ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO
TURMAS RECURSAIS

RBGS
Nº 71004344644 (N° CNJ: 0010802-13.2013.8.21.9000)
2013/CÍVEL

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA.

NOTA PROMISSÓRIA. TÍTULO PROTESTADO.
PRELIMINARES DE ILEGITIMIDADE ATIVA E
PRESCRIÇÃO AFASTADAS. PAGAMENTO DE
VALOR REFERENTE À NOTA PROMISSÓRIA E
DESPESAS DO PROTESTO DEVIDO. CORREÇÃO
MONETÁRIA A CONTAR DO VENCIMENTO DA
NOTA PROMISSÓRIA. JUROS LEGAIS A CONTAR
DA DATA DO PROTESTO.
1. Trata-se de ação de cobrança na qual narra o
autor ser credor do réu do valor de R$ 3.246,10,
referente à nota promissória vencida e a valores
despendidos com o protesto do título.
2. A preliminar de ilegitimidade ativa vai afastada
porquanto o autor, além de ser o portador do título
em questão, consta como credor da nota
promissória (fl. 07), tornando inquestionável sua
legitimidade para o ajuizamento da presente
demanda.
3. Também não há de se falar em prescrição. Nos
termos do art. 206, § 3º, IV, do CC, o prazo
prescricional da ação nos casos de
enriquecimento sem causa é de três anos, com o
que a prescrição operar-se-ia em 30/10/2012.
Ainda, se aplicado aos autos o prazo prescricional
de cinco anos de ação de cobrança simples, nos
moldes do § 5º, I, do mesmo artigo e diploma legal,
a ação estaria prescrita apenas em 30/10/2014.
4. Ocorre que a demanda foi ajuizada em
16/10/2012 (fl. 02), portanto, de forma tempestiva,
motivo pelo qual também deixa de ser acolhida a
preliminar de prescrição suscitada pelo réu.
5. Quanto ao mérito propriamente dito, o autor
comprovou o fato constitutivo de seu direito, nos
termos do art. 333, I, do CPC, na medida em que
trouxe aos autos documentos aptos a comprovar a
existência da dívida e do inadimplemento da parte
ré, consubstanciado no protesto do título.
6. O réu, por sua vez, não comprovou ter efetuado
o pagamento da dívida, não se desincumbindo,
assim, de seu ônus de demonstrar fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor, nos
termos do art. 333, II, do CPC.
7. Dessa maneira, faz-se imperativa a confirmação
da sentença de procedência da ação.

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7. A correção monetária pelo IGP-M flui contar da

data do vencimento da nota promissória
(30/10/2009).
8. Juros moratórios incidentes a partir da data do
protesto do título (28/10/2011).
SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS
FUNDAMENTOS. RECURSO DESPROVIDO.

RECURSO INOMINADO PRIMEIRA TURMA RECURSAL CÍVEL

Nº 71004344644 (N° CNJ: 0010802- COMARCA DE IJUÍ

13.2013.8.21.9000)

LAURO FRIEDRICH RECORRENTE

VANDERLEI ANTONIO ROSSATO RECORRIDO

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos.

Acordam os Juízes de Direito integrantes da Primeira Turma
Recursal Cível dos Juizados Especiais Cíveis do Estado do Rio Grande do
Sul, à unanimidade, em NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.
Participaram do julgamento, além do signatário, os eminentes
Senhores DR. PEDRO LUIZ POZZA (PRESIDENTE) E DRA. VIVIAN
CRISTINA ANGONESE SPENGLER.
Porto Alegre, 28 de janeiro de 2014.

DR. ROBERTO BEHRENSDORF GOMES DA SILVA,

Relator.

R E L AT Ó R I O

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(Oral em Sessão.)

VOTOS
DR. ROBERTO BEHRENSDORF GOMES DA SILVA (RELATOR)

A sentença recorrida merece ser confirmada, por seus próprios

fundamentos, o que se faz na forma do disposto no art. 46, da Lei nº
9.099/95 que assim estabelece: O julgamento em segunda instância
constará apenas da ata, com a indicação suficiente do processo,
fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for confirmada
pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de
acórdão.
Diante do exposto, voto por NEGAR PROVIMENTO AO
RECURSO.
Sucumbente, arcará a recorrente com as custas processuais e
honorários advocatícios, estes fixados em 20% sobre o total da condenação.
Suspensa a exigibilidade ante o benefício da AJG concedido.

DR. PEDRO LUIZ POZZA (PRESIDENTE) - De acordo com o(a) Relator(a).

DRA. VIVIAN CRISTINA ANGONESE SPENGLER - De acordo com o(a)
Relator(a).

DR. PEDRO LUIZ POZZA - Presidente - Recurso Inominado nº

71004344644, Comarca de Ijuí: "NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO.
UNÂNIME."

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Juízo de Origem: 1. VARA CIVEL IJUI - Comarca de Ijuí