A INTEGRIDADE DO EVANGELHO estava sendo atacada em
Corinto. Eles estavam misturando o evangelho com a filosofia e os costumes de sua época. Os corintios queriam um evangelho misturado com a sabedoria humana. Será se não estamos vendo essa mesma tendência na igreja contemporânea, a tendência de querer o evangelho e alguma coisa mais, a tendência de rejeitar a simplicidade e a pureza do evangelho?
Para corrigir esse problema, Paulo expõe nesse capítulo os
fundamentos básicos da mensagem do evangelho.
O evangelho está centralizado na morte de Cristo na cruz (2.1-5)
Pensando assim ele faz trÊs observações a respeito do Evagelho.
Em primeiro lugar, relembra-os acerca do conteúdo do evangelho.
Diz o apóstolo: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (2.2). A cruz aponta para a justiça e para o amor de Deus.
Em segundo lugar, relembra-os de sua dedicação exclusiva ao
evangelho (2.1,2,4). Paulo relembra aos corintios a sua resolução de se dedicar exclusivamente ao evangelho. “Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem e de sabedoria” (2.1). Paulo está mostrando que ele não foi a Corinto criar um fã-clube. Ele não foi a Corinto como um filósofo, para apresentar mais uma idéia. Ele foi a Corinto para glorificar a Deus pregando o evangelho de Jesus Cristo.
Por que a paixão de Paulo é o evangelho? Porque entendeu que
Cristo é tudo e em todos. Não há outra mensagem nem outro evangelho. Política, filosofia nem dinheiro podem ocupar o lugar de Cristo na prgação do apostolo Paulo. Precisamos de pregadores que tenham paixão pelo evangelho.
Em terceiro lugar, relembra-os acerca da sua maneira de pregar o
evangelho.
Primeiro ele menciona o aspecto negativo: “A minha palavra e a
minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria...” (2.4). E possível o pregador cometer esse grave erro. Dar mais ênfase à forma do que ao conteúdo. E quando a forma passa a ser mais importante do que o conteúdo, cai-se no erro dos filósofos que iam às praças e disputavam quem falava mais bonito.
A segunda maneira é positiva: “E foi em fraqueza, temor e grande
tremor que eu estive entre vós” (2.3,4; 2Co 11.30). Paulo não está falando aqui de uma fraqueza e debilidade física. O que Paulo está dizendo é que o evangelho é algo tão sublime e maravilhoso que quando ele foi a Corinto, foi na total dependência de Deus. Ele não foi com ufanismo ou com autoconfiança; ele não foi com soberba ou vangloria, mas foi com muita humildade, por entender a grandeza e a majestade da mensagem que ele estava pregando. Essa é a atitude que o pregador deve ter.