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INSTITUTO NACIONAL DE APRENDIZAJE

Turismo Cultural de Costa Rica

Turismo Cultural de Costa Rica

Actualizado por: Licda. Yirlanny Campos Solano

Antropóloga social

San José, CR: INA, 2012


INSTITUTO NACIONAL DE APRENDIZAJE

Turismo Cultural de Costa Rica

646.406 Instituto Nacional de Aprendizaje (Costa Rica)


159º Turismo Cultural de Costa Rica/ Yirlanny Campos Solano,
Núcleo de Turismo, C.R.INA, 2012
#DE PÁGINA;

Material didáctico - No comerciable


ISBN
1. Generalidades del turismo cultural. 2. Arqueología 3.
Culturas indígenas precolombinas y actuales. 4. Elementos
culturales de interés turístico. 5. Etnias no indígenas 6. Museos
7. Arquitectura costarricense.

Segunda Edición
Instituto Nacional de Aprendizaje
San José, Costa Rica

©Instituto Nacional de Aprendizaje, 2012


ISBN

Hecho el depósito de ley


Prohibida la reproducción parcial o total del contenido
de este documento sin la autorización expresa del INA.
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Turismo Cultural de Costa Rica

INDICE
PRESENTACIÓN................................................................................................ 5
OBJETIVO GENERAL ........................................................................................ 7
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 7
CAPÍTULO I ........................................................................................................ 8
CAPÍTULO I ........................................................................................................ 9
1 GENERALIDADES DEL TURISMO CULTURAL ............................................. 9
1.1 IDENTIDAD CULTURAL E IMPACTO CULTURAL ..................................... 9
1.1.1 TURISMO CULTURAL............................................................................. 10
1.1.2 IDENTIDAD CULTURAL .......................................................................... 10
1.1.3 IMPACTO CULTURAL ............................................................................. 11
1.2 TIPOS DE PATRIMONIO............................................................................ 11
1.2.1 DEFINICIÓN DE PATRIMONIO ............................................................... 11
1.2.2 PATRIMONIO CULTURAL ...................................................................... 12
1.2.3 PATRIMONIO NATURAL......................................................................... 13
1.2.4 PATRIMONIO HISTÓRICO DOCUMENTAL ........................................... 13
1.2.5 PATRIMONIO ARQUITECTÓNICO ......................................................... 14
1.2.6 PATRIMONIO ARQUEOLÓGICO ............................................................ 14
1.2.7 PATRIMONIO ARTÍSTICO ...................................................................... 14
1.2.8 PATRIMONIO MUNDIAL ......................................................................... 14
CAPÍTULO 2 ..................................................................................................... 15
2 ARQUEOLOGÍA DE COSTA RICA............................................................... 16
2.1 ARQUEOLOGÍA ......................................................................................... 16
2.1.1 ¿PARA QUÉ SIRVE LA ARQUEOLOGÍA? .............................................. 17
2.1.2 OBJETO DE ESTUDIO DE LA ARQUEOLOGÍA ..................................... 18
2.1.3 CRONOLOGÍA Y ORGANIZACIONES SOCIALES ................................ 18
2.1.4 ÁREAS CULTURALES DE COSTA RICA ............................................... 19
2.1.5 REGIONES ARQUEOLÓGICAS DE COSTA RICA ................................. 20
2.1.6 MODOS DE VIDA PRECOLOMBINOS EN COSTA RICA ....................... 21
2.1.7 HUAQUERISMO ...................................................................................... 24
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2.1.8 PRINCIPALES SITIOS ARQUEOLÓGICOS DE COSTA RICA ............... 24
2.1.9 MONUMENTO ARQUEOLÓGICO NACIONAL GUAYABO DE
TURRIALBA ...................................................................................................... 26
2.1.10 ARTEFACTOS ARQUEOLÓGICOS O CULTURA MATERIAL .............. 27
CAPÍTULO 3 ..................................................................................................... 31
3 CULTURAS INDÍGENAS PRECOLOMBINAS Y ACTUALES........................ 32
3.1 GRUPOS ÉTNICOS PRECOLOMBINOS ................................................... 32
3.2 ETNIAS INDÍGENAS ACTUALES .............................................................. 32
3.2.1 BREVE DESCRIPCIÓN DE CADA GRUPO INDÍGENA .......................... 33
3.2.1.1 CABÉCAR............................................................................................. 33
3.2.1.2 BRIBRI .................................................................................................. 34
3.2.1.3 BRUNCA O BORUCA ........................................................................... 35
3.2.1.4 NGÖBE ................................................................................................. 35
3.2.1.5 CHOROTEGA ........................................................................................ 37
3.2.1.6 HUETAR ............................................................................................... 38
3.2.1.7 TÉRRABA O TERIBE ........................................................................... 38
3.2.1.8 MALECU ............................................................................................... 40
3.2.2 BREVE CARACTERIZACIÓN SOCIAL, CULTURAL Y PRODUCTIVA DEL
INDÍGENA COSTARRICENSE ......................................................................... 40
CAPÍTULO 4 ..................................................................................................... 44
4 CULTURA Y MANIFESTACIONES DE LA CULTURA .................................. 45
4.1 COSTA RICA: DIVERSIDAD CULTURAL .................................................. 45
4.2 ACULTURACIÓN O TRANSCULTURACIÓN ............................................ 46
4.3 DECULTURACIÓN ..................................................................................... 46
4.4 CULTURA ................................................................................................... 47
4.5 CARACTERÍSTICAS DE LA CULTURA ..................................................... 47
4.6 MANIFESTACIONES DE LA CULTURA Y LITERATURA POPULAR ........ 48
CAPÍTULO 5 ..................................................................................................... 53
5 ÉTNIAS NO INDÍGENAS ACTUALES .......................................................... 54
5.1 IDENTIDAD CULTURAL ............................................................................. 54

5.1.1 ALGUNOS ELEMENTOS QUE COMPONEN LA IDENTIDAD CULTURAL


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.......................................................................................................................... 54
5.2 ETNIAS NO INDÍGENAS ............................................................................ 55
5.2.1 GRUPO ÉTNICO AFROCOSTARRICENSE............................................ 56
5.2.2 OLEADAS MIGRATORIAS ...................................................................... 56
5.2.3 LA RELIGIÓN EN EL AFROCOSTARRICENSE ..................................... 58
5.2.4 MANIFESTACIONES CULTURALES RÍTMICAS
AFROCOSTARRICENSE ................................................................................. 60
5.2.5 LOS AFROCOSTARRICENSES ACTUALMENTE .................................. 61
5.2.6 DEL CONCEPTO DE NEGRO AL DE AFRODESCENDIENTE .............. 64
5.2.7 PRINCIPALES APORTES DE LOS AFROCOSTARRICENSES ............. 64
5.2.8 MOVIMIENTO ORGANIZATIVO AFROCOSTARRICENSE .................... 65
5.2.9 BREVE CARACTERIZACIÓN SOCIAL Y CULTURAL DEL GRUPO
ÉTNICO AFROLIMONENSE ............................................................................ 65
5.3 GRUPO ÉTNICO CHINO ............................................................................ 66
5.3.1 DATOS HISTÓRICOS: PRIMER Y SEGUNDO ARRIBO ........................ 66
5.3.2 CONTEXTO DE LOS CONTRATOS........................................................ 67
5.3.3 PRÁCTICAS CULTURALES .................................................................... 68
5.3.4 GENERACIONES ACTUALES ................................................................ 69
5.3.5 APORTES DEL GRUPO ÉTNICO CHINO ............................................... 70
6 ELEMENTOS CULTURALES DE INTERÉS TURÍSTICO.............................. 72
6.1 COCINA COSTARRICENSE ...................................................................... 72
6.1.2 COCINA CRIOLLA COSTARRICENSE ................................................... 72
6. 1.3 COCINA GUANACASTECA ................................................................... 74
6.1.4 COCINA AFROLIMONENSE ................................................................... 74
6.2.1 MUSEO NACIONAL DE COSTA RICA .................................................... 77
6.2.2 MUSEO DE ARTE COSTARRICENSE.................................................... 78
6.2.3 MUSEO DE ARTE Y DISEÑO CONTEMPORÁNEO ............................... 78
6.3 OTROS MUSEOS DE SAN JOSÉ .............................................................. 79
6.4 MUSEOS REGIONALES Y COMUNITARIOS ........................................... 79
6.5.1 TRADICIONES Y COSTUMBRES ........................................................... 80

6.5.2 FIESTAS RELIGIOSAS ........................................................................... 86


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6.6 ALGUNAS CONSIDERACIONES GENERALES SOBRE LA
ARQUITECTURA EN COSTA RICA ................................................................. 90
6.6.1 BREVE RESUMEN DE LOS DIVERSOS ESTILOS ARQUITECTÓNICOS
PRESENTES EN NUESTRO PAÍS ................................................................... 92
7. BIBLIOGRAFÍA DE CONSULTA ................................................................ 95
8. ANEXO: GUÍA DE GIRAS........................................................................... 100
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PRESENTACIÓN

El Núcleo de Turismo del Instituto Nacional de Aprendizaje presenta el


material didáctico para el Módulo de Formación en Turismo Cultural de Costa
Rica, el cual comprende los aspectos generales relacionados con dicha
temática. En Costa Rica el campo del turismo cultural se está desarrollando
de manera progresiva por lo que la literatura disponible es escasa y los
elementos culturales existentes aún no se direccionan como oferta cultural
turística, por encontrarse en proceso de construcción.

Cabe señalar que el tipo de turista que visita Costa Rica se interesa
mayormente por los atractivos naturales, como montaña, sol y playa; no
obstante, paulatinamente se ha ido también diversificando el interés, y
actualmente abarca tanto lo natural como lo cultural, con el objetivo de que el
turista combine y disfrute el paisaje natural con la convivencia en las
comunidades indígenas, campesinas y afrodescostarricenses, de la mano de
recorridos por sitios históricos y arqueológicos como parte de la identidad y
cultura del país. Este módulo de formación y capacitación y su material
didáctico van dirigidos a los estudiantes que participan de manera individual o
en un programa de Guía de Turismo, como parte de la formación profesional
que imparte la institución.
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INTRODUCCIÓN
Este material didáctico tiene como propósito formar guías de turismo con
bases teóricas fundamentales en el tema del turismo cultural y todo lo que
ésta modalidad de turismo comprende. Se pretende que la información aquí
citada, le permita al guía de turismo, contextualizarla según el área en la cual
se encuentra, siendo el paisaje cultural otro elemento estructurador dentro del
quehacer profesional en un tour. En nuestro país la oferta turística en turismo
cultural se encuentra en proceso de evolución; no obstante, ya se observan
logros y avances apreciables llevadas a cabo por parte de grupos
campesinos, afrodescendientes e indígenas, como una muestra indudable del
papel fundamental que para ellos significa la reproducción y la divulgación de
la cultura, como un elemento auténtico pero al mismo tiempo como un
atractivo tangible que proveer al turismo.

Cabe agregar que también existe una preocupación venida de diferentes


frentes que incluyen las mismas comunidades beneficiarias del turismo,
profesionales, académicos, entidades privadas y gubernamentales que
pretenden salvaguardar y mostrar con optimismo, a las futuras generaciones,
el patrimonio arqueológico, arquitectónico, histórico y cultural que aún se halla
en el país, pero que se haya seriamente amenazado por el desinterés, por la
falta de acciones como la difusión de bienes inmuebles y bienes intangibles,
por la huella de la transculturación cultural, por los impactos de las políticas
neoliberales, por el olvido voluntario, por desconocimiento y hasta por falta de
inversión en obras de mantenimiento y de reconstrucción en todo el país. Este
material didáctico viene a convertirse en un esfuerzo por difundir conocimiento
acerca de la cultura, los grupos indígenas precolombinos y presentes, los
étnicos no indígenas y por crear sensibilidad acerca del valioso legado
arqueológico, arquitectónico y multiétnico del país, para que el guía de turismo
pueda enriquecer su tour, haciendo uso de la información contenida en el
material didáctico que se presenta.
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Turismo Cultural de Costa Rica

OBJETIVO GENERAL
Presentar y explicar las principales manifestaciones de la cultura costarricense
y del patrimonio cultural, histórico, arquitectónico y arqueológico en su calidad
de atractivos turísticos y de insumos para el desarrollo profesional del guía de
turismo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Definir algunas generalidades del turismo cultural e identificar las
distintas etapas de la arqueología costarricense y la riqueza del espacio
arqueológico que posee el país.

2. Identificar las principales características etnohistóricas, culturales,


socioeconómicas, políticas y organizativas de las poblaciones
autóctonas costarricenses del período precolombino y actual.

3. Describir las distintas manifestaciones de la cultura costarricense que


resultan importantes a nivel turístico.

4. Exponer la riqueza pluriétnica y multicultural del país, mediante el


estudio de las etnias no indígenas, en particular la afrocostarricense y
la china.

5. Mostrar los elementos culturales de interés turístico que posee el país,


como complemento importante dentro de la oferta turística.
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CAPÍTULO I

GENERALIDADES DEL TURISMO CULTURAL


1.1 Turismo cultural e impacto cultural
1.1.1 Turismo Cultural
1.1.2 Identidad Cultural
1.1.3 Impacto Cultural
1.2 Tipos de Patrimonio
1.2.1 Definición de Patrimonio
1.2.2 Patrimonio Cultural
1.2.3 Patrimonio Natural
1.2.4 Patrimonio Histórico
Documental
1.2.5 Patrimonio Arquitectónico
1.2.6 Patrimonio Arqueológico
1.2.7 Patrimonio Artístico
1.2.8 Patrimonio Mundial
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CAPÍTULO I
1 GENERALIDADES DEL TURISMO CULTURAL
1.1 Identidad Cultural e Impacto Cultural

La identidad cultural es la que se manifiesta a través de la identidad patrimonial


heredada y compuesta de todos los bienes muebles e inmuebles, valores y
símbolos culturales tangibles e intangibles, que conservan los grupos humanos
que habitan un territorio. Por lo anterior, la identidad cultural de una nación es el
sentimiento de pertenencia a una colectividad que está unida por una historia y
por tradiciones, dentro de un marco de igualdad hacia la dignidad humana y el
respeto por la diversidad cultural que posee el territorio. En este sentido resulta
primordial el fomento de la identidad cultural como una estrategia integral
destinada a salvaguardar el patrimonio cultural del país para mantener vivo el
modo de vida auténtico de los pueblos costarricenses.

Entre tanto el impacto cultural es el que perjudica el patrimonio nacional, el cual


tiene varios frentes, como la expansión de un país con sus elementos culturales
foráneos hasta la indiferencia o el menoscabo nacional por los vestigios
arqueológicos, históricos y culturales propios. En este contexto resulta oportuno
indicar las diferencias entre el impacto sociocultural e impacto cultural; el
impacto sociocultural es aquel que recae en las personas, su efecto lo generan
los visitantes a los residentes permanentes de la comunidad anfitriona; entre
tanto el impacto social es el que incluye cambios más inmediatos en la calidad
de vida y en el ajuste a la actividad de las comunidades destino. Por su parte, el
impacto cultural como la aculturación o transculturación, abarca los cambios a
largo plazo en las normas sociales y la cultura material de una región o país en
general.
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1.1.1 Turismo Cultural


Es una actividad que tiene por interés principal, aunque no exclusivo, visitar un
país, una región o una comunidad para convivir con la cultura local y conocer
las diversas manifestaciones socioculturales, sean estas arqueológicas,
arquitectónicas, religiosas, tradicionales, gastronómicas y hasta lingüísticas, si
el interés reside en aprender el idioma oficial o uno indígena. Este tipo de
turista se caracteriza por ser una persona respetuosa de las costumbres y
tradiciones e interesada en la historia y la cultura del lugar que visita. Asimismo
y mediante su estadía, logra generar un proceso de descubrimiento de la
cultura local, por medio de los recorridos a las comunidades indígenas,
campesinas, china y afrodescendientes, que los esperan con prácticas
culturales, comidas tradicionales, turnos, costumbres, creencias y artesanías,
además de los atractivos naturales que las localidades poseen y, otros
atractivos culturales como la visita a los teatros, galerías, museos y sitios
arqueológicos que posee el país o la región donde se encuentra.

1.1.2 Identidad Cultural


Es vital que tanto los (as) guías y los (as) empresarios (as) turísticos muestren
a los (as) turistas, la realidad costarricense de los pueblos indígenas,
campesinos, china y afrodescendientes, mostrándole a los visitantes las
prácticas auténticas o incluso las respectivas variantes, sin ningún tipo de
maquillaje ni promoviendo programaciones extemporáneas vinculadas con las
festividades patronales o sagradas por parte de los pueblos a visitar. Las
prácticas culturales y festividades religiosas o de otra índole, deben estar en
función de las fechas indicadas, según las celebraciones de los grupos étnicos
y población mestiza, pero no calendarizadas en función del pico de afluencia
turística, porque de lo contrario renuncian o pierden su significación
sociocultural. En este sentido resulta importante que el o la guía de turismo
durante su formación o ejercicio profesional refuerce la sensibilidad cultural y
se convierta en un (a) vocero (a) y un (a) colaborador (a) del fortalecimiento de
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la identidad y la cultura y no en un (a) promotor (a) de show o espectáculos


culturales con fines mercantiles-turísticos.

1.1.3 Impacto Cultural


Se comparte con Pereira (2001), que el turismo impacta positiva y
negativamente en las localidades donde éste se desarrolla, porque al
introducirse elementos foráneos y ajenos a la cotidianidad se modifica la cultura
cuando ésta los asimila. Día con día se perciben, cambios bruscos y sutiles,
con la aparición e incorporación de nuevos y modernos componentes
intangibles o materiales dentro de las prácticas culturales de los pueblos, por
ejemplo:
a) La incorporación de personajes foráneos, como los de Disney o de los
diversos animé japoneses u otros, dentro de las mascaradas
tradicionales porque van en detrimento de los personajes de las
leyendas populares representadas en éstas.
b) La preferencia, por parte de los costarricenses, por el uso de símbolos
patrios extranjeros, visiblemente expuestos en gorras, calcomanías,
pañuelos y camisetas de otros países, en especial norteamericanos y
algunos europeos, optando escasamente por los nacionales.
c) El abandono de las actividades tradicionales, como la pesca artesanal y
la agricultura de subsistencia, para satisfacer las necesidades de los
turistas durante la temporada de mayor arribo.

1.2 Tipos de Patrimonio


1.2.1 Definición de Patrimonio
De acuerdo con Solano (2002), patrimonio es una definición amplia que incluye
entornos naturales como culturales. Abarca los paisajes, los sitios históricos, los
emplazamientos y los entornos construidos, así como la biodiversidad, los
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grupos de objetos diversos, las tradiciones pasadas y presentes y los


conocimientos, como por ejemplo el boyeo y la carreta.

1.2.2 Patrimonio cultural


Patrimonio cultural es sinónimo de legado y de herencia. Es la evidencia que
identifica y distingue la cultura propia de la ajena. Por ello Chang (2004),
comenta que el patrimonio cultural comprende los bienes materiales, o los
elementos culturales autóctonos, que en el proceso de desarrollo histórico una
sociedad los creo o los hacen suyos mediante la adopción o apropiación de
significados.

El patrimonio cultural lo conforman todas las expresiones sociales y culturales,


así como todos los bienes muebles e inmuebles producto del testimonio de las
diferentes tradiciones realizadas por los seres humanos en el pasado. El
patrimonio cultural permite entendernos como pueblo e identificarnos con una
cultura ancestral y con una memoria histórica que produce identidad.
 Bienes muebles: son aquellos bienes que se pueden trasladar de
un lugar a otro, como es el caso de pinturas, esculturas, trajes,
instrumentos musicales, yugos, libros, artefactos de cocina,
carretas, artefactos de lítica, una esfera de piedra, una vasija de
cerámica y una pieza hecha en metal.
 Bienes inmuebles: son aquellos bienes que no se pueden
transportar, por ejemplo: sitios arqueológicos como basamentos
de casas, calzadas, antiguas ciudades, beneficios de café,
viviendas, trapiches, iglesias o conjuntos arquitectónicos.

En 1972, la Convención sobre la Protección del Patrimonio mundial, cultural y


natural, en la Conferencia general de la UNESCO (Organización de las
naciones unidas para la educación, ciencia y tecnología), definió y dividió
Patrimonio Cultural en dos sectores:
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a) Patrimonio oral e inmaterial de la humanidad o Patrimonio


Intangible: Son los bienes no materiales que constituyen nuestro legado
inmaterial,1 es también denominado “Patrimonio intangible”. Se
caracteriza por ser una creación colectiva y tradicional, que se transmite
vía oral, por lo que indiscutiblemente los diferentes lenguajes encabezan
este tipo de bienes. Las lenguas poseen además un doble rol: son una
manifestación de la cultura de un pueblo y son el vehículo por el que se
transmite la cultura y se identifican las naciones, los grupos étnicos y no
étnicos.
b) Patrimonio Material: Está constituido por los bienes materiales, cuya
herencia testimonial se manifiesta en las evidencias arqueológicas,
arquitectónicas y artísticas, así como en otro tipo de documentos
históricos (Chang y otros: 2004).

1.2.3 Patrimonio Natural


Éste se compone de todos aquellos recursos ambientales que se encuentran
en nuestro país, tales como la biodiversidad de flora y fauna, así como los
distintos ecosistemas: islas, bosques, lagunas, ríos, volcanes y cavernas.

1.2.4 Patrimonio Histórico Documental


Es el que expone los datos concernientes a museos, bibliotecas, archivos de
documentos importantes, mapas, planos, fotografías históricas, diversos
escritos (crónicas), videos y películas, partituras musicales, colecciones
filatélicas y numismáticas. En Costa Rica, este patrimonio se conserva y se
divulga en el Archivo Nacional. Mientras que bienes como monedas, armas,
herramientas, vestuario, mobiliario, se resguardan en el Museo Histórico Juan
Santamaría, Museo Nacional de Costa Rica y en los Museos del Banco Central,
donde se halla la colección de numismática.

1
El Patrimonio inmaterial se refiere al conocimiento y la tradición oral. Un ejemplo de patrimonio intangible es el
Boyeo y la Carreta, declarado como tal por la UNESCO en el año 2006.
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1.2.5 Patrimonio Arquitectónico


Se manifiesta en bienes inmuebles como monumentos, casas, edificios y
centros históricos. En nuestro país la institución encargada de restaurar estos
bienes y de efectuar declaratorias patrimoniales de este tipo, es el Centro de
Investigación y Conservación del Patrimonio Cultural, localizado en el Centro
Nacional de Cultura (CENAC), que se ubica en la antigua Fábrica de Licores.

1.2.6 Patrimonio Arqueológico


Para nuestro país este tipo de patrimonio es el más antiguo, data del paleoindio
(10.000 – 12.000 años); puede tener un carácter mueble como por ejemplo, un
colgante de jade, una vasija de cerámica, una esfera de piedra o, puede tener
un carácter inmueble como por ejemplo, un acueducto o una calzada como las
de Guayabo de Turrialba, donde la entidad encargada de salvaguardar estos
bienes es el Museo Nacional de Costa Rica, el cual posee competencia en
materia legal, investigativa y divulgativa.

1.2.7 Patrimonio Artístico


Este patrimonio se expresa en obras plásticas como pinturas, dibujos,
fotografías, cinematografías, etc. Pueden ser contemporáneas o antiguas como
el arte precolombino. Las instituciones encargadas de la protección de estas
obras son el Museo de Arte Costarricense, el Museo de Arte y Diseño
Contemporáneo, así como los Museos del Banco Central de Costa Rica.

1.2.8 Patrimonio Mundial


Este se refiere a todos los bienes culturales, arqueológicos y naturales de gran
importancia por su extraordinario valor universal que heredar a la humanidad.
En Costa Rica, la UNESCO ha designado 4 bienes patrimoniales mundiales: El
boyeo y la carreta; El Parque Nacional Chirripó dentro de la Biosfera de la
Amistad, la Isla del Coco y el Área de Conservación Guanacaste.
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CAPÍTULO 2

ARQUEOLOGÍA DE COSTA RICA


2.1 Arqueología
2.1.1 ¿Para qué sirve la arqueología?
2.1.2 Objeto de estudio de la arqueología
2.1.3 Cronología y Organizaciones Sociales
2.1.4 Áreas Culturales de Costa Rica
2.1.5 Regiones Arqueológicas de Costa Rica
2.1.6 Modos de Vida Precolombinos en Costa
Rica
2.1.7 Huaquerismo
2.1.8 Principales Sitios Arqueológicos de Costa
Rica
2.1.9 Monumento Arqueológico Nacional
Guayabo de Turrialba
2.1.10 Artefactos Arqueológicos o Cultura
Material
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2 ARQUEOLOGÍA DE COSTA RICA


2.1 Arqueología

La arqueología es la ciencia que se encarga de estudiar y reconstruir el modo


de vida antiguo, mediante el examen de los vestigios2 de la cultura material. Es
una ciencia que estudia huesos, esqueletos humanos y de animales completos
o incompletos y artefactos de lítica, oro cerámica y jade, entre otras evidencias
arqueológicas. De acuerdo con Fonseca (1992), en Costa Rica la trayectoria de
la arqueología se puede resumir según la teoría y los objetivos que guiaba a
esos primeros. Seguidamente se expone la trayectoria seguida para tratar de
explicar nuestra historia antigua:
 Período de los pioneros de la arqueología costarricense, de 1850 a 1925.
Es el inicio de los estudios en donde Anastasio Alfaro y Carl V. Hartmann
fueron dos personas representativas
 Período del modelo descriptivo sincrónico de 1925 a 1960. Es cuando el
territorio nacional se divide en áreas arqueológicas (Pacífico Norte, Valle
Central/Atlántica y Pacífico Sur), permitió una caracterización más
organizada de los restos arqueológicos. Estas regiones geográficas se
relacionaban con el nombre de los tres grupos indígenas que los
españoles conocieron a su llegada: Chorotegas, Huetares y Borucas,
creándose la falsa idea de que cualquier resto cultural encontrado en
una de esas regiones pertenecía a alguno de esos grupos indígenas.
 Período del modelo descriptivo diacrónico de 1960 a 1975. Se gestaron
cambios gracias a los cambios ofrecidos, a la aceptación de la
profundidad temporal y al concepto de sociedades y culturas que se
suceden en el tiempo cronológico. Se inician una serie de
investigaciones que permitieron conocer y entender mejor algunas
características culturales y sociales de los grupos que nos precedieron.
 Período del modelo explicativo diacrónico de 1975 a la fecha. Para este
2
Los vestigios son restos o evidencias arqueológicas.
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Turismo Cultural de Costa Rica

momento y gracias a la arqueología, se cuenta con un marco espacial y


temporal (regiones arqueológicas con sus secuencias culturales), que
permite estudiar y clasificar la forma de vida de nuestras sociedades
antiguas de acuerdo a variables consideradas más importantes para
explicar el cómo y el porqué del cambio social.

Hasta el presente, la arqueología y la historia antigua de Costa Rica se han


nutrido gracias a los siguientes factores:
 Abundancia de sitios arqueológicos.
 Investigaciones nacionales por medio del Museo Nacional.
 Formación de arqueólogos que la Universidad de Costa Rica ha
graduado y la función que el departamento de Arqueología ha ejecutado.
 Interés por parte de investigadores extranjeros hacia el espacio
arqueológico nacional.

2.1.1 ¿Para qué sirve la arqueología?


La arqueología es una ciencia que sirve para revelar por medio del estudio de
la cultura material3, cuál fue el modo de vida de las poblaciones pasadas y
explicar cómo fue nuestra historia antigua, conocer más acerca de nuestras
raíces y entender por qué aún somos así. La arqueología nos puede decir:
 Cómo eran esos lugares, si se trató de sitios de habitación o caseríos,
cementerios o talleres de trabajo.
 Cuál era su organización política y social.
 Cómo eran las formas de enterramientos.
 Qué usos le daban a la tierra, entre otras respuestas.

3
La cultura material se compone de tiestos o fragmentos de cerámica, fragmentos de huesos, esqueletos humanos o de
animales completos e incompletos, hasta artefactos como hachas de mano, metates, piezas en cerámica, oro y jade, así
como rasgos arquitectónicos.
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2.1.2 Objeto de estudio de la arqueología


Para Chaves (1995), el objeto de estudio lo constituyen todos los restos
materiales o cultura material, que los antepasados acumularon durante su
existencia. Se trata de restos o elementos de la naturaleza, por ellos
modificados y empleados en su beneficio, mediante pequeñas alteraciones, por
ejemplo: restos de viviendas, instrumentos usados en las actividades agrícolas,
de caza y de recolección; utensilios de adorno, restos de alimentación, semillas,
enterramientos y ofrendas, entre otros.

2.1.3 Cronología y Organizaciones Sociales


El arqueólogo Fonseca (1992), explica que América no siempre estuvo
ocupada por el ser humano, siendo posible que los primeros pobladores hayan
iniciado la ocupación del continente americano hace unos 40.000 años 4. El
poblamiento de América, según los datos más aceptados por diversos
arqueólogos (as), se dio por grupos provenientes de Asia que entraron en el
norte del continente, por el Estrecho de Bering, alrededor de 12.000 años antes
de Cristo. Estos grupos eran nómadas y estaban organizados en pequeñas
bandas de unos 20 a 30 individuos, ligados por parentesco, que se
desplazaban continuamente a lo largo del continente para recolectar raíces y
plantas silvestres y cazar animales. De acuerdo con la información registrada
hasta el presente, en ese desplazamiento arribaron al territorio que hoy ocupa
Costa Rica en una época que se calcula entre 12.000 y 10.000 años a. C.

Fonseca (1992), opina que esos primeros pobladores de Costa Rica eran
cazadores especializados que pertenecían a pequeños grupos nómadas, donde
la organización social surgió por la necesidad de organizar la producción, el
intercambio, las actividades bélicas y dirigir las relaciones con otras
comunidades. Estos grupos establecieron divisiones territoriales más amplias

4
Aunque no se han encontrado sitios con esa antigüedad, por la edad de los más antiguos, se supone que fue así y no
antes.
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para sembrar más alimentos y fiscalizar las fuentes de materias primas.

2.1.4 Áreas5 Culturales de Costa Rica


Costa Rica se encuentra ubicada geográficamente entre dos Áreas Culturales
denominadas: Área Mesoamericana y Área Intermedia.
a) Área Mesoamérica: De acuerdo con su raíz griega, significa en el medio
de América y con este nombre se designó a una de las dos principales
áreas culturales de la llamada América nuclear en la que durante la
época precolombina, la evolución cultural llegó hasta el nivel de
civilización, debido a que contó con una arquitectura monumental,
elaboró y usó calendarios y rituales solares, contó con una organización
política formal, con leyes, con reglas de conducta, con escritura y con
formas artísticas extraordinarios. Este territorio comprendía desde el
norte de México hasta el norte y buena parte de la costa pacífica de
Centroamérica. Mesoamérica, es también llamada cultura del maíz,
porque sus habitantes establecieron toda una tradición cultural, con la
agricultura de este grano, también cultivaron: ayotes, frijoles, chiles,
tomates, algodón, achiote, aguacates y zapotes, entre otros. Para Costa
Rica la parte de influencia mesoamericana, corresponde a un buen
segmento de la provincia de Guanacaste.
b) Área Intermedia: Es también conocida como Sector de Influencia
Suramericana. Toma su nombre de la posición geográfica entre dos
áreas culturales: Mesoamericana y los Andes Centrales Ecuatoriales.
Comprende el territorio de Costa Rica (excepto la provincia de
Guanacaste) y se interna en tierras orientales de Nicaragua y de
Panamá para conformar el Área Intermedia, junto con Colombia y parte
del Ecuador. En Costa Rica este sector se divide en tres regiones
arqueológicas: Vertiente Atlántica (Llanos de Guatuso, San Carlos,
Santa Clara, Tortuguero y la parte oriental de la cuenca del Reventazón)
5
El área cultural se refiere al territorio geográfico dentro del cual las culturas tienden a ser semejantes en algunos
aspectos importantes.
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Área Central (limitada al norte por la Cordillera Volcánica Central desde


el Poás hasta el macizo Irazú-Turrialba, al sur por las estribaciones de la
Cordillera de Talamanca, al este hasta el Valle de Orosí y por el oeste
limitada por los Montes del Aguacate) y Pacífico Sur (Buenos Aires,
Delta del Diquís, Península de Osa, Cordillera Brunqueña y tierras bajas
de Chiriquí). Se caracteriza por una fragmentación sociopolítica muy
variable que incluía desde tribus hasta confederación de cacicazgos con
homogeneidad lingüística del macrochibcha, resultando difícil sintetizar
los rasgos culturales del área por el regionalismo intenso que existía en
ellas. Como puntos medulares en las culturas del bosque tropical lluvioso
de Costa Rica predominan cultos religiosos como el de la cabeza trofeo,
el del ave pico6, junto con un crecimiento y una construcción de centros
religiosos con materiales como los cantos rodados y tierra, similar a
Guayabo de Turrialba. También se da el cultivo y el consumo de yuca y
pejibaye, aunque también de maíz, por influencia mesoamericana. Están
presentes elementos como el jaguar, el mono, el lagarto y la figura
humana y las antropomorfas de dioses ligados con la fertilidad; parece
que hubo cuatro tipos de casas: rectangulares, palenques, sobre estacas
y circulares con techo cónico, usaban hamacas y eran muy diestros
marinos, según crónicas de los españoles. (Ferrero: 1981).

2.1.5 Regiones Arqueológicas de Costa Rica


Culturalmente Costa Rica se divide en tres grandes regiones arqueológicas:
a) Región Arqueológica de la Gran Nicoya, comprende la península de
Nicoya y tiene como límite la Cordillera de Guanacaste;
b) Región Arqueológica Central, corresponde al pacífico central, las llanuras
de Santa Clara, el intermontano central y la costa del caribe;

6
El ave pico es un ave mitológica relacionada con la procreación. Según leyenda antillana y dentro de la mitología de
los indígenas de Talamanca, un ave de pico largo, trajo el primer hombre a la tierra y también llevaba el alma de los
guerreros muertos al mundo superior. Este motivo es muy frecuente en el arte precolombino de Costa Rica y se
encuentra expresado en jadeítas, lítica, cerámicas y oro. (Ferrero 1981).
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c) Región Arqueológica Gran Chiriquí, va desde Quepos hasta la frontera


con Panamá y finaliza en la Cordillera de Talamanca.

2.1.6 Modos de Vida Precolombinos en Costa Rica


Los modos de vida son una categoría que se emplea para explicar y distinguir
el proceso de desarrollo de los pueblos precolombinos, así como los aspectos
económicos, sociopolíticos y religiosos de estas sociedades en una
determinada etapa de su evolución histórica. La distinción entre los modos de
vida se debe principalmente a cambios en la base económica, que significaron
cambios en la organización sociopolítica y en la visión del mundo de estas
sociedades. Estos cambios se manifestaron en los diferentes tipos de
evidencias arqueológicas encontradas tales como: utensilios, herramientas,
viviendas y otros.
1. Modo de vida de los cazadores-recolectores (12.000 – 2000 a.C)
Es el modo de vida más antiguo y se basó por una parte en la caza de
megafauna o animales gigantes como el mastodonte, el megaterio o
perezoso gigante y el gliptodonte o armadillo gigante, para esta cacería
fueron utilizadas las herramientas como puntas de flechas, conocidas
como puntas clovis y cola de pez, armas eficientes
para realizar cacería mayor, pero cumpliendo a su vez
con otras funciones como: raspar, perforar y extraer
frutos, raíces y tubérculos. Se trataba de grupos
nómadas organizados en pequeñas bandas alrededor
de 12.000-10.000 años antes de Cristo, que vivían de
manera ocasional en campamentos a campo abierto o
en refugios rocosos, tipo cuevas.
Punta de flecha

Entre 7.000 y 2.000 años a.C los grupos indígenas comenzaron a


combinar la caza y recolección. Con los primeros cultivos y al alrededor
del segundo y tercer milenio, antes de Cristo, se practicaba una
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agricultura incipiente de tubérculos con mantenimiento de árboles


frutales, siendo prácticas generadas gracias al conocimiento derivado de
la recolección de plantas silvestres. Las prácticas de recolección fueron
esenciales por lo que es posible que los grupos efectuaran rondas
estacionales en determinadas zonas dependiendo de la época de
maduración de los productos. Con el inicio de la producción de alimentos
surgió un nuevo modo de vida.

2. Modo de vida aldeano igualitario (2.000 a.C – 500 a.C)


Entre el primer y el segundo milenio existieron comunidades agrícolas
sedentarias, pequeñas y dispersas, que contaban con artefactos
cerámicos sencillos y herramientas de piedra, dirigidas a labores
agrícolas y al procesamiento de alimentos. Predominó un tipo de
organización sociopolítica del tipo tribal, con relaciones igualitarias entre
las personas en donde la propiedad de los bienes fue colectiva.

La agricultura vendría a cambiar radicalmente la sociedad indígena, ya


que propició el establecimiento de aldeas permanentes, el desarrollo de
la cerámica y la complejización social, entre otros aspectos
socioculturales y económicos. La aparición de la agricultura se asoció
con el desarrollo de la cerámica, la cual vendría a llenar la necesidad de
nuevos utensilios. La cerámica temprana se caracterizó por sus formas
básicas como ollas, platones y tazones, entre otras, decoradas con
técnicas como incisos y estampados.

Por la evidencia de platones de arcilla y pequeñas piedras puntiagudas


para ralladores de tubérculos, se reflejó que las primeras prácticas
agrícolas, en algunas partes del país, eran de vegecultura; es decir, para
cultivo de tubérculos y raíces como la yuca, el ñame y otros. Este
sistema agrícola también incluyó el aprovechamiento de ciertos árboles
como el pejibaye y la práctica de pesca y caza como complemento. El
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cultivo también de semillas como el maíz y los frijoles, permitió la


aparición de un excedente, lo cual requirió de cambios en la
organización para la producción, propiciando así el crecimiento
poblacional.

3. Modo de vida aldeano cacical (500 a.C – 1550 d.C)


La agricultura de raíces, tubérculos y el cultivo de semillas fue el punto
de partida para el desarrollo de una sociedad más compleja, ya que
permitió generar un mayor excedente de alimentos, crecimiento
poblacional, concentración del poder en pocos individuos, control
territorial y un desarrollo de mejores técnicas de producción. Entre 500
a.C y 300 d.C la organización social cambia de la tribu al cacicazgo, una
organización sociopolítica más elaborada que se mantendrá hasta la
conquista. Los cacicazgos, también llamados señoríos por los
españoles, se caracterizaron por una mayor diferenciación y
estratificación entre los productores de alimentos, los dedicados a
labores de agricultura, caza, pesca y recolección, los artesanos
especializados en hacer reconocible y comprensible el mensaje de los
religiosos, políticos y guerreros. Por otra parte, los individuos que
ocupaban el poder, necesitaban de símbolos materiales para mostrar su
poder, ideología y posición predominante dentro de la jerarquía social,
por lo que requerían de ornamentos, lugares de vivienda y
enterramientos especiales. Con la llegada de los españoles, después de
1502, se dará la transformación hacia un nuevo modo de vida asentado
en la explotación de la mano de obra indígena, destrucción de la
cosmovisión indígena y desarticulación de la organización cultural,
creando así lo que sería el escenario para la actual sociedad
costarricense.
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2.1.7 Huaquerismo
Una vez expuesto todo el tema de la importancia y quehacer de la arqueología
y el resguardo del patrimonio nacional en todas sus manifestaciones, resulta
necesario abordar el tema del huaquerismo, por ser una actividad constante
que se practica a pesar de ser ilegal y penada por la Ley Nº 6703. Esta ley fue
creada en el año 1981 y publicada en el Diario Oficial La Gaceta Nº 12 del
19/01/1982. La falta de conocimiento en estos temas y la falta de ética generan
la existencia de personas que se dedican al huaquerismo, las cuales
representan una seria amenaza a la conservación del patrimonio arqueológico
nacional, debido a que desconocen que se trata de sitios que no se regeneran,
que son limitados e irrecuperables y al no tener noción de esta riqueza
invaluable, tampoco tienen interés por el estudio científico del contexto, ni de
los objetos, ni de la temporalidad, ni de cómo vivían las tribus que están
dejando este legado, dando como resultado una sería pérdida de evidencia
material así como de información en torno a cómo vivían nuestros antepasados.

2.1.8 Principales Sitios Arqueológicos de Costa Rica


En nuestro territorio existen entre 20 y 30 sitios arqueológicos de la misma
magnitud que el Monumento Arqueológico Nacional Guayabo de Turrialba, solo
que todos ellos se hallan en manos privadas. De acuerdo con la base de datos
del Museo Nacional de Costa Rica, el país posee más de 3000 sitios
arqueológicos entre cementerios, asentamientos y talleres, pero una gran
cantidad de esos sitios se hallan en propiedad privada y a falta de recursos y
personal ha sido imposible estudiarlos, para generar y ofrecer información a
toda la población del país como a un posible visitante.

Francisco Corrales, arqueólogo del Museo Nacional de Costa Rica, afirma que
existen lugares impresionantes en el Golfo de Papagayo, Cubujuquí, Horquetas
de Sarapiquí, Pozo Azul de Acosta, Palmar, Murciélago, Rivas de Pérez
Zeledón, Aguacaliente de Cartago, Turrialba y Siquirres, entre otros. Aunque
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Costa Rica no cuenta con pirámides tipo Aztecas o Mayas, no es razón para
menospreciar las culturas que la habitaron, lo que importa es tener la noción de
que los sitios habitacionales precolombinos del país responden a una expresión
de un sistema cacical, un tipo de organización social donde los pueblos
indígenas se caracterizaban especialmente por:
 Actividades de redistribución en manos del cacique mayor.
 Especialización productiva y énfasis en el intercambio.
 Mayor jerarquía de los pueblos y de los caciques.
 Mayor eficiencia productiva.
 Aumento de la población.
 Expansión territorial.

Es evidente que en Costa Rica se encuentran infraestructuras diferentes a las


culturas Aztecas, Mayas e Incas u otras, porque se trató de pueblos regidos
bajo una forma de gobierno cacical, que representaron un nivel de desarrollo de
10.000 años, lo cual se nota en el grado de excelencia y perfección lograda a
nivel artístico en la cultura material hallada y por la existencia de muchos sitios
arqueológicos habitacionales que reflejan una arquitectura e ingeniería bastante
desarrollada, como el caso de los
acueductos y las calzadas construidas con
cantos rodados en Guayabo de Turrialba
que a pesar de su antigüedad, se hallan en
buen estado. Estas sociedades
precolombinas al tiempo que recibieron
bienes, también los asumieron y los
modificaron, existiendo así un desarrollo
local y no de un territorio filtro entre las dos
áreas culturales. (Conversación personal
con el Arql. Adrián Badilla, MNCR, abril, 2006). Fotografía, Yirlanny Campos S.
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2.1.9 Monumento Arqueológico Nacional Guayabo de Turrialba


Solano (2002), indica que el sitio arqueológico Guayabo de Turrialba estuvo
ocupado durante cuatro fases7 culturales que abarcaron desde el 1000 (a. C)
hasta el 1550 (d. C). Se considera que la construcción de los rasgos
arquitectónicos fueron realizados entre el 800 (a. C) y 1400 (d. C), período de
consolidación de la organización social conocida como “Cacicazgo”.

Se trata del único sitio arqueológico declarado con tal categoría en nuestro
país, así como también el único con
evidencia arqueológica abierta al público, y
que forma parte de nuestro Patrimonio
arqueológico nacional. De él tenemos
conocimiento científico, gracias a la ardua
labor y años de investigación, del padre de
la arqueología costarricense, don Carlos
Aguilar Piedra8, y posteriormente de otros
arqueólogos (as) nacionales e
internacionales.
Fotografía, Yirlanny Campos S.

El área arqueológica cubre alrededor de 15 hectáreas, de las cuales solo 4


hectáreas han sido excavadas. Tiene 44 montículos y basamentos circulares,
pisos empedrados, calzadas de acceso al sitio y una red hídrica con tres
acueductos, cuatro embalses, puentes y tres pozos verticales de drenaje,
además posee tumbas de cajón, numerosos petroglifos y una gran cantidad de
artefactos en piedra, entre otros artefactos arqueológicos encontrados (Aguilar,
1972). Actualmente el monumento arqueológico nacional Guayabo de Turrialba
posee la declaratoria de Patrimonio mundial de la ingeniería, dada por la
7
Las fases son sinónimo de periodizaciones, las cuales se denominaron: La Montaña, El Bosque, La Selva y La
Cabaña.
8
A don Carlos Aguilar le fue asignado el Premio Magón a la cultura nacional en el año 2004. La fotografía que se
muestra ese extrajo de la página WEB del Laboratorio de Arqueología de la Universidad de Costa Rica.
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Asociación Estadounidense de Ingenieros Civiles (ASCE, por sus siglas en


inglés), entidad prestigiosa a nivel mundial en este ámbito. La declaratoria
como Patrimonio mundial de la ingeniería no es un asunto causal sino el
resultado de una iniciativa que desde el año 2006 el país inició con la
participación del Colegio de Ingenieros y Arquitectos de CR.

Cabe destacar el cambio en el plan de manejo del monumento, el cual se


direccionó con el objetivo hacer énfasis en lo cultural y no solo en lo natural.
Con el cambio se pretende dar una adecuada protección al sitio, ejecutar
proyectos de mejora a nivel de arquitectura y de proyectos de excavación, en
caso de existir recursos para tales fines y sin trabas burocráticas. En suma, la
categoría de manejo para Guayabo de Turrialba, ya no es como Parque
Nacional sino como Monumento Arqueológico Nacional, aunque sus fondos
siempre se destinan hacia la caja única del Estado. Actualmente, la comunidad
de Guayabo posee una Asociación denominada Üsure, que en idioma Bribri,
significa casa cósmica. La asociación se compone de 12 personas entre guías
locales, artesanos (as) y comerciantes locales dueños de diversos negocios,
que procuran que la estadía del visitante, tanto en el espacio del monumento
como en la comunidad, sea lo más provechosa, fructífera y placentera.

2.1.10 Artefactos Arqueológicos o Cultura Material


Los pueblos indígenas precolombinos empleaban parte de su energía en la
elaboración de artefactos de cerámica, oro, jade y lítica, los cuales eran
realizados por personas especializadas, quienes probablemente se
organizaban alrededor de los clanes9 a los que pertenecían.
 Cerámica o alfarería: Era una actividad productiva importante, que
comprendía diferentes procesos, desde la búsqueda de barro, como
materia prima, hasta el quemado y su decoración o pintura. De acuerdo

9
El término clan se utiliza en antropología para referirse a diversos grupos indígenas. Se trata de un grupo de
procedencia que se basa en una sola línea de ascendencia, ya sea materna o paterna. Los clanes por lo general se dicen
descendientes de un ancestro común que puede ser un espíritu, una planta, un animal, etc. (Herrera: 2005).
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con Ibarra (1998), para moldear las vasijas se hacían cordeles de barro
de olla, que se iban arrollando uno encima de otro hasta conseguir la
forma y el tamaño deseado. Una vez pulida la pieza se pintaba o se
decoraba con grabados y otras técnicas para luego hornearlas y darles
firmeza. Ferrero (1981), señala que los diseños y los motivos de las
piezas estaban llenos de mensajes políticos, religiosos y culturales que
expresaban las ideas de los grupos que los manufacturaban; así se
deducen diferencias entre la cerámica de Nicoya 10 con la del resto de
Guanacaste, la del Valle Central, la de la Vertiente Atlántica y la del
Pacífico Sur.

Objetos de cerámica costarricense. Museo Nacional de Costa Rica

 Oro: En Costa Rica la evidencia arqueológica señala la aparición de los


primeros objetos metálicos hacia el 400 – 500 d.C y su máximo
desarrollo después del 700 d.C hasta el contacto. Los objetos
recuperados proceden del Pacífico Sur, región con yacimientos en oro y
cobre, todo de procedencia aluvial. Se trataba de un trabajo hecho por
especialistas y a tiempo completo. Sobre las piezas en oro se decía que
tenían formas de aves, lagartos, felinos, arañas, discos y también de
hombre – lagarto; hombre – felino y hombre – ave, entre otras. El oro
poseía un valor simbólico e incluso algunas piezas se les atribuían
10
Esta es una palabra de origen náhuatl que significa agua a ambos lados.
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poderes mágicos (Ferrero: 1981). Los objetos en general eran piezas


laminadas en forma de pectoral, brazaletes y diademas, decorados con
diseños geométricos, antropomorfos y zoomorfos11. Se trataba de
adornos personales usados como marcadores del rango y del poder
político, lo mismo que para comunicar ideas y realizar prácticas rituales.
(Fernández: 2002). También solían usarse como ofrendas en el ajuar de
los difuntos. Se desconoce cómo se dividía el trabajo, es probable que
hubiera recolectores de materia prima y quizás asistentes, para que
trabajaran con los artesanos orfebres.

Objetos en oro precolombino costarricense. Exposición Museos del Banco Central

 Jade: Ferrero (1981), cita que el indígena mesoamericano y


costarricense tenían el jade en más alta estima que el oro. Las piezas
eran usadas como adornos personales: orejeras, narigueras, bezotes 12,
así como collares. En el Pacífico como en el Atlántico han aparecido
jades pertenecientes a la cultura Olmeca y su presencia pareciera
deberse a un intercambio, quizá logrado por sacerdotes – comerciantes,
debido a que en Costa Rica no hay, hasta el momento, ningún informe
geológico que indique la existencia de yacimientos de jade. Se hace
referencia a dos tipos de piedra: la jadeíta con mayor brillantez y la

11
La palabra zoomorfo se refiere a la forma de persona y animal.
12
Era un adorno que algunos indígenas se encajaban en el labio inferior.
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nefrita. Existen otras variedades cuyo colorido son translucientes,


lechosos, cafezuscos, olivas, amarillo verdoso o azul verdosos.
Objetos en jade. Museo Fidel Tristán o Museo del Jade.

 Lítica: La talla en piedra fue muy abundante, lo que revela la riqueza de


las fuentes de materia en bruto. El escultor precolombino de Costa Rica
estaba entre los más diestros del Área intermedia. La perfección técnica
constituye uno de los legados más sobresalientes, por la gran precisión
en el tallado. Para esculpir no contaron con instrumentos metálicos, las
herramientas fueron de piedra, de igual o mayor dureza y algunas
engastadas a manera de mazo, también emplearon el taladro o piedra
lasqueada, piedras suaves, madera, hueso, el polvo de lo usado
mezclado con agua a manera de abrasivo13. (Ferrero: 1981).

Artefactos en lítica. Museo Nacional de Costa Rica.

13
Se refiere a algo similar a la función de una lija.
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CAPÍTULO 3
CULTURAS INDÍGENAS PRECOLOMBINAS Y ACTUALES
3.1 Grupos Étnicos Precolombinos
3.2 Etnias Indígenas Actuales
3.2.1 Breve descripción de cada grupo
indígena
3.2.1.1 Cabécar
3.2.1.2 Bribri
3.2.1.3 Brunca o Boruca
3.2.1.4 Ngöbe
3.2.1.5 Chorotega
3.2.1.6 Huetar
3.2.1.7 Térraba o Teribe
3.2.1.8 Malecu
3.2.2 Breve caracterización social, cultural y
productiva del indígena costarricense
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3 CULTURAS INDÍGENAS PRECOLOMBINAS Y


ACTUALES
3.1 Grupos Étnicos Precolombinos

Para la llegada de los españoles, existía un número importante de sociedades


cacicales, distribuidas en todo el territorio. Para el siglo XVI, se identificaron los
siguientes cacicazgos: Aserré, Boruca, Coto, Currirabá, Garabito, Guarco,
Pacaca, Pococi, Quepo, Suerre, Talamanca, Tariaca Nicoya, Votos. Algunos
historiadores proponen como posibles cacicazgos el Cange (Cangén – en el
Golfo de Nicoya), Chomes, Churuteca, Corobicí, Orotiña (Orotina) y Zapandí;
donde cada cacicazgo estaba compuesto por varios pueblos; por ejemplo, el
cacicazgo del Guarco estaba constituido por los pueblos de Corrocé (Corrocí),
Cuquerrique (Tucurrique), Ybuxybux, Uriuri (o Oriori), Toyotique (Tayutic),
Atirro, Co (Cot), Orosi, Güeycasí, Montava y Matixi. (Ibarra, 1998). De acuerdo
con Ibarra (1998), el número de habitantes para ese momento, por la calidad de
las fuentes escritas (datos incompletos, contradictorios e inclusive por
manejarse la suposición), resulta difícil calcularla; sin embargo, gracias a los
especialistas en el campo de la historia demográfica y reconociendo que no se
puede saber con certeza a cuánto ascendía la población costarricense
precolombina a comienzos del siglo XVI, se considera como aceptable la cifra
de 400.000 habitantes, la cual han calculado por medio de técnicas y métodos
especializados.

3.2 Etnias Indígenas Actuales


Actualmente Costa Rica cuenta con 8 grupos indígenas, los cuales además se
encuentran diseminados en 24 territorios indígenas, conocidos, de forma
incorrecta como “Reservas Indígenas”. En adelante y para ser consecuentes
con las luchas del Movimiento internacional indígena, el término correcto a
emplear será el de Territorios indígenas.
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CUADRO # 1
GRUPOS INDÍGENAS ACTUALES DE COSTA RICA
o Cabécar. o Térraba o Teribe.
o Bribri. o Brunca o Boruca.
o Malecu. o Ngöbe.

o Chorotega. o Huetar.
Elaboración propia, 2010.

Estos 8 grupos constituyen los 63.800 indígenas que habitan el país y de


acuerdo con los datos del Instituto nacional estadísticas y censos del año 2010.
No obstante, también se manejan las cifras que avalan otras fuentes, entre
ellas, la Mesa Nacional Indígena14, donde reportan para toda la población
indígena un total de 35.440 personas. (National Geographic: 2002).

3.2.1 Breve descripción de cada grupo indígena15

3.2.1.1 Cabécar
Tienen una población estimada en 14.275 indígenas; se trata de uno de los
grupos más numerosos del país, con auténtica identidad étnica y hábitat menos
alterado. Poseen un área de 151.471 hectáreas y 8 territorios: Baja Talamanca,
Nairi - Awari, Bajo Chirripó, Alto Chirripó, Tayni, Telire, Ujarrás y China Kicha.
Dentro de los aspectos culturales ellos todavía hablan su idioma, el cabécar;
poseen su Dios, denominado Sibö. Mantienen un sistema de parentesco bien
complejo de clanes16 matrilineales; poseen sus propios médicos llamados en su
idioma Jawa.

14
Es la Organización indígena costarricense que agrupa y representa a los pueblos indígenas del país.
15
Este apartado se nutre de información consultada de Guevara y Chacón (1992) y de Funcoopa-Ietsay (1997).
16
El clan matrilineal se refiere a un grupo social unilateral. Los miembros están determinados por la descendencia
directa de la madre o el padre.
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Turismo Cultural de Costa Rica

De acuerdo con Tenorio (1988), para cocinar utilizan tres troncos formando un
fogón que se coloca en el suelo, además realizan prácticas culturales como
quebrar maíz en piedra, hacer chichada y efectuar el tradicional baile llamado
Bulciqué, en el que utilizan instrumentos musicales como el sabak (tambor) y el
Dúk (Caracol). En cuanto a la economía y las actividades productivas de
subsistencia, se dedican al cultivo del cacao, granos básicos y bananos,
también a la caza y la pesca.

3.2.1.2 Bribri
La población se estima en 10.369 indígenas. Tienen un área de 83.250
hectáreas y 4 territorios: Alta Talamanca, Cocles o Kekoldi, Salitre y Cabagra.
La mayoría de Bribris hablan su idioma y trazan la descendencia por línea
materna17, se han registrado más de 50 clanes, donde la normativa indica que
no se pueden casar con miembros del mismo clan 18 , también cabe señalar que
ciertas especialidades se heredan del clan19. Entre otras costumbres están:
sus propios médicos llamados en su idioma awa, así como la creencia en su
propio dios Sibö, todavía construyen casas autóctonas, mantienen la existencia
de cantores funerarios: Tsukurs o Isogros y el BikakLa, especie de maestro de
ceremonias; además elaboran instrumentos para la caza y la pesca y la
confección de instrumentos como el Güiro, el Sabak (tambor), la maraca y el
uso del Dúk (Caracol). Y aún realizan enterramientos en los alrededores de la
casa, practican la mano vuelta, la chichada, el baile del sorbón, animado por
gritos y canciones en Bribri para los trabajos colectivos de agricultura o
construcción de una casa cónica talamanqueña.

En términos de economía y actividades productivas de subsistencia, en las


zonas altas persiste la producción para la subsistencia y en el Valle sobre todo
el plátano, un producto para consumo básico y para el mercado, pero también
17
Quiere decir matrilineal, de pertenencia o ascendencia por parte de la madre.
18
Algunos nombres que facilitan ejemplificar los clanes son: Bulbuwak o dueños de las colmenas, Láuwak o dueños
de la casa del trueno y Yëyëwak: gente recta y correcta. (Tenorio: 1988).
19
En el idioma Bribri la palabra clan, quiere decir semilla de maíz.
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maíz, arroz, frijol de palo o gandul, tubérculos, pejibaye y cacao. La


alimentación se complementa con la cría de gallinas y cerdos y con la cacería
de animales silvestres menores.

3.2.1.3 Brunca o Boruca


Tienen una población estimada en 2.869 indígenas. Poseen un área de 24.000
hectáreas y 2 territorios: Boruca y Rey Curré. Los Borucas conservan
elementos de su cultura, su creencia en Sibö, el uso y consumo de chicha,
artesanías, con esta última son famosos por su arte manual en jícaras,
máscaras, el hilado de algodón, tintes vegetales, el telar de cintura, el
transporte de productos sobre la espalda y parte de la vivienda tradicional,
aunque algunos viven de forma similar a los campesinos (no indígenas) que
están cercanos a sus comunidades. Solo los mayores hablan el idioma propio.
Celebran la Fiesta de los Diablitos20 entre el 31 de diciembre y el 2 de enero,
donde el diablo mayor y sus diablitos roban tamales y todo lo que puedan, no
deben dormir, ni retirarse, si lo hacen son castigados por el diablo mayor.

La economía y las actividades productivas de subsistencia versan sobre: el


cultivo de granos básicos, tubérculos, plátanos, frijol de palo, pejibaye, frutales
y cría, en escala familiar, de cerdos, aves y en algunos casos ganado. Además
comercializan sus máscaras y otros productos artesanales.

3.2.1.4 Ngöbe
Tienen una población estimada en 3.515 indígenas. Este grupo es de origen
panameño, proceden del Valle de la Luna, ubicado al lado sur de las montañas
de Chiriquí. Poseen un área de 22.590 hectáreas y 4 territorios: Coto Brus,
Abrojo Montezuma, San Antonio-Osa y Conte Burica.

20
Para más detalle de la celebración, véase el apartado de Tradiciones, costumbres y fiestas religiosas.
INSTITUTO NACIONAL DE APRENDIZAJE 36

Turismo Cultural de Costa Rica

Mantienen costumbres arraigadas como la


creencia en el Dios propio y general llamado
en su lengua autóctona como Nubu y un dios
malo representado por malos espíritus,
igualmente practican el Mamachi, culto de
grandes seguidores producto de la aparición
de la virgen a una indígena, constituyéndose
en la líder máxima de la doctrina. Poseen dos
idiomas, el Ngöbe y el Bugle, el consumo de
medicina natural, la estructura de las casas,
el uso de la pintura facial en ciertas ceremonias y el caso de las mujeres que
son las únicas en el país que mantienen sus trajes tradicionales.

Este vestido, es un amplio camisón de colores lisos con aplicaciones


geométricas en el área del pecho y mangas, algunos hechos a mano y otros
confeccionados con máquina de coser. Mantienen creencias propias en cuanto
al nacimiento, muerte, pubertad y matrimonio. Practican como costumbre,
bailes y fiestas grandes una vez al año o bien en ocasiones especiales; la
balsería es su máxima expresión, sus significados son varios: amistad,
rivalidad, competencia, entre otros, para ello toman chicha, hacen comidas,
utilizan varillas de balsa, para competir en grupos o solos, unos frente a otros.
(Tenorio: 1988). También elaboran chácaras, bolsas hechas de fibra que se
hacen de distintos tamaños dependiendo del uso que vaya a dársele, asimismo,
elaboran las chaquiras, que son collares geométricos de una vistosa policromía,
hechas con cuentas obtenidas de conchas y huesos, que son principalmente de
uso masculino, pero también se usan de forma general.

La economía y actividades productivas no remuneradas recaen en la


producción del cacao, granos básicos, plátanos, tubérculos, pejibaye, frijol de
palo, frutales, cría de cerdo, aves y se complementa con la práctica de la caza y
la pesca. Muchos de estos indígenas trabajan en bananeras, cafetales y
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cañaverales, donde a pesar de que resultan ser una excelente mano de obra,
son presa fácil de la explotación por parte de estas industrias.

3.2.1.5 Chorotega21
Tienen una población estimada en 959
indígenas y se encuentran en la zona de
Mansión de Nicoya, Guanacaste, poseen
un área de 1.717 hectáreas y sólo 1
territorio: Matambú22, son los pocos
descendientes de los indígenas
descendientes del sector de influencia
mesoamericana. Este grupo ha perdido su
idioma y gran parte de sus tradiciones,
siendo, lamentablemente, asimilados por el sistema de vida rural campesina.

Lo único que se conserva de las costumbres antiguas son las recetas típicas,
hechas a base de maíz, el conocimiento curativo de muchas plantas
medicinales y algunas historias basadas en los resultados de creencias legadas
por los antepasados, como sustos, hechicerías y experiencias inexplicables,
además de utilizar jarrones, tazones, tinajas, calabazos, ollas de barro o
cerámica, cocina de leña o metal. Se hallan pocos casos de ranchos con
paredes de caña, techo de hojas de palma con piso de tierra, también algunas
señoras adultas mayores, tradicionalmente, suelen caminar, todos los fines de
semana, de Matambuguito hasta Nicoya, es decir unos 12 kilómetros, para
vender pan de maíz. (Stocker: 1995). No obstante, la cerámica de Guaitil 23 tiene
sus raíces en la cultura chorotega, ya que aún se mantienen los diseños, las
formas, los colores y la técnica. En cuanto a la economía y las actividades

21
En la lengua indígena chorotega-mangue, esta palabra significa: “el pueblo que huye”.
22
Significa sitio de matambas o palmeras.
23
La palabra quiere decir árbol negro.
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productivas de subsistencia, cultivan los granos básicos, frutas, caña de azúcar,


complementado con ganadería y aves de corral.

3.2.1.6 Huetar
Su población aproximada es de 1.620 indígenas. Este grupo habita en los
cantones de Mora y Puriscal, al suroeste de San José. Tienen un área de 3.318
hectáreas y 2 territorios: Quitirrisí y Zapatón. Algunos investigadores indican
que estos pobladores descienden de los antiguos quitirrisíes, aunque otros
afirman que son descendientes directos de los huetares, en sí la situación no es
muy clara, debido a la poca información existente. Algunas familias se dedican
al cultivo y venta de plantas medicinales, de las cuales tienen mucho
conocimiento y además elaboran productos artesanales, tales como petates,
cestas, canastos y sombreros, los cuales venden en su comunidad o en los
centros artesanales de la ciudad.

El indígena Huetar desafortunadamente ha perdido su idioma, entre sus


tradiciones suelen tocar instrumentos musicales como la marimba y las
maracas, conservan la fiesta del maíz, el uso de plantas medicinales y la
elaboración de chicha. La economía y las actividades productivas de
subsistencia son pocas, debido a que sus tierras no son tan aptas para los
cultivos, solo unos pocos cultivan el maíz y el café; no obstante, producen y
venden plantas medicinales y artesanías a base de zacate, palma y fibra
vegetal, ofrecidos en ferias artesanales, el comercio o en la propia carretera
que cruza el Territorio de Quitirrisí.

3.2.1.7 Térraba o Teribe


Tienen una población aproximada a los 750 indígenas, cuentan con un área de
8.000 hectáreas y 1 territorio situado en el Cantón de Buenos Aires de
Puntarenas, al sureste del puente sobre el Río General, en el Brujo. Algunos
lugares térrabas son: San Antonio, Volcancito, Paso Real, Murciélago, Bajos de
San Andrés, Camancragua y el Tigre. Un aspecto muy importante de
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Turismo Cultural de Costa Rica

mencionar es la existencia de una cultura similar en el noroeste de Panamá, en


la región occidental de la provincia de Bocas del Toro, llamada la Comarca
Teribe, la cual conserva rasgos y tradiciones, que han beneficiado a los
establecidos en la parte costarricense, debido a que éstos en los últimos años,
han empezado programas de enseñanza del idioma naso, que en Costa Rica
ya se había perdido.

Como parte de la riqueza de la identidad cultural, cuentan con “la danza del
tigre”; celebración que se realizaba ocho días después de haber matado algún
felino, cuyo fin era conjurar su espíritu para que no pudiera volver a atacar, esta
danza solo la practicaban, los adultos mayores, actualmente es apenas una
representación por la amenaza de extinción en que se encuentran todos los
felinos en nuestro país. También celebran “el baile de la serpiente” (Ööka
Bëyo), que es una canción que trata de una serpiente grande que se casa con
una muchacha teribe. Los Teribes la practican para enseñarle a la serpiente el
aprecio que le tienen. Cuando celebran este baile, las serpientes están muy
cerca de ellos y si hay alguien que no lo hace bien, la serpiente se lo come. Por
eso los participantes en la danza de la serpiente no deben aflojarse, deben
quedarse juntos hasta que termine; ya que donde se encuentra la culebra hay
una piedra grande y el que tropieza y cae encima de la piedra, también se
muere, ya que así lo decían sus antepasados. Otras prácticas culturales son “el
baile del sorbon”, “el gallote” y “el camarón corbeco”. (Cecuna-Ietsay: 2001).

Los Teribes también se dedican a la elaboración de canastas de diferentes


tamaños, hamacas tejidas manualmente con “majagua”24 y artículos en madera
de laurel y cedro tales como bateas, pilones, cuerpo de tambores y
principalmente canoas, en lo que sobresalen como excelentes talladores.
Acerca de la economía y actividades productivas de subsistencia, producen

24
Es un árbol americano originario de Cuba y Jamaica perteneciente a la familia de las malváceas.
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frijoles, arroz, bananos, plátano, cacao, yuca, ñame y naranja, esta última como
principal generadora de ingreso; además crían patos, pavos, gallinas y cerdos.

3.2.1.8 Malecu
Tienen una población aproximada a los 1.083 indígenas. Poseen un área de
2.743 hectáreas, un solo territorio llamado Guatuso, en el cantón de San Rafael
de Guatuso y habitan en tres comunidades: Margarita, Tongibe y El Sol.
Actualmente viven en pequeñas casas de madera aserrada, con techo de zinc,
construidas por el estado y similares a las de los campesinos no indígenas del
Valle Central.

Conservan el idioma, poseen su dios denominado Tocu y el diablo denominado


Maica. Se dedican a las artes manuales y algunas costumbres como enterrar a
los muertos en sus casas y el no consumo de carne de animales con cuernos y
animales de mar porque son animales que le pertenecen a Maica. Acerca de la
economía y las actividades productivas de subsistencia, se dedican al cultivo de
los granos básicos, pejibaye, tubérculos, plátanos, cacao y venta de artesanías.
Recientemente están incursionando en el turismo, para lo cual rescataron
algunos cantos y danzas, e incorporaron el mastate como indumentaria para
estos eventos culturales solo de interés turístico.

3.2.2 Breve caracterización social, cultural y productiva del


indígena costarricense
 Seis de los grupos actuales conservan sus idiomas nativos, ellos son los
Cabécar, Bribri, Boruca, Teribe, Ngöbe y Malecu.
 Mantienen y transmiten el conocimiento para la construcción de las
viviendas tradicionales con materiales del bosque, según el medio natural
donde residen.
 Poseen un patrón de asentamiento disperso aunque también nucleado,
según la localidad o ubicación geográfica.
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 Acostumbran tener huertas tropicales con plantas medicinales y plantas


para uso de las artesanías como el algodón y otras como el nance y el
achiote que producen algún tinte.
 Siembran bajo el sistema de policultivo y el monocultivo25.
 Poseen cerros y sitios que son sagrados y protegidos.
 Preservan como bebida tradicional la chicha26 a base de maíz.
 La tierra la obtienen mediante herencia, anteriormente estaba solo en
manos de mujeres, hoy son los hombres los que poseen mayor cantidad de
tierra, para heredar y negociar.
 Dentro de las prácticas culturales vigentes se encuentran: la vivienda
tradicional, la chichada, la junta, la mano vuelta, la elaboración de canastas,
chácaras, artesanías, consumo de medicina natural, baile del sorbón, baile
de los diablitos, danza del tigre, elaboración de tintes naturales y uso del
vestido tradicional (mujer Ngöbe).
 Recolectan, cazan, pescan y siembran musáceas y granos básicos.
 Realizan enterramientos en los alrededores o dentro de la casa, según el
tipo de muerte, es decir, si muere bien y no por fallecimiento en un
accidente, en un hospital, ahogado o mordido por una serpiente.
 Los Bribri y Cabécar trazan la descendencia por línea materna.
 Cuentan con sus propios médicos para curar el cuerpo y el espíritu.
 Conservan su propio dios: Sibö, Tocu, Nubu y entre los Ngöbe, la creencia
religiosa denominada Mamachi.
 Son importantes en su dieta el maíz y algunos animales silvestres como el
venado, el tepezcuintle, la guatusa, la tortuga de río y los animales
domésticos, principalmente el cerdo, para comercialización y consumo en
eventos especiales como una boda, un cumpleaños o un turno.
 Utilizan hamacas dentro de sus viviendas y cocinas de leña o fogones
dispuestos directamente en el suelo.

25
Entre los Bribri y Cabécar, predomina el monocultivo de plátano y banano.
26
También suelen hacer chicha de yuca, de pejibaye y de arroz.
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Vivienda indígena: Una buena parte de los grupos indígenas de Costa Rica
conservan la vivienda tradicional, con los patrones arquitectónicos autóctonos,
donde sus viviendas están dispersas en el bosque y la construcción es parte de
un trabajo integrado. Sin embargo, los Malecu y algunos de los Chorotega,
Bribri, Cabécar, Térraba y Boruca, construyen sus viviendas muy similares a las
de los campesinos no indígenas que viven cerca de sus poblaciones.

Problemática Indígena: Se coincide con Salazar (2003), en que uno de los


mayores problemas que enfrenta el indígena costarricense, al igual que sus
hermanos latinoamericanos, es la tenencia de la tierra, donde durante la
conquista y la colonia europea el indígena fue expulsado, de manera forzosa,
tierra adentro, algunos hacia sitios escarpados y no aptos para las labores
agrícolas. Actualmente esta situación persiste y aunque existen leyes que
protegen las zonas indígenas, pareciera que la última frontera del indígena
costarricense está destinada a desaparecer.

En Costa Rica, existe la ley27 indígena de 1977 que reconoce el derecho de la


propiedad comunal en los territorios indígenas; sin embargo, algunos lugares,
siguen siendo objeto de invasión por parte de campesinos no indígenas que
emigran de otras regiones por no tener tierra o por falta de empleo, así como
por ganaderos y madereros que ven en estos espacios naturales indígenas
terrenos para su expansión y explotación. Esta situación se ha venido
agravando ante las invasiones de campesinos sin tierra o de empresas
madereras u otras compañías y actividades productivas que pueden atentar o
están atentando contra la soberanía y la cultura indígena, por el desinterés que
ha mostrado el Estado en consolidar un verdadero régimen de tenencia
territorial indígena. Otra amenaza latente, sobre los territorios indígenas es la
expansión de represas hidroeléctricas, como la que se pretendía en la

27
Ésta se denomina Ley de Autonomía de los Pueblos Indígenas, la cual aún no se concreta por parte de los
diputados de todos los gobierno de turno desde que se formuló.
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comunidad de Rey Curré con el Proyecto Hidroeléctrico Boruca pero el Instituto


Costarricense de Electricidad lo trasladó al territorio de los Teribe.

Lo sagrado: Tanto el Jawá, para los Cabécar, como el Awá entre los Bribri,
son importantes para estos grupos porque cumplen la función de guías
espirituales y médicos sanadores del cuerpo y el alma. Para el caso de los
Ngöbe en su libro Salazar (2001) indica que a estas personas se les conoce
como sukia, nombre que adquirieron por influencia de los indígenas misquitos
de Honduras y Nicaragua, debido a que estos durante el período de conquista,
mantenían una relación con la cultura de la costa atlántica de Costa Rica. La
palabra sukia en idioma misquito, quiere decir: curandero o doctor, pues son las
personas que curan a los enfermos, orientan el alma del difunto en el largo viaje
a la tierra de dios, también bendicen la nueva vivienda o bien son los que
cuentan las historias sagradas y mantienen viva la religión indígena. Mientras
que el chamán, es un tipo de especialista religioso, ceremonial, que recibe sus
poderes de un contacto directo con lo sobrenatural. Se trata de una profesión
esencialmente masculina, cuya finalidad es ante todo curativa, médica, por lo
que sus ceremonias inclusive son privadas.
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CAPÍTULO 4

CULTURA Y MANIFESTACIONES DE LA CULTURA


4.3.1 Costa Rica diversidad cultural
4.3.2 Aculturación o transculturación
4.3.3 Deculturación
4.3.4 Cultura
4.3.5 Características de la cultura
4.3.6 Manifestaciones de la cultura o literatura
popular
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4 CULTURA Y MANIFESTACIONES DE LA CULTURA


4.1 Costa Rica: Diversidad Cultural

Con la declaratoria del 12 de octubre como “Día de las Culturas”, Costa Rica
ratifica, en papel, el reconocimiento a la diversidad cultural. De esta manera se
está a la espera que el mito de la homogeneidad de la sociedad costarricense,
se convierte en la aprobación de la pluralidad cultural, es decir, de la
coexistencia de una cultura indígena, afrocostarricense, asiática y una cultura
mestiza, producto del proceso histórico y la fusión cultural, social y biológica al
que se nos indujo desde la colonia. Es así como Costa Rica, a pesar de ser un
territorio pequeño, es también muy heterogénea culturalmente, es un mosaico
multicultural que se enriqueció aún más a finales del siglo XIX y el siglo XX con
la presencia de afrocaribeños y asiáticos y venidos por diversos motivos al país,
estos motivos serán tratados más adelante.

Al estar la cultura en transformación es que cada nueva generación enfrenta


nuevos impactos y en solución, desafortunadamente, acude al patrimonio
cultural recibido, a veces adoptando o adaptando elementos culturales
extranjeros, que más corresponden a modas que a verdaderos aportes
culturales por lo que no forman parte de la realidad cultural del país. Con
respecto al intercambio28 cultural, en el entendido de convivencia entre diversos
grupos culturales y al ser un hecho cotidiano, ha sido también fundamental en
algunas regiones del país, como por ejemplo el caso de San Vito de Coto Brus,
en la zona sur. Se trata de un espacio geográfico en el que residen
descendientes de los primeros inmigrantes italianos, pero también conviven
costarricenses provenientes de diferentes regiones del país, así como
indígenas Ngöbes y población panameña, entre otras nacionalidades, con lo
cual se convierte en un área como algunos otros del país, donde afloran una

28
El intercambio es debido a los idiomas, costumbres, indumentaria y comidas que se practican cotidianamente, e
intervienen también diversos rasgos fenotípicos.
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diversidad de idiomas, comidas, indumentaria, festividades y creencias.

4.2 Aculturación o Transculturación


De acuerdo con Bozzoli (1998) es el proceso que se da cuando grupos
diferentes mantienen una relación constante e intercambian rasgos de idioma,
de trabajo y de religión, entre otros. La aculturación es una adopción acrítica
de elementos culturales ajenos a la realidad nacional e incluye una modificación
de lo tradicional por lo moderno, por ejemplo:
 El abandono o sustitución de algunas prácticas e implementos
domésticos autóctonos tales como: cocinas de leña o fogones por
cocinas de gas o eléctricas, chorreadores de café por “coffe maker” y
tortillas palmeadas por tortillas empacadas.
 Se nos insta al consumo de comidas rápidas como: pizzas, perros
calientes, hamburguesas y gaseosas, en detrimento de nuestro
“casado”, expresión típica de nuestra comida29 tradicional.
 Antes decíamos “tuanis” luego apareció el “pura vida”, palabras llenas de
expresividad, en donde todo aquello positivo, incluso las personas, son
pura vida.
 Ahora la globalización también trae expresiones ideadas por el mercado
inglés, las cuales son engaños con los que caen ciertas personas,
inclinadas ante un idioma que se impone, no por razones culturales, sino
por una absoluta dominación económica.

4.3 Deculturación
Se refiere a la pérdida de una parte o a la pérdida total de la cultura de un
grupo. Algunos ejemplos se refieren a:

29
En el Decreto #31933, del 05 de octubre del 2004, se declara Día de las comidas tradicionales. La difusión de la
comida tradicional es otro elemento que sirve para facilitar el desarrollo del turismo cultural. La manifestación
culinaria posee tres áreas o zonas muy definidas en el país; ellas son: Región Guanacaste-Puntarenas; Valle Central y
Zona Atlántica.
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 Pérdida del traje tradicional en la mayoría de las etnias indígenas


costarricenses.
 Pérdida del idioma entre los indígenas Huetares y Chorotegas.
 Pérdida de la arquitectura vernácula indígena y afrocaribeña.

4.4 Cultura
La cultura es reconocerse, es ser parte o estar incluido a un país, una región o
un pueblo. De manera simple y en un lenguaje no técnico se puede decir que la
cultura es el modo de vida de un pueblo, es el patrimonio de datos compartidos,
el conjunto de costumbres, creencias, artes, letras, normas y sistema de
valores, heredadas socialmente. Solano (2002) expresa que la cultura puede
considerarse como el conjunto de los rasgos distintivos, espirituales y
materiales, intelectuales y afectivos que caracterizan una sociedad o un grupo
social. Engloba además las artes, las letras, los modos de vida, los sistemas de
valores, las tradiciones y las creencias.

4.5 Características de la cultura


 Es aprendida, porque nos la transmite el núcleo familiar de acuerdo al
entorno sociocultural al que se pertenece y de esta manera se nos enseña
el conocimiento para vivir. Por ejemplo, el idioma, las formas de vestir, los
valores, las comidas, las tradiciones, las formas de sembrar, de construir
casas, de pescar y de cazar, entre otras.
 Se manifiesta por medio de leyendas, mitos, tradiciones, cuentos, entre
otros, y con ellas implícitamente se nos facilitan una serie de moralejas,
enseñanzas, valores y creencias.
 Es un hecho humano que nos diferencia de los otros seres vivos, en
especial por la capacidad para elaborar herramientas, escritura y
construcciones.
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 Se transmite por el lenguaje, por ello la tradición oral juega un papel


importante en las sociedades, ya que es un puente y un medio importante
para fortalecer la identidad cultural.
 Es también dinámica porque se transforma, siendo muy vulnerable a los
cambios que dicta la modernidad y anteriormente ejemplificado.

4.6 Manifestaciones de la Cultura y Literatura Popular


o Tradición oral o memoria popular: es todo aquel testimonio del pasado
que se transmite de boca en boca, de una generación a otra y que se
conserva en la memoria colectiva. Es mediante la tradición oral que los
pueblos de todo el mundo transmiten sus conocimientos ancestrales, su
visión del mundo, sus sentimientos y sus expectativas.

o Tradiciones: son prácticas invariables transmitidas por el ejemplo o por la


vía oral, durante largo tiempo y de generación en generación. De acuerdo
con Zeledón (1989), el pueblo registra y transmite hechos desde su
posición como sujetos históricos y a la vez recupera y mantiene la
memoria de muchos eventos, sucesos o personajes históricos.

o Costumbres: son un conjunto de prácticas que han adquirido fuerza y que


forman el carácter distintivo de un país, una región o un poblado; las
cuales son opcionales, por ejemplo suele ser una costumbre desayunar
con gallo pinto, pero no necesariamente todos los costarricenses lo
consumen todos los días, por tanto, al ser invariable y no constante, se
dice que es una costumbre.

o Creencia: Es aquello que admitimos como cierto, donde se le da un


completo crédito a un hecho o situación como segura y real. Las
creencias ilustran todo aquello que se le considera sobrenatural. Por
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ejemplo: cuando vemos una estrella fugaz se dice que hay que pedir un
deseo y será concedido.

o Mito: es una representación mental e irreal de seres con forma humana o


de bichos o de cualquier cosa o ser. De acuerdo con Zeledón (1989), el
mito cuenta una historia sagrada porque es obra de dioses o seres
sobrenaturales; relata un acontecimiento que ha tenido lugar en el tiempo
ficticio de los comienzos y que bien podría ser el origen de una realidad
como el cosmos, el mundo, las especies vegetales y animales, etc.

o Ritos: son comportamientos sociales que se efectuaron en diferentes


momentos de la vida, son el paso por grandes momentos y
acontecimientos de la vida. Ejemplo: el bautizo, la boda, el rito de la
muerte, el cual para algunas culturas, es toda una celebración que suple
el desorden y la ausencia del difunto, marca el paso de aquí, sobre la
tierra, a otro estado de la vida.

o Cuento: Relato o narración breve de un suceso imaginario cuyos


personajes, lugares y tiempos están sin determinar. (Zeledón, 1989).
Ejemplos: Cocorí, Tío Conejo, Anancy.

o Anécdotas: Son relatos de acontecimientos o sucesos importantes y


extraordinarios, referidos a algún personaje del pueblo o de las cercanías,
puede ser humano o animal y su acción tiene lugar en un tiempo presente
o en un pasado inmediato, es decir ayer. Se refieren a encuentros con
seres imaginarios como fantasmas o aparecidos.

o Retahílas y bombas: son inspiraciones espontáneas de los sabaneros


que se acompañan de gritos y notas musicales, al ritmo de la marimba o
la guitarra.
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o Refranes30 y dichos: Son los bastiones de la idiosincrasia del mundo


hispanoamericano. Es un bello reflejo de la sabiduría y sentir del dominio
popular. Reflejan las creencias, la experiencia y la necesidad de dar
consejos mediante la tradición oral. Por ejemplo: a mal tiempo buena
cara, significa que aunque atravesemos tiempos difíciles debemos ser
positivos para seguir adelante. Entre los dichos destacan: pura vida,
tuanis, mae, diay, upe, charita, menudo, chunche, tiliche, carajada, güila.

o Adivinanzas y piropos: Las adivinanzas han constituido, antes más que


actualmente, un medio de entretenimiento entre amigos y familiares.

o Plantas medicinales y propiedades curativas de algunos animales: Ambas


son fuentes de uso muy valiosas en las culturas, sobre todo por el
conocimiento local generado en torno a las propiedades curativas y
sanadoras y los diversos usos que sobre las plantas se aplican.

o Leyenda31: Es la narración de una historia o relato maravilloso en el que


se determinan personajes, lugares y épocas que se consideran
verdaderamente acaecidos y en la que generalmente se cree. (Zeledón,
1989). Son relatos transmitidos y enriquecidos de forma oral y escrita. La
leyenda está ligada a una región, área o pueblo. Existen tres grandes
grupos: leyendas relativas a la tierra, los animales y las cosas, ejemplos
la Mona y el Cadejos; leyendas relativas a la religión, como por ejemplo:
Aparición de la Virgen de los Ángeles, La Virgen de Ujarrás; y leyendas
relativas a la magia o mundo sobrenatural, como por ejemplo el Padre sin
cabeza y la carreta sin bueyes.

30
La diferencia entre un refrán y un dicho es muy sutil; está en el tipo de lenguaje o en la forma de escribirlo. Un
refrán casi siempre, está escrito en lenguaje culto. Un dicho, muchas veces está escrito en lenguaje popular. Ambos
son anónimos. Revista Zurquí (2006).
31
Es una palabra que viene del latín legenda que significa lo que se ha de leer.
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o Folklore32: Es el conjunto de tradiciones, costumbres y creencias de los


pueblos. Es una palabra compuesta por folk o pueblo y lore saber, o bien
el saber del pueblo.
Características del folklore:
o Anónimo, significa que las creaciones no tienen autor, esto se
plasma en muchas canciones, dichos y refranes, los cuales
hemos escuchado y trasmitido oralmente sin conocer a su
autor.
o Regional, porque cada zona tiene sus creaciones y su
originalidad.
o Antiguo, no se puede ubicar una fecha de creación.
o Empírico, porque forma parte de la experiencia del pueblo y
no se aprende con el rigor de la escuela.
o Es social y colectivo, ya que es el pueblo su creador y su
informador.

Tipos de folklore:
o Folklore poético: Está dedicado a las coplas, canciones,
dichos populares, adivinanzas y refranes. Ejemplo de copla:
San Isidro labrador, que santo más guapote, no permitas que
la milpa, se nos pierda un elote.

o Folklore narrativo: comprende el estudio de los mitos, las


leyendas, los cuentos, los chistes, las anécdotas, las tallas;
además recoge todas las exposiciones de sucesos reales e
imaginarios.

o Folklore mágico: Se compone de toda la gama de


supersticiones, amuletos, pócimas, filtros de amor,

32
El término fue propuesto por primera vez en Inglaterra, en el año 1846. (Chang y Gonzáles: 1981).
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incredulidades y toda la magia practicada por el pueblo,


magia medicinal, animismo y todo fenómeno sin explicación,
como por ejemplo el mal de ojo, la tuerce, los antojos, los
amarres, etc.

o Folklore social: Está relacionado con las danzas, bailes,


sones, festejos y juegos tradicionales, como mirón, quedó,
llegó carta, rayuela, chilate y cuarta. Comprende también los
juguetes tradicionales como el trompo, el caballito de palo, la
muñeca de trapo, barquitos de papel y el barrilete o papalote.

o Folklore culinario: En él se explica el origen sobre aspectos


gastronómicos y formas de cocina de todos los tiempos.
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CAPÍTULO 5

ÉTNIAS NO INDÍGENAS ACTUALES


5.1 Identidad Cultural
5.1.1 Algunos elementos que
componen la identidad cultural
5.2 Etnias no indígenas
5.2.1 Grupo Étnico
Afrocostarricense
5.2.2 Grupo Étnico Chino
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5 ÉTNIAS NO INDÍGENAS ACTUALES


5.1 Identidad Cultural

La identidad cultural se refiere a la sumatoria de todas las características


distintivas y propias que como grupo o sociedad nos hacen ser de una
determinada manera y nos diferencian de otros. La identidad cultural es un
aspecto importante para la reproducción cultural y para la pertenencia a un
grupo y a una región. Por ejemplo, al ser originario de la zona de Guanacaste,
del Caribe o de cualquier otra parte del país, los grupos que habitan esas áreas
suelen caracterizarse por el uso de una indumentaria específica; se entienden
mediante variados, como silbidos, onomatopeyas, dichos, apodos y gestos,
emplean medios de transporte distintivos como la bicicleta o el caballo.
Construyen según la arquitectura imperante y hablan el idioma oficial del país o
el grupo étnico o no étnico al que pertenecen. Todos estos elementos
socioculturales conforman la identidad del grupo donde residen.

5.1.1 Algunos elementos que componen la identidad cultural


o Deidades o dioses: Dios, Sibö, Tocu, Nubu.
o Indumentaria: Antiguamente la vestimenta indígena era elaborada con
tela de mastate y otros eran tejidos con hilo de algodón. Actualmente
solo predominan los trajes confeccionados y usados por una relativa
mayoría de mujeres Ngöbes. Cabe también citar el uso del traje típico
tradicional guanacasteco pero para celebraciones patrias.
o Color de ojos: negros, cafés, verdes, azules.
o Tipo de pelo: lacio, crespo, ondulado.
o Idiomas: castellano, bribri, malecu, bugle, naso, inglés caribeño.
o Tipos de música folklórica, calipso, reggae.
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o Instrumentos musicales: pitos, maracas, ukelele, tambores, ocarinas,


marimbas33.
o Bailes: Sorbón (Bribri), Baile de los diablitos (Boruca), El Punto
guanacasteco, El caballito nicoyano, El torito, (todo el país), Baile de la
cuadrilla, May Poll (Afrocaribeños), Fiesta de la Villa (tradicional de San
Carlos) y el Swing (popular a nivel nacional).
o Cocina: gallo pinto, tortillas, tanelas, rice and beans, chorreadas, patí,
chicha, chicheme, tapa34 de dulce para el agua dulce, picadillos de
arracache, de papaya, sopa de ayote, ñame y rabo de chancho, ceso
vegetal con bacalao en aceite de coco.
o Arquitectura: casas de adobe, casas de bahareque, viviendas indígenas.
o Apodos, dichos y medios de transporte.

5.2 Etnias no indígenas


En Costa Rica, participan de su conformación sociocultural diferentes grupos de
diversas nacionalidades, entre ellos, norteamericanos, centro y sur americanos,
europeos, Hebreos, Libaneses, Orientales y Afrodescendientes. Para efectos
del curso, solo citaremos a las etnias no indígenas afrodescendiente y china,
por ser dos de los más representativos en cuanto a presencia histórica y
grandes aportes culturales, económicos, gastronómicos y lingüísticos brindados
al país.

33
El 3 de setiembre de 1996, en el Decreto Ejecutivo #25114-C, se declara la marimba como instrumento musical por
excelencia, el cual está asociado a las festividades populares del país y es un instrumento muy importante en la
música folklórica costarricense. Su fabricación más productiva se da en Guanacaste, los conocimientos, tanto para
fabricar como para ejecutar las marimbas, se transmiten de generación en generación, por medio de la tradición oral.
En cuanto a la confección de éstas, se logra por medio de trozos de madera de distintos tamaños, de mayor a menor,
de forma alargada y dispuestos horizontalmente en una armazón trapezoidal, en donde se ajustan las cuerdas tirantes
que sostienen las teclas ensartadas en sus extremos. El sonido se logra golpeando sus teclas con los bolillos, que son
varillas resistentes y flexibles donde los extremos están forrados con tiras o bandas de hule crudo.
34
El trapiche es el lugar donde se procesa la caña de azúcar para obtener la tapa de dulce. Entre los componentes de
un trapiche se encuentran: los rodillos o masas de madera, la canoa, la paila. La paila de cobre se obtenía en el
mercado. Actualmente el proceso se ha modernizado ya que, en algunos trapiches, los bueyes han sido sustituidos por
motores.
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Turismo Cultural de Costa Rica

5.2.1 Grupo Étnico Afrocostarricense35


No es posible comprender realmente al costarricense y a su cultura, si no hay
conocimiento de que desde el principio el pueblo africano ha dejado su huella,
implícita y vinculada con la historia de Costa Rica, de no reconocer esto habría
rasgos de la cultura del país que no se podrían entender. Senior (2007), agrega
que a pesar de las evidencias que lo niegan, desde los inicios de la formación
de Costa Rica como República, se creó un discurso oficial basado en la idea de
una homogeneidad demográfica, una población esencialmente “blanca”;
negando la existencia de las poblaciones indígenas y las de origen africano y
chino, presentes en el territorio. Esta premisa ficticia, suministró la semilla del
surgimiento de una ideología que da cuenta de un carácter nacional
fuertemente asociado a un origen europeo “purificado”, carente de la realidad
del mestizaje y asociado desde su origen a una naturaleza noble y meritoria de
ser preservada y salvaguardada de cualquier manera.

El color de la piel, entre otros rasgos físicos, es y será una de las pistas de la
herencia étnica venida de los grupos indígena, africano, chino y europeo, que
conforman al ser costarricense actual. Esta verdad riñe con la historia oficial, la
cual solo ofrece un origen incierto que minimiza la herencia genética de los
pueblos aborígenes, africanos y asiáticos, con relación a la realidad
costarricense y a la de otros países del continente.

5.2.2 Oleadas migratorias


Autores como Meléndez y Duncan (1974), Senior (2007) y Allen (2010),
señalan que la llegada a Costa Rica de este grupo étnico se dio principalmente
en tres momentos:

35
Agradezco al Lic. Donald Allen Duncan, amigo, sociólogo y docente del Núcleo de Turismo, experto en temas
étnico-raciales, sus valiosos comentarios y observaciones para mejorar este apartado. Asimismo agradezco al
profesor Marco Ortiz y el grupo de estudiantes del Programa de Diseñadores de páginas web, impartido en el Centro
Polivalente de Limón del año 2011, las fotografías facilitadas para ilustrar este capítulo.
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Turismo Cultural de Costa Rica

I. En el siglo XVI, a la llegada de los conquistadores españoles que los


traían en condición de esclavos.
II. Durante el siglo XVIII, momento que se caracteriza por la invasión de
los Zambos Misquitos, invasión que para la economía del país tuvo
sus implicaciones debido a que este grupo saqueaba el cacao de las
plantaciones ubicadas en el Valle de Matina; aunque también se
dieron relaciones comerciales entre este grupo y los dueños de las
haciendas de Matina. Cabe indicar que los zambos fueron esclavos
escapados, que establecieron sus propias comunidades en áreas
inaccesibles para los españoles. Con el transcurso del tiempo, se
mezclaron y fueron asimilados por los indígenas misquitos. Los
zambos se desplazaban por la Costa Atlántica saqueando colonias
españolas. Este grupo fue ayudado por los británicos, quienes habían
ganado el control de Jamaica en 1655, y buscaban contener la
influencia española en la región. Se aliaron con los zambos, les
financiaron y les vendieron armas. La actividad del zambo llegó a su
apogeo en el siglo XVIII, luego los gobernadores españoles les
pagaron tributos para que terminaran sus ataques.
III. La inmigración de población negra llevada a cabo entre 1879 y 1921.
Estos inmigrantes eran procedentes Jamaica y se ubicaron en la
zona Atlántica del país, trayendo de su país de origen sus
costumbres, su cultura culinaria, idioma y religión. Serían ellos los
que darían su mano de obra en la construcción del ferrocarril y
posteriormente en la producción bananera. Con relación a este tercer
arribo, Senior (2007) agrega que dicha fuerza de trabajo, contratada
de manera temporal y con fines específicos, se desplazó en
cantidades importantes por toda Centroamérica, y para el caso de la
costa Caribe costarricense se constituyó en la base fundamental de la
fuerza de trabajo. Por su parte Allen (2010), añade que en un navío
llamado Lizzie, el 20 de diciembre de 1872, ingresaron 123
trabajadores procedentes de Kingston, Jamaica y contratados por la
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Turismo Cultural de Costa Rica

Northern Railway Company para la construcción del puerto y la vía


férrea que uniría la región del Atlántico con el Valle Central. Esta
importante mano de obra fue solicitada y gestionada por el
empresario Minor Cooper Keith, quien logró un permiso
extraordinario, de parte del gobierno costarricense, para el ingreso de
personas chinas y africanas, ante la existencia de la Ley 24 de Bases
y Colonización, que prohibía la colonización del país por parte de
personas de raza africana o china, “excepto en casos de necesidad”.
Actualmente, los descendientes de estos inmigrantes, son los que
conforman parte de la población de la provincia de Limón y de otras
zonas del país.

Por su parte Mendoza (2002), expone que los auges en la llegada de


afroantillanos a la vertiente Caribe de Costa Rica, fueron a su vez determinados
por una dinámica regional mucho más amplia que lo acontecido en Kingston o
Puerto Limón. Si bien es cierto que la construcción del ferrocarril al Atlántico
ocasionó la primera llegada en gran escala de trabajadores afroantillanos a las
costas costarricenses, las épocas de mayor afluencia de inmigrantes fueron
determinadas por obras de infraestructura más allá de nuestras fronteras, como
lo fueron la construcción del canal francés en Panamá, entre 1881 y 1888, y la
del canal construido bajo mando del gobierno estadounidense, entre 1904 y
1914. Mientras tanto, la rápida expansión de las exportaciones bananeras
desde Limón, entre 1890 y 1913, abría oportunidades económicas que atraían
de las islas antillanas, vía Colón, Panamá, a modo de emigración “hormiga”,
desde estibadores hasta lavanderas.

5.2.3 La religión en el Afrocostarricense


De acuerdo con Meléndez y Duncan (1981), ésta se puede clasificar en tres
grupos principales:
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I. Religión protestante, entre las que se destacan la Anglicana, la


Bautista, La Metodista, la Adventista y los Testigos de Jehová, entre
otras.
II. Sectas pararreligiosas sincréticas, se distinguen tres tipos principales:
 Las Logias: Es ante todo una organización de hermandad de
confraternidad y centro de reflexiones filosóficas; no obstante, se
le atribuyeron muchas exageraciones fantásticas.
 La Pocomía: Recibe también el nombre de pocomanía, se trataba
de una especie de culto minoritario en Limón, pero temido por el
pueblo, dado que durante las ceremonias ocurrían posesiones de
espíritus. Utilizaban altares, hacían una danza en sentido
contrario al reloj, acompañada de música de tambores, donde sus
participantes eran conocidos como famosos hechiceros que
“defendían” a los suyos, pero también “hacían daño” a los
enemigos. No obstante, también durante sus celebraciones
empleaban canciones de himnario Sankey, canciones sagradas y
fragmentos de las Escrituras.
 El Obeah: Es una palabra africana que significa poder; un poder
espiritual, que puede ser utilizado para proteger, para defender o
para atacar al enemigo. Un Obeah, no es un hechicero sino una
persona con poderes sobrenaturales.

III. La Religión Católica. El catolicismo no es nato entre los pobladores


afrolimonenses, debido a que tradicionalmente ellos han sido
protestantes y lo siguen siendo, pero por efectos del contacto con la
población mestiza, ha traído como consecuencia algunos conversos,
aunque en un porcentaje muy bajo; no obstante, sea cual sea la forma
de religión con que el afrolimonense se encuentra, tienden a respetarla,
ya que por definición son personas de mentalidad religiosa.
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Turismo Cultural de Costa Rica

5.2.4 Manifestaciones culturales rítmicas afrocostarricense


 Calipso limonense: Es un canto tradicional de la población de esa
provincia y originalmente sólo cultivado y consumido por un sector de la
población. Se destaca como una forma musical cantada con gran
dinamismo, ya que desde sus orígenes se ha caracterizado por ser un
canal de comunicación entre la población y los acontecimientos y
fenómenos sociales, políticos y culturales. Es una especie de idioma
común, entre muchos pueblos del Caribe. En la provincia de Limón,
decir calipso es probablemente referirse a un estilo musical que contiene
insumos del mento36, del son cubano, del original calipso trinitario y
luego del reggae y de la salsa de los años ochenta.

De acuerdo con Monestel (2005), la instrumentación típica para la


ejecución del calipso limonense consiste de una marimbola o marímbula,
banjo, tumbadora, ukelele o cuarto y quijongo. Algunos de sus autores y
máximos exponentes son: Walter Ferguson (conocido como Mr. Gavitt),
Joseph Darkings (conocido como Papa Tun), Robert Kirlew (conocido
como Buda) y Herberth Glinton (conocido como Lenky), entre otros.

 Cuadrilla: De acuerdo con Meléndez y Duncan (1981), este baile fue


originado en Europa, apareció en Francia en el reinado de Napoleón 1 y
para el año de 1816 fue introducida a Inglaterra por Lady Jersy y que de
ahí llegó al Caribe. Monestel (2005), indica que el origen de la cuadrilla
es de Jamaica y se bailaba en dos formas de acompañamiento musical:
por una parte, música tradicional europea, de la tradición de bailes de
salón y por otra, con música de mento. Los conjuntos de mento
acompañan estas danzas tocando una variedad de melodías

36
Es música de origen jamaicano, tiene sus raíces en la historia y la cultura de ese país, la cual se remonta al período
de la esclavitud y los cantos de trabajo, que asemejan el ritmo de los movimientos al ejecutar las herramientas del
trabajo (machete, pico, pala) Monestel (2005).
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tradicionales europeas, excepto por la música mento, la primera música


creada por jamaicanos.

 Gospel: Música religiosa que incorpora himnos y cantos, los cuales


fueron desarrollados por los afroamericanos a partir de sus años de
esclavitud y represión en el siglo XIX. Gospel es una palabra en inglés
que significa evangelio.

5.2.5 Los afrocostarricenses actualmente


Este apartado hace referencia al quehacer actual de los afrocostarricenses,
refiere aspectos como la lucha por la preservación de la herencia cultural y la
necesidad de romper con el racismo y las barreras de discriminación y
exclusión racial a las que aún siguen siendo sometidos. Putnam, (2000), en su
estudio apunta a que en Costa Rica la población de ascendencia afroantillana
históricamente han pesado dos factores negativos:
I. Los prejuicios raciales de la población que se considera “blanca”.
II. La situación global de la Región Huetar Atlántica, donde los niveles de
inversión (tanto nacional como extranjera) en infraestructura y en
servicios han seguido un rumbo pausado, haciendo que la expansión de
los mismos sea lenta en comparación con el Valle Central. No obstante,
la misma autora considera que el perfil del grupo étnico afrocaribeño
costarricense es el de una colectividad que ha sabido aprovechar las
oportunidades proveídas por:
a) La circulación migratoria, dentro de la zona Caribe y más allá de
ella, aunque esto no significa una reconciliación fácil para
reconcentrarse geográficamente en la provincia de Limón.
b) La educación, para lograr un grado de alcance socioeconómico y
académico extraordinario.
c) Las uniones “mixtas” con la sociedad “paña”; estas uniones mixtas
no están funcionando como mecanismo de “blanqueamiento”, ni
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son parte de una estrategia personal para dejar atrás la


adscripción étnica afrocostarricense a favor de la identidad “sin
etnia” o “blanca”, sino que dentro de los hogares mixtos parece
haber una preferencia por identificarse con la herencia afro.

Hutchinson (1995), agrega que actualmente la comunidad afrolimonense


atraviesa una crisis socioeconómica, debido principalmente a la negligencia
estatal, por una percepción equivocada del gobierno hacia las necesidades de
la comunidad o una actitud de indiferencia total hacia estas necesidades. La
región sufre de altos niveles de desempleo y subempleo, lo que es irónico en
una provincia que maneja más del 75% de las importaciones y exportaciones
del país y siembra un buen porcentaje de sus cosechas. Muchas actividades
tradicionales como la pesca y la agricultura van desapareciendo, al tiempo que
los afrolimonenses son explotados con salarios bajos, invitando a un éxodo de
jóvenes hacia San José o hacia EE.UU., contribuyendo así con la
fragmentación de la comunidad. Por otra parte, la cultura rítmica también sufre
el impacto del mercantilismo, debido a que
la gente escucha más el reggae comercial
y otros tipos de música importada, que sus
propias creaciones musicales. Desde la
incorporación de los Afrocostarricenses a
la vida política del país, a inicios de los
años 50, los logros y las concesiones
políticas para la comunidad
afrodescendiente han sido casi nulos. Los
avances reales se pueden resumir de la
siguiente manera: Fotografía: Marco Ortiz y sus estudiantes.

 Ley Curling, en alusión al señor Lic. Alex Curling Delisser, primer


diputado afrodescendiente. Es una ley adoptada en 1955 la cual facilitó
la naturalización de la comunidad afrodescendiente.
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 Plan educativo de 1974, cuyo planteamiento consiste en corregir los


perjuicios causados a la comunidad afrodescendiente por parte del
sistema educativo. En este aspecto la señora Thelma Curling, (primera
afrocostarricense diputada) propugnó la enseñanza del inglés en las
escuelas primarias de Limón. A este plan el académico Quince Duncan,
apeló por profesores Afrocostarricenses que entiendan y hablen la
lengua vernácula local.
 Día del Negro y de la cultura afrocostarricense, declarado en 1980, cuyo
día a festejar será todos los 31 de agosto, según el decreto #11938-E,
publicado en La Gaceta N° 204, del 24 de octubre de 1980. Es una
fecha en las que todas las instituciones educativas de primaria y de
secundaria, oficiales o privadas, comités culturales y la comunidad
afrocostarricense del país organizan eventos para dar a conocer su
cultura. Para Allen (2000), esta celebración responde a la necesidad de
que se reconozcan los aportes del sector Afro-costarricense, en
igualdad de condiciones respecto a los aportes económicos, sociales y
culturales que han dado los demás grupos étnicos al país. Reconoce
además, una lucha abierta y necesaria contra todo tipo de prejuicios que
desafortunadamente todavía permanecen en nuestro país y en todo el
continente.
 Ruptura de relaciones diplomáticas con Sudáfrica, 1986-1990, por el
gobierno blanco del apartheid, junto con la ratificación de leyes anti-
discriminatorias.
 Comisión Afrocostarricense 2010, entidad conformada por la Asamblea
Legislativa para definir un programa destinado a visibilizar al grupo
étnico afrodescendiente, como uno de los actores medulares del Estado
costarricense, y también para que coordine con las instituciones
estatales, las agencias de la ONU y de la OEA, entre otras instancias
internacionales, todas las actividades vinculadas con el Año
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Internacional de las Personas de Ascendencia Africana (2011) y los


siguientes años de celebración.

5.2.6 Del concepto de negro al de afrodescendiente


Castro (2009), apunta que a nivel social y con la población afrodescendiente se
le ha dado un significado negativo a “lo negro”, comparándolo a valores y
características negativas, fundamentándose a través de la historia prácticas de
discriminación racial. De acuerdo con estudios efectuados a mujeres
afrodescendientes, perciben que se da una diferenciación social desde el uso
de la palabra “negra” como sustituto de sus nombres, siendo una forma de
ubicarlas en un grupo social considerado inferior y que además le oculta su
nombre, como su identidad principal.

De acuerdo con el IDESPO (2010), los nombres étnicos y poblacionales tienen


que ver con la historia de cada grupo o pueblo y del grado de cohesión social y
autoreconocimiento, pero muchas de las denominaciones dadas a los
afrodescendientes provienen de la cultura nacional o el grupo dominante y
suelen tener una carga negativa de discriminación y de exclusión. Por tanto, en
América Latina y el Caribe, se está acuñando el concepto de afrodescendiente
para referirse a las distintas culturas “negras” o “afroamericanas” que
emergieron de los descendientes de africanos, las cuales sobrevivieron a la
trata o al comercio esclavista, o como en el caso de Costa Rica a hechos
históricos posteriores como la construcción de los ferrocarriles y el trabajo en
las bananeras.

5.2.7 Principales aportes de los Afrocostarricenses


De acuerdo con Allen (2010), los aportes venidos de este grupo han sido
variados y diversos. Por ejemplo, sobresalen muchos hombres y mujeres
trabajando en el tema de la salud y la educación pública, con grandes
contribuciones en estas áreas. A nivel deportivo y con la promulgación del Día
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del deporte, los Afrocostarricenses han desarrollado una labor sorprendente en


disciplinas como el futbol, beisbol y atletismo, destacando en ésta última la
figura de Nery Brenes, así como la de Hanna Gabriels, en el boxeo, por ser en
el país la primera campeona a nivel mundial en esta disciplina. Destacan
también los aportes en materia lingüística, con el inglés estándar e inglés criollo
limonense, asimismo con la gastronomía y la arquitectura vernácula. Nunca se
podrá omitir la participación valiosa y relevante en lo que se refiere a la mano
de obra que permitió la construcción del puerto de Limón y la vía férrea, la que
también sirvió para unir esta zona con el Valle Central y concretar mayor
avance económico al país durante el siglo XIX.

5.2.8 Movimiento organizativo afrocostarricense


En esta dirección destacan diversas organizaciones no gubernamentales
creadas y enfocadas hacia la contribución y la generación de diferentes
condiciones de lucha o resistencia y agendas de trabajo en temas que van
desde género, demandas de empoderamiento cultural, reconocimiento interno y
aceptación de la diversidad, entre otros. Destacan en el país la Asociación
Proyecto Caribe, miembros de la Organización Negra Centroamericana
(ONECA), el Centro de Mujeres Afrocostarricenses y la Mesa Nacional
Afrocostarricense.

5.2.9 Breve caracterización social y cultural del grupo étnico


afrolimonense:
 Conservan la arquitectura vernácula, casas de madera ventilada, sobre
postes y con amplios corredores. Hoy el sistema constructivo tradicional
está seriamente amenazado por el sistema moderno; no obstante,
algunas casas y edificios han sido declarados patrimoniales para su las
futuras generaciones.
 Existe un amplio consumo y preparación de diversos tés a base de
hierbas aromáticas y otras plantas.
INSTITUTO NACIONAL DE APRENDIZAJE 66

Turismo Cultural de Costa Rica

 Fuerte alimentación a base de tubérculos y raíces.


 Uso característico de la leche de coco y el
chile en la comida tradicional.
 Recolección de agua de lluvia para usos
domésticos.
 Empleo de la cáscara de coco para lustrar
los pisos de madera.
 Presencia de una cultura rítmica,
manifestada por medio del: calipso,
cuadrilla y canto religioso como el Gospel. Fotografía, Yirlanny Campos S.

 Hablan tres idiomas: inglés criollo limonense, inglés caribeño estándar y


español.
 Juegos importantes: el tablero y dominó.
 Personas con mentalidad religiosa, muy tolerantes y destacadas en lo
deportivo, intelectual y político, así como en la promoción de la cultura, la
tradición oral y sus valores.

5.3 Grupo Étnico Chino


5.3.1 Datos históricos: Primer y segundo arribo

De acuerdo con Allen (2010) debido a los problemas políticos que atravesaba la
dinastía Manchú, junto con relaciones de dominación del Imperio Británico y la
enorme presión social interna, el gobierno chino se vio en la obligación de
originar procesos migratorios en su población con el objetivo de lograr
minimizar las confrontaciones y atacar el problema de la sobrepoblación. Para
el caso costarricense y como primer arribo Chou (2002), agrega que alrededor
del año 1852, el gobierno costarricense se interesó por la inmigración China y
para 1855, logran introducir por Puntarenas a los primeros 77 trabajadores
chinos, destinados a realizar labores de campo en las haciendas cafetaleras.
Para el segundo arribo, se indica que en abril de 1872, Henry Meiggs Keith,
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Minor Cooper Keith y Crystzell presentan al gobierno costarricense una


propuesta que consistía en obtener una prima de 30 pesos, por cada chino que
introdujeran al país, consiguiendo un permiso que pasaba por encima de la Ley
de bases y colonización, la cual prohibía el ingreso de personas chinas y
africanas. Para el año 1873, llegan 653 chinos, procedentes de Macao a
Puntarenas y Cartago, todos ellos originarios de Cantón De este grupo unos
fueron vendidos para trabajar en el Valle Central, otros para la construcción del
ferrocarril y otro tanto para los cafetaleros. Estas personas fueron ofrecidas
según su condición física, de cuyo mercado humano fueron partícipes: políticos,
educadores y hacendados del momento.

5.3.2 Contexto de los contratos


Los contratos indicaban que los chinos debían trabajar una jornada de 12 horas
diarias y tres días libres al año, entre tanto los importadores debían darles
alimentación sana, habitación cubierta, tres vestidos de manta al año, cinco
pesos por mes y atención médica gratuita en caso de enfermedad; sin
embargo, el trato suministrado, a pesar de una supuesta igualdad ante la ley,
no fue cierta, sus derechos como seres humanos se olvidaron, los que
trabajaban en la línea férrea enfermaban constantemente de malaria, otros
trabajan semidesnudos, debido a que no se les compraban los vestidos
acordados, se alojaban en ranchos y no en una habitación cubierta, el salario
devengado era de 4 pesos y prácticamente su salario les fue arrebatado, tanto
por la compañía como por el Estado. Muchos buscaban constantemente la
huída, algunos cometieron suicidio y como resultado, el número de chinos se
redujo. Resulta muy lamentable decir que este grupo étnico sufrió maltratos,
más graves que los incurridos con los afrocaribeños, dos siglos antes. (Chou:
2002).
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Turismo Cultural de Costa Rica

5.3.3 Prácticas culturales


Entre las prácticas culturales tradicionales destacan las artes marciales,
danzas, consumo de te, elaboración y empleo de vajilla y cristalería, la quema
de pólvora (para ahuyentar a los malos espíritus), confección de ropa
tradicional, en la que predomina el color rojo, el cual consideran aleja la mala
fortuna y los malos espíritus, el arte de la caligrafía (una joya sin igual), y una
impresionante gama de platillos, siendo la comida un verdadero acto solemne,
donde se come con palillos, acompañados generalmente de una cuchara de
mango corto de cerámica o plástica para servirse y tomar sopa.
El grupo étnico chino también posee fiestas, las cuales siguen practicando en
su país o en el que se encuentren, entre las más antiguas están:
- La fiesta de la primavera y la de los faroles. A la primera se la llamaba
antiguamente Fiestas del Año Nuevo. Desde tiempos remotos, la
civilización China tenía una agricultura altamente desarrollada, por lo que
dicha fiesta correspondía, indiscutiblemente, a la producción agrícola,
inicia a mitad del doceavo mes y finaliza a mediados del primer mes con
la luna creciente, tiene por tanto una duración de quince días. La
segunda se inicio hace 1000 años en la dinastía Tang, celebra el día 15
del primer mes luna y corresponde a la primera noche de luna llena
después de la fiesta de la primavera, realizando muchas actividades
como la danza del dragón.
- La danza del león y el dragón, que surgió durante la dinastía Han
(206AC – 220DC), ceremonia de respeto a los antepasados y de petición
de lluvia, la cual devino luego en una recreación. Durante las dinastías
Tang (618-907) y Song (960-1279), la danza del dragón era ya muy
común en las festividades del Año Nuevo y otros eventos festivos. En
vísperas de la cosecha otoñal se realiza el espectáculo tradicional de la
Danza del León y el Dragón, donde la clave de la danza radica en el
manejo de las cabezas de los animales mitológicos.
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Turismo Cultural de Costa Rica

5.3.4 Generaciones actuales


La autora Chen Apuy (1992) cita que muchas familias de origen chino pueden
contar ya al menos cuatro o cinco generaciones. En muchos casos los apellidos
chinos han desaparecido por los matrimonios con costarricenses no chinos, en
otros, por motivo del cambio de apellidos o la españolización de los nombres
chinos; por eso es difícil reconocer quiénes tienen antepasados chinos.
Apellidos como Sánchez, Sancho, Sanchún, Quirós, López, Soto, Salazar,
Castro, León, Rupuy, hacen difícil la identificación de personas de origen chino,
esto en razón de que en muchos casos, los inmigrantes, que venían sin su
familia, tenían hijos con mujeres costarricenses y eran inscritos o bautizados
con el apellido materno. Así, puede decirse que hay más sangre china en la
población costarricense de lo que puede sospecharse.

Dentro de los muchos descendientes de la etnia china costarricense que desde


sus trincheras han aportado al crecimiento económico, cultural, científico,
médico y académico de Costa Rica. Dentro de los muchos exponentes, destaca
la labor de la señora Hilda Chen Apuy Espinoza, puntarenense nacida el 23 de
enero de 1923 e hija de un inmigrante chino que adoptó a Costa Rica como su
nueva patria y de madre costarricense de sangre mestiza. Doña Hilda es una
de las máximas exponentes intelectuales y precursora en la investigación,
conocimiento y estudio de las culturas orientales, con aportes significativos en
la valoración de lo pluriétnico y lo multicultural. Ha sido Premio MAGÓN de la
cultura nacional del año 2003 y un bastión en la difusión y desarrollo de las
relaciones interculturales, dando a conocer en nuestro contexto la herencia real
y simbólica de esas culturas. Hoy, los hijos de chinos van a las escuelas
locales, se convierten en profesionales de todas las disciplinas, son católicos y
se sienten costarricenses; sin embargo, siempre existe el sentimiento de
pertenencia a una minoría étnica diferente, incluso en casos en que los
apellidos no lo indiquen. (Chou: 2002).
INSTITUTO NACIONAL DE APRENDIZAJE 70

Turismo Cultural de Costa Rica

5.3.5 Aportes del grupo étnico chino


El país ha recibido un gran aporte que comprende
desde mano de obra hasta infraestructura, como
lo expresan el puente de la Amistad, en el río
tempisque, proporcionado por el Gobierno de
Taiwán, así como el actual Estadio Nacional dado
por el Gobierno de la República Popular China. A
todo lo largo y ancho del territorio se encuentran
una amplia gama de negocios de productos
orientales, así como hoteles, comisariatos
(pulperías), restaurantes y bancos, en los que
ofrecen y muestran la cultura china a pesar de
estar lejos de su país.
Fotografía: Marco Ortiz y estudiantes.
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Turismo Cultural de Costa Rica

CAPÍTULO 6
ELEMENTOS CULTURALES DE INTERÉS TURÍSTICO
6. Cocina Costarricense
6.1 Cocina criolla costarricense
6.1.2 Cocina guanacasteca
6.1.3 Cocina
6.2 Museos
6.2.1 Museo Nacional de Costa Rica
6.3.2 Museo de Arte Costarricense
6.4.3 Museo de Arte y Diseño
Contemporáneo
6.5 Otros Museos Capitalinos
6.5.1 Museos Regionales
6.6 Tradiciones, Costumbres y Fiestas
Religiosas
6.6.1 Tradiciones y Costumbres
6.6.2 Fiestas Religiosas
6.7 Algunas consideraciones generales
sobre la Arquitectura en Costa Rica
6.7.1 Breve resumen de los diversos
estilos arquitectónicos presentes
en nuestro país
INSTITUTO NACIONAL DE APRENDIZAJE 72

Turismo Cultural de Costa Rica

6 ELEMENTOS CULTURALES DE INTERÉS TURÍSTICO


6.1 Cocina Costarricense

Es fundamental hacer referencia a este tema, debido a que la gastronomía


costarricense, como parte importante de la identidad de un pueblo, es también
el resultado del cruce de grupos culturales que conforman nuestro país y que
con sus productos y formas de preparar los alimentos y bebidas enriquecieron
la dieta del ser costarricense. Este apartado comprende la gastronomía criolla o
tica y la guanacasteca. En términos generales la cocina costarricense es
sencilla y conserva un sabor casero, donde la mayoría de los platos
tradicionales han sido heredados de generación en generación y forman parte
de los legados de nuestros antepasados, apoyada en la cultura del maíz, el
cacao, el frijol y el pejibaye.

6.1.2 Cocina Criolla Costarricense


La cultura española enriqueció y modificó los hábitos de alimentación con la
incorporación de nuevos aromas, colores y consistencias, impulsó la
introducción de otros cultivos como trigo, arroz, avena, caña de azúcar, café,
menta, berenjena, pepino, hierba buena, apio, lechuga, repollo y frutas como
melones, naranja y banano. Con ellos vino también el desarrollo de la
ganadería vacuna, porcina y avícola. Para la época de los inicios de la colonia
ya se cosechaba cebada, verduras y además criaban gallinas; todos estos
nuevos ingredientes y géneros son los que acompañan y conforman una
variedad de comidas y mezclas que generan el nacimiento de la cocina criolla
costarricense.

Cabe también señalar que como parte del proceso de modernización


tecnológica se aprecian la sustitución de diferentes prácticas culinarias, como
resultado de los estándares de la moda globalizada; por ello, el comal, la tinaja,
la piedra de moler o el metate, la olla de barro y la jícara, fueron
INSTITUTO NACIONAL DE APRENDIZAJE 73

Turismo Cultural de Costa Rica

complementados o sustituidos por otros utensilios domésticos introducidos por


los españoles, tales como la olla de hierro, el sartén y otros. Entre tanto, el uso
de la cocina de hierro, la limpieza de la chimenea y la técnica para encender el
fuego, son elementos que han sido abandonados sistemáticamente en los
hogares costarricenses; junto a ésta pérdida, cabe sumarle la que sufre la
comida tradicional, como efecto del bombardeo constante de las grandes
trasnacionales de las comidas “fast food” en alianza con los medios que las
promocionan, es por esto que el guía de turismo debe promocionar e impulsar
la degustación de la comida tradicional de todas las zonas que visita con los
diversos grupos, pero también para ser consecuentes con la importancia que
desempañan algunos productos antes mencionados en la cultura alimentaria
costarricense.

Hoy, de no ser por la tradición oral y por las y los estudiosos (as) del tema,
mucha información culinaria de antaño, como por ejemplo medidas tales como:
onzas, botellas, libras e ingredientes como la manteca de chancho, así como
muchos consejos y secretos de cocina, no serían de conocimiento popular, ni
de enriquecimiento y fortalecimiento para la cultura actual y para beneficio de
nuestra tradición alimentaria. Gracias a personas interesadas en estos temas
es que aún se conservan una variada e ingeniosa gama de recetas de sopas,
picadillos, guisos, purés, frituras y otras modalidades, así como el uso de
diversas carnes entre ellas: res, cerdo, gallina casera y productos de caza de
subsistencia o “carnes de monte” como, venado, conejo, pato, armadillo, saíno
y tepezcuinte (éstos últimos muy poco frecuentes, debido a que son animales
en peligro de extinción y se hallan muy amenazados por la cacería comercial e
irracional) y también pescados y mariscos.

Ramírez (2003), menciona que entre la gama de platillos que aún se mantienen
en nuestra alimentación: la gallina achotada, las empanadas de queso y de
frijol, el tamal de cerdo, tamal asado, tamal pisque, chiles rellenos, picadillos de
arracache, de papaya, de papas con chicasquil, olla de carne, sopas de leche,
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de gallina, de albóndigas, de mondongo, de marisco, guacho de gallina, dulces


de coco y de leche, miel de chiverre y miel de marañón, entre otras.

6. 1.3 Cocina guanacasteca


El maíz es uno de los productos de gran importancia, pues goza de gran
significación en la vida social, espiritual y cultural de los indígenas que
residieron en ella. Actualmente la importancia del grano de maíz sigue vigente y
se refleja en una gran cantidad de comidas y bebidas típicas de la zona tales
como: tortillas, tanelas, tamales, tamal dulce, arroz de maíz, yoltamales,
rosquillas, pererreques, pozol, atol, chicheme, chicha y pinol, entre otras. Es
usual que en las viviendas exista una cocina de leña y horno de barro, donde
se hornean toda clase de panes y se preparan muchas de las comidas
expuestas anteriormente.

Cabe señalar que la tortilla guanacasteca es mucho más grande y gruesa a


base de maíz blanco, las tanelas son elaboradas a base de maíz nisqueado 37 y
molido, aliñádo con azúcar, sal y manteca, rellenas con una mezcla de cuajada
y miel de tapa. El yoltamal, es hecho con maíz tierno y molido con natilla o
queso rallado, un punto de azúcar y sal, envuelto como un tamal en hojas de
elote. (Solano: 2002).

6.1.4 Cocina afrolimonense


La provincia de Limón cuenta con una influencia culinaria de diversos grupos
étnicos y nacionalidades, pero entre el menú más representativo está el
preparado por el grupo afrodescendiente. Entre los platillos, bebidas y
repostería de la cocina afrolimonense destacan:
o Rondón (mezcla de distintas verduras con pescado, carne y
antiguamente con tortuga),

37
Maíz cocinado con ceniza para quitar el hollejo. (García y García: 1986).
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o Seso vegetal (conocido como ackee), este fruto que además es


venenoso, cuando está maduro puede ingerirse y suelen prepararlo con
bacalao, a la manera de guiso condimentado con chile y cebolla. Es
también muy común en el Caribe.
o Pescados (guisados, en escabeche o fritos),
o Rice and beans (arroz con frijoles cocinados con leche de coco y
acompañados de pollo o pescado preferiblemente),
o Patí (empanada de carne con chile picante),
o Plantintah (empanada de plátano maduro),
o Pan caribeño (pan blanco de harina de trigo).
o Fruta de pan (en puré, atoles, frita, horneada, en sopa),
o Sopa de mondongo (víscera de res con tubérculos y chile panameño),
o Johnny cake ( pan de coco),
o Pan bon, (pan a base de harina, tapa de dulce, y pasas, entre otros),
o Galletas de jengibre (harina con jengibre),
o Ginger beer (cerveza de jengibre),
o Guarapo (especie de chicha),
o Hiel (bebida muy popular hecha con jengibre, limones ácidos y tapa de
dulce).
o El dokonú o blue dress, (tamalito dulce preparado con plátano verde,
coco y harina de maíz, envuelto en hojas de plátano y cocinado al
vapor).
o Otros platillos y bebidas son: amaní, dumplin, toto, cocadas, y bebidas
como confite menta, sarril y sorosí.
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Productos y comida afrocostarricenses

Fuente: Yirlanny Campos Solano, gira al cantón de Talamanca, 2012.

Así las cosas, los productos o ingredientes principales y tradicionales para la


preparación de los alimentos y bebidas de la cocina Afrolimonense son:
 El ñame, tubérculo que se prepara en forma de puré, sancochos, guisos,
sopas y tortillas.
 La yuca, tubérculo utilizado en el rondón y en la preparación de
enyucados, tamales, pudines, pan y bamy, una torta gruesa de yuca
rallada y frita
 El tiquisque y la malanga se usan para la preparación de sopas y guisos.
 El calalú, se designan así a algunas plantas con hojas comestibles, es
un componente característico en guisos y sopa de camarón.
 La fruta de pan, es consumida frita, horneada, en sopa o en tortas,
 El frijol de palo o gandul, se consume verde o seco.
 El chile panameño, el jengibre y el tomillo, son ingredientes estrellas en
la elaboración varios platillos tradicionales.

6.2 Museos
Los museos nacionales son las instituciones encargadas de investigar y
proteger el patrimonio cultural y natural del país. Son las que ponen a
disposición todo el conocimiento producto de las investigaciones realizadas por
sus funcionarios (as), a fin de contribuir con el desarrollo de la cultura y la
identidad del país.
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De acuerdo con el Consejo Internacional de Museos (ICOM) y citado por Viales


(2001) un museo es una entidad permanente dedicada a la conservación, el y
el estudio para poner colecciones de interés artístico, histórico, científico o
técnico, direccionados hacia el agrado y la educación del público. Un museo es
también la institución permanente, no lucrativa, al servicio del desarrollo de la
comunidad, abierta al público, la cual adquiere, investiga, conserva y exhibe los
testimonios materiales del ser humano y su medio social y natural. La finalidad
de los museos es el estudio de las colecciones, la educación del público
mediante investigaciones y exhibiciones de diferentes actividades de animación
formal y no formal, así como el deleite de los visitantes (…..). Los museos son
instituciones “vivas”, no estáticas, que transmiten mensajes a sus visitantes, los
cuales pueden ser reinterpretados individualmente y colectivamente, a partir de
múltiples actividades; por ello, el público de los museos es variado; son
visitados por turistas y por estudiantes, ya que pueden servir como recurso
didáctico para maestros y profesores; no obstante, los museos deben contar
con un presupuesto adecuado para llevar a cabo sus funciones.

A continuación se describen de forma somera tres museos de San José:

6.2.1 Museo Nacional de Costa Rica


Fue creado el 4 de mayo de 1887, bajo la presidencia de don Bernardo Soto;
destacan en sus orígenes figuras como don Anastasio Alfaro, Enrique Pittier y
Pablo Biolley, entre otras. En sus más de cien años ha ocupado cuatro
diferentes edificios, pero desde 1950 ocupa las instalaciones del Antiguo
Cuartel Bella Vista, ubicado en Cuesta de Moras. Esta edificación se convirtió
en el símbolo de la abolición del ejército en Costa Rica, cuando después de la
revolución de 1948, don Pepe Figueres, golpeó algunas de sus almenas, en
señal de su disolución.
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En la actualidad el museo cuenta con una colección de 45.000 objetos


precolombinos de piedra, cerámica, oro, jade y otros, así como también una
colección de arte religioso, documentos históricos, monedas, armas, miles de
ejemplares de insectos, aves, rocas, fósiles, vertebrados y vegetales. La misión
del Museo Nacional se define de la siguiente manera: colocar a disposición de
la sociedad el conocimiento adquirido, mediante diversas acciones
institucionales, concernientes al patrimonio cultural y natural del país (Viales:
2001).

6.2.2 Museo de Arte Costarricense


Fue creado en 1978 en lo que fuera la terminal del antiguo aeropuerto
internacional de la Sabana. Se trata de una edificación estilo arquitectónico
neocolonial de 1940, situada en el Parque metropolitano la Sabana. Es el ente
encargado de la conservación, la divulgación y el estímulo de las artes plásticas
costarricenses en sus diversas manifestaciones. Propicia la investigación,
realiza publicaciones, conferencias, exhibiciones itinerantes, certámenes y
programas de restauración, además de velar por toda adquisición de obras
artísticas efectuadas con fondos estatales. Solano (2002).

6.2.3 Museo de Arte y Diseño Contemporáneo


Creado en el año 1994, se encuentra dentro del Centro Nacional de Cultura
(CENAC), un complejo de edificios restaurados de lo que fuera la antigua
Fábrica Nacional de Licores establecida en 1856. Este museo es definido como
el primer espacio destinado específicamente a la difusión, investigación y
reflexión sobre la contemporaneidad artística nacional e internacional en sus
diversas manifestaciones. Ha montado más de cincuenta exposiciones
generadas por curadores nacionales e internacionales, así como importantes
muestras itinerantes. El Museo posee un departamento de Curaduría el cual
trabaja en concordancia con la Junta Nacional de Curadores de Costa Rica
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para realizar los programas de las exposiciones y adquirir piezas de arte para la
colección permanente. Solano (2002).

6.3 Otros Museos de San José


Fundación Museos del Banco Central de Costa Rica (alberga Oro Precolombino
y Numismática), se ubica en los bajos de la Plaza de la Cultura; Museo del
Jade José Fidel Tristán (Ubicado en el Instituto Nacional de Seguros); Museo
Rafael A. Calderón, ubicado en Barrio Escalante; Museo de Formas, Espacios y
Sonidos (Ubicado en la Antigua Estación al Atlántico); Museo de la Carreta
(Ubicado en Desamparados) y el Museo del Niño (Centro Costarricense para la
Ciencia y la Cultura).

6.4 Museos regionales y comunitarios


Se trata de espacios culturales encargados de resguardar las tradiciones y
expresar la identidad histórica y cultural de las regiones y comunidades del
país. Se caracterizan por contar con temáticas diversas como arte indígena,
con evidencia arqueológica, contenido histórico, arte religioso y cultura popular.

Seguidamente se exponen las diversas opciones que posee el país: Museo de


Cultura Popular (Ubicado en Barva de Heredia); Museo Histórico Cultural Juan
Santamaría (Ubicado en Alajuela); Museo de Arte Religioso (Ubicado en Iglesia
Colonial de Orosi); Museo de San Ramón, (Ubicado en San Ramón de
Alajuela); Museo del Sabanero (Ubicado en Liberia); Museo de la Marimba
(Ubicado en Santa Cruz); Museo de Boruca, (Ubicado en Boruca); Museo de
Finca 6-11 Esferas de Piedra, (Ubicado en Finca 6, Pacífico Sur).

Parte de otras manifestaciones artísticas vinculadas con el desarrollo cultural


de la ciudad de San José, Solano (2002), señala las siguientes: las orquestas
sinfónicas, los teatros, las galerías y los museos. Sin embargo, para otras
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zonas del país, se encuentran las casas de la cultura, talleres de artesanías, las
bandas municipales y grupos de música, baile popular y canto folklórico.

6.5 Tradiciones, Costumbres y Fiestas Religiosas


Todos nuestros pueblos se caracterizan,
algunos más que otros, por mantener
una sólida estructura organizativa en
cuanto a preparativos y realización de
sus tradiciones, costumbres y fiestas
religiosas, heredadas de los
antepasados y transmitidas de una
generación a otra por medio de la
oralidad. Algunas tradiciones y
costumbres costarricenses actuales son
las siguientes:
Fotografía, Yirlanny Campos Solano.

6.5.1 Tradiciones y Costumbres


La Elaboración del Portal y el Rezo del Niño: es una tradición que data del
siglo XVIII, según la historiadora Carmela Velásquez, (La Nación: 07/01/04),
comenta que durante los meses de enero y febrero se realizan los rezos al
Niño, donde no puede faltar un reconocido rezador y familias complaciendo al
Niño, pidiendo bendiciones para la casa, rezando avemarías y cantando
villancicos. La tradición señala que el rezo al Niño Jesús puede aplazarse pero
no omitirse; también dice que los rosarios deben hacerse antes del 2 de
febrero, día de la Virgen de la Candelaria. Al final del rosario, no pueden faltar
el café bien caliente, el aguadulce, el rompope, la horchata, el bizcocho, el
tamal asado, el pan casero, algunas veces guaro, músicos e incluso juego de
pólvora.
o La monta de toros, es una tradición que forma parte de la herencia
colonial y de la influencia de los trabajadores de Chontales, Nicaragua,
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quienes fueron traídos al país durante esa época. El señor Jorge


Gonzáles, conocido como Cañero, comenta que “por esas épocas no
había corrales, ni barreras para reunir el ganado, los jinetes corrían en
un circulo alrededor del hato y así los mantenían juntos. Si un toro se
desprendía, quien lo lazaba tenía el derecho a montarlo y, si no lo
botaba, recibía el animal como regalo, es entonces como esta práctica
generó competencia entre los peones de cada finca, para demostrar
quién era capaz de permanecer en el lomo de un toro bravo. Así las
cosas, la fama de los animales era conocida en otras haciendas lo que
hacia surgir la rivalidad entre sus peones y la necesidad de medir sus
fuerzas en un campo neutral, trasladándose a los pueblos y creándose
las primeras barreras o redondeles, hechas con vara de montaña (La
Nación: 04/01/04).

o La tradición de los Turnos38, ésta se remonta a la época colonial y


está íntimamente ligado a la fe católica, a la necesidad económica y a
un sentimiento de solidaridad comunal. La palabra turno se originó
cuando los devotos de cada pueblo se organizaban para recolectar
dinero, por lo que decían: “voy a mi turno y luego al entregar cuentas:
“entregué mi turno”. Podemos indicar, entonces que el turno se
efectuaba con varios fines: en beneficio de la comunidad o por obras
caritativas, es decir, en auxilio de los pobres y enfermos, para la
celebración de funciones religiosas, como compra de imágenes y para
la reparación de templos, entre otras. (Sandy: 2004).

o La Cimarrona, cumple un papel de suma importancia,


fundamentalmente, en las celebraciones populares. Se trata de
conjuntos formados por músicos, la mayoría mayores de edad, músicos
de bandas de la localidad, o bien músicos que tocan de guataca o de

38
Actualmente estas actividades suelen ser llamadas mayoritariamente ferias o expo-ferias, como parte de esa
modificación que impone la globalización.
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memoria, quienes se unen para amenizar casamientos, turnos, rezos


del niño, despedidas, corridas de toros, fiestas patronales o cívicas y
otras actividades sociales de los pueblos. El repertorio de la gran
mayoría de cimarronas incluye temas provenientes de todo el país.
(Sandy: 2004).

o Las Mascaradas, son también conocidas como mantudos o payasos


en algunas zonas del país y es una tradición popular que se ha
conservado a través de los años. Las mascaradas alegran los turnos y
las fiestas populares en el país y continúan siendo una expresión del
sentido del humor de nuestros pueblos. De ellas sobresalen: el gigante,
que en la época de la colonia representaba al gobernador, también la
giganta de madera o muñeca de facciones y apariencia española. No
pueden faltar el diablo, que con sus travesuras, son el tormento de los
niños y niñas, al igual que la muerte que sobresale por sus fechorías y
el toro guaco, otro miembro colorido, además de la cegua. A las doce
del medio día, una bombeta de doble trueno, es la encargada de
anunciar el comienzo de las fiestas y es el momento para que las
mascaradas salgan a la calle a alegrar y asustar a la concurrencia.
Generalmente son llevadas por jóvenes, que van bailando y corriendo
detrás de la gente, para alcanzarlos y lograr pegarles con el chilillo y así
ponerle gusto a la actividad. (Sandy: 2004).

o La Junta y la Chichada, son tradiciones y a la vez formas de


intercambio de trabajo comunal, entre las poblaciones Bribris y
Cabécares, que hacen durante labores agrícolas como “voltear”
montaña y cortar un tacotal, las cuales requieren de mucha mano de
obra, por lo que se invita a colaborar a los amigos y familiares. Desde
tempranas horas de la mañana, los hombres de la comunidad llegan
hasta la casa del que convocó la junta y les ofrece desayuno y chicha
para que obtengan energía, a la vez para que afilen los machetes.
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Mientras se realiza el trabajo, las mujeres reparten la chicha y al final de


la faena regresan a la casa, donde nuevamente se reparte chicha en
abundancia, lo mismo que comida. Se finaliza la actividad con un baile
de toda la noche, donde todos participan y se afirman los lazos de
unión en la comunidad. La chichada sigue siendo una buena muestra
de sociabilidad y solidaridad, así como la mejor ocasión para compartir,
expresada por los pueblos indígenas de Costa Rica.

o Baile del Sorbón, de acuerdo con los ancianos indígenas, en tiempos


pasados era un baile guerrero, cuyos cantos describían las hazañas
bélicas de las tribus. Su forma de bailarlo (fuertemente unidos entre sí)
simboliza la estructura social de la comunidad vigorosamente
consolidada y unida para hacer frente no solamente a las adversidades
bélicas, sino también económicas y sociales. El sorbón fue y sigue
siendo una danza comunitaria en donde en igualdad de condiciones
participa tanto el hombre como la mujer, inclusive ésta por su actitud de
apoyo representa muy bien una realidad social común entre los
indígenas: la ayuda constante de la mujer hacia el hombre. De acuerdo
con Acevedo (1983), antiguamente y según parece, todavía en algunas
partes de Talamanca, el sorbón es acompañado por un número
determinado de tambores. El sorbón es sinónimo de canto y danza,
ambas cosas están íntimamente ligadas. El Sorbón se baila en las
chichadas y en ocasiones diversas como matrimonios, al terminar el
entechado de un rancho y al recoger la cosecha.

o El Baile de los Diablitos: Esta tradición de la población indígena


Boruca, se remonta a los tiempos de la colonia y significa la lucha a
muerte contra la cultura española que invade los territorios indígenas.
Aparecen en este baile, dos personajes centrales: el toro que
representa al español y los diablos que representan a los indígenas;
estos últimos tienen su propia organización jerárquica, ya que hay
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diablos mayores y menores (éstos están vestidos de mujeres). Los


diablos mayores van a ser los responsables en lo que respecta al orden
y la disciplina. La vestimenta usada en la danza es muy sencilla, se usa
un saco de guangoche a manera de bata y máscara de madera de
balsa o de cedro. Generalmente, los diablos son quienes van a fabricar
las máscaras por usar y algunos
las adornan con tintes naturales.
El toro tiene la cabeza tallada en
madera de cedro, con ojos de
vidrio y una cachera real de toro.
La fiesta dura tres días, inicia el
30 de diciembre y finaliza el 2 de
enero. (Solano: 2002).
Fotografía, Yirlanny Campos Solano.

o El Boyeo y la Carreta: Se trata de una tradición muy importante, tanto


a nivel nacional como internacional, debido a que fue declarado por la
UNESCO en el año 2006, como Patrimonio intangible de la humanidad,.
Ambas actividades van ligadas a la vida del trabajo agrícola campesino
de todo el país; Se trata de una herencia familiar, de una
especialización en un quehacer y de una transmisión de conocimiento
plasmado en los distintos estilos y técnicas para “amansar al buey, para
la elaboración del yugo (la madera, los tipos y usos) y de los aperos
(frenteras, fajas, barzón, chuzo, freno y torcedor y crinea). En la carreta,
se destaca la transmisión del aprendizaje mediante la observación y la
tradición oral del saber hacer, se trata de un oficio que se mantiene
como una preciada herencia familiar. Existen talleres dedicados a la
producción y reparación en lugares como Sarchí, San Ramón de
Alajuela, Aserrí, Puriscal, Desamparados, y Jaris de Mora. La carreta se
conforma de varias partes: el timón, la base, los costados del cajón, el
sobrecajón, la rueda, el aro; utilizan diferentes materiales (madera) y
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herramientas (cuchillos, hacha) y técnicas constructivas (según el lugar


donde la carreta se desempeñará, la topografía y la utilidad o función:
para caña de azúcar, cafetalera, coyolera, leñera, maderera, arenera),
las hay de diferentes tamaños y tipos según su morfología, es decir:
carreta típica, carreta criolla guanacasteca, el chingo o la chinga, el
carretón, el vagón, el carretillo, la carreta cartaga y la cureña. (Revista
El Boyero, 2005: 7-17).

o El Sabanero: Se trata de un personaje que modeló al ser


guanacasteco, es toda una institución de trabajo característico, pero
casi extinto, en las sabanas guanacastecas, que empieza su faena muy
temprano y desayuna casi a oscuras. Dentro de sus funciones están
ensillar su caballo para realizar las tareas de la finca, recoger y separar
el ganado, marcarlo, curarlo, amansarlo, ordeñar, recoger los terneros,
entre otras labores, pero también se divierte montando toros,
participando en carreras de cintas y amansando potros. Se destaca por
cuidar con gran esmero el ganado y todos los animales en general, así
como también por mantener bien cuidados todos los aperos, entre ellos,
las albardas, jáquimas, cinchas, pecheras, bragueros, cabestros,
pellones, vaquetas, riendas, alforjas y el cacho carbolinero. Es una
persona franca que trabaja en solitario, muy dicharachero y religioso
que siempre está dispuesto a colaborar y participar en las fiestas de los
santos patronos. Como parte del reconocimiento a las labores que
realiza esta persona, se creó el decreto de Ley N° 8394 que señala el
10 de noviembre de cada año, como el Día Nacional del Sabanero. Se
comparte con Quesada (1991), que el sabanero es un hombre
encargado de vigilar, cuidar y pastorear el ganado, viene a ser un
importante símbolo de la cultura y de la bajura guanacasteca.

o Las coyoleras: Es una actividad o fiesta realizada en Guanacaste,


principalmente durante la semana santa, es durante estas fechas
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cuando los vecinos y visitantes se agrupan para beber vino de coyol, el


cual es extraído de una palmera39 que nace en las sabanas
guanacastecas, de ahí el nombre de coyoleras. También durante la
actividad resulta usual escuchar la música de guitarras, marimbas y
canciones.

6.5.2 Fiestas Religiosas


 Celebración de la Cofradía de Nuestra Señorita la Virgen de
Guadalupe. En Nicoya, Guanacaste. En 1519 fue descubierto el Golfo
de Nicoya por Hernán Ponce de León y Juan de Castañeda. Durante una
posterior expedición, de Gil Gonzáles Dávila, el Cacique Nambí40, con
seis mil súbditos dio obediencia al Rey de España, abrazando la religión
católica y adoptando la lengua castellana. En esa época los indígenas
chorotegas adoraban el sol, la luna, el fuego, el agua y el viento y
resaltaba la celebración al dios Sol con la Fiesta del Maíz. Los sacerdotes
católicos llegados a Nicoya, en sus tareas de adoctrinamiento,
reemplazaron “La Fiesta del Sol” por la Fiesta de la Virgen de Guadalupe,
aprovechando su aparición al indígena Juan Diego, en el Cerro Tepeyac,
en México, el 12 de diciembre de 1531. Poco tiempo después de la
aparición de la Virgen en México o Virreinato de Nuevo España, como se
le llamaba en ese tiempo, en Nicoya los indígenas chorotegas, pueblo
también de tradición mesoamericana, siguieron realizando con gran
devoción la fiesta en honor a la Virgen de Guadalupe, una tradición que
llega íntegra hasta nuestros tiempos. Así, para la celebración de las
fiestas, los devotos de la Virgen, tenían que trasladarse a Nicoya y
pernoctar allí pero, por la lejanía de sus caseríos, nació una congregación
religiosa que se llamó “La Cofradía de Nuestra Señorita la Virgen de
Guadalupe”.

39
El nombre de esta palmera es Acrocomia vinífera.
º
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La fiesta religiosa conlleva procesiones, misas, rosarios cantados y está


conformada por las siguientes actividades:
- La Contadera de Días: dando inicio en el mes de noviembre,
donde se va desgranando una mazorca, grano por grano,
asignando un granito a cada día de noviembre y uno hasta
completar doce en el mes de diciembre.
- La Pica de la Leña: es la actividad que se realiza el segundo
sábado de noviembre, fecha previamente determinada en la
Contadera de días, es la actividad que se lleva a cabo para alistar
toda la leña que se utilizará durante las fiestas en honor a la
virgen. Empiezan tempranito, se usan hachas y machetes y la
tarea consiste en botar, rajar y acomodar la leña.
- La Atolada: se realiza el día nueve de diciembre, un día antes,
muy temprano las moledoras empiezan a quebrar el maíz pujagua
crudo, para la hechura del atol que se repartirá tempranito entre
los miembros de la Cofradía, después, las mujeres preparan la
masa de las rosquillas y los hombres vuelven al monte para alistar
los horcones, las varas y la palma que servirá para levantar la
ramada, el siguiente día.
- La Ramada: se lleva a cabo el diez de diciembre, y es cuando se
recogen las limosnas de los fieles y velan a la Virgen de
Guadalupe el día once. La levantada de la ramada y la colocación
de una cruz de madera se llevan a cabo al son de tambores y al
estallido de bombetas.
- Once de Diciembre: Vísperas, la actividad comienza en el atrio
de la iglesia vieja, desde las cuatro de la mañana, con bombetas,
repiques de campanas, redoble de tambores de la cofradía y los
acordes de la filarmónica de Nicoya anuncian el arranque de las
fiestas, donde se obsequia café, rosquillas, tragos de guaro y
tamales.
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- Doce de Diciembre: es propiamente el día de la virgen, donde


desde las primeras horas de la mañana, se anuncia el día con
bombetas, campanadas y música y se realizan rezos y la misa
solemne en honor a la virgen.
- La Yegüita: según cuentan los adultos mayores, en una ocasión
cuando los indígenas promesanos regresaban del pueblo de
Nicoya, después de las actividades, dos hermanos guapes,
pasados de tragos, tuvieron un disgusto y se empezaron a pelear
a machetazos, la gente al ver aquello empezaron a implorar a la
Virgen de Guadalupe y fue así, como en medio de los peleadores,
apareció una yegüita que a patadas y mordiscos separo a los
hermanos y luego desapareció, cuando terminó la pelea. Este
hecho fue considerado por los indígenas como un milagro y por
esa razón, a partir de esa fecha hasta el presente, en las
procesiones va una yegüita de madera que ejecuta un baile muy
particular al son de pitos y tambores. (Arauz: 2003).

 Celebración al Santo Cristo de Esquipulas41. Dentro del folclor religioso de


Guanacaste sobresale con gran esplendor la veneración y el culto que se
rinde al Santo Cristo de Esquipulas, patrono del cantón de Santa Cruz. Los
orígenes de esta tradición se remontan al tiempo de la colonia. Según cuenta
la leyenda, un indígena se encontró un cristo negro en medio de unas matas
de coyol. Después de llevárselo para su rancho, en repetidas ocasiones, notó
que el cristo negro volvía a aparecer en el mismo sitio. Esto hizo que la gente
entendiera que el santo lo que deseaba era que le construyeran una ermita en
ese sitio, y así fue. Las actividades religiosas y festivas comprenden el año
entero, ya que durante todos los meses el Santo Cristo de Esquipulas lleva a
cabo un continuo peregrinaje por el cantón de Santa Cruz. Las actividades
tienen su mayor intensidad a partir del mes de noviembre con las Demandas,

41
Esta es una celebración también celebrada en el cantón de Alajuelita en San José.
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o rezos pomposos que se realizan en varios lugares y constituyen las vísperas


del gran celebro que culmina en enero de cada año. Durante ese tiempo las
festividades del santo se constituyen en las fiestas tradicionales y patronales
de Santa Cruz. (Arauz: 2001).

 Celebración a la Virgen del Carmen, llamada la Virgen del Mar. Todos los
años los puntarenenses acostumbran reafirmar su fe y devoción con las
también llamadas Fiestas de la Virgen del Mar o procesión de las Lanchas. Se
trata de una celebración en la que los porteños aprovechan para dar gracias a
la milagrosa Virgen del Mar por el fruto de su trabajo en el mar y le piden que
los proteja cada vez que salen a pescar. El origen de esta celebración data
desde 1913, a raíz de que el barco pescador llamado Galileo naufragó cerca
de la Isla del Caño, su dueño el señor, Hermenegildo Cruz Ayala, influido por
el dolor de las familias de los tripulantes de su barco, se dirigió al templo de la
cuidad a pedirle a la Virgen del Carmen por sus trabajadores. El milagro
sucedió algunos días después cuando llegó la gran noticia de que los
tripulantes estaban a salvo, éstos para sorpresa de todos, hablaban de una
mujer que en medio de la tempestad y la tragedia, los alimentó y acompañó,
de modo que tuvieron suficientes fuerzas para nadar a tierra donde fueron
rescatados. En agradecimiento, don Hermenegildo visitó al sacerdote Daniel
Carmona con la intención de preparar una fiesta en el mar, con su lancha El
Galileo, en honor a la milagrosa Virgen del Mar, como la bautizaron.

Actualmente y previo a la celebración se acostumbra, que todos los


pescadores participen de un sorteo, el cual les permitirá llevar en su
embarcación, la imagen de la Virgen del Carmen. La participación implica,
poner en evidencia su devoción y el esmero por adornar sus botes, pangas y
lanchas para el evento y aunque no lleven la imagen, el participar en la
procesión es también sinónimo de bendición y protección para los pescadores
devotos de la virgen.
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 Celebración la Virgen de los Ángeles, patrona nacional: La historia de la


aparición de la virgen se remonta al año 1635, cuando a una mujer de la
puebla de los pardos, llamada Juana Pereira, encontró sobre una piedra una
imagen de la Virgen con el niño en brazos, ella la recogió y la guardó, sin
embargo, dos veces más la halló en el mismo sitio que la había encontrado
por primera vez y la volvió a guardar y ante este hecho, se asustó y buscó al
sacerdote de Cartago, a quién le contó lo sucedido y le entregó la imagen. Él
también la guarda nuevamente pero al día siguiente aparece sobre la misma
piedra, la guarda y luego ocurre lo mismo, por lo que entendieron que la
Virgen quería tener su casa en ese lugar. Fue bautizada con el nombre de la
Virgen de los Ángeles, debido a que apareció el 2 de agosto, fecha en que los
franciscanos celebran la festividad de Nuestra Señora de los Ángeles.

La primera Asamblea Constituyente de Costa Rica, declara el 23 de setiembre


de 1824 a la Virgen de los Ángeles como Patrona oficial del Estado en decreto
firmado por don Juan Mora Fernández. Con el paso del tiempo se hizo una
tradición en nuestro país que todos los primeros del mes de agosto, miles de
personas o romeros como se les conoce y procedentes de todo el país,
caminen hacia Cartago como muestra de agradecimiento hacia la virgen por
los favores recibidos.

 Otras celebraciones religiosas son: Celebración a San Ramón Nonato, en


San Ramón de Alajuela; La Pasada de la Virgen de Ujarrás y las procesiones
de Semana Santa.

6.6 Algunas consideraciones generales sobre la


Arquitectura en Costa Rica
Durante la Colonia predominó la construcción de la casa de adobe, éste tipo de
arquitectura se desarrolló principalmente en el Valle Central y en el Pacífico
Norte, debido a las pautas de poblamiento durante la Colonia y buena parte del
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siglo XIX, así como también por la relativa sequedad del clima de estas
regiones.

Woodbridge (2003), indica que la casa rural se ubica generalmente de manera


perpendicular a la calle o camino por el que se accede; en lo que concierne a la
distribución, el aposento más cercano a la calle es la sala o estar, mientras que
el más alejado es la cocina, que junto con el comedor, constituyen los
verdaderos centros de vida familiar y entre éstos se ubican los dormitorios y el
trascorral, junto a la cocina; cuya función consistía en albergar el horno, la leña
y la batea para lavar.

La vivienda tradicional del Valle Central, que va desde finales del siglo XIX
hasta el tercer decenio del XX, inició con el auge por la construcción en
madera, debido a la importación de
sierras mecánicas y de la máquina para
fabricar clavos. La introducción de la
madera como material constructivo para
todas las clases sociales coincidió con el
fortalecimiento de los lazos económicos
y culturales con los Estados Unidos,
Inglaterra y el Caribe y con el auge de la
exportación del café. Este tipo de
arquitectura llegó a todo el territorio.
(Woodbridge: 2003). Fotografía, Yirlanny Campos Solano

En todas las provincias se tienen tipologías y sistemas constructivos que


guardan cierta similitud en cuanto al uso de los materiales, como madera y
concreto, adobe y bahareque (como es el caso de las viviendas de Liberia,
Cañas y otras localidades guanacastecas, con la peculiaridad de la puerta
encontrada), elementos decorativos, los colores, casas unifamiliares,
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multifamiliares o casa comercio, casas en serie, casas sencillas, casas de dos


pisos o sobre pilotes como las del caribe. (Woodbridge: 2003).

6.6.1 Breve resumen de los diversos estilos arquitectónicos presentes


en nuestro país
 Colonial: en términos generales, la arquitectura costarricense de la
Colonia, siguió los mismos lineamientos que el resto del continente. Se
construyó una arquitectura austera y maciza, de adobe y teja, apegada a
la concepción de la ciudad como un todo armónico, sin antejardines y
solo ocasionalmente, se hizo uso de corredores, en donde el esquema
de patio se generalizó. Son muy pocas las casas coloniales de dos
pisos, debido a la amenaza de temblores y a la pobreza.

 Victoriano: con este se creó una tipología adaptada al clima caluroso,


por medio del corredor, como reminiscencia de la casa rural, interpretada
tanto en madera como en bahareque, conservando rasgos coloniales
como el patio central e incorporando otros nuevos como el antejardín.

 Victoriano caribeño: De acuerdo con Garnier, citado por Rodríguez


(2004), el estilo caribeño se originó a partir del estilo victoriano. La
producción industrial de piezas de madera permitió la importación de ese
estilo arquitectónico, el cual tuvo una gran difusión en la región del
Caribe a través de catálogos y revistas. En el sur de los Estados Unidos
tuvo enorme aceptación desde el principio de siglo XIX, y se empezó a
producir industrialmente y a exportar al Caribe, gracias a la actividad
comercial tan estrecha en ambas regiones. Este se adaptó a la cultura
de cada lugar, con lo que creó estilos muy particulares. Las altas
temperaturas y la humedad propias de la región caribeña fueron dos
razones importantes para que las viviendas se separaran del suelo por
medio de pilotes de madera o de cemento. El corredor, frontal, el techo
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con mucha pendiente y el alero pronunciado permitieron una excelente


ventilación. El principal material de construcción fue la madera.
En Costa Rica este tipo de arquitectura se desarrolló principalmente en
Limón, en la región del Caribe y en la región Reventazón – Turrialba. En
esta última, la tradición de construcción de los ranchos pajizos de los
indígenas del lugar y la búsqueda de un modelo de vivienda para los
trabajadores de las haciendas, de la United Fruit Company del ferrocarril,
contribuyeron a crear una tipología de vivienda que le dio identidad a la
región.

 El Art Nouveau o Modernismo: en Costa Rica este estilo no gozó de


gran difusión, se limitó a algunas residencias josefinas y su período fue
corto, es considerado como un estilo esencialmente bidimensional, por lo
que influyó en el diseño gráfico de la época y se prestó para aplicaciones
en elementos decorativos como balcones, marcos y guarniciones de
puertas y de ventanas en madera o yeso, marquesinas de hierro,
balaustradas y todo tipo de molduras y ornamentos.

 El Art Déco: se desarrolló en los años treinta y cuarenta, por su sencillez


formal lo convirtió en el estilo ideal para obras estatales, en los ramos de
educación y salud, algunos ejemplos son: Escuela España, Escuela Pilar
Jiménez, Escuela Ricardo Jiménez, Escuela República de Colombia
(Naranjo), Hospital San Juan de Dios, Hospital Calderón Guardia y
Facultad de Medicina, Cine Palace, Estación del Ferrocarril al Pacífico y
Palacio Municipal de Cartago, entre otros.

 La Arquitectura Neocolonial, Californiana, Neobarroca o de la


Restauración Nacionalista, es un estilo que gozó de gran difusión en
las viviendas de clase alta, en los suburbios elegantes de la ciudad
josefina como Barrio Escalante y Paseo Colón, son características de
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este estilo, su compleja volumetría, que incorpora torres, como núcleos


de escaleras o de acceso, el uso del color blanco, las molduras de líneas
barrocas en puertas y ventanas, el uso de tejas, arcos de medio punto,
balcones limeños, entre otros. Costa Rica adoptó este estilo en edificios
como la Asamblea Legislativa, la Casa Amarilla y la Municipalidad de
San Isidro de Coronado.

Lamentablemente el centro histórico de San José y las estructuras


antiguas en otras provincias han ido desapareciendo, tanto por la
especulación de las inmobiliarias como por la falta de conciencia, en
cuanto a la protección del patrimonio arquitectónico, todo esto sumado a
un falso ideal de progreso o modernismo extendido fuertemente en
nuestro país. (Woodbridge: 2003).
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etnologia/60-laboratorio-de-etnologia
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8. ANEXO: GUÍA DE GIRAS

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NÚCLEO DE TURISMO
SUBSECTOR SERVICIOS TURÍSTICOS
AREA FUNCIONAL GUIADO DE TURISTAS
MODULO DE FORMACIÓN: TURISMO CULTURAL DE COSTA RICA

Guía de Gira de Campo


Consideraciones generales:
Se trata de una gira didáctica que tiene como propósito llevar al campo al
estudiante y que éste socialice con el entorno sociocultural seleccionado, al
tiempo que investigue y considere de forma grupal, algunos de los temas o áreas
abordadas durante el módulo. El estudiante deberá elaborar un informe escrito
abarcando al menos algunos de los siguientes puntos, según criterio de la
persona docente y según riqueza cultural del área en la que se encuentran:
1. Arqueología.
2. Cultura.
3. Grupos Indígenas.
4. Manifestaciones culturales.
5. Grupos étnicos no indígenas.
6. Cultura campesina y relación con los recursos naturales.

Elementos del informe escrito:

 Portada: Nombre de la institución; Nombre del Programa; Nombre del


módulo; Título del trabajo; Nombre de los integrantes, Nombre de la
docente, Comunidad, Mes y Año.
 Introducción: Presentación general del tema que se desarrollará.
 Objetivo General y Específicos: Propósitos a cumplir en la gira, según
el tema seleccionado.
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 Desarrollo: El este componente debe realizarse con títulos y subtítulos.


De ser una investigación dirigida cada pregunta planteada debe convertirse
en título y debe mantener el mismo orden en que se facilitaron para llevar
una coherencia temática.
 Conclusión: Se refiere a la finalización o cierre de los puntos centrales
abordados, puede incluir observaciones y/o recomendaciones acerca del
tema estudiado.
 Bibliografía consultada: En ella deben incluir todos los documentos o
libros consultados, como parte del material de apoyo consultado. En la
bibliografía se deben incluir: nombre del Autor, año de publicación, título
del libro, editorial, país y ciudad.
o Si las fuentes fueron orales, por el empleo de una entrevista, se
debe indicar el nombre de la persona, profesión y fecha en que se
efectuó la entrevista: día, mes, año y hora.
o Si emplearon páginas WEB citar la misma, el nombre del artículo
y la fecha en que se abrió.

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