis messiânico ideal.

O sobrescrito do salmo 110 retrata-o como descendente de Davi.


Surpreendentemente, o primeiro versículo fala de um sucessor de Davi como seu Senhor.
No antigo Israel, isso era inconcebível. Davi fora o maior rei, padrão pelo qual seus
sucessores eram avaliados. Bem cedo na história de Israel, essa passagem passou a ser
compreendida como uma profecia do Messias vindouro. Jesus interpretou Salmos 110.1
desse modo numa discussão com os fariseus (Mt 22.41-45; Mc 12.35-37; Lc 20.41-44).
O enigma de Jesus – “Davi chama-lhe Senhor; como, pois, é ele, seu filho? – capta o
mistério da encarnação. Jesus é o Filho de Davi, mas também é mais que Filho de Davi.
(Rm 1.3,4).

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